Meu Feed

Hoje

Tribunal anula uma das condenações de Harvey Weinstein por estupro

G1 Pop & Arte Corte concluiu que o juiz do julgamento que deu início ao movimento #MeToo prejudicou o empresário. Ele, no entanto, continuará preso por uma condenação por estupro em Los Angeles. Harvey Weinstein no tribunal no dia 4 de outubro Etienne Laurent/via Reuters/Arquivo O mais alto tribunal de Nova York anulou na quinta-feira (25) a condenação de Harvey Weinstein por estupro de 2020, concluindo que o juiz do julgamento que motivou ao movimento #MeToo prejudicou o ex-magnata do cinema com decisões inadequadas, incluindo uma decisão de permitir que mulheres testemunhassem sobre alegações que não faziam parte do caso. As informações são da agência de notícias Associated Press. Weinstein, no entanto, vai continuar preso porque foi condenado em Los Angeles em 2022 por outro estupro e sentenciado a 16 anos de prisão. Harvey Weinstein chega ao tribunal de Nova York para julgamento de casos de agressão sexual. Juri começa nesta segunda-feira (6) AP Photo/Seth Wenig A decisão do Tribunal de Apelações estadual reabre um capítulo doloroso no cálculo dos EUA sobre a má conduta sexual de figuras poderosas – uma era que começou em 2017 com uma enxurrada de acusações contra Weinstein. O tribunal ordenou um novo julgamento. Os seus acusadores poderão novamente ser forçados a reviver os seus traumas no banco das testemunhas. Weinstein, de 72 anos, cumpre pena de 23 anos em uma prisão de Nova York após ser condenado por ato sexual criminoso por praticar sexo oral à força com uma assistente de produção de TV e cinema em 2006 e estupro em terceiro grau por ataque a uma aspirante a atriz em 2013. Tribunal de Nova York anula condenação de Harvey Weinstein por estupro Weinstein foi absolvido em Los Angeles das acusações envolvendo uma das mulheres que testemunhou em Nova York. Veja Mais

Carol Duarte se destaca em 'La Chimera', filme italiano destaque no Festival de Cannes: 'Tenho sorte'

G1 Pop & Arte Atriz de 'A força do querer' contracena com Josh O'Connor, de 'Rivais'. Longa sobre escavações ilegais feitas por contrabandistas estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (25). Nos últimos cinco anos, Carol Duarte participou de duas edições do Festival de Cannes. Em 2019, "A vida invisível", sua estreia no cinema, ganhou a mostra Um Certo Olhar de Cannes. Em 2023, a atriz paulista de 32 anos voltou a Cannes com "La Chimera", o segundo filme de sua carreira. Ele estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (25) e participou da competição oficial pela Palma de Ouro. O prêmio foi para "Anatomia de uma queda". No longa dirigido por Alice Rohrwacher (de "As Maravilhas", ganhador do Grande Prêmio do Júri de Cannes de 2014), ela interpreta Itália, jovem que se refugia na casa de Flora (Isabella Rossellini), sua professora de canto e avó de Arthur (Josh O'Connor, de "Rivais"), por quem acaba se encantando, apesar do jeito sombrio do rapaz. "Eu tenho uma sorte porque o meu primeiro filme é do Karim. E aí a gente vai para Cannes. Aí o meu segundo filme é o 'La Chimera'. Eu estou lá de novo na mostra competitiva e por coincidência, Karim também", diz Carol ao g1. É o festival que todo mundo quer estar, porque é uma vitrine para o mundo. Então, é uma honra mesmo." Assista ao trailer do filme "La Chimera" Carol conta que Rohrwacher a escolheu para o papel de Itália pouco antes de começar as filmagens. O convite aconteceu via "A vida invisível": a diretora de fotografia, Hélène Louvart, é a mesma das duas produções. Foi ela quem sugeriu o nome de Carol. O teste aconteceu por vídeo conferência porque a cineasta morava na Europa e Carol estava no Brasil. Cerca de dez dias depois, a atriz recebeu uma ligação: estava aprovada. Mais dez dias depois, ela já estava no set de filmagens, que aconteceram em 2022. Itália (Carol Duarte) e Arthur (Josh O'Connor) numa cena de 'La Chimera' Divulgação Atuação poliglota Carol Duarte não teve muito tempo para se aprofundar no italiano. Mesmo assim, a atriz impressiona em cena com sua desenvoltura. Em algumas sequências, sua personagem chega a falar três idiomas numa mesma frase. Questionada se teve dificuldades nesses momentos, a atriz conta que isso pode acontecer até quando tem que falar em português. "Às vezes, escapa uma palavra ou outra errada. Mas em outra língua, eu acho que o processo de relação afetiva na cena muda, então meu esforço foi ter um domínio mínimo do italiano, não só de uma conversa banal, mas um pouquinho mais para eu poder falar pelo meu coração. E do meu coração direto para a boca, sem uma lombada." A atriz só falou mais em português com a atriz Julia Vella, que vive Colombina, sua filha, porque ela é ítalo-brasileira. Conectada com a vida Carol Duarte e Josh O'Connor protagonizam o filme italiano 'La Chimera' Divulgação Em "La Chimera", Itália é uma espécie de contraponto do protagonista Arthur. Ele é um homem que sofre com a morte da esposa e prefere viver na escuridão das catacumbas, em busca de objetos funerários e relíquias com um grupo de amigos que buscam ganhar dinheiro com escavações ilegais. A personagem de Carol Duarte busca mostrar a Arthur que ele pode dar uma nova chance ao amor. "A Alice não faz isso à toa. Ela também é a roteirista de seus filmes e isso é importante porque ela conduz bem essas duas forças. Essa linha tênue entre a vida que às vezes é cômica e às vezes é dramática. Foi aí que eu explorei muito com essa personagem. A Itália é uma mulher, em certa medida, destemida e conectada ao que existe", resume Carol. Outro momento marcante é uma cena em que Itália dança com Arthur e seus amigos. A atriz disse que se divertiu. "Foi bonito porque foi um momento da Itália, que você vê ela se divertindo consigo mesma. Então, foi uma 'diária' muito legal", diz a atriz. E o que dizer sobre a coincidência de "La Chimera" e "Rivais", também estrelado por O'Connor, estrearem no mesmo dia no Brasil? "Eu acho Josh um ator fantástico. Antes mesmo de trabalharmos juntos, eu já o tinha visto em 'The Crown' (série em que interpretou o então Príncipe Charles). Acho ótimo o Josh no Brasil em dose dupla." Carol Duarte se prepara para rodar uma cena de 'La Chimera' Divulgação Durante as filmagens de "La Chimera", Carol descobriu a existência de um mercado marginal na Itália, que comercializa artefatos encontrados mais ou menos da maneira que o filme, ambientado em 1980, mostra. A atriz achou interessante o fato de esses "invasores" serem profundos conhecedores e amantas da arqueologia. "Então, foi super curioso estando lá e conhecendo os museus e tal, é fascinante esse outro mundo, né?", pergunta Carol. Amor por Ivan Carol ficou mais conhecida no Brasil quando interpretou Ivana, que se torna o homem trans Ivan em "A Força do Querer" (2017), seu primeiro trabalho na TV. Ela conta que, mesmo sete anos depois, ainda recebe o carinho do público por causa de seu trabalho na novela de Glória Perez. "Olha que loucura, como o tempo passa rápido! Eu sou super feliz porque novela é um negócio que atinge muita gente e as pessoas são sempre tão carinhosas comigo, sabe? Tão carinhosas por esse personagem que eu tenho muito amor", diz Carol. "Poderia dar muito errado. Mas quando dá certo, é uma equipe, né? Eu tenho uma gratidão muito grande com o Rogério Gomes [diretor], que comprou comigo essa direção para a Ivana. É uma novela da Glória Perez, ela deu toda a batuta ali, então foi uma alegria imensa." O personagem Ivan, de Carol Duarte, na novela 'A Força do Querer' Estevam Avellar/TV Globo Depois de Cannes, Carol Duarte esteve na edição 2024 do Festival de Sundance, nos Estados Unidos, com a exibição de "Malu", filme dirigido por Pedro Freire. No longa, ainda não lançado no Brasil, ela interpreta Joana, filha de Malu (Yara de Novaes). A protagonista é uma atriz instável e desempregada, que vive com sua mãe conservadora em uma casa humilde de uma favela do Rio de Janeiro, próxima ao mar. Veja Mais

Wagner Moura ensina 'samba miudinho' da Bahia durante programa de TV nos EUA

G1 Pop & Arte Ator baiano está em cartaz com o filme americano Guerra Civil e tem dado diversas entrevistas no Brasil e no exterior. Wagner Moura ensinou apresentadores do programa a sambarem Redes sociais O ator baiano Wagner Moura ensinou os apresentadores do programa norte-americano "The Talk" a sambarem. Em vídeo publicado nas redes sociais do talk show na quarta-feira (24), o artista aparece mostrando como se dança na Bahia. ???? NOTÍCIAS: faça parte do canal do g1BA no WhatsApp "Wagner Moura mostrando suas habilidades no samba", escreveu o perfil do talk show ao publicar o momento nas redes sociais. A brincadeira aconteceu durante uma entrevista sobre o filme “Guerra Civil”, em que Wagner interpreta o jornalista Joel. O longa está em cartas no Brasil e nos Estados Unidos, e tem apresentado bom desempenho nas bilheterias. LEIA TAMBÉM: Marighella: 'É duro, forte, incômodo, mas é absolutamente esperançoso', descreve Wagner Moura sobre 1º filme que dirigiu Durante a entrevista, Wagner pegou uma caixinha de fósforo e mostrou a batida do samba brasileiro, como se faz nas rodas de raiz. Depois, ele se levantou junto com os apresentadores e tentou explicar a diferença entre o ritmo na Bahia e no Rio de Janeiro. "É assim que sambamos na minha cidade, Salvador. No Rio as coisas são maiores, mas em Salvador é 'miudinho'", explicou. As plateia que assistia ao programa no estúdio aplaudiu os passos de dança do ator. Nas redes sociais, Wagner também foi elogiado pelo público: "esse homem é um patrimônio histórico do Brasil", escreveu uma fã. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia ???? Veja Mais

Com 'Rivais' e 'Duna: Parte 2', 2024 é o ano de Zendaya nos cinemas: 'muito honrada', diz a atriz

G1 Pop & Arte Depois da maior bilheteria do ano, atriz recebe elogios que a colocam na corrida ao Oscar com o novo filme do diretor de 'Me chame pelo seu nome', que estreia desta quinta (25). Zendaya comenta 'Rivais', 'Duna Parte 2' e química com colegas de elenco Ao que tudo indica, 2024 é o ano de Zendaya no cinema. Com seu novo filme, "Rivais", a atriz de 27 anos recebe elogios da crítica o suficiente para que seu nome seja o primeiro na na corrida (prematura) ao Oscar. Na estreia desta quinta-feira (25), do diretor Luca Guadagnino ("Me chame pelo seu nome"), a americana interpreta uma grande promessa do tênis frustrada por uma lesão e dividida por um tenso (e quente) triângulo amoroso. G1 já viu: 'Rivais' é tesão e tenacidade em forma de Zendaya e seus twinkies Isso não é tudo, no entanto. Ela ainda é uma das estrelas de "Duna: Parte 2", a maior bilheteria do ano até o momento, com quase US$ 700 milhões em arrecadação e uma provável continuação em desenvolvimento. Em entrevista ao g1, a própria Zendaya ri da pergunta, mas não nega. Assista ao vídeo acima. "Eu me sinto incrivelmente grata por fazer parte de dois filmes dos quais tenho muito orgulho e sorte por fazer parte, com pessoas muito talentosas.", diz ela, sentada ao lado de seus coprotagonistas e "rivais", Mike Faist ("Amor, sublime amor") e Josh O'Connor ("The crown"). "Esses dois. Luca, Justin (Kuritzkes, o roteirista), Denis (Villeneuve, diretor de 'Duna'). A lista não acaba. Me sinto muito honrada." Mike Faist, Zendaya e Josh O'Connor em cena de 'Rivais' Divulgação 'Não há melhor pessoa' O roteiro do dramaturgo que faz sua estreia no cinema acompanha três jovens jogadores em dois momentos distintos. No primeiro, quando os dois rapazes disputam a atenção da grande promessa. O segundo, costurado na história de forma não linear, anos depois, com a ex-atleta afastada das quadras por causa de uma lesão e casada com um dos antigos pretendentes (e agora campeão renomado). É, de longe, a trama mais sexy que a atriz já protagonizou – uma evolução natural (e melhor) de "Malcolm & Marie" (2021), filme gravado durante o lockdown da pandemia e dirigido pelo criador de "Euphoria", Sam Levinson. Muito da sensualidade já estava no roteiro, o que fez com que ela não conseguisse parar de ler. "E não é sempre fácil me fazer sentar e realmente ler um maldito roteiro", garante. Mas grande parte também é mérito do diretor. "Acho que não há melhor pessoa para conseguir extrair esses momentos – não só o que está na página, mas o que está subentendido também – do que o Luca Guadagnino. Acho que ele tem uma sensibilidade muito bonita para os personagens e interações humanas", diz Zendaya. "Não sei se é como ele meio que foca nos personagens, ou nas atuações. Não sei se é a forma como ele posiciona a câmera, ou como ele escolhe se prolongar nos personagens por um tempo a mais. Seja lá o que for, acho que ele é brilhante em criar essa energia entre os personagens." Josh O'Connor e Zendaya em cena de 'Rivais' Divulgação Dos palcos a ícone Ganhadora de dois prêmios de melhor atriz do Emmy – na primeira vez, em 2020, o que fez dela a vencedora mais jovem da categoria, com 24 anos – pela série de Levinson, Zendaya ainda não compartilha do mesmo prestígio nos filmes. Aprovado por 95% das 129 críticas do agregador Rotten Tomatoes, "Rivais" tem tudo para mudar esse status. A essa altura, é difícil dizer quem se beneficiaria mais de uma indicação ao Oscar, ela ou a Academia. Zendaya começou sua carreira como atriz ainda aos 14 anos, na série "No ritmo", do Disney Channel – apesar de alguns papeis no teatro em que a mãe trabalhava. Ela já era uma estrela do canal quando fez sua estreia no cinema, em "Homem-Aranha: De volta para casa" (2017) – trabalho onde conheceu o atual namorado, o também ator Tom Holland. Em 2022, já considerada um ícone da moda, foi uma das 100 pessoas mais influentes do mundo da revista "Time". E até o adiamento da terceira temporada de "Euphoria" por tempo indefinido pode ser algo bom. Afinal, a atriz foi agora liberada pela HBO para se concentrar em sua carreira no cinema. Timothée Chalamet e Zendaya em cena de 'Duna: Parte 2' Divulgação Introvertidos unidos Para a divulgação de "Rivais", Zendaya, Faist e O'Connor viajaram juntos pelo mundo. O vídeo de um dos eventos, em que os três pareciam se encolher diante de perguntas, viralizou com a observação: "obcecado com o fato de que esses três introvertidos precisam fazer uma turnê mundial de imprensa juntos". Initial plugin text Faist se diverte com a lembrança. "Isso é muito engraçado", diz o ator americano enquanto ri – e depois não faz muitos outros comentários ao longo da entrevista. No filme, ele é o único que interpreta um personagem mais parecido. Os outros dois têm nas mãos uma dupla de grandes extrovertidos. Para O'Connor, interpretar alguém parecido pode ser tão difícil quanto um papel completamente diferente ao ator. "É muito impressionante quando você vê um ator como a Z nesse filme, ou o Mike nesse filme, se você os conhece em particular, e eles estão interpretando algo em que há muito pouco em comum com eles mesmos", fala o britânico. "Mas também há tanto valor em atores que interpretam algo mais parecido com eles mesmos. Porque é tão difícil. Você tem que ser muito sincero, muito vulnerável. As decisões que você toma são detalhes." Mike Faist e Zendaya em cena de 'Rivais' Divulgação Veja Mais

'Bebê Rena': por que série baseada em história real de stalking e abuso sexual é a 'mais angustiante do ano'

G1 Pop & Arte Criada pelo comediante escocês Richard Gadd e baseada em sua história real com uma stalker, a minissérie da Netflix é uma forma extrema de terapia – e um soco no estômago dos espectadores. Minissérie foi escrita, produzida e interpretada por Gadd com base em sua própria história Netflix/via BBC Aviso: este texto contém spoilers de "Bebê Rena" e referências a situações de abuso sexual Criada pelo comediante escocês Richard Gadd e baseada em sua história real sendo perseguido por uma stalker (termo em inglês que define alguém que persegue outra pessoa de maneira obsessiva, seja na internet ou fora dela), uma nova minissérie Netflix é uma forma extrema de terapia — e o programa de TV mais angustiante de 2024. Quando o trailer de Bebê Rena foi lançado no início de abril, parecia que seria mistura comum de drama e comédia, uma história alegre de um comediante com uma stalker irritante que lhe envia e-mails com mensagens como "Acabei de comer um ovo". É nesse ponto que reside o primeiro golpe de mestre do comediante escocês Richard Gadd — o escritor, produtor e estrela de Bebê Rena. Com o público subconscientemente preparado para esperar uma coisa, a experiência de finalmente assistir à série se torna de tirar o fôlego. Bebê Rena começa com uma mulher solitária, Martha, conhecendo o personagem de Richard Gadd, Donny, no bar onde ele trabalha — dando início a uma trama de stalking Netflix/via BBC "Comecei essa série ontem à noite, sem saber nada sobre ela", comentou uma pessoa nos comentários do trailer no YouTube. "É brutal, inquietante e perturbadora e provavelmente um dos melhores programas que a Netflix já produziu em muito tempo." Outra pessoa comentou: "Passei pela mesma coisa… No começo, eu achei que seria uma possível comédia sombria britânica, nada muito relevante… Mas era uma jornada por todo um espectro de emoções". Após seu lançamento em 11 de abril, a série rapidamente alcançou o primeiro lugar entre as mais vistas da Netflix nos EUA, no Reino Unido e, mais recentemente, no Brasil, com mais de 10,4 milhões de horas assistidas até o momento. Como não houve muita publicidade antes do lançamento, é provável que muitos espectadores entrem em contato com a história pela primeira vez ao começar a assistir, sem saber que a minissérie de sete episódios é na verdade autobiográfica e baseada em eventos reais da vida de Gadd. Antes, a história foi adaptada por ele para o teatro como um monólogo homônimo em 2019. A história real Em 2015, uma mulher entrou em um bar de Londres em que Gadd trabalhava. Depois de lhe oferecer uma xícara de chá, ele puxou conversa com ela. Nos três anos seguintes, ela manteve uma investida de assédio, começando a aparecer incessantemente no trabalho dele e depois em todas as apresentações de comédia que ele participava. Mais tarde, a mulher conseguiu o e-mail do comediante, enviando mais de 41.000 mensagens durante esse período. Assim que conseguiu o número do celular dele, deixou 350 horas de mensagens de voz. Ela lhe enviava presentes indesejados — chamando-o de "bebê rena" em referência a um brinquedo de infância que a fazia lembrar dele — e fez falsas acusações contra a família do comediante para a polícia. Quando Gadd levou a situação à polícia, inicialmente não foi bem recebido, segundo ele contou ao jornal britânico The Guardian: "Fui repreendido por estar assediando a polícia com a minha história de assédio". Martha — o nome dado por Gadd à personagem stalker, interpretada por Jessica Gunning — é representada como uma presença malévola que sufoca a existência de Gadd digitalmente e na vida real; aparecendo para atrapalhá-lo quando ele está no palco, atacando violentamente sua parceira Teri (Nava Mau) e agredindo-o sexualmente enquanto ele caminhava para casa uma noite. Apesar disso, Martha nunca é retratada como uma caricatura de "mulher vingativa" — e sim com mais nuances, como uma pessoa que está claramente enfrentando problemas de saúde mental. Como Gadd disse ao jornal The Independent: "Perseguição e assédio são uma forma de doença mental. Teria sido errado retratá-la como um monstro, porque ela não está bem e o sistema falhou com ela." Donny, o eu ficcional de Gadd na série, mostra compaixão por Martha por esse motivo, mas a princípio também parece intrigado e quase lisonjeado com o interesse dela — o explica algumas de suas bizarras interações iniciais com ela. O comediante leva a mulher para um café, a acompanha até a sua casa e às vezes parece satisfazer a fantasia dela de que um dia eles ficarão juntos. Gadd reconhece que, na realidade, cometeu erros. "Fiz muitas coisas erradas e piorei a situação", disse ele ao The Guardian. "Eu não era uma pessoa perfeita [naquela época], então não faz sentido eu dizer que era." Jessica Gunning é extraordinária como Martha, inspirando compaixão e medo ao mesmo tempo Netflix/via BBC Mas, em um dos momentos mais poderosos e brutais da televisão este ano, o quarto episódio volta no tempo e revela a principal razão para o comportamento conflitante de Donny em relação a Martha: ele é uma pessoa tão vulnerável quanto ela, porque no passado foi aliciado e estuprado por um homem que considerava amigo. A curva abrupta no meio da série leva os espectadores direto à fonte da turbulência psicológica de Donny e responde à pergunta que Martha perspicazmente faz a ele desde o início: "Alguém machucou você, não foi?". Trazendo uma história paralela e autodepreciativa sobre Donny batalhando como comediante em um festival de Edimburgo, na Escócia, o episódio cresce de maneira pavorosa quando somos apresentados a Darrien (Tom Goodman-Hill), um escritor da indústria de televisão que oferece ajuda a Donny para chegar aos escalões mais altos do mundo da comédia. Em vez da ajuda, Darrien incita o uso de diferentes drogas. Enquanto Donny está desmaiado em seu apartamento, Darrien o agride sexualmente pela primeira vez. Em outra cena chocante, Darrien o estupra. Tamanho é o poder que Darrien exerce sobre Donny em seu abuso coercitivo que Donny sente que não pode ir embora. "Eu adoraria dizer que fui embora", diz Donny na narração, "que saí furioso e nunca mais voltei" "Mas fiquei lá por dias. Na segunda-feira, peguei uma infecção no olho e deitei no chão enquanto ele limpava meus olhos com água salgada. Na terça-feira, eu alimentei o gato dele enquanto ele atendia ligações." A vergonha e a repulsa que Donny sente se espalham por todas as áreas de sua vida, e o resto do episódio narra seu drástico caminho em direção à imprudência sexual causada pelo transtorno de estresse pós-traumático, colocando-se em perigo várias vezes em uma tentativa de neutralizar sua confusão e autodepreciação. Mais uma vez, esta história vem da própria vida de Gadd: em seu espetáculo teatral de 2016 Monkey See, Monkey Do ("Macaco Vê, Macaco Faz", em tradução livre), ele detalhou como foi estuprado por um homem que conheceu em uma festa. Uma outra série brilhante As consequências do abuso sexual raramente foram mostradas de forma tão crua e visceral na televisão — em partes, Bebê Rena parece um filme de terror. E Gadd é corajosamente aberto e honesto sobre essa experiência devastadora, além de habilidoso em traduzir as complexidades da situação para o público da televisão. De certa forma, Bebê Rena é uma reminiscência da série de 2020 que definiu esse gênero: I May Destroy You. Na série, a autora Michaela Coel também ficcionalizou seu estupro na vida real por um estranho — e o terrível impacto psicológico desse acontecimento sobre ela. Ambas as séries oferecem uma perspectiva única e poderosa de ter seus escritores envolvidos em uma história baseada em seu abuso — de uma forma que Coel chamou de "catártica" e que Gadd descreveu como "a melhor terapia para mim; tem sido uma espécie de salva-vidas". "Compartilhar experiências traumáticas em um ambiente de apoio pode facilitar o ‘processamento cognitivo’ do evento, o que permite aos indivíduos dar sentido ao que aconteceu e integrá-lo em sua memória autobiográfica", explica a psicóloga e radialista Emma Kenny. "Esse processo ajuda a reformular o trauma de uma forma que seja menos angustiante e perturbadora para o próprio sentido e para a visão de mundo do indivíduo. Pode também servir como uma forma de ‘externalização’, em que as vítimas recebem empatia, validação e apoio de outras pessoas, reforçando sua autoestima e reduzindo os sentimentos de isolamento e vergonha." "Este apoio social pode amortecer o impacto negativo do trauma e promover a resiliência", completa. Em ambas as séries, porém, a jornada dos personagens com o trauma termina de forma ambígua. Enquanto o alter ego de Coel em I May Destroy You, Arabella, vai a um mundo de fantasia no episódio final da série, imaginando as diferentes maneiras como ela reagiria se ficasse cara a cara com seu estuprador, no final das contas ela nunca teve essa oportunidade. Donny, no entanto, visita Darrien no final de Bebê Rena, provavelmente com a intenção de confrontá-lo sobre o estupro. Mas assim como Arabella não consegue encontrar o final perfeito que ela fantasia para sua história, também é negada a Donny a responsabilização de seu estuprador e a possibilidade de amarrar todas as pontas soltas a fim de realizar seu próprio encerramento. Em vez disso, Darrien finge que nada está errado, manipulando Donny e rapidamente reafirmando seu domínio sobre ele novamente. Tom Goodman-Hill interpreta Darrien, o roteirista de televisão que agride e estupra Donny no episódio mais sombrio da série Netflix/via BBC Essa "confrontação" é verdadeira de uma forma deprimente, em um mundo onde muitos dos agressores escapam da Justiça. Ela reflete também a natureza complexa e capciosa dos efeitos do abuso, em que as vítimas podem ficar vinculadas ao seu agressor por conta do trauma. Como Gadd disse à revista GQ: "O abuso deixa uma marca. Especialmente um abuso como este, que é reiterado e acompanhado de promessas. Existe um padrão em que muitas pessoas que foram abusadas sentem que precisam de seus agressores... São os efeitos psicológicos negativos e profundamente intrincados da ligação que você às vezes pode ter com seu agressor." Existem outros momentos altamente emotivos na série após a revelação do abuso. Vemos Donny desmoronando no palco, um momento que se torna um vídeo viral que ironicamente lhe dá toda a fama e sucesso que ele tanto deseja. Ele conta aos pais a verdade sobre a agressão — e o pai responde dando a entender que ele mesmo foi abusado nas mãos de membros da Igreja Católica. Ficamos sabendo que Martha foi condenada a nove meses de prisão, embora Gadd não tenha revelado exatamente o que aconteceu com sua stalker na vida real. Ele disse o The Times: "Está resolvido. Eu tinha sentimentos confusos sobre isso. Eu não queria jogar alguém com esse nível de problemas mentais na prisão". O final mostra Donny fechando o ciclo, com um barman lhe dando uma bebida na conta da casa, assim como ele fez com Martha na primeira vez que a conheceu. Isso levou alguns espectadores a especularem que Donny poderia se tornar o próprio stalker, perseguindo obsessivamente o homem que trabalha atrás do bar — apesar de isso parecer improvável, dada a forma como a trama está enraizada na história do próprio Gadd. O mais provável é que Gadd tenha feito uma analogia mais aberta ao ciclo do trauma e aos estados para os quais pessoas vulneráveis podem ser empurradas quando não recebem apoio. Certamente, Gadd usou seu trauma aqui para os fins mais notáveis, criando quatro horas comoventes de televisão, pelas quais ele desmoronou e revirou suas terríveis experiências de vida de uma forma que é profundamente esclarecedora e comovente para os outros. Para a psicóloga Emma Kenny, a popularidade de Bebê Rena, assim como foi com I May Destroy You, pode causar efeitos positivos quando se trata de outras pessoas que lidam com abuso e agressão na vida real. "Utilizar-se do discurso público sobre o trauma pode contribuir para a 'cura coletiva', aumentando a conscientização, desafiando as normas e crenças sociais em torno do trauma e defendendo a mudança social e sistemas de apoio aos sobreviventes", afirma Kenny. Embora muitas vezes essa seja extremamente difícil de assistir — e, por isso, merece a fama de série mais perturbadora de 2024 —, a série é, em última análise, uma oportunidade privilegiada de juntar-se a Gadd enquanto ele tenta entender quem é, por meio do que deve ser a forma mais extrema de terapia que se pode imaginar. - Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/ce9rzyz8d4vo Veja Mais

Quem são os Locos Djs, trio com passagens por grandes festivais que tem agitado rodeios

G1 Pop & Arte Os cariocas Luckas, Rapha e Tucho prometem entregar muita "loucura" em sua estreia no Ribeirão Rodeo Music em Ribeirão Preto (SP). Veja performance dos Djs Locos no rodeio de Jaguariúna, SP Rock In Rio, Lollapaloza e Réveillon de Copacabana integram a longa lista de eventos agitados pelos Djs Locos. Formado pelos cariocas Luckas, Rapha e Tucho, o grupo estreia no palco do Ribeirão Rodeo Music nesta sexta-feira (26). Com agenda lotada, o trio tem se destacado nas pistas do país com shows eletrizantes que misturam um pouco de tudo, desde sucessos nas plataformas de streamings e trends das redes sociais a clássicos da música sertaneja. É inclusive nos rodeios que eles têm conquistado cada vez mais seguidores (assista acima a um trecho da performance em Jaguariúna). Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Juntos desde 2021, os Djs dizem que a maior motivação quando estão diante de uma mesa de mixagem é a oportunidade de levar diversão ao público. Antes de se unirem, os Djs já percorriam as estradas com apresentações solo. A formação atual surgiu da vontade de juntar o melhor de cada um e transformar tudo em uma “loucura” organizada. “Acho que nossa maior motivação é fazer as pessoas sorrirem e se divertirem. Pode parecer lugar comum, mas nada nos dá mais prazer que isso. Você pode estar lá comemorando alguma coisa, indo se distrair de algum problema ou apenas descansando de uma longa semana de trabalho. Nosso papel é fazer você se divertir”, afirmaram. Os Djs Locos se apresentam pela primeira vez no Ribeirão Rodeo Music em Ribeirão Preto, SP Alex Woloch LEIA TAMBÉM: Alok diz que ama tocar em rodeios e quer fazer mais feats com sertanejos Ana Castela sai carregada de mimos, fala em ser mamãe e dispensa cantada Hugo & Guilherme entregam performance contagiante no rodeio de Ribeirão Preto Paixão de infância Por trás dos óculos coloridos e sempre criativos do DJ Tucho está Eduardo Pereira da Cruz Cordeiro, de 36 anos. Apaixonado por música desde a infância e influenciado pela família a se jogar neste universo, Cordeiro se encontrou na cultura hip hop aos 15 anos. Foi nessa idade que fez o primeiro curso de DJ e logo passou a participar de eventos particulares. Na época, comprar uma mesa de mixagem nova estava fora de cogitação. Era com um equipamento usado, presente de aniversário da avó, que Tucho levava diversão por onde passava. “Meu primeiro evento foi na paróquia da igreja, para alunos da minha irmã, que era professora. A tomada estava com mau contato e o som parava toda hora, no final parou de vez e as crianças tiveram que cantar só à capela”, relembra. Locos Djs se apresentam no Festival de Jaguariúna 2023 Júlio César Costa/g1 Aos 17 anos, recebeu o primeiro convite para tocar em uma boate. O feito é considerado pelo DJ e produtor como o início da vida profissional. Foi também na infância que Luckas, ou Lucas Graça Lins, de 34 anos, descobriu que a música era uma de suas companhias preferidas. “Quando eu era criança, eu tinha minha própria minivitrola e passava as tardes ouvindo e fazendo meus ‘shows’ de rádio. Isso começou a se tornar algo frequente quando assumi a rádio na época do colégio e montava, em casa, as programações”, conta. Um curso de DJ foi o pontapé inicial para que a trajetória profissional de Lins começasse, durante o último ano do colegial. Impactado com um vídeo do Dj Fatboy Slim se apresentando no Reino Unido, Raphael Fernandes Pereira, de 35 anos, o Rapha, não conhecia muito sobre a profissão, mas ficou fascinado ao ver a forma como o público se conectava com o artista. “Meu irmão então me indicou um curso em Copacabana e ali me apaixonei de vez pela profissão. Me tornei promoter das festas de uns amigos, e sempre que podia, tocava no início dos eventos. Consegui juntar dinheiro e comprei meus primeiros equipamentos”, diz. Locos Djs se apresentam no Festival de Jaguariúna 2023 Júlio César Costa/g1 Remixes inéditos Em menos de cinco anos de formação, o trio já atingiu números importantes em produções ecléticas com releituras e músicas autorais. São mais de 84 mil ouvintes mensais no Spotify e 4 milhões de players na faixa ‘Ameaça’, remix que une Paulo Pires, Mc Danny e Marcynho Sensação. Depois de uma temporada intensa de festas de final de ano e carnaval, Luckas, Rapha e Tucho trabalham em um projeto totalmente autoral e planejam o lançamento para o segundo semestre de 2024. Ansiosos para a estreia no Ribeirão Rodeo Music em Ribeirão Preto (SP), os Djs preparam uma apresentação com remixes inéditos para não deixar ninguém parado. “Como estamos em um dos maiores rodeios do país, resolvemos, em forma de homenagem, trabalhar em novas versões de clássicos sertanejos misturados com batidas de funk e eletrônico, além de remixes inéditos que estamos produzindo para esse show. Vem muita coisa boa por aí, Ribeirão”. Veja mais notícias do Ribeirão Rodeo Music 2024 Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais

Últimos dias

Anitta confirma o cantor inglês Sam Smith em ‘Funk generation’ ao revelar os nomes das 15 músicas do álbum

G1 Pop & Arte ? Sim, Sam Smith figura nos créditos do sexto álbum de estúdio de Anitta, Funk generation, no mundo a partir de sexta-feira, 26 de abril. O cantor e compositor britânico participa da faixa Ahi. A confirmação oficial foi feita na noite de hoje, 24 de abril, com a exposição dos nomes das 15 músicas do álbum nas redes sociais da artista carioca. A rigor, a tracklist já havia sido revelada extraoficialmente na internet por conta da pré-venda da edição em CD do álbum Funk generation. Contudo, a exposição oficial da tracklist comprova que Sam Smith continua no álbum, ainda que em outra faixa, já que a colaboração inicial do cantor, em música que seria intitulada I wanna be, teria sido descartada pelo artista inglês. Sam Smith à parte, o álbum Funk generation traz as músicas Lose ya breath, Grip, Funk rave, Fria, Meme, Love in common, Aceita, Double team (faixa que junta Anitta com a cantora espanhola Bad Gyal e o cantor porto-riquenho Brray), Savage funk, Joga pra lua (com Dennis e Pedro Sampaio), Cria de favela, Puta cara, Sabana, Ahi e Mil veces. Tracklist do álbum ‘Funk generation’, de Anitta Reprodução / X Anitta Veja Mais

DJ americano Diplo vai abrir show de Madonna em Copacabana

G1 Pop & Arte Ele vai subir ao palco às 20h do dia 4 de maio, para um set com curadoria de músicas brasileiras. Mais de 1 milhão de pessoas são esperadas em evento no Rio de Janeiro. Diplo no Grammy 2022 Angela Weiss/AFP O DJ americano Diplo foi escolhido para abrir o show gratuito de Madonna, na Praia de Copacabana, no Rio. Ele vai subir ao palco às 20h do dia 4 de maio, para um set com curadoria de músicas brasileiras. Amante de funk e outros gêneros brasileiros, o artista tem no currículo parcerias com nomes como Deize Tigrona, Pabllo Vittar, Anitta e Bonde do Rolê. A passagem mais recente de Diplo pelo Brasil foi na edição de 2024 do festival Lollapalooza, em São Paulo. Maior show da carreira Madonna fará no Rio o show de encerramento de sua turnê The Celebration Tour. A apresentação será a maior de sua carreira até hoje --- mais de 1 milhão de pessoas são esperadas em Copacabana. Madonna durante a abertura da The Celebration Tour na The O2 Arena, em Londres, em 14 de outubro de 2023 Kevin Mazur/WireImage for Live Nation via Reuters O palco da cantora será duas vezes maior que o usado no restante da turnê. Segundo a assessoria de imprensa do evento, a estrutura terá 812m², com 24m² de frente e 18m até o teto. O piso está sendo erguido a 2,40m do chão, para facilitar a visão do público na areia. A TV Globo, o Multishow e o Globoplay vão transmitir o show. Esta será a quarta passagem de Madonna para shows no Brasil – a última foi há 12 anos. Em 1993, a cantora trouxe ao país a turnê 'The Girlie Show'; em 2008, foi a vez de "Sticky and sweet tour"; em 2012, a "MDNA". Veja Mais

Céline Dion fala sobre saúde e tratamento de síndrome rara: 'Um dia de cada vez'

G1 Pop & Arte Artistas foi diagnosticada com condição neurológica conhecida como síndrome da pessoa rígida, em 2022. Cantora ainda não sabe quando retornará aos palcos. Céline Dion durante aparição surpresa no 'Grammy 2024', em 4 de fevereiro de 2024 REUTERS/Mike Blake A estrela canadense do pop Céline Dion, que sofre de um transtorno neurológico raro, disse que está bem, mas que vive "um dia de cada vez". A afirmação foi feita na primeira entrevista dela desde que anunciou o diagnóstico que a fez cancelar shows. Céline revelou em 2022 que havia sido diagnosticada com uma condição neurológica conhecida como síndrome da pessoa rígida (SPR). A doença provoca rigidez muscular, causa dores agudas e afeta a mobilidade. Capa da edição de maio da revista Vogue da França, Céline disse que está bem, mas que a condição dela requer "muito trabalho". "Cinco dias por semana eu me submeto a terapia atlética, física e vocal. Não venci a doença, pois ela está e sempre estará dentro de mim. Espero um milagre, uma forma de curá-la com pesquisas científicas. Mas, por enquanto, tenho que aprender a viver com ela", declarou a cantora. Sobre a possibilidade de voltar aos palcos, Céline disse à revista que, no momento, não pode responder: "Não sei. Meu corpo me dirá." Desde que o diagnóstico foi revelado, a cantora fez poucas aparições públicas. Recentemente, ela anunciou a produção de um documentário sobre a vida dela, chamado "I Am: Céline Dion". Em fevereiro, ela fez uma aparição surpresa no Grammy 2024 e subiu ao palco para anunciar o prêmio de melhor álbum do ano — vencido por Taylor Swift, com "Midnights". O que é a síndrome da pessoa rígida? Considerada uma doença rara do sistema nervoso, a síndrome de stiff-person, ou síndrome da pessoa rígida (SPR), não tem cura. "A síndrome da pessoa rígida é uma síndrome neurológica rara, imunomediada e caracteriza-se por uma rigidez muscular, que afeta os músculos do tronco, dos braços e pernas. Ocasionalmente, essa síndrome pode ser restrita só a uma perna", explica Alex Baeta, neurologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Baeta ressalta que os principais sintomas da síndrome são rigidez dos músculos e espasmos musculares. Segundo o Instituto Nacional de Saúde (NIH – National Institute of Health), agência governamental do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, posturas anormais, a síndrome afeta duas vezes mais mulheres do que homens e, na maioria das vezes, está associada a outras doenças autoimunes, como diabetes, vitiligo, anemia, tireoidite. "Os cientistas ainda não entendem o que causa o SPR, mas pesquisas indicam que é o resultado de uma resposta autoimune que deu errado no cérebro e na medula espinhal", esclarece o NIH. O tratamento é individualizado, depende de cada paciente. Os medicamentos ajudam a controlar e melhorar os sintomas da síndrome da pessoa rígida, mas não cura o distúrbio. VÍDEOS: notícias de música Veja Mais

Linn da Quebrada anuncia pausa na carreira para tratar depressão

G1 Pop & Arte Cantora e ex-BBB, artista não fará apresentações que estão com vendas abertas; fãs podem pedir reembolso. Linn da Quebrada se apresenta pela primeira vez em Campo Grande na 20ª Parada LGBT+ Divulgação A cantora e ex-BBB Linn da Quebrada anunciou, nesta terça-feira (23), que está fazendo uma pausa nas atividades profissionais para tratar a depressão. "Para estar diante das câmeras e nos palcos de forma plena, é preciso estar com saúde física e mental em dia. Quando algo não vai bem, é necessário parar, respirar e cuidar", diz o comunicado, publicado nas redes da artista. "Sobre os shows que estão com vendas abertas neste momento, o aviso é de que eles não contarão com a presença da Lina. Para quem desejar obter reembolso dos ingressos já comprados, por favor, entrar em contato diretamente com as respectivas casas." A depressão é um transtorno de humor. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, no mundo inteiro, cerca de 300 milhões de pessoas sofram da doença. Initial plugin text Veja Mais

Allie X, canadense misteriosa que encanta fãs LGBTs, não gosta de pop e diz recusar festivais

G1 Pop & Arte Cantora de pop oitentista fala ao g1 como heterossexuais a incomodam, apesar de ser casada com homem. 'Mundo seria melhor se mulheres e pessoas LGBTQ+ estivessem no poder.' Allie X. Divulgação Alexandra Ashley Hughes, ou Allie X, é um caso de artistas gringas que ainda não chegou ao grande público, mas já tem fãs apaixonados por aqui. Natural. Há quem diga que tudo no Brasil tem fã. Casada com um paulistano, Allie tem uma grande conexão com o país. Sem mostrar o rosto, a canadense falou com o g1 e sobre música. Segundo ela, as canções são pensadas para o público gay. "As coisas aconteceram naturalmente. Sabe, quando eu era mais nova, ainda estava na escola, todos os meus melhores amigos eram gays. Eu sou uma millennial, então quando eu estava na escola as coisas eram muito mais brutais, não sei, nós não éramos muito aceitos e os heterossexuais eram tão ruins comigo e meus amigos." "Me perdoa se isso for ofensivo, mas eu não gosto da existência de tantos homens heterossexuais em posições de poder no mundo. Acho que o mundo seria um lugar melhor se mulheres e pessoas LGBTQ+ estivessem no poder". Ela tem cinco álbuns lançados, sendo o mais recente "Girl With No Face" (2024). O disco foge da música pop convencional, presente nos discos anteriores - e explora gêneros mais oitentistas. Para promovê-lo, ela lançou um remix da música "Black Eye (Brazil Mix)”, pelas mãos dos brasileiros Tolentino, FRIMES e o FUSO. "Esse foi o primeiro album que fiz sozinha, sem colaborações, então tem mais o meu gosto musical sendo explorado, que é mais alternativo. Tem mais influências new wave". "Girl With No Face" é um disco pessimista, com canções sobre se sentir uma esquisita com raiva do mundo. As letras vêm acompanhadas de uma batida synth-pop. Nas últimas duas últimas músicas, Allie parece ter um pouco de esperança no mundo. Mesmo que seja mínima. O nome do álbum, segundo ela, surgiu porque se sentia uma "espécie de fantasma" na própria sala de casa. Pop de nicho? Allie tentou se desvincular do pop convencional porque "não quer fazer música de rádio". "Eu sou uma cantora pop, mas meio que desisti de escrever coisas para tocar na rádio, não sinto prazer em fazer algo desse tipo. Tem um monte de música pop boa, tem um monte de música pop ruim também. Meio que estou cansada de todas elas". "Não estou tentando criar algo que seja o futuro da música, pelo contrário, sempre enxergo a cultura como algo que pode ser reciclada. Esse álbum [Girl With No Face] reverencia os anos 70 e 80, então não pensei em fazer algo 'novo', só algo que eu goste". Preguiça de festivais Allie já esteve no Brasil duas vezes, em 2016 e 2019 e, mas sempre fazendo shows solos. Geralmente, artistas que querem crescer no público brasileiro, acabam aceitando fazer festivais, mas ela não gosta muito da ideia. "Acho que estou esperando a oferta certa, seria legal fazer festivais junto com algumas datas de turnê. Então veremos o que surge", afirma a cantora, ainda sem planos de voltar ao Brasil para cantar. Ela diz que fez show em só dez festivais na vida. "Nunca recebi boas ofertas. Espero que seja algo que mude com esse disco, mas sim, mas não me vejo como artista de festivais." VÍDEO: 5 apostas musicais do g1 para 2024 Cinco apostas musicais internacionais do g1 pra 2024 Veja Mais

Prótese no nariz, cabelo raspado e conversa com Giovanna Antonelli: Murilo Benício conta como compôs personagem de 'Justiça 2'

