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Companhias aéreas comemoram aumento na demanda impulsionado por Lady Gaga
A prefeitura do Rio de Janeiro estima que 1,6 milhão de pessoas comparecerão ao show. As maiores companhias aéreas do país informaram que estão operando com voos próximos da lotação máxima. Lady Gaga no iHeartRadio Music Awards 2025 AP/Chris Pizzello As companhias aéreas brasileiras estão celebrando um aumento na demanda, à medida que fãs de todo o país voam para o Rio de Janeiro para assistir ao show gratuito da cantora Lady Gaga, que deve atrair mais de 1 milhão de pessoas à Praia de Copacabana neste fim de semana. A cantora nova-iorquina de 39 anos, famosa por sucessos como “Die with a Smile” e “Poker Face”, sobe ao palco na famosa praia neste sábado (03), como parte dos esforços da cidade do Rio para atrair grandes estrelas em eventos gratuitos que, segundo as autoridades, impulsionam a economia local. As maiores companhias aéreas do país — a unidade brasileira da chilena LATAM Airlines, além da Gol e da Azul — informaram nesta sexta-feira (02) que vêm operando com voos próximos da lotação máxima. A LATAM afirmou em comunicado que, entre quarta-feira e segunda-feira, aumentou a frequência de voos para os dois principais aeroportos do Rio — Galeão e Santos Dumont — em 25% em comparação com a semana anterior, oferecendo 26% mais assentos. “A demanda de passageiros justifica os investimentos”, disse a companhia, que também é patrocinadora do show, destacando que seus voos de cidades brasileiras para o Rio de Janeiro estavam com 90% de ocupação (fator de carga) na quarta e quinta-feira. Esse índice é superior ao fator de carga de 80,8% que a LATAM registrou em suas rotas domésticas no primeiro trimestre. Aeroporto e rodoviária registram aumento no número de passageiros para feriadão e show da Lady Gaga A prefeitura do Rio de Janeiro estima que 1,6 milhão de pessoas comparecerão ao show, o primeiro de Gaga no Brasil desde 2012, com a expectativa de público também favorecida pelo feriado prolongado do Dia do Trabalhador, comemorado na quinta-feira. A Azul, em comunicado, informou que o fator de carga de seus voos para o Rio nesta semana atingiu 91%, enquanto a Gol afirmou ter adicionado 60 voos para o Aeroporto do Galeão a partir de outras grandes cidades brasileiras. Os shows gratuitos ao ar livre, que também trouxeram Madonna em maio do ano passado, têm proporcionado um impulso importante após a forte redução no número de voos para o Rio nos últimos anos, enquanto a cidade enfrentava uma crise econômica. “O turismo musical é o queridinho do momento no Brasil”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino. “As pessoas estão viajando cada vez mais para ver shows e festivais. Isso movimenta toda a cadeia do turismo, dos hotéis até as barracas de água de coco.” Previsão de alta no número de passageiros A RIOGaleão, que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, prevê uma alta de 26% no número de passageiros durante o período do show da cantora Lady Gaga no Rio na comparação com os dias do show da Madonna em 2024. Entre 29 de abril e 6 de maio, a concessionária estima uma movimentação de 363 mil passageiros no período: 256 mil no terminal doméstico e 107 mil no internacional. No mesmo intervalo, o aeroporto deve receber 4.192 voos, entre pousos e decolagens. Comparado ao período do show da Madonna, há uma projeção de aumento de 19% no total de voos. As principais cidades de origem dos passageiros são São Paulo, Buenos Aires, Recife, Porto Alegre e Vitória. Para entrar no clima do show, o RIOgaleão preparou uma série de ativações especiais com o tema “O show começa aqui”. De quarta (30) a sexta (2), o desembarque doméstico será transformado com elementos simbólicos da carreira da cantora, incluindo um portal de saída para os fãs. Veja mais em: Lady Gaga no Rio: o que se sabe sobre o show em Copacabana Por que os fãs da Lady Gaga são chamados de 'monstrinhos'? Veja dicas contra furtos no show da Lady Gaga no Rio Veja Mais
Lançamento de 'Grand Theft Auto VI' é adiado para maio de 2026
Disponibilidade de 'GTA VI' estava prevista para o segundo semestre de 2025, mas foi adiada em um momento de incerteza no setor. Imagem de divulgação de GTA VI. Reprodução/Rockstar Games A Take-Two Interactive adiou o lançamento de "Grand Theft Auto VI" (GTA VI) para 26 de maio de 2026, prolongando a espera por um dos títulos mais aguardados da história dos videogames. O anúncio fez com que ações da empresa caíssem 9% nas negociações de pré-mercado. Desenvolvido pela Rockstar Games, o jogo estava inicialmente previsto para o segundo semestre de 2025. A franquia é a joia da coroa no portfólio da Take-Two, representando uma parte significativa da receita da empresa e do engajamento dos jogadores. As expectativas para o novo título já vinham sendo consideradas nas projeções de Wall Street há meses. Assista ao trailer de 'GTA 6' Analistas estimam que o jogo será um sucesso imediato, com vendas de bilhões de dólares ao ano. O título anterior, "Grand Theft Auto V", lançado em 2013, vendeu mais de 200 milhões de cópias, tornando-se um dos games mais vendidos de todos os tempos. Com o adiamento, o lançamento de "GTA VI" sairá da janela do ano fiscal de 2026 da Take-Two e passará para 2027, o que provavelmente reduzirá as projeções de receita para o próximo ano fiscal. Também se esperava que o novo jogo fosse um dos principais motores de crescimento da indústria de videogames em 2025, após a desaceleração vivida pelo setor com o fim do pico registrado durante a pandemia. O adiamento ocorre ainda em um contexto de incerteza econômica, já que as tarifas dos EUA aumentaram os preços dos consoles e provocaram uma retração nos gastos dos consumidores — afetando as perspectivas de vendas de diversas editoras. Cursos de 'IA do job' prometem dinheiro e ensinam a usar fotos de modelos sem autorização Influenciadora viraliza ao simular parto de bebê Reborn Brasileiros treinam inteligência artificial para abordar temas como racismo e nazismo Veja Mais
Ator Russell Brand, acusado de estupro, chega ao Tribunal em Londres, diz agência
Ele foi casado com a cantora Katy Perry entre 2010 e 2012. Brand é acusado de uma série de crimes, que teriam ocorrido entre 1999 e 2005. O ator e comediante britânico Russell Brand, acusado de estupro e múltiplas acusações de agressão sexual, comparece ao Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, Grã-Bretanha, em 2 de maio de 2025. REUTERS/Carlos Jasso O ator e comediante britânico Russell Brand chegou ao Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, na manhã desta sexta-feira (2), segundo a Reuters. Ele é acusado de estupro e outros crimes de agressão sexual envolvendo quatro mulheres diferentes entre 1999 e 2005. Segundo a política de Londres, ele é acusado de: estupro, violação sexual, estupro oral e duas acusações de agressão sexual. O ator e comediante britânico Russell Brand, acusado de estupro e múltiplas acusações de agressão sexual, comparece ao Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, Grã-Bretanha, em 2 de maio de 2025. REUTERS/Carlos Jasso Em 2023, o jornal Sunday Times e o documentário "Dispatches" do Channel 4 TV relataram que quatro mulheres acusaram Brand de agressões sexuais, incluindo um estupro, entre 2006 e 2013. Na época, o ator afirmou que nunca havia feito sexo não consensual. "Essas alegações se referem à época em que eu estava trabalhando no mainstream, quando eu estava nos jornais o tempo todo, quando eu estava no cinema. E, como já escrevi extensivamente em meus livros, eu era muito, muito promíscuo", disse Brand. "Agora, durante esse período de promiscuidade, os relacionamentos que tive foram absolutamente sempre consensuais", acrescentou o comediante, que estrelou vários filmes como "Get Him to the Greek". Russell Brand foi casado com a cantora Katy Perry entre 2010 e 2012. Desde 2017, o ator é casado com Laura Brand, com quem tem três filhos. Ator Gerard Depardieu é julgado por agressão sexual contra duas mulheres Veja Mais
Última gravação de Nana Caymmi, lançada há um ano, reuniu a cantora com Renato Braz e Cristovão Bastos
Nana Caymmi (1941 – 2025) gravou a balada ‘A lua e eu’ na própria casa, a convite do cantor Renato Braz Lívio Campos / Divulgação ♫ MEMÓRIA ♪ Em 29 de abril de 2024, dia do 83º aniversário de Nana Caymmi (1941 – 2025), quem ganhou presente foram os admiradores dessa grande cantora carioca que morreu no início da noite de ontem, 1º de maio, dois dias após completar 84 anos. Naquela data, foi lançada a gravação que se tornaria o derradeiro registro fonográfico de Nana. O single A lua e eu juntou Nana com o cantor Renato Braz e com o pianista Cristovão Bastos. Trata-se da primeira amostra do ainda inédito álbum Canário do reino, idealizado por Renato Braz para celebrar o legado de Tim Maia (1942 – 1998). Nana já havia se aposentado dos palcos e dos estúdios, tendo lançado o último álbum em 2020, mas o cantor cismou que queria que ela participasse do tributo a Tim. Braz tanto insistiu que Nana aceitou. Mas registrou a participação em casa, com unidade móvel de gravação e com o toque do piano de Cristovão Bastos, músico já habituado a tocar com Nana. A música, escolhida pela própria Nana, foi A lua e eu, balada soul composta por Cassino (1943 – 2021) com Paulo Zdanowski (1954 – 2023) e lançada em 1975 na voz do próprio Cassiano. A cantora já havia gravado A lua e eu no álbum Nana (1988). Tim Maia, a rigor, nunca gravou A lua e eu, mas teve o primeiro álbum arranjado por Cassiano. Para ajustar a música ao conceito do álbum Canário do reino, Renato Braz abre a gravação com o canto de Azul da cor do mar (Tim Maia, 1970) – um dos primeiros grandes sucessos de Tim – em introdução que ocupa os primeiros 40 segundos do fonograma. Os dois minutos restantes do single A lua e eu são dominados pela voz de Nana, que canta a balada de Cassiano com alma serena. Somente ao final Braz reaparece na faixa para arrematar essa bonita gravação que, lançada há um ano, acabou se tornando o canto de cisne da imortal Nana Caymmi. Capa do single ‘A lua e eu’ (2024), de Renato Braz e Nana Caymmi com Cristovão Bastos Divulgação Veja Mais
Jill Sobule, cantora na trilha de 'As Patricinhas de Beverly Hills', morre aos 66 anos em incêndio
'Supermodel' foi incluída no filme que fez sucesso em 1995. Além dessa música, ela ficou conhecida por pop rocks sobre amor entre mulheres, depressão e sua herança judaica. A cantora americana Jill Sobule Divulgação Jill Sobule, cantora pop conhecida por sucessos como "I Kissed a Girl" e "Supermodel", morreu em um incêndio em sua casa em Woodbury, no estado americano de Minnesota, aos 66 anos, na manhã desta quinta-feira (1º). Nascida em 16 de janeiro de 1959, na cidade de Denver, nos Estados Unidos, Jill lançou seu álbum de estreia em 1990. Ela ganhou destaque com seu segundo álbum em 1995, com músicas que fizeram sucesso como o hino lésbico "I Kissed a Girl". Outra canção deste álbum, "Supermodel" ficou mais conhecida após ser incluída na trilha sonora do filme "As Patricinhas de Beverly Hills" de 1995. Jill Sobule lançou oito álbuns de estúdio, quatro EPs e uma compilação de sucessos. Suas composições folk-pop alternavam entre personagens irônicos e baladas emotivas, refletindo elementos de sua vida como sua herança judaica e batalhas adolescentes com anorexia e depressão. Em 2009, ela lançou o álbum "California Years", financiado inteiramente por doações de fãs, tornando-se uma das pioneiras do crowdfunding, as vaquinhas virtuais para financiar projetos de cultura. Além de sua carreira musical, Sobule também compôs músicas para filmes e séries. Ela atuou em produções como "Mind the Gap" e "The West Wing". A artista morreu pouco antes do lançamento da gravação de seu musical autobiográfico off-Broadway "F*ck7thGrade". Veja Mais
Ganhadora do Oscar, cantora de jazz, ícone LGBT: entenda o sucesso de Lady Gaga
Cantora fará o maior show da carreira na Praia de Copacabana neste sábado (3). Entenda as características que fizeram de Lady Gaga uma megaestrela. Lady Gaga Reprodução/YouTube Lady Gaga é uma das maiores popstars da atualidade e deve fazer um show inesquecível na praia de Copacabana neste sábado (3). Afinal, a expectativa da prefeitura do Rio de Janeiro é que o show reúna 1,6 milhão de pessoas - mesmo número de Madonna. Mas se a Material Girl atrai um amplo público desde os anos 80, Lady Gaga tem um apelo bem mais recente. Ela começou como uma queridinha do pop, mas se expandiu para uma audiência maior nos últimos anos. Entenda o que faz de Lady Gaga uma artista tão bem-sucedida: 'Aluna' de Bowie e Madonna Quando surgiu, em 2007, Gaga já era uma estudiosa dedicada da música pop. Ela sempre se inspirou em nomes como Madonna, Prince e David Bowie e, deles, herdou características importantes: o investimento nos videoclipes, nas personas e na performance. Se Bowie mudava de persona a cada álbum, Gaga investia em uma personalidade diferente a cada videoclipe. Aos poucos, foi reunindo fãs por essa versatilidade: há quem ame a versão dramática, a gótica, a roqueira, a sexy, a "estranha", conceitual, e por aí vai. Lady Gaga em imagem promocional do single 'Disease' Divulgação Além disso, como seus ídolos, ela aprendeu a usar a mídia ao seu favor - fazendo, simultaneamente, uma crítica à fama e uma adesão consciente a ela. Em entrevistas, Gaga nunca se importou em parecer excêntrica ou com os boatos em torno dela. Assim, conseguiu manter sua vida pessoal e intimidade relativamente distantes dos holofotes. Em 2011, quando perguntada sobre boatos se ela era hermafrodita, ela respondeu simplesmente: "Talvez eu seja. Seria tão terrível?". Ela nunca foi de pedir desculpas por nada e essa atitude confiante conquistou o público. Na era da internet e do escrutínio midiático, Gaga mostrou que era possível não se deixar abalar. Artista visual Lady Gaga pegou uma era de ouro para artistas pop. Sua carreira floresceu no auge do YouTube, ao mesmo tempo em que canais como a MTV ainda tinham muita adesão. Ela não só emplacava sucessos no canal de videoclipes, como sempre caprichou em suas performances na TV - elencando referências das artes plásticas, cultura pop e moda. Lady Gaga canta no VMA 2013 Reuters/Lucas Jackson Como as contemporâneas Beyoncé e Katy Perry, ela dominou as mídias com seus visuais, atingindo o público de forma massiva. Mas enquanto elas eram sexy e divertidas, Gaga caprichava no "bizarro" e provocador. Ela é de uma época em que seus looks extravagantes ainda geravam discussão; hoje, celebridades disputam a atenção da mídia com todo tipo de recurso e raramente são notícia. Até porque mesmo as "bizarrices" de Gaga escancaram a aptidão da artista para a moda. Não à toa, ela se tornou queridinha de estilistas como Alexander McQueen, por enxergar roupas como mais uma forma de expressar sua arte. Musicista versátil e premiada Quem pensa que Lady Gaga é somente uma cantora pop provavelmente não a acompanha há um tempo. Mesmo no início de sua carreira, ela sempre flertou com o rock e gêneros eletrônicos, cantando com veteranos como Elton John e Metallica. Além de tudo, é uma exímia vocalista. Lady Gaga recebe emocionada o Oscar de Canção Original por 'Shallow' em 'Nasce uma estrela' Mike Blake/Reuters Entre 2013 e 2020, ela passeou por gêneros como o country e o jazz (este último, em parceria com o veterano Tony Bennett). E voltou ao estilo de canções americanas tradicionais no disco "Harlequin", lançado em 2024 para o filme "Coringa: Delírio a Dois". Quase todas as suas empreitadas levaram prêmios. Gaga é detentora de 14 estatuetas do Grammy e já venceu um Oscar pela canção "Shallow", do filme "Nasce Uma Estrela". Atriz de cinema Em 2011, Gaga inaugurou seu lado atriz ao aparecer na série “American Horror Story”. Mas foi em 2018, ao estrelar o remake de “Nasce Uma Estrela”, que ela se consolidou no cinema. Se a escalação deixou dúvidas, ela rapidamente se provou apta a assumir papeis dramáticos. O filme foi indicado a oito Oscars e venceu o de Melhor Canção Original. Desde então, Gaga também apareceu em “Casa Gucci”, de Ridley Scott, e “Coringa: Delírio a Dois”. Os filmes não foram bem de crítica, mas não por culpa da atriz - para o g1, o talento dela foi “desperdiçado” e subutilizado por "Coringa", por exemplo. Joaquin Phoenix e Lady Gaga em cena de 'Coringa: Delírio a dois' Niko Tavernise/Warner Bros. Pictures Ícone e ativista Gaga também se tornou um ícone da comunidade LGBTQ+ e é reconhecida por defender causas sociais. Desde que se tornou famosa, ela participa ativamente de marchas pró-igualdade e eventos de celebração da cultura queer. Além disso, ela sempre falou abertamente sobre questões de saúde mental. Em 2012, fundou a Born This Way Foundation, organização sem fins lucrativos para "capacitar e inspira jovens a construir um mundo mais gentil e corajoso que apoie sua saúde mental e bem-estar". Hits para todos os públicos Você com certeza já ouviu a voz de Gaga nas rádios. Nos últimos anos, ela emplacou vários hits como “Shallow” (que até ganhou a versão brasileira “Juntos”, de Paula Fernandes e Luan Santana) e “Die With a Smile”, parceria com Bruno Mars. São baladas radiofônicas, com jeitão de trilha de novela. Bruno Mars e Lady Gaga no Grammy 2025 Chris Pizzello/Invision/AP Esse é um apelo importante da artista: ela tem músicas para todos os públicos. Enquanto os mais velhos a conhecem por faixas como "Shallow" e os fãs adoram "Bad Romance", os mais novos podem ter descoberto Lady Gaga por músicas como "Bloody Mary". É um electropop dançante, que viralizou com imagens da série "Wandinha". Performer teatral Além de tudo isso, Gaga conquistou fãs porque sabe entregar um show. Ela investe em cenários grandiosos, canta bem, dança e conta “histórias” em cima do palco. O show atual é possivelmente o mais teatral da cantora. A apresentação é dividida em cinco atos, e inclui músicas de quase toda a carreira da musicista. Mesmo quem não conhece o repertório recente deve curtir. Essa não é uma apresentação convencional: é mais um espetáculo, uma peça de teatro musical. Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube/Canal do festival Os clipes de Gaga: g1 coloca todos os 25 vídeos da cantora na ordem (do pior ao melhor) Veja Mais
Nasce filha de Max Verstappen com Kelly Piquet
Piloto de Fórmula 1 e a modelo anunciaram a chegada na menina nesta sexta-feira (2) em uma foto na rede social. Max Verstappen e Kelly Piquet com a filha Reprodução/Instagram O piloto de Fórmula 1 Max Verstappen e a modelo Kelly Piquet anunciaram nesta sexta-feira (2) a chegada da primeira filha do casal. “Bem-vinda ao mundo, doce Lily. Os nossos corações estão mais cheios do que nunca - é o nosso maior presente. Nós te amamos muito", declarou o piloto. Quem é Kelly Piquet, modelo grávida do piloto Max Verstappen Kelly, de 35 anos, é filha de Nelson Piquet, que foi tricampeão da categoria, e da ex-modelo holandesa Sylvia Tamsma. O casal começou a namorar em 2020, mas só assumiu o relacionamento em 2021. Eles foram apresentados pelo irmão de Kelly, o também ex-F1 Nelson Piquet Jr. Kelly também é mãe de Penélope, fruto de seu relacionamento com o piloto russo Daniil Kvyat. Initial plugin text Max Verstappen desafia os pilotos da Mercedes na corrida pelo título mundial da F1 Veja Mais
Nana Caymmi sempre mergulhou com profundidade e personalidade no mar de canções e sambas do pai, Dorival
Nana Caymmi (1941 – 2025) na capa do álbum ‘O mar e o tempo’ (2002), dedicado ao cancioneiro de Dorival Caymmi (1914 – 2008) Reprodução ♫ ANÁLISE ♪ Nana Caymmi tinha tanta segurança da força e identidade da própria voz que nunca se distanciou da obra do pai, um certo gênio chamado Dorival Caymmi (1914 – 2008), com quem debutou em disco em 1960 com gravação de Acalanto (1957). Ao contrário. Ao longo dos 65 anos de carreira, a cantora carioca fez questão de dar essa voz quente e emotiva ao cancioneiro desse compositor baiano que desbravou mares na música brasileira a partir dos anos 1930. E fez isso porque sabia que ela própria, Dinahir Tostes Caymmi (29 de abril de 1941 – 1º de maio de 2025), nunca foi nepo baby, para usar termo da moda, mas um grande nome que independia do pai para ser reconhecida como uma das maiores cantoras do Brasil em todos os tempos. Morta ontem, aos 84 anos, na cidade natal do Rio de Janeiro (RJ), Nana mergulhou com profundidade e com personalidade no mar de canções, sambas e sambas-canção de Dorival – a ponto de ter dedicado três álbuns ao cancioneiro do pai entre 2002 e 2013. O último, Caymmi (2013), foi tributo já póstumo de Nana e dos irmãos Danilo Caymmi e Dori Caymmi ao pai, morto há então cinco anos. O primeiro, O mar e o tempo (2002), foi o primeiro título de trilogia idealizada por Nana com o produtor musical José Milton para celebrar Dorival em vida. A ideia era dedicar um disco às canções praieiras, outro aos sambas e um terceiro ao samba-canção, gênero refinado por Dorival entre os anos 1940 e 1950. Só que, temerosa dos resultados comerciais, a diretoria da gravadora Universal Music quis que o disco das canções praieiras também trouxesse alguns sambas-canção no repertório, o que gerou interseções entre os repertórios de O mar e o tempo (2002) e Quem inventou o amor (2007), discos feitos entre o álbum ao vivo com os sambas do compositor, lançado em 2004 por Nana e os irmãos Dori e Danilo para festejar os 90 anos de Dorival. Redundâncias à parte, Nana foi a melhor intérprete de Dorival Caymmi depois do próprio Dorival Caymmi, com a ressalva que, na seara dos sambas-canção, Nana foi insuperável. Quem mais do que ela deu a devida intensidade a Só louco (1955), angustiado samba-canção que Nana gravou sete vezes entre 1975 e 2007, sem contar os registros do programa Ensaio e do filme documental Rio Sonata? E o que dizer da gravação de Nem eu (1952) que abre o álbum Quem inventou o amor? Está tudo lá no canto preciso, de força potencializada pela respiração exata e pela densidade da voz posta sem melodrama, mas com todo o sentimento do mundo. Quer profundidade? Pegue o álbum Dorival Caymmi – Centenário (2014) e vá direto na gravação de Sargaço mar (1985) feita por Nana para o tributo coletivo. Está tudo lá também... E o que dizer do canto de Dora (1945), música que Nana gravou pela primeira vez em clima de samba-canção em álbum argentino de 1973? É melhor nada dizer e tudo sentir ao ouvir essas gravações. Enfim, a cada vez que entrou no mar de Dorival, Nana emergiu com gravações perfeitas que atestaram a assinatura pessoal e intransferível do nome de Dinahir Tostes Caymmi, a cantora que ontem saiu de cena para ficar na história da música brasileira. Capa do álbum ‘Quem inventou o amor’ (2007), de Nana Caymmi Divulgação Veja Mais
Lady Gaga, a discografia: g1 coloca os 6 álbuns da popstar na ordem (do pior ao melhor)
VÍDEO mostra mini críticas dos discos da Mother Monster, que canta neste sábado (3), na Praia de Copacabana, no Rio. Lista tem 'Born This Way', 'The Fame' e 'Mayhem'. Ranking dos álbuns da Lady Gaga (do pior ao melhor) Em mais de 20 anos de carreira, Lady Gaga lançou 6 álbuns de estúdio e vendeu mais de 170 milhões de discos. Hits desta discografia estarão no show na Praia de Copacabana, no Rio, neste sábado (2). Na lista abaixo e no vídeo acima, o g1 coloca na ordem todos os álbuns da Lady Gaga, do pior para o melhor. Não fazem parte do ranking trilhas sonoras e reedições de álbuns, como é o caso de "The Fame Monster". OUTRO RANKING: Todos os clipes na ordem COMO SERÁ? Palco é maior que o da Madonna FRASISTA: As mensagens de Lady Gaga TRETA ACABOU? O embate Madonna x Gaga ÍCONE FASHION: A história do vestido de carne 6º lugar- Artpop (2013) Artpop, álbum de Lady Gaga Reprodução "Artpop" não envelheceu muito bem: tem single com o R. Kelly, e tem algumas das músicas menos inspiradas da carreira dela. A pegada é EDM, a música eletrônica super comercial. Isso é explicado pela lista de produtores, com nomes como os DJs Zedd e David Guetta. Muita gente zombou desse álbum, mas a verdade é que ele nem é tão ruim assim. Ele só está aquém do talento de Lady Gaga. 5º lugar - Mayhem (2025) Mayhem, álbum de Lady Gaga Reprodução “Mayhem” foi definido pela cantora como um álbum de pop sujo. De lado, ele é lambrecado por sintetizadores, como na formidável “Abracadabra”. Mas o álbum tenta ir além disso. É mesmo um disco caótico, no bom sentido. Mas ele também tem soft rock radiofônico anos 70 com Bruno Mars, disco rock anos 80 que lembra Blondie e aquele pop sensual de sempre. 4º lugar - Chromatica (2020) A capa do álbum 'Chromatica', de Lady Gaga Divulgação O sexto disco é uma volta às origens do eurodance escapista. “Chromatica” é feito por uma fã de música pop querendo divertir fãs de música pop. O primeiro single, “Stupid Love”, é mais melódico, com produção do sueco Max Martin, mas o resto é bem fritado, com feats com Ariana Grande, Elton John e Blackpink. Só que a minha preferida é “Plastic Doll”, com o Skrillex. 3º lugar - The Fame (2008) The Fama, álbum de Lady Gaga Reprodução É um disco que pesa no europop coreografado, com hits que viraram clássicos como "Just Dance" e "Poker Face". Mas essa grande estreia tem também um pouco de R&B mais cadenciado, como na deliciosa "Paparazzi". As letras são um ponto fraco, sem fugir muito da fama e do glamour. 2º lugar - Joanne (2016) Joanne, álbum de Lady Gaga Reprodução Em busca de um som mais orgânico, passando pelo country e pelo soul, Gaga recruta um baita time, incluindo Mark Ronson, Beck, Kevin Parker e Florence. O disco tem canções fortes como o dance rock “Perfect Illusion” e o country pop “A-Yo”, mas nada supera “Million Reasons”. É o mais perto que Lady Gaga já chegou de gravar uma incrível balada sertaneja. 1º lugar - Born This Way (2011) Born This Way, álbum de Lady Gaga Reprodução Ela queria fazer um disco mais complexo e menos escapista. E conseguiu. A base do som ainda é dance pop, como na faixa-título, mas Gaga acrescenta provocações religiosas (em “Judas”) e um punhado generoso de rock. Tem uma balada roqueira com Brian May, guitarrista do Queen; e outra com Clarence Clemons, saxofonista do Bruce Springsteen. Veja Mais