G1 Pop & Arte Ao g1, ator falou sobre trabalho em série do Globoplay. 'Chega um momento que você fala assim: 'Como é que eu vou enganar esse povo de novo que eu sou outra pessoa?'', explica. Murilo Benício fala sobre série Justiça e relação com Giovanna Antonelli Quem assistir aos novos episódios da série "Justiça" pode ficar olhando para o rosto de Murilo Benício e achar que ele passou por harmonização faci. Mas não é nada disso. Além de raspar todo o cabelo, o ator optou por incluir uma prótese no nariz para a construção física de seu personagem, Jayme. Os quatro primeiros episódios de "Justiça 2" estão disponíveis no Globoplay desde 11 de abril. Semanalmente, serão lançados mais quatro novos episódios (totalizando 28) contanto a história de quatro personagens que, em algum momento, tem suas vidas cruzadas. Murilo vive Jayme, um empresário bem-sucedido que sustenta a família e que, anos depois de abusar sexualmente da sobrinha Carolina (papel de Alice Wegmann), é preso após ela resolver denunciá-lo. Ao g1, Murilo contou como nasceu a ideia da prótese para poder compor esse tio abusador. Murilo Benício sem prótese e com o cabelo já crescido após gravações de 'Justiça 2', série em que interpreta o empresário Jayme Reprodução/Instagram/Globo/Bruno Stuckert O ator assistia ao filme "O mago das mentiras" ("The Wizard of Lies") quando percebeu que Robert De Niro estava diferente vivendo o investidor Bernie Madoff, responsável pelo maior golpe financeiro de todos os tempos. "De Niro estava muito parecido com o cara de verdade. Eu juro que eu passei umas três, quatro cenas tentando entender o que que ele fez", relembra o ator. Murilo, então, percebeu que o ator americano usava uma prótese no nariz. Em 2022, ele cogitou fazer isso para viver o Tenório de "Pantanal". "Em uma novela, eu ia enlouquecer com aquele negócio [por um ano]. Eu ia me arrepender. Aí eu desisti, mas fiquei com a ideia na cabeça." Em "Justiça 2", a prótese usada é "bem pequenininha". Questionado se houve um estudo para adaptar o "novo nariz" a traços de personalidade do personagem, Murilo começa a rir. "Não teve nada disso. Teve só brincadeira. Eram três possibilidades de nariz. E aí o Gustavo [Fernández, diretor artístico da série] escolheu o que ele achou melhor." Novo nariz e nova careca Murilo Benício é Jayme em "Justiça 2" Globo/Estevam Avellar Murilo raspou todo o cabelo para compor o personagem. Foi a primeira vez que ele ficou totalmente careca. "Eu fiquei muito surpreso na época com a reação das mulheres, porque aí eu fui entendendo o quanto que é importante o cabelo para mulher, né?" "Eu já tinha entendido isso quando o João Emanuel [Carneiro], em Avenida Brasil, escreveu que a Nina cortava o cabelo da Carminha. A Adriana, lendo aquilo, quase chorou", relembra. "Eu não tenho esse apego todo. Achei que era tão legal e que podia dar uma coisa mais agressiva o fato de ele não ter cabelo. E eu sabia que ia crescer rápido no final das contas. Ó o tamanho que tá. E eu já cortei, inclusive", mostrou Murilo, enquanto passava a mãos nos fios já bem crescidos. Conversa com Giovanna Antonelli Murilo Benício e Giovanna Antonelli em 'O Clone' (2001) Zé Paulo Cardeal/Globo Outra característica para a composição de Jayme surgiu após uma conversa com Giovanna Antonelli. Os atores foram casados de 2002 a 2005 e são pais de Pietro, de 18 anos. Giovanna estava contanto para Murilo que iria retornar com o papel da delegada Helô, de "São Jorge" (2012), em "Travessia" (2022). As duas novelas são de Glória Perez. "E era uma época que estava todo mundo relembrando muito 'O Homem do ano', um filme que eu fiz e as pessoas adoram. E depois dessa conversa com a Giovanna, eu falei assim: 'ok, tudo bem, não preciso fazer o Máiquel do 'Homem do Ano'. Mas e se eu fizesse tipo o primo do Máiquel?" Murilo levou para Jayme uma das características de Máiquel: a forma como piscava os olhos. "Eu tô há 30 anos fazendo esse negócio. Então chega um momento que você fala assim: 'como é que eu vou enganar esse povo de novo que eu sou outra pessoa?' Porque você olha... 'É o Murilo!' Não tem jeito. Sou eu. E tudo bem, você vê que sou eu. Mas o meu desafio é, com o tempo, você começar a esquecer que sou eu e enxergar um personagem." "Então eu acho que a proposta de raspar o cabelo, botar uma prótese... isso tudo é muito legal, mas também você tem que inventar um personagem dentro dele." A boa relação com a ex A conversa com Giovanna que deu origem ao personagem não é raridade entre eles. Separados há quase 20 anos, os dois têm usado as redes sociais para compartilhar momentos de sintonias entre eles. "Eu brinco que a Giovana vai ser aquela que vai me botar no sol e me tirar do sol quando eu tiver velhinho", diz Murilo. Mas, sincero, ele diz que o responsável por essa conexão foi o "tempo". "Nossa separação foi igual 99% das separações, né? As pessoas não querem nem mais se encontrar. Mas existe essa coisa incrível e abençoada que é o Pietro. Então isso nos fez estarmos em contato. E fez com que a gente se descobrisse de uma outra forma, né?" Aos 52 anos, Murilo afirma que a relação atual com a jornalista Cecília Malan também é fruto da maturidade. "É um orgulho para mim, hoje, conseguir ver as coisas de uma outra forma e participar delas de uma forma mais madura." O tio abusador de 'Justiça 2' Alice Wegmann, Júlia Lemmertz, Rita Assemany, Murilo Benício e Giovanni Venturini nos bastidores da série “Fazenda 2” Globo/Estevam Avellar Para viver o tio abusador da série, Murilo não se inspirou em nenhuma história específica. "O que eu tomei de ponto de partida é que, se eles [abusadores] estão onde a gente menos espera, eu posso inventar o Jayme do jeito que eu achar melhor." "A gente não precisa ter um estudo completo e mais detalhado sobre uma pessoa que está em qualquer lugar. Ela tem qualquer cara, ela mora em qualquer família. Ela é de todas as classes sociais." Apesar de todo o peso da história, Murilo conta que os bastidores foram divertidos. "O processo de filmar, ao mesmo tempo que a gente consegue realizar uma coisa pesada, angustiante, também é de muita diversão. Tudo bem, chega um momento em que você se concentra, porque quer chegar numa determinada emoção que não é a sua, e não pode ser uma brincadeira, porque aí não vai dar certo." "Mas dentro da concentração, não era uma coisa pesada. Eu e a Alice nos divertimos muito fazendo. Entre um take outro, era muita piada, era muita risada." Veja Mais

Ana Castela surge com look ‘largadão’ no show de Luan Pereira em Ribeirão Preto, SP

G1 Pop & Arte Cantora abriu o Ribeirão Rodeo Music 2024 na noite de sábado (20) e voltou ao palco já na manhã de domingo (21) sem produção da boiadeira para acompanhar o amigo sertanejo. Ana Castela desmonta a produção glamourosa de boiadeira e adota look despojado para show de Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music 2024 Ribeirão Rodeo Music Quatro horas após abrir o Ribeirão Rodeo Music 2024 na noite de sábado (20) em Ribeirão Preto (SP), Ana Castela voltou ao palco do evento para cantar e dançar com o amigo sertanejo Luan Pereira, que fechou a primeira noite. Ao contrário do look glamouroso de boideira que usou durante sua apresentação, com brilhos, chapéu e botas, a cantora surgiu com um estilo bem largadão, com calça cargo, camiseta e tênis. Confortável, ela acompanhou Luan Pereira em várias das dancinhas que atraem milhões de seguidores em cada vídeo publicados pelos dois nas redes sociais. LEIA TAMBÉM: Veja como foi o show de Ana Castela no rodeio de Ribeirão Alok diz que ama tocar em rodeios e quer fazer mais feats com sertanejos Com romance e promessa de platinar cabelo, Hugo & Guilherme entregam performance contagiante Jovens, com apenas 20 anos, Ana Castela e Luan Pereira são parceiros de música e na geração de conteúdos. Só no Instagram, os dois juntos somam 23,1 milhões de seguidores. Além da carreira, a vida na roça, os rolês em caminhonetes, o jeito descontraído, o sotaque do interior, a moda de viola e as coreografias aparecem nas publicações da dupla. Ana Castela no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Na manhã deste domingo (21), Ana Castela e Luan Pereira cantaram clássicos sertanejos. Houve momentos de harmonia na interpretação, mas, também de farra com muita desafinação, o que levou o público que viu o sol nascer a muitas risadas. Eles protagonizaram uma “bagunça organizada” com direito a passos de dança no estilo Michael Jackson e Elvis Presley e ainda se arriscaram em músicas difíceis de execução como “Galopeira”, para diversão dos fãs. Confira fotos do show de Ana Castela: Ana Castela no Ribeirão Rodeo Music 2024 Veja Mais

Ana Castela topa presente misterioso, sai carregada de mimos de 'miniboideiras' e fala em ser mamãe

G1 Pop & Arte Cantora se apresentou na madrugada deste domingo (21) no Ribeirão Rodeo Music 2024, em Ribeirão Preto, SP. Brincando com o público, ela disse que quer ter filhos daqui alguns anos. A cantora Ana Castela se apresenta no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 A cantora Ana Castela saiu carregada de mimos do público do Ribeirão Rodeo Music 2024 na madrugada deste domingo (21) em Ribeirão Preto (SP). Diante de uma plateia repleta de crianças, ela recolheu chapéus, cartazes, caixas enfeitadas e ainda topou o meme “R$ 2 ou um presente misterioso” vindo de uma das 'miniboiadeiras'. A boiadeira escolheu o presente misterioso, que estava muito bem embalado, e manteve o enigma, porque deixou para abri-lo nos bastidores. Ao comentar um item que ganhou de uma fã em outra ocasião, revelou planos de ter filhos no futuro. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp “Eu tenho que tomar cuidado porque vocês estão muito pra frente. Eu vou ter que contar pra vocês porque eu sou fofoqueira. Gente, eu ganhei roupa de nenê e eu vou ter filho daqui uns oito anos. Não entendi, esse povo está doido”, disse Ana. A cantora Ana Castela se apresenta no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Ana Castela abriu o show com “Pipoco”, que dominou o topo de plataformas de streaming em 2020, quando ela surgiu para o Brasil. Teve ainda “As Menina da Pecuária”, parceria com Léo e Raphael, e “Palhaça”, com Naiara Azevedo, no telão. Em um look vaqueira pop em preto e branco e junto com uma dezena de bailarinas, Ana Castela esbanjou sensualidade a cada coreografia. Ela não deixou, claro, de fazer as dancinhas que viralizaram em redes sociais e que fazem a alegria da meninada e dos adultos também. O repertório teve “Bombonzinho, “Roça em Mim”, “Canudinho” e “Boiadeira”. Miniboiadeiras no show de Ana Castela no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Ana Castela mamãe Os gritos de duas pequenas fãs chamadas Adriele e Yasmin, coladas à passarela do palco, chamaram a atenção da cantora. Ela aproveitou para falar do desejo de ser mãe. “Adriele, cê (sic) grita alto, hein? Consigo ouvir daqui. Olha a Yasmin. Gente, não tem nada mais forte do que grito de criança. Olha que gracinha, parabéns. Um dia quero ter uma [filha] também. Para colocar chapeuzinho, lacinho, chupeta”, disse Ana, revelando os planos de ser mãe. Veja a galeria de fotos do show de Ana Castela: Ana Castela no Ribeirão Rodeo Music 2024 Cantada Durante a última semana, rumores de uma possível reconciliação entre a sertaneja e o cantor Gustavo Miotto, separados desde janeiro, movimentaram as redes sociais. Apesar da expectativa dos fãs, publicamente, nenhum dos dois se posicionou. Ao interpretar “Fronteira”, parceria com o ex-namorado no DVD “Boiadeira Internacional”, Ana Castela não fez nenhuma menção a Miotto. Cantou, enquanto a imagem dele estava no telão, e depois seguiu com o repertório. Mas a solteirice não deve durar, pelo menos se depender da ala adulta dos fãs. Ana Castela levou uma cantada de um deles que estava perto do palco, mas o esnobou em tom de brincadeira. “Cê é véio (sic), eu gosto é de novinho”, disse e caiu na gargalhada. A cantora Ana Castela se apresenta no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Modas clássicas e novinhas O show da boiadeira teve espaço para modas apaixonadas e sucesso na voz de artistas consagrados. “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó, “Tentei te Esquecer”, de Matogrosso e Matias, “O Grande Amor da Minha Vida”, de Gian e Giovani, e “As Andorinhas Voltaram”, do Trio Parada Dura, fizeram o público soltar a voz, inclusive muitas crianças. Ela também cantou “Pássaro de Fogo”, sucesso de Paula Fernandes, e que faz parte do repertório do novo DVD da cantora, “Herança Boiadeira”, gravado no início de abril no Paraná. Perto do fim do show, Ana Castela cantou seus mais recentes sucessos. “Nosso Quadro” e “Solteiro Forçado”, do DVD “Boiadeira Internacional”, levaram o público à loucura, com celulares para o alto registrando tudo. Com “Tô Voltando”, ela surgiu no aguardadíssimo cavalo e encaminhou para os hits finais. Veja mais notícias do Ribeirão Rodeo Music 2024 Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região A boiadeira escolheu o presente misterioso, que estava muito bem embalado, e manteve o enigma, porque deixou para abri-lo nos bastidores. Ao comentar um dos itens que ganhou de uma fã em outra ocasião Ela também falou que quer ter filhos. Veja Mais

Chico Buarque tem grande álbum de 1980 reeditado em LP no Dia do Vinil

G1 Pop & Arte Outros três discos do cantor na fase áurea da gravadora Philips serão relançados em LP ao longo de 2024 para festejar os 80 anos de vida do artista. ? Com a proximidade dos 80 anos de Chico Buarque, a serem festejados em 19 de junho, começam a se intensificar as celebrações da efeméride que vai pautar a MPB ao longo de 2024. Discos com gravações inéditas da obra do artista, shows, livros e reedições da obra fonográfica do cantor e compositor carioca fazem parte dos tributos. Hoje, 20 de abril, Dia Nacional do Disco de Vinil, a gravadora Universal Music, dona do acervo da Philips, relança em LP o primeiro dos quatro álbuns de Chico Buarque que irá reeditar em vinil ao longo do ano. Os discos selecionados são Chico Buarque de Hollanda nº 4 (1970), Meus caros amigos (1976), Chico Buarque (1978) e Vida (1980). São títulos da fase áurea da discografia do artista na gravadora Philips. O primeiro da série de reedições é justamente o último na cronologia fonográfica do artista, Vida, álbum disponível a partir de hoje em LP fabricado com vinil translúcido de cor verde-azul. Décimo álbum solo gravado em estúdio por Chico para o mercado fonográfico brasileiro, Vida teve produção musical orquestrada por Sérgio de Carvalho (1949 – 2019). Lançado em dezembro de 1980, Vida chegou ao mundo quando o artista tinha 36 anos. Inteiramente autoral, o repertório do álbum misturava em 12 faixas composições então inéditas – como Qualquer canção, o samba Deixe a menina, a música-título Vida e o samba Já passou (tijolo de menor peso na sólida construção do repertório do disco) – com canções ainda recentes, mas já registradas em anos anteriores. Foram os casos de Bastidores (1980), De todas as maneiras (1978), Fantasia (1979), Morena de Angola (1980) e Não sonho mais (1979), amplificadas nas vozes de Cauby Peixoto (1931 – 2016), Maria Bethânia, MPB4, Clara Nunes (1942 – 1983) e Elba Ramalho, respectivamente. Sem falar em Bye bye Brasil (1979), música composta pelo artista com Roberto Menescal e gravada pelo próprio Chico para a trilha sonora do filme homônimo dirigido por Cacá Diegues e estreado no ano anterior. Detalhe: a gravação de Bye bye Brasil feita para o álbum Vida é diferente do registro original apresentado em single editado em 1979. Vida é álbum gravado com arranjos de Francis Hime e com a colaboração de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) como parceiro, pianista e arranjador de Eu te amo, canção feita para o filme homônimo de Arnaldo Jabor (1940 – 2022), embebida em sensualidade romântica e gravada por Chico com a cantora mineira Telma Costa (1953 – 1989). Completa o repertório do álbum Vida a canção Mar e lua, lançada por Chico em registro quase simultâneo ao feito por Simone para o disco que encerrou a passagem da cantora pela gravadora Odeon. Imagem promocional da reedição em LP do álbum ‘Vida’ (1980), de Chico Buarque Divulgação Veja Mais

Taylor Swift bate recorde no Spotify com 'Tortured poets department', disco mais ouvido em um só dia na plataforma

G1 Pop & Arte Músicas do novo álbum da cantora foram ouvidas mais de 200 milhões de vezes desde lançamento nesta sexta-feira (19). Taylor Swift lançou novo disco nesta sexta (19) Republic Records via AP Taylor Swift bateu um recorde do Spotify — e pessoal — com o lançamento de "The tortured poets department", nesta sexta-feira (19). O disco é o mais ouvido em um só dia da história da plataforma de música. Já a cantora agora é a artista mais ouvida no mesmo período. ANÁLISE: Taylor Swift narra os dramas de 2 términos em disco que tem letras universais, mas é cansativo O 11º álbum da cantora é o primeiro a romper a barreira de mais de 200 milhões de canções ouvidas em menos de 24 horas, de acordo com a revista "Variety". Swift supera o próprio recorde conseguido com o lançamento de "Midnights", em 2022. O terceiro disco com o maior número de reproduções no mesmo dia, "1989 (Taylor's version)", como o próprio nome indica, também é dela. A regravação foi lançada em 2023. Initial plugin text g1 Ouviu - O novo álbum de Taylor Swift Veja Mais

Mandisa, cantora gospel ganhadora de um Grammy, morre aos 47 anos

G1 Pop & Arte Artista foi revelada na quinta temporada de 'American Idol'. Ela venceu o prêmio de melhor álbum de música cristã em 2014. Mandisa, cantora gospel revelada pelo 'Amerian Idol', morre aos 47 anos Reprodução Mandisa, cantora gospel revelada pelo programa 'American Idol' e vencedora de um prêmio Grammy, morreu nesta quinta-feira (18), aos 47 anos. A informação foi confirmada pelo site da revista "People". "Podemos confirmar que ontem Mandisa foi encontrada falecida em sua casa", informou um representante da cantora à publicação em um comunicado. "Pedimos suas orações por sua família e pelo círculo próximo de amigos durante este momento incrivelmente difícil." A cantora nasceu e foi criada em Citrus Heights, Califórnia, e estudou música na faculdade antes de fazer um teste para o reality show "American Idol", em 2005. Ela ganhou projeção nacional na 5ª temporada do programa, exibida em 2006, e chegou ao top 10. A edição foi vencida por Taylor Hicks. Seu álbum de estreia, "True Beauty", veio em 2007 e alcançou o primeiro lugar nas paradas de música cristã. Seu último disco, "Out of the dark", foi lançado em 2017. Quatro dos seus álbuns, True Beauty, Freedom (2009), What If We Were Real (2011) e Overcomer (2013), renderam-lhe indicações ao Grammy. Ela venceu a categoria de melhor álbum de música cristã com "Overcomer". Veja Mais

Novo nome, desejo de apagar passado, preconceito: por que tantas 'musas do Ego' sumiram?

G1 Pop & Arte Série do g1 mostra por onde andam musas que fizeram parte da história do site Ego. Assessores explicam por que muitas dessas modelos saíram da mídia. Por onde andam as musas do ego Nesta semana, o g1 publicou uma série de entrevistas para contar por onde andam algumas das musas que ganharam destaque no extinto site Ego. Essas modelos ganharam fama nas páginas de celebridades, mas seguiram com suas vidas longe dos holofotes nos últimos anos. O g1 conversou com: Ju Isen, conhecida como a musa das manifestações; Jennifer Pamplona, que fez fama como sósia da Susi Humana; e a ex-coelhinha da Playboy, Thaiz Schmitz; Jennifer Pamplona, Ju Isen e Thaiz Schimitz Reprodução-Instagram/Fauzi Musa-Divulgação Na tentativa de incluir mais nomes, o g1 teve dificuldade nas buscas pelas musas. Muitas não responderam os pedidos de entrevistas e outras sequer tinham assessoria ou perfis nas redes sociais. Teve ainda quem topou falar, mas não atendeu às ligações nos horários marcados. Outras cancelaram várias vezes em cima da hora, antes de negarem definitivamente. Assessores que já trabalharam com as "musas do ego" dizem que essa dificuldade tem a ver com o desejo que elas têm em seguir uma nova trajetória, sem vínculo ao passado como musa. "Algumas até mudaram o nome artístico, outras assumiram o nome de registro, do RG, e outras querem apagar o passado", diz Eduardo Graboski, assessor de imprensa que já ajudou a lançar centenas de modelos e influencers. "Recebo até hoje pedidos de ex-clientes -- poucas na verdade, mas recebo -- pra retirar material da internet, matéria, vídeos, declarações. "Mas de verdade, não sinto que estão arrependidas. Não sinto que elas têm vergonha do que foi noticiado ou de algo que elas fizeram no passado. E olha que algumas causaram de verdade. Apareceram nuas, criaram confusões, se envolveram brigas, traições..." Cacau Oliver, Eduardo Graboski e Fabiano de Abreu Celso Tavares/Divulgação/Divulgação O assessor explica que elas "estão tentando seguir caminhos opostos, que não permitem uma imagem mais sexy". Eduardo enfatiza que muitas tentam esconder a trajetória por preconceito de pessoas que hoje fazem parte de sua vida profissional. "É preciso respeitar as mudanças e esquecer os rótulos do passado e encarar uma nova realidade. Muitas vezes, elas mudaram as ideias, de objetivos, e até mesmo de valores." Apesar da vontade da mudança, Edu acredita que deletar a história é quase impossível. "Tenho clientes até hoje que eram extremamente sensuais, campeãs de concurso, capas da 'Playboy', e que hoje são médicas, empresárias... Tem até uma que é pastora. É possível reposicionar a imagem. Não vejo isso como um problema e acho que elas não deveriam ver isso como um problema." Criador do concurso Miss Bumbum, o empresário Cacau Oliver concorda que seja um caminho comum para as musas quererem tentar "apagar" o passado. "Elas tiveram esse auge, esses cinco minutos de fama, aproveitaram aquele momento. Muitas, por diversas razões, decidiram seguir outros caminhos. Algumas meninas se formaram na faculdade, outras casaram. E outras se desiludiram com o mercado da mídia e decidiram realmente parar." 100 musas ao mesmo tempo Ju Isen, Jennifer Pamplona e Thaiz Schimitz em imagens de 2015 Celso Tavares-ego/Marcos Serra Lima-ego/Iwi Onodera-ego Fabiano de Abreu, dono da MF Press Global, segue em contato com muitas musas que já foram assessoradas por ele. O empresário revela que chegou a trabalhar com 100 mulheres ao mesmo tempo. "Algumas querem apagar o passado, mas muitas não ligam." "Depende do passado e da personalidade. A Muri Rodrigues, 'musa da barriga chapada', hoje é empresária, dona de uma marca de suplementos. O fitness a beneficiou. A Dani Borges, fisiculturista e musa fitness, ganhou campeonatos. Hoje, é uma famosa nutricionista", lembra Fabiano, citando duas de suas clientes. Ele acrescenta que existem muitas ex-musas que hoje são empresárias. "Tem até quem virou coach." "Musas de títulos como os de escola de samba, só valem naquele momento. Está vinculado apenas às festas. O que elas podem trazer em paralelo? Só se for ensinar a sambar. Eu falava: 'vai estudar, esse negócio de musa vai acabar, porque banalizou." "Eu sempre tentava corrigir a visão errônea de que as modelos eram vulgares", finaliza Fabiano. Veja Mais

Quarteto Maogani muda a formação e celebra 30 anos com a edição em maio do primeiro álbum inteiramente autoral

G1 Pop & Arte Formado em 1994, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o quarteto de violões Maogani lança na segunda quinzena de maio o álbum ‘Autoral’ Rafaela Bisacchi / Divulgação ? Criado pelos violonistas Carlos Chaves, Marcos Alves, Paulo Aragão e Sergio Valdeos em fins de 1994, o quarteto Maogani entrou em cena em 1995 e logo se tornou referência no universo das cordas, gravando e se apresentando com nomes como Guinga e Mônica Salmaso. Para celebrar as três décadas de atividade, o quarteto programa para a segunda quinzena de maio o lançamento do primeiro álbum inteiramente autoral do Maogani. Intitulado justamente Autoral e precedido pelo single que apresentou o tema Nashca (Sergio Valdeos), o álbum marca a nova formação do grupo carioca. Dois novos violonistas, Diogo Sili e Lucas Gralato, se juntam aos fundadores Carlos Chaves e Paulo Aragão. Com capa que expõe fotografia de Rafaela Bisacchi enquadrada na arte de Lola Vaz, o álbum Autoral apresenta no repertório 11 temas instrumentais compostos pelos integrantes e/ou por antigos violonistas do quarteto. A rigor, aliás, o disco traz 13 temas, já que a suíte Três quadros poéticos foi composta com três movimentos – I. Cabaré mineiro (habanera), II. Vulgívaga (valsa) e III. Quadrilha (maxixe) – por Paulo Aragão. O repertório do álbum Autoral é formado por músicas como Aconchegado (Carlos Chaves e Diogo Sili), Alumiando o céu (Marcos Alves), Copas fora (Lucas Gralato), De Chaves a Xavier (Carlos Chaves), Mirante (Diogo Sili) e Scarlattilonga (Mauricio Marques). Capa do álbum ‘Autoral’, do Quarteto Maogani Rafaela Bisacchi com arte de Lola Vaz Veja Mais

Nasce bebê de Fernanda Paes Leme e Victor Sampaio

G1 Pop & Arte A atriz e apresentadora havia anunciado a gravidez em outubro de 2023, postando um vídeo que mostra a reação de amigos e familiares do casal ao saberem da notícia. Fernanda Paes Leme e Victor Sampaio seguram filha recém-nascida Reprodução/Instagram/Hanna Rocha Nasceu a filha de Fernanda Paes Leme e Victor Sampaio. O casal publicou fotos do nascimento, nesta quinta-feira (18). "Descobrimos o significado de maior amor do mundo. Ah, Pilar, você foi tão esperada e agora honraremos sua chegada. Te amamos, filha", escreveu o casal. A atriz e apresentadora havia anunciado a gravidez em outubro de 2023, postando um vídeo que mostra a reação de amigos e familiares do casal ao saberem da notícia. Pilar é a primeira filha de Fernanda. Fernanda Paes Leme e Victor Sampaio seguram filha recém-nascida. Reprodução/Instagram/Hanna Rocha Fê Paes Leme posta vídeo da reação dos amigos ao contar sobre gravidez Veja Mais

Duda Beat comenta pressão por 'likes' e polêmica com Emicida: 'Termo plagiadora não me cabe'

G1 Pop & Arte 'Meus fãs falam: 'Como essa cantora maravilhosa não tem um milhão de seguidores?' Eu acho isso.' Ela foi entrevistada ao vivo no g1 Ouviu e falou sobre caso 'Magia Amarela' x 'AmarELO'. Duda Beat fala da polêmica com a música “Magia Amarela", lançada ano passado com Juliette Duda Beat foi entrevistada ao vivo no g1 Ouviu, o podcast e videocast de música do g1, nesta sexta-feira (10). A conversa fica disponível em vídeo e podcast no g1, no YouTube, no TikTok e nas plataformas de áudio. A cantora pernambucana, dona do hit "Bixinho", comentou sobre a pressão que ela sente diariamente. "Eu abro a internet, eu me comparo... E meus fãs também, eles falam: 'como a Duda Beat, essa cantora maravilhosa, não tem um milhão de seguidores?' E isso acaba gerando uma pressão em mim. Eu também acho isso. Como? Como? São três álbuns icônicos! É claro que eu olho pro lado e falo: 'Caraca, poxa'. Eu vejo a galera fazendo mutirão pra gringo ganhar seguidor e não estou falando só de mim, são vários artistas incríveis no país que precisam de reconhecimento. Então, é óbvio que tem essa pressão. Eu tento muito olhar pra mim, buscar minha essência e não comparar tanto. É difícil, mas a gente batalha." Duda Beat: 'Já me vi implorando para portais de notícias me colocarem lá' Segundo ela, existe uma mentalidade diferente sobre a questão de bombar nas redes sociais... Ela disse que uma vez a produtora Paula Lavigne disse a ela que o que importa é "vender bilhete", não ter milhões de seguidores. Duda falou das diferenças do mercado musical entre o primeiro lançamento, em 2018, e hoje. "Não existia TikTok", ela resumiu, rindo. "Não tinha essa urgência de entregar coisas. Você tem que estar produzindo o tempo inteiro para não cair no esquecimento. O tempo entre uma coisa e outra era maior e mais respeitado pela indústria." A cantora explicou ainda que não pensa tanto no potencial que as músicas teriam nas redes sociais, quando está compondo. "Teve uma vez que eu pensei assim 'ah, vou fazer uma coisa mais comercial'. Foi a 'Deitchada' e não deu em nada, é óbvio. A letra era uma verdade que eu queria passar, mas a maneira como foi construído para tentar no lugar... O Tomás [Tróia, guitarrista, produtor e namorado] diz que quando você quer muito fazer um hit, Deus sai da sala. Ele está completamente certo". Duda Beat: ‘Quando você quer muito fazer um hit, Deus sai da sala’ 'Magia Amarela' x 'AmarELO' Duda Beat é entrevistada no programa 'g1 Ouviu', em São Paulo Fábio Tito/g1 Na entrevista, Duda falou da polêmica com a música "Magia Amarela", parceria de Juliette com Duda Beat lançada no ano passado como tema de uma campanha publicitária. O conceito geral tinha semelhanças com o projeto "AmarElo" (2019), de Emicida. A campanha foi cancelada e os vídeos despublicados. "Foi muito triste. Pouca gente sabe, mas eu liguei para o Emicida e a gente conversou sobre isso. Eu sinto que esse episódio foi um pouco mal-conduzido." Duda completou sua resposta sobre o caso. "Deveria ter sido limitada essa discussão. Óbvio que eu tenho minha responsabilidade, era minha cara e a da Juliette lá. Mas eu acho que deveria ter se atido à marca, à agência e aos cantores que se sentiram lesados. O termo plagiadora realmente não me cabe, não tomei esse termo para mim, porque não sou plagiadora. A música já estava pronta, eu fui lá fazer o comercial. Eu precisava desse dinheiro, é meu trabalho, fui lá e fiz." "O que eu deveria ter feito e não fiz era ter seguido minha intuição, porque apitou a coisa do 'AmarElo' pra gente, mas a gente falou: 'Ah, acho que tá tudo bem'. E aí segui. Eu deveria ter...", disse ela, fazendo um sinal de parar. Como é o novo álbum? Capa do álbum ‘Tara e tal’, de Duda Beat Divulgação Duda ficou conhecida em 2018 com o disco "Sinto Muito" e o hit viral "Bixinho". Nos anos seguintes, ela se consolidou como um dos nomes mais celebrados do pop brasileiro, cobiçada para parcerias com artistas como Tiago Iorc, Anavitória e Juliette. Em abril de 2024, ela lançou "Tara e Tal", seu terceiro álbum de estúdio, o mais eletrônico da carreira. "Eu sou uma artista que adoro me arriscar, fico entediada quando uma música não acontece um 'plot twist', quando fica a mesma coisa do início ao fim. A música eletrônica me lembra um momento muito legal da minha vida, início dos anos 2000 principalmente, quando tinha em Recife umas tendas de eletrônica muito massas. Eu me divertida e era o auge do drum n' bass, miami bass. Eu estava me descobrindo como mulher, saindo da fase de adolescente. Eu queria resgatar esse momento feliz da minha vida", explicou a cantora. Duda Beat também falou das influências deste álbum que vão de Caetano Veloso a System of a Down. Ela disse que tem se divertido com os reacts do álbum, os vídeos de fãs reagindo às novas canções. Embora ela adore pesquisar referências, a cantora revelou que não gosta de ouvir lançamentos quando está compondo. "Enquanto estou fazendo álbum, não escuto música. Isso é muito doido. Enquanto estou fazendo letra e melodia, vejo os lançamentos acontecendo e não vou ouvir para não me contaminar com melodias que os outros estão fazendo." Duda disse que gosta de baladas, de sair para dançar e curtir, mas não exagera. Em uma viagem recente para a ilha grega de Mykonos com amigas, incluindo Anitta, ela disse que voltou super cansada. "Foi uma semana muito intensa. Todo dia a gente ia pra festa, a gente até acabou virando meme. Cada dia uma se escorava [nas fotos]. Isso eu não contei pra ninguém: eu voltei da viagem com uma dor nas costas do tanto que eu rebolei", contou ela, rindo. Duda Beat no g1 Ouviu Fabio Tito/g1 Veja Mais

Susi Humana, Jennifer Pamplona relata problema de saúde anos após aplicação de PMMA

G1 Pop & Arte Série do g1 mostra por onde andam musas que fizeram parte da história do site Ego. Morando em Dubai, Jennifer enfrenta problemas de saúde e faz planos para se tornar mãe. Por onde andam as musas do ego Há dez anos, Jennifer Pamplona ficou conhecida como "Susi humana", em referência ao nome da boneca "rival" da Barbie. Em seguida, ganhou o apelido de sósia de Kim Kardashian, ocupando manchetes de sites de subcelebridades, incluindo o extinto Ego. Ao longo de uma década, Jennifer passou por cirurgias e investiu, segundo ela, US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) em procedimentos estéticos. Ao longo desta semana, o g1 faz uma série de matérias para contar por onde andam algumas das musas que marcaram época com as publicações do site ego. Descoberta da dismorfia corporal Jennifer Pamplona com Celso Santebanes, em 2015, e em clique postado no Instagram em 2023 Arquivo Pessoal/Reprodução/Instagram Após uma cirurgia, chegou a se separar do marido, com quem é casada há seis anos. Ela escondeu que faria o procedimento. "Eu falei que estava na Turquia só fazendo a publicidade com um doutor, né? E aí quando ele ligou, a enfermeira que atendeu, falou: 'a Jennifer tá na mesa de cirurgia'." Jennifer tem 31 anos, fez cursos de atuação e cinema na New York Film Academy, na Califórnia, abriu uma produtora e mora em Dubai, nos Emirados Árabes. Ela trabalha no ramo imobiliário com o marido. Na pandemia, ela entendeu que o excesso de procedimentos estéticos tinha uma razão que ia bem além do fato de querer ficar cada vez mais parecida com Susi ou Kim: a modelo sofre de dismorfia corporal, transtorno que leva a pessoa a acreditar que tem imperfeições e defeitos na aparência física. Ao longo de seu tratamento, decidiu ajudar outras pessoas que sofrem do mesmo distúrbio e criou a uma ONG. Apesar da descoberta do transtorno e dos diversos procedimentos, Jennifer se arrepende de apenas uma cirurgia: a aplicação de polimetilmetacrilato, conhecido como PMMA, que fez nas coxas e no bumbum. Complicações com PMMA Jennifer Pamplona em ensaio para o Paparazzo, em 2015 Marcos Serra Lima/ego A modelo tem sofrido complicações com o PMMA, uma substância plástica utilizada para preenchimentos em tratamentos estéticos faciais e corporais, sobretudo para aumento dos glúteos. A composição pode causar reações inflamatórias que, por sua vez, levam a deformidades e necrose dos tecidos onde foi aplicado. "Eu sempre quis me encaixar no padrão de mulher com curvas e tudo mais. Eu achei que fosse um produto seguro. O tempo passou, depois de uns três meses [do procedimento], eu tive um problema com meu nervo ciático, que começou a doer", conta ela ao g1. "Esse PMMA faz umas bolinhas e entope a circulação. É como se fosse um rio que tá lá com a água corrente, aí colocam uma pedra. Aí a água não consegue passar. Então é isso que tá acontecendo aqui com a minha perna e com a região do bumbum." Após adiar o tratamento por anos, Jennifer, que chegou a ficar sem andar por seis meses, passará por uma cirurgia para a retirada do produto. "Se eu pudesse voltar atrás, eu não aplicaria isso nem a pau. É o maior arrependimento da minha vida. Isso é uma bomba relógio. Eu estava planejando ser mãe agora, que é maior sonho da minha vida. Mas em breve eu faço a cirurgia. E eu sempre volto de todos os problemas que eu enfrento." Morte do namorado Jennifer Pamplona namorada Ken humano Maritza Borges/G1 Quando Jennifer fala sobre problemas enfrentados, ela se emociona ao relembrar a perda do namorado, Celso Santebanes, em 2015. O estilista era conhecido como Ken Humano e morreu após ser diagnosticado com leucemia. "Foi o pior momento da minha vida. Eu costumo dizer que eu sempre quis ser tão famosa, e no dia que o Brasil parou para me ver, foi o dia que eu perdi o amor da minha vida." Após a morte de Celso, Jennifer deixou o Brasil e seguiu para a Califórnia. Por lá, intensificou suas cirurgias por dois motivos: manter-se na mídia e lidar com a dor da perda do namorado. Jennifer Pamplona Iwi Onodera/ego "Essa foi a minha maneira de sobrevivência. Porque o Celso faleceu, sofri um acidente de carro e fui embora do Brasil. E eu tinha aquilo ali, um sonho [de ser famosa]. Então 'bora' acontecer, 'bora' fazer." A história dos dois estará no documentário que Jennifer está produzindo sobre sua vida. A ideia da cinebiografia surgiu após a partida de Celso. "Meus amigos começaram a me ajudar e falaram: 'vamos colocar a sua dor em arte'. Porque eu sempre coloco a minha dor em arte. Gosto de me expressar, porque assim eu vejo que eu consigo ajudar outras pessoas, o mundo me vê e isso me conforta." Ainda sem data para ser lançado, o documentário vai trazer "Todos os obstáculos que eu passei, momentos felizes, tudo, tudo. Sem filtro nenhum", conta. "Meu grande sonho é ser mãe e se eu tiver um filho homem o nome vai ser Celso", finaliza. Veja Mais

Martinho da Vila lança em maio álbum ‘Violões e cavaquinhos’ com Preta Gil na releitura de dois sambas famosos

G1 Pop & Arte Cantora participa de medley que une os sucessos ‘Disritmia’ e ‘Ex-amor’, cujas letras foram alteradas pelo compositor para dar protagonismo à mulher. Capa do single 'Disritmia / Ex-amor', de Martinho da Vila com Preta Gil Ilustração de Allencar com design de Marcos André ? Aos 86 anos, Martinho da Vila tem mantido a média de um álbum por ano. Em 13 de maio, o artista fluminense lança o 58º título de discografia iniciada em 1967. Trata-se do álbum Violões e cavaquinhos. O primeiro single do álbum Violões e cavaquinhos chega ao mundo digital em 2 de maio. Trata-se de medley com releitura de Disritmia (1974) e Ex-amor (1981), dois sucessos emblemáticos do cancioneiro autoral desse grande compositor ligado ao samba. A regravação dos dois sambas famosos foi feita por Martinho com a participação de Preta Gil. Detalhe: as letras foram alteradas para evidenciar o protagonismo feminino. Essa alteração guiou o artista plástico Allencar na criação da imagem exposta na capa do single Disritmia / Ex-amor, feita com arte do design gráfico Marcos André. Veja Mais

Luan Pereira emplaca 'sertanejo automotivo' ao usar fórmula de sucesso com carros em modas

G1 Pop & Arte Cantor diz ter se inspirado em canções como 'Fuscão Preto' e 'Camarelo Amarelo' para compor 'Dentro da Hilux' e 'Entra na Defender'. Músicas têm conquistado números expressivos. O cantor Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Na música sertaneja, letras que cantam relações apimentadas dentro de carrões fazem sucesso desde sempre. “Fuscão Preto”, popularizada por Almir Rogério e pelo Trio Parada Dura, foi uma das primeiras músicas a ganhar fama tendo o nome de um carro como tema central. Lançada em 1981, a canção vendeu mais de um milhão e meio de discos em sua estreia e até hoje serve de inspiração para novas composições. “Fiorino” e “Vem Ni Mim Dodge Ram”, interpretadas por Gabriel Gava e Israel Novaes, respectivamente, marcaram o ano de 2012, ficando meses no topo das listas das mais tocadas do país. Não lembrar de “Camaro Amarelo” é quase impossível. Além de ter ganhado o Brasil em 2012, o hit fez crescer a busca pelo carro de luxo no país. O sucesso foi tanto que a canção de Munhoz & Mariano fez parte da trilha sonora da novela “Sangue Bom”, exibida na TV Globo em 2013. Agora, quem aposta na combinação é o novato Luan Pereira, que vê no estilo “sertanejo automobilístico” a fórmula para o sucesso. “Muitas músicas já existiam no passado falando sobre isso, algumas mais antigas, outras mais recentes. Tenho o meu estilo musical e dentro dele consigo conversar com diversos públicos, agradando sempre aos fãs com o lado dos carros, o lado romântico”, disse o cantor ao g1, durante sua passagem pelo Ribeirão Rodeo Music, em Ribeirão Preto (SP). ???? Veja fotos do show de Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music: Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music 2024 Padrão Quem acompanha a ascensão do jovem paulista, de apenas 20 anos, logo percebe um padrão nas canções. As letras que levam nomes de carros, a maioria de luxo, têm versos com bom humor, sexo dentro dos veículos e disputas entre playboys do agro e da cidade. É assim em “Ela Pirou na Dodge Ram”, feat com MC Ryan SP, que alavancou a carreira de Luan Pereira. A faixa, que ainda carrega a batida do funk, foi lançada em março de 2023 e o videoclipe acumula cerca de 146 milhões de visualizações no YouTube. “Ela Pirou na Dodge Ram” é a primeira de uma sequência de quatro músicas do sertanejo que reverenciam carrões. “Essa música foi uma das mudanças de chave da minha vida e eu sempre serei grato por ter escrito e por ter contado com a participação do meu irmão Mc Ryan. Depois disso, foi só sucesso. Agradeço muito a Deus por todas as oportunidades”, afirma Luan Pereira. LEIA TAMBÉM: Entenda como funciona o processo de criação de uma boa moda Ana Castela sai carregada de mimos, fala em ser mamãe e dispensa cantada Alok diz que ama tocar em rodeios e quer fazer mais feats com sertanejos Hugo & Guilherme entregam performance contagiante no rodeio de Ribeirão Preto Luan Pereira no palco do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Bombando nas redes sociais Natural de Suzano (SP), o cantor iniciou a carreira ainda na adolescência, quando utilizava as redes sociais para compartilhar vídeos interpretando músicas autorais e covers de sucessos sertanejos. A voz grave, muitas vezes confundida com efeitos sonoros, chamou a atenção dos ouvintes e se tornou um dos diferenciais do cantor. Em 2021, Luan Pereira intensificou a presença nas redes sociais, utilizando o bom humor para cativar os fãs e se tornou um representante do “agronejo”. A amizade do paulista com a cantora Ana Castela, que viria a se tornar um fenômeno no país, caiu nas graças da internet. Foi com um cover da música “Vaqueiro Apaixonado”, em parceria com a boiadeira, que ele conquistou pela primeira vez no YouTube a marca de um milhão de visualizações. ???? Luan Pereira faz dancinha com Ana Castela em Ribeirão Preto: Ana Castela faz dancinha com Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music 2024 Carrões e visualizações Outra parceria com MC Ryan, “Dentro da Hilux” é o maior sucesso de Luan Pereira. Até o momento, a faixa que tem a participação de MC Daniel acumula 209 milhões de visualizações na plataforma de vídeos. Com direito a fivela, chapéu e mais movimento, dessa vez não da mola da Ram, mas no bit do tuz tuz, o trio ostenta em um clipe que simula uma corrida de carros acalorada. Luan Pereira considera que a música, lançada há sete meses, é uma das mais importantes da carreira até agora. “Muitas músicas são importantes para a minha carreira, “Dentro da Hilux” me possibilitou alcançar o primeiro lugar como a música mais ouvida do Brasil. Tenho ela como uma das principais e hoje estou com a “Entra na Defender” entre as três mais ouvidas do Brasil, alcançando lugares que eu nunca imaginei”, diz. Lançada em janeiro deste ano, “Silverado” também entra na lista dos ‘sucessos automotivos’. Assim como as outras, a música conta com uma divulgação pesada nas redes sociais. De Suzano para o mundo, “Silverado” foi parar até em um dos famosos e prestigiados telões da Times Square, em Nova York, nos EUA. “Só posso agradecer a Deus todas as coisas maravilhosas que estão acontecendo na minha vida. É Deus, sempre ele. Sigo com fé de que alcançarei cada vez mais todos os meus sonhos e objetivos”, diz. Luan Pereira e MC Daniel no clipe de "Entra na Defender"' Reprodução/Youtube No topo Fechado a sequência de sertanejos automotivos está “Entra na Defender”, que chegou às plataformas no início de abril deste ano e já ocupa a 4ª posição entre as mais tocadas do Spotify. Mais uma vez com MC Daniel, o paulista espera ver o mesmo sucesso da primeira parceria com o ‘Falcão’ se repetindo. “Daniel é um irmão, assim como o Ryan. Nossa conexão é fora do comum e essa é mais uma que acertamos juntos. ‘Entra na Defender’ tem um clipe que é a continuação de ‘Dentro da Hilux’, então conseguimos contar uma história bem bacana. Os fãs têm gostado muito da nossa união e estamos batalhando para que a música chegue ao top 1”. Veja mais notícias do Ribeirão Rodeo Music 2024 Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais

Jair Oliveira lança o álbum ‘Tekoá’ com música inédita gravada com a filha, Isa

G1 Pop & Arte Jair Oliveira posa com a filha, Isa Oliveira, com quem canta a música ‘Vem logo’ no álbum ‘Tekoá’ Divulgação ? Jair Oliveira lançou o álbum Tekoá na última quarta-feira, 17 de abril, após ter apresentado quase todo o repertório do disco em série de singles editados desde outubro de 2023. A única das 12 músicas que permanecia inédita era Vem logo, gravada pelo artista com a filha, Isa Oliveira. A cantora já havia gravado com o pai no projeto infantil Grandes pequeninos, mas o dueto na canção Vem logo é a primeira participação de Isa em disco solo de Jair. Batizado com termo indígena que significa “aldeia”, “comunidade”, o álbum Tekoá tem repertório autoral formatado por vários produtores e composto por músicas como Yeshua (Jair Oliveira), Rede essencial (Jair Oliveira e Prateado), Teimosa (Jair Oliveira e Sergio Valente), Sonho de rainha rei (Jair Oliveira), Rei da lábia (Jair Oliveira), Samba na areia (Jair Oliveira e Filó Machado), Write my story (Jair Oliveira e Kallie North) e Samba colado (Jair Oliveira e Boca Melodia), além da regravação de Simples desejo (Jair Oliveira e Daniel Carlomagno, 2000), sucesso na voz de Luciana Mello, irmã de Jair Oliveira. Capa do álbum ‘Tekoá’, de Jair Oliveira Divulgação Jair Oliveira lança o álbum autoral ‘Tekoá’ após série de singles Márcio Amaral / Divulgação Veja Mais

Voar com o pet é seguro? Entenda em que casos viajar de avião pode prejudicar a saúde do animal