Quem era Jill Sobule? Cantora da trilha de 'As Patricinhas de Beverly Hills' morreu aos 66 anos
'Supermodel' foi incluída no filme de 1995. Além dessa música, ela gravou 'I Kissed a Girl', canção que causou controvérsia e foi 1º hit abertamente gay nas paradas. Capa de álbum lançado por Jill Sobule em 1995 Divulgação Jill Sobule, cantora pop conhecida por sucessos como "I Kissed a Girl" e "Supermodel", morreu em um incêndio em sua casa em Woodbury, no estado americano de Minnesota, aos 66 anos, na manhã desta quinta-feira (1º). Nascida em 16 de janeiro de 1959, na cidade de Denver, nos Estados Unidos, Jill lançou seu álbum de estreia em 1990. Ela ganhou destaque com seu segundo álbum em 1995, com músicas que fizeram sucesso como o hino lésbico "I Kissed a Girl". Outra canção deste álbum, "Supermodel" ficou mais conhecida após ser incluída na trilha sonora do filme "As Patricinhas de Beverly Hills" de 1995. A cantora americana Jill Sobule Divulgação Jill Sobule lançou oito álbuns de estúdio, quatro EPs e uma compilação de sucessos. Suas composições folk-pop alternavam entre personagens irônicos e baladas emotivas, refletindo elementos de sua vida como sua herança judaica e batalhas adolescentes com anorexia e depressão. Em 2009, ela lançou o álbum "California Years", financiado inteiramente por doações de fãs, tornando-se uma das pioneiras do crowdfunding, as vaquinhas virtuais para financiar projetos de cultura. Além de sua carreira musical, Sobule também compôs músicas para filmes e séries. Ela atuou em produções como "Mind the Gap" e "The West Wing". A artista morreu pouco antes do lançamento da gravação de seu musical autobiográfico off-Broadway "F*ck7thGrade". A importância de 'I Kissed a Girl' "I Kissed a Girl" fez história como a primeira faixa abertamente gay a alcançar o Top 20 na parada de Rock da revista americana "Billboard". A música gerou controvérsia na época de seu lançamento, com algumas estações de rádio do Sul dos Estados Unidos banindo a faixa. Em 2008, a canção voltou aos holofotes quando Katy Perry lançou uma música com o mesmo título, levando Sobule a fazer comentários críticos. Depois, ela afirmou que suas palavras foram ditas em tom de brincadeira. Sua música e ativismo deixaram um impacto duradouro na indústria musical. Seu empresário, John Porter, descreveu-a como "uma força da natureza e uma defensora dos direitos humanos cuja música está entrelaçada em nossa cultura". Veja Mais
Corpo de Nana Caymmi é velado no Theatro Municipal do Rio; ‘Eu perco a mãe, mas o Brasil perde um pouco de bom da música’, diz filha
Filha de Dorival Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil morreu na quinta-feira (1º), aos 84 anos; enterro está previsto para as 14h no Cemitério São João Batista. Corpo de Nana Caymmi é velado no Theatro Municipal Jessica Araújo/ g1 O corpo de Nana Caymmi é velado na manhã desta sexta-feira no Theatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro. O enterro será às 14h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Uma das maiores cantoras do Brasil, Nana morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, onde deu entrada em julho de 2024 para tratar uma arritmia cardíaca. Segundo o hospital, a morte se deu em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos. Nana Caymmi é velada no Theatro Municipal do Rio À TV Globo, a jornalista Stella Caymmi, uma das filhas de Nana, afirmou que o Brasil perdeu uma das 20 melhores cantoras do século XX e uma das cinco do século XXI. "Eu perco a minha mãe, mas hoje o Brasil perde um pouco de bom da música brasileira. Ela era uma mulher corajosa. Nos criou com dignidade, valores, formou o nosso gosto para música. Ela era engraçada, espirituosa, surpreendente no modo de falar, era verdadeira, sem medo do politicamente correto", destacou. O músico Danilo Caymmi também destacou a importância da irmã para a música brasileira. "Eu sinto como irmão, mas também como fã, como inúmeros fãs que a acompanhavam. A gente perdeu a grande intérprete Nana Caymmi", destacou Danilo. Stella Caymmi, filha de Nana Caymmi, ao chegar no Theatro Municipal do Rio para o velório da mãe Reprodução/TV Globo Familiares e amigos no velório de Nana Caymmi, no Rio Rogério Fidalgo/AgNews Nana Caymmi é velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro Rogério Fidalgo/AgNews Corpo de Nana Caymmi é velado no Theatro Municipal Jessica Araújo/ g1 Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941 – fez aniversário dois dias antes de morrer –, a carioca cresceu em uma família de músicos: era filha de Dorival Caymmi com Stella Maris, e irmã de Danilo Caymmi e Dori Caymmi. "O Brasil pede uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Estamos todos realmente muito tristes, mas ela passou nove meses de sofrimento intenso dentro de hospital", disse Danilo Caymmi, que narrou o sofrimento da irmã. Relembre a trajetória de Nana Caymmi LEIA TAMBÉM: Veja a repercussão da morte de Nana Caymmi Artista ficou eternizada como voz que foi do bolero ao samba 'Hilda Furacão', 'Alto Astral': Nana Caymmi já cantou trilhas sonoras de novelas e séries da Tv Globo; relembre Nana Caymmi deixa bela resposta ao tempo com discografia pautada pelo rigor e pelo sentimento da voz quente Irmão narra sofrimento de Nana Caymmi durante internação: ‘Foi muito difícil’ Blog: Nana Caymmi era a maior cantora do Brasil? A carreira Como definiu o colunista Mauro Ferreira, Nana é dona de discografia pautada por extrema coerência na seleção de repertório, arranjadores e produtores musicais. Criada em um ambiente musical, estreou na música ao lado do pai ainda adolescente, e, 1960, em um dueto na canção “Acalanto”, composta por Dorival quando ela ainda era bebê. Os versos viraram canção de ninar crianças por todo o Brasil: “Boi, boi, boi / Boi da cara preta / Pega essa menina que tem medo de careta”. No ano seguinte, após gravar o primeiro compacto solo, ela largou tudo para ir morar na Venezuela, após se casar com um médico venezuelano aos 18 anos. A adaptação, porém, não foi fácil, e ela retornou ao Brasil com as filhas Estela e Denise — e grávida de João Gilberto, seu terceiro filho. Nana Caymmi Lívio Campos / Divulgação Entre as canções que gravou, com sua voz inconfundível, estão clássicos de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos – sempre imprimindo sua personalidade única. Em 1964, Nana participou da gravação do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, um clássico que fez sucesso não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos. Pouco depois, encarou um dos maiores desafios de sua carreira: o Festival Internacional da Canção, em 1966. Interpretando “Saveiros”, de seu irmão Dori Caymmi, foi vaiada, mas venceu a competição. “Eu tava mais preocupada em não desmaiar do que com as vaias”, relembra. A artista gravou outras dezenas de discos na carreira. Entre eles, “Nana Caymmi” (1975), que a consolidou no cenário da MPB; “Renascer” (1976); “Voz e Suor” (1983), ao lado do pianista Cesar Camargo Mariano; “Bolero” (1993); e “A noite do meu bem - As canções de Dolores Duran” (1994), produzido por José Milton, com quem ela trabalhou até 2019. Dori Caymmi e Nana Caymmi Lívio Campos / Divulgação Seu repertório também inclui releituras marcantes de músicas do pai, como “O Que É Que a Baiana Tem” e “Saudade da Bahia”. Em 2004, ela e os irmãos Dori e Danilo foram homenageados com o título de cidadãos baianos. Novelas A voz de Nana também marcou presença em trilhas sonoras de novelas e minisséries da TV Globo, além de participações especiais em cena. Em 1998, o vocal de Nana estrelou a abertura da minissérie “Hilda Furacão”, da TV Globo, com a faixa “Resposta ao tempo”, composta por Aldir Blanc e Cristovão Bastos. O bom resultado da canção fez com que ela fosse convidada pela emissora carioca para gravar outro bolero – "Suave veneno", de autoria dos mesmos compositores de Resposta ao tempo, Cristóvão Bastos e Aldir Blanc – para a abertura da novela intitulada Suave veneno, exibida em 1999. A Universal Music lançou em 2017 uma coletânea Nana Novelas, que compila 15 gravações da cantora carioca propagadas em trilhas de novelas e séries da TV Globo. Danilo Caymmi relembra últimos momentos da irmã; Nana Caymmi morreu aos 84 anos Se comparada a outras cantoras da MPB — como Maria Bethânia, Elis Regina e Gal Costa —, ela nunca teve uma popularidade massiva. Mesmo assim, ainda no início da carreira, se consagrou como uma das mais relevantes do país. “Embora nunca tenha sido cantora de arroubos teatrais, Nana encara o peso e a dramaticidade das músicas em que põe a voz lapidada com o tempo que fez emergir, a partir dos anos 1970, o brilho do verdadeiro diamante embutido nas cordas vocais da intérprete”, escreveu o crítico musical Mauro Ferreira em 2021. Os últimos álbuns lançados pela cantora são “Nana, Tom, Vinicius” (2020) e “Nana Caymmi Canta Tito Madi” (2019). Nana também foi casada com Gilberto Gil, entre 1967 e 1969. E namorou os cantores João Donato e Cláudio Nucci. A cantora deixa três filhos e duas netas. Nelson Motta conta a história da cantora Nana Caymmi Mais fotos da carreira Nana Caymmi no musical 'Show do Mês', da Globo, em 1981 Nelson Di Rago/Globo Danilo Caymmi, Nana Caymmi, Dorival Caymmi, Stella Caymmi no lançamento da novela 'Porto dos Milagres', em 2001 Eliane Heeren Maria Bethânia e Nana Caymmi no Rio de Janeiro, em 2013 Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo O músico Gilberto Gil, junto de Nana Caymmi, durante entrevista em 1968 Estadão Conteúdo A cantora Nana Caymmi, em 2019 Fábio Motta/Estadão Conteúdo Nana Caymmi se apresenta no Canecão, no Rio de Janeiro, em 2004 Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo Nana Caymmi com o pai, Dorival, em 2000 Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo * estagiária sob supervisão de Cristina Boeckel Veja Mais
Últimos dias
Velório de Nana Caymmi será nesta sexta, às 8h30, no Theatro Municipal do Rio
Filha de Dorival Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil morreu na quinta-feira, aos 84 anos; enterro está previsto para as 14h no Cemitério São João Batista. Relembre a trajetória de Nana Caymmi O corpo de Nana Caymmi será velado nesta sexta-feira (2), às 8h30, no Theatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro. O enterro será às 14h no Cemitério São João Batista (RJ). Uma das maiores cantoras do Brasil, Nana morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul do Rio, onde deu entrada em julho de 2024 para tratar uma arritmia cardíaca. Segundo o hospital, a morte se deu em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos. Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941 – fez aniversário dois dias antes de morrer –, a carioca cresceu em uma família de músicos: era filha de Dorival Caymmi com Stella Maris, e irmã de Danilo Caymmi e Dori Caymmi. "O Brasil pede uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Estamos todos realmente muito tristes, mas ela passou nove meses de sofrimento intenso dentro de hospital", disse Danilo Caymmi, que narrou o sofrimento da irmã. Leia também: Veja a repercussão da morte de Nana Caymmi Artista ficou eternizada como voz que foi do bolero ao samba 'Hilda Furacão', 'Alto Astral': Nana Caymmi já cantou trilhas sonoras de novelas e séries da Tv Globo; relembre Nana Caymmi deixa bela resposta ao tempo com discografia pautada pelo rigor e pelo sentimento da voz quente Irmão narra sofrimento de Nana Caymmi durante internação: ‘Foi muito difícil’ Blog: Nana Caymmi era a maior cantora do Brasil? A carreira Como definiu o colunista Mauro Ferreira, Nana é dona de discografia pautada por extrema coerência na seleção de repertório, arranjadores e produtores musicais. Criada em um ambiente musical, estreou na música ao lado do pai ainda adolescente, e, 1960, em um dueto na canção “Acalanto”, composta por Dorival quando ela ainda era bebê. Os versos viraram canção de ninar crianças por todo o Brasil: “Boi, boi, boi / Boi da cara preta / Pega essa menina que tem medo de careta”. No ano seguinte, após gravar o primeiro compacto solo, ela largou tudo para ir morar na Venezuela, após se casar com um médico venezuelano aos 18 anos. A adaptação, porém, não foi fácil, e ela retornou ao Brasil com as filhas Estela e Denise — e grávida de João Gilberto, seu terceiro filho. Nana Caymmi Lívio Campos / Divulgação Entre as canções que gravou, com sua voz inconfundível, estão clássicos de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos – sempre imprimindo sua personalidade única. Em 1964, Nana participou da gravação do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, um clássico que fez sucesso não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos. Pouco depois, encarou um dos maiores desafios de sua carreira: o Festival Internacional da Canção, em 1966. Interpretando “Saveiros”, de seu irmão Dori Caymmi, foi vaiada, mas venceu a competição. “Eu tava mais preocupada em não desmaiar do que com as vaias”, relembra. A artista gravou outras dezenas de discos na carreira. Entre eles, “Nana Caymmi” (1975), que a consolidou no cenário da MPB; “Renascer” (1976); “Voz e Suor” (1983), ao lado do pianista Cesar Camargo Mariano; “Bolero” (1993); e “A noite do meu bem - As canções de Dolores Duran” (1994), produzido por José Milton, com quem ela trabalhou até 2019. Dori Caymmi e Nana Caymmi Lívio Campos / Divulgação Seu repertório também inclui releituras marcantes de músicas do pai, como “O Que É Que a Baiana Tem” e “Saudade da Bahia”. Em 2004, ela e os irmãos Dori e Danilo foram homenageados com o título de cidadãos baianos. Novelas A voz de Nana também marcou presença em trilhas sonoras de novelas e minisséries da TV Globo, além de participações especiais em cena. Em 1998, o vocal de Nana estrelou a abertura da minissérie “Hilda Furacão”, da TV Globo, com a faixa “Resposta ao tempo”, composta por Aldir Blanc e Cristovão Bastos. O bom resultado da canção fez com que ela fosse convidada pela emissora carioca para gravar outro bolero – "Suave veneno", de autoria dos mesmos compositores de Resposta ao tempo, Cristóvão Bastos e Aldir Blanc – para a abertura da novela intitulada Suave veneno, exibida em 1999. A Universal Music lançou em 2017 uma coletânea Nana Novelas, que compila 15 gravações da cantora carioca propagadas em trilhas de novelas e séries da TV Globo. Danilo Caymmi relembra últimos momentos da irmã; Nana Caymmi morreu aos 84 anos Se comparada a outras cantoras da MPB — como Maria Bethânia, Elis Regina e Gal Costa —, ela nunca teve uma popularidade massiva. Mesmo assim, ainda no início da carreira, se consagrou como uma das mais relevantes do país. “Embora nunca tenha sido cantora de arroubos teatrais, Nana encara o peso e a dramaticidade das músicas em que põe a voz lapidada com o tempo que fez emergir, a partir dos anos 1970, o brilho do verdadeiro diamante embutido nas cordas vocais da intérprete”, escreveu o crítico musical Mauro Ferreira em 2021. Os últimos álbuns lançados pela cantora são “Nana, Tom, Vinicius” (2020) e “Nana Caymmi Canta Tito Madi” (2019). Nana também foi casada com Gilberto Gil, entre 1967 e 1969. E namorou os cantores João Donato e Cláudio Nucci. A cantora deixa três filhos e duas netas. Nelson Motta conta a história da cantora Nana Caymmi Mais fotos da carreira Nana Caymmi no musical 'Show do Mês', da Globo, em 1981 Nelson Di Rago/Globo Danilo Caymmi, Nana Caymmi, Dorival Caymmi, Stella Caymmi no lançamento da novela 'Porto dos Milagres', em 2001 Eliane Heeren Maria Bethânia e Nana Caymmi no Rio de Janeiro, em 2013 Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo O músico Gilberto Gil, junto de Nana Caymmi, durante entrevista em 1968 Estadão Conteúdo A cantora Nana Caymmi, em 2019 Fábio Motta/Estadão Conteúdo Nana Caymmi se apresenta no Canecão, no Rio de Janeiro, em 2004 Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo Nana Caymmi com o pai, Dorival, em 2000 Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo Veja Mais
Nana Caymmi morre aos 84 anos; veja repercussão
Dona de uma das maiores vozes do Brasil morreu no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde agosto de 2024 na Casa de Saúde São José, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca. Relembre a trajetória de Nana Caymmi Famosos lamentaram nesta quinta-feira (1º) a morte de Nana Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil. Nana morreu aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde agosto de 2024 na Casa de Saúde São José, na Zona Sul, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca. A cantora ficou eternizada como um dos maiores nomes da história da música brasileira. Seu repertório incluía boleros, sambas, sambas-canção, bossa nova e MPB de diferentes épocas. Ela cantava faixas como “Resposta ao tempo”, “Beijo partido” e “Se queres sabe”. Veja, abaixo, a repercussão da morte de Nana Caymmi. LEIA MAIS Nana Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil, morre aos 84 anos Artista ficou eternizada como voz que foi do bolero ao samba 'Hilda Furacão', 'Alto Astral': Nana já cantou trilhas sonoras de novelas e séries da Globo Irmão narra sofrimento de Nana durante internação: ‘Foi muito difícil’ Djavan, cantor, no Instagram: Initial plugin text “O Brasil perde hoje uma de suas maiores cantoras e eu uma amiga. Descanse em paz, Nana querida. Vamos sentir muito sua falta, sua voz continuará a tocar nossos corações.” Daniela Mercury, cantora, em entrevista à GloboNews: Nana tinha um dos repertórios mais lindos, diz Daniela Mercury "Uma das artistas que me ensinaram a cantar. (...) Era dona de uma das vozes mais belas, com um dos sons mais bonitos, e tinha uma interpretação muito profunda, muito tocante. As músicas que ela sempre cantou são de uma beleza, de um repertório deslumbrante." Veja o relato completo no vídeo acima. Milton Nascimento, cantor, no Instagram: Initial plugin text "Recebo com profunda tristeza a notícia da partida dessa grande amiga. Perder Nana Caymmi é perder parte da minha própria história. Recentemente tenho escutado diariamente a nossa interpretação de “Sentinela”, que muito me emociona. Nana estará pra sempre em meu coração e memória. Descanse em paz, querida amiga Veja Mais
Vanessa Moreno doma o ritmo, em show no Rio, com a musicalidade livre e exuberante que a agiganta no palco
Artista se sente em casa ao receber Joyce Moreno na excelente apresentação que arrematou a vitoriosa primeira temporada carioca da cantora paulista. Vanessa Moreno conquista o público carioca com temporada de quatro shows no projeto ‘Terças no Ipanema’ Rodrigo Goffredo ♫ OPINIÃO SOBRE SHOW Título: Vanessa Moreno Artista: Vanessa Moreno Data e local: 29 de abril de 2025 no Teatro Ipanema (Rio de Janeiro, RJ) Cotação: ★ ★ ★ ★ ★ ♬ Disse muito sobre Vanessa Moreno o fato de a cantora ter incluído músicas de Djavan e Rosa Passos no roteiro do último dos quatro shows feitos pela artista paulista ao longo do mês de abril na série Terças no Ipanema – bem-sucedido projeto criado por Flávia Souza Lima para ocupar com música as terças-feiras do Teatro Ipanema, palco importante na história da cultura carioca. Como Djavan e como Rosa Passos, Vanessa Moreno sabe balançar as estruturas do ritmo, domado pela cantora, compositora e instrumentista com musicalidade exuberante. Essa musicalidade livre agigantou Vanessa em cena e deslumbrou o público que encheu o Teatro Ipanema na noite de terça-feira, 29 de abril, para assistir à apresentação em que a anfitriã teve como convidada Joyce Moreno, outra eximia domadora de ritmo. A temporada serviu para revelar para o público da cidade do Rio de Janeiro (RJ) essa artista já conhecida em nichos antenados de São Paulo (SP) e celebrada por nomes nacionais como Edu Lobo e João Bosco. Nascida em dezembro de 1986 em São Bernardo do Campo (SP), a artista paulista se iniciou na música aos 15 anos, através do violão. Ao longo dos anos 2010, Vanessa firmou parcerias em discos e shows com instrumentistas como o baixista Fi Maróstica e o pianista Salomão Soares. Em 2017, a artista lançou o primeiro álbum solo, Em movimento, ao qual se seguiu Solar em 2023, ano em que a cantora começou a atrair mais atenções por ter integrado o time de intérpretes convidados por Edu Lobo para participar do disco e do show comemorativos dos 80 anos de vida do artista carioca. A série de shows no Terças no Ipanema flagrou Vanessa Moreno nesse momento de expansão de público e, verdade seja dita, a artista superou as já altas expectativas no palco dividido com o violonista baiano Tarcísio Santos, também ele um músico de alta qualidade. Vanessa Moreno divide o palco do Teatro Ipanema com Joyce Moreno Rodrigo Goffredo Como cada um dos quatro shows foi idealizado por Vanessa de acordo com o convidado da noite, a artista abriu o roteiro com medley com três músicas gravadas por Joyce Moreno no álbum divisor de águas Feminina (1980). Essa mulher (canção letrada por Ana Terra e lançada por Elis Regina em 1979) foi levada por Vanessa nos vocalizes e antecedeu o tema instrumental Aldeia de Ogum no número encerrado com o canto suave da canção Clareana, hit de Joyce em festival da TV Globo. O que se seguiu foi um show de ritmo. Vanessa Moreno remodelou os tons de Azul (Djavan, 1982), regulou a temperatura amena de Verão (Rosa Passos e Fernando de Oliveira, 1996), fez Flor de ir embora (Fátima Guedes, 1990) desabrochar com cores vivas e apresentou parceria ainda inédita com Ceumar, Ê, menina, dança, com movimentos coreográficos que realçaram as intenções da música. Ficou evidente no show que, na música de Vanessa Moreno, o ritmo pulsava além do canto e do violão, abarcando também o toque percussivo do próprio corpo da artista e do manuseio do que pareceu ser um plástico bolha. Foi como se a música saísse de todos os poros e da alma da artista em números como Zimbadoguê (2023), parceria de Vanessa com Dani Gurgel. Até o rei do ritmo Jackson do Pandeiro (1919 – 1982) se espantaria de ver e ouvir Vanessa xaxando no coco Sebastiana (Rosil Cavalcanti, 1953) ou plantando Bananeira (João Donato e Gilberto Gil, 1975) de improviso no roteiro, com modulações na voz que criaram o efeito de que a música era cantada por vários intérpretes em diálogos sagazes. Vanessa Moreno caiu no suingue com rara destreza, mas nem por isso a limpidez do canto ficou abafada. Com ênfase na melodia inebriante, a lembrança de Nasci para sonhar e cantar (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1982) mostrou que Vanessa sabe quando pode e quando não pode brincar com o ritmo, impressão confirmada com o sedutor canto a capella de Beatriz (Edu Lobo e Chico Buarque, 1983). Entre essas duas músicas, Vanessa reviveu Mercador de siri (1990), preparando o clima para a entrada de Joyce Moreno, que já gravou essa música no álbum Rio-Bahia (2006), dividido pela artista com Dori Caymmi, parceiro de Paulo César Pinheiro no tema lançado em disco pelo próprio Dori. Com Joyce Moreno, Vanessa Moreno se sentiu em casa, em família musical, embora inexista parentesco com a convidada. Mais do que mãe e filha na música, as artistas pareceram irmãs quando caíram serelepes no samba Adeus, América (Geraldo Jacques e Haroldo Barbosa, 1948), lançado pelo grupo Os Cariocas, porém já mais associado ao canto lapidar de João Gilberto (1931 – 2019), outro rei do ritmo. Com Joyce Moreno na voz e no violão, Vanessa reviveu a canção Mistérios (Joyce Moreno e Maurício Maestro, 1978), relembrou as lições naturalistas de Monsieur Binot (Joyce Moreno, 1981) e sublinhou o espírito feminino do show com o canto do Samba de mulher (1995), parceria de Joyce com Léa Freire. Guardado para o bis, com Joyce já de volta ao palco, o samba Feminina reforçou esse traço ideológico da apresentação em que Vanessa Moreno espalhou Lança perfume (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1980) com aroma próprio antes de interagir com a plateia no canto de Solar, autoral tema-título do segundo e por ora último álbum solo da artista. Lança perfume deixou no ar a sensação recorrente desde o início da apresentação. A ótima impressão – aliás, a certeza – de que essa mulher ainda pouco ouvida em âmbito nacional, essa senhora cantora de 38 anos, tira o pó das canções mais batidas e acha tudo natural. Porque é mesmo. No palco do Teatro Ipanema, ficou claro que a extraordinária musicalidade de Vanessa Moreno é mesmo da natureza da artista. Vanessa Moreno é cantora, compositora e instrumentista paulista, nascida em dezembro de 1986 Rodrigo Goffredo Veja Mais
Radialista Luiz Antonio Mello deixa no ar idealismo histórico que impulsionou o rock brasileiro entre 1982 e 1984
Morte do jornalista fluminense, aos 70 anos, traz à tona a saga da primeira emissora FM a tocar bandas como Legião Urbana e Paralamas do Sucesso. Luiz Antonio Mello (1955 – 2025) foi o fundador da Fluminense FM, a emissora 'maldita' Tetê Mattos / Divulgação ♫ OBITUÁRIO ♪ Seria exagerado creditar a ascensão mercadológica do rock brasileiro nos anos 1980 somente ao idealismo visionário do radialista e jornalista fluminense Luiz Antonio Mello (18 de fevereiro de 1955 – 30 de abril de 2025). Da mesma forma, seria injusto minimizar a relevante contribuição de LAM – como também era conhecido esse bendito niteroiense que morreu hoje, aos 70 anos, em decorrência de parada respiratória sofrida quando ia fazer ressonância magnética para tratar pancreatite – para o impulso do rock nativo a partir de 1982. Por isso, a notícia de que Luiz Antonio Mello saiu do ar para sempre enlutou o universo pop brasileiro. É que Mello foi o cara que, como resumiu Frejat em homenagem publicada na rede social do artista, “abalou as estruturas” de um sistema que envolvia gravadoras e emissoras de rádio. Foi através das ondas da Fluminense FM – a emissora conhecida como A maldita que entrou no ar em 1º de março de 1982 sob o comando de Mello – que as cartas do jogo mercadológico foram embaralhadas e que a geração 80 ganhou visibilidade imediata, se conectando com um público jovem que já não se identificava com a MPB. De 1982 a 1984, bandas desconhecidas como Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Kid Abelha e Biquini Cavadão entraram na programação da Fluminense FM – emissora que veiculava demos de grupos iniciantes – e de lá saltaram para o elenco de gravadoras multinacionais como EMI e WEA, fazendo antes escala no Circo Voador, palco carioca que também ajudou a amplificar o rock que pedia passagem naqueles tempos modernos. Idealista, Luiz Antonio Mello pôs no ar uma cena roqueira independente que pulsava nas garagens e nos porões. A estrutura da emissora era precária, mas a paixão era imensa. Essa historia heroica foi contada pelo próprio Luiz Antonio Mello no livro A onda maldita, editado em 1982. A narrativa do livro inspirou Tetê Mattos a dirigir o documentário A maldita, lançado em 2019. Entre o livro de Mello e o filme de Tetê, houve um segundo livro, Rádio Fluminense FM – A porta de entrada do rock brasileiro nos anos 80 (2005), escrito pela jornalista e baterista Maria Estrella. Mais recentemente, no ano passado, a história da Fluminense FM rendeu o filme Aumenta que isso aí é rock’n’roll (2024), com o ator Johnny Massaro interpretando Luiz Antonio Mello, relevante radialista e jornalista musical que, ao morrer, deixa no ar um capítulo crucial na história do rock brasileiro. Veja Mais