G1 Pop & Arte Avião é considerado seguro pelos veterinários, mas o estresse da viagem pode causar danos para o pet se ele não estiver pronto. Saiba quais são os cuidados necessários ao viajar com o animal. Joca, Golden Retriever de 5 anos, que morreu depois de falha em transporte aéreo admitido por Gol Arquivo pessoal e Reprodução A morte de um cachorro durante o transporte aéreo após um erro no destino levantou um alerta sobre os fatores que interferem na saúde dos pets ao viajar de avião. O veterinário do golden retriever chamado Joca, de cinco anos, tinha dado um atestado indicando que ele suportaria duas horas e meia de voo, mas um erro no destino fez com que animal passasse oito horas dentro do avião. O pet deveria ter sido levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop (MT), mas foi colocado num avião da Gollog, empresa da companhia Gol, que embarcou para Fortaleza (CE). Na maioria dos casos, viajar de avião é considerado seguro pelos veterinários, mas o estresse da viagem pode causar danos para o pet se ele não estiver pronto. A ansiedade do ambiente novo para ele pode aumentar a frequência cardíaca, prejudicar a respiração, fazer com que ele tenha uma síncope e, em casos extremos, levá-lo a morte. No caso dos gatos, que são territorialistas, o mecanismo de defesa pode ser ativado, gerando descarga de adrenalina e aumentando o cortisol (hormônio do estresse). Veja a seguir quais cuidados devem ser tomados ao viajar com o pet: Como preparar o animal? Quando é melhor não viajar? Cabine ou porão? Como deve ser a caixinha? O que verificar ao chegar ao destino? 1. Como preparar o animal? Planeje a viagem com antecedência. O bichinho precisa passar por um tipo de treinamento do que vai enfrentar no dia, explica Juliana Stephani, veterinária e fundadora da PETFriendly Turismo. O ideal é que esta experiência tenha cerca de três meses. Gatos podem ser mais metódicos que cachorros e podem precisar de mais tempo para se adaptarem. A primeira etapa é adquirir a caixinha na qual o animal será transportado (veja mais abaixo como escolher). Permita que o bicho crie costume dentro dela. Para isso, escolha um canto da casa e deixe a porta sempre aberta, para que o ele possa entrar e sair quando quiser, recomenda Karina Mussolino, gerente técnica do Centro Veterinário Seres. Para incentivar esse comportamento, pode-se colocar petiscos dentro do ambiente. Tente também usar a caixa dentro do carro. Exponha o pet a barulhos semelhantes ao do avião. Deixe estes efeitos sonoros ligados quando você sair de casa. Se o animal for na cabine, o leve para passear no shopping e lugares movimentados, como a feira, diz Juliana. Além do treinamento, as companhias aéreas e - no caso das viagens internacionais - cada país possuem suas exigências em relação à saúde do animal. Verifique, portanto, quais vacinas e documentações são obrigatórias no seu trajeto. Nacionalmente, a vacinação contra a raiva e um atestado do veterinário comprovando que o animal está saudável são obrigatórios. Também é preciso fazer a microchipagem, que é um microchip com a identificação do pet para caso ele se perca, explica Karina. No dia da viagem, deixe o animal de jejum por cerca de 4 horas, pois o percurso pode causar náuseas. Nunca dê calmantes ou sedativos, estes medicamentos são proibidos, afirma Juliana. Para mantê-lo calmo, um truque é brincar bastante com o pet no dia anterior para que durante a viagem ele esteja cansado. 2. Quando é melhor não viajar? Juliana comenta que animais idosos ou muito jovens, com problemas de saúde ou dificuldade de locomoção não podem viajar em porão, pois a adaptação deles é mais complicada. Além disso, em caso de remédio controlado, o tutor precisa de acesso para medicá-lo. Ainda assim, Karina ressalva que, se as enfermidades estiverem controladas e o veterinário autorizar, esses bichos podem conseguir viajar. Da mesma maneira, cachorros braquicefálicos, que são os de focinho curto, não devem ser transportados dessa maneira, pois eles têm mais dificuldade para respirar. 3. Cabine ou porão? O local do avião onde o pet será transportado é determinado por cada companhia aérea, que estabelece o peso máximo para voo na cabine. Mas, independente de onde forem, os animais precisam da caixinha. Em caso de cães guias, essa regra deixa de valer e eles automaticamente podem viajar com os tutores. De mesmo modo, eles têm direito de ir aos pés do passageiro, fora da caixa, sem que seja necessário pagar mais uma passagem, explica Juliana. Para isso, além das documentações exigidas para os outros pets, é preciso também um certificado de adestramento. Há também como recorrer juridicamente para que o animal viaje na cabine em caso de doenças e dos cães de focinho curto. Também é possível recorrer caso o animal seja de suporte psiquiátrico e haja um laudo médico comprovando esta função. Apesar do animal não estar com o tutor, a veterinária Juliana afirma que o porão também é seguro. Ela explica que o ambiente possui uma temperatura entre 10° e 23° C controlada pelo piloto do avião e é pressurizado, ou seja, tem a circulação de ar. 4. Como deve ser a caixinha? O ideal para a caixinha é que o animal fique confortável. O bichinho deve conseguir ficar de pé, dar uma volta de 360° e a cabeça não pode encostar no teto nem o focinho nas laterais. O recipiente também deve seguir medidas específicas determinadas pela companhia aérea. Existem três materiais permitidos: plástico, madeira e metal. Este último não é recomendado por Juliana, pois deixa o ambiente interno mais quente. No caso da caixa de madeira, é preciso ter um revestimento interno, para que o animal não roa as paredes e possa se machucar. Também é necessário ter aberturas nas laterais para a circulação de ar e mais de três trincos para garantir que o pet não vai conseguir abrir a porta. Além disso, é importante usar um tapete higiênico. Acessórios, como brinquedos e paninhos são proibidos. 5. O que verificar ao chegar ao destino? Veja como o animal está se comportando após a viagem e, se for preciso, leve-o para o veterinário. Estar ofegante ou não levantar são sinais de que o pet não está bem. O ideal é que ele saia da caixinha como se nada tivesse acontecido, explica Juliana. Karina também recomenda a aferição de temperatura, verificar se as mucosas não estão azuladas ou pálidas, se não está babando excessivamente - o que pode significar náuseas - e se a caixinha não tem resquícios de diarreia, urina ou sangue. Juliana comenta que o tutor deve oferecer água e comida após o desembarque. Contudo, não se espante se ele não comer de imediato, pois é normal que animais tenham enjoo durante e após o voo. Cachorro morre durante transporte de companhia aérea Veja Mais

MC Marks põe fé no pagode em álbum com Belo, Ferrugem, Marvvila, Tiee, Xande de Pilares e o pai do funkeiro

G1 Pop & Arte Capa do álbum ‘Menino de fé’, de MC Marks Divulgação ? Em cena desde 2012 no segmento do funk, tendo começado a ganhar projeção a partir de 2017, o cantor e compositor paulistano Paulo Alexandre Marques – conhecido nas quebradas e nos bailes como MC Marks – tenta entrar na roda do samba com o álbum Menino de fé. No disco, que entra em rotação a partir das 21h de quinta-feira, 25 de abril, em edição da gravadora Warner Music, Marks põe fé no pagode em repertório gravado por time de convidados formado por Belo, Ferrugem, Marvvila, Tiee, Xande de Pilares e o pai do artista, Adilson Santos. Dono de sucessos como Deus é por nós (2020) e Céu de pipa (2020), o MC migra do funk romântico com letras motivacionais para o pagode, em movimento temporário, com a vivência de ter crescido ao som de pagodes e dos toques dos atabaques da umbanda em cerimônias regidas pelas mães de santo da família do artista. Gravado com produção musical de Umberto Tavares e Jefferson Junior, idealizadores do disco, o álbum Menino de fé tem arranjos de Tiago Silva e repertório inédito, com exceção para a regravação do hit Deus é por nós. Belo figura na música Por ela. Ferrugem aparece em Confia. Marvvila canta Terra do nunca com Marks. Tiee é o feat. de Dá trabalho. Xande de Pilares participa de Joelho no chão. Já o pai do artista, pouco presente na criação do filho por circunstâncias sociais, é convidado da música De pai pra filho, cuja letra versa justamente sobre a ausência paterna. O álbum Menino de fé é caracterizado como projeto paralelo na carreira do funkeiro criado nas quebradas de Americanópolis, bairro da zona sul da cidade de São Paulo. “A origem do samba e do funk é a mesma. São sons feitos pela periferia para amortecer a vida dura. Eu sou cria do samba, mas foi no funk que pude mudar minha realidade. Este projeto de pagode foi um sonho realizado, mas o funkeiro continua aqui”, ressalta MC Marks. Veja Mais

‘Despedida de Solteiro’ estreia no Globoplay; relembre trama de Walther Negrão

G1 Pop & Arte Originalmente exibida entre 1992 e 1993, a obra foi a primeira novela de Letícia Spiller. Eduardo Galvão, João Vitti, Paulo Gorgulho e Felipe Camargo em 'Despedida de Solteiro', em 1993 Bazilio Zalazans/Globo A novela "Despedida de Solteiro" chega ao catálogo do Globoplay, nesta segunda-feira (22). Originalmente exibida entre 1992 e 1993, a obra foi escrita por Walther Negrão e dirigida por Reynaldo Boury. A trama tem início em 1985, na fictícia cidade de Remanso, quando os amigos Pedro (papel de Paulo Gorgulho), Pasqual (Eduardo Galvão) e Xampu (João Vitti) se reúnem para a despedida de solteiro de João Marcos (Felipe Camargo). MEMÓRIA GLOBO: 'Despedida de Solteiro' A alegria se encerra quando Salete (Gabriela Alves), amiga do grupo, é assassinada durante a comemoração. Na cerimônia de seu casamento com Lenita (Tássia Camargo), João Marcos é preso, junto com os três amigos. Sete anos depois, o quarteto sai em liberdade condicional e luta para provar sua inocência. Letícia Spiller em 'Despedida de Solteiro', em 1992 Acervo.Globo Curiosidades "Despedida de Solteiro" foi gravada na cidade cenográfica originalmente criada para "Mulheres de Areia" (1993), de Ivani Ribeiro, novela cuja produção havia sido adiada devido à gravidez de Gloria Pires. A obra foi marcada pelas estreias de Helena Ranaldi e Rita Guedes na TV Globo. Também foi a primeira novela de Letícia Spiller. Veja Mais

Luan Pereira supera problema técnico, faz farra com Ana Castela e vai até o sol nascer em Ribeirão Preto, SP

G1 Pop & Arte Jovem sertanejo estreou no palco do Ribeirão Rodeo Music no começo da manhã deste domingo (21) e agitou público que aguentou firme a maratona musical. Ana Castela faz dancinha com Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music 2024 Em grande estilo, Luan Pereira fez sua estreia no Ribeirão Rodeo Music neste domingo (21) e não poupou energia junto com os fãs que viram o sol nascer em Ribeirão Preto (SP). O sertanejo superou problemas técnicos e ainda recebeu no palco Ana Castela (veja no vídeo acima) e a dupla Hugo & Guilherme, que tinham se apresentado antes dele no evento. Luan Pereira começou o show às 5h com um setlist que mais parecia um desfile de hits no estilo ‘sertanejo automotivo’. Com muito molejo e coreografias que fazem sucesso nas redes sociais, colocou o recinto para dançar. Após uma introdução emocionante, na qual o cantor paulista narrou um pouco da trajetória que percorreu até chegar aos palcos, a música escolhida como pontapé da performance foi “Ela Pirou na Dodge Ram”, parceria com MC Ryan. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O cantor Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Mas logo em seguida, Luan Pereira precisou de jogo de cintura e gogó para superar um problema técnico que deixou o microfone do cantor mudo enquanto cantava “Pira nos Caipira”. Depois de ajustes, o som voltou, Luan se emocionou e tirou os sapatos enquanto agradecia aos fãs por permanecerem no show. “A vida do Luan Pereira é assim, é igual ser torcedor do Corinthians: se não for com emoção não vai. Mas com Deus é assim, tudo no tempo de Deus. Foi por causa dele que vocês não desistiram de mim”, disse. O cantor Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 LEIA TAMBÉM: Com romance e promessa de platinar cabelo, Hugo & Guilherme entregam performance contagiante Alok diz que ama tocar em rodeios e quer fazer mais feats com sertanejos Ana Castela topa presente misterioso, sai carregada de mimos de 'miniboideiras' e fala em ser mamãe Amizades de milhões Primeira artista a subir ao palco do Ribeirão Rodeo Music ainda no sábado (20), Ana Castela surpreendeu a todos ao cumprir a promessa feita em tom de brincadeira enquanto se apresentava. “Se Deus permitir e meu pai deixar, vou ficar por aqui”, disse, na expectativa de ver os outros shows da noite. Parece que Deus e o pai se entenderam e a cantora retornou ao palco para prestigiar a apresentação do amigo Luan Pereira já pela manhã de domingo. Um dos shippers de amizade mais fortes nas redes sociais, Boiadeira e LP colecionam parcerias musicais e conteúdos. Juntos, os amigos cantaram e dançaram em uma “bagunça organizada” com direito a passos de danças no estilo Michael Jackson e Elvis Presley. Vestida com um blusão preto, calça cargo e tênis, a boiadeira chegou a assumir o posto de backing vocal de Luan. Veja mais fotos do show de Luan Pereira: Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music 2024 Como se não bastasse a surpresa, Hugo & Guilherme também reapareceram e se juntaram à farra. “Banco da Praça” e “Galopeira” foram alguns dos modões escolhidos para a performance. A animação foi tanta que até cambalhota no palco rolou. “É um dos dias mais felizes da minha vida, porque é o primeiro dia que eu amanheço cantando no palco. Quem aguenta até 12h?”, brincou Luan. Garagem de sucessos Acompanhado por dançarinos, Luan, de apenas 20 anos, mesclou do modão sertanejo ao funk. Quem já tinha aguentado firme a maratona de mais de seis horas de shows, aproveitou uma última apresentação caprichada, com direito a fogos de artifícios, canhões de fumaça, chuva de papéis picados e muitas ‘dancinhas’. Luan Pereira fica com pés descalços no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Enquanto o sol nascia no horizonte, Luan agradecia o carinho do público com os joelhos dobrados sobre o chão do palco. Emendando um sucesso no outro, o paulista ressaltou a alegria que sentia. “Eu nunca me senti tão bem em um palco igual aqui em Ribeirão Preto”, afirmou. Uma das mais aguardadas pelos fãs do cantor, “Dentro da Hilux” fez o público colocar o cansaço de lado e ativar o “mood dançarino”. Maior sucesso de Luan Pereira, a música que conta com a participação de MC Ryan SP e MC Daniel acumula mais de 165 milhões de plays no Spotify. Completando a garagem de sucessos, “Silverado” e “Entra na Defender” animaram o público e evidenciaram que apesar de terem sido lançadas ainda neste ano, as canções que unem duas paixões dos brasileiros, carros e sertanejo, já estão na boca do povo. O cantor Luan Pereira no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Veja mais notícias do Ribeirão Rodeo Music 2024 Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região : Veja Mais

Maurício Tapajós, bamba morto há 29 anos, revive em 'caixa' com registros de inéditos sambas feitos com Nei Lopes

G1 Pop & Arte ? Amanhã faz 29 anos que o compositor, cantor e produtor musical carioca Maurício Tapajós (27 de dezembro de 1943 – 21 de abril de 1995) saiu de cena. A data foi escolhida para trazer ao mundo mais registros inéditos do artista dentro da série iniciada em julho de 2023 e intitulada Caixa de K7s. O próximo título da série, Praça Mauá – Parcerias com Nei Lopes, apresenta gravações caseiras de sete sambas compostos por Tapajós com Nei Lopes, bamba das letras. As músicas versam sobre o passado do Centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ), especialmente o da Praça Mauá. As músicas foram compostas para espetáculo musical de teatro que nunca chegou a ser produzido. Com exceção de O samba sempre foi samba, composição lançada por Alcione no álbum Tempo de guarnicê (1996), os demais sambas – A cidade se diverte, Apocalipse no cais, Go go girl, O rancho das sereias, Prainha – Seu passado, sua história e Solidão no Florida's – permaneceram inéditos. A qualidade técnica dos registros é baixa, mas é alto o valor documental deste EP Praça Mauá – Parcerias com Nei Lopes. Até porque, da parceria de Maurício Tapajós com Nei Lopes, somente as músicas Ladrão de galinha (samba gravado por Nei Lopes em álbum de 1999) e a já mencionada O samba sempre foi samba ganharam registros fonográficos oficiais. Capa do EP ‘Praça Mauá – Parcerias com Nei Lopes’, de Maurício Tapajós (1943 – 1995) Divulgação Veja Mais

Sul global é a grande estrela da bienal de Veneza; veja FOTOS das exposições

G1 Pop & Arte Inclusivo, evento trouxe 331 artistas, muitos deles marginalizados, outsiders, homossexuais e indígenas, que arrancaram elogios do público e da crítica. Indígenas mostraram trabalhos que falam da violência contra as tribos, da colonização e das ameaças ao meio ambiente Ilze Scamparini/TV Globo Uma Bienal de Veneza diferente, inclusiva, de 331 artistas, muitos deles marginalizados, outsiders, homossexuais, indígenas. Ou simplesmente que nunca tinham participado de uma mostra internacional. Uma escolha que está sendo considerada por muitos, (mas não por todos) como sensível e corajosa do primeiro curador-geral latino-americano, o brasileiro Adriano Pedrosa, diretor do Museu de Arte de Sao Paulo, o MASP. Nos Jardins Públicos de Veneza estão os pavilhões de varios países. Bem localizado, o pavilhão brasileiro, presente aqui desde 1964, trouxe a artista Glicéria Tupinamba, indígena Pataxó, grupo étnico do sul da Bahia no comando das instalações. “Kapuera, somos os pássaros que andam” é o nome da obra que reúne, em uma das quatro salas, dois mantos de penas de varios pássaros que representam a Ancestralidade dos povos indígenas. A aldeia Pataxó nao possuía mais nenhum manto, todos tinha sido trazidos para a Europa. Glicéria aprendeu a reproduzi-los com a ajuda dos mais velhos e também dos espíritos, diz ela. Agora esses dois mantos ja podem ser cultuados. Junto com Glicéria, os artistas Olinda Tupinambá e Ziel Carabotó mostram trabalhos que falam da violência contra as tribos indígenas, da colonização e das ameaças ao meio ambiente. E também das necessidades deles que se resumem à terra, aos tubérculos, à semente de urucum. Outro grupo que arrancou elogios do público e da crítica foram os Huni Kuin do Acre. O coletivo Mahku fez uma pintura monumental na fachada do pavilhão Central, de personagens da sua cultura, animais e de cenas cotidianas. No centro a figura de um jacaré que pra eles significa uma ponte entre o passado e o presente. LEIA TAMBÉM: Artistas Yanomami exibem obras na 60ª Bienal de Arte de Veneza Festival de Veneza premia 2 artistas negras pela 1ª vez na história A presença macica de obras modernistas na Bienal de Arte Contemporânea dividiu um pouco a crítica. O curador Adriano Pedrosa defende a ideia de que trazê-las para as novas gerações, para países que nao as conhecem, é uma atitude contemporânea. E muitos consideram um ato político. Entre os modernistas estão Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Candido Portinari. Pintores africanos, árabes e mexicanos como Frida Khalo e Diego Rivera. A artista ítalo brasileira Ana Maria Maiolino, prêmio Leão de Ouro pela carreira, defendeu a escolha de Adriano Pedrosa. Ela também expõe pela primeira vez em Veneza, obras em argila crua. Aos 81 anos, continua com o estilo refinado e combatente que a consagrou. Pavilhões muito visitados sao o dos Estados unidos, pela primeira vez com as obras de um indígena cherokee, o da França, pela primeira vez representada por um artista preto, Julien Creuzet, que usa escultura, música cinema e poesia, e o da Alemanha, com imagens futuristas que fazem refletir sobre os limites do espaço e do tempo. Os paises europeus apresentaram bons trabalhos, mas foi o sul do mundo, ou sul global, a grande estrela desta sexagesima bienal de Veneza. Veja Mais

Feyjão espalha 'Vento', música inédita com Gilberto Gil, em single e novela

G1 Pop & Arte ? Exatamente três meses após ter lançado o álbum Meu tom, apresentado na íntegra em 19 de janeiro, o cantor e compositor carioca Vinicius Feyjão anuncia single com Gilberto Gil. Vento é a música inédita que une os dois artistas em gravação feita para a trilha sonora da novela No rancho fundo, estreada na Globo na última segunda-feira, 15 de abril. O registro de Vento começará a ser espalhado no capítulo que vai ao ar amanhã, 20 de abril. Já o single tem lançamento programado para a próxima sexta-feira, 26 de abril, dando sequência à discografia de Feyjão. Veja Mais

Roberto Carlos chega aos 83 anos como indecifrável milagre e fenômeno de popularidade na música do Brasil

G1 Pop & Arte ? ANÁLISE – Nascido em 19 de abril de 1941 em Cachoeiro de Itapemirim (ES), pequena cidade do estado do Espírito Santo, Roberto Carlos chega hoje aos 83 anos como o mais indecifrável e longevo fenômeno de popularidade na música do Brasil. São seis décadas de sucesso ininterrupto, tomando como marco inicial 1964, ano em que o artista consolidou a carreira e a parceria com Erasmo Carlos (1941 – 2022), iniciada em 1963 com a composição do rock Parei na contramão. Ninguém nunca explicou a contento o caso de Roberto Carlos. Que parece até milagre. Há livros, teses e artigos sobre este cantor e compositor entronizado na preferência popular há seis décadas, mas nenhum deles realmente deu conta de explicar o fenômeno. Você talvez não goste de Roberto Carlos pelo conservadorismo do artista na música e nas pautas sociais, sobretudo se você for jovem. Mas sua mãe provavelmente gosta. São elas, as mães, as tias, as avós, que compõem a maior parte do público essencialmente feminino do cantor. Tem até piada que diz que fila preferencial para a terceira idade é fila única nos shows de Roberto, que celebra o 83º aniversário em cena, se apresentando na cidade de São Paulo (SP). Outras capitais do Brasil estão na rota da turnê Eu ofereço flores, com a qual o cantor percorrerá o Brasil ao longo de 2024 com novo show que, a rigor, não deve ser tão novo assim. Porque a novidade quase nunca veio dar na praia de Roberto Carlos. E talvez esse seja um dos muitos segredos da impressionante longevidade do sucesso do artista. Todo seguidor do cantor sabe o que vai ver e ouvir em um show de Roberto Carlos. E todo mundo vai assim mesmo e por isso mesmo. Sim, é mesmo difícil explicar. Talvez impossível. Esse caso não tem solução. Mas quem quer decifrá-lo, exceto meia dúzia de críticos e escritores que tentam em vão entender o que arrasta multidões para um show de Roberto Carlos? Resta louvar o cancioneiro monumental do artista – cujo suprassumo reside nos álbuns lançados entre 1965 e 1979, embora ainda haja algumas boas músicas nos discos da década de 1980 – e ressaltar a afinação e emissão perfeitas de uma voz que sempre dá o recado das canções. No mais, e sem mais, viva Roberto Carlos! Aniversário de Roberto Carlos: Cachoeiro, no Sul do ES, tem programação especial Veja Mais

Por que Dua Lipa ruiva traduz tão bem nova era da cantora e o que é estética 'cherry cola'

G1 Pop & Arte Com ar de 'vampira sexy', cantora se debruça sobre tom vibrante e músicas sobre autonomia e deboches a falsas juras de amor. Dua Lipa em videoclipe 'Illusion' Reprodução/YouTube Flamejante, o atual visual de Dua Lipa faz jus a "Radical Optimism", álbum que chega às plataformas no dia 3 de maio. A estética se encaixa bem nas letras de "Houdini", "Training Season" e "Illusion", as faixas do disco já lançadas. São canções com versos repletos de autonomia e sensualidade. Ares também transmitidos pela aparência da artista, que tingiu o cabelo de vermelho sangue para justamente harmonizar com as músicas da sua nova era. A cor de Dua é a mesma da tendência "cherry cola", que desde o fim de 2023 tem avermelhado lábios e cabelos pelo mundo. É uma mescla entre as tonalidades da cereja e da embalagem de Coca-Cola. Recentemente, o tom coloriu fios de artistas como Billie Eilish, Solange, Megan Thee Stallion, LaLa Anthony e Megan Fox. (Da esq. p/dir.): Billie Eilish, Megan Fox, Solange e LaLa Anthony AP/Jordan Strauss/Reprodução/Instagram Até quem já é naturalmente ruiva aderiu à estética. Caso, por exemplo, da atriz Sophia Abraha?o, que escureceu as madeixas em fevereiro. Outras brasileiras que entraram na tendência foram as influenciadoras GKay, Mari Gonzalez e Vivi Wanderley. A cantora Dua Lipa Scott A Garfitt/Invision/AP Vampira sexy Principal aposta de Dua Lipa para o novo álbum, "Houdini" tem uma letra na qual o eu lírico se diverte ao assumir o controle da relação amorosa. "Se aproxime mais, você está lendo meus lábios?/ eles dizem que eu venho e vou embora/ me fale sobre todos os jeitos que você precisa de mim/ não vou ficar aqui por muito tempo", canta Dua, sobre batidas de pop dançante que têm o baixo em evidência. Em "Training Season", ouvimos alguém clamar por paixão de vertigem e dispensar seduções venenosas. Discurso que também está em "Illusion", música cujo videoclipe mostra a britânica molhada e rodeada por homens. Sensualizando, ela dança ao som de uma letra que debocha de falsas juras de amor. A cantora Dua Lipa Alberto Pezzali/Invision/AP A nova fase da cantora quer pintar Dua como sedutora, dona de si e madura — conceitos irradiados pelo cherry cola. Em entrevista à revista americana "Marie Clarie", o cabeleireiro responsável pelo ruivo da artista, Ben Gregory, disse que teve como intenção deixá-la com ar de "vampira sexy". "Tivemos a ideia de trabalhar com o vermelho e carregar bem o pigmento para que, quando fosse fotografado à luz do dia, brilhasse muito, mas quando visto dentro de casa ou num tapete vermelho, remetesse a sangue." Dua Lipa posa no tapete vermelho enquanto participa do 66º Grammy Awards em Los Angeles, neste domingo (4). Mario Anzuoni/Reuters Alerta vermelho Consultora de moda e imagem, Camila Cavalcante explica que a cor é estimulante e culturalmente associada às ideias de alerta, poder e ousadia. "Vermelhos têm sido uma grande aposta. Por exemplo, o Viva Magenta, variação do tom cereja, foi eleita pela Pantone como a cor de 2023. É normal que isso reverbere no ano seguinte, mas, sem dúvida, o fato do cherry cola ter viralizado no TikTok, com itens de moda e beleza, fez a tendência ser o que é", disse ela ao g1. A cantora Dua Lipa Reprodução/Spotify Outro fator que também teria ajudado na popularização da estética seria a cíclica expressão juvenil. É o que sugere Leusa Araujo, autora de "O Livro do Cabelo". Ela explica que, de tempos em tempos, a juventude renova sua moda capilar, com cores e penteados que muitas das vezes remetem à típica rebeldia da faixa etária. E o cherry cola oferece um visual desobediente. Isso porque o ruivo é historicamente associado a comportamentos indomáveis — o que, aliás, esbarra na energia obstinada das novas músicas de Dua. Dua Lipa faz a primeira apresentação da noite no Grammy 2024 Mike Blake/Reuters "Na Idade Média, as bruxas eram retratadas com cabelo vermelho. O flamejante era visto como o fogo dos infernos, aliado ao diabólico", diz Araujo. "Tem toda uma construção da figura da mulher demonizada." Otimismo radical A pesquisadora afirma ainda que o ato de tingir o cabelo foi mal visto durante décadas e até hoje causa incômodos quando se trata de colorações chamativas como o cherry cola, cujo tom é fechado, mas bastante vibrante. Foi no movimento punk, emergido nos anos 1970, que a cor se popularizou pela primeira vez em massa. O punk não chega a ser o gênero de "Radical Optimism", mas é uma das principais referências ao britpop, movimento musical britânico que inspirou o disco. O cherry cola está também em outros elementos dessa era. Looks, letreiros de clipe e até a versão física do álbum transbordam o vermelho gritante do mais novo otimismo radical de Dua Lipa. Veja Mais

Karol G, Xande de Pilares e Belo são confirmados no Rock in Rio 2024

G1 Pop & Arte O festival acontecerá nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, na Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ). A cantora Karol G Eduardo Verdugo/AP Estrela do reggaton colombiano, Karol G foi anunciada nesta quinta-feira (18) como uma das atrações do Rock in Rio 2024. O festival acontecerá nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, na Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ). Karol G se apresentará no dia 20, no palco Mundo. Além dela, os artistas Xande de Pilares, Belo, Dennis DJ, Belo e Pocah também são as mais novas atrações anunciadas pelo evento. Xande fará show no dia 19, no Espaço Favela, do qual é embaixador nesta edição. No mesmo palco, Belo se apresentará no dia 22, Dennis DJ no dia 14 e Pocah no dia 20. O festival ainda terá shows de nomes como Travis Scott, Mariah Carey, Cyndi Lauper, Akon, Katy Perry, Shawn Mendes, Joss Stone, Gloria Gaynor, Ed Sheeran e Imagine Dragons. Veja Mais

Dickey Betts, guitarrista do Allman Brothers Band, morre aos 80 anos

G1 Pop & Arte Músico escreveu e cantou o maior sucesso do grupo, 'Ramblin' man'. Dickey Betts, guitarrista do Allman Brothers Band, no funeral de Greg Allman, em 2017 Jason Vorhees/The Macon Telegraph via AP Dickey Betts, guitarrista conhecido por ser um dos fundadores da Allman Brothers Band, morreu aos 80 anos nesta quinta-feira (18). Ele estava em sua casa, nos Estados Unidos, de acordo com o jornal "New York Times". Betts morreu por causa de um câncer e de uma doença pulmonar crônica, afirmou o agente do músico, David Spero, à revista "Rolling Stone". Apesar de não ser um dos irmãos Allman que davam o nome do grupo, Betts foi um de seus principais compositores. Ele escreveu e cantou o maior sucesso da banda, "Ramblin' man". Formada em 1969, a Allman Brothers Band é considerada uma das precursoras do que ficou conhecido como rock do sulista americano. Veja Mais

Violonista Marcel Powell vai de Dorival Caymmi e Johnny Alf a Luiz Melodia e Djavan no álbum ‘Musicalidade negra’

G1 Pop & Arte ? Entranhada na gênese da música do Brasil desde antes de o samba ser samba, a imensurável contribuição dos compositores e instrumentistas pretos na construção do cancioneiro do país está explicitada já no título do 11º álbum do violonista e compositor Marcel Powell, Musicalidade negra. No disco, Louis Marcel Powell de Aquino – filho do também violonista Baden Powell (1937 – 2000) – toca músicas de compositores como Djavan (A ilha, 1980), Dorival Caymmi (1914 – 2008) (O bem do mar, 1954), Johnny Alf (1929 – 2010) – duplamente representado no repertório por Ilusão à toa (1961) e Eu e a brisa (1967) – e Luiz Melodia (1951 – 2017) (Estácio Holly, Estácio, 1972). Fabiana Cozza, Mestrinho e Nilze Carvalho são os convidados de Marcel Powell no álbum Musicalidade negra. “Embora muitos tentem ignorar, a desigualdade racial e o racismo ainda estão enraizados na sociedade brasileira. O álbum Musicalidade negra é uma maneira de abrir caminho, através da arte, para promover essa discussão. Ao reunir a música produzida por artistas brasileiros negros, destacando a importância e a força desse produção, o disco faz da música um caminho de libertação do preconceito, pois, como já disse Baden Powell, ‘música é a língua que fala em qualquer lugar’ ”, conceitua Marcel Powell, filho de Baden, exponencial violonista fluminense que sintetizou a negritude no toque mágico das cordas de violão que transcendeu as fronteiras do Brasil. Veja Mais

'Guerra Civil' motivou Wagner Moura a 'levantar mais pontes': 'Comecei a escutar mais, falar menos'

G1 Pop & Arte Primeiro grande filme de Hollywood com o brasileiro como um dos protagonistas estreia nesta quinta-feira (18) e conta a história de um novo conflito interno nos Estados Unidos. Wagner Moura e Cailee Spaeny falam sobre 'Guerra Civil' em entrevista Mais do que ser o primeiro grande filme de Hollywood que o coloca como um dos protagonistas, para Wagner Moura "Guerra Civil" é também a oportunidade de se abrir para o diálogo com pessoas de com outras ideologias. "É um filme que está dizendo: 'Olha só, a polarização é o maior perigo que existe para democracias no mundo. Portanto, nós deveríamos estar nos conectando mais. Ouvindo'", conta o ator em entrevista ao g1. Assista ao vídeo acima. "Eu, pessoalmente, comecei a fazer mais isso depois de 'Guerra Civil'. Comecei a levantar mais pontes, assim. Escutar mais, falar menos." Faz sentido. O filme que estreia nesta quinta-feira (18) nos cinemas brasileiros coloca o ator brasileiro como um jornalista em um grupo que atravessa os Estados Unidos, no ápice de um novo conflito interno que divide o país em um futuro não muito distante. "Esse filme não tem uma agenda ideológica. Ele é um visto através do olhar de jornalistas, que têm, como sua natureza, serem imparciais. É uma filme que junta Texas e California contra um ditador. Por que eles não se juntariam? Se você é conservador e você é liberal, mas vocês são democratas e têm um presidente déspota." Wagner Moura em cena de 'Guerra Civil' Divulgação 'Dissonância cognitiva pedagógica' Desde que se mudou para os Estados Unidos há cerca de sete anos, depois de se tornar um nome conhecido em Hollywood por causa da popularidade da série "Narcos", Moura enfileirou trabalhos como "Wasp: Rede de espiões" (2019), "Sérgio" (2020), "Agente oculto" (2022) e a série "Sr. e Sra. Smith", de fevereiro. "Guerra Civil" é a consolidação de uma carreira que foi para o país em busca de papéis que fugissem dos estereótipos de personagens latinos. Após o lançamento nos EUA e no Canadá no último dia 12, o filme arrecadou quase US$ 26 milhões – a maior quantia para um fim de semana de estreia de uma produção do estúdio independente A24, que bancou ou distribuiu sucessos como o vencedor do Oscar "Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo" (2022). É também a oportunidade para que o ator finalmente trabalhasse com o diretor e roteirista Alex Garland, que o havia convidado para sua série "Devs", de 2020. Por motivos de agendas incompatíveis na época, a parceria só aconteceu agora. Foi o cineasta britânico responsável por "Ex Machina" – também da A24 – quem decidiu levar a história para o cenário americano, mas Moura diz que a trama poderia acontecer em qualquer lugar de um mundo dividido, que "desumaniza" cada vez mais "o outro". "Eu acho que é um filme que faz sentido em qualquer lugar. No entanto, eu acho que os americanos, que estão acostumados a produzir imagens de guerras no país dos outros, quando eles veem aquilo acontecer em Washington, aquilo é muito forte para eles", fala o ator. "Cria o que eu digo que é uma dissonância cognitiva na cabeça deles. Então, tem uma coisa aí para a sociedade americana que eu acho que é quase pedagógica." Cailee Spaeny e Wagner Moura em cena de 'Guerra Civil' Divulgação 'Vou me arrepender quando for mais velha' No filme, além de se encontrar com Garland, Moura divide grande parte do tempo de tela com Kirsten Dunst ("Ataque dos cães"), Stephen McKinley Henderson ("Duna") e Cailee Spaeny ("Priscilla"), que interpretam outros jornalistas na mesma missão. A ideia é chegar a uma Casa Branca sitiada e fazer uma última entrevista com o presidente (Nick Offerman), antes que as forças insurgentes invadam o local. Depois de uma sequência de momentos tensos e tiroteios dos mais realistas, o filme encerra com um confronto violento, que exigiu muito do elenco durante as gravações. "O que vocês estão ouvindo no terceiro ato é quase exatamente o que os atores estão ouvindo", diz Spaeny. Aos 25 anos, a atriz é um dos grandes nomes emergentes de uma jovem e talentosa geração. "Eu fiz algo que é tão coisa de ator jovem novato. Todo mundo colocou proteção para os ouvidos, e eu falei: 'não preciso deles. Quero sentir'. O que é algo que eu acho que vou me arrepender quando for mais velha." Para ela, a imersão criada por Garland com as balas de festim da mais alta intensidade assusta, mas ajuda o elenco. "Filmamos tudo em ordem cronológica, até a hora que chegamos àquele terceiro ato. Aquele tiroteio começa, todo o seu corpo vibra. Filmamos toda aquela última cena com ex-batalhões especiais da Marinha e veteranos", conta ela. "Quase parecia um documentário. Esse foi o objetivo. Queríamos gravar um filme contra a guerra, e acho que conseguimos." Kirsten Dunst, Wagner Moura e Stephen McKinley Henderson em cena de 'Guerra Civil' Divulgação Veja Mais

J. Velloso e Recôncavo Experimental põem guitarras e beats na grande roda do samba da Bahia em álbum autoral

G1 Pop & Arte Com repertório inédito, o disco alinha participações do capoeirista africano Cantador de Moçambique e das cantoras Illy e Jussara Silveira em 13 faixas. Gustavo Caribé (à esquerda), idealizador do coletivo Recôncavo Experimental, se junta com J. Velloso em álbum com chula, samba de roda e reggae Mirella Medeiros / Divulgação ? Sobrinho de Caetano Veloso e Maria Bethânia, Joviniano José Velloso Barrêtto sempre cantou o samba da terra do artista baiano, nascido em Santo Amaro da Purificação (BA) e conhecido como J. Velloso no meio musical. Em J. Velloso e Recôncavo Experimental, álbum que entra em rotação a partir de amanhã, 25 de abril, o artista se une ao coletivo Recôncavo Experimental – idealizado e personificado pelo baixista Gustavo Caribé nas fotos promocionais do disco – para pôr rock, guitarrada e beats na grande roda do samba da Bahia. A intenção foi abordar com contemporaneidade gêneros musicais, danças e manifestações culturais da região do Recôncavo Baiano como chula, samba de roda, reggae, capoeira, Maculelê, Nego Fugido, e a Chegança de Saubara. Criada por Mirella Medeiros, parceira de J. Velloso e Gustavo Caribé na composição da maior parte do repertório autoral do disco, a identidade visual do álbum J. Velloso e Recôncavo Experimental está refletida na capa que expõe imagem evocativa da tradicional manifestação cultural Caretas de Acupe, criada em 1950 em Acupe, distrito de Santo Amaro (BA), para celebrar a resistência do povo escravizado. Capa do álbum ‘J. Velloso e Recôncavo Experimental’ com imagem alusiva à manifestação cultural Caretas de Acupe Peterson Azevedo com arte de Mirella Medeiros Com 13 músicas, o álbum J. Velloso e Recôncavo Experimental transita por diversos temas da região baiana em faixas como Sou Maculelê (Gustavo Caribé, J. Velloso e Mirella Medeiros), Vida chula (Gustavo Caribé e J. Velloso) – gravada com o sambista Zolinha de Santo Amaro – e Na casa de Jah (Gustavo Caribé, J. Velloso e Mirella Medeiros), exemplo do reggae temperado com o dendê do Recôncavo Baiano. A jornada do álbum parte da capoeira, cuja levada embala a primeira faixa, Isso que Entristece / Besouro Preto (J. Velloso / Fala Manso), gravada com a adesão vocal de Cantador de Moçambique, jovem capoeirista africano que interpreta música do mestre de capoeira baiano Fala Manso. Na sequência, Recôncavo chegando (Gustavo Caribé e Jaime Nascimento) sintetiza a mistura proposta pelo disco com mix de samba de roda, guitarrada, pandeirada e rock. Cantoras identificadas com o samba da Bahia, Illy e Jussara Silveira participam do disco J. Velloso e Recôncavo Experimental. Illy assovia e faz vocais em Marafo bom (Gustavo Caribé, J. Velloso e Mirella Medeiros), música menos vivaz cujo título alude à bebida utilizada nas oferendas à entidade evocada como Caboclo. Jussara Silveira entra na roda para cair no samba Cadê Jão (Gustavo Caribé, J. Velloso e Mirella Medeiros), levado em cadência embasada com a percussão de Tiago Silva e harmonizada com a guitarra e os beats de Leo Mendes. A jornada do álbum J. Velloso e Recôncavo Experimental termina com a regravação da única música já pré-existente do repertório, Santo Antônio (J. Velloso, 2003), lançada com sucesso por Maria Bethânia há 21 anos no álbum Brasileirinho (2003). Ao rebobinar o samba, J. Velloso inclui a Oração do desespero para Santo Antônio, dando toque de novidade à faixa que encerra disco situado entre as tradições do passado e os sons do presente, mas com dois pés na rica cultura ancestral do Recôncavo Baiano. Gustavo Caribé (à esquerda) e J. Velloso lançam disco com inédito repertório autoral gravado com participações das cantoras Illy e Jussara Silveira Mirella Medeiros / Divulgação Veja Mais

Olivia Rodrigo pode ajudar na renovação do público do rock? Turnê 'Guts' mostra que sim

G1 Pop & Arte g1 viu show no Madison Square Garden, em Nova York, no começo deste mês. Ela cantou letras confessionais com influência do indie rock e do emo para plateia de 'mini roqueiras'. Olivia Rodrigo é carregada por pessoas no clipe de 'Bad idea right?' Divulgação/Facebook da cantora Uma rápida olhada no público que lotou o Madison Square Garden, ginásio em Nova York com capacidade para 20 mil pessoas, no começo deste mês, deixou clara a seguinte impressão. Muitas das fãs de Olivia Rodrigo são "mini roqueiras". Elas usavam jaqueta de couro, meias calças calculadamente rasgadas e cabelos atrapalhados, mas nem tanto. O g1 viu o primeiro dos quatro shows que Olivia fez no lugar. A cantora americana de 21 anos tem dois álbuns com letras confessionais e som cheio de influência do indie e do emo. Desde que despontou em 2021, Olivia ajudou a consolidar um pop rock com versos sinceros e angustiados sobre a vida de uma jovem adulta. A sonoridade passa por estilos como o rock alternativo do Weezer (o primeiro show no qual ela foi) e o pop punk do Paramore. Como é o show? Olivia Rodrigo em show da turnê 'Guts' em Nova York, em abril de 2024: camisa homenageando Carrie Bradshaw; perto da plateia; em uma 'lua' suspensa; e com suas dançarinas g1 O show tem cenário simples com um mega telão no fundo. Várias estrelas estão penduradas no teto por todo o ginásio, como se fossem móbiles gigantes. Olivia canta acompanhada por um quinteto: duas guitarras, baixo, bateria e teclado. "Quero que vocês gritem o máximo que puderem e pulem o máximo que puderem", ela convida. Na maior parte do tempo, ela apresenta um show de pop rock, com figurinos brilhantes (mas pouco mirabolantes); e sem tantas danças ou qualquer outro expediente usado por grandes popstars. Em músicas como "Traitor", tem a companhia de oito dançarinas. Em "Pretty isn't pretty", por exemplo, as bailarinas se portam como adolescentes robôs: ficam se maquiando e segurando um espelho. Ao vivo, a maioria dos arranjos funciona. Os destaques são as versões mais grooveadas e aceleradas de "Vampire" e "Jealousy, Jelousy ". Fica fácil notar também que, por enquanto, a voz e a performance combinam mais com canções mansas e menos com as mais pesadas. Quando precisa de um vocal mais agressivo, Olivia ainda fica aquém da performance em estúdio. Nas partes mais mansas, porém, flutua em mais de um sentido. Durante as baladas "Logical" e "Enough for you", ela se apresenta sentada em uma "lua" suspensa, que dá uma volta em todo o Madison Square Garden. Mas nada supera o momento em que faz uma apresentação piano e voz no começo do primeiro sucesso, "Driver's License". Olivia Rodrigo Divulgação/Universal Music A primeira parada da turnê em Nova York tem duas novidades: o americano Noah Kahan participa do show cantando com ela "Stick Season", hit folk dele; e a atriz Michelle Noh aparece no telão. "Olha, é a minha mãe", disse Olivia. Michelle contracenou com a cantora em "High School Musical: O Musical: A série", do Disney+. Olivia ganhou destaque como protagonista da série sobre um musical baseado em um filme. "Depois a gente se vê no camarim", convidou, contendo a empolgação. Em momentos como esse e quando comanda a catarse geral ("Gritem lá do fundo sobre algo que esteja incomodando vocês!"), Olivia é uma das popstars mais naturais das quais já se teve notícia. Até as interações com a câmera, obviamente ensaiadas, são singelas, sem exagero. No fim, ela volta para o bis vestindo uma camisa em homenagem a Carrie Bradshaw, personagem de Sarah Jessica Parker na série "Sex and the City". Foi o jeito dela de homenagear Nova York e de se referir a uma série que terminou há mais de 20 anos, mas voltou a ser vista pelas mais novinhas neste ano. Antes do show, muito rock feminino Olivia Rodrigo mostra a fita cassete de seu primeiro álbum, 'Sour' Divulgação/Facebook da cantora Antes de Olivia, uma playlist já deixava clara a intenção da cantora: apresentar ícones femininos do rock para suas jovens fãs. “Rebel girl”, do Bikini Kill; “Cherry bomb”, de The Runaways; e outros rocks cantados e tocados por mulheres dominam a playlist. A atração de abertura seguiu a mesma ideia: o Breeders, grupo de rock alternativo formado no final dos anos 80 e liderado por Kim Deal, ex-baixista do Pixies. "Minha vida pode ser dividida em dois momentos: antes e depois de ouvir 'Cannonball'. Que honra tocar aqui com elas", disse Olivia depois, citando o maior hit do grupo. O show de 40 minutos recebeu aplausos, é claro, mas acabou se tornando uma ótima trilha para selfies e compra de itens como camisas de US$ 50. Em algumas partes mais distorcidas, teve até criança tapando os ouvidos com os dedos ou reclamando com suas mães. Os banheiros masculinos estavam quase sem ninguém, o que comprovou a presença menor de pais. Antes de sair do palco, Kim fez uma piada com o fato de Olivia ter 1,65 m. "Hoje ela vai ter uma altura de seis pés", disse, apontando o telão gigante. Entre a parte americana e europeia da turnê, a cantora fez uma escala no Coachella. No festival, ela foi convidada do show do No Doubt: cantou "Bathwater", com Gwen Stefani, mais um ícone do rock feminino. Isso não é rock! Isso não é rock? Olivia Rodrigo canta no programa americano 'Today Show' Divulgação/NBC Quem diz que Olivia Rodrigo não tem nada a ver com rock deveria ouvir as versões ao vivo de todas as músicas. Seis delas, porém, são mais facilmente associadas ao rock: "Brutal" tem som sujo e faz lembrar o rock feminino dos tempos do grunge. O som de bandas como Bikini Kill ecoa na canção de pouco mais de dois minutos. "Get Him Back!" dá a impressão de que estamos diante de um rap rock, por conta do vocal falado. O refrão é bem melódico, com batidas marcadas e violão em primeiro plano. "Bad Idea Right?" é outra com vocal mais falado, mas também tem um quê de bubblegrunge, o grunge (Nirvana, Pearl Jam) com pegada cantarolável e colante. "All-American Bitch" traz arranjo que alterna dedilhados fofos e riffs distorcidos de guitarra, em uma versão pop do rock alternativo de bandas como Pixies e Weezer. "Ballad of a Homeschooled Girl" é um pop rock com distorção nos instrumentos e vocais. A letra autodepreciativa também é outro trunfo da faixa. "Good 4 U" tem tanta influência do Paramore, que Olivia fez um acordo com os membros da banda e os incluiu nos créditos para evitar um processo por plágio. Cartaz da turnê 'Guts', de Olivia Rodrigo Reprodução Veja Mais