'Geni e o Zepelim' vai ser protagonizado pela atriz trans Ayla Gabriela após críticas
Filme tinha sido criticado após escalar originalmente uma atriz cis para a personagem, uma prostituta travesti na peça 'Ópera do Malandro'. Ayla Gabriela é a nova protagonista de 'Geni e o Zepelim' Divulgação Ayla Gabriela é a nova protagonista do filme "Geni e o Zepelim", adaptação da canção de mesmo nome de Chico Buarque. As gravações começam em breve na Amazônia. A escolha de uma atriz transgênero para o papel acontece depois de críticas feitas à produção, que havia escalado a atriz cisgênero Thiná Duarte para a personagem, uma travesti na peça "Ópera do Malandro". O filme é a estreia de Ayla como protagonista em um longa-metragem. A atriz e bailarina já protagonizou os curta “Pássaro Memória” (2023), de Leonardo Martinelli, e “Defesa Pura” (2025), de George Pedrosa. Ela também dirigiu e atuou no curta “A corpa fala” (2020), e integrou o elenco de “Santo” (2023) e de “Girassóis” (2024). O elenco conta ainda com Seu Jorge como o comandante do Zepelim, que se apaixona pela prostituta ribeirinha odiada pela comunidade local. "Revelada a nossa Geni", disse a diretora e roteirista Anna Muylaert ("Que horas ela volta?"), no Instagram. "A atriz Ayla Gabriela baphônica talentosa rainha." Initial plugin text Críticas A escolha de Thainá para interpretar a protagonista motivou críticas de artistas trans e do público geral. Afinal, a canção "Geni e o Zepelim" faz parte do musical "Ópera do Malandro", de 1978. Não há especificação do gênero da personagem na letra da música, mas, na peça, Geni é uma travesti. Com isso, a produção foi acusada de "transfake", nome dado à escalação de atores cisgênero para interpretar personagens trans. "Poxa, fico muito feliz com a notícia… mas uma atriz trans ou travesti dando vida a esse papel seria tão simbólico e poderoso.. Geni é uma personagem travesti", comentou a atriz Gabriela Medeiros, a Buba de "Renascer". Thainá Duarte sai do elenco de 'Geni e o Zepelim' Divulgação/Rodrigo Reis VÍDEO: Como pessoas trans já foram representadas no Oscar Veja como pessoas trans já foram representadas no Oscar Veja Mais
Os clipes de Gaga: g1 coloca todos os 25 vídeos da cantora na ordem (do pior ao melhor)
VÍDEO mostra minicríticas dos videoclipes da cantora, que se apresenta neste sábado (3), na Praia de Copacabana, no Rio. Lista tem 'Bad Romance', 'Judas', 'Telephone' e 'Abracadabra'. Os clipes de Gaga: g1 coloca todos os 25 vídeos da cantora na ordem (do pior ao melhor) Não dá para falar de Lady Gaga, que se apresenta na Praia de Copacabana neste sábado (3), sem mencionar os seus icônicos videoclipes. Ao longo dos seus 17 anos de carreira, a cantora raramente poupou esforços na hora de criar vídeos. Em sua invejável videografia, ela sempre caprichou em looks extravagantes, grandes performances e histórias mirabolantes. Na lista abaixo e no vídeo acima, o g1 coloca na ordem todos os clipes da carreira solo de Lady Gaga, do pior para o melhor. Não foram inclusos os vídeos referentes aos filmes estrelados por ela, como "Nasce uma Estrela" e "Coringa 2", nem do trabalho da cantora com Tony Bennett. 25º) Stupid Love (Chromatica) "Stupid Love" veio para o dançante "Chromatica", álbum de 2020, e não se importa em ser meio ridículo e brega, meio cena de "Power Rangers". Mas o resultado foi aquém do que se esperava de Gaga naquele momento, no primeiro disco dançante da cantora em anos. No combo expectativa versus entrega, entrou para o fim da lista. 24º) Eh Eh (Nothing Else I Can Say) (The Fame) Nesse colorido vídeo do início da carreira, Gaga é uma cantora pop (quase) comum, sexy, de saltos no lado italiano de Nova York. É uma dona de casa dos anos 50, que não se importa de cozinhar para o marido, e pouco tem a ver com basicamente todo o resto da persona da artista. Mas em retrospecto, tem algo de divertido em vê-la assim: é tão atípico para a cantora, que acaba tendo um tom de paródia. 23º) Million Reasons (Joanne) O clipe de "Million Reasons" cumpre seu papel: no disco "Joanne", ela queria se despir da extravagância e focar na música. Então, com um clipe em fundo branco, acabou fazendo um clipe que qualquer um faria - e para essa lista, não se compara às loucuras de Gaga. 22º) John Wayne (Joanne) O vídeo mais Gaga de "Joanne", não à toa dirigido por Jonas Åkerlund ("Paparazzi" e "Telephone"). Começa no fim de "Million Reasons", mas vai para outra direção, com um quê de filmes de Tarantino. Não é uma das obras-primas da cantora, mas é divertido. 21º) Die With a Smile feat. Bruno Mars (Mayhem) Em uma de suas empreitadas mais radiofônicas, Gaga uniu forças com Bruno Mars na balada "Die With a Smile". O clipe nostálgico não é nenhum espetáculo, mas é pelo menos mais interessante que a canção. Em um cenário televisivo dos anos 60, eles se apresentam como uma dupla de country pop, cantando para manequins sem rosto. 20º) Beautiful Dirty Rich (The Fame) É até difícil explicar o quão "cool" esse clipe era em pleno 2008. Bem a cara da virada para os anos 2010: tudo é festa, sexy, flash no interior das casas, ostentação e decadência. Meio "Gossip Girl". Podia ser só mais um vídeo da época, mas esse tem Lady Gaga (com um look tipo Grace Jones). Ela se esfrega na mesa, na estátua, toca piano com os pés... ali, já dava pra ver que essa cantora era diferente. 19º) Just Dance (The Fame) Na linha de "Beautiful Dirty Rich", o clipe de "Just Dance" recupera a casa pós-festa para inaugurar outra. Foi aqui que muitos de nós conhecemos a cantora, com top de globo de luz, raio à la Bowie no rosto e ofuscando o então-maior-que-ela Akon. 18º) The Edge of Glory (Born This Way) Um vídeo "minimalista" para a cantora, que de fato estava no "auge da glória" em 2011. Em um cenário noturno que simula as ruas de Nova York, ela e o saxofonista Clarence Clemons são os únicos participantes do vídeo. Então, enquanto a música rola, ela aproveita para se entregar à dança e à performance. Não é fácil sustentar um clipe praticamente sozinha, mas Gaga o faz sem dificuldade. 17º) LoveGame (The Fame) "Lovegame" mostra a Gaga de "Just Dance" com visuais um pouco mais estranhos, a caminho de abraçar a estranheza completa. Ela sensualiza no metrô, pega uma policial (mulher) e já aparece nua com dois homens. Bem ousado para uma artista que estava começando. 16º) Disease (Mayhem) Gaga inaugurou "Mayhem", álbum deste ano, com um clipe de poucos cenários, mas bem expressivo. É uma representação à la Gaga de uma luta interior: ela se agride, se machuca e foge da sua persona mais tirana. O maior investimento aqui é a na performance, teatral como sempre. 15º) Perfect Illusion (Joanne) O disco "Joanne" trouxe uma versão mais simples da cantora, sem grandes figurinos e clipes mais "pé na terra", literalmente. Mas isso não significa que ela se entregue menos: de shortinho e blusinha, ela se joga no chão, pula, chuta o ar e comanda a câmera a todo momento. "Perfect Illusion" é a Gaga rockstar em sua máxima expressão. 14º) Applause (ARTPOP) Para inaugurar o disco "Artpop", Gaga quis provar que se dispõe a tudo em nome do aplauso, e os visuais se inspiram na mescla comercial e artística de Andy Warhol. Com referências de "O Nascimento de Vênus" a "Metropolis" e até a cara dela em um pato, o clipe é bom - mas é um pouco "trabalho da sexta série", propositalmente. Não é dos mais bonitos e não foi dos mais compreendidos. 13º) Marry the Night (Born This Way) "Não é que eu seja desonesta, é que eu odeio a realidade. Por exemplo, essas enfermeiras estão de Calvin Klein". Neste clipe, Gaga é sua versão mais sincera e brutal ao falar de trauma. Em 2011, esse não era um lado tão conhecido da artista, que investiu em um vídeo semiautobiográfico que mais parece um curta cult europeu - até que, claro, ela comece a dançar em cenas meio "Fama" e "Flashdance". Um dos mais subestimados da cantora. 12º) Rain on Me feat. Ariana Grande (Chromatica) A segunda grande parceria da artista, com ninguém menos que Ariana Grande. As duas se divertem, dançam em um mundo distópico no clipe enquanto a distopia da pandemia assustava a gente aqui fora. Virou coreografia de TikTok, sim, mas a música também sobreviveu ao teste do tempo: da dança às roupas, é um dos trabalhos pós-2013 mais recriados por fãs. 11º) 911 (Chromatica) Mais uma obra surrealista de Gaga. Ela usa metáforas visuais para construir uma cena gradativamente mais bizarra e, no final, revela que se trata de uma alucinação dela mesma - que está sendo hospitalizada. É um dos poucos esforços didáticos da cantora em videoclipes. O vídeo mais "Gaga clássica" no "Chromatica", além de ser o mais bonito e com a moda mais impressionante. 10º) Poker Face (The Fame) O primeiro respiro de Lady Gaga em sua forma original. O vídeo tem a cantora em uma festa em casa, usando looks diferentões, controlando grandes cachorros e dançando em diferentes cenários. Segue a cartilha do clipe pop, mas os visuais já são todos esquisitos, meio futuristas. Bem "essa aqui promete". 9º) Abracadabra (Mayhem) "Abracadabra" é o verdadeiro retorno de Gaga ao esplendor pop em 2025 (ainda que mostre que nem ela está investindo mais em videoclipes muito caros). Com coreografias impressionantes, belos figurinos e a imponente Mistress Mayhem - que tenta "deturpar" a Gaga do bem -, foi esse clipe que avisou aos fãs antigos: Gaga está de volta, e não perdeu nenhuma de suas qualidades. 8º) G.U.Y (ARTPOP) O maior acerto do "Artpop". Nesse "filme" de 11 minutos, Gaga consolida a mistura do chique com o "vulgar", do comercial com o artístico. Participantes de reality show posam em um cenário greco-romano, Minecraft se mistura com Michael Jackson e Jesus Cristo, e para Gaga, tudo é arte e cultura. Para completar, ainda há uma inversão de papeis de gênero. 7º) Yoü and I (Born This Way) Outro "absolute cinema" da artista, com direito a uma Gaga sereia, sexy e "monstruosa". Ela dá uns amassos em seu próprio alterego masculino, Jo Calderone, e mescla a estética da fazenda e do campo com visuais à la "Mad Max". É um dos vídeos mais bem-feitos de Gaga. 6º) Judas (Born This Way) Diva pop que é diva pop não passa a carreira sem irritar a igreja católica. Interpretando uma espécie de Maria Madalena em um grupo de motociclistas, Gaga conseguiu fazer de "Judas" um dos seus clipes mais polêmicos. Mas a música ganhou um revival a longo prazo e, até hoje, a coreografia é uma das mais queridas da artista. 5º) Telephone feat. Beyoncé (The Fame Monster) Um capítulo essencial na história da música pop recente. Duas titãs se unem em um clipe divertido, irônico, fashion e fora da caixinha. Em nome da parceria, Beyoncé faz uma concessão e é engraçadinha como raramente se propõe a ser. "Você foi uma garota muito, muito má, Gaga". Tão impactante que até hoje todo mundo pede parte 2 - e Gaga jura que vai rolar. 4º) Born This Way (Born This Way) "Born This Way" se tornou o hino LGBTQ+ de Gaga e, para isso, contou com a ajuda de um clipe surrealista e marcante. Começa com o manifesto da "mother monster" (mãe monstro), que dá à luz todos os seres de alguma estranheza - assim, convocando todos que se sentiam desajustados ou excluídos. Depois, seminua, a cantora aparece com próteses que simulam ossos pontudos no rosto, expondo sua própria estranheza. Ao se mostrar ao mesmo tempo diferente e acessível, ela fez fãs acreditarem que tudo bem ser eles mesmos. 3º) Alejandro (The Fame Monster) Um dos videoclipes mais épicos de Gaga, dirigido por ninguém menos que Steven Klein. É bonito, sexy, estranho, minimalista e sombrio. Em um mundo militar homo-erótico, Gaga é a dominatrix, a líder e o objeto de consumo. Ela sofre, mas se expressa e comanda. O vídeo ainda tem uma sequência de dança meio "Cabaret", meio "Vogue". Ao todo, é um clipe que se inspira em referências passadas, mas o resultado é à frente de seu tempo. 2º) Paparazzi (The Fame) Nas palavras da própria Gaga: "talentoso, brilhante, incrível, surpreendente, espetacular, nunca igual, totalmente único, completamente nunca feito antes, sem medo de fazer referência ou não fazer referência". Com mais de 7 minutos, "Paparazzi" é um filme com tragédia, crimes, uma crítica à fama e a si mesma - tudo em um só combo. Também foi um dos primeiros atestados de como Gaga usa a moda (looks de Mugler, Dior, Chanel, Dolce & Gabbana, entre outros) para se expressar e contar uma história. Em 2009, não havia ninguém fazendo o que Gaga fez em "Paparazzi", e ainda não há hoje em dia. 1º) Bad Romance (The Fame Monster) Existe uma Gaga (e uma música pop) antes e outra depois de "Bad Romance". Naquele momento, ela estava ansiosa por provar todo o seu potencial, e ainda não tinha a sombra do próprio trabalho para lidar. Então, uniu uma coreografia inesquecível a visuais estranhos e sensuais, escancarando seu talento para o drama e excentricidade. Em uma época que tanto a televisão, quanto o YouTube, atraíam audiências para videoclipes, Gaga acertou em cheio. Com esse clipe - que hoje, acumula mais de 1 bilhão de visualizações - a cantora cimentou seu lugar no hall das divas pop e nunca mais olhou pra trás. Lady Gaga no clipe de 'Bad Romance' Reprodução/YouTube Veja Mais
Show de Lady Gaga em Copacabana
Apresentação será o maior da carreira da artista e está prevista para começar às 21h45 de sábado; veja como assistir. Show de Lady Gaga em Copacabana Apresentação será o maior da carreira da artista e está prevista para começar às 21h45 de sábado; veja como assistir. Transmissão começa às 21h15 no Multishow e no Globoplay, e na TV Globo logo após a novela 'Vale Tudo'. . Você também pode acompanhar a transmissão aqui nesta página do g1, no Multishow, no Globoplay e no gshow.. Veja as alterações no trânsito e como chegar. Palco, repertório, turismo: tudo sobre o show de Gaga. Vai chover no show? Veja a previsão do tempo Veja Mais
Roberto Carlos, vilãs de novelas e mais: os melhores momentos do show de 60 anos da Globo
Grandes nomes da música e dramaturgia brasileira fizeram um espetáculo na noite desta segunda-feira (28) para celebrar os 60 anos da TV Globo. Veja como foi o show de 60 anos da TV Globo O "Show 60 anos", celebração dos 60 anos da TV Globo, aconteceu nesta segunda-feira (28) e reuniu na arena grandes nomes da dramaturgia, do esporte, do entretenimento e do jornalismo. A apresentação contou com homenagens a personagens e artistas que fizeram história na Globo, além de shows especiais. Veja os melhores momentos: Apresentação do Rei O programa contou logo no seu início com uma apresentação emocionante de Roberto Carlos, que participou da história da emissora durante 5 das 6 décadas da Globo. Roberto Carlos comemora os 60 anos da Globo Encontro de vilãs O show teve ainda números divertidos que uniram teledramaturgia e música, como uma cena das vilãs históricas das novelas disputando o protagonismo. Nazaré ("Senhora do Destino"), Carminha ("Avenida Brasil"), Raquel ("Mulheres de Areia"), Branca ("Por Amor") e mais personagens icônicas reapareceram em tela. Vilãs Homenagem ao jornalismo William Bonner e Renata Vasconcellos também participaram, lembrando da trajetória de Roberto Marinho e os momentos marcantes do jornalismo da Globo. TV Globo 60 anos Reprodução Celebração do humor Programas de humor como o "Cassino do Chacrinha", "Sai de Baixo", "Tapas e Beijos" e muito mais também foram lembrados, com participações especiais dos atores e humoristas da Globo. Miguel Falabella e Marisa Orth no 'Show 60 anos' Reprodução/TV Globo Atletas da ginástica O esporte foi homenageado com uma apresentação de ginastas como Rebeca Andrade e Daiane dos Santos, seguida por uma celebração a atletas de várias modalidades. Ginastas brasileiras se apresentam no 'Show 60 anos' Reprodução/TV Globo Angélica e Xuxa Angélica apareceu vestida como a personagem Fada Bela, de "Caça Talentos", e cantou a nostálgica "Dança da Fadinha". A rainha dos baixinhos também apareceu: Xuxa levou a sua nave e paquitas ao palco do show de 60 anos, e aproveitou para cantar "Ilariê". Xuxa no 'Show 60 anos' Reprodução/TV Globo Quem deixou saudades Um momento de grande emoção foi a exibição de um vídeo em homenagem a artistas, jornalistas e outros profissionais que trabalharam na emissora e já morreram. Enquanto as imagens foram exibidas, João Gomes e Fafá de Belém cantaram "Canção da América". 'Show 60 anos' da Globo relembra personalidades que deixaram saudades Amigos e amigas Em uma celebração do sertanejo, os "amigos" Chitãozinho & Xororó e Zezé Di Camargo & Luciano se apresentaram e foram seguidos pelas "amigas" Ana Castela, Maiara & Maraisa, Lauana Prado e Simone Mendes. Amigos e Amigas se apresentam no 'Show 60 anos' Reprodução/TV Globo Sandy & Júnior Uma das duplas mais queridas do Brasil subiu ao palco do "Show 60 anos" para uma apresentação especial de "Vamos Pular". Sandy e Júnior Humoristas de várias gerações Em outro segmento, humoristas de várias gerações da Globo receberam homenagens, em uma esquete conduzida por Paulo Vieira, Fábio Porchat e Tatá Werneck. Porchat, Paulo Vieira e Tatá Werneck Reprodução/TV Globo Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa... O emocionante encerramento não poderia ser outro: a clássica "Um Novo Tempo" foi cantada por Péricles e Daniel. Ao lado deles, grandes atores, apresentadores e humoristas celebraram a data especial da Globo. Initial plugin text Veja Mais
TV Globo 60 anos: veja bastidores dos dias históricos em que o Jornal Nacional foi feito em família
O repórter Pedro Bassan acompanhou as viagens do JN pelo Brasil e esteve com outras famílias de telespectadores da Globo. TV Globo 60 anos: veja bastidores dos dias históricos em que o Jornal Nacional foi feito em família O repórter Pedro Bassan acompanhou as viagens do Jornal Nacional pelo Brasil na semana passada e esteve com outras famílias de telespectadores da Globo. Veja a visão que ele teve dos dias históricos em que o Jornal Nacional foi feito em família. Assista à reportagem completa no vídeo acima. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Acompanhe as 60 horas de programação especial entre 25 e 28 de abril TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Sul, região com capacidade de se reconstruir e que provoca admiração TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Sudeste, seus desafios e conquistas TV Globo 60 anos: veja bastidores dos dias históricos em que o Jornal Nacional foi feito em família Jornal Nacional/ Reprodução TV Globo 60 anos: veja bastidores dos dias históricos em que o Jornal Nacional foi feito em família Jornal Nacional/ Reprodução TV Globo 60 anos: veja bastidores dos dias históricos em que o Jornal Nacional foi feito em família Jornal Nacional/ Reprodução TV Globo 60 anos: veja bastidores dos dias históricos em que o Jornal Nacional foi feito em família Jornal Nacional/ Reprodução TV Globo 60 anos: veja bastidores dos dias históricos em que o Jornal Nacional foi feito em família Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais
Show 60 anos: Globo comemora aniversário em apresentação com grandes nomes da música, dramaturgia e jornalismo
Convidados que fazem e fizeram parte da história da emissora formaram a plateia. Roberto Carlos comemora os 60 anos da Globo Grandes nomes da música e dramaturgia brasileira fizeram um espetáculo na noite desta segunda-feira (28) comemorando os 60 anos da TV Globo. O programa, transmitido ao vivo de uma arena na Zona Oeste do Rio, contou logo no seu início com uma apresentação emocionante de Roberto Carlos, que participou da história da emissora durante 5 das 6 décadas da Globo. Os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos também participaram, lembrando da trajetória de Roberto Marinho. Programas históricos como o "Cassino do Chacrinha" também foram lembrados, em uma homenagem que foi seguida pelo encontro de Marcos Mion e Luciano Huck. O show teve ainda números divertidos que uniram teledramaturgia e música, como uma cena das vilãs históricas das novelas disputando o protagonismo, em uma esquete que emendava em show de Ivete Sangalo. A festa recebeu convidados de diferentes eras da emissora, que fazem ou fizeram parte da história da Globo. Veja aqui fotos de alguns deles. Ao todo, quatro mil pessoas assistiram no local o espetáculo. O esporte também foi lembrado, tanto em uma apresentação de ginastas campeãs como Rebeca Soares e Daiane dos Santos, seguida por uma homenagem a atletas olímpicos de várias modalidades. Depois, jogadores e jogadoras de futebol foram homenageados. Porchat, Paulo Vieira e Tatá Werneck Reprodução/TV Globo Em outro segmento, humoristas de várias gerações da Globo receberam homenagens, em uma esquete conduzida por Paulo Vieira, Fábio Porchat e Tatá Werneck. Um momento de grande emoção foi a exibição de um vídeo em homenagem a artistas, jornalistas e outros profissionais que trabalharam na emissora e já morreram. O ‘Show 60 anos’ tem direção artística de Antonia Prado e direção de Dennis Carvalho, João Monteiro, Henrique Sauer, Gian Carlos Bellotti, Renan de Andrade e Marcelo Amiky. A produção é de Bárbara Maia, Natalia Daumas e Matheus Pereira. O roteiro é Carlyle Junior, Alberto Renault, Leonardo Lanna, Ricardo Linhares e Juan Jullian. A direção de gênero é de Monica Almeida. Renata Vasconcellos e William Bonner falam sobre trajetória de Roberto Marinho A comemoração envolveu mais de 200 artistas de diferentes áreas, como música, esporte e dramaturgia. O grande cenário onde os famosos passaram é o maior já produzido pela emissora e envolve 550m2 de painéis de LED e 80 toneladas de equipamentos. A transmissão contou com 12 câmeras de cinema. Entre as atrações musicais, estiveram: Roberto Carlos Ivete Sangalo IZA Sandy e Junior Angélica Xuxa Fábio Jr. Daniel Péricles Gilberto Gil Ana Castela MC Cabelinho Lulu Santos Luana Prado Maiara e Maraisa Chitãozinho & Xororó Simone Mendes João Gomes Paulinho da Viola Zezé Di Camargo e Luciano Fafá de Belém Negra Li Alexandre Pires Roupa Nova Zeca Pagodinho As Frenéticas Os artistas sobem ao palco em parceria para comemorar os 60 anos, e as apresentações serão transmitidas nos seguintes meios: Redes sociais da TV Globo, Globoplay, gshow, g1, canal Viva e Multishow E nos sites: g1, gshow e globoplay 'Show 60 anos' da Globo relembra personalidades que deixaram saudades Roberto Carlos se apresenta no show TV Globo 60 anos Reprodução Gilberto Gil Reprodução/TV Globo 60 anos de Globo Reprodução/TV Globo TV Globo 60 anos Reprodução Vilãs históricas da Globo Manoella Mello/Divulgação Ivete Sangalo - 60 anos da Globo Reprodução TV Globo 60 anos Reprodução Palco do show de 60 anos da Globo Reprodução/RJ2 TV Globo 60 anos Reprodução César Tralli mostra detalhes do Show 60 anos, que comemora o aniversário da TV Globo SP2 e RJ2 são transmitidos simultaneamente para mostrar a festa de 60 anos da TV Globo Veja Mais
Bom Dia Minas, MG1 e MG2 ganham vinhetas especiais com artistas mineiros para celebrar 60 anos da TV Globo; assista
Clássicas músicas-tema dos telejornais ganharam releituras em diferentes estilos musicais. Ao todo, cinco novas versões foram produzidas e a última será exibida na noite desta segunda-feira (28). Trio Parada Dura, Pato Fu, Coral Black to Black e Flávio Renegado ficaram responsáveis pelas vinhetas especiais do Bom Dia Minas, do MG1 e do MG2. Reprodução/TV Globo As equipes da TV Globo em Minas Gerais não economizaram na criatividade para as celebrações dos 60 anos da emissora! Veja Mais
‘Ladrões vovôs’ vão a julgamento por roubo de joias de Kim Kardashian
Grupo de 10 pessoas será julgado pelo tribunal criminal, em Paris, a partir desta segunda (28). Crime aconteceu em 2016; ladrões levaram um anel de noivado de 4 milhões de dólares. Kim Kardashian durante o Baby2Baby Gala, em novembro de 2022 Jordan Strauss/Invision/AP Um grupo de homens apelidados de “ladrões vovôs” vai a julgamento nesta segunda-feira (28) acusado de assaltar a empresária e influenciadora Kim Kardashian, que ficou sob a mira de armas e teve joias avaliadas em milhões de euros roubadas durante a Semana de Moda de Paris, em 2016. Segundo a agência de notícias Reuters, vários dos acusados estavam próximos ou já em idade de aposentadoria na época do assalto, que foi considerado na ocasião o maior roubo envolvendo uma única pessoa na França em mais de 20 anos. Kardashian viajará a Paris em maio para prestar depoimento no julgamento, que deve durar quase um mês, segundo seu advogado. De acordo com os investigadores, os suspeitos, vestindo máscaras de esqui e roupas com insígnias da polícia, amararam a celebridade bilionária com abraçadeiras plásticas e fita adesiva, antes de fugir com um anel de noivado de 4 milhões de dólares, presente de seu então marido, o rapper Kanye West, além de outras joias. “Eles repetiam: ‘o anel, o anel’”, contou Kardashian em uma entrevista a David Letterman em 2020, durante a qual chorou ao relembrar o medo de ser estuprada naquela noite. “Eu olhava para o porteiro,” continuou ela, referindo-se ao funcionário do prédio de luxo que foi forçado sob a mira de uma arma a levar a gangue até seu apartamento. “Eu pensava: ‘Vamos morrer? Apenas diga a eles que eu tenho filhos, tenho bebês... eu preciso voltar para casa’.” Vestígios de DNA encontrados nas abraçadeiras usadas para amarrar os pulsos de Kardashian ajudaram a polícia a efetuar prisões em janeiro de 2017. Ao todo, 10 pessoas serão julgadas pelo tribunal criminal. Cinco delas enfrentam acusações de roubo à mão armada e sequestro. Os outros são acusados de cumplicidade no assalto ou de porte ilegal de arma. Um dos acusados, Yunice Abbas, de 71 anos, admitiu sua participação no roubo — e até escreveu um livro sobre isso. Abbas, que passou 20 anos da vida adulta na prisão, contou ao canal de TV francês TF1 que o “grande golpe” seria o último. Ele disse que soube que o alvo era um grande diamante, mas não sabia que se tratava da estrela de The Kardashians. Chloe Arnoux, advogada de Aomar Ait Khedache — apelidado de “Omar, o Velho” e acusado de ser o líder do grupo (o que ele nega) — disse que seu cliente pode passar o resto da vida na prisão devido à idade avançada. Ela afirmou, em entrevista à BFM TV, que ele chegou a escrever uma carta de desculpas a Kardashian, mas a correspondência foi interceptada pelas autoridades. Kim Kardashian é vítima de assalto milionário em Paris Veja Mais