Saulo Duarte agrega Aldo Sena, Larissa Luz e Russo Passapusso entre beats e ritmos do norte do disco 'Digital Belém'

G1 Pop & Arte Álbum sai em julho com produção musical de Lucas Martins e inédito repertório de autoria do cantor, compositor, guitarrista e produtor paraense. O cantor, compositor e guitarrista Saulo Duarte lança o álbum ‘Digital Belém’ em 4 de julho Haroldo Saboia / Divulgação ? Três anos após o EP Lumina e o álbum Um com você, ambos lançados em 2021, Saulo Duarte desponta no horizonte fonográfico com álbum autoral de músicas inéditas, Digital Belém, previsto para ser lançado em 4 de julho pelo selo YB Music. O título Digital Belém se refere à abordagem de ritmos paraenses com beats eletrônicos – tônica do disco gravado com produção musical de Lucas Martins (programações, baixo, sintetizadores, guitarra, efeitos e percussão) – e à origem de Saulo Duarte, artista nascido na capital do Pará, mas com amplas vivências entre as cidades de Fortaleza (CE) e São Paulo (SP). Anunciado com o single Sagitariano, programado para chegar ao mundo na quinta feira, 25 de abril, o álbum Digital Belém traz faixas gravadas por Saulo Duarte com Aldo Sena (Onde nasce todo axé), Anäis Sylla (Um beijo e muito mais), Larissa Luz (Labareda), Layse (Brega de saudade) e Russo Passapusso (Arrepiô). Gravado com os toques de músicos como Klaus Sena (percussão) e Pupillo (bateria, programações e efeitos), o álbum Digital Belém desenvolve discografia solo iniciada há seis anos pelo cantor, compositor e guitarrista paraense com a edição do álbum Avante delírio (2018). Antes, o artista esteve durante oito anos à frente do grupo Saulo Duarte e a Unidade, com o qual o guitarrista lançou os álbuns Saulo Duarte e a Unidade (2012), Quente (2014) e Cine ruptura (2016). Veja Mais

Com ‘coração de menina’, Cátia de França segue a sina militante no verbo afiado do álbum ‘No rastro de Catarina’

G1 Pop & Arte Aos 77 anos, artista paraibana reafirma a ideologia política e poética em disco autoral que reúne 12 músicas inéditas compostas entre 1962 e 2023. Capa do álbum ‘No rastro de Catarina’, de Cátia de França Murilo Alvesso Resenha de álbum Título: No rastro de Catarina Artista: Cátia de França Edição: Tuim Discos Cotação: ? ? ? 1/2 ? “Renasci de alma lavada / [...] / Renasci de rosto sereno / Batendo meu coração de menina”, avisa Cátia de França nos versos de Fênix (1993), primeira das 12 músicas autorais que compõem o repertório do oitavo álbum da cantora, compositora e instrumentista paraibana, No rastro de Catarina. Os versos de Fênix remetem ao renascimento artístico de Cátia de França, descoberta por público jovem nos redemoinhos da internet. Já o título do álbum No rastro de Catarina – produzido por Chico Correa e Marcelo Macêdo sob direção artística de Dina Faria – alude aos versos “No Raso da Catarina / O que vejo é nossa sina / Enxergo a caatinga / Branco hospital” da letra de Quem vai, quem vem (1979), música do primeiro e mais famoso álbum da artista, 20 palavras ao redor do sol (1979). Catarina – cabe ressaltar – é a própria Cátia de França, nascida Catarina Maria de França Carneiro há 77 anos, em 13 de fevereiro de 1947 em João Pessoa (PB), onde a artista se criou numa casa em que podia até faltar o pão, mas jamais o livro, alimento da alma da mãe de Catarina, Adélia de França (1904 – 1981), primeira educadora negra do estado da Paraíba. O fomento literário embasou a obra de Cátia de França, cuja discografia foi se tornando espaçada após o lançamento do segundo álbum da artista, Estilhaços (1980). De lá para cá, foram somente mais quatro álbuns – Feliz demais (1985), Avatar (1996), No bagaço da cana – Um Brasil adormecido (2012) e Hóspede da natureza (2016) – até chegar ao atual No rastro de Catarina. Em rotação desde sexta-feira, 19 de abril, e com edição em LP prevista para o segundo semestre, o álbum No rastro de Catarina recolhe músicas compostas pela artista ao longo de trajetória iniciada na década de 1960 nos festivais paraibanos, casos de Indecisão – a canção mais antiga da safra, feita em 1962 no embalo de sofrência amorosa – e Veias abertas (1976), cuja letra versa sobre um quintal que simboliza o universo existencial de onde parte a criação da artista. Mesmo quando a música é menos sedutora, o verso se impõe, altivo, como em Negritude, música composta em 1972 com versos como “Minha pele agora é minha lei / Meu cabelo é diferente / Minha vasta mistura me torna mais gente”. As 12 músicas do disco No rastro de Catarina fazem pulsar a veia militante que sempre impulsionou a vida e a obra de Cátia. “No meio da praça que existe aqui dentro / Me vejo em protesto, nem tô me cabendo”, extravasa a artista em versos do forte refrão de Espelho de Oloxá (Cátia de França e Regina Limeira com letra de Khrystal Saraiva, 2017). Musicalmente, o disco jamais se aprisiona no conceito de música “regional”. Em resposta (Cátia de França com letra de Socorro Lira, 2021) tem sonoridade de rock, universo em torno do qual também gravita Academias e lanchonetes (1988) em arranjo que evidencia o toque da guitarra de Marcelo Macêdo. Mesmo quando eventualmente a poesia fraqueja em versos menos originais, como em Bósnia (1994), a ideologia militante da artista legitima a obra. Gravado ao vivo no Estúdio Peixeboi em João Pessoa (PB), o disco foi formatado por banda de músicos paraibanos, com Cátia de França (voz e violão de nylon) harmonizada com Beto Preah (bateria e percussões), Chico Correa (sintetizadores e samplers), Cristiano Oliveira (viola, violão e violão de aço), Elma Virgínia (baixo acústico, baixo elétrico e fretless) e Marcelo Macêdo (guitarra e violão de aço). Entrosada, a banda cai com destreza no suingue de Malakuyawa (Cátia de França, 1989) e acerta o tom mais árido de Eu (2019), música em que Cátia dá voz a poema de Florbela Espanca (1894 – 1930), de início como se recitasse os versos da poeta espanhola. Música mais recente do repertório, tendo sido composta em 2023, Meu pensamento II mostra que tudo ainda arde na mente de Cátia de França, à vontade ao retratar paisagem ruralista no toque caipira de Conversando com o Rio (2003), música que encerra No rastro de Catarina, álbum que reitera o renascimento da militante fênix paraibana de verbo quase sempre afiado e coração de menina. Veja Mais

Silvia Machete amplia a parceria em inglês com Alberto Continentino no segundo álbum da trilogia ‘Rhonda’

G1 Pop & Arte Silvia Machete lança o álbum ‘Invisbile woman’ com dez músicas compostas com Alberto Continentino e a regravação de ‘Two kites’, de Tom Jobim João Wainer / Divulgação ? Em 2020, Silvia Machete surpreendeu o universo pop ao trocar as espirituosas extravagâncias tropicais que davam o tom da discografia da artista carioca por um som mais introspectivo, cantado em inglês. Nascia Rhonda, persona artística de Machete que deu título ao álbum lançado pela cantora em julho daquele ano de 2020 com repertório autoral composto por parcerias então recém-abertas por Machete com o carioca Alberto Continentino, o paulistano Emerson Villani e o norte-americano Nick Jones. Nome predominante nos créditos do disco, o baixista Continentino assinou seis das 11 músicas com a artista, além de ter arranjado e produzido o álbum com a colaboração de Lalo Brusco. Decorridos quatro anos da edição do álbum Rhonda (2020), Silvia Machete apresenta o segundo título de uma trilogia inspirada por essa persona artística. Em rotação desde sexta-feira, 19 de abril, em edição da gravadora Biscoito Fino, o álbum Invisibile woman amplia a parceria de Machete com Continentino. Eles assinam juntos dez das 11 músicas compostas em inglês em seleção formada pelas inéditas Abracadabra, Bad connections, Ferris Wheel, Gas station, a canção-título Invisible woman, Room service, Sentimental thief, September, What's your name? e Salomé, faixa dedicada à cachorra de Machete, morta em dezembro de 2022. A única exceção é Two kites (Antonio Carlos Jobim, 1980), música abordada por Machete com Maria Luiza Jobim. Disco produzido por Machete com Alberto Continentino e Lalo Brusco, tal como o antecessor Rhonda (2020), Invisbile woman é o oitavo álbum da discografia de Silvia Machete. Capa do álbum ‘Invisible woman’, de Silvia Machete Arte da designer Giovanna Cianelli Veja Mais

The Last Dinner Party: como é o show da banda que virou a maior aposta do rock deste ano

G1 Pop & Arte Ao vivo, banda vai além da pose e se garante com bons arranjos vocais, solo de flauta, roupas de brechó e discurso pomposo. Som indie rock épico e hippie encantou crítica internacional. A banda inglesa The Last Dinner Party Divulgação/Universal Uma cena no show do The Last Dinner Party resume bem duas descrições exageradas que perseguem essa banda formada por cinco inglesas, a maior aposta do rock neste ano. A cena No fim do show, ao cantar “Nothing Matters”, a vocalista Abigail Morris se aproxima da baixista Georgia Davies e se escora nela. Com carinha desleixada, começa a rir e passa o microfone para a companheira de banda cantar uma parte do refrão. O g1 viu essa cena ao vivo no Brooklyn Steel, em Nova York, no fim de março. Depois, porém, viu que esse improviso não é tão orgânico assim: ele se repete outras vezes, com certas variações, em outras apresentações. Abigail Morris, vocalista do The Last Dinner Party, leva o microfone para a plateia em show recente Divulgação/Facebook da banda A primeira descrição A performance é cativante, embora tenha outros momentos calculados como esse. Em 50 minutos de show, o quinteto mostrou por que está em quase todas as listas de promessas musicais da imprensa internacional para 2024. Hoje, The Last Dinner Party é a banda mais badalada dentre as novidades do pop e rock. Após shows concorridos em palcos menores do Coachella e do Glastonbury, elas caberiam bem no cartaz das edições brasileiras do Primavera Sound ou do Lollapalooza. A segunda descrição Por outro lado, a banda já foi acusada de ser uma “industry plants”, termo pejorativo para descrever artistas que despontam devido a suas conexões com a indústria musical. O adjetivo vale ainda para grupos criados por empresários ou com integrantes que vieram de famílias ricas. A vocalista já teve que responder mais de uma vez sobre esse assunto. Basicamente, disse que elas não tiveram que batalhar menos na cena roqueira londrina por terem estudado em escolas caras. “A banda não foi criada como um grupo feminino de K-pop. A gente se conhece desde os 18 anos”, explicou. Ok, mas como é o som? O quinteto inglês The Last Dinner Party Divulgação/Universal Music The Last Dinner Party faz um som bem art indie rock. O rótulo faz sentido para uma banda vestida com roupas de brechó que pede silêncio aos fãs durante um solo de flauta (e a maioria atende ao simpático “shhhh”). Elas tocam um rock mais alternativo, mas também épico e pomposo. É hype e hippie, perfeito para quem gosta de Florence and the Machine, Kate Bush e Queen. LEIA MAIS: Como o Boygenius, um trio de cantoras, se tornou a banda de rock mais interessante de 2023 A descrição parecia perfeita para encantar a crítica inglesa. E foi o que aconteceu. Na famosa lista da BBC Radio 1, elas ficaram no primeiro lugar, o mesmo posto que já foi ocupado por 50 Cent, Adele e Sam Smith. Ao vivo, vai além da pose e se garante na performance. Os arranjos vocais são um dos destaques: com exceção da baterista, que não é integrante oficial, as cinco cantam. E cantam bem. É o caso de “Beautiful boy”, a versão ao vivo que mais impressiona na parte vocal. Lá pelo meio do show, Abigail começa a apresentar a banda, falando de propósito de uma forma super ultra empolada. Os gracejos causariam preguiça em algumas pessoas, mas quem estava no show suspirou a cada frase que parecia retirada de um livro da Jane Austen. VÍDEO: The Last Dinner Party e mais apostas de 2024 Cinco apostas musicais internacionais do g1 pra 2024 Veja Mais

Com romance e promessa de platinar cabelo, Hugo & Guilherme entregam performance contagiante no rodeio de Ribeirão Preto

G1 Pop & Arte Dupla apresentou repertório recheado de sucessos e recebeu a VH & Alexandre para uma participação especial no palco do Ribeirão Rodeo Music 2024. A dupla Hugo e Guilherme no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 A mistura de romantismo com sofrência tomou conta do Ribeirão Rodeo Music 2024 com a apresentação da dupla Hugo & Guilherme, na madrugada deste domingo (21), em Ribeirão Preto (SP). Durante 1h30 de show, o Parque Permanente de Exposições foi contagiado pela energia dos goianos. Assumindo o comando do palco após um show da cantora Ana Castela, a dupla mostrou ao público a potência de um repertório de oito anos de estrada. Em coros afinados, a plateia navegou por clássicos sertanejos e sucessos atuais. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Vazou na Braquiara" foi escolhida para abrir a madrugada. A música, lançada em janeiro deste ano no DVD “062”, é aposta de hit do ano em 2024. No Youtube, soma 43,6 milhões de visualizações, e em Ribeirão Preto foi cantada com vontade pela plateia, que já tem a letra na ponta da língua. Entre conversas, brincadeiras, demonstrações de carinho e gratidão pela entrega do público, dezenas de chapéus e capinhas de celular foram autografadas por Hugo & Guilherme. Hugo e Guilherme no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 LEIA TAMBÉM: Alok diz que ama tocar em rodeios e quer fazer mais feats com sertanejos Ana Castela topa presente misterioso, sai carregada de mimos de 'miniboideiras' e fala em ser mamãe A dupla manteve o público ligado a cada canção. “Coração na Cama”, “Alguém Me Chama Pra Beber”, “Acabei de Terminar”, “Mágica” e “Namorada Reserva” formaram uma sequência acalorada de hits. Já nos primeiros arranjos da melodia de "Oi Deus", a canção foi ovacionada e o recinto se iluminou com as lanternas dos celulares a postos para registrar o momento. O mesmo aconteceu com a música "Mal Feito", parceria da dupla com Marília Mendonça. Fotos de momentos de Hugo & Guilherme com a goiana foram exibidos nos telões. A homenagem à eterna "rainha da sofrência", vítima de um acidente aéreo em novembro de 2021, comoveu os fãs. Veja fotos do show de Hugo & Guilherme: Hugo e Guilherme no Ribeirão Rodeo Music 2024 Pela madrugada, a dupla ainda apresentou outras parcerias de peso, como "Haja Colírio", com Guilherme & Benuto, "Torce o Olho", com Gusttavo Lima, e "Meu Número", com a dupla Jorge & Mateus. Teve ainda solo de Guilherme e promessa de Hugo. O primeira voz afirmou que vai platinar o cabelo caso a música “Morena de Goiânia”, feat com as irmãs Maiara & Maraisa, conquiste o Top 1 do Spotify no Brasil. “Eu nunca pintei meu cabelo na vida, nem luzes eu fiz. Mas está fechado”, disse Hugo enquanto gravava um vídeo no celular fazendo a promessa. A dupla Hugo e Guilherme no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Só os clássicos O destaque da apresentação ficou por conta da participação surpresa da dupla VH & Alexandre, convidada a se juntar a Hugo & Guilherme no palco. Depois de cantarem “Loop Infinito”, feat lançado em 2023, os cantores permaneceram no show e engataram uma moda atrás da outra. Entre goles de cachaça, servidos aos colegas por Guilherme, o quarteto cantou clássicos como “O Grande Amor da Minha Vida”, de Gian & Giovani, “Deus Me Livre”, do Raça Negra, “Tentei te Esquecer”, de Matogrosso & Mathias, e “Caboclo da Cidade”, de Chitãozinho & Xororó. Ao som de “Planejei”, a dupla se despediu de Ribeirão Preto em clima de gratidão. Antes de deixar o palco, Hugo se desculpou por eventuais falhas na voz durante a apresentação por causa de uma gripe. Hugo e Guilherme cantam sucessos no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Veja mais notícias do Ribeirão Rodeo Music 2024 Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região : Veja Mais

Layla Jorge reúne Zélia Duncan, Áurea Martins, Fabiana Cozza e Ná Ozzetti em álbum inspirado por Cora Coralina

G1 Pop & Arte Zélia Duncan (à esquerda) põe voz no samba ‘Lua-luar’ em gravação para o primeiro álbum autoral de Layla Jorge Jean Peixoto / Divulgação ? Com a captação da voz de Zélia Duncan no Refinaria Estúdios, em Brasília (DF), na tarde de ontem, 19 de abril, a cantora e compositora brasiliense Layla Jorge concluiu a gravação de álbum autoral conceituado a partir do poema Todas as vidas, de Cora Coralina. A obra da poeta goiana Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889 – 1985) – conhecida no mundo literário como Cora Coralina – norteia o disco em que, além de Zélia Duncan, Layla Jorge reúne as cantoras Áurea Martins, Cátia de França, Fabiana Cozza, Ieda Figueiró, Ná Ozzetti e Renata Jambeiro, entre faixa com Maíra Freitas ao piano. Com Zélia Duncan, Layla Jorge divide o canto do samba Lua-luar, composto por Layla com letra escrita sobre amor entre mulheres com inspiração em poema de Cora também intitulado Lua-luar e apresentado no primeiro livro da escritora, Poemas dos becos de Goiás e estórias mais (1965). De ascendência goiana, a brasiliense Layla Jorge construiu a dramaturgia do álbum com a direção artística do jornalista Rhenan Soares. Além das personagens femininas que povoam a escrita poética de Cora Coralina, o disco inclui na narrativa mulheres tornadas símbolos de resistência e luta no Brasil como a escritora Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977), a líder sindical ruralista Maria Margarida Alves (1933 – 1983), a vereadora Marielle Franco (1979 – 2018) e Roberta Nascimento da Silva ((1989 – 2021), mulher trans assassinada no Recife (PE) aos 32 anos. Previsto para ser lançado no segundo semestre deste ano de 2024, o álbum foi gravado entre estúdios de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) com arranjos do violista erudito Victor Curado e direção musical de Alberto Salgado. O primeiro álbum autoral de Layla Jorge está sendo finalizado na Espanha, com mixagem e masterização do pernambucano Kiko Klaus. Veja Mais

Francesa é eleita fotógrafa do ano com ensaio sobre esterilização forçada de comunidade esquimó na Groenlândia

G1 Pop & Arte Juliette Pavy recebeu o prêmio principal do Sony World Photography Awards, promovido pela Organização Mundial de Fotografia. Veja outras fotos de ensaios vencedores por tema. Mulher Inuit mostra uma foto de quando ela tinha 14 anos e passou por procedimento para colocar DIU. Fotos de projeto investigativo sobre a esterilização forçada de mulheres Inuit, da Groenlândia, deram a Juliette Pavy o prêmio de fotógrafa do ano Juliette Pavy/Sony World Photography Awards A Organização Mundial de Fotografia divulgou nesta semana os vencedores das categorias gerais de seu concurso "Sony World Photography Awards", com o maior prêmio dado à fotógrafa francesa Juliette Pavy, eleita fotógrafa do ano. Pavy expôs uma série de fotografias documentais sobre as vítimas de uma política forçada de controle de natalidade na Groenlândia entre 1966 e 1975 contra quatro mil e quinhentas mulheres Inuit, povo esquimó originário do Ártico. A investigação ainda está em curso. Esterilização forçada de mulheres Inuit é o tema de projeto da fotógrafa Juliette Pavy que lhe rendeu o prêmio de fotógrafa do ano Juliette Pavy/Sony World Photography Awards Monica Allende, que presidiu o júri da competição Profissional de 2024, elogiou os "retratos empáticos de Pavy sobre seus temas, capturando-os de uma maneira digna e profundamente íntima, destacando assim seu talento excepcional". A edição de 2024 da premiação internacional celebra os autores de algumas das melhores fotografias produzidas no ano passado. Nesta 17ª edição, o juri selecionou cerca de 200 obras entre 395 mil imagens de 220 países, um recorde da competição de fotografia profissional. Os selecionados disputaram prêmios em dez categorias entre arquitetura, meio ambiente, criatividade, retratos, estudantes e jovens, entre outras. Na mesma categoria de fotojornalismo, e em uma das salas mais cheias da exposição no dia da abertura para imprensa, estão as fotos do brasileiro Raphael Alves. Ele foi um dos finalistas da premiação com seu trabalho em Roraima sobre a crise no território Yanomami com retratos fortes de Indígenas desnutridos e rios contaminadas pelo mercúrio com avanço da mineração ilegal na Amazônia. O verão mais quente da história, em 2023, inspirou muitos dos fotógrafos a retratarem as consequências da emergência climática global com imagens artísticas e impactantes das recentes queimadas no Canadá, a extinção de borboletas na Alemanha, a insegurança alimentar causada pelo clima extremo em boa parte do sul global. Temas como o preconceito enfrentado pela comunidade LGBTQ+ da NASA, que bane astronautas não-héteros nas missões, até as histórias de refugiados trans de Uganda que migraram para o Quênia, onde podem ser o que quem quiserem, também foram contemplados. Veja mais imagens premiadas abaixo Esterilização forçada de mulheres Inuit é o tema de projeto da fotógrafa Juliette Pavy que lhe rendeu o prêmio de fotógrafa do ano Juliette Pavy/Sony World Photography Awards Imagem de ensaio vencedor na categoria 'Criativa' Sujata Setia/Sony World Photography Awards Fotografia de ensaio premiada na categoria 'Meio ambiente' Mahe Elipe/Sony World Photography Awards Fotografia de ensaio premiado na categoria 'Arquitetura e design' Siobhán Dora/Sony World Photography Awards Veja a lista completa de premiados no site do concuso. * com informações da RFI. Veja Mais

Taylor Swift narra os dramas de 2 términos em disco que tem letras universais, mas é cansativo

G1 Pop & Arte Em 'The Tortured Poets Department', cantora fala de sonhos frustrados de casamento e namorico com 'bad boy'. Disco sustentado por pop eletrônico tem melodias repetitivas, que derrapam em previsibilidade; leia análise do g1. g1 Ouviu - O novo álbum de Taylor Swift Se o novo álbum de Taylor Swift fosse uma poesia, seria uma tragédia. “The Tortured Poets Department”, lançado como uma antologia de 31 músicas nesta sexta-feira (19), é um dos trabalhos mais pessoais e dramáticos da carreira da artista americana. Mas a magia de sua lírica não foi o suficiente para dar corpo a um disco de melodias cansativas. Ao divulgar mais um trabalho sustentado por referências eletrônicas dos anos 1980, uma marca de seu produtor Jack Antonoff, Taylor derrapa na previsibilidade. O noivo perfeito Em termos de fama e devoção dos fãs, Taylor Swift é hoje o maior nome da música pop. Entre outros motivos, porque sabe --- melhor do que ninguém --- confundir os limites entre seu repertório e sua vida privada. ANÁLISE: Taylor Swift não tem voz incrível, nem melodias interessantes; por que, então, ela é tão popular? Já ao ser anunciado, durante a cerimônia do Grammy em fevereiro deste ano, o nome do disco passou a ser associado ao fim do relacionamento de seis anos entre a cantora e o ator britânico Joe Alwyn ("A Favorita"). O término foi noticiado no início de 2023. Taylor Swift lançou novo disco nesta sexta (19) Republic Records via AP "Tortured Poets Department" (Departamento dos Poetas Torturados) é uma provável (tudo aqui fica no campo do hipotético) referência a "Tortured Man Club" (Clube do Homem Torturado), nome de um grupo de chat que Alwyn mantém com os amigos, também atores, Paul Mescal e Andrew Scott. Faz parte do modus operandi de Taylor dissecar seus dilemas amorosos com homens famosos nas músicas, e Joe Alwyn é mesmo um personagem importante do novo disco, mas não o único. A ele, a menção mais clara é "So Long, London", um house de sintetizadores e piano suave, cuja batida crescente parece levar a um clímax explosivo, que nunca chega. Pode parecer frustrante, mas é um dos momentos mais interessantes do álbum, e pode dar uma pista do que aconteceu entre Taylor e Alwyn. O ator britânico inspirou a fase mais romântica da cantora, o álbum "Lover", de 2019. Lá, ele foi tema de "London Boy", faixa melosa em que ela se declara ao então namorado e à cidade onde os dois viveram juntos. Agora, o quadro é outro: Taylor dá adeus a Londres e reclama de um relacionamento unilateral. "Minha coluna se partiu pelo peso de nos carregar morro acima", diz na letra. Joe Alwyn posa no tapete vermelho do Globo de Ouro 2020 Jordan Strauss/AP Em outros momentos de "Tortured Poets", ela lamenta a quebra de expectativas gerada pelo romance. "loml" é uma balada de piano comovente sobre imaginar um noivo perfeito, véu e grinalda, um futuro de conto de fadas. Ela sofre: "Você falou mal de mim escondido, mencionando alianças e berços. Eu queria poder me esquecer da forma como quase chegamos lá." É de partir o coração, mas acontece. O 'bad boy' Nada de novo até aqui: a aparição de Joe Alwyn já era esperada. Mas Taylor surpreendeu fãs ao dedicar parte considerável do álbum a outro possível antagonista: um homem caótico, problemático, perigoso, com problemas com drogas. De novo, tudo está no campo do hipotético. Mas os indícios --- Taylor é especialista neles --- levam a crer que ela está falando de Matty Healy, vocalista da banda The 1975, que tem pose de "bad boy" e um currículo de polêmicas. Em 2023, ele foi acusado de fazer saudação nazista em show e foi alvo de críticas após rir de piadas racistas e xenofóbicas feitas contra a rapper Ice Spice. Ela canta em "I Can Fix Him (No Really I Can)": "Quando digo que ele é meu namorado, todos balançam a cabeça, dizendo: que Deus a ajude." Vocalista da banda The 1975, Matthew Healy, no Lollapalooza 2019 Fabio Tito/G1 O breve envolvimento da cantora com o roqueiro nunca foi confirmado oficialmente. Mesmo assim, foi criticado por fãs, que consideraram Matty um péssimo partido para sua diva. O "Tortured Poets" é também uma resposta da artista a estes. "Acabei de entender que essas pessoas tentam te salvar porque te odeiam. As expectativas são altas demais pra uma garota simples alcançar", ela diz em "But Daddy I Love Him". Vamos combinar que Taylor não é exatamente uma garota simples, e sim uma bilionária com quase 20 anos de carreira, que move montanhas na indústria da música. O discurso não colou. Chorando nos bastidores Os melhores momentos do "Tortured Poets" surgem quando Taylor abaixa o tom do vitimismo e assume uma postura sarcástica em relação à própria fossa. "I Can Do It With a Broken Heart" faz lembrar o brilho de "1989", álbum lançado em 2014, com a cantora brincando sobre ter que tocar a maior turnê de sua carreira enquanto sofre por amor. A The Eras Tour passou pelo Brasil em novembro de 2023. "Eu choro bastante, mas sou muito produtiva, é uma arte. Você sabe que é boa quando consegue até com o coração partido." Taylor Swift durante show da 'The Eras Tour' em Nashville, nos EUA. George Walker IV/AP Melodicamente, no entanto, a música é bem menos interessante: repete a fórmula do pop sintético pulsante de Antonoff, usada até a exaustão no disco. Às vezes, uma nova música começa e você tem a sensação de que acabou de ouvi-la. Mesmo a parceria com a banda de indie rock Florence and the Machine, que parecia ter potencial, só funciona no refrão catártico. O synth-pop, estilo que coloca o sintetizador no centro das melodias, também foi um dos fundamentos do "Midnights", álbum que Taylor lançou em 2022. Lá, o formato ajudou a construir uma atmosfera suave, mas marcante para os vocais e as histórias da artista, que sempre foram centrais em seu trabalho. Já no "Tortured Poets", é como se os instrumentais não importassem. Nas letras, há problemas, como o trecho de "I Hate It Here" que viralizou e foi criticado nas redes sociais, por exaltar um período histórico de escravidão. A cantora até tentou resolver, mas só pareceu pueril: "Meus amigos costumavam jogar um jogo onde nós escolhíamos uma década em que desejávamos poder viver. Eu diria a década de 1830, mas sem todos os racistas." Mas, no geral, as músicas são bem escritas --- afinal, estamos falando de Taylor Swift, e de seu incrível talento para criar narrativas tão melodramáticas quanto universais. Quem nunca precisou trabalhar de coração partido? Ela também precisou, mas havia uma multidão à sua frente e bilhões de dólares sendo vendidos em ingressos. Depois de ouvir todas as 31 músicas do "Tortured Poets", porém, a sensação que fica é: será que há tanto assim a dizer sobre as mesmas situações? Taylor compõe como uma amiga que desabafa sobre seu último caso amoroso na mesa do bar, e isso é ótimo. Mas, aqui, a conversa fica monotemática, e você torce para conseguir pedir a conta. Veja Mais

Vhoor segue o baile com ‘Resenha’, álbum em que o DJ e produtor parte do funk de Belo Horizonte para o mundo

G1 Pop & Arte O DJ e produtor musical Vhoor lança na próxima sexta-feira, 26 de abril, o álbum ‘Resenha’, calcado no tamborzão do funk de Belo Horizonte Divulgação ? Em 2014, empresa norte-americana de calçados e roupas, com forte atuação no mercado de esportes, usou sem autorização uma música de Victor Hugo de Oliveira Rodrigues – então um adolescente mineiro de 16 anos que dava os primeiros passos na carreira de DJ e produtor musical no universo do funk – em campanha publicitária da liga estadunidense de basquete (NBA). Ao saber da apropriação indébita, Victor reivindicou os direitos autorais e os recebeu sem precisar recorrer à Justiça. Dez anos depois, Victor Hugo de Oliveira Rodrigues já tem 26 anos e é conhecido além das fronteiras do Brasil como Vhoor, nome artístico com o qual se apresentou em clubes dos Estados Unidos e da Europa no rastro do sucesso do álbum Baile (2021), gravado pelo artista com o rapper FBC e lançado há três anos. Na próxima sexta-feira, 26 de abril, Vhoor segue o baile com a edição do álbum Resenha pelo selo Empire. Antecedido pelos singles Assovio (gravado com o DJ e beatmaker mineiro D.A.N.V.) e Flash, o álbum Resenha parte do funk de Belo Horizonte (MG) – cidade onde Vhoor nasceu e foi criado no bairro de Venda Nova – rumo a outros gêneros e batidas da música eletrônica do Brasil e do mundo, mas sem se afastar do funk, matéria-prima do som do artista. Rolezinho, faixa que abre o disco, já mostra que o tamborzão impera na arquitetura de Resenha, álbum com que Vhoor procura revitalizar o chill baile, misturando o funk de Belo Horizonte (MG) com o batidão de Rio de Janeiro e São Paulo. Barulho da água, por exemplo, é tema embasado pela batida do funk mandelão de Sampa. BH house (mix do funk mineiro com as batidas de Chicago), Deslizando, Escorregou (música que reprocessa Escorregou, abaixa e pega, pancadão lançado pelo MC Sabãozinho em 2008) e Igrejinha são outras faixas deste disco em que o DJ e produtor musical segue trilhas mais obscuras. Essa trilha sombria é apontada por Bolha, faixa densa – gravada com MC GW – que mostra que Victor Hugo de Oliveira Rodrigues quer realmente seguir o baile com o álbum Resenha. Capa do álbum ‘Resenha’, do DJ e produtor musical mineiro Vhoor Arte de Kramer Veja Mais

Taylor Swift lança novo álbum, 'The Tortured Poets Department'

G1 Pop & Arte Disco foi lançado na madrugada desta sexta-feira (19). Esse é o 11º álbum de estúdio da cantora norte-americana. Taylor Swift lança álbum 'The Tortured Poets Department' Beth Garrabrant/Divulgação Taylor Swift lançou na madrugada desta sexta-feira (19) o disco "The Tortured Poets Department", o 11º álbum de estúdio dela. A cantora anunciou o lançamento do novo álbum em fevereiro, ao receber o prêmio de melhor álbum pop vocal durante o Grammy. "Uma antologia de novas obras que refletem acontecimentos, opiniões e sentimentos de um momento fugaz e fatalista — que foi ao mesmo tempo sensacional e triste em igual medida", publicou em uma rede social logo após o lançamento. "Depois de contarmos nossa história mais triste, poderemos nos livrar dela." O novo álbum tem 16 faixas. Veja a seguir: “Fortnight” (ft. Post Malone) “The Tortured Poets Department” “My Boy Only Breaks His Favorite Toys” “Down Bad” “So Long, London” “But Daddy I Love Him” “Fresh Out the Slammer” “Florida!!!!” (ft. Florence and the Machine) “Guilty as Sin?” “Who’s Afraid of Little Old Me?” “I Can Fix Him (No Really I Can)” “loml” “I Can Do It With a Broken Heart” “The Smallest Man Who Ever Lived” “The Alchemy” “Clara Bow” O álbum ainda conta com quatro edições diferentes, sendo que cada uma possui uma faixa bônus: "The Manuscript"; "The Bolter"; "The Albatross"; e "The Black Dog". Discografia Taylor Swift no Grammy 2024 Valerie Macon / AFP Veja a seguir os discos lançados por Taylor Swift: Taylor Swift (2006) Fearless (2008) Speak Now (2010) Red (2012) 1989 (2014) Reputation (2017) Lover (2019) Folklore (2020) Evermore (2020) Midnights (2022) The Tortured Poets Department (2024) VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja Mais

Almério arde no fogo das urgências e das levadas que pautam o revigorante álbum solo ‘Nesse exato momento’

G1 Pop & Arte Capa do álbum ‘Nesse exato momento’, de Almério Criação de Inês Costa e Thiago Liberdade Resenha de álbum Título: Nesse exato momento Artista: Almério Edição: Deck Cotação: ? ? ? ? 1/2 ? Quarto e melhor álbum solo de Almério, lançado em 12 de abril com capa assinada por Inês Costa e Thiago Liberdade, Nesse exato momento se desvia do tom corrosivo do anterior disco autoral gravado em estúdio pelo artista pernambucano, Desempena (2017). Tampouco reedita a crueza poética do cancioneiro de Cazuza (1958 – 1990), abordado por Almério no último álbum solo de estúdio do cantor, Tudo é amor – Almério canta Cazuza (2021). Nem por isso Nesse exato momento deixa de rodar em ponto de fervura como o disco mais quente de Almério. Ao longo das 12 faixas, o artista de 43 anos – nascido Almério Rodrigo Menezes Feitosa em 1º de novembro de 1980 na interiorana cidade de Altinho (PE), no sertão de Pernambuco – arde no fogo das urgências e das levadas que pautam o repertório inédito do disco gravado e mixado por Matheus Gomes no estúdio Tambor (RJ) com produção musical de Juliano Holanda, também responsável pelas guitarras e pela execução dos arranjos criados com Almério. O repertório tem várias músicas ótimas. Curiosamente, dois dos três singles que antecederam a edição do álbum Nesse exato momento – Boy magia (Almério, 2023), Quero você (Almério e Isabela Moraes) e Suspiro (Ana Paula Marinho) – jamais sinalizaram a força que irrompe no álbum desde que a primeira faixa, Laroyê (Almério), começa a tocar com baticum que saúda o encantamento e faz a música soar como abre-alas festivo. Faixa-alien do disco por estar imersa na calmaria da paixão romântica, Quero você roça a trivialidade das canções de amor e passaria despercebida no repertório se não tivesse sido valorizada pela nobreza do canto de Maria Bethânia, convidada de Almério em gravação amplificada na trilha sonora da novela Renascer (Globo, 2024). Já Suspiro, música gravada pelo cantor com Zélia Duncan, é – dos três singles – o que mais se aproxima da alta temperatura desse disco que flerta com o rock, o reggae e o brega entre faixas eventualmente embasadas com baticum evocativo dos ritmos festivos da nação nordestina. “Esse álbum é quem sou hoje e por isso mesmo é um renascimento”, conceitua Almério. E, nesse exato momento, o revigorado Almério pode ser “[...] Uma pele que se regenera / Uma cigarra saindo da casca / Uma vitória-régia”, como canta ao dar voz aos versos imagéticos de Uma inédita, composição de Juliano Holanda que se impõe como um dos pontos mais altos do disco em gravação que mixa guitarras e percussões na pulsação do rock – e a letra de Uma inédita mostra que, se quiser, Holanda pode prescindir de parceiros para escrever os versos das canções que tem feito em produção profícua. Música-título assinada por Juliano Holanda com Zélia Duncan, Nesse exato momento reitera a quentura e a urgência – inclusive de prazer – que pautam o disco em gravação feita com a adesão vocal de Chico Chico. Como o giro homoerótico de Boy magia pela noite do Recife (PE) já sinalizara, a pulsão sexual está entranhada em disco que fala muito do amor entre homens. “Faça o favor de levantar / Acampamento / Leve todo seu tormento / Que é seu vício de viver / [...] / Cara / Você é tóxico / Tóxico / Sai dessa tara”, manda Almério, ecoando Cazuza, nos versos imperativos do rock Tóxico, parceria do artista com o recorrente Juliano Holanda que também se impõe no repertório do disco. No mesmo alto nível, Antes de você chegar (Almério e Ceumar) dialoga deliciosamente com a estética do brega de Pernambuco, em faixa com a participação de Zé Manoel, enquanto Beijo beijo – mais uma música da inspirada safra de Almério com Juliano Holanda – espoca quente na cadência do reggae em gravação que junta Almério com as cantoras Juliana Linhares e Mariana Aydar. Masterizado de forma exemplar por Fábio Roberto no estúdio Tambor (RJ), o álbum Nesse exato momento evolui com o som lustroso, na pressão, com músicas que fluem muito bem, caso de Me conheço (Almério e Marcello Rangel). Já o frevo Malabares (Almério, Joana Terra e Ezter Liu) faz o Carnaval com o sopro dos metais em brasa orquestrados pelo trombonista Nilsinho Amarante. No arremate do disco, 15 segundos (Almério, Juliano Holanda e Damião Araújo) se situa entre a canção folk e o pop reggae com as vozes de Almério e Juliano Holanda irmanadas no canto de versos como “Tô pensando em tanta coisa / E nada ao mesmo tempo / Nado tanto, nado tanto que já nem penso”. A canção é aliciante, merece ser ouvida além dos 15 segundos protocolares do TikTok e reforça a impressão de que, nesse exato momento, o quarto álbum solo de Almério já pode ser apontado como um dos grandes discos de 2024. Almério lança o quarto álbum solo de estúdio, ‘Nesse exato momento’, com ótimas músicas como ‘15 segundos’, ‘Antes de você chegar’ e ‘Uma inédita'’ Renata Almeida / Divulgação Veja Mais

'Abigail' diverte com terror exagerado e chocante; g1 já viu

G1 Pop & Arte Filme que estreia nesta quinta-feira (18) é dirigido pelos mesmos cineastas dos dois últimos episódios da franquia 'Pânico'. Longa é versão livre de 'A filha de Drácula', de 1936. "Abigail", filme que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (18), é a mais nova tentativa de dar um estilo mais "contemporâneo" a um elemento clássico do terror, sem desagradar aos puristas do gênero. Felizmente, a produção consegue agradar aos dois grupos. O longa dirigido pela dupla que realizou os dois últimos episódios da franquia "Pânico" funciona para quem curte ver vampiros e sangue jorrando aos montes na telona. Além disso, tem alguns sustos e boas sacadas que devem deixar o público bastante satisfeito, desde que não exija muito da história. A trama mostra um grupo de criminosos que são contratados pelo misterioso Lambert (Giancarlo Esposito, de séries como "Breaking Bad" e "The Mandalorian") para sequestrar uma menina chamada Abigail (Alisha Weir, de "Matilda, o Musical"), filha de um homem muito rico. Assista ao trailer do filme "Abigail" O objetivo é pedir um resgate de US$ 50 milhões e, após o rapto, tudo o que eles têm que fazer é cuidar da garota até o dia seguinte. A única pessoa da equipe que mostra alguma empatia com a vítima é Joey (Melissa Barrera, de "Pânico" e "Pânico VI"). O que ninguém esperava é que Abigail não é uma menina como as outras. Na verdade, ela é uma vampira feroz e sedenta de sangue que decide acabar com cada um de seus captores com requintes de crueldade. Para piorar, a mansão isolada usada como cativeiro fica completamente trancada e o grupo precisa descobrir como fazer para escapar, antes que seja totalmente destruído pela vampirinha. Abigail (Alisha Weir) ataca Peter (Kevin Durant) numa cena de 'Abigail' Divulgação Banho de (muito) sangue O que funciona em "Abigail", que seria uma espécie de remake de "A filha de Drácula" (1936), é a curiosa inversão de papéis que se desenvolve à medida que o filme avança. Aos poucos, a caça vira caçadora e os captores viram presas fáceis para algo praticamente invencível. Mérito dos diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, que, além dos dois "Pânico", também realizaram "Casamento sangrento" (2019), que tem algumas semelhanças com seu mais recente projeto. Assim, os cineastas se sentem à vontade para criar boas cenas de tensão e suspense, onde os personagens não sabem exatamente de onde pode vir o perigo. Além disso, não se mostram dispostos a poupar o público para conseguir uma classificação etária mais baixa, algo que aconteceu em filmes recentes como "M3gan" (2022). Dessa forma, a dupla apresenta diversos momentos em que o sangue jorra aos montes (chegando até a sujar a lente de uma das câmeras de filmagem), algo que lembra bastante os filmes da franquia "A Morte do Demônio", de forma exagerada e, ao mesmo tempo, impactante. Quem curte esse estilo de terror certamente não terá do que reclamar. Sammy (Kathryn Newton), Frank (Dan Stevens) e Peter (Kevin Durant) em posição de ataque no filme 'Abigail' Divulgação Outro ponto positivo do filme está na forma irônica como mostra que os personagens estão em perigo, com músicas e desenhos animados como "Pica-Pau" que trazem mensagens "subliminares" sobre o que está para acontecer. Foi uma boa sacada do roteiro, que também acerta ao dar aos sequestradores codinomes do Rat Pack, grupo composto por artistas como Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr, Peter Lawford e Joey Bishop. Quem assistir ao filme vai entender o porquê. O humor também funciona, especialmente através de Peter, bem interpretado por Kevin Durant (de "X-Men Origens: Wolverine"). Criminoso de bom coração, ele custa a entender sua situação, o que gera declarações óbvias mas divertidas, que quebram a tensão na medida certa. Ainda assim, o filme não engrena por completo por causa de seu ritmo irregular, muitas situações que não chegam a lugar nenhum e uma tentativa vã de ser levado mais a sério. O longa perde muito tempo até chegar ao seu objetivo principal, o que pode até entediar o espectador. Uma dose desnecessária de melodrama e uma reviravolta que não parece bem encaixada quase botam tudo a perder. Se os realizadores mantivessem o tom de galhofa por mais tempo, talvez "Abigail" ficasse ainda mais divertido. Joey (Melissa Barrera) e Frank (Dan Stevens) numa cena de 'Abigail' Divulgação Cisne Vermelho Felizmente, "Abigail" tem a seu favor a reunião de um bom e competente elenco. Além de Durand, vale destacar a boa atuação de Barrera como Joey. A atriz, que foi demitida de "Pânico VII" por suas declarações a favor da Palestina, está cada vez mais convincente em produções de terror e suspense e, aqui, mostra a mesma força de veteranas do gênero, como Jamie Lee Curtis. Além disso, ela desenvolve uma boa química com a personagem-título. Outro que merece atenção é Dan Stevens (de "A Bela e a Fera"). Visto recentemente em "Godzilla e Kong: O novo império" como um cara mais expansivo, o ator mostra versatilidade ao fazer uma composição de Frank, seu personagem, totalmente inversa ao que interpretou no filme dos monstros gigantes. Aqui, ele convence ao se mostrar mais tenso e introspectivo. Além disso, sua caracterização física também tem méritos ao deixá-lo quase irreconhecível. O resto dos sequestradores, incluindo a personagem interpretada por Kathryn Newton (de "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania"), está apenas funcional. A jovem, aliás, ganha um pouco mais de destaque dos outros colegas da metade para o final do filme, mas não chega a impressionar. Abigail (Alisha Weir) pronta para o ataque numa cena de 'Abigail' Divulgação No entanto, o destaque absoluto de "Abigail" é a própria Abigail, ou melhor, Weir. A jovem atriz rouba todas as cenas em que aparece, seja no começo ou nos momentos em que demonstra medo e, principalmente, quando mostra sua verdadeira face. Com muita intensidade nas cenas em que ataca suas vítimas e sem medo de protagonizar momentos bastante perturbadores, Weir apresenta uma segurança pouco vista em atrizes da sua idade. É bom ficar de olho no que ela pode oferecer para o cinema no futuro. Dedicado a Angus Cloud, que morreu em julho de 2023, e que interpretou um dos sequestradores, "Abigail" é um divertido e sangrento passatempo que, embora irregular, tem um saldo bem positivo. Principalmente graças à presença marcante de sua vampira bailarina. Veja Mais

Matteus e Isabelle falam sobre infância humilde e relacionamento no 'BBB24': 'A gente se ajudou muito'

G1 Pop & Arte Finalistas do 'BBB24' foram os convidados de Ana Maria Braga, no 'Mais Você'. Finalistas do BBB24, Matteus e Isabelle falam sobre a relação fora da casa Reprodução Matteus e Isabelle, 2º e 3º lugar do "BBB24", foram os convidados de Ana Maria Braga, no "Mais Você", na manhã desta quinta-feira (18). Durante o jogo, o gaúcho e a amazonense acabaram formando um casal dentro da casa na reta final do reality. Eles foram ao programa com trajes típicos de seus estados. Na conversa com a apresentadora, Matteus falou sobre o relacionamento entre os dois. "Nem nos meus maiores sonhos eu imaginaria estar aqui. Confesso que foi muito difícil ficar 100 dias longe da família, vivendo coisas intensas. Mas a gente se ajudou bastante." Matteus cuida de bois em uma propriedade rural em Alegrete, no Rio Grande do Sul. O vice-campeão se emocionou ao receber de presente duas potrancas do diretor Jayme Monjardim. "É uma benção que estou recebendo. Sou muito grato à Deus, principalmente agora. Quero agradecer o seu Jayme pelo carinho. Essas potrancas vou abraçar e não vou parar mais." O brother ainda falou sobre a vida em Alegrete. Aos 27 anos, passou boa parte da vida no interior e foi criado pela mãe, com a ajuda da avó. "Meu padrasto é domador e eu sou aprendiz dele. O campo sempre foi algo da nossa sobrevivência. O ganha pão de cada dia sempre veio do campo." A amazonense Isabelle também falou sobre a infância humilde ao lado da mãe. "Desde muito nova tive que aprender a me virar sozinha porque ela tinha que sair para trabalhar. Ela era babá de outra criança e eu ficava em casa cuidando do meu irmão. Eu vendia roupa com a minha avó, minha mãe fazia bolo perto de casa. E eu comecei a trabalhar e me virava. Isso contribuiu para o meu amadurecimento." A amazonense mostrou ainda a tradição do Festival de Parintins. Ela é conhecida no estado como a cunhã-poranga do Boi Garantido e chamou atenção do país após entrar na casa. "Cunhã-poranga significa mulher bonita em tupi guarani. É uma das personificações de Parintins que contribui pontos para sua agremiação." A amazonense também ensinou o gesto tradicional com o arco e flecha que usava no bbb, e disse que representava a Floresta Amazônica "em todos os seus encantos." "Tem vários animais da floresta que são personalizados na nossa indumentária", diz. "A gente clama esse amor que a mãe natureza traz para a gente. Ela nos traz cura, ela nos traz alegria, ela nos traz alimento." Relação fora da casa Os participantes também comentaram a cena do beijo que viralizou enquanto estavam no reality e falaram sobre a possibilidade de uma relação fora da casa. "A gente vive em regiões bem extremas, bem distantes", afirmou Isabelle. "A gente vive uma amizade muito saudável, mas eu já convidei eles para fazer uma imersão na Amazônia." Matteus também comentou a distância entre Amazônia e Rio Grande do Sul. "Eu já tô com 27 anos. Sou maduro o suficiente para coloca responsabilidade das minhas ações. Nós moramos em extremos muito diferentes." Veja Mais

Verônica Ferriani e Ana Luísa Ramos apresentam álbuns autorais gerados pelo impacto e beleza da maternidade

G1 Pop & Arte Verônica Ferriani lança o álbum duplo 'Cochicho no silêncio vira barulho, irmã' com músicas que versam sobre temas como amamentação e depressão pós-parto Thais Taverna / Divulgação ? Há traço forte que conecta o terceiro álbum solo autoral da cantora e compositora paulista Ana Luísa Ramos, Solaris, com o recém-lançado disco duplo de Verônica Ferriani, Cochicho no silêncio vira barulho, irmã, que também vem a ser o terceiro álbum autoral com músicas inéditas de Ferriani, paulista nascida em Ribeirão Preto (SP) – assim como Ana Luísa Ramos. O traço comum não é a cidade natal das artistas, mas a maternidade. Solaris e Cochicho no silêncio vira barulho, irmã são discos gerados pelo impacto da maternidade nas vidas das artistas com toda a beleza e cobrança nascidas com o ato de dar à luz um ser humano frágil e dependente da mãe. Ana Luísa compôs as músicas do repertório de Solaris logo após o nascimento da filha Clara, em 2022, enquanto passava boa parte dos dias com a menina no colo. Foi assim que vieram ao mundo músicas como Like a dream, Little fingers, Clareia – canção em homenagem à filha da artista – e No meu lar. O repertório bilíngue do álbum Solaris foi gravado em diferentes estúdios de Brasil e Estados Unidos entre maio e setembro de 2023 com produção musical orquestrada pela própria Ana Luísa Ramos com Dean Stairs. Ana Luísa Ramos lança o álbum 'Solaris' com músicas compostas após o nascimento da filha Clara Sarah Kierstead / Divulgação Já o álbum de Verônica Ferriani – projeto que abarca e une dois discos, Cochicho no silêncio e Vira barulho, irmã – aprofunda questões relativas à maternidade em repertório que contabiliza 20 músicas, sendo 17 da lavra solitária de Ferriani, produtora musical do álbum. As 20 faixas foram gravadas pela cantora e compositora com a colaboração de time feminino que inclui Alessandra Leão (na música Não me contento), a franco-senegalesa Anaïs Sylla (na canção La mer, de autoria de Sylla), Assucena (na faixa Sem regras), Áurea Martins (no samba-título Cochicho no silêncio vira barulho, irmã), Flaira Ferro (Peitos caídos, faixa-texto de autoria de Flaira), Flávia Maia (no tema tradicional Acorda, mamãe), Giana Viscardi (Permitir-se), Lurdez da Luz (em Passada de pano), Mairah Rocha (na já citada faixa Acorda, mamãe) e Mônica Salmaso (Amor que fica) em ficha técnica que conecta mulheres de diferentes gerações e cenas musicais. Nas letras dessas 20 músicas, Verônica Ferriani põe em pauta questões sobre depressão pós-parto, amamentação, sexo durante e após a gestação, a descoberta de amor incondicional e a carga mental depositada nas mulheres que são mães, propondo a colaboração dos homens para a solução dessas questões femininas decorrentes da maternidade. Capa do álbum 'Cochicho no silêncio vira barulho, irmã', de Verônica Ferriani Arte de Ana Brum Capa do álbum 'Solaris', de Ana Luísa Ramos Sarah Kierstead com arte de Thiago Dalleck Veja Mais

'Rivais' é tesão e tenacidade em forma de Zendaya e seus twinkies; g1 já viu

G1 Pop & Arte Estreia desta quinta-feira (25) coloca atriz em triângulo amoroso (e na corrida pelo Oscar). Luca Guadagnino, diretor de 'Me chame pelo seu nome', faz o melhor filme do ano. Falar que "Rivais" é o melhor filme do ano seria, de alguma forma, reducionista. O novo drama dirigido por Luca Guadagnino ("Me chame pelo seu nome") é tesão e tenacidade em sua forma pura – traduzidos pelas formas torneadas de seu jovem triângulo amoroso, interpretado por Zendaya ("Euphoria"), Mike Faist ("Amor, sublime amor") e Josh O'Connor ("The crown"). A estreia desta quinta-feira (25) nos cinemas brasileiros também é um filme de tênis. O melhor o melhor desde "Match Point" (2005). Mas vai muito além. Como em todos os seus precursores o esporte é uma metáfora, sim, mas o que o diferencia dos demais é que é, ao mesmo tempo, forma e mensagem, corpos e conteúdo. Há tempos não se via no cinema um tesão tão inextinguível, em um sentido que vai além do sexual. No filme, o desejo é sexual e é tenacidade e é obstinação – constantes e perpétuos. "Rivais" é o resultado da mistura certeira de um elenco no auge – Zendaya tem tudo para ganhar sua primeira indicação ao Oscar – e o olhar sensível de um diretor que sabe como elevar uma partida qualquer de um campeonato do clube de bairro em uma final de Grand Slam. Tudo funciona tão bem que até a trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross ("A rede social"), formada basicamente por canções de um eurodance tão desenfreado que não tinha o menor direito de ser boa, se torna instantaneamente clássica. Assista ao trailer de 'Rivais' A grande sacada O roteiro de Justin Kuritzkes, dramaturgo que estreia no cinema, acompanha três jovens tenistas em dois momentos distintos. No primeiro, quando os dois jogadores (Faist e O'Connor) disputam a atenção da grande e obstinada promessa (Zendaya). O segundo, costurado na história de forma não linear, anos depois, com a ex-atleta afastada das quadras por causa de uma lesão e casada com um dos antigos pretendentes (e agora campeão renomado). Em outras mãos, uma sinopse dessas seria o suficiente para conseguir uma circulação pequena em festivais independentes – e garantir sua limitação a isso. A combinação do mundano com Guadagnino e Zendaya (além dos outros dois promissores talentos), no entanto, cria uma expectativa. Quando o trailer foi lançado, em 2023, muito se esperava da ideia da atriz com seus dois twinkies (um apelido da comunidade LGBTQIA+ para jovens bonitinhos e esbeltos e adotado com aptidão pelas redes sociais para a dupla). Ninguém poderia prever que o quarteto levaria tais perspectivas para outro nível com tamanha facilidade. Josh O'Connor e Zendaya em cena de 'Rivais' Divulgação Sob o olhar do cineasta, o triângulo amoroso forma uma tensão sexual daquelas que conseguiriam parar uma guerra, e que só não exaure o público por energizá-lo no processo. Seria possível dedicar mais incontáveis parágrafos ao dom que o cineasta já havia demontrado em "Me chame pelo seu nome" (2017) e que agora supera como se fosse um dia qualquer. Mas, em entrevista ao g1, a própria Zendaya classifica com perfeição: "Não sei se é como ele meio que foca nos personagens, ou nas atuações. Não sei se é a forma como ele posiciona a câmera, ou como ele escolhe se prolongar nos personagens por um tempo a mais. Seja lá o que for, acho que ele é brilhante em criar essa energia entre os personagens." Partida perfeita Em "Rivais", Guadagnino consegue uma partida perfeita. Tanto que é difícil estabelecer se o diretor é ajudado por sua equipe ou se é ele quem os eleva. O fato é que Zendaya, uma das maiores estrelas em ascensão em Hollywood, finalmente consegue o papel para mostrar que seu poder é derivado de algo além de seu imensurável carisma (e olhar para a moda). Josh O'Connor em cena de 'Rivais' Divulgação Apresentada inicialmente como um ser quase inatingível pela visão jovem e cheia de hormônio dos rapazes, a protagonista apresenta com o tempo uma obstinação mitológica mas extremamente humana. Difícil imaginar outra atriz da atual geração que poderia construir, em apenas duas horas, uma dicotomia tão grande entre ídolo e pessoa. Do outro lado, Faist e O'Connor se sustentam com dignidade e graça em oposição à força da natureza objeto de sua admiração – e, com mais de 30 anos, conseguem manter a ilusão de menores de idade durante boa parte da história. Mas não há prova maior do domínio de Guadagnino do que a costura entre montagem e a trilha sonora completamente sem freio de Reznor e Ross. Com um flerte alucinado com o que há de pior da música eletrônica europeia, as canções invadem o filme sem pedir licença e por diversos momentos se impõem sobre o drama. Na teoria, não há uma situação em que isso deveria funcionar. Em pouco tempo, "Rivais" faz disso um trunfo. Em paralelo com seus protagonistas, o filme aceita que, às vezes, só se pode aceitar as jogadas que a vida oferece – e fazer delas pelo menos um momento perfeito de tênis. Ou algo assim. Mike Faist e Zendaya em cena de 'Rivais' Divulgação Veja Mais

Zé Neto faz pausa para almoço em Miguelópolis, SP, e pede lambari frito e isca de tilápia

G1 Pop & Arte Cantor esteve na cidade nesta terça-feira (23) para visitar a casa nova de um amigo e passou por restaurante especializado em peixes. Sertanejo é atração nesta sexta-feira (26) no Ribeirão Rodeo Music, em Ribeirão Preto, SP. O cantor Zé Neto almoça em restaurante de Miguelópolis, SP Arquivo pessoal O cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, fez uma parada em Miguelópolis (SP) nesta terça-feira (23) para almoçar em um restaurante da cidade. Acompanhado de amigos, do pai e de um assessor, o sertanejo pediu uma variedade de pratos com peixe, segundo Pedro Júnior, dono do estabelecimento. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp De acordo com o empresário, o almoço já estava marcado há algum tempo. Para receber o cliente famoso com mais tranquilidade, Pedro Júnior optou por fechar o restaurante ao público. "Um amigo dele comprou uma casa no condomínio onde fica o restaurante e eles agendaram a visita para hoje", diz. Zé Neto passeou por Miguelópolis para ver um caminhão e aproveitou para tirar fotos com os fãs, sempre muito simpático, de acordo com o empresário. Ele também parou com funcionários do restaurante para fazer selfies. O cantor Zé Neto posa para fotos com funcionária de restaurante em Miguelópolis, SP Arquivo pessoal LEIA TAMBÉM: Ana Castela surge com look ‘largadão’ no show de Luan Pereira Alok diz que ama tocar em rodeios e quer fazer mais feats com sertanejos ???? Peixe frito e peixe cru No Instagram, onde soma 6,5 milhões de seguidores, Zé Neto se define como pescador, caminhoneiro, sertanejo e caipira. O cardápio com a variedade de peixes no restaurante à beira da represa agradou o sertanejo, que prometeu voltar para provar outros pratos, de acordo com Pedro Júnior. "O Zé Neto é muito carismático, muito gente boa. Ele comeu lambari frito, isca de tilápia, traíra desossada e um ceviche". O cantor Zé Neto passou por Miguelópolis, SP, nesta terça-feira (23) e almoçou em um restaurante especializado em peixes Arquivo pessoal ???? Dupla no rodeio de Ribeirão Preto Junto com o parceiro Cristiano, Zé Neto se apresenta no Ribeirão Rodeo Music 2024, em Ribeirão Preto (SP), nesta sexta-feira (26). Na mesma noite passam pelo palco César Menotti & Fabiano, Lauana Prado e Locos Djs. O evento acontece no Parque Permanente de Exposições, e os ingressos estão à venda pela internet. Zé Neto & Cristiano agitaram a 4ª e última noite do Ribeirão Rodeo Music em 2023 Érico Andrade/g1 Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região Veja Mais

Os códigos 'secretos' da alquimia escondidos em disco de Jorge Ben Jor

G1 Pop & Arte Depois de uma uma visão misteriosa em 1973 na casa de Nicolas Flamel em Paris, Jorge Ben lançou seu icônico álbum 'A Tábua de Esmeralda', repleto de referências à alquimia e ao misticismo. Os códigos 'secretos' da alquimia escondidos em disco de Jorge Ben Jor Reprodução/via BBC Jorge Ben Jor teria visto o namorado da viúva uma única vez na vida. Foi perto do Natal de 1973, em um quarto isolado da casa mais antiga de Paris, durante um almoço com Gilberto Gil. Não foi um acontecimento trivial – nem para ele nem para a música brasileira. Ao contrário, era quase um encontro marcado, já que Ben Jor (então apenas Jorge Ben - o cantor mudaria de nome no final dos anos 1980) esticara, de propósito, uma viagem iniciada em Cannes, na costa da França, onde integrara a comitiva do Brasil no festival Midem daquele ano. Ele queria levar Gil – que estava compondo as canções do disco Refazenda, de 1975 – para conhecer o lugar onde, segundo o boca a boca, um pequeno grupo de alquimistas se encontrava secretamente. Era nos fundos do Auberge Nicolas Flamel – um restaurante de uma única porta em uma construção de meados de 1400 escondida em uma viela não tão longe da catedral de Notre Dame. Depois de comerem, Ben Jor puxou Gil para andar pela casa, cujo primeiro dono foi um rico vendedor de livros chamado Nicolas Flamel – que também era um alquimista famoso na sua época. Em dado momento, sozinhos em uma sala distante do salão, ambos foram surpreendidos. "Vimos uma coisa lá", contou o cantor e compositor carioca em uma entrevista ao repórter Pedro Alexandre Sanches, então na revista Trip, em 2009. "O Gil viu também. Nós vimos alguma coisa. Mas bonita, não feia. Uma coisa bonita", completou. Seis meses depois daquela visão, em maio de 1974, Jorge Ben Jor lançaria no Brasil e na mesma França seu disco preferido da carreira e, quiçá, o mais cultuado dos 38 que ele fez desde os anos 1960: A Tábua de Esmeralda. O álbum, que completa 50 anos em maio, deu à música brasileira um objeto inédito: a alquimia. No limite, A Tábua de Esmeralda é uma espécie de compêndio, quase um tratado musicalizado para alçá-la ao patamar de arte e de filosofia ao mesmo tempo, seguindo sempre uma interpretação autêntica dela feita por Jorge Ben Jor. Praticamente todas as 12 canções do disco se tornaram populares, e algumas subiram ao panteão cultural do país, como Os Alquimistas Estão Chegando, Os Alquimistas, Zumbi, Magnólia e O Namorado da Viúva. Mais de uma década depois daquela entrevista à Trip, a jornalista Kamille Viola, da Veja Rio, conseguiu conversar com Ben Jor, por telefone, para um projeto do Google sobre Gilberto Gil. Foi em 2020. Ainda com a história da visão de Paris na cabeça, ela aproveitou para perguntá-lo outra vez sobre o que ele e o amigo baiano haviam visto. Então, quase meio século depois do episódio na casa de Flamel, Jorge abriu o jogo. "Ele me contou que ambos viram um grupo de pessoas com roupas do século 15 na porta da sala. Era um grupo de alquimia", revela ela à BBC News Brasil. "Foi uma visão mesmo, porque, embora o restaurante seja um ponto de encontro de alquimistas até hoje, aquele não era um dia de reunião", continua ela. Depois dessa conversa, um pedaço da extensa pesquisa que a jornalista estava fazendo, Viola publicou o livro África Brasil: Um Dia Jorge Ben Voou para Toda a Gente Ver (Sesc, 2020). Uma das pessoas que Ben Jor e Gil teriam "visto" era, justamente, o namorado da viúva – ou Nicolas Flamel. É uma possível explicação, inclusive, para o fato de a canção começar com um eu-lírico surpreso, repetindo sílabas como alguém que se vê diante de algo sobrenatural ("Na-mo-mo-ra-ra-do da viúva..."). "Foi também o jeito que Jorge Ben encontrou para contar uma história muito popular da época", explica a professora Susana de Andrade, que categorizou os campos de referências de A Tábua de Esmeralda em um artigo científico publicado em 2018. A história é que, certo dia, Flamel recebeu em sua casa (onde hoje funciona o restaurante visitado por Ben e Gil) uma mulher chamada Perenelle – que havia enviuvado de dois maridos diferentes. Inicialmente procurando pelos serviços que ele oferecia como escrivão, os dois acabaram se tornando namorados. Quando, tempos depois, ela se casou com Nicolas, inclusive assumindo seu sobrenome, correu à boca do povo que ele teria o mesmo destino dos esposos anteriores de Perenelle. Em O Namorado da Viúva, Ben faz referência à visão dele e de Gil ("O namorado da viúva passou por aqui..."), mas avança nessa historieta dando sua própria versão, como se Flamel o tivesse contado naquela visão, em 1973, ou como se o próprio Jorge tivesse participado das fofocas pelas vielas da Paris de 800 anos atrás, sugerindo que o que se dizia entre o povo era outra coisa: que Flamel "não daria conta do recado". Naquele mesmo maio de 1974, Jorge Ben escolheu O Namorado da Viúva como um dos singles do disco, incluindo a canção no repertório de uma apresentação icônica no Fantástico, da TV Globo – onde aparece rodeado por figuras manipulando poções, em roupas semelhantes à visão de um ano antes, com Gil. O caminho alquímico Até A Tábua de Esmeralda, é difícil encontrar referências (mesmo codificadas) à alquimia em álbuns anteriores de Jorge Ben Jor. Antes, ele havia lançado Força Bruta (1970) e outro trabalho cultuado da sua discografia: Jorge Ben, de 1969, onde se pode ouvir, por exemplo, um dos hinos informais do Brasil: País Tropical. Na pesquisa que fez sobre A Tábua de Esmeralda, à época na Universidade Federal de Alfenas (Unifal), em Minas Gerais, Susana de Andrade concluiu que o disco atravessa três grandes temas transversais: a negritude, o misticismo e a alquimia. "Ele tentou reunir as coisas sobre as quais já estava trabalhando, como a questão racial, com o que estava lendo ali naquele momento", explica ela. No Fantástico, semanas depois do LP chegar às lojas brasileiras, o próprio Jorge disse que o álbum era uma verdadeira "alquimia musical". Aquele já era, na verdade, um assunto que cruza a vida de Jorge Ben Jor desde sempre. Em 1976, à extinta revista 'Ele Ela', ele revelou que um dos seus avôs era membro da Ordem Rosacruz – um grupo que há mais de um século se dedica a estudos místicos – e que foi nos livros do patriarca que descobriu a alquimia. "Comecei a admirar a maneira deles verem o mundo, a perseverança no trabalho...". Para Kamille Viola, porém, tudo se deu mesmo quando Ben leu textos originais de Tomás de Aquino, no Seminário São José, no Estácio, no Rio de Janeiro dos anos 1950. Canonizado como santo católico em meados do século 14, Aquino é lido hoje como o grande responsável por embutir a filosofia aristotélica na fé cristã, tentando amalgamar, assim, razão e religião. Em paralelo, sempre existiu a história de que, nos bastidores da Igreja, Tomás de Aquino também era alquimista – um relato que perfurou os séculos e chegou até um adolescente Jorge na arquidiocese carioca. "Ele tem uns textos lindos. Aprendi latim por causa dele", disse à Trip em 2009, citando nominalmente a Suma Teológica, um calhamaço repleto de soluções a perguntas sobre a existência e a relação da humanidade com Deus escrito na metade do século 13. Em Assim Falou Santo Tomaz de Aquino, do álbum seguinte a Tábua, Solta O Pavão (1975), Ben musicou um dos artigos da 13ª questão da suma, sobre a semelhança entre Deus e os seres da Terra. A Tábua de Esmeralda também o menciona em uma faixa aparentemente paralela à discussão alquímica do restante do álbum, Eu Vou Torcer ("Pelo Santo Tomás de Aquino/ Pelo meu irmão..."). "O Jorge se interessa muito pela Idade Média. Foi um período em que o invisível estava presente na vida das pessoas, em que os sonhos eram vividos como realidade", explica Viola. "Mas ele nunca parou de falar sobre alquimia. Foi acumulando referências e as colocando nas músicas ao longo da carreira. Esse medievalismo, aliás, se liga totalmente ao interesse pelo processo alquímico. E, em 2020, ele me disse que estuda alquimia até hoje", prossegue. Al-quimia Uma audição simples de A Tábua de Esmeralda pode fazer crer que a alquimia é, antes de tudo, o procedimento mágico de tentar transformar metais comuns, como o chumbo, em ouro ou na pedra filosofal – caminho para a vida eterna. Na primeira música do disco, Os Alquimistas Estão Chegando Os Alquimistas, por exemplo, Ben chega a explicar como isso seria objetivamente possível por meio de uma sequência de etapas químicas: desde a trituração e a fixação dos materiais brutos, passando pela destilação e a coagulação até, enfim, se chegar à transmutação de uma coisa em outra. Mas, nas entrelinhas, as letras de A Tábua de Esmeralda tentam justamente ir além disso, explorando o lugar que Jorge Ben Jor ocupa dentro do amplo espectro de interpretações sobre o que a alquimia é, de fato. É como se, da mesma forma que na Idade Média, ele tivesse escondido seus próprios segredos alquímicos nas composições do álbum, fazendo-as funcionar, ao mesmo tempo, como canções meramente comerciais. Segundo a historiografia, o primeiro texto sobre alquimia que se tem notícia é de um grego: Bolos de Mendes, no século II a.C, reproduzindo o saber que vinha se acumulando desde os processos metalúrgicos com o ferro, por volta de 1.200 a.C. O berço da alquimia, porém, é Alexandria, no Egito, onde se transformou em um "sistema de pensamento sincrético", como define Frank Greiner, professor de Literatura na Universidade de Lille 3, na França, e autor do livro Alquimia, de 1991. "Já era ali uma filosofia que buscava reconciliar estruturas mentais distintas: uma racional e científica, outra mística, remetendo a modos de conhecimento que transcendem a razão", explica ele. Um dos códigos mais profundos que Jorge Ben talvez tenha deixado em A Tábua de Esmeralda está nesse acontecimento histórico, na etimologia da palavra "alquimia". Segundo estudos, os egípcios se referiam a alguns processos com substâncias que já dominavam, como o usado para embalsamento dos seus mortos, por exemplo, de khemeia – de onde se deriva a palavra "química". Quando práticas semelhantes foram adotadas pelos árabes, tempos depois, ainda antes de atingir o Ocidente, foram chamadas ali de "al kimiya", que significava "pedra filosofal". Isolada, porém, a palavra "kimiya" tem raiz em uma língua falada apenas pelos cristãos egípcios, os coptas, e cuja tradução é, simplesmente, "negro". De acordo com Greiner, era assim porque "kimiya" era o jeito como eles chamavam a cor da argila nas margens do Rio Nilo e, por consequência, o próprio Egito: "terra negra". Considerando o momento em que Jorge Ben gravou o disco, no auge do movimento pelos direitos civis dos negros, nos Estados Unidos, ao qual ele se aproximou, e logo após ter lançado um álbum chamado Negro É Lindo, além de ter duas canções falando diretamente sobre negritude (Zumbi e Menina Mulher da Pele Preta), essa não parece ser uma coincidência. Ao contrário, sugere que, no centro dos mistérios de A Tábua de Esmeralda, a alquimia é realçada, antes de tudo, como um sistema de conhecimento filosófico africano – e negro. "Não sei se é um código consciente, se o Jorge pensava no nome [alquimia] em si", sugere Viola. "Mas ele, com certeza, se deparou com histórias de civilizações negras antigas de onde surgiu grande parte do conhecimento da humanidade. Como sempre procurou exaltar a cultura negra, isso deve ter chamado a atenção dele". Quando a alquimia chegou ao Ocidente, pela Espanha muçulmana, no século 12, ela se cindiu ainda mais entre a experiência metafísica e uma ciência que serviria, muito tempo depois, aos anseios iluministas. Nicolas Flamel, que morreu em 1418, foi um dos nomes mais relevantes da perspectiva mística, para quem o processo alquímico era tanto transmutação da matéria como aperfeiçoamento do espírito – a mesma interpretação, aliás, de Carl Jung, já no século 20. A inclinação de Jorge Ben à alquimia de Flamel – figura que ele teria visto com Gil, em Paris – sugere, de bate e pronto, que ele se relaciona com o processo alquímico também pela via do misticismo. Nesse sentido, ambas as coisas estariam mais amalgamadas do que parece. "Ele [Flamel] é meu muso", chegou a dizer à Trip, em 2009. Mas isso não o impediu de abordar o lado mais científico da alquimia, como se vê em O Homem Da Gravata Florida. A canção é comprovadamente baseada em Philippus von Hohenheim, um suíço do século 17 obcecado por procedimentos médicos herdados do passado, assim como por conhecimentos alquímicos, e que os usou não apenas para erguer uma vertente da ciência – a iatroquímica, para a qual os organismos são resultado de reações químicas diversas – como para criar medicamentos com eles. Os relatos da época dão conta de que Philippus era um homem demasiado orgulhoso, e a alcunha pela qual ficou conhecido, Paracelso, o prova: era uma expressão que significava, em latim, "melhor do que Celso", em referência ao grande médico da Roma do primeiro século pós-Cristo, Aulo Cornélio Celso. "Depois daquele período [de Paracelso], a alquimia – que admitia uma solidariedade orgânica entre a ordem das coisas e a ordem humana – torna-se eminentemente suspeita aos olhos dos eruditos", conta Greiner. "Ela sobreviveu, então, entre rosacruzes e maçons, por meio do simbolismo, ou por meio daqueles que seguiram trabalhando secretamente em laboratórios, como Fulcanelli", prossegue ele, citando o autor do livro O Mistério das Catedrais, publicado em 1926 e com grande influência sobre Ben. Essa "solidariedade orgânica" está na estrutura de quase todo o disco – e, mais do que isso, da própria visão de mundo de Jorge Ben. "Existe toda uma corrente que diz que a alquimia não passa de uma metáfora: que transformar chumbo em ouro é um jeito de falar sobre o desenvolvimento espiritual. Na Idade Média, para além dos processos químicos, se dizia que o real objetivo era a evolução do espírito. Ele levou esse lado em conta também", explica Kamille Viola. Os códigos de 'A Tábua de Esmeralda' Desde 2008, Viola é parte de um grupo que, tal qual alquimistas medievais, também se dedica a desvendar escritos herméticos. No caso dela – e de gente como o crítico musical Paulo da Costa e Silva ou do cantor Fred Zero Quatro, vocalista do grupo pernambucano Mundo Livre S/A, além de Susana de Andrade e de muitos pesquisadores amadores facilmente encontráveis em fóruns online –, a busca constante é pelo que Jorge Ben deixou escondido nas composições da sua própria tábua de esmeralda. "Nosso trabalho é fundamental para mostrar como Jorge não é só um compositor de músicas alegres. Embora não seja muito associado à intelectualidade da MPB, temos o papel de mostrar como ele é fascinante justamente por ir misturando as coisas como se fossem pistas que, no fim, fazem a gente ter a intuição de que há algo maior por trás de tudo", diz Costa e Silva, autor de Jorge Ben Jor: A Tábua de Esmeralda (Cobogó, 2014), da coleção 'O livro do Disco'. "É por isso que nossa tarefa é infinita." "Sem contar que muitos códigos não foram desvendados. Permanecem esperando gente que ouça o disco e consiga notá-los ainda escondidos", completa Kamille Viola. Alguns deles já foram esmiuçados há algum tempo. O Homem da Gravata Florida, por exemplo, toma a echarpe que Paracelso usava para explorar a percepção de Ben sobre a força do gênio do homem que amalgamou a arte alquímica com um trabalho puramente objetivo, com ramificações na Medicina moderna. Isso fica evidente quando na letra quando se diz que, mais do que uma estética, "essa gravata é o relatório de harmonia de coisas belas". Outro código já conhecido é a harmonização que Ben fez do texto primitivo que correu dos tempos imemoriais até hoje sob o nome de "tábua de esmeralda", fundante da alquimia, atribuída por uma figura chamada, também de lá para cá, de Hermes Trismegisto. Segundo a tradição filosófica hermética, Hermes (ou Thoth, no Egito) escreveu um conjunto de 24 textos sagrados entre os séculos 2 e 3 d.C., que muito tempo depois foram reunidos em um compêndio chamado Corpus Hermeticum. Neles, Hermes versa sobre a relação da humanidade com o divino, sobre noções de verdade, de bem e beleza e sobre as origens do mundo, entre outras coisas. Ele receberia a alcunha de "Trismegisto" no século 15, por intermédio de Cosme de Médici, governante de Florença, que encontrou esses manuscritos por acaso e, ao mandá-los traduzir para o latim, a reviveu como tradição religiosa e, então, como filosofia. A palavra significa "três vezes grande", a leitura florentina de Hemes como "o melhor filósofo, o melhor sacerdote e o melhor rei". "É que, já no Egito, Thoth era o senhor do conhecimento mágico e dos segredos divinos colocados à disposição dos deuses e dos homens", explica a egiptóloga Cíntia Facuri. Em Hermes Trismegisto E Sua Celeste Tábua de Esmeralda, Jorge Ben tornou música um dos textos mais famosos do que viria a se tornar o Corpus Hermeticum: a "tábua de esmeralda", que, apesar de ser anunciada como tendo sido escrita “com uma ponta de diamante" em uma "lâmina de esmeralda", tem a sua primeira existência física, de fato, em um tratado árabe datado de 825 d.C. Mas, sabe-se, ele já é uma tradução de um original perdido nos tempos. A tábua de esmeralda foi escrita em tópicos, cada um como que afirmando o anterior, até todos conformarem uma explicação definitiva de tudo. A primeira frase do texto, "é verdade, sem mentira, certo e muito verdadeiro", não aparece na canção de Ben, mas está estampada na capa do álbum. O segundo tópico funciona como uma síntese do hermetismo alquímico: "o que está embaixo é como o que está no alto, e o que está no alto é como o que está embaixo". "Uma das coisas presentes nos livros de Thoth (ou Hermes) é que é possível alcançar um nível de força e controle do mundo terreno através do conhecimento das harmonias celestes – e isso a partir de elementos terrestres", explica Facuri. Paulo da Costa e Silva notou um código hermético, da tábua de esmeralda, ainda mais subterrâneo na canção O Homem da Gravata Florida. No primeiro verso, o melisma que Ben canta na última palavra ("Lá vem o home-e-e-em") é uma contraposição hermética ao que se segue no terceiro verso: "Meu Deus do cé-é-é-u". Terreno e celeste separados, mas uma coisa só. "A música dele é muito rica por falar de coisas que são aparentemente malucas, mas que não são, e que exigem uma vida inteira para perceber as conexões", diz o crítico musical. A tábua de esmeralda de Hermes Trismegisto aparece nas imagens da icônica capa do disco, filtrada por um sonho que, para o "muso" de Jorge Ben serviu como revelação. "A história que se conta é que Flamel sonhou com um conjunto de figuras aleatórias, que iam de alquimistas à relação dos homens com os deuses. Anos depois, ele entrou em uma livraria e, folheando um dos livros, encontrou as mesmas imagens na obra. Ele ficou impressionado. Os textos estavam em uma outra língua, que ele não conhecia, mas dali em diante ele passou a acreditar que havia achado a receita da pedra filosofal", conta Susana de Andrade. Para além da veracidade da história, é fato que Flamel preservou as figuras o quanto pode, assim como os alquimistas que vieram depois dele – fazendo com que Ben as descobrisse em um livro alquímico, junto com o relato do sonho, no começo dos anos 1970. Se alguns são evidentes, outros códigos do disco não são tão claros. Seguem abertos a "decodificadores". Em Os Alquimistas Estão Chegando Os Alquimistas, por exemplo, Jorge Ben descreve um estado de coisas que atravessa desde o modo de vida dos alquimistas ("Eles são discretos e silenciosos/ Moram bem longe dos homens") até escolhas práticas ("Escolhem com carinho a hora e o tempo do seu precioso trabalho..."). O verso mais intrigante, porém, está quando Jorge canta que eles "evitam qualquer relação com pessoas de temperamento sórdido". "Ele deve ter tirado isso de algum texto", sugere Susana. "Na Idade Média, os alquimistas eram muito perseguidos e, para realizar todos os seus processos, precisavam se afastar da sociedade. Talvez passe por aí", continua. Outra possível explicação é o próprio significado da palavra "sórdido" que, no dicionário Michaelis, diz respeito a pessoas que "agem desonestamente para conseguir alguma coisa". Seria o oposto da pureza e da paciência necessária para realizar a transmutação objetiva e espiritual presente na cartilha alquímica. Se tem algum sentido, então outro código se revela imediatamente em Minha Teimosia, Uma Arma Pra Te Conquistar, que parece somente uma canção romântica: quando canta o título da música, seguida pela afirmação "eu vou vencer pelo cansaço até você gostar de mim", Ben pode estar perfeitamente fazendo alusão ao processo alquímico – que depende, como ele mesmo notou na entrevista de 1976, de perseverança. A mesma faixa traz uma brevíssima referência hermética, sobre quem está no alto e quem está embaixo, semelhante ao melisma de O Homem da Gravata Florida. Na primeira estrofe após o refrão, o eu-lírico canta para uma mulher – ou para um deus: "Ah, mostra-me teu rosto/ Mostra-me teu rosto/ Fazei-me ouvir a tua voz/ Põe estrelas em meus olhos/ Música em meus ouvidos". Os livros do disco Há também um consenso entre pesquisadores da Tábua de Esmeralda sobre os livros que conformam o universo do disco. Um deles é, inequivocadamente, O Mistério das Catedrais, em que Fulcanelli afirma como velhos templos católicos da Europa, sobretudo góticos, guardariam antigos. segredos alquímicos. O próprio autor é um mistério, já que morreu sem revelar sua verdadeira identidade. "É um livro que ajuda a entender a maneira como Jorge leu a alquimia. Ele já disse, inclusive, que usou a tradução da tábua de esmeralda feita por Fulcanelli em trechos de Hermes Trismegisto e sua Celeste Tábua de Esmeralda. É uma referência direta", explica Kamille Viola. No limite, é possível dizer que a grande influência de Fulcanelli sobre A Tábua de Esmeralda está no método que o autor descobriu e descreveu no livro: tal como alquimistas medievais esconderam seus segredos nos templos, Jorge Ben guardou com cuidado muitos mistérios no interior das canções do disco. Outra obra que Jorge certamente leu foi Eram Os Deuses Astronautas?, título da edição brasileira de Memórias do Futuro, no original alemão, do escritor suíço Erich von Däniken. Lançado em 1968, vendeu cerca de milhões de cópias no mundo todo. Em Eram Os Deuses Astronautas?, Däniken sustenta a tese de que seres extraterrestres circularam pelo Terra antes das primeiras espécies humanas, deixando vários artefatos, estruturas e até sinais – como as Linhas de Nazca, no sul do território do atual Peru, ou as estátuas da Ilha de Páscoa, a 3 mil km da costa do Chile, por exemplo – das tecnologias que manejavam. Ele ainda diz na obra que o homo sapiens é resultado tanto de experimentos genéticos quanto de uniões endogâmicas entre esses alienígenas. Em meados de 1974, Däniken recebia críticas vorazes principalmente da academia, para quem ele não passava de um pseudocientista, enquanto vendia milhões de cópias pelo mundo e via seu livro ser adaptado para o cinema – pelo diretor alemão Harald Reinl, de Carruagem dos Deuses, de 1970. Jorge Ben entra no assunto em Errare Humanum Est, terceira canção do disco, mas por outra via: conjecturando se a tese de Däniken não seria capaz de provar, de alguma forma, pelo "nosso impulso de sondar o espaço". Um dos códigos mais interessantes que Susana de Andrade conseguiu descobrir é o caminho que Ben percorreu para compô-la. Ele teria lido uma série publicada pela editora Melhoramentos no final dos anos 1960 que, além de Eram os Deuses Astronautas?, lançou títulos como Sombras Sobre as Estrelas, Antes dos Tempos Conhecidos e O Planeta Desconhecido, todos do italiano Peter Kolosimo, e De Volta às Estrelas, livro que Däniken escreveu um ano depois de ganhar fama mundial. Alguns versos de Errare Humanum Est, são montagens feitas com os nomes desses livros. O impulso de sondar o espaço, então, faz sentido "a começar pelas sombras sobre as estrelas", assim como os deuses de outras galáxias teriam chegado à Terra "antes dos tempos conhecidos". "Pouquíssima gente percebeu essa costura", orgulha-se Susana. Para Paulo da Costa e Silva, o método de Jorge Ben se sobressai a qualquer argumento que a canção possa expressar. "Não é concordar que os deuses eram astronautas. Ele tem uma técnica muito dele de colar coisas de contextos diferentes. É quase um sample", explica. Para o crítico musical, um exemplo disso está no verso em que se diz que os tais deuses vieram de "um planeta de possibilidades impossíveis". "Ele adora fazer isso: criar saturações de sentido para alcançar um estado mais elevado". O nome da canção foi tirada de um dos axiomas mais populares da história cristã: de que, se errar é humano, seguir nele é diabólico (do latim "errare humanum est. Perseverare autem diabolicum"), escrito por Santo Agostinho por volta do ano 400 d.C. De alguma forma, é como se Jorge Ben dissesse, pela boca de um dos grandes nomes do dogma católico, que se manter alheio ao mistério da origem humana é uma escolha consciente e equivocada, mas piedosamente compreensível. Susana de Andrade também guarda com esmero outra decodificação particular, sobre a canção Magnólia. No espectro da carreira de Ben, parecia mais uma composição inspirada em figuras femininas, como Crioula, do disco Jorge Ben, de 1969, ou Maria Domingas, de Negro É Lindo (1971). Mas não: ela também saiu do best-seller de Erich von Däniken. "Um dos trechos do livro conta sobre a lenda de uma deusa chamada Orjana que desceu em Tiahuanaco [hoje na Bolívia] para se tornar mãe da Terra, vinda das estrelas em uma espaçonave dourada". Faz todo sentido, já que, na letra, Ben diz que Magnólia "já se encontra a caminho/ Voando numa nave maternal dourada/ Linda e veloz feita de um metal miraculoso". Há outro código embutido no próprio nome de Magnólia, mesma palavra que batiza a espécie de flor mais antiga conhecida na botânica terrestre. Ben, então, deixou uma mensagem subterrânea dentro de uma canção superficialmente de amor: que o mundo começou, mesmo, a partir do desembarque de Orjana. Há ainda campos de referências de outras artes. Em Zumbi, Jorge Ben revisitou imagens feitas pelo pintor francês Johan Moritz Rugendas que, na primeira metade do século XIX, publicou um livro repleto de gravuras sobre o cotidiano da escravidão depois de uma expedição pelo Brasil. Nelas estão as origens dos escravizados, em ordem: Benguela, Angola, Congo, Monjolo, Cabinda, Quiloa, Rebolla e Mina. É a mesma que aparece no fim da canção, regravada depois por artistas como Caetano Veloso e Ellen Oléria. Gravura 'Negros Benguela - Angola - Congo - Monjolo' - 1835 - Johan Moritz Rugendas Reprodução/Biblioteca Nacional/via BBC Para o crítico Paulo da Costa e Silva, é também uma demonstração de que os campos de referência do álbum, na verdade, são uma coisa só. "Tem ali todo um reconhecimento do nosso peso escravocrata, mas sem perder de vista a possibilidade de cada um transcender por meio de um trabalho pessoal", diz. "O fascinante é como, em Tábua de Esmeralda, ele encontra, na alquimia, uma resposta para o fardo de ser negro no Brasil do século 20". Gravura 'Negros Cabinda, Quiloa, Rebolla - Mina' - 1835 - Johan Moritz Rugendas Reprodução/Biblioteca Nacional/via BBC O show que nunca aconteceu Na metade de 2011, durante um show na Urca, no Rio de Janeiro, Jorge Ben Jor surpreendeu a plateia ao anunciar o plano de começar uma turnê tocando apenas A Tábua de Esmeralda. Era um pedido comum nas redes sociais à época, e chegou até o cantor por meio do seu filho mais novo, Gabriel. "Muitos nem eram nascidos quando lancei esse disco", disse ele ao jornal carioca 'O DIA' na ocasião. O projeto, porém, nunca saiu do papel. Vivendo no Copacabana Palace desde 2018, ele é geralmente visto em eventos dentro do hotel. Nas redes sociais, vez ou outra circulam fotografias de hóspedes com ele – tomando café da manhã ou na borda da piscina. Raramente dá entrevistas, mas costuma atender fãs com carinho. O último lançamento foi em 2018, no seu canal do YouTube: São Valentin. No ano passado, porém, ele apareceu na trilha sonora do filme Livro de Clarence, produzido pelo rapper Jay-Z, na canção de abertura, All About You. Segundo amigos, faz alguns anos que ele gravou um disco inteiro, mas o engavetou. No roteiro do comercial de TV de um banco, lançado em fevereiro, Jorge Ben Jor se vangloria que seus hits serão "cantados pelos seus filhos e pelos filhos dos seus filhos". Depois, sacramenta-se "indomável pelo tempo". É como se admitisse, enfim, o fim de uma busca que começou na Tábua: pela pedra filosofal – ou a vida eterna. Veja Mais

Spice Girls reunidas: David Beckham publica vídeo com o quinteto na festa de Victoria

G1 Pop & Arte Posh Spice celebrou 50 anos no sábado (20) com a presença das ex-companheiras de grupo. Spice Girls reunidas: David Beckham posta vídeo com quinteto em festa As Spice Girls se reuniram para celebrar o aniversário de Victoria Beckham neste sábado (20). O encontro foi registrado e publicado nas redes sociais por David Beckham, ex-jogador de futebol e marido de Victoria. No vídeo postado, Victoria, Geri Halliwell, Emma Bunton, Melanie "Mel C" Chisholm, Melanie "Mel B" Brown estão dançando a música "Stop", single de 1997. Assista ao vídeo acima. Spice Girls reunidas para festa de 50 anos de Victoria Beckham Reprodução/Instagram Victoria celebrou seu aniversário de 50 anos em uma festa em um clube privado em Londres. Além das Spice Girls, estavam presentes Tom Cruise, Rosie Huntington-Whiteley, Gordon Ramsay, Salma Hayek-Pinault e Eva Longoria. Família Beckham reunida para festa de aniversário de Victoria Reprodução/Instagram Veja Mais

Cida Moreira e Helio Flanders voam alto na rede de música e poesia que protege o show ‘Uivo’ da banalidade do mundo