Caetano Veloso canta para o mundo ficar ‘Odara’ ao participar da gravação do show de Xande de Pilares no Rio
Caetano Veloso (à esquerda) e Xande de Pilares no palco da casa Vivo Rio na gravação ao vivo do show ‘Xande canta Caetano’ na noite de ontem, 26 de abril Ricardo Nunes / Divulgação Vivo Rio ♫ NOTÍCIA ♪ Caetano Veloso cantou quatro músicas com Xande de Pilares na gravação audiovisual do show Xande canta Caetano, captado na apresentação feita pelo sambista carioca na noite de ontem, 26 de abril, na casa Vivo Rio, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Na disposição do roteiro seguido por Xande, Caetano entrou no show em Irene (1969), única canção que compôs na prisão, tendo a irmã caçula como musa inspiradora, e que gravou no álbum Caetano Veloso (1969) com arranjo que evocava a pisada do baião. Na sequência, Caetano cantou Desde que o samba é samba (2002) com Xande e encerrou a primeira participação no show com o canto de Odara (1977), música dançante em que embutiu a sentença “sem anistia”, impulsionando o coro da plateia. No bis, Caetano voltou ao palco da casa Vivo Rio e, em dueto com Xande, reacendeu A luz de Tieta (1996), samba-reggae de efeito infalível em qualquer show. Ao fazer o registro audiovisual do show Xande canta Caetano, o artista carioca seguiu basicamente o roteiro trilhado desde a estreia da turnê nacional em 2 de junho de 2024, em Salvador (BA), em apresentação que teve intervenções do mesmo Caetano nas músicas Gente (1977), Lua de São Jorge (1979), Desde que o samba é samba (1993) e A luz de Tieta (1996). Contudo, houve sutis novidades no roteiro, como a inclusão do rock Podres poderes (1984), transportado por Xande de Pilares para o universo do samba neste show que já está prestes a completar dois anos em cena, em trajetória potencializada pela aclamação do álbum também intitulado Xande canta Caetano e lançado em agosto de 2023. Caetano Veloso e Xande de Pilares cantam juntos as músicas ‘Irene’, ‘Odara’, ‘A luz de Tieta’ e ‘Desde que o samba é samba’ na gravação audiovisual Ricardo Nunes / Divulgação Vivo Rio Veja Mais
‘A banana me persegue até hoje’: Reginaldo Faria lembra cena icônica de ‘Vale Tudo’ e fala de set preferido
Spoiler: cenário que o ator escolheu não foi de ‘Vale Tudo’. Faria completa 60 anos de carreira em 2025. ‘A banana me persegue até hoje’: Reginaldo Faria lembra cena icônica de ‘Vale Tudo’ O último capítulo de “Vale Tudo”, que foi ao ar em 6 de janeiro de 1989, foi cheio de surpresas e momentos marcantes. Um dos mais memoráveis foi quando Marco Aurélio, vivido por Reginaldo Faria, deu uma “banana” para o Brasil enquanto fugia do país com Leila, personagem de Cassia Kis — e assassina de Odete Roitman. “A banana me persegue até hoje!”, brincou Reginaldo Faria, em entrevista ao “Expedição Rio” deste sábado (26). ASSISTA À 1ª VERSÃO NOVELA NO GLOBOPLAY O “Expedição Rio”, programa que desbrava o território fluminense e mostra lugares que muito carioca não conhece, chega à 5ª temporada pegando carona nos 60 anos da TV Globo, revisitando cenários de produções históricas. LEIA MAIS: Marcos Frota volta a set da novela ‘Mulheres de Areia’ em Paraty e vê escultura de Tonho da Lua Reginaldo Faria no Expedição Rio Reprodução/TV Globo Cena da banana no final de 'Vale Tudo' Reprodução/TV Globo No papo com Alexandre Henderson e Daniella Dias, Reginaldo contou um pouco dos 60 anos de carreira e do peso da cena da banana. “O Marco Aurélio era um personagem comum dentro daquele ambiente corrupto. Para grande surpresa, quando eu saía pelas ruas, as pessoas me aplaudiam e me pediam autógrafo. Naquela época, não tinha selfie, mas tinha o autógrafo”, lembrou. Faria destaca como a cena se tornou um símbolo de resistência e indignação popular. “Eu comecei a entender que essas pessoas estavam aplaudindo aquele camarada que deu uma banana por um processo político totalmente corrupto”, definiu. “Eu não sei quantas bananas eu já dei nessas entrevistas. Talvez um cacho ou talvez uma bananeira, não sei, e não fica madura, né? Não fica”, riu. Reginaldo Faria e Betty Faria em 'Água Viva', de 1980 Reprodução/TV Globo O “Expedição” quis saber de Faria qual seu set favorito. E não foi de “Vale Tudo”. “Eu acho que o guardadinho no coração foi ‘Água Viva’, de 1980, quando a gente ia para alto-mar. A minha primeira impressão dessa novela foi que a gente ia ter uma felicidade infinita, porque a gente saía tipo 6h dali da Urca e ia para alto-mar, viajava 3 horas até chegar ao local da pesca. Esses momentos para mim foram muito mágicos, sublimes”, descreveu. ASSISTA À NOVELA NO GLOBOPLAY Ele também mencionou os desafios das gravações no mar. “Ao mesmo tempo, vem uma outra coisa que também me deixava muito temeroso, porque a gente passava muito mal naquele iate!”, brincou. ASSISTA À ÍNTEGRA DO EPISÓDIO: Expedição Rio Veja Mais
Sá & Guarabyra anunciam a dissolução da dupla por ‘causas naturais’
Sá (à esquerda) e Guarabyra se separam após cumprir os quatro shows previstos na agenda da dupla Reprodução / Facebook Sá & Guarabyra ♫ NOTÍCIA ♪ Sá & Guarabyra anunciaram a dissolução da dupla em comunicado postado nas redes sociais na tarde deste sábado, 26 de abril. Em cena como dupla desde 1974, mas juntos na música desde 1971 como integrantes do trio Sá, Rodrix & Guarabyra, os artistas atribuem a separação a “causas naturais” e enfatizam que a decisão de dissolver a dupla aconteceu de forma espontânea, sem a existência de “questões discordantes”. Brigas, em bom português. “O fato de morarmos há bastante tempo em cidades e estados diferentes acabou por nos fazer criar raízes diversas com outros parceiros mais frequentes e próximos”, justificam Sá & Guarabyra. A separação acontece após 53 anos de carreira, se contabilizado o tempo do trio com Zé Rodrix (1947 – 2009). Antes de se separar, a dupla fará, entre 31 de maio e 25 de setembro, os quatro shows já assumidos em agenda que inclui apresentações em São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Belo Horizonte (MG) e Itajaí (SC). Em trio com Rodrix ou em dupla, o carioca Luiz Carlos Pereira de Sá e o baiano Guttemberg Nery Guarabyra são expoentes de um gênero musical rotulado como rock rural. Iniciada em 1974 com a edição do álbum Nunca, a discografia da dupla atingiu pico de popularidade três anos depois com o lançamento do álbum Pirão de peixe com pimenta (1977), cujo repertório destacou a canção Sobradinho (Luiz Carlos Sá e Guttenberg Guarabyra) e a gravação original de Espanhola, parceria de Guarabyra com Flávio Venturini, que regravou a balada com mais sucesso em 1982. Sá & Guarabyra tiveram participação relevante na trilha sonora da novela Roque Santeiro (1985 / 1986), como autores e intérpretes do tema-título Roque Santeiro e da música Verdades e mentiras, além de serem os compositores de Dona, balada propagada nacionalmente na gravação do grupo Roupa Nova. Cinco anos depois, a dupla brilhou na trilha sonora da novela Pantanal (1990) com a música Estrela natureza, um dos temas principais da épica saga rural do novelista Benedito Ruy Barbosa. Comunicado em que a dupla Sá & Guarabyra anuncia a dissolução da dupla Reprodução / Facebook Sá & Guarabyra Veja Mais
10 coisas que você sempre quis saber sobre a Globo
Neste sábado (26), TV Globo celebra aniversário de 60 anos. Bruna Azevedo, Thalita Ferraz e Otavio Camargo/g1 Nos 60 anos da TV Globo, o g1 decidiu responder questões que você sempre quis saber, mas tinha vergonha de perguntar. Nos vídeos e infográficos abaixo, você vai descobrir os bastidores de programas da emissora como "BBB", "Domingão" e "Fantástico". William Bonner explica como são escolhidas as notícias que abrem o "Jornal Nacional" e Ana Maria Braga mostra para onde vão as comidas que sobram no final do "Mais Você". Você também vai descobrir quem são os cavalinhos e de onde Fábio Porchat tira tanta história incrível. As formas como são escolhidos os filmes da "Sessão Tarde", as novelas do "Vale a Pena Ver de Novo" e as trilhas da sua novela favorita também são reveladas. Ah, e aquela música icônica da Globo que não sai da sua cabeça (na hora da tensão ou da vitória) também vai ser explicada na lista abaixo. Como são escritos os discursos de eliminação do “BBB”? Como são escolhidos os participantes do “Dança dos Famosos”? Quem controla os cavalinhos do “Fantástico”? Como funciona a escolha da escalada do “Jornal Nacional”? Para onde vão as comidas do "Mais Você" depois da gravação? Como uma música vai parar na trilha de uma novela? Como são selecionados os causos de “Que história é essa, Porchat?” Como são escolhidos os filmes da “Sessão da Tarde”? Como se escolhe as novelas do “Vale a pena ver de novo”? Do Plantão ao Tema do Senna: como se faz vinheta instrumental? Como são escritos os discursos de eliminação do “BBB”? Como são escritos os discursos do 'BBB'? Leia a reportagem completa sobre o 'BBB' Como são escolhidos os participantes do “Dança dos Famosos”? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Leia a reportagem completa sobre a 'Dança dos Famosos' Quem controla os cavalinhos do “Fantástico”? Globo 60 anos: conheça quem dá vida aos cavalinhos do Fantástico Leia a reportagem completa sobre o 'Fantástico' Como funciona a escolha da escalada do “Jornal Nacional”? Como funciona a escolha da escalada do “Jornal Nacional”? Leia a reportagem completa sobre o 'Jornal Nacional' Para onde vão as comidas do “Mais Você” depois da gravação? Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Leia a reportagem completa sobre o 'Mais Você' Como uma música vai parar na trilha de uma novela? Como uma música vai parar na trilha sonora de uma novela? Leia a reportagem completa sobre trilhas de novela Como são selecionados os causos de “Que história é essa, Porchat?”? Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Leia a reportagem completa sobre 'Que história é essa, Porchat'? Como são escolhidos os filmes da “Sessão da Tarde”? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Leia a reportagem completa sobre o 'Sessão da Tarde' Como se escolhe qual novela do “Vale a pena ver de novo”? Como se escolhe as novelas do 'Vale a pena ver de novo'? Leia a reportagem completa sobre o 'Vale a pena ver de novo' Do Plantão ao Tema do Senna: como se faz vinheta instrumental? Do Plantão ao Supercine: como é feita uma vinheta instrumental? Leia a reportagem completa sobre vinhetas instrumentais Veja Mais
Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Sul, região com capacidade de se reconstruir e que provoca admiração
O trabalho dos colegas das emissoras afiliadas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná fez o país inteiro testemunhar momentos muito desafiadores para as famílias que vivem na região. 60 anos da TV Globo: JN celebra conexão com o Sul Na comemoração dos sessenta anos da Globo, a gente tem relembrado, no Jornal Nacional, os muitos motivos de orgulho dos brasileiros de cada região. Hoje, é a vez de celebrar a conexão do nosso jornalismo com os estados do Sul. O trabalho dos colegas das emissoras afiliadas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná fez o país inteiro testemunhar momentos muito desafiadores para as famílias que vivem aqui. Fenômenos climáticos extremos, por exemplo, comprovaram uma capacidade inesgotável que o Sul do país tem de se reconstruir. Mas essa região também provoca admiração com a inventividade, com soluções urbanas inovadoras, com um talento especial para realizar festas absolutamente encantadoras. E é isso que a gente vai relembrar agora: os muitos motivos de orgulho desses brasileiros, que o jornalismo da Globo compartilhou com o país inteiro em todos esses anos. Família tira foto na frente da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Veja Mais
Como se escolhe as novelas do 'Vale a pena ver de novo'?
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem a perguntas que o público sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como se escolhe as novelas do 'Vale a pena ver de novo'? No ar há 45 anos, o "Vale a Pena Ver de Novo" oferece não apenas nostalgia aos saudosistas, como também descobertas a amantes da teledramaturgia brasileira. É por isso que a escolha de suas novelas passa por um processo de várias etapas. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Do Plantão ao Tema do Senna: como é feita uma vinheta instrumental? Como uma música vai parar na trilha sonora de uma novela? Como funciona a escolha da escalada do 'Jornal Nacional'? Diretor de conteúdo da TV Globo, Gabriel Jacome explica que as novelas do "Vale a Pena" são escolhidas a partir de análises, elaboradas por diferentes setores. Primeiro, se estuda a programação completa da emissora. Depois, a ideia é debater questões como "quais temas podem ser mais explorados?", "o que está faltando?", "como é o comportamento dos noveleiros de hoje?". Para uma novela ser reprisada, ela precisa atender a esses requisitos: Ter sido exibida originalmente há pelo menos cinco anos; Ter importância para a teledramaturgia brasileira; Ter um enredo que conecta passado e presente; A prioridade é uma novela clássica e/ou de bastante sucesso. Quanto mais icônicos forem seus personagens, cenas e até diálogos, mais chances ela terá de ser reprisada. "A gente pensa: 'O que comporia bem a programação atual?'. Às vezes, é uma novela dos anos 2000, por exemplo. Outras, é dos anos 1980, como 'Tieta' que está sendo exibida agora. É um quebra cabeça para ter uma oferta diversa. Esse é o principal termômetro, não importa se a novela é antiga ou recente", diz Gabriel. A decisão Qualquer novela pode ser reexibida mais de uma vez. Nesse caso, não existe tempo mínimo entre as reprises, apenas a exigência de não soar enjoativo. Embora não seja regra, a escolha da obra também é influenciada por sua faixa de horário. Geralmente, a reprise que passa às 14h45 é uma novela originalmente exibida às 18h, enquanto o "Vale a Pena" das 17h25 traz uma novela que, no passado, era das 19h ou 21h. O diretor também explica que, como a grade da TV Globo é composta por programas ao vivo, alguns capítulos podem ter a duração ajustada, com pequenos cortes de cena que não prejudiquem o enredo. Após a novela ser escolhida, as equipes começam a trabalhar nas questões jurídicas de pagamento de direitos autorais e musicais, assim como detalhes comerciais. Pouco depois, todo ciclo volta se repetir. "Existem clássicos como 'Cinderela' e 'Branca de Neve', que nunca envelhecem. No Brasil, esses clássicos são as novelas", afirma Gabriel. "E os noveleiros são os maiores fãs da TV Globo." Veja Mais
Como uma música vai parar na trilha sonora de uma novela?
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como uma música vai parar na trilha sonora de uma novela? Quatro minutos de cena foram suficientes para que a música “Love by Grace”, de Lara Fabian, se tornasse parte do imaginário coletivo brasileiro. Mesmo quem não acompanhou “Laços de Família” no ano 2000 sabe: é a trilha sonora do momento dramático em que Carolina Dieckmann raspa o cabelo. As trilhas sonoras das novelas da Globo se tornam memória afetiva para muita gente. Ao longo dos 60 anos de TV, elas não só emocionaram o público, como viraram memes e até se tornaram hits improváveis de artistas no Brasil. Mas para que cada uma dessas canções entrasse para o nosso repertório - além dos CDs e vinis nas casas brasileiras -, uma equipe trabalhou para estudar as melhores opções. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Do Plantão ao Tema do Senna: como é feita uma vinheta instrumental? O processo de seleção Ao g1, a equipe responsável pela produção musical da programação explicou como essa escolha é feita: A equipe recebe a sinopse da novela e o roteiro dos primeiros capítulos, para compreender o perfil psicológico dos personagens e como será a história; Então, é feito um organograma dos personagens para mapear a relação entre eles; Há reuniões entre o time de Produção Musical, a direção e o autor da novela para chegar na "identidade sonora" da novela; Cria-se uma "playlist ideal", nome dado para a primeira lista de todas as músicas que funcionariam bem na história; Uma vez aprovada, a playlist vai para a equipe de Direitos Musicais, que negocia a liberação dessas faixas. Carolina Dieckmann em 'Laços de Família' Reprodução Como uma música entra para uma novela? Nos primeiros anos, as trilhas eram encomendadas a um ou a uma dupla de compositores e outros artistas gravavam. Isso só mudou em "Pecado Capital" (1975), quando as músicas inéditas de todas as gravadoras passaram a ser cogitadas para o repertório das tramas. Hoje, a equipe recebe a sinopse da novela e o roteiro dos primeiros capítulos e, então, já começa uma pesquisa de repertório. Segundo Juliana Costantini, gerente de conteúdo e entretenimento da Globo, um "universo musical nacional e internacional" é levado em consideração. "O autor apresenta como a sua trama vai se desenvolver e já nos transporta para viagens no tempo que passeiam pelo presente, passado e futuro daqueles personagens. Este é nosso primeiro contato com eles e com os núcleos e temas da história que vai ser contada", explica. A partir disso, começam as reuniões entre o time de Produção Musical, Direção e autor. "Vamos decifrando personalidades, gostos e estilos para essas pessoas e ambientes, em cima de tudo o que foi lido nos materiais apresentados". Giovanna Antonelli e Murilo Benício na novela 'O Clone' (2001) Jayme Monjardim/Globo Nesse momento, o "universo musical" vai se afunilando para chegar na chamada identidade sonora da novela. Ao g1, José Luiz Villamarim, diretor artístico de "Amor de Mãe" e "Avenida Brasil", contou que cerca de 500 músicas são ouvidas até a seleção final. Segundo ele, a performance de uma música no YouTube, nas rádios ou nos serviços de streaming não afetam em nada a escolha. "Para nós o que interessa é que a música ajude a contar a história. A gente faz novela, não faz clipe. A música que melhor ajudar a contar aquela história, será selecionada". Em alguns casos, a escolha tem caminhos "fáceis". Para "O Clone" (2001), que se passa parcialmente no Marrocos, a trilha tinha que incluir canções árabes; em "Caminho das Índias" (2009), músicas indianas não podiam ficar de fora. Mas além do cenário da novela, o gênero, a época e o perfil dos personagens podem ajudar na escolha. A trilha de um personagem As músicas que são temas de personagens são chamadas de "leitmotiv", um conceito alemão que significa motivo condutor. É o tema tradicional, aquele que você imediatamente associa a um personagem ou casal. Claudia Alencar e Flávio Galvão na novela 'Tieta', de 1989 Acervo Grupo Globo Ao mesmo tempo que a trilha dá dicas sobre quem é aquele personagem, a equipe tenta buscar músicas menos óbvias. Um vilão, por exemplo, não precisa de uma música muito pesada - pode ser algo suave, o que dá mais nuance ao personagem. Por exemplo, a divertida "Erva Venenosa", de Rita Lee, foi tema de Leona em "Cobras & Lagartos" (2006). Além disso, é importante que a trilha não tenha spoiler sobre o que acontecerá com o personagem. O certo é tentar responder perguntas como "Qual música essa pessoa escutaria?". A abertura A maior responsabilidade fica com a escolha da música-tema da novela. Segundo Costantini, a ideia é "trazer uma faixa que, de alguma forma, 'apresente' o enredo daquela obra ou de seu protagonista, e já direcione o público para o principal universo que o autor irá explorar ao longo de alguns meses". Para tanto, são comuns as regravações, que são "encomendas" de sucessos em novas versões. Assim, o arranjo pode mudar um pouco o astral, e a música fica "personalizada" para a novela. É o caso de "Brasil", de Cazuza, regravada por ninguém menos que Gal Costa para "Vale Tudo" (1988). Com o canto expressivo de Gal, a versão se tornou tão icônica que foi utilizada novamente para o remake de 2025. Gal Costa aparece na abertura de 'Vale Tudo' (2025) Reprodução/TV Globo Às vezes, as regravações podem acontecer porque não é fácil - ou barata - a liberação de músicas com os intérpretes originais. É muito difícil obter uma gravação dos Beatles, por exemplo. Mas as canções do quarteto já foram parar em novelas em versões de Cássia Eller, Skank, Simony e mais. Nasce uma trilha Com tudo isso em mente, a “playlist ideal” é formada contando com a colaboração dos autores e diretores das novelas para críticas e sugestões. Uma vez aprovada, a playlist segue para a equipe de Direitos Musicais. É ela quem vai fazer a negociação com gravadoras e representantes para ter a liberação das músicas. A negativa pode acontecer por alguma faixa já estar liberada para outros produtos ou ter algum bloqueio com representantes internacionais. E então, a música só é incluída na trilha caso não tenha a chance de ser barrada em qualquer país - afinal, a novela ou série pode ser exibida no exterior ou liberada para o Globoplay. Com as aprovações, começa a produção das regravações e trilhas originais. E claro, mesmo depois da estreia, outras músicas pontuais podem acabar aparecendo na trama. Veja Mais
Nana Caymmi deixa bela resposta ao tempo com discografia pautada pelo rigor e pelo sentimento da voz quente
Nana Caymmi (1941 – 2025) foi umas das grandes cantoras do Brasil Lívio Campos / Divulgação ♫ OBITUÁRIO ♪ Qualificar Nana Caymmi como uma das maiores cantoras do Brasil é um ato de justiça. Exceto quando estourou em 1998 ao dar voz ao bolero Resposta ao tempo (Cristovão Bastos e Aldir Blanc) em gravação veiculada na abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo, Nana nunca alcançou a popularidade massiva de Elis Regina (1945 – 1982), Gal Costa (1945 – 2022) e Maria Bethânia, cantoras como ela projetadas na plataforma dos festivais da canção dos anos 1960. Mesmo assim, Dinahir Tostes Caymmi (29 de abril de 1941 – 1º de maio de 2025) foi tão grande que ninguém nunca a acusou de se beneficiar de ser filha do gigante Dorival Caymmi (1914 – 2008). Nana foi grande por ela mesma, pela discografia que construiu com a força da personalidade que usava o (mau) humor como defesa. E com a voz única que parecia sair do útero com toda a intensidade da alma da artista. Essa obra e essa voz são a bela e perene resposta ao tempo deixada pela cantora ao morrer no início da noite de hoje, 1º de maio, feriado nacional, aos 84 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos em decorrência de choque séptico. Após nove meses de internação em hospital para tratar problemas cardíacos e circulatórios, Nana sai de cena na cidade natal em que foi vaiada em 1966 ao se sagrar vencedora do primeiro Festival Internacional da Canção (FIC) com a canção Saveiros, parceria do irmão Dori com Nelson Motta. Ela disse algumas vezes que pouco se importou com as vaias. E devia estar mesmo falando a verdade, pois Nana nunca fez tipo com jornalistas, críticos. Era da linha sincerona. E levou essa verdade para a obra pautada pelos boleros, pelas canções, pelos sambas (inclusive os do pai) e pelos sambas-canção, gêneros dominantes na discografia iniciada no colo do pai, em 1960, ano em que Nana gravou Acalanto (1957) com Dorival. Nana Caymmi foi cantora de voz, suor e sentimento. Uma voz afinada, expressiva e quente que nunca caiu no sentimentalismo. A emoção que saía daquela voz era densa e profunda, mas depurada, sem excessos melodramáticos. Sem poupar coração, a cantora construiu discografia lapidar a partir dos anos 1970, década dos álbuns Nana Caymmi (1975) e Renascer (1976). Nana nunca fez um disco ruim ou mesmo mediano na trajetória fonográfica encerrada há cinco anos com o majestoso Nana Tom Vinicius (2020), em que deu voz ao cancioneiro de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) e Vinicius de Moraes (1913 – 1980) com arranjos de Dori Caymmi. Todos resultaram no mínimo bons, quase sempre excelentes. Contudo, para quem quiser ouvir suprassumo dessa obra fonográfica, a dica é priorizar os álbuns gravados na EMI-Odeon e lançados na década magistral que foi de 1979 a 1989. Há pérolas raras em álbuns como Nana Caymmi (1979), Mudança dos ventos (1980), ...E a gente nem deu nome (1981) e Chora brasileira (1985), sem falar no Voz e suor (1983) dividido com o pianista César Camargo Mariano. Nesses discos, há músicas menos conhecidas de compositores como Claudio Nucci, Fátima Guedes, Gonzaguinha (1945 – 1991), João Donato (1934 – 2023) e Sueli Costa (1943 – 2023), entre outros. A propósito, Nana nunca foi cantora de hits. E pagou preço por isso. Quando o mercado foi ficando mais refratário para cantoras de MPB, a partir da década de 1990, a artista teve que priorizar os discos temáticos. Mas fez todos com o mesmo rigor. Na esteira do êxito comercial do álbum Bolero (1993), dedicado ao gênero que Nana aprendeu a amar quando morou na Venezuela e ao qual dedicou em 2000 um segundo álbum, Sangre de mi alma, a cantora lançou em 1994 o álbum A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran (1994), formatado pelo produtor musical, José Milton, que acompanharia a cantora de 1993 até o songbook lançado em 2019 com músicas do compositor e pianista Tito Madi (1929 – 2018), uma das primeiras paixões musicais de Nana. Todos esses discos são o legado eterno de Nana Caymmi, a que nunca teve censura, a que ninguém dobrou, mesmo quando os ventos mudavam, e não eram a favor da artista. Sim, Nana Caymmi se eterniza hoje como uma das maiores cantoras do Brasil, uma intérprete cujo alcance do sentimento do canto foi alto. Porque, mais do que ser afinada Nana Caymmi sabia dar o sentimento adequado a cada verso que cantou com a respiração precisa. Nana Caymmi viveu o drama de cada música que gravou. Por isso foi, sim, grande, uma das maiores. Veja Mais