G1 Pop & Arte Resenha de show Título: Uivo – Um voo sem proteção Artistas: Cida Moreira e Helio Flanders Local: Manouche (Rio de Janeiro, RJ) Data: 19 de abril de 2024 Cotação: ? ? ? ? ? ? Ícone da Geração Beat dos anos 1950, o poeta e escritor norte-americano Allen Ginsberg (1926 – 1997) estava internado em hospital psiquiátrico quando, em 1956, escreveu Uivo. Alçado à condição de manifesto do Movimento Beat, o poema tem atravessado décadas, ecoando nas mentes que habitam mundo cada vez mais doente. Decorridos 68 anos da escrita, o poema de Ginsberg norteia Uivo – Um voo sem proteção, show inédito que reuniu Cida Moreira e Helio Flanders no palco do clube Manouche neste fim de semana. Apresentado nas noites de sexta-feira e sábado, 19 e 20 de abril, o show foi idealizado para celebrar os seis anos desse clube carioca com ar de cabaré que, sob a curadoria de Alessandra Debs, tem aberto a casa e o coração para artistas que transitam pelo wild side do mundo da música, casos de Cida Moreira – cantora paulistana que personifica a saloon singer brasileira e que desde 2019 encontrou na casa um porto seguro na cena carioca – e de Helio Flanders, vocalista do grupo mato-grossense Vanguart que tem desenvolvido paralela carreira solo com os pés e a alma na contracultura. Irmanados em cena densa, Cida (no canto e no piano) e Flanders (no canto, no trompete e no violão) planaram alto na rede de música e poesia que protegeu o show da banalidade do mundo lá de fora. Foi um voo sem limites dentro do quadrado mágico do palco. Por mais que tenha havido certa insegurança, natural de toda estreia, o show transcorreu sem erros, sedutor, desde o número de abertura, Uivo (Vitor Ramil, 2020), com Cida ao piano e Flanders entrando pela plateia com o sopro de um trompete que exalou a melancolia que se entranharia por todo o roteiro. Cida Moreira e Helio Flanders no show ‘Uivo – Um voo sem proteção’ Rodrigo Goffredo Entre toques de piano, violão e trompete, cantos de músicas como Forasteiro (Helio Flanders e Thiago Pethit, 2010) e récitas de versos como “Eu vi os expoentes da minha geração destruídos pela loucura, morrendo de fome, histéricos, nus, arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada em busca de uma dose violenta de qualquer coisa”, os artistas teceram em cena uma teia delicada que envolveu e enredou o espectador. Foi como se, ao dar vozes a compositores do wild side como a Angela Ro Ro de Não há cabeça (canção de 1979 ouvida na voz rascante de Cida) e o Lou Reed (1942 – 2013) irônico de Perfect day (canção de 1972 ouvida em harmonioso dueto), Cida Moreira e Helio Flanders transitassem juntos, mas também solitários, por “incomparáveis ruas cegas sem saída de nuvens convulsas e relâmpagos na mente”. Seja quando Flanders soprou no canto e na gaita que a resposta estava no vento ao reviver a canção folk Blowin' in the wind (Bob Dylan, 1963), seja quando Cida fez Vapor barato (Jards Macalé e Waly Salomão, 1971) navegar por águas profundas, o show Uivo manteve afiada a lâmina poética das canções e dos textos. Entre solidões e silêncios, os artistas se harmonizaram na reflexão de Dentro do tempo que eu sou (2015), canção composta por Flanders com inspiração em Cida e gravada pelo cantor com a dama do cabaré no primeiro álbum solo, Uma temporada fora de mim (2015). Ainda há tempo, como sentenciou o verso dessa canção de Flanders. E a crença em trazer de volta os velhos tempos moveu a lembrança de All the world is green (Tom Waits, 2002), canção em que as vozes dos cantores se encontraram no melodioso refrão. Em Uivo, Cida Moreira e Helio Flanders também se encontraram à beira do abismo, à margem da vida e da estrada. O que legitimou a escolha de canções como a homoerótica Romeo (2014) – parceria de Flanders com Thiago Pethit, outro artista do wild side – e a abertura do livro Uivo e outros poemas (1956) para a récita do poema Um supermercado na Califórnia por Flanders. Se She (1994) – canção de Marianne Faithfull e Angelo Badalamenti lançada há 30 anos na voz de Marianne – reverberou no canto de Cida Moreira acompanhada por leitura de trecho de texto já dito pela artista no espetáculo A dama indigna (2011), Life on mars? (David Bowie, 1971) fez o show atingir os céus com os agudos de Flanders. Já Nostradamus (Eduardo Dussek, 1980) ecoou no canto de Cida com retrato do apocalipse existencial do século XXI. No bis, breve citação de Perfeição (Renato Russo, 1993) antes do canto em duo do Youkali tango (Roger Farney e Kurt Weill, 1934) reiterou que, mesmo à beira do abismo e com a esperança dispersa, Cida Moreira e Helio Flanders mantêm as portas e os corações abertos para o amor, a música e a poesia que protegeu artistas e público na rede acolhedora do show Uivo. Cida Moreira canta e toca piano no show ‘Uivo – Um voo sem proteção’ Rodrigo Goffredo ? Eis o roteiro seguido por Cida Moreira e Helio Flanders em 19 de abril de 2024 na estreia do show Uivo – Um voo sem proteção no clube Manouche, na cidade do Rio de Janeiro (RJ): 1. Uivo (Vitor Ramil, 2020) ? Leitura de trecho do poema Uivo (Allen Ginsberg, 1956) 2. Forasteiro (Helio Flanders e Thiago Pethit, 2010) 3. Blowin' in the wind (Bob Dylan, 1963) 4. Vapor barato (Jards Macalé e Waly Salomão, 1971) 5. Dentro do tempo que eu sou (Helio Flanders, 2015) ? Leitura do poema Canção / O peso do amor (Allen Ginsberg, 1956) 6. All the world is green (Tom Waits, 2002) 7. Romeo (Helio Flanders e Thiago Pethit, 2014) 8. Não há cabeça (Angela RoRo, 1979) ? Leitura do poema Um supermercado na Califórnia (Allen Ginsberg, 1956) por Helio Flanders 9. She (Marianne Faithfull e Angelo Badalamenti, 1994) ? Leitura de texto por Cida Moreira 10. Life on mars? (David Bowie, 1971) 11. Perfect day (Lou Reed, 1972) 12. Nostradamus (Eduardo Dussek, 1980) Bis: 13. Perfeição (Renato Russo, 1993) – citação 14. Youkali tango (Roger Farney e Kurt Weill, 1934) Helio Flanders toca trompete no show ‘Uivo – Um voo sem proteção’, feito com Cida Moreira no Manouche, no Rio de Janeiro (RJ) Rodrigo Goffredo Veja Mais

Alok diz que ama tocar em rodeios e quer fazer mais feats com sertanejos

G1 Pop & Arte Dj foi a terceira atração da madrugada deste domingo (21) no Ribeirão Rodeo Music 2024, em Ribeirão Preto, SP, e contagiou público com a batida eletrônica junto com tecnologias. O Dj Alok agita a primeira noite do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Quarto melhor Dj do mundo, Alok entrou em cena na madrugada deste domingo (21) no Ribeirão Rodeo Music 2024, em Ribeirão Preto (SP), e disse que ama se apresentar em rodeios. Natural de Goiânia (GO), considerada a capital nacional da música sertaneja, Alok disse que o público das festas de peão o acolheu e que isso demonstra a pluralidade do Brasil. “Eu amo tocar em rodeios, é um dos meus lugares preferidos, na real. Eu tenho tocado há muitos anos. Eu sou o goiano que não foi para o sertanejo, mas estou aqui no sertanejo, o negócio é que eu não sei cantar. Então me resta tocar. O sertanejo é o maior gênero do Brasil, ele não é excludente. Eles sempre estão abrindo as portas. Eu fui muito acolhido no sertanejo desde 2015, a gente tem uma conexão muito forte. As minhas raízes são sertanejas”, disse. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O Dj Alok agita a primeira noite do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 LEIA TAMBÉM: Ana Castela topa presente misterioso, sai carregada de mimos de 'miniboideiras' e fala em ser mamãe Com romance e promessa de platinar cabelo, Hugo & Guilherme entregam performance contagiante Feats sertanejos Recentemente, Alok se envolveu em um feat com Ana Castela. “Lua”, que conta ainda com o rapper Hungria, faz parte do DVD “Boiadeira Internacional” e caiu nas graças do público com sua mistura de eletrônico, hip hop e sertanejo. “Foi muito legal. A gente tentou fazer uma parada que conectasse os três. É muito importante em um feat trazer identidade. Eu acho que isso faz com que os fãs tenham um interesse genuíno pela parada. O Brasil é muito plural, essa é uma das grandes virtudes que a gente tem. A gente vê isso materializado aqui [no rodeio]”, afirmou. Veja mais fotos do show de Alok: Alok em Ribeirão Rodeo Music 2024 A parceria que já rendeu 25 milhões de visualizações no YouTube em dois meses despertou Alok para novas produções com sertanejos, entre eles Zé Neto & Cristiano, que o Dj espera lançar em breve. “Eu fiz uma com Murilo Huff, tem um também que estava fazendo com Zé Neto e Cristiano, eu quero muito lançar. Eu vou botar pressão no Zé Neto e Cristiano aqui e vai sair essa música. Queria fazer também com Henrique e Juliano, Jorge e Mateus, Gusttavo Lima.” Alok comanda o black out na arena do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Pra se jogar Durante o show no palco do rodeio de Ribeirão Preto, Alok não economizou em recursos tecnológicos para compor a atmosfera da noite. Fogos, pirotecnia, fumaça, laser e até a própria roupa, toda cheia de brilhos, deram tom à balada e fizeram a turma do chapéu se jogar. Ele queria "bagunçar" e conseguiu. Teve também o famoso black out, com a arena apagada e as lanternas dos celulares do público acesas, fazendo com que a festa parecesse um céu estrelado. “Don’t Say Goodbye”, “Fuego”, “Deep Down”, “Peace Of Your Heart”, “Lose Control”, The Rhythm of The Night”, “Sweet Dreams”, “Titanium”, “Love Tonight”, “Set Fire to the Rain”, “Another Brick in The Wall” e “Otherside”, "Vale Vale" e "BYOB" transitaram pelo set list, que contou com músicas brasileiras também com Tim Maia, Vanessa da Mata, Dennis, Alceu Valença. O cantor Zeeba entrou em cena nos megahits “Hear Me Now”, “Ocean” e “Never Let Me Go” e na otimista “Nossos Dias”. O Dj Alok agita a primeira noite do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Alok em diferentes sons Alok gosta mesmo da pluralidade. Ele acaba de lançar o álbum “O Futuro é Ancestral” em que trabalhou os cantos originais indígenas com as batidas do pop, do hip hop e da música eletrônica. O disco é resultado de cerca de 500 horas em estúdio, envolvendo mais de 50 músicos para dar voz e corpo às oito faixas entoadas pelas etnias Huni Kuin, Yawanawa, Kariri Xocó, Guarani Mbyá, Xakriabá, Guarani-Kaiowá, Kaingang e Guarani Nhandewa e uma nona faixa Remix, resultado da coprodução entre Alok e Maz para a música Sina Vaishu. Algumas das músicas já tinham sido apresentadas em eventos internacionais como Global Citizen Live (2021), na sede oficial da ONU em Nova Iorque, em parceria com o Pacto Global da ONU, para a pré-abertura da Climate Week (2022 e 2023). O funk carioca também marcou presença no show do Dj em Ribeirão Preto. Antes de deixar o palco por volta das 5h desfilou uma sequência que passeou por nomes como MC Marcinho, Bonde do Tigrão, Bola de Fogo e Tati Quebra Barraco. O Dj Alok agita a primeira noite do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Veja mais notícias do Ribeirão Rodeo Music 2024 Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região : Veja Mais

'A fotografia é o espelho da sociedade', afirma Sebastião Salgado após prêmio em Londres

G1 Pop & Arte Fotógrafo brasileiro é o grande homenageado do ano pela Organização Mundial de Fotografia. Mostra em parceria com o 'Sony World Photography Awards' expõe 50 imagens da carreira de Salgado na Somerset House. Sebastião Salgado posa para foto na Somerset House, em Londres, durante entrevista sobre prêmio em reconhecimento a sua carreira dado pela Organização Mundial de Fotografia Benjamin Cremel/AFP O fotógrafo Sebastião Salgado, que apresenta em Londres uma retrospectiva de seus 50 anos de carreira, explicou, em uma entrevista à AFP, que é preciso "conscientizar" as pessoas sobre o desmatamento do planeta. "A fotografia é o espelho da sociedade", acrescentou, depois de ser premiado em Londres por sua carreira, resumindo o objetivo que buscou com meio século de trabalho, concentrado nos últimos anos na proteção da natureza. Salgado apresenta na 'Somerset House' de Londres, a partir desta última sexta-feira (19) até 6 de maio, uma pequena mas representativa seleção das centenas de milhares de fotografias de sua carreira. "É uma seleção. Você nunca fica satisfeito, porque são cerca de 50 fotografias e tão poucas não podem representar 50 anos de carreira. Cada uma representa um momento da minha vida que foi muito importante para mim", disse. Sebastião Salgado posa para foto na Somerset House, em Londres, durante entrevista sobre prêmio em reconhecimento a sua carreira dado pela Organização Mundial de Fotografia Benjamin Cremel/AFP A exposição é consequência do prêmio concedido a ele pela Organização Mundial de Fotografia, com sede em Londres, em reconhecimento à sua carreira, e acompanha outra exposição mais ampla dos "Sony World Photography Awards" de 2024. "É o prêmio pelo trabalho de uma vida", afirmou, agradecido, Salgado. Mais um prêmio Sebastião Salgado adiciona assim mais um prêmio à sua longa carreira, na qual conta, entre muitos outros, com o Prêmio Príncipe das Astúrias das Artes de 1998. "Um fotógrafo tem o privilégio de estar onde as coisas acontecem. Em uma exposição como esta, as pessoas me dizem que sou um artista e eu digo que não, sou um fotógrafo e é um grande privilégio ser um fotógrafo. Tenho sido um emissário da sociedade da qual faço parte", enfatizou. Após estudar Economia, Salgado começou a fazer fotografias em 1973 e nunca mais deixou esse mundo. Em 1998, ao lado da esposa Lelia, fundou o Instituto Terra, em sua luta pelo reflorestamento da Amazônia brasileira e do planeta em geral. "Perdemos 18,2% da Amazônia. Mas não foram apenas os brasileiros ou outros países dessa região que destruíram isso, foi a nossa sociedade de consumo, por uma terrível necessidade de consumo que temos, de ganância", afirmou. "Se conseguirmos conscientizar as pessoas de que, juntos, poderíamos fazer as coisas de outra maneira, poderíamos salvar essa grande floresta da qual dependemos para a biodiversidade e também para esta grande reserva cultural que são os povos indígenas que vivem na Amazônia", acrescentou. Sebastião Salgado na Somerset House, em Londres, durante entrevista sobre prêmio em reconhecimento a sua carreira dado pela Organização Mundial de Fotografia Benjamin Cremel/AFP Aquecimento global Ao desmatamento progressivo do planeta, somou-se nos últimos anos o aquecimento global e a perda de água, segundo Salgado. "Há um segundo drama tão importante quanto o aquecimento global, que é a perda de água. O sul da França é um lugar onde sempre choveu e, nos últimos anos, uma grande quantidade de comunidades lá está sendo abastecida no verão por caminhões de água. Isso era algo que acontecia na África e agora está acontecendo na Europa, estamos perdendo água", afirmou. "Mas o pior com o aquecimento, com a perda de água, é a perda da biodiversidade. Estamos perdendo biodiversidade a uma velocidade terrível. Temos que fazer algo porque senão, daqui a alguns dias, vai ser complicado. As plantas não têm polinização porque não têm insetos. A Alemanha, nos últimos 40 anos, perdeu 70% de sua biodiversidade", indicou. "É preciso levar a informação, não é que as pessoas sejam más, é que falta informação correta e conscientização das pessoas", acrescentou. Nesta última etapa da vida, Sebastião Salgado continua a luta pela defesa do meio ambiente sem maiores objetivos profissionais. "Só me falta morrer agora. Tenho 50 anos de carreira e completei 80 anos. Estou mais perto da morte do que de outra coisa. Uma pessoa vive no máximo 90 anos. Então, não estou longe, mas continuo fotografando, continuo trabalhando, continuo fazendo as coisas da mesma forma", explicou. "Não tenho nenhuma preocupação nem nenhuma pretensão de como serei lembrado. É minha vida que está nas fotos e nada mais", concluiu o fotógrafo. Sebastião Salgado posa para foto na Somerset House, em Londres, durante entrevista sobre prêmio em reconhecimento a sua carreira dado pela Organização Mundial de Fotografia Benjamin Cremel/AFP Veja Mais

Wagner Moura toma os EUA de assalto com 'Guerra Civil'; relembre atores brasileiros em Hollywood

G1 Pop & Arte Ator conquista seu primeiro protagonista em uma grande produção americana, e consolida onda de atores nacionais tentando a sorte nos Estados Unidos. Wagner Moura toma os EUA com 'Guerra Civil'; relembre brasileiros em Hollywood Nesses últimos dias, pelo menos entre fãs de cinema brasileiros, se falou de muito pouca coisa além de Wagner Moura e seu novo filme, "Guerra Civil". Assista ao vídeo acima. ENTREVISTA: 'Comecei a escutar mais, falar menos', diz Wagner Moura após estrelar 'Guerra Civil' Esta é, afinal de contas, a primeira grande produção de Hollywood a colocar o brasileiro como um de seus protagonistas. Mas o sucesso do ator faz parte de uma onda brasuca que tem tomado o cinema americano nos últimos anos. Além de Moura e Alice Braga, outros nomes nomes têm conquistado papéis relevantes, como Bruna Marquezine e Gabriel Leone. Relembre abaixo: Consolidados Brasil em Hollywood não é algo atual, é claro. Antes da atual geração, vimos nomes como Sônia Braga brilhar por lá. Desde então, Rodrigo Santoro também conseguiu seu canto. Ambos são precursores, no entanto. Dessa nova geração, talvez seja justo lembrar primeiro de Alice Braga, sobrinha de Sônia. Revelada por aqui em "Cidade de Deus", a atriz se mandou pros Estados Unidos alguns anos depois. Alice já esteve em um diversos filmes e séries, como "Eu sou a lenda" (2007), "Ensaio sobre a cegueira" (2008), "Predadores" (2010), "A rainha do sul" e "Elysium" (2013). A ficção científica de 2013, protagonizada por Matt Damon, também foi a primeira incursão estrangeira de Wagner Moura. Em um papel menor, o ator retornou ao Brasil, fez o ótimo "Praia do futuro" (2014) e assumiu o protagonismo na série "Narcos", que tornou seu nome conhecido em Hollywood. Depois disso, se mudou para lá em busca de papéis que fugissem de estereótipos de personagens latinos e fez "Wasp: Rede de espiões" (2019), "Sérgio" (2020) e a série "Sr. e Sra. Smith" até chegar ao protagonismo no excelente "Guerra Civil". Na linha de largada Além dos dois, com carreiras mais consolidadas, temos um grupo que tem conseguido boas oportunidades por lá. A primeira que vem à mente é Bruna Marquezine, que bateu na trave ao tentar interpretar a Supergirl em "Flash" (2023) – e escapou de um destino terrível. A experiência serviu também para ficar conhecida na Warner e rendeu um papel no bem mais legal "Besouro Azul" (2023). Outro que começou há pouco uma promissora carreira internacional foi Gabriel Leone (que inclusive contracenou com Alice em "Eduardo e Mônica"). O ator recentemente teve um papel de destaque em "Ferrari" (2023), projeto de ninguém mais ninguém menos que Michael Mann, um dos maiores diretores de todos os tempos. Sophie Charlotte seguiu um caminho parecido. A participação não era tão grande, mas a brasileira trabalhou com Michael Fassbender em "O assassino" (2023), dirigido pelo grande David Fincher. Bem também no cinema está Maria Fernanda Cândido, que iniciou carreira internacional primeiro na Itália, com um papel central no filme "O traidor", de 2019. A atriz chegou a Hollywood dentro do universo Harry Potter em "Animais Fantásticos: Os segredos de Dumbledore", de 2022. A participação foi pequena, mas o personagem era de grande importância. "Apenas" a recém-eleita Chefe Suprema da Confederação Internacional dos Bruxos. Por último, mas não menos importante, temos Marcos Pigossi como o representante brasileiro na série "Gen V", derivada do grande sucesso "The Boys". Na trama, ele interpreta um dos líderes de uma organização sinistra. Veja Mais

Cantor João Gomes diz que filho, de 3 meses, gosta de ouvir Zé Ramalho antes de dormir

G1 Pop & Arte Músico foi palestrante no Web Summit Rio, onde falou sobre construção de ‘hits’ no mercado fonográfico brasileiro. João Gomes brincou ainda com a dificuldade de acompanhar evento em inglês. Cantor João Gomes fala sobre o que o filho de 3 meses gosta de ouvir quando dorme O cantor João Gomes contou que o filho Jorge, de apenas 3 meses, gosta de ouvir as músicas do cantor Zé Ramalho antes de dormir. O músico falou sobre o mercado fonográfico no Web Summit Rio – evento que reúne startups de tecnologia e potenciais investidores de todo o mundo. “Rapaz, ele gosta de dormir escutando Zé Ramalho. Boto Zé Ramalho e ele apaga. Mas, eu acho que essa galera de hoje escuta muito funk. Ele vai acabar gostando de escutar uma musiquinha assim. E está tudo bem também. Hoje em dia, também vai ser muito mais fácil para ele pegar um violão e aprender a tocar”, disse João Gomes. Durante a entrevista ao g1, ele comentou sobre a palestra que deu no evento e brincou sobre a dificuldade que teve com a comunicação, uma vez que os outros participantes falavam em inglês. João Gomes no Web Summit Rio Viviane Mateus/g1 “Chique né? Deu um frio na barriga. Mas, falar sobre música é falar sobre a nossa paixão, é falar sobre uma coisa que nos pegou pelo braço desde quando a gente era criança. Só tenho a agradecer a Deus por estar aqui hoje e estar conhecendo essa festa maravilhosa. Foram os 25 minutos mais demorados da minha vida”, brincou. O músico disse ainda que as redes sociais tem papel fundamental na construção de um "hit" - a internet, segundo ele, serve como um termômetro para os cantores. “Eu comecei pela internet, fazendo vídeos. Acho que é ali que você tem o termômetro sobre o que você está fazendo. Se a galera vai pagar para ver aquilo, se a galera está gostando ou não". LEIA TAMBÉM: Como empreender? Influencer Mari Maria dá dicas de como ganhar dinheiro na internet TikTok: entenda como app impacta nos negócios e conheça produtos que viraram sucesso João Gomes foi pai do seu primeiro filho há 3 meses Reprodução/Instagram Veja Mais

g1 Ouviu #282 - Duda Beat: o pop dramático para dançar chorando

G1 Pop & Arte Em entrevista ao g1 Ouviu, a cantora fala sobre seu novo álbum 'Tara e Tal', da pressão por likes, dos desafios da carreira e da acusação de plágio da campanha publicitária da qual participou. Música para dançar chorando ou chorar dançando? Duda Beat ficou conhecida por suas composições de sofrência pop embaladas por sonoridades que vão do brega ao pagodão, passando pelo reggae e agora, como o novo trabalho, "Tara e Tals", pela música eletrônica dos anos 2000. Em entrevista ao g1 Ouviu ao vivo, ela falou sobre essas referências e também dos desafios da carreira, como a pressão por likes e por hits virais, e da acusação de plágio da campanha publicitária da qual participou. "Eu abro a internet, eu me comparo... E meus fãs também, eles falam: 'como a Duda Beat, essa cantora maravilhosa, não tem um milhão de seguidores?' E isso acaba gerando uma pressão em mim. Eu também acho isso. Como? Como? São três álbuns icônicos! É claro que eu olho pro lado e falo: 'Caraca, poxa'", diz. "Eu vejo a galera fazendo mutirão pra gringo ganhar seguidor e não estou falando só de mim, são vários artistas incríveis no país que precisam de reconhecimento. Então, é óbvio que tem essa pressão. Eu tento muito olhar pra mim, buscar minha essência e não comparar tanto. É difícil, mas a gente batalha." CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Duda Beat posa para foto antes de entrevista no programa g1 Ouviu, em São Paulo Fábio Tito/g1 Você pode ouvir o g1 Ouviu no g1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o g1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. Veja Mais

Mansão em que ex-casal Belo e Gracyanne morou em SP virou disputa na Justiça; relembre o caso

G1 Pop & Arte Casal chegou a ser despejado por falta de pagamento de aluguel, que tinha valor mensal de R$ 14,3 mil. Veja as imagens da mansão de onde Belo e Gracyanne foram despejados O cantor Belo e a modelo de fisiculturismo Gracyanne Barbosa, que anunciaram a separação na quinta-feira (18), moraram em uma mansão, em uma região nobre de São Paulo, que virou caso de Justiça. O casal chegou a ser despejado por falta de pagamento de aluguel. Segundo a decisão, eles deixaram de pagar o valor mensal de R$ 14,3 mil desde outubro de 2018. Fotos de laudos técnicos de 2022, mostram que a mansão estava com diversos sinais de abandono. (veja abaixo) Segundo informações obtidas pelo g1, o dono da mansão alega que, atualmente, o casal deve cerca de R$ 773 mil, de acorco com cálculos atualizados do valor que inclui: Débitos referentes a aluguéis IPTU Contas de consumo Multa contratual Indenização por danos morais Despesas judiciais Em setembro de 2022, a Justiça condenou o casal a pagar R$ 483 mil, mas até abril de 2024, Belo e Gracyanne não tinha apresentado comprovantes de pagamento. O contrato de locação estava no nome de uma empresa cujo proprietário morreu aos 77 anos, em setembro de 2018. A morte foi constatada no pronto-socorro de Santos. Desde dezembro daquele ano, os aluguéis do imóvel na capital paulista não foram mais quitados, segundo o proprietário. O g1 entrou em contato com a defesa de Belo, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem. A assessoria de Gracyanne também foi contatada e não quis comentar o caso. Entenda o caso Em 9 de novembro de 2017, foi fechada com a empresa a locação do imóvel para moradia e residência de funcionário ou diretor pelo prazo de 30 meses, que se iniciava em 10 de dezembro de 2017. Segundo o documento, o aluguel acordado foi de R$ 14.300, em conjunto com o valor de R$ 1.700 de IPTU, com vencimento no dia 20 de cada mês. Devia também ser feito o pagamento de despesas de consumo de luz, água e seguro. Imagem mostra a piscina da mansão em SP após a saída do casal Reprodução Os três primeiros meses foram quitados, assim como as contas de consumo, mas, após esse período, teria começado o atraso. A mansão, ainda segundo o documento, foi alugada com alguns móveis e um relatório de vistoria foi feito antes da locação. Entre as áreas, o imóvel tinha área externa com churrasqueira com forno de pizza, armários de madeira, quadros, academia, piscina, vasos de plantas e cascata na piscina, banheiro da área externa, guarita de segurança, lavanderia, máquinas de lavar e secar, armários embutidos, lareira, banheira, sala de jantar e outros móveis (veja abaixo fotos antes e depois dos moradores). Gracyanne Barbosa na área da piscina da casa; foto tirada após a saída do casal da casa Initial plugin text Perícia apontou infiltração na academia da mansão após a saída de Belo e Gracyanne Reprodução Caixas de aparelhos eletrônicos também foram encontradas na casa Reprodução Tampa no banheiro danificada, segundo a perícia Reprodução Parte do móvel da sala arranhado por animais, segundo o laudo, em imagem feita após a saída do casal Reprodução Banheiro externo com a pia danificada, segundo a perícia Reprodução Parede com infiltração no imóvel em SP após a saída do casal Reprodução Churrasqueira da casa antes da locação em SP Reprodução Lareira da mansão em SP antes de o casal morar no local Reprodução Parte da sala da mansão antes de o casal morar nela Reprodução Sofá que estava no imóvel antes dos moradores Reprodução Lavanderia da mansão antes da locação Reprodução Academia da mansão antes de o casal morar no local Reprodução Piscina da casa antes dos moradores Reprodução Ordem de despejo Conforme a certidão da oficial de Justiça, a casa já estava desocupada quando houve o cumprimento da ordem, mas utensílios e móveis teriam sido avariados. Segundo o boletim de ocorrência, registrado em 25 de outubro de 2019, o aluguel foi feito para uma empresa e depois os donos foram informados por vizinhos de que o casal estava morando no imóvel. O registro afirma que um cofre foi encontrado estourado. Também foram deixados na mansão fotos, porta-retratos e documentos de Belo e Gracyanne. Em 7 de janeiro de 2021, foi realizada uma inspeção técnica de um perito. Como a residência era ampla, com área de 498,45 m², foi feita a segunda visita no dia 13 (veja fotos abaixo tiradas após a saída). O laudo apontou danos no forro da garagem e a necessidade de pintura nas paredes. Em um armário localizado no hall de entrada, foi identificado mau uso. Em outro móvel da sala foi apontada a ação de unhas e dentes de animal doméstico, como cães. Conforme o parecer da perícia, na sala de estar havia reparos mal executados na alvenaria, indicando a necessidade de pintura. Em outros locais, como na academia, foram apontados indícios de infiltrações, “acarretando uma condição insalubre para o ambiente”. A condenação por despejo por falta de pagamento foi publicada em 18 de maio de 2022. Cofre danificado e foi feito um boletim de ocorrência Reprodução Foram encontradas fotos e porta-retratos do casal Reprodução Veja Mais

Belo e Gracyanne se separam após 15 anos de relação

G1 Pop & Arte Modelo confirma separação com cantor, por meio de sua assessoria, mas diz que o amor entre eles está mantido. Belo e a mulher Gracyanne Barbosa Reprodução O cantor Belo e a modelo de fisiculturismo Gracyanne Barbosa estão separados. A relação do casal chega ao fim após 15 anos de relacionamento. Publicada no Uol, a notícia foi confirmada pela assessoria de Gracyanne, nesta quinta-feira (18). "O cantor Belo não vai se pronunciar sobre sua vida pessoal e reforça que está focado em sua carreira", diz o comunicado. "Gracyanne Barbosa reafirma que o amor entre o casal não acabou, mas confirma a separação atual." Os motivos que levaram ao término não foram mencionados. Veja Mais

Duda Beat é entrevistada no g1 Ouviu ao vivo desta quinta-feira

G1 Pop & Arte Cantora é a convidada do podcast de música do g1, com transmissão ao vivo no g1, no YouTube e no TikTok. Duda Beat é entrevistada no g1 Ouviu ao vivo desta quinta-feira Cantora é a convidada do podcast de música do g1, com transmissão ao vivo no g1, no YouTube e no TikTok. Veja Mais

Boca Livre se abre para Tim Bernardes e Los Hermanos em ‘Rasgamundo’, álbum programado para 17 de maio

G1 Pop & Arte Essencialmente inédito e autoral, o repertório do disco inclui parcerias de Zé Renato com Erasmo Carlos e Nando Reis. O grupo Boca Livre dá vozes à canção ‘Mesmo se você não vê’ (2022), de Tim Bernardes, no álbum ‘Rasgamundo’, produzido por Zé Nogueira e Marcus Preto Leo Aversa / Divulgação ? Primeiro álbum do Boca Livre após a reconciliação do quarteto, que se dissolvera em janeiro de 2021 por questões políticas, Rasgamundo tem lançamento programado para 17 de maio, com projeto gráfico criado por Batman Zavarese com fotos de Leo Aversa. O repertório do disco é composto essencialmente por músicas de autoria dos integrantes do grupo, caso de Rio Grande (2023) – inspirada parceria de Zé Renato e Nando Reis apresentada em outubro como o primeiro (estupendo) single do álbum – e de Sentimentos nus, parceria póstuma do mesmo Zé Renato com Erasmo Carlos (1941 – 2022). Contudo, o Boca Livre se abre no repertório do álbum Rasgamundo para músicas dos compositores Rodrigo Amarante e Tim Bernardes. De Amarante, o quarteto espalha O vento (2005) – com arranjo de Maurício Maestro para a canção lançada há 19 anos pelo grupo Los Hermanos no álbum 4 (2005) – em gravação que chega amanhã, 19 de abril, aos players de áudio como segundo single do álbum Rasgamundo. Criada por Batman Zavarese, a capa do single O vento evoca a arte gráfica dos discos lançados pela gravadora Elenco na década de 1960. De Tim Bernardes, a canção escolhida foi Mesmo se você não vê (2022), joia do segundo álbum do artista paulistano, Mil coisas invisíveis (2022). Tanto O vento quanto Mesmo se você não vê foram sugestões de Marcus Preto, que assina a produção do álbum Rasgamundo com Zé Nogueira. Concebido em 2022, o álbum Rasgamundo será lançado no mercado fonográfico através de parceria do selo MP,B Discos com a gravadora Som Livre, dando sequência à discografia do Boca Livre, quarteto formado por David Tygel (voz e viola caipira), Lourenço Baeta (voz, flauta e ukelele), Mauricio Maestro (voz e baixo) e Zé Renato (voz e violão). Capa do single ‘O vento’, criada por Batman Zavarese para o Boca Livre com evocação da estética dos discos da gravadora Elenco na década de 1960 Leo Aversa com arte de Batman Zavarese Veja Mais

No mais...

Ayrton Montarroyos traz melancolia para o sertão de ‘No rancho fundo’

G1 Pop & Arte Cantor pernambucano figura na trilha sonora da novela das 18h com duas gravações inéditas. Ayrton Montarroyos grava as músicas ‘Sanfona sentida’ e ‘No rancho fundo’ para a trilha sonora da nova novela das 18h da Globo Pedro Gadia/ Divulgação ? Cantor pernambucano reconhecido pelo rigor estilístico, Ayrton Montarroyos está duplamente presente na trilha sonora da novela No rancho fundo, estreada esta semana na Globo com trama sertaneja e nordestina. Fiel ao sotaque nordestino da trama, a trilha sonora da novela inclui duas gravações inéditas feitas por Ayrton com produção musical dos pianistas Daniel Tauszig e Ricardo Leão. O cantor traz melancolia para o sertão da novela ao gravar a música-título No rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo, 1931) com o toque do violão de Gabriel Deodato – em registro mais íntimo, distante da gravação vivaz feita pelas cantoras Elba Ramalho e Natascha Falcão para ser o tema de abertura da novela – e a canção Sanfona sentida (Dominguinhos e Anastácia, 1976), apresentada ao Brasil na voz de Luiz Gonzaga (1912 – 1989), rei da nação musical nordestina. A gravação de Sanfona sentida já tocou na novela. Já o registro de No rancho fundo ainda permanece inédito. Veja Mais

Duda Beat é entrevistada no g1 Ouviu ao vivo desta quinta-feira

G1 Pop & Arte Cantora é a convidada do podcast de música do g1, com transmissão ao vivo no g1, no YouTube e no TikTok. Duda Beat é entrevistada no g1 Ouviu ao vivo desta quinta-feira Cantora é a convidada do podcast de música do g1, com transmissão ao vivo no g1, no YouTube e no TikTok. Veja Mais

'Guerra Civil' é espetáculo distópico urgente que provoca e incomoda por ser real demais; g1 já viu

G1 Pop & Arte Wagner Moura estrela filme excelente sobre novo conflito interno fictício que divide os Estados Unidos em futuro próximo, que estreia nesta quinta-feira (18) no Brasil. Filmes distópicos têm – quase por definição – o objetivo de provocar e incomodar o público ao mostrar realidades alternativas em que o pior acontece com o mundo. Poucos têm tanto sucesso quanto "Guerra Civil", que coloca o brasileiro Wagner Moura ("Tropa de Elite") no meio de um novo grande conflito interno que divide os Estados Unidos. A grande estreia desta quinta-feira (18) no Brasil une o ator com Kirsten Dunst ("Ataque dos cães") e o diretor e roteirista Alex Garland (do excelente "Ex Machina" e do terrível "Aniquilação") em um espetáculo urgente que exige ser visto nos cinemas – de preferência com o melhor sistema de som possível. Tenso e ensurdecedor, "Guerra Civil" obriga o público a acompanhar as repercussões no mínimo desconfortáveis de um conflito fictício gerado por disputas reais até demais. Com uma direção nervosa, uma fotografia objetiva porém sensível e atuações que vão da angústia à leveza com naturalidade, o filme se sacramenta como um dos melhores de 2024. Assista ao trailer de 'Guerra Civil' Estados divididos A trama acompanha um grupo de três jornalistas veteranos de conflitos e uma aspirante (Cailee Spaeny) durante uma viagem por um Estados Unidos dividido pela guerra civil do título, que se aproxima do seu provável fim. A ideia é chegar à Casa Branca antes das forças insurgentes e realizar uma última entrevista com o presidente – mesmo com o risco de um governo que considera a imprensa o inimigo. No caminho, registram parte dos confrontos pelos destroços do país, no qual é difícil identificar quem amigo e quem é ameaça. Os perdedores A mistura entre a realidade crua da paisagem abandonada e destruída dos Estados Unidos de "Guerra Civil" e ecos da Inglaterra dominada por zumbis de "Extermínio" (2002), cujo roteiro lançou a carreira cinematográfica de Garland, já justificaria a comparação de "Guerra Civil" com um terror. Kirsten Dunst, Wagner Moura e Stephen McKinley Henderson em cena de 'Guerra Civil' Divulgação Mas o que assusta de verdade no filme é sua aparente iminência – costurada com naturalidade pelo cineasta – em um mundo de fato dividido. O filme pode se passar nos EUA, mas é muito fácil imaginar sua história em qualquer parte do planeta. A sutileza com que o britânico constroi sua mensagem, com raros diálogos expositivos que mesmo assim evitam a armadilha da pregação ideológica, forma um contraste gritante com o barulho ensurdecedor dos alucinantes tiros de fuzis. Não há discurso grandioso de um vilão perto da vitória, nem mocinhos bondosos que lutam pela justiça acima de tudo. Em "Guerra Civil", não há vencedores. Até entre os sobreviventes, no final, todos perderam. Os vencedores Bem, na história realmente não há vitoriosos. Mas é possível apontar alguns ganhadores do lado de cá. Nick Offerman em cena de 'Guerra Civil' Divulgação Além de Garland, que se recupera depois de uma estreia primorosa na direção em "Ex Machina" seguida por duas obras irregulares, o elenco com certeza deixa sua marca. Dunst volta a brilhar como protagonista com uma atuação poderosa, contida por uma profunda falta de esperança que reflete o estado de espírito de um público a essa altura acostumado a – e exausto por – disputas ideológicas. Spaeny ("Priscilla") se firma como um dos grandes nomes em franca ascensão dentro de uma geração talentosa de Hollywood. Cailee Spaeny e Wagner Moura em cena de 'Guerra Civil' Divulgação E Moura, mais charmoso do que nunca, conquista em "Guerra Civil" finalmente a plataforma ideal para se apresentar para o grande público mundial, com um papel que fica longe das armadilhas reservadas a atores latinos. Por fim, até mais do que o público, que sempre ganha ao receber um grande filme, ganha o cinema. Afinal, na era dos serviços de streaming, se tornam cada vez mais raras obras que exigem serem vistas na maior tela disponível. "Guerra Civil" é uma delas – e exige ser vista na maior tela disponível. Cailee Spaeny e Kirsten Dunst em cena de 'Guerra Civil' Divulgação Veja Mais

Zeca Pagodinho volta a saudar Ogum com versos de Jorge Ben Jor em gravação ao vivo com o rapper Djonga

G1 Pop & Arte ? Quando Zeca Pagodinho apresentou o samba Ogum (Claudemir e Marquinho PQD) no álbum Uma prova de amor (2008), o artista carioca convidou o conterrâneo Jorge Ben Jor para participar da gravação. Devoto de São Jorge, santo que corresponde ao orixá guerreiro no sincretismo religioso carioca, Ben Jor recitou na gravação de Zeca os versos da música Jorge da Capadócia, composta e gravada por Ben para o álbum Solta o pavão (1975). Decorridos 16 anos do lançamento do registro original de Ogum, Zeca Pagodinho rebobina o samba no álbum ao vivo com que celebra 40 anos de carreira. Desta vez, quem está com Zeca na saudação a Ogum é o rapper mineiro Djonga. Representando Ben Jor, artista referencial para a nação brasileira de hip hop, Djonga recita os versos de Jorge da Capadócia na gravação que abre os trabalhos promocionais do álbum Zeca Pagodinho 40 anos ao vivo em single que baixa nas plataformas de áudio em 23 de abril, Dia de São Jorge no calendário carioca. O registro audiovisual do show dos 40 anos de carreira de Zeca Pagodinho foi feito em 4 de fevereiro, dia do 65º aniversário do artista, em espetáculo estelar apresentado no estádio Nilton Santos, o Engenhão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A produção musical do álbum ao vivo é assinada por Paulão Sete Cordas e Pretinho da Serrinha. Capa do single ‘Ogum’, de Zeca Pagodinho com Djonga Juliana Coutinho Veja Mais

Musa das manifestações, Ju Isen diz não se sentir bem se vendo no espelho: 'Medo de envelhecer'

G1 Pop & Arte Série do g1 mostra por onde andam musas que fizeram parte da história do site Ego. Ju divide seu tempo entre o Brasil e Estados Unidos e planeja investir em clínica de estética. Por onde andam as musas do site Ego Há nove anos, Ju Isen apareceu com um shortinho branco e adesivos nos mamilos em uma manifestação que pedia por reforma política, na Avenida Paulista, em São Paulo. Depois disso, repetiu a aparição seminua para protestar em outros locais. Inclusive no Sambódromo do Anhembi, quando desfilou pela Unidos do Peruche. Ela arrancou a parte de cima da fantasia, sendo expulsa logo em seguida. A escola acabou perdendo pontos na apuração, mas escapou do rebaixamento. Nesta semana, o g1 publica uma série de matérias para contar por onde andam algumas das musas que marcaram época com as publicações do site Ego. Ju Isen hoje e em ensaio fotográfico em 2016 Reprodução-Instagram/Celso Tavares-ego Conhecida pelos sites de celebridades como a Musa das Manifestações, Ju Isen voltou para o carnaval no ano seguinte, em 2017. Dessa vez, foi pela Nenê de Vila Matilde. Mas um incidente durante uma entrevista acabou causando problemas. Atendendo um pedido de uma emissora de TV, a socialite, que usava apenas uma pintura corporal verde, desceu até o chão. Ela acabou mostrando mais do que gostaria em rede nacional. Desde então, Ju Isen faz tratamento contra a depressão. "Foi aquele caso do carnaval que me despertou isso, por isso também a minha falta de interesse [em voltar para o carnaval]. Eu fui convidada para várias escolas, sou amiga de presidente de escola de samba apesar dos pesares. E eu fiquei totalmente broxada nesse aspecto, né?" "Acho que as pessoas são muito maldosas e eu fiquei muito abalada por conta disso. Faço terapia até hoje." Vida após carnaval polêmico Ju Isen com o corpo pintado para o carnaval de 2017 Letícia Macedo/g1 Sete anos após o incidente, Ju divide seu tempo entre o Brasil e os Estados Unidos. A socialite fica seis meses por ano em Baltimore. Nos últimos dias, está no Brasil para acompanhar a avó, diagnosticada com depressão após a morte da filha. A mãe de Ju Isen morreu em 2022, vítima de infarto. Ju participou do reality "Love On Top", em Portugal, investiu em uma marca de óculos e segue trabalhando com locação de imóveis. "Todos estão no Brasil, a maior parte em Salvador, na Bahia, porque foi o que meu avô me deixou quando ele faleceu. Então acabei sendo herdeira." Procedimentos estéticos Ju Isen Amauri Nehn/Arquivo Pessoal O que não é novidade na vida de Ju são os procedimentos estéticos. Ao longo dos últimos anos, ela contabiliza sete lipoaspirações, três trocas de silicone e muitos outros procedimentos estéticos, que já superam 40 cirurgias. "A gente tem que sempre tá em manutenção", afirmou a modelo. Durante a entrevista ao g1, ela estava com a pele do rosto avermelhada por causa de um laser facial que havia feito dias antes. Aos 38 anos de idade, ela confessa: "Eu morro de medo de envelhecer. Não tenho essa cabeça de ter essa aceitação ainda." "Eu acho que pelo fato de ter vivido muito em busca de estar bem, essa competição é muito grande entre as mulheres, então essa aceitação para mim ainda não é clara. Eu não consigo." "Eu me olho no espelho e eu não me sinto bem. Eu tô cada vez mais em busca... A minha vó até brinca comigo e fala: 'você vai chegar lá em Salvador e ninguém vai te reconhecer. Vão achar que você não existe mais, porque toda hora você tá mudando'." Ju Isen é retirada da avenida durante desfile da Unidos do Peruche e sofre queda G1 A avó de Ju, inclusive, também fica de olho no que a neta está fazendo de procedimentos. Aos 94 anos, Terezinha Isen, que chegou a ser candidata do concurso Miss Bumbum Melhor Idade 2016, costuma acompanhar a neta nos tratamentos estéticos, sempre que possível. "Quando eu falo: 'vó, vou fazer uma coisa'. Ela fala: 'pergunta para o médico se eu posso fazer também'." Prazer com cirurgias? Em uma postagem no Instagram, em 2019, Ju aparece com o corpo todo roxo após realizar mais uma lipo. Ao ser questionada se a alegria com o resultado supera a dor do pós-cirúrgico, Ju é bem direta: "Eu não tenho nem dor, eu tenho um orgasmo. Não tenho nem dor porque para mim é satisfatório me olhar no espelho e ver, de fato, que eu queria que estivesse assim." "Eu até brincava com meu médico e falava: 'eu venho para cá achando que eu tô vindo no shopping, e que eu vou chegar amanhã cheio de sacola'. Olha que maravilhoso." Sem arrependimentos Ju Isen em imagens de 2024 Reprodução/Instagram Entre tantas polêmicas que se envolveu no passado – ela chegou a ser detida em um dos protestos em que apareceu seminua --, Ju garante não se arrepender de nada. "Faria tudo de novo, eu não sou o tipo de pessoa que me arrependo de coisas que eu faço. Eu me arrependo de coisas que eu não faço. Eu vivo muito intensamente a minha vida. Então não me arrependo de absolutamente nada." Para o futuro, ela pretende montar uma clínica de estética em parceria com uma amiga, nos Estados Unidos. Na vida pessoal, ela descarta casamentos. Ju diz sofrer de gamofobia, que é o medo de se casar. "Desenvolvi com algum trauma. Não tenho relacionamentos, não tem filho, só tem um cachorro, sou apaixonada pelos animais." "E não tenho interesse em ter um relacionamento convencional, porque eu sou muito independente. Eu acho que é muito complicado para os homens ter uma mulher muito independente e que se posicione." "Gosto muito de ficar sozinha, gosto muito da minha liberdade, de poder, vir, pegar um avião e ir pra Miami, voltar e ir para onde eu quiser. Mas óbvio, né? Quando aparece alguém, eu flerto." Veja Mais

'BBB 24': 'Não gosto nem de olhar', diz Alane sobre imagens da sua eliminação do reality

G1 Pop & Arte Participante foi eliminada na noite deste domingo (14), na reta final do reality. Alane é a convidada do 'Mais Você', nesta segunda-feira (15) Reprodução/Globoplay Alane participou do café com o eliminado no "Mais Você" na manhã desta segunda-feira (15). A bailarina foi eliminada do "BBB 24" na noite de domingo (14), com 51,1% dos votos. Alane fala sobre sua saída do 'BBB' no 'Mais Você' Reprodução/Globoplay "Não gosto nem de olhar", disse ao rever as imagens de sua despedida do programa. "Cem dias confinada, os nossos sentimentos se confundem muito, tudo é muito maior. Eu criei uma expectativa muito grande, eu me cobro muito, eu esperava chegar na final", disse. "A frustração de ser eliminada, eu acabei me exaltando de uma forma muito maior do que imaginava que seria. Foi duro, não gosto nem de olhar." "Já tinha ido para oito paredões, era o nono. Parece que a gente sente que ia sair, ai me cobrava muito", disse. "Ser eliminada representava o fim do mundo. E eu vi que não, estou descobrindo o mundo." Durante a conversa com Ana Maria Braga, ela falou ainda sobre a relação com a mãe e o medo de decepcioná-la. O que faltou? Questionada pela apresentadora sobre o que teria faltado para ir para final, Alane diz que acredita que deveria ter sido mais razão do que coração. "Apesar de achar que eu poderia estar na final... Se eu pudesse escolher algo, eu poderia ter sido um pouco mais razão. Eu sempre fui muito coração. O Davi me dizia isso, se eu tentasse ter um pouquinho estratégia de jogo", disse. "Eu acho que fui uma jogadora que jogou do começo ao fim, não fugi. Não estava em embate, mas quando ia, falava com a minha voz." Solteira Alane comentou sobre o relacionamento de Matteus e Isabelle e ela contou que no início achou que poderia prejudica-la, no entanto, torceu e incentivou a formação do casal. Alane fala sobre sonho em ser atriz durante conversa no 'Mais Você' Reprodução/Globoplay Já ela garantiu que está solteira e contou que entrou apaixonada por Denis Pinhoti, cantor com quem se envolveu antes de entrar no programa. "É uma paixão que eu tive", contou. "A única pessoa que eu consegui falar foi a minha mãe, nem com as minhas amigas eu falei. Vou conversar com ele, entrei na casa e tinha acabado de me apaixonar. Vou conversar." Futuro Ana Maria também perguntou seus planos para o futuro. Segundo a bailarina, ela diz sonhar em seguir a carreira de atriz. " Alane é a última eliminada do BBB 24 TV Globo "Daqui um ano, eu me vejo nos corredores da Globo, decorando papel, lendo um monte de roteiro", contou. "Deito e penso na minha carreira de atriz. Enquanto eu estiver viva quero fazer arte. É meu sonho é a minha carreira de atriz." Convivência A ex-participante falou que não conviveria com Fernanda, com quem brigou durante o programa. "Tivemos muitos embates. Ela falou sobre mim, sobre meu corpo, fiquei muito magoada durante o jogo." Outros dois nomes que ela indicou que não conviveria foram Juninho e Yasmin. De acordo com ela, se pudesse voltar atrás, tomaria mais cuidado com os vaciolômetros, como esconder os copos das festas e levar itens da casa. Davi, Isabelle e Matteus são os finalistas do "BBB 24", que termina nesta terça-feira. Veja Mais

Alane é a última eliminada do 'BBB 24', com 51,11% dos votos

G1 Pop & Arte Último paredão também teve a participação de Matteus e Isabelle. Final será na terça-feira (16). Alane é a última eliminada do BBB 24 TV Globo Alane foi a última eliminada do "BBB 24", com 51,11% da média dos votos. A eliminação foi na noite deste domingo (14). Com isso, Davi, Isabelle e Matteus e são os finalistas do programa. Saiba tudo sobre o BBB 24 Além de Alane, também estavam no paredão Matteus e Isabelle. Confira a seguir a média dos votos: Alane: 51,11% Isabelle: 46,66% Matteus: 2,23% O paredão foi formado na sexta-feira (10), após a "prova do finalista". Como só restavam quatro participantes no programa, os brothers tiveram que passar por uma prova de resistência para definir quem seria o primeiro finalista. Davi venceu a prova e foi confirmado na final. Sendo assim, os outros três participantes foram automaticamente para o paredão. A grande final está marcada para a terça-feira (16). VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja Mais

Gibi, 85 anos: a história da revista de nome racista que se transformou em sinônimo de HQ no Brasil

G1 Pop & Arte Em 12 de abril de 1939, a editora O Globo lançou uma revista em quadrinhos chamada Gibi, nome do mascote que vinha ilustrado na capa com traços carregados de um viés pejorativo e discriminatório. Gibi, o mascote que dava nome à publicação, em representação estereotipada e racista de um menino negro, em ilustração de 1973 Richardson Santos de Freitas/ Arquivo pessoal via BBC Um dicionário de português brasileiro hoje certamente trará a definição de gibi como "nome dado às revistas em quadrinhos" — ou algo parecido com isso. Nos anos 1930, contudo, o verbete tinha cunho racista: era “menino negro”, “negrinho”, “tipo feio e grotesco”. Em 12 de abril de 1939, há exatos 85 anos, a editora O Globo lançou uma revista em quadrinhos chamada Gibi. Na capa, como um símbolo, todos os números traziam uma representação estereotipada negativamente de um menino negro, o tal “gibi”, mascote que emprestava nome à publicação. Os traços eram carregados de um viés pejorativo e discriminatório. Em conversa com a BBC News Brasil, a cartunista Laerte definiu essa ilustração como “um menino negro como se desenhava em tempos de racismo livre”. Em destaque, o menino entregador de jornal, o 'Gibi', que aparecia em todas as edições. Richardson Santos de Freitas/ Arquivo pessoal via BBC Fato é que Gibi se tornou um sucesso nacional. Tão grande que, em pouco tempo, seu nome deixou de ser uma palavra ofensiva e preconceituosa. Tornou-se sinônimo de revista de histórias em quadrinhos. O mais bem-sucedido quadrinista do Brasil, Mauricio de Sousa sempre conta que aprendeu a ler por causa de historinhas assim. “A primeira [revista] que vi achei caída na rua. Era um exemplar de O Guri [publicação semelhante lançada pelo Diários Associados em 1940]. Fiquei encantado”, conta ele à BBC News Brasil. “Tanto que minha mãe me alfabetizou em três meses, para que eu pudesse ler sozinho e não a amolasse mais. Eu tinha de 4 para 5 anos.” “Depois de um tempo, conheci a concorrente de O Guri, que era a revista Gibi. Lembro que as duas brigavam para ter alguns dos heróis americanos da época. Mas a Gibi fez tanto sucesso que acabou virando o nome para designar todas as revistas em quadrinhos”, comenta. “Ela fez parte da minha formação como escritor e desenhista”, completa o quadrinista. “O mundo deu voltas e, há muitas décadas, minhas revistas também são chamadas de gibis.” Anúncio da revista Gibi. Richardson Santos de Freitas/ Arquivo pessoal via BBC O cartunista e jornalista José Alberto Lovetro, o JAL, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil, lembra que essa apropriação do nome foi tamanha a ponto de que gibi “se transformasse em uma generalização quando se fala em revista em quadrinhos”. “A importância dessa denominação fez com que, já nos anos 1980, uma biblioteca de quadrinhos tivesse a denominação de ‘gibiteca’”, ressalta ele, à BBC News Brasil. “A diversidade de personagens e autores diferentes constantes naquele tipo de publicação atingia vários públicos. Foi a entrada dos personagens americanos em massa no Brasil com seus super-heróis misturados com infantis e histórias de humor. Isso estimulou muitos novos leitores por conta de que antes eram publicados no Brasil apenas revistas infantis, como a Tico-Tico”, enfatiza Lovetro. Para ele, Gibi despertou a paixão por quadrinhos no Brasil, criando "mais leitores e adoradores" do gênero. "Hoje temos o Mauricio de Sousa, com sua Turma da Mônica, que vende mais de 12 milhões de revistas impressas ao ano, demonstrando que esses leitores infantis são a base do estímulo à leitura de quadrinhos e que ajuda a sustentar mais de 10 milhões de leitores ativos, que compram pelo menos uma revista de quadrinhos impressa ao ano", analisa. Pioneira na pesquisa de quadrinhos no Brasil, a jornalista Sonia M. Bibe Luyten, autora de, entre outros livros, Histórias em Quadrinhos: Leitura Crítica, ressalta que a trajetória de Gibi “é uma história longa que precisa ser contextualizada para se poder entender o que se passou na década de 1930 no mercado editorial e jornalístico”. "Na minha opinião, o Brasil replicou 40 anos mais tarde o que aconteceu nos Estados Unidos", diz ela, à BBC News Brasil. A palavra 'gibi' O cartunista e biblioteconomista Richardson Santos de Freitas, o Ric, debruçou-se sobre a história da revista Gibi em trabalho acadêmico apresentado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2023. Ele fez um apanhado histórico da evolução do termo gibi. "Surge como um apelido para meninos negros, giby, e meninas negras, gibi, baseado na palavra latina 'gibbus', que significa uma pessoa corcunda ou com corpo disforme", esclarece ele, à reportagem, lembrando que encontrou registro desse uso em jornal de 1888. "A partir de 1905, com o fim do regime de escravidão e a importação de teorias eugenistas para tentar implantar uma política de branqueamento da população do Brasil, gibi torna-se gíria para meninos negros, com significado racista", acrescenta. "Os dicionários captam e passam a adicionar a gíria como verbete de suas edições, atribuindo dois significados à palavra: de menino negro; e de um tipo feio, grotesco e hediondo. Atrelado a isso, os negros nos jornais e revistas da época eram retratados de foram estereotipadas, com desenhos […] que se tornam uma tendência de estilo." Sim, eram tempos de "racismo livre", como pontuou Laerte. Em meio a esse cenário, crianças e adolescentes negros, pela vulnerabilidade social, eram os que mais buscavam sub-empregos nas grandes cidades. "Entre esses trabalhos, estava a venda de jornais pelas ruas. Eram conhecidos como os pequenos vendedores de jornais, formados por crianças em situação de extrema pobreza. Alguns eram imigrantes italianos que traziam a experiência dos gazeteiros, outros eram os meninos negros, os 'gibis'", diz Freitas. "Esses gibis saíam pelas ruas anunciando as manchetes da edição do dia. Logo, ganharam a simpatia de diversas pessoas. Os próprios jornais publicavam editoriais exaltando a figura trabalhadora do pequeno vendedor", contextualiza o cartunista. Considerado o pai dos quadrinhos do Brasil, o jornalista e editor russo naturalizado brasileiro Adolfo Aizen (1904-1991), colaborador dos jornais do Grupo Globo, viajou em 1931 para os Estados Unidos. Ali, encantou-se com uma novidade: suplementos de jornais, cadernos dedicados especificamente a temas policiais, esportivos, femininos e infantis. "Entre eles, os suplementos infantis eram um dos mais promissores”, afirma Freitas. "Quando voltou, Aizen tentou convencer [o proprietário do grupo, o jornalista e empresário Roberto] Marinho [(1904-2003)] a implantar isso no jornal O Globo." Inicialmente, seu projeto foi recusado. O empresário avaliou que a ideia era de alto risco financeiro. “Aizen então buscou outra parceria e, em 1934, lançou o Suplemento Infantil pela editora do jornal A Nação”, conta Freitas. Ao que parece, o tino comercial de Marinho estava equivocado. As vendas do jornal triplicavam nos dias de veiculação do caderno especial de Aizen. Mesmo assim, o editor de A Nação não gostou: acreditava que esse tipo de material tirava a credibilidade de sua publicação. O jornalista russo-brasileiro então criou sua própria editora, chamada de Grande Consórcio Suplementos Nacionais. “O sucesso de vendas de seu ex-funcionário fez Marinho reavaliar e se aventurar no segmento promissor”, detalha Freitas. “Chegou a convidar Aizen para uma conversa e lhe propor uma parceria, que foi recusada.” “Os dois grandes magnatas do Brasil, Roberto Marinho e Adolfo Aizen, eram concorrentes ferrenhos e cada um lançava algo diferente em seus jornais para vender mais”, explica Luyten. A revista O Grupo Globo não descartou o plano de enveredar pela seara infanto-juvenil. Em 1937, a publicação criou O Globo Juvenil. “Para se consolidar no mercado, uma segunda revista em quadrinhos foi planejada”, diz Freitas. Assim, em 12 de abril de 1939, a revista Gibi foi lançada. Até o final da década de 1940, como pontua o cartunista, “O Globo passou a ser a principal editora de quadrinhos do país.” “A revista tinha como foco as histórias em quadrinhos. Mas a publicação dedicava algumas páginas para contos, curiosidades, fatos históricos e pequenas reportagens”, conta Freitas. “Quando Roberto Marinho escolheu o nome Gibi para sua edição, o fez tendo em vista o sentido positivo da palavra, ligado ao pequeno vendedor de jornais. Ao lado do nome da revista, pode-se ver a imagem desse simpático menino, com um dos braços erguidos, anunciando a novidade para o público infanto-juvenil de que uma nova revista esta chegando”, comenta. Eram outros tempos, não só de “racismo livre” como também de positividade acerca do precário trabalho infantil. Conforme detalha a pesquisa de Freitas, a Gibi teve várias fases. “As principais foram a série original, que circulou entre 1939 e 1954, tendo 1842 edições; a Gibi Mensal, de 1941 a 1963, com 271 números; e a Gibi Semanal, de 1974 a 1975, com 40 edições”, relata. “Porém, à medida que se consolidou o público, esses leitores passaram a ser fãs de personagens ou de gêneros específicos. Isso fez com que eles migrassem para revistas com uma linha editorial mais uniforme. O resultado foi que as revistas estilo mix perderam público, forçando o seu cancelamento. Mesmo a famosa revista Gibi não sobreviveu a essa mudança de preferência”, diz ele. Lovetro concorda que “nos anos 1970 e 1980 foram as revistas de um só personagem que começaram a cair no gosto dos leitores, porque eram histórias completas”. “Na Gibi, haviam muitas histórias de continuação a cada semana, e isso quebrava a voracidade de leitores em querer conhecer o fim da história”, avalia o cartunista. Freitas conta que entre 1974 e 1985 houve algumas edições da Gibi, apelando para a nostalgia e com séries de curta duração. No início dos anos 1990, a editora Globo chegou a publicar 12 edições chamadas Gibi. Praticamente só autores americanos Se a Gibi foi importante para o mercado nacional por disseminar o gosto pelos quadrinhos, ela pouco trouxe de espaço para autores brasileiros — segundo Lovetro, houve um pequeno espaço apenas na segunda fase da publicação, com tiras que eram feitas por profissionais locais. “Todo o conteúdo da revista era de personagens e autores norte-americanos, agenciados e distribuídos por sindicatos que detinham os direitos de licenciamento”, frisa Freitas. “Com isso, o custo da arte era mais baixo e os editores brasileiros teriam apenas o trabalho de fazer a tradução dos textos e a montagem das publicações.” Diante disso, não havia espaço para a produção nacional. “O artista que, incentivado pela leitura, sentiu-se inspirado para criar suas próprias histórias, teve de buscar outras editoras para tentar viabilizar o seu trabalho”, acrescenta. Quanto ao conteúdo, era uma mescla. “Gibi tinha como característica ser uma revista que combinava histórias de diferentes autores, dos mais variados estilos. Em uma mesma edição, o leitor poderia encontrar uma história de ficção científica de Flash Gordon de Alex Raymond, passando para uma investigação do detetive Charlie Chan desenhada por Alfred Andriola, viajar para aventuras do Fantasma de Lee Falk e rir com o temperamento explosivo do Pato Donald de Walt Disney. Mandrake, Spirit, Capitão Marvel, Namor, Tocha Humana, Flecha Dourada, Ka-Zar, O Reizinho, Cavaleiro Negro, Agente X, Ferdinando, Brucutu e Popeye são apenas alguns, de uma infinidade de personagens, disponíveis nas páginas da revista ao longo do tempo”, detalha o cartunista. “Como era o início de uma consolidação de um mercado de HQs, era também uma forma de testar e ver quais histórias atraíam mais o gosto de seu público”, salienta. A popularização do gênero Em seu trabalho de pesquisa, Freitas aponta que o sucesso editorial da Gibi se refletia nos números de venda. “A linha editorial de formato mix conseguia atrair a atenção de diferentes gostos”, ressalta. “As revista tinham um valor baixo porque eram produzidas em papel jornal e tinham altas tiragens. Para se ter uma ideia, em 1953, a tiragem quinzenal do Novo Gibi era de 60 mil revistas por edição, enquanto a Gibi Mensal chegava a 85 mil. Todos esses fatores ajudaram a formar leitores e despertar o interesse de artistas que cresceram lendo histórias dos mais diversos temas.” Não à toa, virou sinônimo de HQ. “Uma revista de grande sucesso mexe com a imaginação dos leitores. Muitos passaram de fãs para profissionais da área”, pontua Freitas. “Normalmente temos a tendência de enxergar apenas os artistas, mas editores, tradutores, designers, coloristas, jornalistas, entre outros cargos, foram contratados para atuar na redação da editora na medida em que a tiragem e outras revistas eram criadas.” Ele situa a Gibi dentro de “um processo de consolidação dos quadrinhos no Brasil”. “Normalmente se diz que gibi se tornou sinônimo de histórias em quadrinhos devido ao sucesso da revista Gibi. As altas vendas são apenas um dos fatores, porque a revista se tornou muito popular em sua época e ajudou na formação de um mercado editorial no segmento das histórias em quadrinhos”, comenta. Freitas acrescenta que a editora teve investimentos em publicidade e relações públicas, fazendo com que a revista se inserisse no imaginário dos leitores. Ele levantou ações do tipo, desde “o patrocínio de bailes de carnaval infantil, a parceria com a Força Aérea para despertar o interesse na aviação por meio de suas revistas, promoção de embaixadores da juventude, bancando viagens de alunos pela América do Sul, até o incentivo a um grupo de teatro de bonecos, chamado Teatro Gibi”. “O sucesso de vendas da revista transformou a palavra gibi em sinônimo de revista de histórias em quadrinhos no Brasil, fazendo o sentido original cair em desuso”, resume Luyten. “A popularização do termo foi tão grande que inspirou as bibliotecas brasileiras a adotarem a denominação de gibiteca para seus acervos de HQ.” A própria pesquisadora é protagonista desta história, no caso. Em 1972, quando ela lecionava editoração das histórias em quadrinhos na Universidade de São Paulo (USP), ela criou no campus universitário a primeira gibiteca do país. Veja Mais

Black Pantera dá tom afro-latino ao rock ativista do trio no disco ‘Perpétuo’

G1 Pop & Arte Grupo mineiro adiciona percussão ao som metal hardcore punk e anuncia com o single ‘Provérbios’ o álbum autoral com que celebra dez anos de vida. Black Pantera lança em 26 de abril o single ‘Provérbios’, primeira amostra do quarto álbum de estúdio da banda, ‘Perpétuo’ Marcos Hermes / Divulgação ? Formado em 2014 em Uberaba (MG), o trio Black Pantera celebra a primeira década de vida com a edição do quarto álbum de estúdio, Perpétuo. Dois anos após o lançamento de álbum que justificou o titulo Ascensão (2022), inserindo o Black Pantera no circuito de festivais do Brasil e do exterior, o grupo mineiro lança neste segundo trimestre de 2024 um álbum de acento afro-latino que versa sobre ancestralidade. No álbum Perpétuo, gravado durante 14 dias no estúdio carioca Tambor com produção musical de Rafael Ramos, há dose forte de percussão no som thrash metal / hardcore punk de Chaene da Gama (baixo e vocal), Charles Gama (voz e guitarra) e Rodrigo Pancho (bateria). A adição de percussão ao rock pesado do grupo dialoga com a estética tribal e se aproxima do universo temático do álbum, a ancestralidade, enfocada nas letras com o recorrente tom ativista desse grupo que sempre se posicionou contra o racismo e o fascismo. “A pauta ainda é a mesma, mas estamos falando sob outras perspectivas. A gente vem pensando bastante sobre esse tema, sobre como acabamos sendo eternos através de nosso sangue, nossa luta, nossa ancestralidade. As músicas do álbum Perpétuo refletem isso de maneira incisiva, propagando essa ideia de legado de todos nós. E, se você pensar, daqui a 50 anos a banda pode até ter acabado, mas as músicas vão continuar existindo”, contextualiza o baixista Chaene da Gama. O repertório do álbum Perpétuo é composto por 12 músicas inéditas de autoria de Chaene, Charles Gama e Rodrigo Pancho. Provérbios, faixa escolhida para anunciar o disco, chega ao mundo em single programado para 26 de abril. Pela ordem do álbum Perpétuo, as 12 músicas do disco são Provérbios, Perpétuo, Boom!, Tradução, F...., Promissória, Candeia, Black book club, Sem anistia, Mahoraga, Mete marcha e A horda. Editado pela gravadora Deck, Perpétuo é o primeiro disco do Black Pantera desde o EP Griô (2023). Capa do quarto álbum da banda Black Pantera, ‘Perpétuo’ Marcos Hermes com arte de Pedro Hansen Veja Mais

Centenário de Paulo Vanzolini sacode a poeira de obra que é uma das mais completas traduções de São Paulo

G1 Pop & Arte Show no Sesc Santana com Eduardo Gudin, Mônica Salmaso e Roberta Oliveira joga luz sobre os 100 anos e o cancioneiro do autor de ‘Ronda’ e ‘Volta por cima’. ? MEMÓRIA – Cronista musical de São Paulo (SP), o compositor paulista Paulo Vanzolini (25 de abril de 1924 – 28 de abril de 2013) faria 100 anos na próxima quinta-feira, 25. O centenário joga luz sobre cancioneiro em que o compositor perfilou personagens, dores e pontos boêmios de Sampa em sambas que retrataram a alma do povo paulistano. Identificado sobretudo pela autoria do samba-canção Ronda (1953) e do samba Volta por cima (1962), Vanzolini morreu há 11 anos, com 89 anos, deixando obra ainda pouco conhecida além dos standards nacionais. Show idealizado para celebrar o centenário de nascimento do autor de Praça Clóvis (1967) e Samba erudito (1967), Vanzolini 100 anos – Sacode a poesia estreia na sexta-feira, 19 de abril, no Sesc Santana (SP), onde fica em cartaz até domingo, 21. Em cena, sob o comando de Eduardo Gudin, parceiro de Vanzolini em sambas como Mente (1978) e Longe de casa (Samba do Delmiro) (1978), as cantoras Mônica Salmaso e Roberta Oliveira darão vozes a músicas de um compositor que, fiel aos próprios princípios musicais e ideológicos, dizia o que pensava, sem fazer média. A ideia é que, no show, fiquem evidenciados os contrastes de obra que – muitas vezes pautada pela cadência do samba e do samba-canção – conciliava lirismo, urbanidade e eventuais evocações do universo caipira (como em Cuitelinho, tema que Vanzolini adaptou com Antônio Carlos Xandó). Com vida e obra postas em foco no documentário Um homem de moral (2009), Paulo Vanzolini foi também cientista, tendo se tornado zoólogo respeitado. O respeito se estendeu ao ofício de compositor, dono de obra que é uma das mais completas traduções da cidade de São Paulo (SP). Dentro dessa obra, há músicas menos ouvidas como Capoeira do Arnaldo (1967), Cravo branco (1967), Leilão (1967) e Bandeira de guerra (1979). Capoeira do Arnaldo, Cravo branco e Bandeira de guerra podem ser ouvidas na voz do autor no único álbum do artista, Paulo Vanzolini por ele mesmo, lançado em 1979. Contudo, há outros discos relevantes em que as músicas do compositor estão perpetuadas em vozes alheias. O primeiro, Onze sambas e uma capoeira (1967), marcou época por ter apresentado músicas então inéditas do compositor. Mas o mais impactante, até pela extensão do tributo, é Acerto de contas com Paulo Vanzolini, caixa com quatro CDs editados pela gravadora Biscoito Fino com registros inéditos de 52 músicas do cancioneiro autoral do compositor em vozes como as de Chico Buarque e Paulinho da Viola. A iniciativa foi louvável. Contudo, depois dela, ficou a sensação de que o Brasil voltou a ficar sem noção da amplitude da obra do centenário compositor de Ronda e Volta por cima. Veja Mais

Tenho 83 anos e quero ser o melhor que posso aos 83 anos, diz Tom Jones, antes de show no Brasil

G1 Pop & Arte Voz de 'It's not unusual', 'Delilah' e 'Sex Bomb' canta em SP nesta quarta (17). 'Ainda posso cantar. Envelhecer não está no meu caminho, não parou a minha habilidade vocal', diz ao g1. Tom Jones faz uma apresentação da turnê 'Ages & Stages' em São Paulo Reprodução/Instagram Tom Jones não se preocupa em aparecer mais velho diante do público. Desde que tenha a certeza de que sua voz esteja tinindo. E está. Aos 83 anos, ele roda o mundo com o show "Ages & Stages", que apresenta em São Paulo, no Espaço Unimed, nesta quarta-feira (17). "Ninguém deve tentar ser alguém que não é. Você não tem que tentar ser uma versão mais nova de você mesmo, você precisa assumir", diz ao g1. "Ainda posso cantar e por isso eu canto. Envelhecer, graças a Deus, não está no meu caminho, não parou a minha habilidade vocal." Nesta turnê, ele traz faixas do álbum "Surrounded by time", de 2021, em que fala sobre passagem do tempo e da maturidade que vem com a idade. Com o trabalho, ele se tornou o artista mais velho a conquistar o topo das paradas no Reino Unido. Tom Jones durante apresentação do show 'Ages & Stages' Reprodução/Instagram Nos shows cheios de vitalidade, ele faz piada com a ideia de envelhecer, enquanto relembra seus sucessos dos anos 60 ("It’s not unusual", "Delilah") e de décadas mais tarde. Nos anos 90, conquistou novos fãs com o álbum "Reloaded", em que fez parcerias com artistas pop. Ao longo da carreira, Jones tem engajado com a turma mais nova: ele é um dos jurados do "The Voice UK" e é dele a trilha sonora da dancinha que Carlton faz em "Um maluco no pedaço", que virou meme. "Amo o fato de jovens gostarem do que eu faço, assim como meus fãs antigos. É um sentimento bom saber que os mais novos gostam do que eu faço, porque é honesto e eu tenho esse feedback dele. Eles gostam do que eu faço e dizem que eu não tento ser o que não sou." Leia a entrevista do g1 com Tom Jones. g1 - Em "Surrounded by time", de 2021, e nas suas últimas apresentações, o senhor fala sobre a passagem do tempo, sobre envelhecer e dá conselho às pessoas. Fica claro que o senhor não tenta parecer e agir como uma pessoa mais nova. Como enxerga o envelhecimento e por que trazer este assunto no seu trabalho e nos seus shows? Tom Jones - Bem, eu penso que é ser honesto. Você tenta ser o mais honesto possível e eu acho que é isso que as pessoas querem ouvir. Gente nova e gente mais velha. Ninguém deve tentar ser alguém que não é. Você não tem que tentar ser uma versão sua mais nova, você precisa assumir. Tenho 83 anos, eu quero ser o melhor que posso aos 83 anos. Ainda posso cantar e por isso eu ainda canto. Eu ainda quero viajar e ir para países diferentes e cantar para plateias diferentes, porque eu realmente curto. Então, envelhecer, agradeço a Deus, não está no no meu caminho ainda, não parou minha habilidade vocal. Meu desejo ainda está forte para apresentar. Tom Jones em apresentação do show 'Ages & Stages' Reprodução/Instagram Eu não me importo em dizer… Tem uma música que eu gravei chamada "I’m growing old" e eu gravei agora. Guardei essa música quando eu tinha uns 30 anos, quando foi a primeira vez que eu ouvi, mas sabia que era muito novo para gravar. Deixei guardada até agora. Ela diz 'estou andando mais devagar e reduzindo a minha fala, mas estou ficando mais sábio'. Com a idade, você deve ficar mais sábio e isso é uma coisa que você tem que viver e tem que ter vivido, e tem que ter vivido muito para ter essa sabedoria. g1 - É um pouco difícil ficar velho no showbizz. Para as mulheres, principalmente. Como você se sente ao envelhecer dentro do cenário do entretenimento? Tom Jones - Para mim não é um problema porque a minha voz ainda está forte. Está funcionando? Então para mim é o mais importante. Quando você fala 'mulheres', eu não sei, porque não sou mulher. Eu só posso falar pelos homens. E isso depende em qual parte do showbizz você está. Se você é cantor, então, claro, você depende da voz. Você tem que ter certeza que a voz ainda está viva. Se você é ator, por exemplo, tem muito o que fazer ao envelhecer. "Envelhecer é mais fácil para algumas pessoas, porque tivemos grandes atores e cantores. Frank Sinatra continuou por muito tempo. Tony Bennett cantou por um bom tempo. Ele estava com uns 90 anos. Eu ainda estou cantando. Willie Nelson tem 90 anos e ainda se apresenta. Isso tudo depende do tipo de artista que você é. Eu acho que envelhecer pode fazer a diferença." g1 - A voz do senhor ainda está tinindo e inconfundível. O que faz para manter isso? Tom Jones - A primeira coisa que tem que se estar ciente é a umidade. Se você canta em um clima seco, isso não é bom. Você tem que ter certeza, especialmente enquanto dorme, que o ar está úmido, e se não está, tem que colocar o umidificador. Ficar desidratado, não é bom. Tem que tomar muita água. E certifique-se de dormir o suficiente. Ah, e umidade, de novo, é muito importante. Eu tenho tido sorte no que diz respeito à minha saúde. Existe sorte, que tem muito a ver com isso. E a vontade. Se quiser se manter no show business você tem que ser capaz de se manter, você tem que realmente amar o que está fazendo para se conectar. Eu ainda amo o que eu faço, e a minha voz ainda é capaz de fazer. Para mim, não é um problema. Tom Jones é jurado no 'The Voice UK' Reprodução/Instagram g1 - No seu álbum, tem uma música, "Pop Star", que é muito boa. Tem vários tópicos que a gente pode discutir e um deles, que eu gostaria de saber, é sobre a frase 'Estou indo fazer meu primeiro show’. O senhor se lembra do seu primeiro show? Quando estava lá, imaginou que estaria cantando aos 83 anos? Tom Jones - É muito empolgante quando você começa. E você não sabe quanto tempo vai durar, porque muitas coisas podem acontecer no caminho. Mas eu lembro uma vez, logo que eu comecei, alguém perguntou por quanto tempo eu achava que cantaria, e eu disse: 'eu acho que estarei nos palcos até 97 anos'. Não sei por que eu falei 97. Tenho 83 e ainda estou aqui, graças a Deus. Tudo ainda funciona, minha voz ainda está aqui, minha saúde vai bem. Veja, eu coloquei vontade nisso, você tem que amar o que faz para estar no palco e arrancar seu coração. Você tem que expor a sua alma no palco e isso é uma coisa grande, você tem que curtir o que faz e eu curto. Tom Jones na década de 1960 Reprodução/Instagram Foi assim na primeira vez. Sabe, quando tem a primeira gravação. "It’s not unusual" foi meu primeiro álbum. Eu cheguei no primeiro lugar [das paradas], e era uma coisa enorme. Foi tão empolgante, eu amei e pensei 'quero fazer isso para sempre'. É uma coisa, sabe? Imortalidade. Se eu pudesse ser imortal seria maravilhoso, mas não posso. Então, a gente só curte enquanto pode. Você tem que entender que não vai viver para sempre e tentar aproveitar o máximo que puder e levar diversão para as outras pessoas. Isso é maravilhoso, fazer algo que as pessoas gostam e estejam se divertindo com isso. g1 - Tem outro tema em "Pop star" que aparece também em outra música, "Talking reality television blues". O senhor comenta que "uma vez que a câmera entra, a realidade vai pela janela". Hoje, com câmeras nos celulares e redes sociais, o senhor acha que estamos vivendo num mundo de fantasia? Tom Jones - Eu acho que o mundo mudou. Anos atrás, os artistas não queriam que o público soubesse da vida privada deles, que soubessem o que estavam fazendo. Queriam que fosse apenas o lado profissional. Tom Jones em apresentação da turnê 'Ages & Stages' Reprodução/Instagram Mas agora, eles vão nas redes sociais e mostram para as pessoas exatamente tudo que eles estão fazendo, do momento que acordam, de manhã, até a hora de ir para cama, à noite. Isso mudou. É um pouco de quantos hits eu consigo agora? Quantas pessoas estão me ouvindo agora. Anos atrás? Não era assim. Você tentava manter a sua vida privada, privada. Mas eu acho que mais pessoas estão expostas e os artistas se expõem mais para o público do que antes. g1 - E como o senhor se sente em relação a isso? Tom Jones - Bem, eu não me importo desde que não tenha que fazer isso. Eu não quero que as pessoas saibam tudo sobre mim. Então, desde que eu não tenha que fazer… g1 - O senhor sofreu alguma pressão para fazer algo assim? Tom Jones - Não, não. Eu deixo as pessoas interessadas no que eu faço. Tento dar a elas o tanto de informações que eu acho serem necessárias. Se eu sair em turnê, então, a gente precisa promover, precisa fazer para conseguir tirar o melhor disso. Você precisa dar entrevistas para promover e fazer as pessoas saberem que você está chegando. Mas para todo mundo saber quantas espinhas eu tenho ou coisa assim, não. Acho que eu não preciso fazer, e não sinto pressão nisso. Tom Jones em 1968 Reprodução/Instagram g1 - Uns anos atrás, uma cena de "Um maluco no pedaço" viralizou com o personagem Carlton dançando "It’s not unusual". Muitos jovens tiveram os primeiros contatos com o trabalho do senhor a partir disso. Isso também aconteceu quando lançou "Reloaded", em que o senhor divide as músicas com artistas pop da época. O senhor se preocupa em buscar atenção dos mais jovens? Pensa em atualizar as parcerias, por exemplo? Tom Jones - Bem, se houver oportunidade, se as canções permitirem duetos, estou dentro. Se esses artistas mais novos quiserem fazer algo, contanto que eu goste do material, vamos fazer juntos. Estou dentro de tudo. Amo ser desafiado. Sabe, eu amo experimentar coisas novas e cantar com artistas mais novos é um dos motivos pelo qual entrei no "The Voice UK" na TV. Eu posso ouvir e trabalhar com jovens cantores e eu amo isso. Tom Jones com Tina Turner e Jerry Lee Lewis Reprodução/Instagram Amo o fato de jovens gostarem do que eu faço, assim como meus fãs antigos. É um sentimento bom saber que os mais novos gostam do que eu faço porque é honesto e eu tenho esse feedback deles. Eles gostam do que eu faço e dizem que não tento ser o que não sou. "Estou nos meus 80, eu não estou dizendo que sou muito velho. Eu sinto que minha voz ainda é capaz de fazer todos os estilos de música. Então, cantar com os mais novos é uma coisa que me deixa animado." g1 - Dessa nova geração, quem você chamaria para um dueto? Tom Jones - Vai depender das canções. Mas se tiver oportunidade, estou aberto a sugestões, porque existiram pessoas que eu sinto por nunca ter cantado. Whitney Houston, eu gostaria de ter feito. Nunca cantei com Amy Winehouse, eu queria ter feito. Não quero perder a oportunidade de cantar com esses artistas que realmente cantam. Porque eu cantei com Aretha Franklin, Ray Charles, Little Richard, Jerry Lee e Elvis Presley. Tem muita gente com quem eu gostaria de cantar, mas tudo depende da música. g1 - O senhor já foi chamado de "lendário". O senhor se sente "lendário"? O que sucesso e fama significam para o senhor? Tom Jones - Fama, para mim, é ser capaz de fazer o que ama. Se você é bem-sucedido no que você faz da vida, se está vivendo todo o seu potencial, se está fazendo o melhor que pode, então você é bem-sucedido e pode fazer o que quiser. Não há nada melhor do que isso. Eu tenho a sorte de fazer. Não importa o rótulo que dão, lendário ou famoso. Desde que seja uma coisa positiva. TOM JONES São Paulo Data: 17/04/2024 (abertura dos portões: 19h) Local: Espaço Unimed (Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda) Ingressos: Azul Premium: R$ 980 (inteira) e R$ 490 (meia-entrada) Seção azul: R$ 980 (inteira) e R$ 490 (meia-entrada) Seção A, B, C e D: R$ 880 (inteira) e R$ 440 (meia-entrada) Seção E, F, G e H: R$ 750 (inteira) e R$ 375 (meia-entrada) Seção I, J e K: R$ 580 (inteira) e R$ 290 (meia-entrada) Camarote: R$ 790 (inteira) e R$ 395 (meia-entrada) Mezanino: R$ 650 (inteira) e R$ 325 (meia-entrada) Assento PCD: R$ 350 Veja Mais

Lauryn Hill fará show em SP para comemorar 50 anos do famoso baile de black music Chic Show

G1 Pop & Arte Evento acontecerá no Allianz Parque, no dia 13 de julho. Programação também tem YG Marley, Wyclef Jean, Mano Brown, Criolo, Rael, Sandra de Sá Lauryn Hill em show no Espaço das Américas, em São Paulo, em 2019 Fabrizio Toniolo/Flash Bang Media House A cantora Lauryn Hill, ícone do rap e do R&B, vai se apresentar em São Paulo em julho deste ano. Ela foi anunciada nesta terça-feira (16) como principal atração do festival que vai celebrar os 50 anos do famoso baile de black music Chic Show. Considerada um dos movimentos mais importantes da história da noite paulistana, a festa lançou artistas, ditou tendências e virou sinônimo de celebração da cultura preta e periférica a partir dos anos 1970. O Chic Show acontecia no antigo Palestra Itália, atual Allianz Parque. O estádio também receberá o evento em comemoração às cinco décadas do baile, no dia 13 de julho. Lauryn Hill levará o show que celebra seu álbum “The Miseducation of Lauryn Hill”, lançado em 1998. Ela apresentou a mesma turnê no Brasil em 2019. Capa do disco 'The Miseducation of Lauryn Hill' Divulgação Na apresentação deste ano, a cantora convidará o filho YG Marley, que lançou recentemente o single “Praise Jah in the Moonlight”, produzido por Lauryn. Na programação do festival, também estão Wyclef Jean -- revivendo os grandes sucessos do grupo Fugees (do qual Lauryn também fez parte) -- , o cantor norte-americano Jimmy “Bo” Horne e os brasileiros Mano Brown, Criolo, Rael, Sandra de Sá, além de DJs residentes do Chic Show original. Os ingressos para o evento começarão a ser vendidos nesta segunda-feira (22), nas bilheterias do Allianz Parque e no site www.ticketson.com.br. Preços vão de R$ 100 a R$ 560. Veja Mais

Projota une IA e romance na narrativa de ‘Alguém tinha que falar de amor’, álbum audiovisual que origina série

G1 Pop & Arte ‘Fico bem’, ‘Coração’, ‘Recomeço’ e ‘Talvez’ são músicas de disco que tem participação de Mumuzinho e gera ficção estrelada pelo rapper paulistano. ? Ao lançar a love song Coisas da vida (2023) em setembro do ano passado, em single gravado com a rapper Budah, Projota anunciou o álbum e série audiovisual Alguém tinha que falar de amor. Após sete meses, o rapper paulistano dá sequência à narrativa do álbum e lança a segunda das oito músicas que compõem o repertório autoral do disco. O single Fico bem chega aos players de áudio na sexta-feira, 19 de abril. O projeto Alguém tinha que falar de amor é composto pelas gravações das oito músicas e pelas edições dos respectivos clipes e capítulos da série audiovisual centrada em narrativa romântica e estrelada por Projota, que faz vários personagens no roteiro focado no relacionamento amoroso de um rapaz com uma inteligência artificial. Além das faixas Coisas da vida e Fico bem, o repertório do álbum Alguém tinha que falar de amor é composto pelas músicas Acabou 2, Coração, Lo-fi luv (gravada por Projota com Sotam), Ninguém (gravada com Lou Garcia), Recomeço (faixa com participação de Priscilla Alcantara) e Talvez (música que junta Projota com Mumuzinho). Veja Mais

Tropa de Ludmilla dá um choque de realidade no Coachella em quem ainda ignora o alcance do funk e da artista

G1 Pop & Arte Celebrada por Beyoncé, cantora se consagra dentro e fora do Brasil com eletrizante show de música e dança no importante festival norte-americano. Ludmilla se apresenta no palco principal do festival Coachella no início da noite de ontem, 14 de abril, com show calcado no funk brasileiro Reprodução / X Ludmilla ? OPINIÃO – Ludmilla fez jus à moral dada por Beyoncé no áudio ouvido na abertura do show apresentado pela artista fluminense no palco principal do festival Coachella, na Califórnia (EUA), no início da noite de domingo, 14 de abril. “Do Rio, Brasil, para a Califórnia, direto para o Coachella. Senhoras e senhores, Ludmilla!”, anunciou uma orgulhosa Beyoncé, em inglês, fazendo as honras da casa para a colega brasileira. E Ludmilla honrou o acolhimento da antecessora norte-americana. Aperitivo para a turnê Ludmilla in the house, que percorrerá o Brasil a partir de maio, o show de Ludmilla no Coachella 2024 foi eletrizante, consagrador. Poderia até ser dito que a apresentação de música e dança teve “padrão internacional” se a expressão não fosse injusta com os profissionais brasileiros, já que a própria Ludmilla fez shows pautados pela excelência técnica em festivais nacionais como o Rock in Rio 2022 e o The Town 2023. Só que, sim, Ludmilla estava no palco internacional do Coachella, festival de visibilidade planetária, ao menos no mundo pop ocidental. E, uma vez em cena, a preta venceu, inclusive por ter cantado em português na maior parte do show. A girl from Duque de Caxias até acenou para o mercado pop latino hispânico, cantando o recém-lançado merengue Piña colada (2024) com Ryan Castro. O roteiro também incluiu No se ve (2023), música gravada por Ludmilla com a cantora argentina Emilia Mernes, estrela do pop portenho. Contudo, em essência, o show da primeira cantora negra, latino-americana e LGBTQIA+ a se apresentar no palco principal do Coachella foi calcado no funk made in Rio de Janeiro. Com tropa formada por dançarinos negros, brasileiros e norte-americanos, presenças fundamentais para o brilho da cena, como atestado no medley de funk que antecedeu a troca de figurino da cantora, Lud expôs o funk da favela em roteiro que alinhou sucessos como Rainha da favela (2020), Verdinha (2019), Onda diferente (2019), Cheguei (2016) e Favela chegou (2018). O sensual jogo de cena da cantora com a bailarina e esposa Brunna Gonçalves, em Maldivas (2022), legitimou na prática o discurso contra a intolerância ouvido na voz da deputada trans Erika Hilton após o áudio de Beyoncé. Transmitido pelo canal do Coachella no Youtube (cinco horas após a apresentação), o show de Ludmilla no festival norte-americano foi espetacular do ponto de vista musical e técnico (tendo contado com a experiência cênica de profissionais de grandes turnês, como Henry Bordeuax e Zack Purciful), mas a importância da apresentação transcende a questão musical. O alto valor do show também reside no fato de a artista ter marcado posição política naquele cobiçado palco, expondo imagens de comunidades no telão, beijando a mulher em cena e a reafirmando o poder dessa preta talentosa que obteve mais uma vitória na noite de 14 de abril de 2024. A consagração de Ludmilla no Coachella 2024 foi tapa na cara de quem sempre tapou os ouvidos em tentativa vã de ignorar o funk e as vozes das comunidades. Ontem Ludmilla se consagrou como uma rainha do Coachella, fazendo história que jamais poderá ser apagada da música pop brasileira. No palco principal do relevante festival dos EUA, a tropa da Lud deu choque de realidade em quem ainda insiste ignorar o alcance mundial do funk brasileiro e a ascensão da cantora dentro e além das fronteiras do Brasil. Veja Mais

Gusttavo Lima completa álbum ao vivo ‘Paraíso particular’ com dueto com Murilo Huff entre quatro faixas inéditas

G1 Pop & Arte Gusttavo Lima (à direita) canta com Murilo Huff em Bela Vista (GO) na gravação do álbum ao vivo ‘Paraíso particular’ Augusto Albuquerque / Divulgação ? Gusttavo Lima completa o álbum ao vivo Paraíso particular quase um ano após a gravação do show apresentado em 4 de julho de 2013 na cidade de Bela Vista (GO), em Goiás. Quatro faixas inéditas foram adicionadas ao repertório já editado anteriormente. Entre esses quatro fonogramas, há dueto do artista mineiro com Murilo Huff na música Cep novo, composição assinada por Alex Alves, João Augusto, Mateus Candotti, Matheus Di Paula, Samuel Deolli e Wallas Dias. Outro convidado de Gusttavo Lima nesse lote de faixas inéditas é Gustavo Mioto, presente na gravação da música Livramento (Marco Carvalho e Matheus Cott). As músicas Beijo culposo (Flavinho Tinto, Nando Marx, Douglas Mello, Pancadinha e Victor Hugo) e Milionário (Denner Ferrari, Jimmy Luzzo e Felipe Goffi) compõem o lote de faixas inéditas da edição integral do álbum audiovisual Paraíso particular. Capa do álbum ‘Paraíso particular’, de Gusttavo Lima Divulgação Veja Mais

Larissa Nunes se situa entre o samba e o R&B ao recomeçar com o EP ‘Dela’

G1 Pop & Arte Com cinco faixas autorais, o disco marca a retomada da carreira musical da artista paulistana que, além de cantora e compositora, é atriz de séries e novelas. ? Larissa Nunes conceitua o disco Dela como “um EP de recomeço”. É que o EP Dela – posto em rotação na noite de quinta-feira, 11 de abril, com cinco faixas autorais – marca a retomada da carreira musical dessa cantora e compositora paulistana de 28 anos completados em 13 de março. É que, embora tenha debutado na música em 2017 com o single triplo Larinu, a artista dedicou os últimos quatro anos à carreira de atriz, atuando em novelas como Além da ilusão (2022) e séries como O rei da TV (2022 / 2023) e a ainda inédita Vida bandida, prevista para estrear neste ano de 2024. Com cinco músicas autorais formatadas com produção musical de Gabriel Marinho, o G.a.B.o., o EP Dela está em sintonia com o pop contemporâneo – como sinaliza a faixa de abertura Chance – e transita por gêneros como samba (Até mais tarde, faixa previamente lançada em fevereiro como single) e R&B (Toda hora é boa). Com arranjos orquestrados por Gabriel Marinho com Marcos Vinicius Homem, o EP Dela abarca músicas como Não tava procurando e o buliçoso samba jazzy Era um jazz, destaque da atual safra autoral de Larissa Nunes. Capa do EP ‘Dela’, de Larissa Nunes Gabe Ortiz Veja Mais