Nana Caymmi morre aos 84 anos: artista ficou eternizada como voz que foi do bolero ao samba
Cantora ficou eternizada como um dos maiores nomes da história da música brasileira. Relembre sua trajetória. Relembre a trajetória de Nana Caymmi Nana Caymmi morreu nesta quinta-feira (1º) aos 84 anos, no Rio de Janeiro, depois de mais de oito meses internada na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca. Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, Nana é um dos maiores nomes da história da música brasileira. Seu repertório incluiu boleros, sambas, sambas-canção, bossa nova e MPB de diferentes épocas. Ela cantava faixas como “Resposta ao tempo”, “Beijo partido” e “Se queres sabe”. Nana cresceu no Rio de Janeiro rodeada de cânones da música nacional. A começar por seu pai: o compositor, cantor e instrumentista Dorival Caymmi. Blog: Nana Caymmi era a maior cantora do Brasil? Ainda bebê, Nana inspirou Dorival a compor “Acalanto”. Em 1960, ele regravou a faixa ao lado da filha, que fez ali sua primeira participação em um disco. Dori Caymmi e Nana Caymmi no estúdio Cia. dos Técnicos Reprodução / Instagram Dori Caymmi A carreira de Nana A carioca despontou na MPB dos anos de 1960. Em 1964, Nana participou da gravação do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, um clássico que fez sucesso não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos. A artista gravou outras dezenas de discos na carreira. Entre eles, “Nana Caymmi” (1975), “Renascer” (1976), “Voz e Suor” (1983) — esse ao lado do pianista Cesar Camargo Mariano —, “Bolero” (1993) e “A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran” (1994), produzido por José Milton, com quem ela trabalhou até 2019. Em 1998, o vocal de Nana estrelou a abertura da minissérie “Hilda Furacão”, da TV Globo, com a faixa “Resposta ao tempo”, composta por Aldir Blanc e Cristovão Bastos. Se comparada a outras cantoras da MPB — como Maria Bethânia, Elis Regina e Gal Costa —, ela nunca teve uma popularidade massiva. Mesmo assim, ainda no início da carreira, se consagrou como uma das mais relevantes do país. “Embora nunca tenha sido cantora de arroubos teatrais, Nana encara o peso e a dramaticidade das músicas em que põe a voz lapidada com o tempo que fez emergir, a partir dos anos 1970, o brilho do verdadeiro diamante embutido nas cordas vocais da intérprete”, escreveu o crítico musical Mauro Ferreira em 2021. Os últimos álbuns lançados pela cantora são “Nana, Tom, Vinicius” (2020) e “Nana Caymmi Canta Tito Madi” (2019). Várias faces de Nana Nana Caymmi Lívio Campos / Divulgação Inspiração para o poema “A festa (recapitulação)” de Carlos Drummond de Andrade, Nana também foi apresentadora. Em 1960, comandava o programa “A Canção de Nana”, da extinta TV Tupi. Seis anos depois, ela foi a grande vencedora da fase nacional do I Festival Internacional da Canção no Maracanãzinho do Rio. Ainda nessa época, assinou contrato com a TV Record, onde ficou até 1968. Na década seguinte, a cantora recebeu o prêmio Villa-Lobos de melhor cantora, participou de musicais e emplacou muitos sucessos na Argentina. Aliás, a cantora nem sempre morou no Brasil. Ficou cinco anos na Venezuela, época em que era casada com o médico Gilberto José Aponte Paoli. Nana também foi casada com Gilberto Gil, entre 1967 e 1969. E namorou os cantores João Donato e Claudio Nucci. A cantora deixa três filhos e duas netas. Danilo Caymmi, irmão de Nana, informou a morte da irmã nas redes sociais. "O Brasil perde uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu", disse. Nelson Motta conta a história da cantora Nana Caymmi Nana Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil, morre aos 84 anos Veja Mais
'Ataques diários': a vida dos jovens trans sob Trump nos EUA
Em pouco mais de três meses, o republicano reverteu os modestos progressos nos direitos das pessoas trans e nas proteções que essa pequena comunidade havia conquistado no local de trabalho, no mundo acadêmico e nas instituições federais. Lorelei Crean, de 17 anos AFP Lorelei Crean, de 17 anos, passa seu tempo visitando faculdades, concluindo projetos escolares e tentando aproveitar as férias de primavera como qualquer adolescente dos Estados Unidos. Mas a repressão do presidente americano, Donald Trump, aos direitos LGBTQIAPN+ em seus primeiros 100 dias no cargo forçou Crean, que é trans, a se tornar ativista em tempo integral. "Tem sido demais. Sinto como se tivesse que ir a alguma coisa toda semana", afirma, listando a longa lista de comícios e eventos organizados para protestar contra Trump, que governa por decretos presidenciais. Em pouco mais de três meses, o republicano reverteu os modestos progressos nos direitos das pessoas trans e nas proteções que essa pequena comunidade havia conquistado no local de trabalho, no mundo acadêmico e nas instituições federais. No mês passado, Trump emitiu uma ordem executiva que exigia que instituições que recebem subsídios federais para pesquisa e educação encerrem os tratamentos de mudança de gênero para menores de 19 anos, e ordenou que seu novo secretário da Saúde faça todo o possível para acabar com essa prática. Uma das primeiras medidas de Trump foi suspender a emissão de documentos com um "X" na caixa de gênero neutro. Em janeiro, Trump decretou que "existem apenas dois gêneros: masculino e feminino". Crean recebeu recentemente sua nova certidão de nascimento pelo correio "com um 'X' no passaporte de gênero". "Então agora todos os meus documentos legais têm um X", observa. "Minha existência está, de certa forma, em desacordo com a declaração de Trump", diz Crean, em um parque perto de sua casa no bairro de Washington Heights, em Manhattan. Trump tentou proibir as pessoas trans de servir no exército, apagar referências a pessoas trans em conselhos oficiais de viagem e punir estados que permitem competidores trans em esportes. Lorelei Crean, de 17 anos AFP Todo mundo é afetado "Todo mundo tem essa sensação de odiar o que vê no noticiário. Você recebe uma nova notificação: 'Notícia de última hora, Trump fez algo maluco ou ilegal'", diz Crean. "É algo que afeta a todos nós, não apenas a mim, como jovem trans, mas a todos os meus amigos, pessoas negras e outras pessoas queer. É um ataque diário às pessoas", afirma. Às coisas habituais da sua idade, como conciliar os estudos com as visitas à universidade e sua agenda lotada de protestos, soma-se "o fardo de viver como uma pessoa trans nos Estados Unidos de hoje". Para o pai de Crean, Nathan Newman, de 57 anos, "foi bom que eles conseguiram canalizar isso, não para se sentir sem esperança, mas para ver que podem fazer algo". Decidir qual universidade visitar e em quais se inscrever não é fácil hoje em dia. "As atuais leis contra as pessoas trans são um fator nas minhas decisões sobre a faculdade porque, dependendo do estado, não terei direitos", explica. As pessoas trans enfrentam um emaranhado de leis e regulamentações locais que vão do acesso a cuidados de saúde para a transição ao uso dos banheiros. Mesmo na profundamente democrata Nova York, pelo menos uma rede hospitalar cumpriu a proibição de Trump de oferecer uma transição sob controle médico para menores de 19 anos, o que Crean vê como um "primeiro sinal" de que o governo atual será "diferente de tudo o que veio antes". No entanto, Crean não se deixa intimidar e promete manter seus protestos. "Há pessoas que estão indo às ruas e que não teriam feito isso antes", afirma, na esperança de se adaptar à nova realidade. Veja Mais
Míriam Leitão é eleita para a cadeira de Cacá Diegues na ABL
Jornalista com 16 livros publicados, Miriam teve 20 votos contra 14 do segundo colocado, Cristovam Buarque. Míriam Leitão é eleita para a cadeira de Cacá Diegues na ABL A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita nesta quarta-feira (30) para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Comentarista política da Globo, a mais nova "imortal" vai ocupar a cadeira número 7, cujo patrono é Castro Alves, e que estava ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro. Miriam é a 12ª mulher eleita para a ABL na história e a segunda na cadeira 7 – Dinah Silveira de Queiroz foi a primeira. Na votação, feita com urna eletrônica, a jornalista teve 20 votos contra 14 do segundo colocado, o economista e ex-ministro da Educação do Brasil Cristovam Buarque. "A Miriam é uma grande jornalista, grande escritora e ela tem um espectro de interesse muito amplo, que coincide com os interesses da Academia Brasileira de Letras. Ela tem preocupações com o Meio Ambiente, tem preocupação com a democracia, com os negros, com a política oficial do governo sobre as minorias", disse o presidente da ABL, Merval Pereira. Perfil Míriam Leitão Daniel Bianchini Míriam Azevedo de Almeida Leitão nasceu em Caratinga (MG) em 7 de abril de 1953. É a sexta filha de um total de 12 do casal Uriel e Mariana, ambos educadores, sendo ele também pastor presbiteriano. Iniciou sua carreira profissional no Espírito Santo, passando por Brasília e São Paulo, até se estabelecer definitivamente no Rio de Janeiro. em 1986. Como escritora, Míriam publicou 16 livros (veja a lista abaixo) em diversos gêneros literários, incluindo não ficção, crônicas, romances e literatura infantil. Como jornalista, atuou em jornal impresso, rádio, TV e mídia digital. Ao longo de seus 53 anos de carreira, trabalhou em vários veículos de comunicação, como Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil. Desde 1991, Míriam faz parte do grupo Globo, onde é colunista do jornal O Globo, comentarista no Bom Dia Brasil, na Globonews e na CBN, além de apresentar o programa de entrevistas Miriam Leitão na GloboNews. Em dezembro de 1972, aos 19 anos e grávida, Míriam foi presa e processada pela Lei de Segurança Nacional devido à sua oposição à ditadura militar. Obras Livros: Convém sonhar, coletânea de crônicas e colunas, (Record), 2011 Saga brasileira, a longa luta de um povo por sua moeda, 2012 — Prêmio Jabuti de livro reportagem, e Jabuti de livro do ano de não ficção. ( Record), 2012 Tempos extremos, romance— finalista do Prêmio São Paulo (Intrínseca), 2014 História do futuro — O horizonte do Brasil no século XXI, livro-reportagem (Intrínseca), 2015 A verdade é teimosa — coletânea de colunas, (Intrínseca), 2017 Refúgio no sábado — crônicas, finalista do Prêmio Jabuti (Intrínseca), 2018 Democracia na armadilha — Crônicas do desgoverno, (Intrínseca), 2022 Amazônia na encruzilhada, 2024 — livro-reportagem — (Intrínseca) Prêmio Juca Pato, 2024 Infantis: A perigosa vida dos passarinhos pequenos — Prêmio FNLIJ. Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ; Semi-finalista do Prêmio Jabuti, 2013, (Rocco) A menina do nome enfeitado, 2014, (Rocco) Flávia e o bolo de chocolate, 2015 (Rocco) O estranho caso do sono perdido — Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ, 2016 ( Rocco) O mistério do pau oco, 2018, (Rocco) As Aventuras do tempo, 2019, (Rocco) O menino que conhecia o fim da noite, 2022, (Rocco) Lulli, a gata aventureira, 2025, (Rocco) Prêmios recebidos na atividade jornalística: Prêmio Jornalismo para a Tolerância, da Federação Internacional de Jornalistas pelo caderno “A Cor do Brasil”, 2004 Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, 2005 Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, pelo documentário “História inacabada”, sobre o desaparecimento de Rubens Paiva, 2012 Prêmio Esso pela reportagem feita com Sebastião Salgado “Paraíso Sitiado” sobre o povo indígena Awá Guajá - 2013 Prêmio Liberdade de Imprensa — ANJ — Associação Nacional dos Jornais, 2017 Prêmio Contribuição ao Jornalismo — ABRAJI — Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, 2019 Veja Mais
Ney Matogrosso é um ‘bicho-homem’ indomado em filme impulsionado pela atuação ‘oscarizável’ de Jesuíta Barbosa
Cinebiografia de Esmir Filho retrata o artista na luta incessante pela liberdade com roteiro fiel aos fatos e temperado com dosado apelo homoerótico. Jesuíta Barbosa é bem caracterizado como Ney Matogrosso no filme que estreia amanhã, 1º de maio, mas que já tem sessões especiais a partir de hoje Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE FILME Título: Homem com H Direção e roteiro: Esmir Filho Cotação: ★ ★ ★ ★ 1/2 ♬ É sintomático que imagens de matas sejam vistas no início e no fim de Homem com H, cinebiografia de Ney Matogrosso que estreia nos cinemas amanhã, 1º de maio, mas que já tem sessões especiais a partir de hoje, 30 de abril, véspera do feriado. É que o cantor sul-mato-grossense – que fará 84 anos em 1º de agosto, daqui a três meses – é enfocado como bicho-homem indomado no filme dirigido e roteirizado por Esmir Filho com fidelidade a tudo o que Ney já revelou em entrevistas e biografias ao longo de 52 anos de vida pública. Um bicho-homem que, se acuado, ataca para defender a liberdade – bandeira que norteia a vida e a Arte de Ney – mas que, fora de cena, às vezes costuma se recolher solitário no habitat natural, um sítio cultivado em Sampaio Correia, distrito de Saquarema (RJ). Na tela, esse bicho-homem ganha o corpo e alma de Jesuíta Barbosa. Como o primeiro trailer de Homem com H já sinalizara em 10 de fevereiro, o ator pernambucano que fará 34 anos em 26 de junho – nascido em 1991, 50 anos depois de Ney Matogrosso – impressiona na pele do camaleônico artista. Exposição em São Paulo celebra os 50 anos de carreira solo de Ney Matogrosso É primoroso o trabalho de caracterização do ator nas diversas fases da vida de Ney, mas o que sensibiliza o espectador é a percepção de que Jesuíta incorporou com precisão o jeito, os trejeitos, os olhares, os gestuais, enfim, a alma de Ney, sujeito estranho que se esconde atrás da fantasia do palco. Em interpretação magnética, digna de (improvável, mas merecida) indicação ao Oscar 2026, Jesuíta Barbosa captura um bicho-homem no fundo arisco, por mais que a exuberância exibicionista de Ney no palco teime em sugerir o contrário. Com apelo homoerótico exposto na tela em doses bem calculadas (sobretudo nas cenas do quartel carioca em que Ney serviu à aeronáutica em 1959), para não restringir o público de filme destinado a ser blockbuster, o roteiro de Esmir Filho é atravessado pelo embate ideológico de Ney com o pai, o militar Antônio Matogrosso Pereira, já falecido, interpretado pelo ator Rômulo Braga. Ney afrontou censores – é intencionalmente risível a cena em que dois deles negociam os gestos do cantor em show dos anos 1970 – e todo tido de repressão no Brasil dos anos de chumbo, mas, como avalia ao fim, a maior autoridade enfrentada por ele foi mesmo o pai conservador que somente começou a se dobrar silenciosamente diante do talento do filho ao assistir em 1975 ao primeiro show solo de Ney, O homem de Neanderthal. Esse show é enfocado sintomaticamente no início do filme porque, no espetáculo feito por Ney após a saída do Secos & Molhados, o bicho-homem afiou as garras para provar que podia sobreviver em cena sem o trio que fora veículo para a projeção do cantor em todo o Brasil em 1973. O trio Secos & Molhados tem o nascimento e morte abordados no roteiro escrito pelo diretor Esmir Filho Divulgação Ao longo de mais de duas horas, o roteiro dá conta de mostrar todos os principais lances da vida folhetinesca de Ney Matogrosso e da carreira, em ação concentrada nos anos 1960, 1970 e 1980. A implosão do Secos & Molhados em 1974 por ganância e disputa de poder, por exemplo, é bem resumida no filme. Como é filme de ficção (fiel aos fatos), e não documentário sobre a trajetória profissional do cantor, Homem com H escapa da cobrança de mostrar como Ney se manteve coerente ao longo dos 50 anos de carreira solo. Se omite o grito de independência dos esquemas fonográficos, dado pelo cantor em 1986 após cancelar a produção de show antes da estreia por perceber que começava a repetir fórmulas comerciais, o roteiro abre espaço para as relações de pele e alma do bicho-homem com Cazuza (1958 – 1990) e com Marco de Maria, grandes amores da vida louca vida – interpretados por Jullio Reis e Bruno Montaleone, respectivamente – e põe em foco a Aids, causa da morte de ambos. O caso de Ney com Cazuza é bem retratado na fugacidade que gerou amor eterno após a consumação do desejo carnal durante alguns meses. Já a relação de 13 anos com Marco Maria é abordada com superficialidade desculpável porque, por se tratar da cinebiografia de um cantor, o roteiro também tem que ser preenchido com vários números musicais. No caso, os (muitos) números musicais foram todos dublados pelo próprio Ney Matogrosso. Vê-se na tela as expressões lapidares de Jesuíta Barbosa, mas a voz ouvida é a de Ney, dono de singular registro de contralto. Alavancado pelo trabalho de Jesuíta, o filme flui tão bem que o espectador nem se dá conta de que, a rigor, Homem com H retrata Ney Matogrosso pela ótica do cantor sem ir além do que o próprio Ney já tornou público. E, se sempre se soube muito sobre Ney Matogrosso, pouco veio à tona sobre Ney de Souza Pereira, a identidade real do bicho-homem, fora do palco. Nesse sentido, o filme nada acrescenta a quem já leu a última biografia do cantor, escrita pelo jornalista Julio Maria e editada em 2021. O retrato da tela tão atraente quanto unidimensional. Inexistem visões críticas da postura do artista e do bicho-homem, com exceção da cena em que Ney é acordado por amiga para o fato de que, em 1975, fazia o primeiro show solo para os críticos, e não para o público que aumentou a partir de 1976 e explodiu em 1981, ano do disco que trouxe o sucesso forrozeiro Homem com H (Antonio Barros, 1974), cuja gravação, sugerida com insistência pelo produtor Marco Mazzola, gerou dúvidas em Ney, dissipadas somente a partir de conversa no estúdio com Gonzaguinha (1945 – 1991). O diálogo de Ney com Gonzaguinha é reconstituído em Homem com H, filme magnético que honra a luta e a paixão de Ney Matogrosso pela liberdade, mote da vida do artista. No filme, o ator Jesuíta Barbosa incorpora com precisão o jeito e os olhares de Ney Matogrosso Divulgação Veja Mais
Lady Gaga era fã de Madonna, mas virou rival; entenda a treta entre as duas (e o fim dela)
Cantoras têm muito mais em comum do que seus megashows em Copacabana. Elas fizeram as pazes após provocações e hoje se tratam com carinho. Madonna e Lady Gaga posam com Oscar de melhor canção original por 'Shallow' Reprodução Bem antes de seus megashows em Copacabana, Lady Gaga e Madonna já tinham muito em comum. Vamos lá. Elas são mulheres ítalo-americanas com uma carreira voltada para música dançante, shows teatrais, looks chamativos, controvérsias aos montes e uma carreira de eras bem definidas. Madonna sempre esteve entre as inspirações de Gaga. Saca só os agradecimentos do encarte de “The Fame”, álbum de estreia da Mother Monster, de 2008: “Gostaria de agradecer a Andy Warhol, David Bowie, Prince, Madonna e Chanel”. A relação começou como admiração, mas virou rivalidade. Durante a turnê MDNA, em 2012, Madonna provocou Lady Gaga ao incluir um trecho de "Born This Way" na performance de "Express Yourself", duas canções com arranjo parecido. Na sequência, ela cantava "She's Not Me". A provocação foi clara. Madonna tentou mostrar que as duas canções eram semelhantes e depois emendou o refrão: “Ela não sou eu / Ela não tem meu nome / Ela nunca vai ter o que eu tenho”. GAGA NO RIO: Guia para o show LOOKS: 18 ideias de roupas ESTREIA: O setlist no Coachella A performance de "She's Not Me" na turnê Sticky & Sweet, entre 2008 e 2009, trouxe Madonna interagindo com dançarinas vestidas como ela em diferentes fases da carreira. O recado era o mesmo: ninguém poderia ser igual a ela. Da sacada de hotel no Rio, em 2012, Lady Gaga joga sacos de biscoitos para fãs Delson Silva/AgNews Em 2012, Madonna e Gaga vieram ao Brasil. A Rainha do Pop passou por aqui em dezembro e a Mother Monster cantou em novembro. Gaga era uma então novidade do pop de 26 anos e Madonna já era uma veterana de 54: tinha mais tempo de carreira do que sua então rival tinha de vida. "Eu sempre a admirei. Continuo a admirá-la, independentemente do que ela pense de mim”, comentou a popstar em seu documentário “Gaga: Five Foot Two”, de 2017. “Por mais respeito que eu tenha por ela como artista, nunca consegui aceitar o fato de que ela não me olharia nos olhos e me diria algo pejorativo." O fim da rivalidade? Em 2019, as duas posaram juntas em uma festa pós-cerimônia do Oscar promovida por Madonna. Abraçada pela veterana, Gaga segura seu Oscar recém-conquistado de canção original por “Shallow”. Nos últimos anos, as provocações mútuas acabaram e agora uma só cita a outra com carinho. Foi o que aconteceu em 2023, quando Gaga comentou em um vídeo de Madonna sobre o anúncio da turnê de 40 anos que passou pelo Rio. “Te amamos, M”, escreveu. Em 2024, Madonna errou o nome da cidade em que estava se apresentando. "Vocês estão chateados por eu ter dito 'Oi, Boston?' Me desculpem! Que merda foi essa? Isso seria tipo vocês me dizerem: 'Ei, Lady Gaga!'. Eu não teria gostado disso", comentou Madonna, durante show em Toronto, no Canadá. "Quer dizer, nada contra a Gaga, mesmo. Eu a amo. É sério! Eu amo qualquer uma que seja mais baixa que eu”, ela completou. RANKING: Todos os clipes de Gaga na ordem Os clipes de Gaga: g1 coloca todos os 25 vídeos da cantora na ordem (do pior ao melhor) Veja Mais
Onde assistir Lady Gaga no Rio: Globo transmite show
Cantora vai se apresentar na Praia de Copacabana neste sábado (3). Show será o maior da carreira da artista e está previsto para começar às 21h45. Lady Gaga em imagem de divulgação do álbum 'Mayhem' Divulgação Lady Gaga vai se apresentar na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste sábado (3). O show será o maior da carreira da artista e está previsto para começar às 21h45. A transmissão começa às 21h15 no Multishow e no Globoplay com a dupla Dedé Teicher e Laura Vicente, e na TV Globo logo após a novela "Vale Tudo", com Kenya Sade e Ana Clara. Você também pode acompanhar a transmissão no g1, no Multishow, no Globoplay e no gshow. Show terá palco 50% maior que o de Madonna e mais telões na praia Lady Gaga ficou 'devastada' por cancelar vinda ao Rock in Rio; relembre Como produtora convenceu secretaria do Rio a apoiar show de Lady Gaga Como será? Lady Gaga volta ao Brasil em um momento de "renascimento" de sua carreira pop. Ela acaba de começar a turnê do disco "Mayhem", que marca seu retorno ao estilo, e fez duas elogiadas apresentações no Coachella neste mês de abril. Nessa linha, o show deste sábado deve seguir o tema "A Arte do Caos Pessoal". É uma apresentação dividida em cinco atos, com direito a diversas trocas de roupa e um cenário que lembra uma peça de teatro - a cantora chama de "ópera gótica". Veja como será a estrutura do palco. Lady Gaga chega ao Rio para megashow Veja Mais
Lady Gaga em Copacabana: show terá palco 50% maior que o de Madonna e mais telões na praia
Ao g1, sócio da produtora responsável pelo evento contou os detalhes da estrutura do show, que será o maior da carreira de Gaga. Veja o que esperar e compare com a estrutura de Madonna. Show de Lady Gaga, no Rio, deve movimentar R$ 600 milhões e superar show de Madonna ano passado O show de Lady Gaga na praia de Copacabana neste sábado (3) será o maior da carreira da cantora. Para isso, contará com uma megaestrutura, ainda mais robusta que a do show de Madonna em 2024. Ao g1, Luiz Guilherme Niemeyer, sócio da Bonus Track (produtora responsável pelo evento), disse que o palco de Lady Gaga terá cerca de 1260 m², com 800 m² em telões de LED. Será um palco aproximadamente 50% maior que o de Madonna. "Eu diria que o maior palco de todos esses shows dela vai ser aqui em Copacabana", afirma o produtor. Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube do festival Veja como será e compare com o show da Madonna em 2024: Tamanho do palco Madonna: 821 m² Lady Gaga: 1260 m² Estrutura Madonna: três passarelas Lady Gaga: uma passarela e telão de LED de última geração Palco de Lady Gaga em Copacabana Pablo Porciuncula / AFP Telões e torres de som na praia Madonna: 16 torres, 12 com telas de LED Lady Gaga: 16 torres, 16 com telas de LED Público Madonna: 1,6 milhão Lady Gaga: 1,6 milhão (expectativa) O que esperar do show de Lady Gaga Lady Gaga volta ao Brasil em um momento de "renascimento" de sua carreira pop. Ela acaba de começar a turnê do disco "Mayhem", que marca seu retorno ao estilo, e fez duas elogiadas apresentações no Coachella neste mês de abril. A estimativa da prefeitura do Rio de Janeiro é que o show deve reunir cerca de 1,6 milhão de pessoas na Praia de Copacabana. Além disso, essa deve ser a única apresentação dela no Brasil em 2025, após um conturbado cancelamento em 2017. Então, espera-se que ela prepare alguma surpresinha especial para o país, mas não há nada confirmado. "A gente tem uma expectativa de que ela prepare alguma coisa especial, porque é um show especial também. Vai ser o maior show da carreira dela", diz Luiz Guilherme. Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube/Canal do festival No sábado, a programação conta com dois DJs antes de Gaga e um depois, "até por uma questão de segurança, para manter as pessoas e fazer uma dispersão mais gradual", revela o produtor. Os nomes serão anunciados ainda nesta semana. Segundo Luiz Guilherme, eles não têm detalhes da parte artística do show - somente da parte técnica. Mas ao que tudo indica, a apresentação envolverá uma megaestrutura, similar àquela apresentada no Coachella e no México no último fim de semana. Deve ser uma apresentação teatral, com diversas trocas de roupa, uma parte da passarela "transformada" em tabuleiro de xadrez, banda e corpo de dançarinos (Luiz diz que são esperadas 250 pessoas da "parte artística" de Lady Gaga, incluindo bailarinos, músicos e equipe). Além disso, com relação ao show da Madonna, o palco terá "um aumento significativo em telas de LED" por decisão da cantora. "É um palco muito grandioso, adaptado também a esse show especificamente, porque com certeza esse palco é bem maior do que ela vai usar na turnê que ela vai fazer e no próprio Coachella. A quantidade de público que tem aqui a gente faz a dimensão de tudo crescer um pouco. Então, eu diria que é o maior palco de todos esses shows dela vai ser aqui em Copacabana". No Coachella e no México, a apresentação teve cerca de 1h55 de duração, priorizando faixas dos discos "Mayhem", "The Fame" e "Born This Way". Aqui, o show tem duração máxima de 2h30, então pode ser que a cantora acrescente mais canções ao repertório. Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube do festival Possível setlist do show Bloody Mary Abracadabra Judas Scheiße Garden of Eden Poker Face Abracadabra (Gesaffelstein Remix) Perfect Celebrity Disease Paparazzi Alejandro The Beast Killah Zombieboy Die With a Smile How Bad Do U Want Me Shadow of a Man Born This Way Blade of Grass Shallow Vanish Into You Bad Romance Veja Mais