Tomorrowland Brasil anuncia atrações da edição 2024; veja o lineup

G1 Pop & Arte Festival de música está marcado para os dias 11, 12 e 13 de outubro, no Parque Maeda, em Itu (SP); confira mais informações. Tomorrowland Brasil 2023 Divulgação O Tomorrowland Brasil, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo, anunciou as atrações para a edição 2024. O festival está marcado para os dias 11, 12 e 13 de outubro, no Parque Maeda, em Itu (SP). Entre os nomes anunciados, estão os DJs Alesso, Armin van Buuren, Hardwell, Steve Aoki e Dimitri Vegas. Representando o Brasil, Alok, Vintage Culture, Mochakk e Cat Dealers são alguns dos artistas que integram o lineup. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Tomorrowland Brasil divulgou atrações nesta quarta-feira (17) Reprodução/Instagram Devido às dificuldades enfrentadas pelos visitantes devido com as fortes chuvas na edição, a organização anunciou a construção de 17,5 quilômetros de estradas vicinais asfaltadas, que beneficiarão também as comunidades vizinhas. É necessário fazer um pré-cadastro no site do evento. A abertura geral de ingressos começará no dia 2 de maio, às 10h. Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: Assista às reportagens da TV TEM Veja Mais

'BBB 24': Davi prepara sanduíche para Ana Maria no 'Mais Você' e relata surpresa com repercussão de 'calabreso'

G1 Pop & Arte Campeão do reality, Davi foi o convidado de Ana Maria Braga, na manhã desta quarta-feira (17). Ele recebeu o prêmio de R$ 2,92 milhões. Davi é o convidado do Café com Campeão no 'Mais Você' Reprodução/Globoplay Davi, campeão do "BBB 24", é o convidado de Ana Maria Braga, no "Mais Você", na manhã desta quarta-feira (17). Na final desta terça-feira, foram registrados 259 milhões de votos. Matteus ficou em 2° lugar e Isabelle em 3°. "É algo sobrenatural", disse ao encontrar com Ana Maria. "Dormi 30 minutos no hotel. Cheguei no hotel com a cabeça cheia de informações. Assim que eu sai do programa e fui direto para a entrevista, já comecei a receber as informações e a primeira foi 'calma, calabreso'", contou. Davi é anunciado campeão do 'BBB 24' Reprodução/TV Globo "Foi numa briga, né? Eu falei super natural, já falava isso com meus amigos. Não tinha noção de onde saiu. Aí, eu vi minha mãe no palco do carnaval cantando." Final "É um mix de sentimentos", disse ele ao rever o as cenas do anúncio do resultado do programa. "Quando eu entrei na casa, entrei com um sonho de ser doutor e dar orgulho para minha mãe", contou. Aos 21 anos, ele contou que estudou até o ensino médio, que terminou por meio do supletivo. Ele parou de estudar para trabalhar e ajudar sua mãe. Davi revê cenas do anúncio da final do 'BBB' no 'Mais Você' Reprodução/Globoplay "Quando entrei no 'Big Brother, eu falei que era para brigar. É um programa de comprometimento. Eu entrei para brigar, por um sonho. Por toda a minha trajetória, mostrou isso." Durante a final, Tadeu Schimidt apresentou os participantes e a apresentadora mencionou as rixas dentro da casa. "O jogo é só dentro daquelas quatro paredes. Quando a gente sai e vem para o mundo externo, o jogo acabou", disse Davi. "A gente pode se entregar para as amizades que não eram possíveis por causa das rixas." Cozinha Ana Maria chamou o campeão do programa para se arriscar na cozinha. Ele contou que quando estava no Exército cozinhava para cerca de 200 pessoas. Durante o reality, Davi cozinhava para os outros integrantes da casa e chegou a ser criticado por isso. Davi prepara lanche para a Ana Maria Reprodução/TV Globo A apresentadora também lembrou do seu passado como motorista de aplicativo. "Eu era motorista de aplicativo. Agora, como teve essa transformação, eu quero ser doutor. E mostrar que o estudo é muito importante", disse. Davi preparou um sanduíche para Ana Maria, enquanto Gil do Vigor e Amanda, vencedora do "BBB 23", deram seus depoimentos celebrando a vitória do participante. Bolsa de estudos Durante o 'BBB 24', Davi ganhou uma bolsa de estudos para cursar medicina, com tudo pago, que ele pretende cursar. "Nunca na minha vida eu pensei. Eu achava que não ia conseguir estudar medicina, era um sonho morto. E se tornar realidade hoje é uma dádiva. É Deus abrir as comportas do céu", disse. Ana Maria Braga conversa com Davi durante o 'Mais Você' Reprodução/Globoplay Ele contou que queria ser cirurgião geral e com isso, segundo ele, são dez anos de estudos. "E aí, como se sustenta?", contou. Namoro Mani Rêgo, namorada de Davi, também entrou na conversa em uma videochamada. Os dois estão juntos há um ano e meio. "Estou com muitas saudades", disse Mani. "A gente está namorando, nos conhecendo, dando o tempo. Tudo tem seu tempo. Estamos na fase dos beijinhos, tomando sorvete na praia, olhando o mar", disse o campeão do programa. "Que conversa é essa? Está querendo me enrolar a essa hora da manhã?", questionou a apresentadora. "Você tem idade pra isso, ela também, para namorar de verdade." Segundo ele, Mani ficou com ciúmes quando ele contou que iria para o programa. Ele contou que ela ficou receosa da possibilidade de ele trair a moça. Família Davi também contou sobre a sua infância, quando seus pais se separaram. Na época, ele tinha 10 anos e a mãe pediu para ele ajudar a vender pastel de banana real. "Meu primeiro cliente, eu falei para ele que era R$ 1 real. O suco é de quê? Maracujá", contou. "Ele comeu três banana real. Meti os R$ 4 no bolso e fui correndo falar para minha mãe. Ela disse: 'rapaz, tem muito mais para vender." Ana Maria Braga mostra torcida de Ivete Sangalo para Davi no 'Mais Você' Reprodução/Globoplay Durante o café, Ana Maria também mostrou a homenagem e a torcida que Ivete Sangalo para Davi. "Eu vi que ela foi para Cajazera, e foi simpática com todo mundo. Fiquei passado", disse o participante. Mais prêmios Além dos R$ 2,92 milhões do prêmio final, Davi ganhou outros benefícios que, somados, ultrapassa os R$ 3 milhões. "Nós fizemos umas contas aqui, das coisas que você ganhou, e só de prêmio, você ganhou uma picape, no valor de R$ 282 mil, o carro de ontem, que vale mais de R$ 310 mil ontem que vale, ainda levou 100 mil de consultoria, mais 20 mil e 4 mil de eletrodoméstico...", contabilizou Ana Maria. "Tudo isso, somando, fica no valor de R$ 3,704 milhões." Veja Mais

Davi é o campeão do 'BBB 24' e ganha prêmio de R$ 2,92 milhões

G1 Pop & Arte Baiano recebeu 60,52% da média dos votos. Matteus e Isabelle ficaram em 2º e 3º lugar, respectivamente. Final foi na noite desta terça-feira (16). Davi é o campeão do BBB 24 TV Globo Davi é o grande campeão do “Big Brother Brasil 24”. Com 60,52% dos votos, o participante foi o escolhido do público para ganhar o prêmio recorde de R$ 2,92 milhões. A final foi na noite desta terça-feira (16). Matteus ficou em 2º lugar, com 24,5% dos votos, e receberá R$ 150 mil. Já Isabelle, a terceira mais votada (14,98%), levará R$ 50 mil para a casa. Mais de 259 milhões de votos foram registrados na final. Saiba tudo sobre o BBB Trajetória do Davi Agora vencedor, Davi esteve à frente de momentos marcantes da edição. Entre eles, seu polêmico hábito de arrumar mesas do café da manhã, a rivalidade com Wanessa Camargo — desclassificada —, o uso da expressão “calabreso”, a briga que levou Leidy a jogar roupas dele na piscina. Davi passou por oito paredões e foi o primeiro brother a se tornar finalista. “Foram 26 pessoas [no reality]. Só que nessa corrida que a gente corre aqui dentro, que é o ‘Big Brother’, todo mundo tá correndo. Só que teve gente que, no meio do caminho, estava lá na frente, tropeçou e caiu”, disse Davi, horas antes do prêmio, numa conversa com os finalistas. “Só que quem tá correndo atrás dessa pessoa não vai parar para falar: 'Me dê sua mão que eu vou te levantar pra gente correr junto'. Porque atrás dessa pessoa já tá vindo gente correndo também. Então você vai querer acelerar.” Quem é Davi Davi foi escolhido pelo público para entrar no 'BBB 24' Divulgação/BBB 24 Aos 21 anos, Davi ingressou no reality por seleção do público, na estreia desta edição, em 8 de janeiro. O brother é baiano e mora em Salvador. Quando entrou no programa trabalhava como motorista de aplicativo e sonhava em cursar medicina — ele ganhou uma bolsa de estudos durante uma dinâmica do reality. Antes de entrar no programa, ele disse que começou a trabalhar quando criança, após a separação dos seus pais. Vendia picolé e água nos ônibus da cidade. Também já trabalhou com informática e almoxarifado. "Minha vida é um livro aberto. Sou alegre, sou divertido, sou pipoca, sou baiano”, disse ele. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja Mais

Ferrugem reúne a Turma do Pagode no álbum em que festeja dez anos na roda

G1 Pop & Arte Os grupos Sorriso Maroto e Puro Clima também participam do primeiro volume do disco gravado ao vivo pelo cantor carioca em show em São Paulo. Ferrugem no palco da casa Vibra São Paulo, onde fez em 31 de janeiro o registro audiovisual do show com que celebra 10 anos de sucesso Steff Lima / Divulgação ? A rigor, Ferrugem já está em cena há cerca de 15 anos. Mas foi em 2014 que a carreira do cantor ganhou impulso e deu projeção nacional ao carioca Jheison Failde de Souza no segmento do pagode a partir da contratação do artista pela gravadora Warner Music. Contabilizando esses dez anos de sucesso, Ferrugem fez o registro audiovisual de inédito show apresentado em 31 de janeiro na casa Vibra São Paulo, na cidade de São Paulo (SP). A gravação do show gerou o álbum Ferrugem – 10 anos ao vivo, cujo primeiro volume, O início, entra em rotação às 21h de quinta-feira, 18 de abril. Com 19 músicas alinhadas em 15 faixas (há três medleys), o volume 1 do álbum Ferrugem – 10 anos ao vivo apresenta quatro músicas inéditas. O lote de novidades do repertório é composto pelas músicas Apaguei pra todos (gravada pelo cantor com Sorriso maroto, grupo que também participa das regravações de Meu bem e Pra você acreditar), Bagaceira (feat. de Ferrugem com a Turma do Pagode, grupo também presente no medley que agrega as músicas Bota a cara e Tristinha), Me bloqueia e Me enganei (faixa com o grupo Puro Clima). Mari Fernandez também figura no time de convidados do disco, participando do registro do show de Ferrugem na regravação de Eu juro. Capa do álbum ‘Ferrugem – 10 anos ao vivo – Volume 1: o início’, de Ferrugem Steff Lima Veja Mais

Hannah Gutierrez-Reed, armeira de 'Rust', é condenada a 18 meses de prisão por disparo mortal em gravação

G1 Pop & Arte Condenação foi anunciada nesta segunda-feira (15) pela justiça americana. Hannah Gutierrez-Reed, ex-armeira de 'Rust', comparece a julgamento em 27 de fevereiro pela morte de Halyna Hutchins Luis Sánchez Saturno/Pool/AFP Hannah Gutierrez-Reed, armeira do filme "Rust" foi condenada, nesta segunda-feira (15), a 18 meses de prisão pela Justiça americana. A condenação acontece quase três anos após a morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins durante a gravação do filme produzido por Alec Baldwin. Hutchins foi atingida por um disparo durante a filmagem. Hannah Gutierrez-Reed havia carregado o revólver com o qual Baldwin estava ensaiando, em outubro de 2021, quando a filmagem virou tragédia em um rancho do Novo México (sudoeste): uma bala real matou a diretora de fotografia e feriu o diretor Joel Souza. Em março, Hannah foi considerada culpada no caso. Os promotores avaliaram que ela agiu com negligência. Ela não teria tomado os devidos cuidados nem com o local onde armazenou as armas e munições, nem com a checagem dos objetos. Reed também era acusada de adulterar provas da cena do crime, mas foi considerada inocente nesse caso. Os advogados de Reed culpam a produção do filme por, segundo eles, não terem lhe chamado enquanto Baldwin manuseava a arma para uma testagem de ângulos da câmera. Veja Mais

‘Rap masculino é poço de egocentrismo’, diz Vandal, rapper que critica trap em ‘Sabotage 50’

G1 Pop & Arte 'Aracnídeo' traz uma letra de revolta e pedido de desculpas. Os versos afirmam que 'tem uns caras no rap' contemporâneo cometendo xenofobia, homofobia e violência contra a mulher. O rapper Vandal Divulgação "O rap é compromisso, não é viagem", cantou Sabotage em um dos versos mais famosos da história do rap brasileiro. Mais de duas décadas depois, o tom crítico da frase ganha novos significados, ao ser recitado em "Aracnídeo". Composta por Vandal, Russo Passapusso e Tejo Damasceno, a música encerra o "Sabotage 50". Lançado em 3 de abril, o álbum é um tributo ao rapper, assassinado a tiros em 2003. ‘Rap masculino é poço de egocentrismo’, diz Vandal Além da nova embalagem, o verso vem acompanhado de um revoltado pedido de perdão: "Meu maestro, te peço desculpa/ não existe mais rap, acabou a verdade, agora é só trap/ é topa tudo por dinheiro, se contar 'cê não acredita/ o trap fecha com a polícia, fecha com a milícia/ eu não fecho com eles, maestro, se não desanda". A faixa afirma ainda que "tem uns caras no rap" contemporâneo cometendo xenofobia, homofobia e violência contra à mulher. "Aracnídeo" cutuca até a raiz do gênero, cuja origem esbarra na história da luta negra. Na faixa, Vandal canta que o rap de hoje está sob poderio de racistas. “Eu só tive coragem de fazer o que muitas pessoas não têm, ou por terem o rabo preso com algum artista, ou por quererem fazer parte desse processo todo”, afirmou o músico, em entrevista ao g1. Assista ao vídeo acima. “Eu me despi de qualquer pudor e medo. Escrevi uma carta para ele [Sabotage]. Abri meu coração. Tenho certeza de que tudo o que falei não é mentira.” Rapper Vandal Divulgação Não existe mais rap, agora é só trap Para Vandal, se Sabotage estivesse vivo, estaria descontente com os rumos da cultura hip hop. Mencionado nominalmente nos versos de “Aracnídeo”, o trap (subgênero do rap) tem dominado as paradas de sucesso no Brasil. Nascido no início dos anos 2000, nos Estados Unidos, o estilo foi apelidado em referência às "trap houses", gíria equivalente ao termo "boca de fumo", ou seja, pontos de narcotráfico. Contexto que faz parte dos subúrbios de onde surgiram as músicas — mais especificamente, em Atlanta. Com um som melódico, o trap usa elementos como harmonia arrastada e batidas eletrônicas semelhantes ao house. Desde os anos 2010, o estilo também se aproximou do EDM e do pop. O rapper Vandal Divulgação No Brasil, é conhecido por vocais robotizados — na maioria das vezes, por AutoTune — e letras de ostentação, sexo e violência. Entre os artistas famosos do trap brasileiro, estão Oruam, Veigh, Teto, Orochi e Matuê. Assim como fez na composição, Vandal não quis citar — na entrevista — nomes de músicos que se enquadram nas críticas de "Aracnídeo". Mas ressaltou que a letra vai além de meros dedos apontados. "'Aracnídeo’ é um diálogo entre mim e Sabotage. Não entre mim e MCs, trappers, nada disso. É um diálogo entre mim e a maior referência do rap nacional de todos os tempos.' Cena do clipe 'Aracnídeo' Reprodução/YouTube É sempre o mesmo flow Numa das estrofes de "Aracnídeo", Vandal canta que o rap mainstream está tomado por músicas de que têm "o mesmo flow, mesma letra e mesmo beat". "Não é [o elemento estético] que é ruim", afirma o músico. "O ruim é ser só isso. Assim como qualquer gênero, o trap tem características. Flow, encaixe de verso, AutoTune. O que mais me incomoda é que pintam isso como a única alternativa. Existem vários artistas talentosos que deixam de entregar sua arte, por medo de não serem aceitos." “MCs abandonam seu campo artístico pra se encaixar no tipo de roupagem que vende, aquele que for o perfil mais próximo do que é feito nos Estados Unidos. Quem imitar melhor Travis Scott, ou colocar o melhor AutoTune.” Travis Scott vai à estreia de 'The idol' no Festival de Cannes 2023 Sarah Meyssonnier/Reuters O baiano explora diferentes vertentes do rap. Entre elas, o drill (som marcado por letras de violência explícita e melodia sotuna) e o grime (estética de batidas aceleradas, vocais rápidos e versos que, no Brasil, narram diferentes aspectos da vida nas favelas). Autor dos discos "Tipolazvegazh" e "Phodismo", Vandal também insere em seu rap elementos da música jamaicana, do funk brasileiro, do samba reggae e do pagodão baiano, gênero no qual iniciou sua carreira. "A minha principal luta é fazer com que os artistas novos vejam que é possível, sim, você ingressar em alguns espaços cantando do jeito que você quer cantar, fazendo a letra que você quer fazer, usando o tipo de instrumental que você quer usar. Sendo verdadeiro, contundente, não seguindo um perfil de rodagem de playlist do Spotify." Cena do clipe 'Aracnídeo' Reprodução/YouTube Eles só rimam pra playboy Quanto à ostentação, que já virou figurinha carimbada nos hits do gênero, Vandal diz compreender os motivos por trás das composições, mas desaprova o resultado. "Eu acho que a ostentação faz parte do perfil da nossa sociedade, dessa busca incessante pela vitória", diz ele. "A gente abre a porta da casa e vê um esgoto a céu aberto, todas as mazelas ao redor... Daí, quando a gente consegue o mínimo possível, começa a fazer isso ser visto. Até para provar para nós mesmos que conseguimos alguma coisa dentro da história." "O grande ponto é quando a ostentação se torna algo tão fútil que não vale mais a pena. Ela tira o seu senso de gosto real pelas coisas." "Você não quer mais uma camisa porque gosta da cor, ou do design. Não quer um boné porque se identificou com a modelagem. Não quer um carro porque sonhou com ele. Você só quer o carro que todo mundo quer. A roupa da marca que todo mundo tem, que em um ano vira outra." O rapper Vandal Divulgação Rap de trincheira Apesar das críticas, Vandal afirma que o rap está repleto de artistas ótimos, sobretudo mulheres, que estariam dando um "novo grito musical" na história do movimento hip hop. "Tem muita gente completamente contrária a tudo isso o que está acontecendo. O que me faz ouvir rap hoje em dia são as mulheres, porque são as únicas que ainda tem uma caneta com fome. Uma caneta que busca mostrar novas possibilidades." Com espaço limitado no rap, as cantoras do gênero não tem, porém, o mesmo destaque que os músicos homens. São poucas as de sucesso estrondoso. Da nova geração, o nome mais famoso é o da dupla Tasha & Tracie. Ajuliacosta em um show realizado em São Paulo Reprodução/Redes sociais "A vontade de fazer coisas novas e sair desse perfil [do qual o rap mainstream está imerso] vem das artistas femininas", afirma o baiano, citando rappers underground como Ajuliacosta, Suhhh e Áurea Semiseria. "O rap masculino é um poço de egocentrismo e eu quero muito me afastar disso." Vim pra sabotar seu raciocínio Muito antes de lançar "Aracnídeo", Vandal já havia composto letras que colocam em xeque o rap de sucesso. Em "Só Eu Sei", o artista canta "pau no cu do Kanye West da Bahia", numa provável referência a Baco Exu do Blues, cantor que tem uma canção chamada exatamente "Kanye West da Bahia". (Vandal não confirma, nem nega a interpretação). O rapper baiano Vandal Reprodução Mas diferentemente das obras anteriores, "Aracnídeo" traz, segundo o músico, reflexões mais profundas e, acima de tudo, maduras. "'Aracnídeo' não é uma música de meme. Nem de soberba, ou egocentrismo. É um processo que luta por uma coletividade, por outro olhar dentro do que está acontecendo", diz Vandal. É nítido seu orgulho pela composição, da qual, aliás, ele diz ter alguns dos versos mais importantes das últimas décadas. O rapper Vandal numa participação do show do Baiana System no Vale do Anhangabaú, no aniversário de São Paulo, em 2018 Fábio Tito/G1 Eu não fecho com eles Expor publicamente tantas desaprovações ao rap mainstream, no entanto, tem um preço. O rapper define a si como o "Tom Zé da tropicália", brincando com o fato do músico ter sido esnobado pelo movimento que ajudou a fundar. "Eu já era um artista escanteado. Nem era buscado, nem tinha comunicação com muitos outros artistas. E a partir dessa música, eu acredito que, se existia alguma possibilidade disso [mudar], foi fechada. Mas eu já sabia que isso ia acontecer. Estou tranquilo quanto a isso." "Talvez, as portas que se fecham não eram mesmo para eu entrar. É bom pensar assim." Veja Mais

Show de Ludmilla no Coachella tem início com áudio enviado por Beyoncé

G1 Pop & Arte O áudio de Beyoncé foi seguido por uma mensagem da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Festival acontece na Califórnia, Estados Unidos. A cantora Ludmilla subiu ao palco do Coachella, festival de música pop que acontece na Califórnia, neste domingo (14), após um áudio da cantora Beyoncé. "Do Rio, Brasil, até Califórnia, todo esse caminha até o Coachella. Senhoras e senhores, Ludmilla", disse Beyoncé. Initial plugin text O áudio de Beyoncé foi seguido por uma mensagem da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). "Respeite minha história, respeite meu povo e minha comunidade, respeite a mulher negra mais ouvida na América Latina", disse a deputada, em inglês. A cantora abriu o show com "Tropa da Lud" e emendou com "Rainha da Favela". O setlist contou com outros sucessos da artista, como "Socadona", "Cheguei" e "Maldivas", feita para sua mulher e dançarina, Brunna Gonçalves. As duas encerraram a música com um beijo. No X (antigo Twitter), Lud agradeceu o apoio dos fãs: "GENTEEEEE! Tô sem palavras pro dia de hoje. obrigada a todo mundo que sempre me apoiou pra que eu pudesse vir lá de Caxias pro palco do maior festival do mundo???????". O evento está sendo transmitido pelo YouTube, mas não simultaneamente. O show de Ludmilla será exibido neste domingo às 23h40. Ludmilla posta fotos com Beyoncé em encontro surpresa em Salvador Redes sociais Veja Mais

Duda Beat afina o discurso em artificial álbum eletrônico, 'Tara e tal', produzido para jogar a artista na pista da EDM

G1 Pop & Arte Capa do álbum ‘Tara e tal’, de Duda Beat Gabriela Schmidt Resenha de álbum Título: Tara e tal Artista: Duda Beat Edição: Universal Music Cotação: ? ? ? ? Terceiro álbum de Duda Beat, Tara e tal foi concebido para manter a artista na pista. Literal, mas também metaforicamente. Alçada ao posto de revelação da música brasileira com a edição do primeiro álbum, Sinto muito (2018), a cantora e compositora pernambucana chegou chegando há seis anos com disco em que reprocessou o brega da terra natal com os beats dos produtores musicais Lux Ferreira e Tomás Tróia. O álbum Sinto muito gerou o sucesso Bichinho, ainda hoje a música mais conhecida de Duda. No segundo álbum, Te amo lá fora (2021), a artista burilou a fórmula do disco anterior e abriu o leque rítmico, surfando até na onda do piseiro e do pagodão baiano. Contudo, ficou a sensação de que a exuberância do disco se resumia à produção musical da dupla Lux & Tróia. Em Tara e tal, álbum que parece se desenvolver a partir da última faixa do antecessor Te amo lá fora (a dançante Tocar você), Duda Beat vira o disco de forma mais radical. De textura eletrônica, o álbum Tara e tal é moldado para a pista, com sonoridade criada a partir da fusão de beats dos anos 1990 e 2000 – drum’n’bass, Miami bass, boombap, house, dancehall e reggaeton, entre outros gêneros – com batidas da EDM mais atual, em coquetel que inclui Jersey club, drill, future bass, lo fi e funk. Faixas como Q prazer, Doidinha e Desapaixonar (funk electropop) deixam claro que a virada é radical por desconstruir a identidade artística de Duda Beat. Ao mesmo tempo, a já conhecida Preparada e o drum’n’bass Teu beijo evoluem com maior fluência e parecem embutir a matéria-prima da compositora do álbum Sinto muito. Já Night maré mistura rock com house em alta velocidade com toques de trance e guitarra, instrumento recorrente no disco desde a faixa de abertura, Drama, house formatada com a guitarra de Lúcio Maia evocando Coco dub (1994), música do álbum que apresentou Chico Science e Nação Zumbi ao Brasil há 30 anos. No todo, o álbum Tara e tal soa estranho, sem unidade. Música que se insinua na introdução como balada das FMs dos anos 1980, Quem me dera logo cai no pagode em gravação que junta Duda Beat com Liniker. A faixa está fora de sintonia com as faixas mais eletrônicas do disco, anunciado com o solar funk melody Saudade de você, gravado no estilo Miami bass. Em contrapartida, é justo afirmar que Duda Beat nunca cantou tão bem como no álbum Tara e tal. A evolução na colocação da voz da cantora é nítida em músicas como Na sua cabeça, faixa de refrão aliciante (“Eu me apaixonei / Mas eu vou ficar / Na tua cabeça / Na tua cabeça”). Com versos que conciliam vulnerabilidade e autoestima, Na sua cabeça encerra o disco com síntese do discurso das letras de Duda nesse terceiro álbum com repertório inédito. Mesmo eventualmente vulnerável, Duda Beat já não se entrega à sofrência, driblada com maior dose de autoconfiança. Só que o discurso soa mais afinado do que o som. Disco dance, criado para as festas e as pistas, Tara e tal tem na arquitetura algo de artificial que limita o alcance do voo mais ousado de Duda Beat. Veja Mais

Anitta revela capa de ‘Funk generation’, álbum em que reprocessa o ‘batidão’ carioca com os códigos do pop gringo

G1 Pop & Arte Capa do álbum ‘Funk generation’, de Anitta Richie Talboy com arte de Frank Fernandez ? “I'm a funkstar”. Com essa legenda sucinta (“Eu sou uma estrela do funk”, em bom português) nas redes sociais, Anitta revelou na tarde de hoje, 17 de abril, a capa do sexto álbum de estúdio da artista carioca, Funk generation. Com lançamento programado para 26 de abril, o álbum Funk generation expõe a cantora em foto de Richie Talboy – fotógrafo habituado a clicar celebridades para revistas de moda – com arte do designer Franc Fernandez. Funk generation é o primeiro álbum do contrato assinado por Anitta em 2023 com a Republic Records, companhia fonográfica associada à gravadora multinacional Universal Music. No disco, Anitta reprocessa o funk brasileiro – em especial, o batidão carioca – com códigos do pop gringo. Embora já tenha obtido hits no segmento do reggaeton, gênero forte no mercado latino de música hispânica, Anitta objetiva associar a imagem ao funk em escala planetária. Tanto que o título da primeira turnê internacional da artista, prevista para passar por 13 países entre maio e julho, é Baile funk experience. Veja Mais

Ex-coelhinha da 'Playboy', Thaíz Schmitt larga carreira de atriz e vira DJ após 'insight em Ibiza'

G1 Pop & Arte Série do g1 mostra por onde andam musas que fizeram parte da história do site Ego. Três vezes capa da 'Playboy', modelo agora assina como White Coff e se dedica à carreira musical. De 2008 a 2013, Thaíz Schmitt foi uma das icônicas Coelhinhas da Playboy no Brasil. Ela emplacou três ensaios para a publicação, posando duas vezes para o renomado fotógrafo JR Duran e outra para Marlos Bakker. Em conversa com o g1, Thaiz contou que já sonhava em ser capa da revista desde os 6 anos de idade (!). Hoje, ela tem 35. "Eu via as mulheres mais lindas do mundo saindo na capa e eu falava que seria." Thaiz diz ainda que seu primeiro "bom dinheiro" veio com o cachê da publicação. "Recebia por mês para representar a revista mais famosa do mundo. E toda vez que fechava capa, assinava contrato e recebia pelas fotos e vendas das revistas." Nesta semana, o g1 publica uma série de matérias para contar por onde andam algumas das musas que marcaram época com as publicações do site Ego. Thaiz Schmitt em ensaio de 2015 e, em 2024, para a Hooks Magazine Iwi Onodera-ego/Fauzi Musa-Divulgação "Foi meu primeiro bom dinheiro que recebi. Na época, as revistas e jornais comandavam a comunicação mundial. E a internet era uma ferramenta do futuro, que lembro que as pessoas comentavam que não sabiam se iria vingar." Sobre o assédio da época, ela diz que sempre lidou bem. Segundo ela, o jeitinho para manter a educação era - e ainda é - "fazer de conta que não entendi a cantada". Boa forma Thaíz Schmitt em capa da Playboy, em 2013 Divulgação Após o tempo de "Playboy", Thaiz seguiu como manchete de sites de celebridades, como o extinto Ego, com dicas de boa forma. Diferentemente de muitas musas, adeptas de várias cirurgias estéticas, Thaíz focava em treinos e na alimentação. De procedimento cirúrgico, ela só confirma o implante de silicone nos seios. "Troquei duas vezes, pois na primeira achei que ficou pequeno." "Eu agradeço por não ter entrado na onda dessas cirurgias que deixam as mulheres todas marcadas. Imagina quando essa moda passar. O bonito é ser natural, realçar o que você já tem de bonito." Thaís revela que "vários médicos já ofereceram cirurgias de graça." "Mas nada como você se cuidar, todo dia fazer seu aeróbio de pelo menos 30 minutos, musculação pelo menos três vezes na semana, drenagem linfática, tomar bastante água, evitar álcool, fritura e doces, fazer o que sabemos que faz bem para o corpo, automaticamente faz bem pra mente e espírito." "Cansando seu corpo, você dorme melhor, fica menos ansioso, melhora sua autoestima. Temos que manter equilibrado: mente, corpo e alma para tudo funcionar." Coelhinha virou atriz e DJ Thaiz Schimitz agora assina como a DJ White Coff Fauzi Musa/Divulgação Thaíz deixou o Brasil em 2019, quando se mudou para Los Angeles para aperfeiçoar o inglês e estudar artes cênicas. Após tentar a sorte como atriz, desistiu da carreira. "Fiz trabalhos como atriz, mas não gostava de ficar trancada em estúdio decorando texto, eu sou espírito livre." Hoje, ela mora em Dubai, nos Emirados Árabes, e se dedica a carreira de DJ, na qual investe em subestilos da música eletrônica derivados do house. Ela conta que decidiu estudar para a profissão após uma passagem pela badalada ilha espanhola de Ibiza: "Eu tive o insight de ser DJ em Ibiza em 2022, onde eu estava no palco com uma amiga DJ, olhando a galera curtindo a noite, e tive uma luz que me disse para investir nisso." "Fiz 2 cursos de DJ e ano passado comecei a tocar somente em festas, aniversários, almoços e jantares de amigos, para poucas pessoas, para me testar e ver o feedback. Esse ano comecei a tocar em eventos abertos para o público." Thaiz Schmitt em ensaio de 2014 Celso Taraves/ego Além disso, com o novo projeto, conseguiu reunir duas paixões, treino e música, tocando em duas academias em Dubai. Thaíz adotou o nome White Coff. Questionada se o nome é uma homenagem ou referência ao premiado DJ sul-africano Black Coffee, ela explica: "Eu adoro o som do DJ Black Coffee. Acho meu namorado muito inteligente e dei essa missão para ele me ajudar a escolher meu nome artístico e ele falou: 'espera que o nome certo na hora certa virá'. Um dia do nada, ele olhou pra mim e falou White Coffee. Na hora falei: 'Wow, sim!'. Fiz um estudo com o numerólogo da Anitta e preferi deixar Coff." Thaiz Schmitt Fauzi Musa/Divulgação Veja Mais

Juzé & Lukete vão do aboio à bossa em EP lançado no embalo do retorno dos cantadores à novela ‘No rancho fundo’

G1 Pop & Arte Trovadores modernistas, artistas paraibanos pegam o ouvinte pela palavra nas cinco músicas autorais de ‘Visse & verso’, disco de letras espirituosas. Juzé (à esquerda) e Lukete lançam o EP ‘Visse & verso’ com músicas como ‘Candy crush’ e ‘Nietzsche aboyador’ Fábio Rocha / Globo Capa do EP ‘Visse & verso’, de Juzé & Lukete Divulgação Resenha de EP Título: Visse & verso Artistas: Juzé & Lukete Edição: ZN Produção Musical, Manguezal e Sonora Digital Cotação: ? ? ? ? ? Os dois são da Paraíba. Ambos também são cantores, compositores, atores e poetas. Juzé, nascido Zé Neto em João Pessoa (PB), tem 36 anos. Lukete é o apelido de infância de Lucas Queiroga, artista de 33 anos. Juntos, Juzé & Lukete formaram dupla que conquistou o Brasil nas peles de Totonho e Palmito, repentistas que versavam sobre as tramas futuras da novela Mar do sertão (Globo, 2022 / 2023) ao fim de cada capítulo. A dupla fez tanto sucesso que reapareceu na recém-estreada novela No rancho fundo (Globo, 2024), descendente da produção anterior. No embalo da estreia da nova trama sertaneja, Juzé & Lukete lançam o segundo EP da discografia da dupla, Visse & verso, gravado com produção musical de Jefferson Brito e programado para chegar ao mundo digital na sexta-feira, 19 de abril. Trovadores modernistas, Juzé & Lukete pegam o ouvinte pela palavra no disco que tem capa assinada pelo ator e designer Welder Rodrigues, que também vem a ser o intérprete do prefeito Sabá Bodó nas novelas Mar do sertão e No rancho fundo. A origem paraibana de Juzé & Lukete salta aos ouvidos no sotaque de músicas como Amor de feira, uma das cinco composições autorais do EP Visse & verso, ouvida em árido registro de vozes e violão. Tocado por Juzé, o violão é o instrumento condutor da dupla no disco gravado em uma única sessão no estúdio carioca Be Happy em 11 de novembro de 2002. Lukete faz os efeitos vocais. No EP Visse & verso, Juzé & Lukete vão de aliciante aboio (Nietzsche aboyador, em cuja letra os cantadores rimam versos espirituosos como “Imagina tua cara, encarando Che Guevara / Tirando um beck do bolso de sua jaqueta Zara” e “Imagina se Jesus entrasse no Big Brother / ‘Noi’ vendo ele ‘drumindo’, andar de chinelo e short / Ia pro confessionário, falar só o necessário / Pregando em horário nobre”) à pretendida pegada bossa-novista de Telengotengo, tema que soa como gracioso quebra-língua na letra que cita verso do hit infantil A casa (Sergio Bardotti, Sergio Endrigo e Vinicius de Moraes, 1969). Com apurado senso rítmico, Juzé & Lukete caem no suingue de Baila girl baila boy (alardeado brega-funk piseiro) e adocicam o canto e o verbo na love song Candy crush. Embora gravado há um ano e meio, o EP Visse & verso soa atual por apresentar cantadores com raízes fincadas no solo nordestino, mas antenas ligadas nos sons do mundo. O disco é aperitivo para os respectivos álbuns individuais de Zé Neto e Lucas Queiroga, previstos para o segundo semestre de 2024, com novos sons e capítulos nas tramas das vidas reais dos dois artistas. Veja Mais

BBB24 termina nesta terça; veja quem são os finalistas e relembre polêmicas

G1 Pop & Arte Matteus, Davi e Isabelle disputam prêmio milionário após edição marcada por polêmicas – com direito a expulsão, memes e até mesmo divórcio. Davi, Isabelle e Matteus são os finalistas do BBB 24 TV Globo Após uma edição marcada por discussões polêmicas, com direito a expulsão, memes e até mesmo divórcio, o BBB24 chega ao final nesta terça-feira (23). Após 100 dias de confinamento, os finalistas Davi, Isabelle e Matteus disputam o prêmio de R$ 2,92 milhões. Veja abaixo o perfil dos finalistas e relembre os momentos mais marcantes do BBB24 Davi foi escolhido pelo público para entrar no 'BBB 24' Divulgação/BBB 24 Davi Morador de Cajazeiras (BA), o motorista de aplicativo Davi Brito sonha em estudar medicina e protagonizou uma série de embates com a maioria dos brothers dentro da casa. Yasmin Brunet, Wanessa, Bin Laden, Leidy Ellen e Rodriguinho foram alguns de seus maiores adversários de jogo. Davi também foi responsável pela criação de memes como 'calma calabreso'. O motorista usou o bordão de Toninho Tornado para se referir ao participante Lucas Buda, com quem também discutiu. 'Calabreso' é gordofobia? Entenda de onde veio a expressão usada por Davi no BBB 24 A participante Wanessa acabou desclassificada do reality por conta de um episódio de agressão a Davi. Após uma festa, a cantora entrou no quarto onde Davi dormia, começou a correr de um lado para o outro e bateu na cama dele. O brother foi ao confessionário e disse que a adversária "ultrapassou o limite". Leia também WANESSA: 'Não sou os 55 dias que passei lá', diz ex-BBB em entrevista ao Fantástico TORCIDA DE DAVI: Salvador faz festa com Olodum para acompanhar final do BBB24 DIVÓRCIO DURANTE REALITY: Ex de Lucas Buda manda mensagem ao brother pela primeira vez após eliminação; vídeo abaixo Lucas e Camila conversam pela primeira vez pós-BBB Matteus no 'BBB 24' Divulgação Matteus 'Alegrete' O morador de Alegrete Matteus Amaral entrou na casa como participante do grupo pipoca do 'BBB 24'. Aos 27 anos, o estudante de engenharia passou boa parte da vida no interior e foi criado pela mãe com a ajuda da avó. O padrasto trabalha em uma estância, cuidando de bois para corte de agropecuária. Dentro do reality, Matteus se envolveu com duas participantes. Durante o romance com Deniziane, o brother protagonizou memes fora da casa. Os internautas acreditavam que a sister teria terminado o relacionamento após Matteus tirar a barba. Eliminada, Deniziane negou. Na reta final do reality, Matteus se envolveu com Isabelle. A formação do casal foi tema de discussão com as participantes Alane e Bia, aliadas do brother na casa. Isabelle Nogueira ganhou vaga no BBB 24 Globo/Paulo Belote Isabelle 'cunhã' A manauara Isabelle chamou atenção do público por suas raízes amazonenses. Ela entrou na casa mais vigiada do país após votação popular. A dançarina de boi-bumbá é conhecida no estado como a cunhã-poranga do Boi Garantido, o boi vermelho e branco do Festival de Parintins. Dentro da casa, Isabelle foi aliada de Davi e acabou formando um par romântico com Matteus, após Deniziane deixar o reality. Saiba o que é 'cunhã-poranga', personagem folclórico representado por Isabelle Nogueira Veja Mais

Anna Ratto revisita o repertório de Arnaldo Antunes em segundo álbum com mais dez músicas do compositor

G1 Pop & Arte Cantora prepara disco produzido por Liminha e Kassin com repertório que inclui parcerias inéditas de Arnaldo com Céu, Hyldon e Paulo Miklos. Anna Ratto prepara um segundo songbook com dez músicas de Arnaldo Antunes, incluindo parcerias inéditas do compositor com Hyldon, Céu e Paulo Miklos Catarina Ribeiro / Divulgação ? Três anos após abordar o cancioneiro autoral de Arnaldo Antunes no álbum Contato imediato (2021), Anna Ratto volta ao estúdio carioca Nas Nuvens, do produtor musical Liminha, para fazer nova visita à obra do compositor paulistano projetado nos anos 1980 como um dos oito vocalistas da formação clássica da banda Titãs. Ao vislumbrar um segundo disco com músicas de Arnaldo, a ideia inicial da cantora carioca era gravar EP com as quatro músicas que ficaram fora da seleção final do repertório do disco Contato imediato, mas que foram incorporadas ao roteiro do show homônimo. Sem você (Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 1998), Se tudo pode acontecer (Arnaldo Antunes, Paulo Tatit, Alice Ruiz e João Bandeira, 2001), Lágrimas no mar (Pedro Baby, João Moreira, Arnaldo Antunes e Marcia Xavier, 2021) e Um branco, um xis, um zero (Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Pepeu Gomes, 1999) são esse lote de músicas, às quais se juntaram seis composições inéditas. O EP virou álbum com dez faixas porque, ao ligar para Arnaldo para sondar se haveria alguma música inédita para completar o repertório do EP, Anna Ratto ganhou nada menos do que seis músicas ainda sem registro fonográfico. Bam Bam (Arnaldo Antunes, Céu e Hyldon), Fim do inverno (Arnaldo Antunes e Marcia Xavier) e Visom negro (Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Liminha) estão entre as seis músicas novas do disco, cuja produção musical foi confiada novamente a Liminha, só que, desta vez, com a colaboração de Kassin. O segundo songbook de Anna Ratto com músicas de Arnaldo Antunes será lançado pela gravadora Biscoito Fino no segundo semestre de 2024. Veja Mais

Davi, Isabelle e Matteus são os finalistas do 'BBB 24'

G1 Pop & Arte Vencedor receberá o prêmio recorde de quase R$ 3 milhões. Final será na terça-feira (16). Davi, Isabelle e Matteus são os finalistas do BBB 24 TV Globo Davi, Isabelle e Matteus são os finalistas do "BBB 24". A grande final do programa irá acontecer na terça-feira (16). O escolhido vencedor pelo público irá ganhar o prêmio recorde de R$ 2.920.000,00. Quem deve vencer o BBB? Vote! O confronto para a final foi definido neste domingo (14), após a eliminação de Alane. Ela estava no paredão com Isabelle e Matteus. Já Davi foi o primeiro participante confirmado na grande final. Na sexta-feira (10), ele venceu a "prova do finalista" e garantiu a vaga. O "BBB 24" começou em janeiro e terá, ao todo, 100 dias de duração. Vinte e seis participantes entraram nesta edição do programa. Ao longo da disputa, o reality contou ainda com a desistência de Vanessa Lopes e a desclassificação de Wanessa Camargo. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja Mais

Thiago Thomé se une a Jorge Aragão e Xande de Pilares no álbum 'Encantado' para diferenciar Ogum de São Jorge

G1 Pop & Arte Artista lança o segundo disco em maio com músicas autorais como ‘Encontro de dois sóis’ e ‘Presente’, além de 'Ogumtech’, single com os três cantores. Thiago Thomé (ao centro) entre Xande de Pilares (à esquerda) e Jorge Aragão na gravação da música ‘Ogumtech’, que será lançada em single em 19 de abril Albergue / Divulgação ? Um ano após lançar o primeiro álbum, Para pretos, pardos e simpatizantes (2023), Thiago Thomé programa para maio a edição do segundo disco, Encantado. Com 15 músicas no repertório autoral, o álbum Encantado tem sete canções dedicadas por Thomé à mulher, Bárbara Carine, entre as quais há Encontro de dois sóis e Presente. Na sexta-feira, 19 de abril, o artista abre os trabalhos promocionais do disco com o lançamento do single Ogumtech, gravado com as participações de Jorge Aragão e Xande de Pilares. Nesta música, gravada pelo trio com produção musical do percussionista Léo Mucuri, Thomé expõe as origens distintas de Ogum e São Jorge, diferenciando o orixá do santo – ao qual Ogum costuma ser associado no sincretismo religioso carioca –em letra que inclui versos como “Ogum é tech / Ogum é pop / Ogum é lord / Ogum só não é São Jorge”. Com a palavra, Thiago Thomé: “Ogumtech é uma música que compus para ‘escurecer’ alguns fatos que compõem a construção religiosa em torno dessas duas forças: Ogum e São Jorge. Ogum, como a música diz, é um Orixá Iorubá que, dentro da mitologia Iorubá, está ligado ao começo do mundo, sendo Orixá associado à tecnologia, matemática, ferro, estratégia e à guerra. São Jorge foi um guerreiro Turco que lutou nas cruzadas e, pela bravura, começou a receber uma devoção de outros guerreiros, depois expandida para milhões de pessoas ao redor do mundo. Acredito que o que os conecta, para além do sincretismo carioca, pois na Bahia Ogum já é associado a outro santo católico, é à bravura em relação a guerra. Porém, acho necessário entendermos, e aqui eu não faço juízo de grandeza, que são duas forças distintas, pois Ogum é Ogum e São Jorge é São Jorge”, diferencia Thomé. Artista fluminense nascido em Duque de Caxias (RJ), município da Baixada Fluminense, Thiago Thomé também é ator e escritor, além de cantor, compositor e músico. Veja Mais

Nanná Millano narra história de amor transatlântico entre Brasil e França no álbum autoral ‘Can’t translate saudade’

G1 Pop & Arte Disco sai em 26 de maio e traz o cantor Giuliano Eriston na música ‘Te amo faz tempo já’. Nanná Millano lança em 26 de maio o primeiro álbum, ‘Can’t translate saudade’, com 11 músicas autorais em 12 faixas Virgile B. / Divulgação ? Cantora e compositora paulistana, Nanná Millano se divide entre as cidades de São Paulo (SP) e Paris, França. Essa rota transatlântica inspirou a narrativa feminina do primeiro álbum da artista, Can’t translate saudade, no mundo a partir de 26 de maio em edição do selo da artista, Mirabolant, com distribuição feita via Believe. Através de 11 músicas autorais alinhadas ao longo de 12 faixas (a composição-título abre e fecha o disco), Millano canta e conta a história de amor intercontinental vivido entre o Brasil e a França. Produzido, mixado e masterizado por Rodrigo Trevis, o álbum Can’t translate saudade chega ao mercado fonográfico após a edição prévia de seis músicas em singles lançados desde março de 2023. Músicas inéditas como Oráculo, Presente singular, Meu coração não aguenta, O instante (Ponto de não retorno) – única composição assinada por Nanná Millano com um parceiro, no caso com Gabriel Guedes) e a canção-título Can’t translate saudade compõem a narrativa romântica de Nanná Millano com as já conhecidas faixas 8 minutos, Samba canção pra sua samba canção, Te amo faz tempo já (música gravada por Millano com Giuliano Eriston), Lua em aquário, Você quer tudo e Todo descuido é ruído. Para promover o lançamento do álbum Can’t translate saudade, a artista faz turnê com show previsto para estrear em Paris, em 6 de junho, e na sequência para ser apresentado no Brasil em julho. Capa do álbum ‘Can’t translate saudade’, de Nanná Millano Virgile B. com arte de Nanná Millano Veja Mais