É #FAKE que Lady Gaga chegou ao Rio com escolta da Polícia Rodoviária Federal
Ao Fato ou Fake, corporação informou que imagens mostram escolta de reunião do Brics, sem relação nenhuma com a artista. Ela faz show na cidade neste sábado (3). É #FAKE que vídeo com escolta policial mostre chegada de Lady Gaga ao Rio Reprodução Circula nas redes sociais um vídeo que mostra um comboio de segurança circulando no Rio, enquanto pessoas ao redor dizem que se trata da chegada da cantora Lady Gaga à cidade. É #FAKE. g1 Veja Mais
Show 60 anos da TV Globo
Gil, Roberto Carlos, Ivete, Chitãozinho e Xororó e IZA estão entre as atrações da noite. Assista depois de 'Vale Tudo'. Show 60 anos da TV Globo Gil, Roberto Carlos, Ivete, Chitãozinho e Xororó e IZA estão entre as atrações da noite. Assista depois de 'Vale Tudo'. Especial reúne grandes nomes que fizeram história nos 60 anos da Globo.. Direção artística é de Antonia Prado e a direção de gênero, de Monica Almeida.. Transmissão na TV, nas redes e nos sites reforça compromisso da emissora com a inovação.. Assista ao vivo, depois da novela 'Vale Tudo'. Veja Mais
Morre o violonista Félix Junior, ás das sete cordas, aos 44 anos, em Brasília
O violonista Félix Junior (1980 – 2025) era reconhecido como grande violonista Reprodução / Instagram ♫ OBITUÁRIO ♪ Grande nome na linhagem nobre de violonistas brasileiros, dono de virtuosismo reconhecido por colegas instrumentistas como o bandolinista Hamilton de Holanda, o músico e compositor paulista Félix José dos Santos Júnior (16 de novembro de 1980 – 25 de abril de 2025) foi um às no toque das sete cordas, geralmente postas a serviço do choro, gênero musical carioca surgido no final do século XIX e desenvolvido no século XX. Nascido em São Paulo (SP), mas criado em Pirapora (MG), Félix Junior viveu em Portugal entre 2007 e 2009, mas foi em Brasília (DF) que construiu carreira, fez nome e morou nos últimos anos. E foi na capital do Brasil que o violonista saiu abruptamente de cena na última sexta-feira, aos 44 anos, tendo sido velado e cremado na cidade na tarde de ontem, domingo, 27 de abril. A notícia da morte foi confirmada por familiares nas redes sociais do artista e lamentada em nota oficial conjunta pelo Clube de Choro de Brasília e pela Escola Brasileira de Choro. Já a causa da morte não foi revelada. Félix Junior iniciou a discografia solo há 14 anos com a edição do álbum Pegando fogo (2011), ao qual se seguiram álbuns como Quando as cordas choram (2012), Lamento mineiro (2019), Félix Junior interpreta Francisco Araújo (2020) e o recente Sons e canções (2024), lançado em abril do ano passado. Veja Mais
Drama e romance são os gêneros que norteiam maioria das melhores novelas da TV Globo, aponta ranking
Veja ranking das 60 melhores novelas da emissora, elaborado por 60 jornalistas culturais e especialistas em teledramaturgia. Ranking das 60 melhores novelas da Tv Globo Entre os vários gêneros da teledramaturgia, drama e romance são os que mais norteiam os enredos das 60 melhores novelas da TV Globo, segundo um ranking do g1 que celebra os 60 anos da emissora. Na lista, o drama está no centro narrativo de 39 novelas, enquanto o romance é o fio condutor de 29 obras. Para conferir a lista completa das 60 melhores novelas, acesse aqui. O ranking foi feito a partir de votos de 60 jornalistas de cultura e especialistas em teledramaturgia, considerando as 340 novelas já produzidas e exibidas até o momento. Cada um escolheu seu top 5, da quinta à primeira posição. A pontuação foi computada assim: 1º lugar = 5 pontos; 2º = 4; 3º = 3; 4º = 2; e 5º = 1. O critério de desempate foi a data de lançamento das obras: as mais antigas levaram vantagem. Veja Mais
Desbundes de Gal Costa e Rita Lee convergem potentes no show ‘LeeGal’ de Natascha Falcão e Julia Vargas
Natascha Falcão (à esquerda) e Julia Vargas abordam os repertórios de Gal Costa (1945 – 2022) e Rita Lee (1947 – 2023) no show ‘LeeGal’ Michelle Castilho / Divulgação Circo Voador ♫ OPINIÃO SOBRE SHOW Título: LeeGal Artistas: Natascha Falcão e Julia Vargas Data e local: 26 de abril de 2025 no Circo Voador (Rio de Janeiro, RJ) Cotação: ★ ★ ★ ★ ♬ LeeGal – show realmente legal que junta as cantoras Natascha Falcão e Julia Vargas em torno dos repertórios de Gal Costa e Rita Lee – desafia lógicas e contradiz tendências. Shows com cancioneiros de artistas mortos geralmente embutem objetivos meramente mercantilistas. Quando se trata de reverenciar cantoras transformadas em saudades do Brasil, o risco é ainda maior de o tributo soar como karaokê trivial que tenta fisgar ouvintes pelas lembranças melancólicas de “tantos momentos bons”, para citar verso da canção eternizada na voz de Gal em gravação de 1983. Nomes gigantes e já imortalizados no panteão da música brasileira, Maria da Graça Costa Penna Burgos (26 de setembro de 1945 – 9 de novembro de 2022) e Rita Lee Jones (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) têm sido alvos de sucessivos tributos desde que ambas saíram de cena. Vários logo sumiram na poeira da estrada. LeeGal – show que Natascha Falcão e Julia Vargas estrearam na noite de ontem, 26 de abril, como atração da abertura da (feliz) primeira apresentação de Simone no Circo Voador, palco mais jovial do Rio de Janeiro (RJ) – tem tudo para percorrer longo caminho. Houve alma e houve verdade quando essas duas cantoras de vozes potentes e calorosas seguiram roteiro que promoveu a convergência dos desbundes de Gal e Rita. Após o início conjunto no universo da Tropicália, quando Gal se consolidou como a musa do movimento de 1967 / 1968 e Rita se projetou como integrante (e a graça) do trio Os Mutantes, as duas artistas seguiram caminhos paralelos que somente se cruzaram quando Gal gravou rock de Rita com Luiz Carlini e Lee Marcucci, Me recuso, no álbum Caras & bocas (1977), 14 anos antes do reencontro em cena com a colega para dueto em Mania de você (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1979) em show de festival realizado em 1991. Irmanadas na cena de LeeGal, inclusive pelos figurinos harmoniosos que citavam Gal e Rita nos acessórios (a flor no cabelo de Natasha e os óculos vermelhos de Julia), as cantoras mostraram que há muito mais em comum entre Gal e Rita do que o fato de as duas artistas terem se alternado no topo das paradas no binômio 1981 / 1982 em momentos de auge comercial. Somente com o toque de duas afiadas guitarras, Julia Vargas (fluminense de Cabo Frio / RJ) e Natascha Falcão (pernambucana do Recife / PE) confirmaram a expressividade já conhecida por quem as viu em cena anteriormente. Também bailarina e percussionista, Julia é cantora projetada em 2012 com álbum solo que sinalizou a afinidade da intérprete com a música rotulada como MPB. Também atriz, Natascha Falcão conseguiu visibilidade há dois anos com o álbum Ave mulher (2023), ao qual se seguiu o EP Universo da paixão (2024). Ambas vêm há anos tentando se fazer ouvir em um Brasil corroído pelo pop ralo vigente no mainstream do mercado musical. Na estreia do show LeeGal, ambas mostraram que entendem o que cantam e puseram a potência vocal a serviço dos sentidos das músicas de roteiro que incluiu Esotérico (Gilberto Gil, 1976), Ando meio desligado (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias, 1970) e Pagu (Rita Lee e Zélia Duncan, 2000), tema cantado no bis improvisado a pedido do público. Houve um ou outro solo. Se Julia reviveu Caso sério (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1980), Natascha deu voz a Baby (Caetano Veloso, 1968). No entanto, na maior parte do tempo, o que se viu e ouviu foi a união de vozes, corpos e almas no canto de músicas como Vapor barato (Jards Macalé e Waly Salomão, 1971) – com direito a arroubos vocais aplaudidos pela plateia calorosa que esperava Simone – e Ovelha negra (Rita Lee, 1975), canção de espírito folk que se tornou há 50 anos um hino geracional de caráter atemporal. Também atual pelo corrente contexto político do mundo, Vaca profana (Caetano Veloso, 1984) ressurgiu com ímpeto nas vozes das cantoras como um hino contra os caretas de Paris, New York, Rio de Janeiro e demais cidades e países em que é preciso enfrentar caretas e conservadores para tentar frear o avanço mundial da extrema direita em 2025, até porque essa música de letra caleidoscópica – sutilmente alterada por Natascha no verso transformado em “Quero que pinte um amor Simone” – protesta contra o status quo e se posiciona a favor das liberdades individuais. Alocar lado a lado no roteiro o rock Agora só falta você (Rita Lee e Luiz Carlini, 1975) e Divino maravilhoso (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1968), canção tropicalista de espírito roqueiro e lutador, é sublinhar as afinidades entre Gal Costa e Rita Lee. Gal tinha voz cristalina que podia cortar como lâmina luminosa. Rita tinha a voz suave de roqueira bossa nova. Atentas e fortes, ambas amplificaram as vozes, recorreram ao desbunde em anos de chumbo e usaram inclusive os corpos como armas sensuais para afrontar a moral social e o machismo vigentes. É esse sentido político que engrandece LeeGal, show de força potencializada pelas almas e vozes resistentes de Natascha Falcão e Julia Vargas. Natascha Falcão (à esquerda) e Julia Vargas na estreia do show ‘LeeGal’ no Circo Voador (RJ) na noite de 26 de abril Michelle Castilho / Divulgação Circo Voador Veja Mais
Novelas das 21h são as mais aclamadas por críticos em ranking de 60 anos da TV Globo
Veja ranking das 60 melhores novelas da emissora, elaborado por 60 jornalistas culturais e especialistas em teledramaturgia. As novelas das 21h são as mais aclamadas da TV Globo, que completa 60 anos neste sábado (26). É o que aponta um ranking do g1 que elege as 60 melhores novelas da emissora. Das 60 obras listadas, 33 foram exibidas entre 20h e 21h. Onze passaram às 19h, outras 11 às 18h, e 5 delas foram ao ar entre 22h e 23h. Para conferir a lista completa das 60 melhores novelas, acesse aqui. O ranking foi feito a partir de votos de 60 jornalistas de cultura e especialistas em teledramaturgia, considerando as 340 novelas já produzidas e exibidas até o momento. Cada um escolheu seu top 5, da quinta à primeira posição. A pontuação foi computada assim: 1º lugar = 5 pontos; 2º = 4; 3º = 3; 4º = 2; e 5º = 1. O critério de desempate foi a data de lançamento das obras: as mais antigas levaram vantagem. Ranking das 60 melhores novelas da Tv Globo Veja Mais
Marcos Frota volta a set da novela ‘Mulheres de Areia’ em Paraty e vê escultura de Tonho da Lua: ‘Foi um divisor de águas na minha vida’
Em sua 5ª temporada, o ‘Expedição Rio’ deste sábado (26) foi a Tarituba com Marcos Frota, o intérprete do amado personagem — tão amado que fizeram até uma escultura em homenagem a ele. Marcos Frota volta a set da novela ‘Mulheres de Areia’ em Paraty Exibida em 1993, a novela ‘Mulheres de Areia’ foi até Paraty para gravar as cenas externas da fictícia Pontal D’Areia. A praia onde Tonho da Lua esculpia suas estátuas fica em Tarituba — e 32 anos depois, o distrito ainda guarda locações do hit das seis. ASSISTA À NOVELA NO GLOBOPLAY! O “Expedição Rio”, programa que desbrava o território fluminense e mostra lugares que muito carioca não conhece, chega à 5ª temporada pegando carona nos 60 anos da TV Globo, revisitando cenários de produções históricas. Marcos Frota em Tarituba Reprodução/TV Globo O 1º episódio foi a Tarituba com Marcos Frota, o intérprete do amado personagem. Tão amado que fizeram até uma escultura em homenagem a ele. “Esse lugar aqui foi o divisor de águas na minha vida”, declarou o ator. “Arrancou a máscara da minha vaidade. A novela me amadureceu espiritualmente, me permitiu compreender a função social que o ator tem”, prosseguiu. “Voltar para cá e ver a praia viva, produzindo... é uma bênção.” Frota descreve Tonho como “um autista, um limítrofe”. “Ele mistura um pouco as emoções, ia muito rápido da raiva ao afeto. Era um menino virgem com 25 anos. Ele entendia e via as pessoas através do coração. Não tinha interesse de nada, não tinha interesse material nenhum”, detalhou. “Eu emprestei tudo que eu tinha de alegria para o Tonho da Lua”, emendou. Frota guarda com carinho o final da novela. “O mais louco de tudo é que o Tonho da Lua foi embora com o Circo do Marcos Frota!”, lembrou. À frente da trupe, vinha o ator, “interpretando” ele mesmo, montado num cavalo. “Ninguém esperava! A novela original não era assim, não estava no script, o diretor [Wolf Maya] não sabia. Dona Ivanir Ribeiro [a autora], que está no céu, junto com a Solange [Castro Neves, colaboradora], chegou e disse: ‘Marcos, eu tenho uma surpresa para ti. O Tonho da Lua vai embora com o teu circo!’. E meu circo está vivo até hoje, andando o país inteiro”, narrou. “A minha vida está misturada com esse lugar para sempre!” No ano passado, a comunidade homenageou a novela com uma estátua (não de areia) igual às que Tonho esculpia — e Frota foi à inauguração. Estátua em Paraty em homenagem a 'Mulheres de Areia' Reprodução/TV Globo Locações e figurantes A Vila de Tarituba tem aproximadamente mil habitantes, que vivem da pesca e do turismo — que cresceu após a novela. Moradores que trabalharam como figurantes levaram o “Expedição Rio” às locações que ainda estão de pé. A servidora pública Viviane Infante Sanches lembra que Tarituba “ferveu”. “Mudou todo o cotidiano dessa praiazinha aqui. De repente você acorda com os artistas, aquelas pessoas que você via na TV, de quem você era fã... estavam aqui do nosso lado, nosso quintal de casa”, contou. A ‘casa’ das gêmeas Ruth e Raquel (Glória Pires) preservou as janelas amarelas, mas ganhou um andar e virou um restaurante. Na decoração, quadros com cenas da novela. Já a igreja onde Glorinha (Gabriela Alves) e Tito (Eduardo Moscovis) se casaram continua igualzinha. Outro figurante, o monitor de ônibus escolar Júlio César de Bulhões, tinha 9 meses de vida quando foi escalado. Era a cena em que Ruth ficava na estrada após um ônibus quebrar, e Marcos (Guilherme Fontes) oferecia carona. “Uma das pessoas que estavam no ônibus era eu, com a minha mãe. Estavam procurando um menino para filmar, uma criança de um ano”, contou. Maria Cristina Castro, a mãe, pensou rápido. “‘Bem, só tem o meu filho aqui, eu vou falar’. Entrou assim mesmo”, emendou. Júlio César de Bulhões tinha 9 meses de vida quando foi escalado como figurante Reprodução/TV Globo A casa de Ruth e Raquel hoje tem 2 andares e virou restaurante, mas manteve as janelas amarelas no térreo Initial plugin text Igreja de 'Mulheres de Areia' em 1993 e hoje Initial plugin text Cena de 'Mulheres de Areia' Reprodução/TV Globo Veja Mais
60 anos de TV Globo: veja como será a programação especial
Comemoração do aniversário da Globo conta com a chegada de Odete Roitman à trama de 'Vale Tudo', uma edição exclusiva do 'Video Game' e a estreia do documentário 'Gloria', em homenagem a Gloria Maria. TV Globo comemora 60 anos Reprodução/TV Globo Para comemorar os 60 anos da TV Globo, programas de todos os gêneros terão várias homenagens à história do jornalismo, entretenimento e esporte do canal. A programação especial conta com a chegada de Odete Roitman à trama de "Vale Tudo", uma edição especial do "Video Game" e a estreia do documentário "Gloria", em homenagem a Gloria Maria. Serão exibidas 60 horas de programação especial na Globo, entre os dias 26 e 28 de abril. Veja como será a programação: Sábado, 26 de abril Debora Bloch estreia em 'Vale Tudo' como Odete Roitman Reprodução/TV Globo A programação especial começa já no Bom Dia Sábado. O programa terá uma reportagem especial sobre as estreias dos telejornais, bastidores da série documental sobre a vida e carreira de Gloria Maria e o segredo do bolo de aniversário da Globo, feito por Ana Maria Braga e entregue direto no estúdio do Jornal da Globo, nas mãos da Renata Lo Prete. O programa também mostra os bastidores do Domingão com Huck especial sobre os programas de auditório nesses 60 anos. Pequenas Empresas & Grandes Negócios: serão exibidas histórias que mostram como a TV Globo inspira empreendedores em todo país. O programa trará casos de inspiração em novelas e personagens; e também a história de uma empreendedora que apostou em uma franquia de alimentação saudável e se inspirou em uma das receitas apresentadas no Mais Você por Ana Maria Braga para dar uma guinada em seus negócios. Já no É de Casa, os apresentadores vão receber talentos da emissora em clima de festa, que será evidenciada em cada cantinho do É De Casa. O bolo vencedor do reality do Mais Você vai estar no programa e ser distribuído para os convidados. Os quitutes festivos vão ser embalados por produtos consagrados na dramaturgia da TV Globo, como o sanduíche da Raquel ("Vale Tudo"), o hot dog do Félix ("Amor à Vida"), e o pastel da Dona Jura ("O Clone"). Globo Esporte: terá uma edição especial do “Cafezinho do Escobar”, para o Rio. Logo após o ‘JH’, a praça ainda tem a estreia da quinta temporada do "Expedição Rio", que vai explorar os lugares e paisagens que foram cenários de novelas ao longo das últimas seis décadas. Edição exclusiva do 'Video Game' terá Xuxa, Fabio Porchat e mais Reprodução/TV Globo Em seguida, a Globo exibirá uma edição exclusiva do Video Game, com apresentação de Angelica, traz Xuxa e Junno Andrade disputando contra Fabio Porchat e Priscila Castello Branco qual dupla tem mais conhecimentos sobre a TV Globo. A atração é conduzida pela mesma equipe do Vídeo Show especial. A Sessão de Sábado traz um dos episódios do especial "O Álbum da Grande Família". Já o Caldeirão com Mion recebe Caco Barcellos, Fátima Bernardes, Sandra Annenberg e Ernesto Paglia, além de Kadu Moliterno e André de Biase, que dividem memórias de suas carreiras e curiosidades com o público. O apresentador Marcos Mion ainda incorpora personagens icônicos da teledramaturgia e os musicais contam com Blitz, João Bosco e Derico, que integrou o Sexteto de Jô Soares. Em Garota do Momento, a homenagem é com Tony Ramos interpretando Roberto Marinho. Voltando ao ano de 1958, o jornalista faz uma visita à TV Ondas do Mar, onde Alfredo Honório (Eduardo Sterblitch) e Sérgio (Sergio Kauffmann) são proprietários, para se inspirar na criação de sua própria emissora, a TV Globo. O último capítulo de Volta Por Cima vai ser exibido excepcionalmente em um sábado, mostrando as emoções finais dos personagens de Vila Cambucá. O Jornal Nacional tem o encerramento da série especial sobre os 60 Anos da TV Globo. Vale Tudo exibe a primeira aparição de Odete Roitman (Debora Bloch). No Altas Horas, Serginho Groisman visita os bastidores dos programas gravados em São Paulo e apresenta um musical, que conta com Raça Negra, no heliponto do prédio. Já o Supercine exibe o clássico nacional "O Auto da Compadecida", que conta a aventuras de João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dupla cheia de artimanhas que luta para sobreviver em Taperoá, um pequeno vilarejo no sertão. Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com regiões do Brasil Jornal Nacional/ Reprodução Domingo, 27 de abril No Rio de Janeiro, o domingo começa com o Globo Comunidade, que conta aos telespectadores do Rio de Janeiro a história de duas moradoras da favela mais antiga do Rio, a Providência, que acompanham a programação da TV Globo desde a fundação e têm muitas memórias. O programa fala ainda da ligação da Globo com projetos sociais, como o Criança Esperança, e recebe no estúdio um dos projetos apoiados. No mesmo horário, para São Paulo, o Antena Paulista comemora o aniversário da TV Globo de cara nova, com uma nova identidade visual. O programa exibirá uma reportagem especial sobre objetos que já foram usados em cenários de produções da Globo. Série documental 'Gloria' revisita a trajetória e legado de Gloria Maria Reprodução/TV Globo O Autoesporte vai mostrar a importância dos carros na construção de uma história e como eles também são símbolos de seus tempos e das personalidades dos personagens das novelas. Já o Globo Rural vai contar como a transformação no campo brasileiro foi retratada nas novelas da TV Globo. No Viver Sertanejo, o cantor Daniel recebe Renato Teixeira, autor de clássicos em tramas de temáticas rurais nas novelas da TV Globo e o ator Lima Duarte. Na sequência, o Esporte Espetacular estreia uma temporada inédita, com quatro episódios, do "Planeta Extremo" e traz uma abertura especial com ídolos do esporte. O Domingão com Huck homenageia programas de auditório e o público que forma as plateias. A comemoração segue com uma transmissão especial do clássico entre Flamengo e Corinthians, direto do Maracanã, com um pré-jogo recheado de conteúdos sobre o aniversário da TV Globo e um show de sucessos do cantor Belo. O Fantástico vem cheio de novidades. Entre elas, uma nova abertura, que faz uma grande homenagem a todo o legado do programa, reverenciando o passado e olhando para o futuro e a estreia da nova temporada do quadro "Jornada da Vida - Rio Mekong", em que Sonia Bridi e Paulo Zero percorrem países banhados pelo Rio Mekong, como Vietnã, Laos e Camboja. O programa também traz um clipe de imagens de arquivo, recriando uma jogada de futebol contínua com craques da Seleção de todas as gerações. O domingo será encerrado com a estreia da série documental Gloria que, em quatro episódios, celebra a trajetória e o legado de Gloria Maria e reafirma o espaço que a comunicadora conquistou no jornalismo e no coração do público. Miguel Falabella e Marisa Orth no 'Show 60 anos' Reprodução/TV Globo Segunda-feira, 28 de abril A segunda-feira tem início com reportagens especiais no Hora Um, que mostram as mudanças no mercado de trabalho nos últimos 60 anos, os recursos de realidade aumentada que revivem os diferentes logos da emissora ao longo do tempo e toda a preparação para o show de aniversário. Em seguida, as edições locais do Bom Dia no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília vão ser ancoradas de pontos históricos e icônicos de cada uma dessas cidades. O Bom Dia Brasil acompanha as manhãs de brasileiros que representam como a sociedade brasileira mudou nos últimos 60 anos. Já o Encontro com Patrícia Poeta exibe um programa totalmente dedicado à dramaturgia da Globo. Patrícia recebe os atores Reginaldo Faria e Marcelo Faria, pai e filho. Os musicais ficam por conta de Jorge Vercilo. O programa também mostra os bastidores e os preparativos para o grande show de comemoração dos 60 anos da TV Globo. O Globo Esporte traz matérias sobre a evolução das transmissões esportivas. A Sessão da Tarde exibe o filme "Coisa de Novela", outro longa produzido pelo Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo especialmente para o aniversário da TV Globo. Na história, Tereza (Susana Vieira) e Laura (Valentina Herszage) são avó e neta apaixonadas por teledramaturgia. Quando Tereza recebe um diagnóstico pouco otimista, conta com ajuda de Laura para realizar seu sonho: participar de uma novela. Mais tarde, o RJ2 é apresentado direto da Arena onde vai acontecer o show comemorativo pelos 60 anos da TV Globo. Em seguida, estreia a nova novela das sete, Dona de Mim, escrita por Rosane Svartman com direção de Allan Fiterman. No elenco, nomes como Tony Ramos, Claudia Abreu, Juan Paiva e Clara Moneke, entre outros. Já o capítulo de Vale Tudo é marcado pela chegada de Odete Roitman (Debora Bloch) à trama. Especial Vilãs no 'Show 60 anos' Reprodução/TV Globo Após a novela, entra no ar o ápice da comemoração da TV Globo. O Show 60 anos é palco de encontros e reencontros emocionantes de quem construiu a história da TV Globo: humoristas de diversas gerações, talentos com seus personagens, criadores com suas obras, atletas e suas conquistas, música e seus intérpretes, notícias com seus repórteres, televisão com o público. IZA, Ana Castela, Simone Mendes, Maiara e Maraisa, Zezé Di Camargo e Luciano, Lauana Prado, João Gomes, Joelma, MC Cabelinho, As Frenéticas, Negra Li, Roupa Nova, Alexandre Pires e Paulinho da Viola também estão confirmados no line-up. Ranking das 60 melhores novelas da Tv Globo Veja Mais
Globo 60 anos: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul
Nesta sexta-feira (25), Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional da casa da família Rodrigues Silveira. Veja como foi. 60 anos da TV Globo: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família gaúcha Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional desta sexta-feira (25) da sala da casa da família Rodrigues Silveira, em Porto Alegre. A capital do Rio Grande do Sul representa a Região Sul na celebração dos 60 anos da Globo no Jornal Nacional. No vídeo acima, veja como foi a visita. 60 anos da TV Globo: JN visita família de Porto Alegre LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Veja Mais
Do Plantão ao Tema do Senna: como é feita uma vinheta instrumental?
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Do Plantão ao Supercine: como é feita uma vinheta instrumental? Com poucos acordes, as vinhetas instrumentais conseguem entrar para a história. Utilizadas para identificar programas ou momentos importantes, elas se fixam na memória afetiva do público, tornando-se símbolos de eventos marcantes e inesquecíveis. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Apesar de geralmente ser bem curta, a criação da vinheta instrumental tem um processo. De acordo com o maestro Roger Henri, criador da vinheta do "Supercine", o primeiro passo é pensar em qual é o assunto a música vai estar inserida. “Qual é a matéria? Qual é o programa? Se é para cima, se é uma minissérie. Você (precisa) entender que aquela vinheta vai abrir o quê?”. E são apenas poucos segundos para transformar os acordes em uma mensagem. “Você tem que resumir em seis segundos. Uma coisa fácil para pessoa que está assistindo em casa assimilar", explica. A experiência torna o processo mais rápido, mas nada que possa ser feito em poucos minutos. “Com o tempo, você sabe o que vai funcionar em termos de harmonia, de sonoridade, e, principalmente, o que vai chamar atenção. Às vezes, eu levo uma tarde, isso se eu ficar muito em cima”, diz Roger. O maestro destaca a importância de coordenar o som com a imagem. “A vinheta não é só compor uma música. Eu recebo uma imagem, que tem um movimento, uma luz, a logomarca. Então, você tem que sincronizar tudo”. Para controlar o compasso da composição, utiliza-se um metrônomo - aparelho que através de pulsos (sonoros) de duração regular, indica um andamento musical. "Então, uma metade do tempo é de composição e a outra metade de aperfeiçoar o sincronismo com a imagem”. A famosa música do Plantão Quando a música do Plantão da Globo toca, você automaticamente interrompe o que está fazendo e olha para a televisão. Criada em um concurso interno da Globo em 1991, essa música continua sendo temida por muitos, que a associam ao anúncio de notícias ruins. O músico João Nabuco, criador da música, se surpreende com a longevidade da composição. “Entrou na cabeça das pessoas de uma forma que eu não poderia imaginar”, comenta o compositor. Na época, ele teve como inspiração o Repórter Esso, referência entre programas de radiojornalismo no Brasil, lançado em 1941. Outra vinheta que mexe com os sentimentos dos brasileiros é o Tema da Vitória. Composta pelo maestro Eduardo Souto Neto e com arranjo do grupo Roupa Nova, ela foi entoada pela primeira vez na vitória de Nelson Piquet, no Grande Prêmio do Brasil, em 1983. Mas foi no ano de 1986 que ela entraria para a história, no GP dos Estados Unidos. O Brasil tinha acabado de ser eliminado na Copa do Mundo e Ayrton Senna levantou a bandeira do país após vencer em Detroit, nos Estados Unidos. Veja Mais
'Hilda Furacão', 'Alto Astral': Nana Caymmi já cantou trilhas sonoras de novelas e séries da TV Globo; relembre
Universal Music lançou em 2017 uma coletânea Nana Novelas, que compila 15 gravações da cantora carioca propagadas em trilhas de novelas e séries da TV Globo. Gif mostra novelas que contaram com trilha sonora de Nana Caymmi Memória Globo/Reprodução A cantora Nana Caymmi, que morreu nesta quinta-feira (1º), cantou diversas canções de novelas e séries clássicas da TV Globo. Um de seus maiores sucessos foi "Resposta ao tempo" (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc, 1998), na abertura da série Hilda Furacão, exibida em 1998. O bom resultado da canção fez com que ela fosse convidada pela emissora carioca para gravar outro bolero – "Suave veneno", de autoria dos mesmos compositores de Resposta ao tempo, Cristóvão Bastos e Aldir Blanc – para a abertura da novela intitulada Suave veneno, exibida em 1999. A Universal Music lançou em 2017 uma coletânea Nana Novelas, que compila 15 gravações da cantora carioca propagadas em trilhas de novelas e séries da TV Globo. Nana Caymmi em foto promocional do álbum 'Sem poupar coração', de 2009 Lívio Campos / Divulgação Relembre abaixo algumas canções interpretadas por Nana Caymmi que fizeram parte da TV Globo: "Fruta Mulher" - Novela Roque Santeiro (1985); "Olhe o Tempo Passando" - novela Cara & Coroa (1995); "Resposta ao Tempo" - minissérie Hilda Furacão (1998); "Suave Veneno" - novela Suave Veneno (1999); "Tarde Triste" - novela O Clone (2001); "Solamente Una Vez" - minissérie Amazônia - De Galvez a Chico Mendes (2007); "Tu Sais Je Vais T’aimer (Eu Sei Que Vou Te Amar)" - novela Beleza Pura (2008); "Sem Poupar Coração" - novela Insensato Coração (2011); "Quando o Amor Acontece" - novela Salve Jorge (2012); "Medo de amar" - novela Sete Vidas (2015); "Verdad Amarga" - novela Alto Astral (2014); "Não Diga Não" - novela Babilônia (2015); "Do Amor Impossível" - novela Tempo de Amar (2017). A cantora chegou também a participar de uma campanha antidrogas na novela "O Clone", de 2001, quando a autora Gloria Perez mesclou depoimentos reais de usuários à trama, desde anônimos até pessoas famosas, como o ator Carlos Vereza e a cantora Nana Caymmi. “Embora nunca tenha sido cantora de arroubos teatrais, Nana encara o peso e a dramaticidade das músicas em que põe a voz lapidada com o tempo que fez emergir, a partir dos anos 1970, o brilho do verdadeiro diamante embutido nas cordas vocais da intérprete”, escreveu o crítico musical Mauro Ferreira, em 2021. Relembre a trajetória de Nana Caymmi Veja Mais
Nana Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil, morre aos 84 anos no Rio
Filha de Dorival Caymmi, a artista estava internada desde julho do ano passado na Casa de Saúde São José, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca. Relembre a trajetória de Nana Caymmi Nana Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil, morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A artista estava internada desde julho do ano passado, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca. Segundo o hospital, a morte se deu em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos. Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941 – fez aniversário dois dias antes de morrer –, a carioca cresceu em uma família de músicos: era filha de Dorival Caymmi com Stella Maris, e irmã de Danilo Caymmi e Dori Caymmi. "O Brasil pede uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Estamos todos realmente muito tristes, mas ela passou nove meses de sofrimento intenso dentro de hospital", disse Danilo Caymmi, que narrou o sofrimento da irmã. Leia também: Veja a repercussão da morte de Nana Caymmi Artista ficou eternizada como voz que foi do bolero ao samba 'Hilda Furacão', 'Alto Astral': Nana Caymmi já cantou trilhas sonoras de novelas e séries da Tv Globo; relembre Nana Caymmi deixa bela resposta ao tempo com discografia pautada pelo rigor e pelo sentimento da voz quente Irmão narra sofrimento de Nana Caymmi durante internação: ‘Foi muito difícil’ Blog: Nana Caymmi era a maior cantora do Brasil? A carreira Como definiu o colunista Mauro Ferreira, Nana é dona de discografia pautada por extrema coerência na seleção de repertório, arranjadores e produtores musicais. Criada em um ambiente musical, estreou na música ao lado do pai ainda adolescente, e, 1960, em um dueto na canção “Acalanto”, composta por Dorival quando ela ainda era bebê. Os versos viraram canção de ninar crianças por todo o Brasil: “Boi, boi, boi / Boi da cara preta / Pega essa menina que tem medo de careta”. No ano seguinte, após gravar o primeiro compacto solo, ela largou tudo para ir morar na Venezuela, após se casar com um médico venezuelano aos 18 anos. A adaptação, porém, não foi fácil, e ela retornou ao Brasil com as filhas Estela e Denise — e grávida de João Gilberto, seu terceiro filho. Nana Caymmi Lívio Campos / Divulgação Entre as canções que gravou, com sua voz inconfundível, estão clássicos de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos – sempre imprimindo sua personalidade única. Em 1964, Nana participou da gravação do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, um clássico que fez sucesso não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos. Pouco depois, encarou um dos maiores desafios de sua carreira: o Festival Internacional da Canção, em 1966. Interpretando “Saveiros”, de seu irmão Dori Caymmi, foi vaiada, mas venceu a competição. “Eu tava mais preocupada em não desmaiar do que com as vaias”, relembra. A artista gravou outras dezenas de discos na carreira. Entre eles, “Nana Caymmi” (1975), que a consolidou no cenário da MPB; “Renascer” (1976); “Voz e Suor” (1983), ao lado do pianista Cesar Camargo Mariano; “Bolero” (1993); e “A noite do meu bem - As canções de Dolores Duran” (1994), produzido por José Milton, com quem ela trabalhou até 2019. Dori Caymmi e Nana Caymmi Lívio Campos / Divulgação Seu repertório também inclui releituras marcantes de músicas do pai, como “O Que É Que a Baiana Tem” e “Saudade da Bahia”. Em 2004, ela e os irmãos Dori e Danilo foram homenageados com o título de cidadãos baianos. Novelas A voz de Nana também marcou presença em trilhas sonoras de novelas e minisséries da TV Globo, além de participações especiais em cena. Em 1998, o vocal de Nana estrelou a abertura da minissérie “Hilda Furacão”, da TV Globo, com a faixa “Resposta ao tempo”, composta por Aldir Blanc e Cristovão Bastos. O bom resultado da canção fez com que ela fosse convidada pela emissora carioca para gravar outro bolero – "Suave veneno", de autoria dos mesmos compositores de Resposta ao tempo, Cristóvão Bastos e Aldir Blanc – para a abertura da novela intitulada Suave veneno, exibida em 1999. A Universal Music lançou em 2017 uma coletânea Nana Novelas, que compila 15 gravações da cantora carioca propagadas em trilhas de novelas e séries da TV Globo. Danilo Caymmi relembra últimos momentos da irmã; Nana Caymmi morreu aos 84 anos Se comparada a outras cantoras da MPB — como Maria Bethânia, Elis Regina e Gal Costa —, ela nunca teve uma popularidade massiva. Mesmo assim, ainda no início da carreira, se consagrou como uma das mais relevantes do país. “Embora nunca tenha sido cantora de arroubos teatrais, Nana encara o peso e a dramaticidade das músicas em que põe a voz lapidada com o tempo que fez emergir, a partir dos anos 1970, o brilho do verdadeiro diamante embutido nas cordas vocais da intérprete”, escreveu o crítico musical Mauro Ferreira em 2021. Os últimos álbuns lançados pela cantora são “Nana, Tom, Vinicius” (2020) e “Nana Caymmi Canta Tito Madi” (2019). Nana também foi casada com Gilberto Gil, entre 1967 e 1969. E namorou os cantores João Donato e Cláudio Nucci. A cantora deixa três filhos e duas netas. Nelson Motta conta a história da cantora Nana Caymmi Mais fotos da carreira Nana Caymmi no musical 'Show do Mês', da Globo, em 1981 Nelson Di Rago/Globo Danilo Caymmi, Nana Caymmi, Dorival Caymmi, Stella Caymmi no lançamento da novela 'Porto dos Milagres', em 2001 Eliane Heeren Nana Caymmi com o pai, Dorival, em 2000 Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo Maria Bethânia e Nana Caymmi no Rio de Janeiro, em 2013 Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo O músico Gilberto Gil, junto de Nana Caymmi, durante entrevista em 1968 Estadão Conteúdo Veja Mais
Como vestido de carne de Lady Gaga virou ícone fashion e simbolizou o auge de sua carreira
Look entrou para a história e consagrou cantora como referência potente (e polêmica) que vai além da música. Como vestido de carne de Lady Gaga entrou para a história O look mais icônico de Lady Gaga é feito de carne crua. Para ir à cerimônia do Video Music Awards 2010, a cantora vestiu bifes de vaca dos pés à cabeça. Inesquecível, o momento chocou a todos e virou símbolo da era mais poderosa de Gaga, que se apresenta neste sábado (3) na Praia de Copacabana, no Rio. Dias antes do VMA, a artista já tinha aparecido com roupa carnívora, ao estampar a capa da "Vogue" japonesa com um biquíni de bife. Mesmo inusitado, o visual não gerou tanta polêmica quanto ao vestido de carne usado na premiação. No VMA, Gaga vestiu três looks. Primeiro, ela chegou com um vestido da grife Alexander McQueen e, pouco depois, trocou para outro da Giorgio Armani. Deixou o melhor para o final e, com alguns pedaços de carne morta sobre a pele, entrou para a história. Lady Gaga no VMA (à esq.) e em capa da revista Vogue Japonesa, ambos momentos em 2010 Mark Ralston/AFP/Divulgação Do açougue ao guarda-roupa Vestido, sapato, chapéu e bolsa: tudo cheirava literalmente a carne. O look foi costurado junto de peças como espartilho e joias, mas seu principal material veio de um açougue, sob encomenda do estilista Franc Fernandez. "Sou argentino. A maioria dos nossos pratos é de carne vermelha, então temos uma relação muito próxima com os açougueiros. Fui ao açougue da minha família, disse a eles que ia costurar a carne como um tecido, e eles perguntaram: 'Ah, você quer este corte? Aquele?' Foi muito simples", disse o designer em 2023, no podcast “Witness History”, da BBC. O estilista conta que se encantou pela atmosfera mórbida do visual. Enquanto costurava, lembrava de filmes de terror: “Parece errado, então é divertido de fazer”. Lady Gaga no VMA 2010 Mark Ralston/AFP Levou uma semana para o look ficar pronto. O processo de fabricação das peças também envolveu os designers da Haus of Gaga, equipe da cantora. Segundo Fernandez, ela não chegou a experimentar o vestido, mas ele já sabia que ficaria incrível em seu corpo. A ideia do look veio da própria Gaga. Sua maquiadora da época, Val Garland, tinha falado para ela da vez em que vestiu salsichas para ir a uma balada underground dos anos 1980. A cantora amou a história. Bife polêmico Assim que Gaga apareceu vestida de carne no VMA, seu look se tornou o principal assunto da festa. "Tem uma foto incrível do momento em que ela está no palco recebendo o prêmio. Todo mundo da plateia está com uma cara bastante confusa", lembrou Fernandez. A artista sempre soube que ia chocar — e foi justamente por isso que escolheu ir daquele jeito. Em meio à repercussão, teve quem elogiasse, criticasse ou se mostrasse confuso. Mas todos ficaram de queixo caído. A revista “Time” elegeu o vestido de Gaga como o principal momento fashion de 2010, e dá para entender o porquê. Mais de uma década se passou e cá estamos, falando de seus impactos. Na época, a Vegetarian Society protestou contra o vestido. Em nota, a organização disse: “Não importa quão bonita pareça, a carne de um animal torturado é carne de um animal torturado”. Lady Gaga no VMA 2010 Reprodução/YouTube Já jornalista Ellen DeGeneres, que era vegana, trouxe um contraponto: “Como alguém que ama animais, foi muito difícil para eu sentar ao seu lado enquanto ela usava aquela roupa, mas isso me fez questionar: 'Qual é a diferença entre a roupa dela e uma peça de couro?’.” Um dos elogios ao look veio da cantora Cher, que o definiu como surpreendente e genial. Foi ela quem segurou a bolsinha carnívora da Gaga no VMA quando a popstar recebeu o prêmio de melhor videoclipe, por “Bad Romance”. O que significa? Mais do que análises de repúdio ou elogiosas, muito se falou sobre o significado do look. Embora existam várias interpretações, Gaga sempre bateu o pé de que se tratava de um protesto político. Em entrevista a CBW News, a cantora afirmou: "A implicação moral, ética e política daquela roupa estava muito além do que a maioria das pessoas pensa, que é 'eca'". A intenção, segundo ela, foi protestar contra uma política popularmente conhecida como "don't ask, don't tell" ("não pergunte, não diga"). Na época, o exército americano barrava militares de falar da orientação sexual. "Carne morta é carne morta. Qualquer um que esteja disposto a tirar a própria vida por seu país é o mesmo. Você não é um morto gay ou um morto hetero. Você é morto", disse Gaga quando voltou a comentar o polêmico vestido para a revista "Vogue" em 2021. Para ela, o look seria um ato de apoio à comunidade LGBT. O fato é que essa mensagem não é explícita — no máximo, é um recado subliminar. Mas isso não é um problema para a artista, já que ela sempre gostou de explorar referências que fogem do óbvio. Desde o início da carreira, a americana deixa sua criatividade fluir e produz uma arte provocativa que gera diferentes reflexões. O vestido de carne vai nessa mesma pegada. Com uma estética surrealista, a roupa levantou vários debates. Entre as análises que mais repercutiram, estão as de que o lookinho de carne seria: Crítica à objetificação feminina; Subversão dos padrões fashion; Deboche da indústria têxtil; Menção à hipocrisia de quem come carne; Desejo pelo holofote. O único consenso é que a roupa é perturbadora. Causa incômodo até mesmo em quem a elogia. Genial ou abominável, toda essa bizarrice se conecta diretamente com a veia artística de Lady Gaga, que une música, moda e teatro em performances extravagantes. Digno de dark pop A cantora foi a artista mais aclamada do VMA 2010. Além de ter levado o principal troféu (melhor videoclipe), ganhou mais sete prêmios. Seu feat com Beyoncé, "Telephone", rendeu a estatueta de melhor colaboração, enquanto "Bad Romance" levou os prêmios de melhor clipe feminino, melhor clipe pop, melhor clipe dance, melhor direção, melhor coreografia, melhor edição. Clipes 'Bad Romance', 'Alejandro' e 'Paparazzi', de Lady Gaga Reprodução/YouTube Além dos oito prêmios conquistados, Gaga foi indicada a outras cinco categorias. A propósito, naquele VMA, ela se tornou a primeira cantora a receber duas nomeações no prêmio de melhor videoclipe. Também virou a artista com o maior número de indicações em uma edição do VMA. Graça à explosão dos discos "The Fame" e "The Fame Monster", a americana estava vivendo o auge da carreira. E o vestido de carne tem a mesma energia dos hits dessa sua fase. Assim como o look excêntrico, "Bad Romance" é sombria e criativa. A canção é um dark pop — um tipo de eletropop rasgado com influências que vão da música industrial ao glam rock. Debochada, a letra é sobre um amor macabro, ou "um romance maldoso" como o próprio título sugere. Outro hit dessa era, "Paparazzi" também combina com o vestido de carne. As batidas são misteriosas e emulam um clima de terror que nos prende do começo ao fim. Não à toa, Gaga fez uma performance sangrenta dessa música, no VMA 2009. "Alejandro" é outro bom exemplo que se aproxima dos bifes de vaca usados por Gaga: tenebroso e, ao mesmo tempo, hipnotizante. Do tapete para o museu Disruptivo, o look de carne de Gaga ainda tem um quê conceitual que remete a outros momentos famosos do mundo artístico. A britânica Linder Sterling causou polêmica em 1982, quando vestiu bifes em um show punk na Espanha. Cinco anos depois, foi a vez da canadense Jana Sterbak mergulhar na ideia, a partir da fotografia "Vanitas: Vestido de Carne para uma Albina Anoréxica". As obras 'Vanitas: Vestido de Carne para uma Albina Anorexia', de Jana Sterbak, e 'Figura com Carne', de Francis Bacon de Museu Walker Art Center/Art Institute Chicago A capa do disco "Yesterday and Today" (1966), dos Beatles, é tão mórbida quanto o vestido-bife de Gaga. O mesmo pode ser dito sobre a pintura "Figura com Carne", de Francis Bacon. É como se a dona do hit "Bad Romance" tivesse mesclado várias referências para brilhar em sua própria autenticidade, que é digna do status de diva popstar. Após passar por um processo químico para se tornar carne seca, o vestido de carne da cantora foi exposto no Hall do Rock, em Ohio. Hoje, fica no museu da Haus of Gaga, em Las Vegas (EUA). Sua trajetória é o clássico "fale bem ou fale mal, mas fale de mim". Veja Mais
Tim Bernardes cai com elegância em sambas-canção que compôs para as vozes de Maria Bethânia e Alaíde Costa
Artista lança single em que apresenta as versões do autor para ‘Prudência’ e ‘Praga’, músicas inspiradas e bem diferentes do estilo do compositor paulistano. Tim Bernardes canta ‘Prudência’ e ‘Praga’ com o toque do violão do próprio artista Biel Basile / Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Prudência ▯ Praga Artista: Tim Bernardes Cotação: ★ ★ ★ ★ ♬ Tim Bernardes pareceu ter ser transformado em outro compositor quando fez músicas para serem lançadas nas vozes das cantoras Maria Bethânia e Alaíde Costa. Por coincidência, ou não, o compositor paulista criou dois sambas-canção. Prudência surgiu em cadência mais próxima de bolero na gravação apresentada por Maria Bethânia no álbum Noturno (2021). Com refrão em que o eu-lírico do samba-canção minimiza a razão em favor da passionalidade que rege as paixões e a própria vida, Prudência se afinou com o tom intenso do canto de Bethânia e se tornou hit nos shows da intérprete. No ano seguinte, Alaíde Costa lançou Praga no álbum O que meus calos dizem sobre mim (2022), ornando o samba-canção com metais orquestrados por Eduardo Neves em arranjo que remeteu aos salões dos anos 1950, como o do Dancing Avenida, no qual Alaíde batia ponto como crooner no início da carreira na cidade natal do Rio de Janeiro (RJ). Diferentemente de Prudência, música da lavra habitualmente solitária de Tim Bernardes, Praga era parceria do compositor paulistano com Erasmo Carlos (1941 – 2022). Até então nunca gravados por Tim, os dois sambas-canção ressurgem na voz do autor em single editado ontem, 29 de abril, via Coala Records, e previsto para ser lançado no formato físico de vinil. No lado A, Prudência reaparece em registro de voz-e-violão – com o instrumento tocado pelo próprio Tim Bernardes – captado ao vivo com equipamentos analógicos. A gravação do autor é bonita, mas sucumbe diante da inevitável comparação com o registro original de Bethânia porque a intérprete imprimiu no canto (em especial no refrão) a passionalidade exposta na letra e ausente da voz do autor. Já Praga ombreia no lado B o registro de Alaíde em gravação de estúdio em que Tim Bernardes consegue evocar o veneno da letra em canto afinado com o arranjo em que entram violão, percussão e um coro que remete ao canto do grupo de vocalistas As Gatas, recorrente em discos de samba gravados nos anos 1970. Tim roga Praga com pujança, valorizando single em que cai com elegância no samba-canção, nem tão rock’n’roll como acredita e alardeia no texto promocional ecoado na imprensa musical, mas com a sabedoria que normalmente caracteriza as versões de autor. Capa do single ‘Prudência ▯ Praga’, de Tim Bernardes Divulgação Veja Mais
Quando é o show da Lady Gaga? Que horas começa e qual será o setlist? Veja perguntas e respostas
Show de Gaga será o maior da carreira, com palco de mais de 1200 m² e telão de LED grandioso. Veja tudo que você precisa saber sobre a apresentação. Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube/Canal do festival O show de Lady Gaga na praia de Copacabana neste sábado (3) será o maior da carreira da cantora. Segundo a prefeitura do Rio de Janeiro, são esperadas cerca de 1,6 milhão de pessoas. Desta vez, Lady Gaga traz a turnê do disco "Mayhem" para o Rio de Janeiro. Veja as principais perguntas e respostas sobre esta vinda de Lady Gaga ao Brasil: Quando ela chegou no Brasil? A cantora desembarcou na madrugada desta terça-feira (29) no Rio de Janeiro para o megashow. Eram 4h50 quando a diva saiu de uma área reservada do Aeroporto do Galeão. Ela está hospedada no Copacabana Palace. Lady Gaga chega ao Rio para megashow É a primeira vez dela no Brasil? Não. A cantora veio em 2012 e teve uma vinda cancelada em 2017, quando ela seria atração do Rock in Rio, mas teve problemas de saúde. Gaga foi substituída de última hora pelo Maroon 5 e precisou ser internada em um hospital por conta das severas dores causadas pela fibromialgia, uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Ela vai fazer outros shows aqui? Esse show em Copacabana, no dia 3 de maio, será o único na América do Sul em 2025. A informação consta nos documentos enviados pela produtora Bonus Track Entretenimento ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. Que horas é o show? Primeiro DJ: 17h30 às 19h30 Segundo DJ: 19h30 às 21h45 Lady Gaga: 21h45 às 0h15 Terceiro DJ: 0h15 Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube do festival Como assistir? A transmissão começa às 21h15 no Multishow e no Globoplay com a dupla Dedé Teicher e Laura Vicente, e na TV Globo logo após a novela "Vale Tudo", com Kenya Sade e Ana Clara. Você também pode acompanhar a transmissão no g1, no Multishow, no Globoplay e no gshow. Qual é o setlist? Lady Gaga vem ao Brasil após se apresentar no Coachella e no México. Nesses lugares, a apresentação teve cerca de 1h55 de duração, priorizando faixas dos discos "Mayhem", "The Fame" e "Born This Way". Até então, os discos "Artpop", "Joanne" e "Chromatica" ficaram de fora. Aqui, o show tem duração máxima de 2h30, então pode ser que a cantora acrescente mais canções ao repertório. Veja o possível setlist do show: Bloody Mary Abracadabra Judas Scheiße Garden of Eden Poker Face Abracadabra (Gesaffelstein Remix) Perfect Celebrity Disease Paparazzi Alejandro The Beast Killah Zombieboy Die With a Smile How Bad Do U Want Me Shadow of a Man Born This Way Blade of Grass Shallow Vanish Into You Bad Romance Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube do festival Veja Mais
Globo faz show grandioso para celebrar o aniversário de 60 anos; veja melhores momentos
'Celebrar esses 60 anos é olhar com orgulho para tudo que construímos juntos. Mas, também, é olhar para frente, com brilho nos olhos e com a certeza de que o futuro já começou', disse o diretor-presidente da Globo, Paulo Marinho. Globo faz show grandioso para celebrar o aniversário de 60 anos; veja melhores momentos A Globo comemorou, na noite de segunda-feira (28), os 60 anos de história em um espetáculo grandioso. Foi uma celebração muito emocionante para os milhões de brasileiros que assistiram pela televisão - e para a gente também. Tudo que se viu e se ouviu durante três horas mexeu profundamente - e docemente - com a memória de cada um. São muitos os ingredientes de uma festa inesquecível. Sobre o tapete azul, rostos que deram vida a essa jornada. Quatro mil pessoas lotaram a Arena da Barra da Tijuca. Gente que ajudou a construir a TV Globo. Um trabalho feito a milhares de mãos para encher de informação, graça e beleza a vida do telespectador - que celebrou bem juntinho ao palco. Todos de olhos voltados para um palco gigante, construído para caber uma história com a mesma dimensão. Antes de começar o show transmitido ao vivo, o diretor-presidente da Globo, Paulo Marinho, falou do orgulho de manter no coração o ofício de informar e de entreter. "Hoje, somos 14 mil colaboradores diretos e mais de 10 mil nas afiliadas. Pessoas que fazem todos os dias uma televisão brasileira feita por brasileiros para brasileiros. Uma televisão de alta qualidade, gratuita, acessível e democrática, que fala com o Brasil inteiro e sobre o Brasil inteiro. Celebrar esses 60 anos é olhar com orgulho para tudo que construímos juntos. Mas, também, é olhar para frente, com brilho nos olhos e com a certeza de que o futuro já começou”, afirmou Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo. Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo Jornal Nacional/ Reprodução A semente dessa festa foi plantada lá atrás. O início de tudo foi mostrado pelo ator Tony Ramos, vivendo Roberto Marinho. O homem que ladrilhou a estrada por onde o Brasil caminha há 60 anos e que não apenas sonhou, mas que também ensinou a sonhar. "Essa empresa é fruto da persistência, da criatividade, da competência, com erros e acertos, como é a vida. Então, estou feliz aqui, muito feliz”, disse o ator Tony Ramos. Difícil não se emocionar com o que passou pelo palco em uma noite especial. Cada música, cada imagem, cada personagem. Todos juntos, ajudaram a tocar os brasileiros pelas telas da TV. Pelos Estúdios Globo, um musical com nomes e sobrenomes para lembrar que quem move essa fábrica gosta do que faz. Quando a arte é o fio que conduz, o tempo conta a favor. "Posso falar a verdade porque tenho carisma, meu amor, porque sou vitalícia. Eu entrei aqui em 1970. Então, tudo que apareceu aí eu participei de uma forma ou de outra, trabalhando ou assistindo”, contou a atriz Susana Vieira. Das telas dos lares brasileiros para o palco, os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos. As boas-vindas a uma majestade. Roberto Carlos cantou e ganhou um coro luxuoso de milhares de vozes. Um rei que se emociona, merece o lugar que tem. "São muitas emoções que tenho vivido nesse tempo, muitas emoções”, disse o cantor Roberto Carlos. Os olhos marejados da plateia viajaram no tempo para encontrar quem ensinou a importância da comunicação: Chacrinha. "Nós devemos isso a eles, a todos os apresentadores e apresentadoras que já pisaram em um palco da Globo”, afirmou o apresentador Marcos Mion. Globo faz show grandioso para celebrar o aniversário de 60 anos Jornal Nacional/ Reprodução Nossas malvadas preferidas das novelas se reuniram para disputar o troféu de maior vilã. Diversão em doses bem altas. Mas foram barradas da festa por uma estrela da música brasileira: Ivete Sangalo. No universo onde os saltos, os equilíbrios e os movimentos inimagináveis perseguem medalhas, nosso país guarda um tesouro. Um encontro inédito: Daiane dos Santos e Rebeca Andrade se apresentando juntas. Nossas meninas encantaram a plateia e puxaram um cordão de medalhistas. Vai ser para sempre, o Brasil do esporte, dos recordes e da alegria. A paixão pelo esporte é a mesma que fez o país se acostumar a contar os dias em capítulos, a torcer pelo amor, a escolher personagens de estimação. "A Globo consegue fazer coisas aqui no Brasil que poucas televisões do mundo conseguem fazer, que é reunir os talentos juntos, com tanta capacidade e um povo tão lindo quanto é esse brasileiro, que merece muito”, disse a apresentadora Ana Maria Braga. A trilha sonora da vida de cada um foi mexendo com a caixinha de memórias. E as crianças de ontem vibraram com o que veio depois: Sandy e Junior, Angélica e Xuxa. Parecia que o tempo não tinha passado. E o que cabe no sonho de ex-baixinhos? Globo faz show grandioso para celebrar o aniversário de 60 anos Jornal Nacional/ Reprodução Do reino encantado para o mundo atual, que continua se lembrando de ser feliz. E o que seria da vida se fosse proibido rir da gente? E a lembrança foi resgatar antigos sucessos de público e de audiência. Em canções inesquecíveis, a amizade que une vozes e vida. No palco e na plateia. Sessenta anos de informação e o mundo inteiro nas telas da TV. "Gerações de jornalistas apaixonados pela nossa profissão e que compartilham os mesmos princípios, com integridade e transparência", afirmou o jornalista César Tralli. "Nosso compromisso número um é levar para você informação de qualidade", disse a jornalista Maju Coutinho. "A TV Globo foi criada por um jornalista. Roberto Marinho: empresário, visionário, mas, na essência, um jornalista, que pensava como um jornalista", disse a jornalista Renata Lo Prete. Em um show inesquecível, uma surpresa vinda da Amazônia. Há dois anos, uma imagem correu o mundo: a repórter Sônia Bridi ajudava a resgatar no colo uma criança yanomami subnutrida. Na segunda-feira (28), o reencontro feliz. Ela está viva. Globo faz show grandioso para celebrar o aniversário de 60 anos Jornal Nacional/ Reprodução Na televisão feita por tantos, um agradecimento aos que se foram antes de nós. No espaço medido em polegadas, que acolhe tipos diferentes e que encanta pela diversidade, sobra lugar para quem quiser chegar. É só mexer com o coração da gente, e a vida segue no ritmo da cadência da Bahia, da batida de um samba, e na alegria de quem tem o melhor da tecnologia para contar histórias de ontem, de hoje e do tempo que ainda vai chegar. "O que foi isso? Eu começo me emocionando, depois eu chorei de emoção, depois comecei a dar risada. Mexeu muito com a gente. Contou uma história toda, foi lindo demais e a gente não viu o tempo passar”, disse a apresentadora Sabrina Sato. "Todo brasileiro é criado pela televisão, pelas novelas da Rede Globo, pelo jornalismo da Rede Globo, pelas séries, pelos programas. Então, é muito lindo a gente rever essa história, muito bonito”, afirmou a atriz Taís Araújo. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Acompanhe as 60 horas de programação especial entre 25 e 28 de abril TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Sul, região com capacidade de se reconstruir e que provoca admiração TV Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Sudeste, seus desafios e conquistas Veja Mais
Mike Peters, cantor do The Alarm, morre aos 66 anos
Ele foi tinha leucemia linfocítica crônica e criou fundação para estimular doação de células-tronco. Banda galesa de rock gravou músicas falando de esperança e resistência. Mike Peters, cantor do The Alarm Divulgação/Facebook da banda Mike Peters, líder da banda galesa de rock The Alarm, morreu aos 66 anos em decorrência de uma leucemia linfocítica crônica, com a qual foi diagnosticado há mais de 30 anos. Em 2023, foi diagnosticado com a síndrome de Richter — uma versão agressiva da doença. The Alarm era uma banda galesa de rock formada no início dos anos 1980, que ganhou destaque com hits como "68 Guns", "The Stand" e "Strength". As letras traziam temas como esperança e resistência. Com influências do punk e do rock de arena, o grupo abriu shows para nomes como U2 e Bob Dylan. Além da música, Mike e sua esposa, Jules, fundaram a Love Hope Strength Foundation, que incentivou a doação de células-tronco e ajudou a registrar mais de 250 mil doadores. Em 2019, o vocalista foi condecorado como Membro da Ordem do Império Britânico por seus serviços voluntários à luta contra o câncer. Cinco dias antes de embarcar para uma turnê de 50 shows pelos Estados Unidos, ele descobriu um caroço no pescoço. Mesmo durante tratamentos intensivos em Manchester, na Inglaterra, o cantor seguiu se apresentando, ainda que sozinho no palco e com uma banda reduzida, para evitar riscos à saúde. Mike deixa a esposa, Jules, e seus dois filhos, Dylan e Evan. Veja Mais
QUIZ: Qual Lady Gaga é você?
Cantora se apresenta na Praia de Copacabana neste sábado (3). Veja qual fase da diva pop você é. Qual Lady Gaga é você? Reprodução Lady Gaga, que se apresenta na praia de Copacabana neste sábado (3), já foi do jazz ao electropop. Em cada fase ao longo de sua carreira, a cantora passeou por diferentes estéticas e personas, à moda de seus ídolos. Por isso, todo mundo tem uma fase da cantora para se identificar. Faça o teste e descubra qual Lady Gaga é você: QUIZ: Qual Lady Gaga é você? VÍDEO: g1 Ouviu 'Mayhem', novo álbum de Lady Gaga; veja análise g1 Ouviu 'Mayhem', novo álbum de Lady Gaga; veja análise Veja Mais
Show com mais de 200 talentos celebra os 60 anos da TV Globo
No Rio de Janeiro, um palco gigante para caber seis décadas de sons, imagens, histórias, personagens da ficção e da vida real. Tudo pronto para a festa em comemoração aos 60 anos da TV Globo A festa em comemoração aos 60 anos da TV Globo será na noite desta segunda-feira (28), no Rio de Janeiro. E o Brasil todo está convidado. Um palco gigante para caber seis décadas de sons, imagens, histórias, personagens da ficção e da vida real. Pelas lentes da TV Globo, o Brasil conheceu o próprio Brasil. Riu, chorou, torceu, vibrou e se conectou. E essas emoções, lembranças, essas histórias ganham vida de novo na noite desta segunda-feira (28). “Vai acionar em cada um uma memória. A gente conseguiu um todo muito legal, muito emocionante, mas também apontando para frente. Tem a nostalgia, mas tem novos encontros, novas imagens, coisas que a gente vai criar para o futuro”, conta Mônica Almeida, diretora de gênero Auditório. Quantas canções chegaram aos rincões do Brasil pelas antenas da TV? E a música do interior reverberou na cidade grande. “Quando a Globo abriu os braços para a gente e nos recebeu, a nossa vida mudou absurdamente, artisticamente falando. Estamos aqui mais por motivo de gratidão, de reverência a essa casa que sempre nos recebeu tão bem”, diz o cantor Zezé Di Camargo. Os amigos conquistaram o país. E elas também vieram com tudo. “Eu estou muito honrada de poder estar com meus amigos, minhas amigas, dividindo esse palco e fazendo história para todo mundo. Então, não percam, gente, vai ser muito lindo, muito especial”, diz a cantora Simone. Mais de 200 talentos participam do show, entre atores, atrizes, cantores, jornalistas, atletas. Um trabalho que exige a coordenação de muitas equipes. São mais de mil pessoas envolvidas para levar esse espetáculo até você. “A nossa série vai ser duplo twist carpado, pode ter certeza. É uma série em conjunto, mas não quero contar muito não, gente. Vou deixar um segredinho no ar”, conta a ex-ginasta Daiane dos Santos. “É emocionante ver que um país com esse tamanho você une todos em volta do bolo. É muito bom, faz muito bem para alma da gente”, afirma a atriz Susana Vieira. E em uma noite de tantas emoções, ele reina mais uma vez: "O meu primeiro especial na Globo foi uma emoção muito grande. Uma coisa muito forte, algo que eu não esperava, que eu ia ter um programa de fim de ano na Globo. Então, isso para mim, foi um momento maravilhoso na minha carreira", conta Roberto Carlos. Na noite desta segunda-feira (28), a TV Globo reverencia o passado e também comemora o futuro. As histórias, as memórias, as emoções que estão por vir. “O que eu desejo para a Globo é que ela continue sendo essa casa dos talentos brasileiros e que o talento brasileiro continue sonhando em estar aqui para fazer o melhor audiovisual do Brasil”, diz o ator Paulo Vieira. Show com mais de 200 talentos celebra os 60 anos da TV Globo Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Show 60 anos: veja os bastidores da comemoração do aniversário da TV Globo Como funciona a escolha da escalada do 'Jornal Nacional'? 10 coisas que você sempre quis saber sobre a Globo Drama e romance são os gêneros que norteiam maioria das melhores novelas da TV Globo, aponta ranking Veja Mais
Rapper L7nnon se lança como ator e figura no elenco (e na trilha sonora) de ‘Dona de mim’, nova novela das 19h
L7nnon interpreta Ryan, rapper que busca segunda chance na vida e na música Manoella Mello / Divulgação Globo ♫ NOTÍCIA ♪ Depois de MC Cabelinho e de Xamã, que mostrou talento para a atuação, chegou a vez de outro cantor e compositor associado ao universo do hip hop e do funk carioca se apresentar como ator. Aos 31 anos, o cantor e compositor Lennon dos Santos Barbosa Frassetti – projetado como o rapper L7nnon no mundo da música urbana – é um dos nomes do elenco de Dona de mim, novela que estreia hoje, 28 de abril, na TV Globo, no horário das 19h. Na trama de Rosane Svartman, L7nnon interpreta Ryan, rapper que envereda pelo mundo do crime e, após sair da prisão, tenta recomeçar a vida, inclusive nas batalhas de rima abordadas na trama. Além de figurar como ator nos créditos da novela, L7nnon é autor e intérprete de música inédita, Segunda chance, incluída na trilha sonora da novela. O rap Segunda chance foi composto por L7nnon justamente para ser tema de Ryan, o personagem de Dona de mim que ganhou a pele do rapper carioca, o mais novo ator do pedaço. Veja Mais
‘Eu nasci com a TV Globo’: Flávio Fachel conta a evolução da comunicação desde 1965 e monta ‘cápsula do tempo’
Âncora do Bom Dia Rio preparou uma reportagem em primeira pessoa sobre como o público se comunicava com a TV. Ele ainda propôs um recado conjunto para 2035. ‘Eu nasci com a TV Globo’: Flávio Fachel conta a evolução da comunicação desde 1965 Mensagem. Diz o dicionário: “Comunicação, geralmente uma informação, um aviso ou um pedido dirigido a alguém”. Há 60 anos que elas chegam aqui — enviadas por você e recebidas por nós. Esta, que escrevo hoje, é mais uma dessas mensagens. De alguém que também nasceu junto com a TV Globo, em 1965, e que cresceu admirando aquela tela iluminada, capaz mudar a vida de qualquer um. Com a chegada da TV Globo, as pessoas ganharam: uma nova forma de se conectar com o mundo; um novo jeito de saber o que estava acontecendo; um meio de cobrar as autoridades; um espelho para ver a própria história na tela de uma televisão. Flávio Fachel no estúdio do Bom Dia Rio Reprodução/TV Globo Mas não era fácil Para conseguir essa conexão, lá em 1965, o telespectador precisava escrever uma carta (com selos) e enviá-la pelo correio. Ou então usar o telefone, mas poucos tinham um desses na época. Lá em casa, um aparelho desses, caro, só chegou no início dos anos 80. Junto, vinha um livrão, com todos os números cadastrados: a lista telefônica. A de 1965, ano do nascimento da TV Globo, trazia o número do Jornal O Globo. O da TV só iria aparecer na lista no ano seguinte. A museóloga Carina Mesquita conta que o catálogo era “um artigo de luxo”. “Eram poucos os assinantes. Quem tinha acesso eram as pessoas com maior poder aquisitivo, empresas que podiam fazer as divulgações e ter suas próprias linhas telefônicas. Somente a partir do fim dos anos 80, início dos anos 90, isso se popularizou”, ensinou. O barbeiro Jean Bispo também viveu a época das listas — e, por tabela, a dos orelhões. Eram telefones públicos que ficavam nas calçadas, e as ligações eram pagas com fichas ou cartões que tinham que ser comprados nas bancas de jornais. Hoje, é tudo peça de museu. “Tinha que correr no orelhão, brigar, dependendo do assunto que fosse, para alguém dar a vez”, lembrou. Meios de comunicação: da carta ao QR Code Reprodução/TV Globo Também podia ‘bater na porta’ Lá no início dos anos 90, o ambientalista Paulo Maia também preparava uma mensagem. Ele tentava chamar a atenção do país para uma nova preocupação na época: o meio ambiente. A internet começava a engatinhar, e uma linha telefônica ainda custava o preço de um carro. Então, Paulo decidiu entregar em mãos, na emissora, uma carta. “Nós tínhamos uma preocupação muito grande com os pinguins que migravam da Patagônia para a costa brasileira. Eu queria que a população soubesse disso e escrevi uma carta”, lembrou. “É muita cara de pau! Eu com meus 20 e poucos anos, fui para a porta da TV Globo e falei: ‘Olha, eu queria — olha a pretensão! —, eu queria protocolar uma carta’. Aí o rapaz olhou para mim, não lembro se era um rapaz ou uma moça: ‘O que você quer fazer, rapaz?’ Eu falei: ‘Preciso falar com o jornalismo, eu queria deixar essa carta aqui na porta. Deixei. No pé da carta tinha o telefone da minha vizinha!”, narrou. “Aí ligaram para a vizinha, eu não me recordo bem o nome da repórter que ligou, e disseram para ela: ‘Eu queria falar com o Paulo Maia.’ E ela falou: ‘É o meu vizinho! Liga daqui a 30 minutos!’. Bateu lá em casa, e eu voltei, comecei a me tremer todo”, descreveu. E a sensação de ver a carta ser respondida? “Fiquei todo arrepiado.” Os telefones enfim se popularizaram. Que o diga a Associação de Moradores de Copacabana. Para eles, as mensagens enviadas à Globo sempre foram parte da solução dos problemas da região. “Hoje é praticamente instantâneo. Mas antigamente, na época do telefonema, tinha a central de atendimento. A gente tinha anotado na nossa agenda, de papel ainda! A gente ligava e falava com o plantonista. Todos conhecidos!”, lembrou Horácio Magalhães. Nesses 60 anos, nossa redação esteve sempre com os olhos nas cartas, com o ouvido no telefone, com o computador ligado, com o celular na mão e, hoje, com o QR Code pronto para você. Usamos todas as formas possíveis de comunicação para manter contato. O tempo não para O futuro está sempre chegando. Nessa transformação permanente e veloz, ninguém sabe, exatamente, como serão as mensagens recebidas pela Globo daqui a 10 anos. Mas sabemos qual será a primeira: esta carta, transformada em reportagem, será guardada uma cápsula do tempo para ser aberta lá em 2035, junto com mais mensagens de gente que faz e vive essa relação com a TV Globo. “Para daqui a 10 anos, a única mensagem que eu deixo é: apesar da tecnologia, apesar das vantagens das novas ferramentas que você tem nas mãos, seu celular, seu tablet, o que for, apesar disso tudo, não acredite na primeira notícia. Sempre cheque, sempre verifique a verdade”, revelou o ator Tony Ramos. Flávio Fachel fecha a cápsula do tempo durante o Bom Dia Rio Reprodução/TV Globo Bom Dia Rio 'conversa' com o espectador de forma simples Veja Mais
Lady Gaga fez três shows no Brasil e ficou 'devastada' por cancelar vinda ao Rock in Rio; relembre
Antes de apresentação em Copacabana, g1 reconta relembra única passagem de Gaga pelo Brasil e cancelamento por problemas de saúde que deixou fãs entristecidos. Lady Gaga tem show confirmado na Praia de Copacabana por Eduardo Paes Assim como Madonna em 2024, Lady Gaga vai se apresentar na Praia de Copacabana. O show será no dia 3 de maio. Lady Gaga vai se apresentar na Praia de Copacabana, no Rio, neste sábado (3). Será o retorno da cantora americana ao Brasil, após a estreia em 2012 e uma vinda cancelada. Em 2017, ela seria atração do Rock in Rio, mas teve problemas de saúde. Gaga foi substituída de última hora pelo Maroon 5 e precisou ser internada em um hospital por conta das severas dores causadas pela fibromialgia, uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. "Tenho que cuidar do meu corpo", disse ela, que garantiu estar "devastada" com o cancelamento do show no Rock in Rio. TUDO DO SHOW: O que se sabe sobre Gaga no Rio Esta será a segunda vez no Brasil, após vinda em 2012: No Rio, rolou uma noite de chuva e lágrimas Em SP, foi acertada no rosto por um objeto Em Porto Alegre, declarou seu amor ao Brasil Flagrada pelo telão, a cantora Lady Gaga enxuga as lágrimas com uma canga com a bandeira do Brasil: produção internacional vetou o credenciamento de fotógrafos e equipes de TV g1 Na etapa carioca da turnê, a cantora se apresentou no Parque dos Atletas. Ela chorou ao cantar “Hair” ao lado de três fãs escolhidos por ela própria entre as 40 mil pessoas. "Quero que vocês nunca se esqueçam desse dia, porque esse é o meu lugar favorito em todo o mundo. Eu viajei o mundo inteiro, mas eu nunca me senti tão feliz como estou me sentindo no Rio”, disse ela, completando, mais tarde: “A experiência que eu tive no Rio realmente me transformou”, afirmou. Gaga cantou (de verdade) todos os seus maiores hits daqueles tempos: de "Poker face" a "Born this way", que batizava seu então mais recente álbum. Tudo isso foi apresentado com status de superprodução, incluindo efeitos especiais, cenário grandioso (o fundo do palco é um castelo medieval) e dançarinos coreografados. Lady Gaga durante apresentação no Estádio do Morumbi, em São Paulo Marcelo de Almeida/Divulgação Em São Paulo, ela mudou pouco o roteiro. O show ficou marcado por um momento desagradável, quando um fã a acertou no rosto com um objeto, gerando vaias do público e deixando-a assustada por um instante. "Não. Não façam isso. Eu estou bem!", comentou. Ela aceitou pedido de fãs e cantou "Princess die" e "The queen", pouco lembradas em shows anteriores. "Sou a garota mais sortuda da Terra. A maioria dos artistas precisa de 10 anos para encher um estádio e eu estou por aí há somente quatro", ela comentou, ao olhar o público de 50 mil fãs que encheram o Estádio do Morumbi. Em resumo, Gaga mostrou ser capaz de uma performance que impressionava não apenas pela variedade, mas pela quantidade de boas canções e por cantá-las ao vivo. Veja Mais
UniDuniTê: veja imagens e vídeos inéditos do primeiro programa da TV Globo; espectadores revivem memórias
A primeira apresentadora da Globo faleceu em 2018, mas a família cedeu os arquivos da tia Fernanda. O material foi exibido no Globo Repórter especial sobre os 60 anos da emissora. UniDuniTê: veja imagens e vídeos inéditos do primeiro programa da TV Globo O especial do Globo Repórter desta sexta-feira (25) sobre os 60 anos da TV Globo destacou registros inéditos do primeiro programa da emissora, chamado UniDuniTê. A primeira apresentadora da Globo faleceu em 2018, mas a família cedeu os arquivos da tia Fernanda. Alguns rolos de filme com cenas de bastidores do programa foram encontrados. As imagens estavam surpreendentemente coloridas, em uma época em que a TV brasileira era majoritariamente em preto e branco. O material foi recuperado pelo acervo da Globo especialmente para o Globo Repórter. Memórias de espectadores Edno Vieira tinha seis anos quando foi convidado para participar do programa. 60 anos depois, ele voltou ao estúdio da Globo, onde tudo começou. “Assistíamos ao programa todos os dias às 23h, antes de ir para a escola. O programa dela era uma escolinha, que tinha mesinhas e ela no centro”, relembra. Os ensinamentos da Tia Fernanda vivem até hoje na memória: “Ela ensinava as crianças sempre a andar reto. Então, ela colocava uma cestinha de plástico na cabeça, todo mundo ficava na fila, e a gente cantava: ‘Eu caminho sempre em reta com a cesta na cabeça. Vou em frente sempre atento para que ela me obedeça’”. Os pedidos para participar do programa chegavam aos montes pelos correios, muitas vezes escrita por mães. Maria Mália Alvarenga tinha apenas 4 anos quando a mãe dela enviou uma carta para a tia Fernanda. Quase 60 anos depois, a cartinha volta à mão da menina que assistia ao programa todos os dias. “É muito a letrinha dela! ‘Escrevo-lhe em nome da minha filha Maria Mália Alvarenga, de 4 anos de idade, e que tem muita vontade de tomar parte do UniDuniTê. E prometi que se ela se comportasse nas férias, eu faria o pedido e felizmente ela está muito boazinha. Um abraço e meu muito obrigada, Lurdes Alvarenga’”, lê a carta da mãe. Veja a íntegra do programa abaixo: Globo Repórter - 60 anos da TV Globo - 25/04/2025 Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: Veja Mais
Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Sudeste, seus desafios e conquistas
De cada 10 pessoas que vivem no Brasil, 4 moram nos estados do Sudeste. Na comemoração do aniversário da Globo, vamos rever reportagens do JN que mostraram, ao longo de décadas, as conquistas e orgulhos dessa região. Nos 60 anos da Globo, o JN agora homenageia os brasileiros que vivem na Região Sudeste De cada dez pessoas que vivem no Brasil, quatro moram nos estados do Sudeste. Se o Sudeste é uma região com problemas agudos, que afligem milhões de brasileiros, é também a região mais industrializada, a do comércio mais forte, onde os serviços empregam mais gente, a que produz maior volume de pesquisas acadêmicas, onde a medicina tem os maiores centros de excelência. Os desafios ambientais são gigantescos, mas as vitórias nessa área também são muito emocionantes. JN relembra reportagens marcantes realizadas na região Sudeste no aniversário de 60 anos da Globo Reprodução Na comemoração do aniversário da Globo, quando o Jornal Nacional mergulhou nos arquivos de reportagens sobre a Região Sudeste, vamos rever reportagens que mostraram, ao longo de décadas, as conquistas e orgulhos dessa região. Veja a reportagem no vídeo acima. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Sul, região com capacidade de se reconstruir e que provoca admiração Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Veja Mais
TV Globo ajuda há 60 anos a escrever a história da música brasileira, da era dos festivais ao império do som sertanejo
Milton Nascimento no palco do II Festival Internacional da Canção, transmitido pela TV Globo em outubro de 1967 Reprodução / Facebook Milton Nascimento ♫ MEMÓRIA ♪ A foto acima flagra Milton Nascimento em outubro de 1967 no palco armado no ginásio carioca Maracanãzinho para a transmissão da segunda das sete edições do Festival Internacional da Canção, popularmente chamado de FIC. Então ainda desconhecido, Milton levou o prêmio de Melhor intérprete do festival e viu a canção Travessia – a primeira composta por ele com o parceiro letrista Fernando Brant (1946 – 2015) – abocanhar o segundo lugar no festival. Foi o primeiro FIC transmitido pela TV Globo (a primeira edição foi veiculada em 1966 pela TV Rio, emissora já extinta). Ali, ao projetar a imagem e a voz vitoriosa de Milton Nascimento para todo o Brasil, a emissora carioca – inaugurada em 26 de abril de 1965, há exatos 60 anos – começou a (ajudar a) escrever da música brasileira. Essa história ganhou capítulos emocionantes a partir de 1969, quando a Globo começou a produzir trilhas sonoras para as novelas. A primeira trilha original foi a de Véu de noiva, trama que inaugurou a era das novelas naturalistas, ambientadas no Brasil. A partir dos anos 1970, as trilhas de novelas amplificaram músicas e cantores, a ponto de gerar modismos e movimentos. Em 1974, já entronizado no posto de cantor mais popular do Brasil, Roberto Carlos entrou para o elenco da emissora para apresentar especial de fim de ano que se tornaria tradição no Natal do povo brasileiro por 50 anos. Em 1975, ano que a Globo revelou Djavan no festival Abertura (tentativa vã de reviver a efervescência da era dos festivais dos anos 1960), a trilha sonora da novela Gabriela projetou o mesmo Djavan e também a voz de Gal Costa (1945 – 2022), cantora cultuada desde 1967 em nichos de contracultura, mas ainda sem uma real popularidade nacional da dimensão do canto cristalino. Um ano depois, em 1976, a trilha de Anjo mau projetou Guilherme Arantes e a trama e a trilha da novela Estúpido cupido (1976 / 1977) conseguiram a proeza de revitalizar as carreiras dos cantores que inauguram o universo pop brasileiro, a partir do binômio 1958 / 1959, com rocks que abriram alas para o surgimento da Jovem Guarda em 1965. Intérprete da música-título da novela, a então já esquecida Celly Campello (1942 – 2003) ficou novamente popular. Em 1978, foi a vez de a novela Dancin’ days popularizar a disco music no Brasil em nível massivo, a ponto de cantores de outros estilos, como Gilberto Gil e Ney Matogrosso, terem flertado com o som cintilante das discotecas. Em 1980, o diretor Daniel Filho estreitou os laços da Globo com a MPB ao criar a série Grandes nomes, composta por especiais comandados por um único artista, com direito a convidados estelares no palco e na plateia. Os programas de Elis Regina (1945 – 1982) e Rita Lee (1947 – 2023) se tornaram antológicos. Até o arisco João Gilberto (1931 – 2019) deu as caras. Naquela altura, ter uma música em trilha de novela da TV Globo já simbolizava o passaporte imediato para o sucesso em todo o Brasil. Quase todos os grandes ídolos da MPB, como Caetano Veloso e Maria Bethânia, foram favorecidos pela exposição nessa vitrine sonora nacional, ampliada quando o apresentador Abelardo Barbosa (1917 – 1988), o Chacrinha, voltou para a Globo em 1982 para comandar o Cassino do Chacrinha, programa fundamental para a veiculação de músicas ao longo dos anos 1980. Foi nessa década que, precisamente em 1986, o mesmo Daniel Filho da série Grandes nomes criou o programa Chico & Caetano, importante inclusive por trazer o então refratário Chico Buarque para a tela da TV Globo. O programa marcou época pelos encontros dos dois anfitriões com convidados como Cazuza (1958 – 1990) e Mercedes Sosa (1935 – 2009). Merecem ainda menções honrosas nos anos 1980 as trilhas sonoras blockbusters das novelas Roque Santeiro (1985) e Tieta (1989), ambas com várias músicas compostas para as respectivas tramas. A partir da década de 1990, a Globo entrou no circuito sertanejo, percebendo a força dessa música em todo o Brasil. O especial Amigos – com Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano, então as três duplas sertanejas mais populares do país – abriu a porteira por onde ainda entram desdobramentos como o recente especial Amigas, atração de 2024 focada no recente feminejo. Da era dos festivais ao império sertanejo, passando por Roberto Carlos, pela MPB, pelo apogeu da axé music e pelo samba, a TV Globo deu contribuição relevante para a propagação da música brasileira ao longo desses 60 anos, criando uma história que ainda ganhará muitos novos capítulos pelas próximas décadas. Veja Mais
Década de 1990 foi a época que mais teve novelas excelentes, indica ranking
Veja ranking das 60 melhores novelas da emissora, elaborado por 60 jornalistas culturais e especialistas em teledramaturgia. Cenas de 'Vamp', 'Por Amor', 'Rei do Gado' e 'Renascer' Divulgação A década de 1990 foi a época que mais teve novelas excelentes, segundo o ranking do g1 das 60 melhores novelas da TV Globo, que completa 60 anos neste sábado (26). Atrás, aparecem os anos de 2000 e 1970. Das 60 obras listadas, 17 são dos anos 1990, 15 dos 2000 e 14 dos 1970. Para conferir a lista completa das 60 melhores novelas, acesse aqui. O ranking foi feito a partir de votos de 60 jornalistas de cultura e especialistas em teledramaturgia, considerando as 340 novelas já produzidas e exibidas até o momento. Cada um escolheu seu top 5, da quinta à primeira posição. A pontuação foi computada assim: 1º lugar = 5 pontos; 2º = 4; 3º = 3; 4º = 2; e 5º = 1. O critério de desempate foi a data de lançamento das obras: as mais antigas levaram vantagem. Ranking das 60 melhores novelas da Tv Globo Veja Mais
Totonho e os Cabra misturam coco de embolada com funk e rap para rimar sobre Brasil em álbum que sai em julho
Totonho lança no segundo semestre o álbum ‘Ai dentu – Funk de embolada e hip hop do mato’ Natália Di Lorenzo / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Nascido em Monteiro (PB), município entranhado no Cariri paraibano, Carlos Antonio Bezerra da Silva – Totonho na certidão artística – retorna ao mercado fonográfico com o álbum Ai dentu – Funk de embolada e hip hop do mato, previsto para ser lançado em julho. Como o título Ai dentu – Funk de embolada e hip hop do mato já sinaliza, Totonho e os Cabra promove a interação do coco de embolada – gênero enraizado no sertão nordestino – com o funk brasileiro e com o universo do hip hop norte-americano. Enfatizada neste disco que alinha dez músicas autorais gravadas em estúdio com produção musical dividida entre Renato de Oliveira, André Abujamra (em parceria com o paraibano Furmiga Dub), Rica Amabis e Marcelo Macedo, a fusão desses universos musicais já foi experimentada pelo artista no anterior álbum de estúdio de Totonho e os Cabra, Samba Luzia Gorda (2018), disco editado há sete anos com mix de ritmos nordestinos com samba, funk, rap. Em Ai dentu – Funk de embolada e hip hop do mato, Totonho conta com participações de Bixarte (nome artístico de Bianca Manicongo) e dos irmãos Paulo Ró e Pedro Osmar, integrantes do Jaguaribe Carne, grupo paraibano que alargou as fronteiras da música nordestina dede que entrou em cena em João Pessoa (PB) nos anos 1970. A propósito, Totonho passou pelo grupo antes de ganhar projeção nos anos 2000 com dois álbuns produzidos por Carlos Eduardo Miranda (1962 – 2018), Totonho e os Cabra (2001) – disco que rendeu o sucesso Nhem nhem nhem – e Sabotador de satélite (2005). No álbum Ai dentu – Funk de embolada e hip hop do mato, Totonho se exercita nas rimas da embolada e do funk, evidenciando similaridades entre o improviso da música nordestina com a cultura do hip hop e esboçando na ponta da língua a construção de um pensamento crítico sobre o Brasil. “É um pensamento de falar coisas sérias através de um ritmo que ora é muito discriminado, ora é muito festejado”, sintetiza o cantor e compositor. AmaZona, Balança de precisão, A comentarista, Oi amor e Pega o beco são músicas que, no estúdio, foram formatadas com produção musical de Renato Oliveira. Já Emboledance, O pajé e Webcam são músicas produzidas por André Abujamra com Furmiga Dub. Embora o álbum Ai dentu – Funk de embolada e hip hop do mato saia somente no segundo semestre deste ano de 2015, Totonho dá prévia do disco em show agendado para 16 de maio na Sala Itaú Cultural, em São Paulo (SP). Veja Mais
Faz 60 anos o álbum grandiloquente em que Elis Regina começou enfim a soar em disco com a força de... Elis Regina
Cantora somente conseguiu imprimir a verdadeira personalidade artística no LP ‘Samba eu canto assim’, produzido por Armando Pittigliani em 1965 com músicas de Edu Lobo, Francis Hime e Adilson Godoy. Capa do álbum ‘Samba eu canto assim’ (1965), de Elis Regina Divulgação ♫ MEMÓRIA ♪ “É, vou contar o que há / É tempo de dizer quem sou”, avisou Elis Regina ao dar voz aos versos iniciais de Resolução (1964), música que havia sido lançada no ano anterior pelo Quarteto em Cy e por Edu Lobo, parceiro de Lula Freire na composição. Ao cantar Resolução, pareceu que a cantora mandava recado para si mesma e para o meio musical em álbum, Samba eu canto assim, que mostrou ao Brasil quem era Elis Regina após quatro álbuns infelizes. Sim, nem sempre grandes cantoras debutam em discos com a dimensão da voz. Sob o jugo de produtores incapazes de perceber a potência da artista, Elis Regina Carvalho Costa (17 de março de 1945 – 19 de janeiro de 1982) lutou muito para soar em disco com a força de... Elis Regina. Gravado em janeiro de 1965, Samba eu canto assim foi o quinto álbum de estúdio de Elis, mas pareceu o primeiro porque os quatro fracassados discos anteriores foram gravados quando Elis era marionete nas mãos inábeis de executivos da indústria fonográfica. No álbum de estreia, Viva a brotolândia (1961), feito para gravadora Continental, a cantora foi induzida a disputar mercado com Celly Campello (1942 – 2003), cantora paulista que abrira espaço e atraíra público para a música jovem em 1959 com som pop e ingênuo, produzido no embalo da conquista mundial do rock’n’roll em 1956. No segundo álbum, Poema de amor (1962), segundo e último disco da artista pela Continental, Elis foi transformada em cantora romântica de boleros de má qualidade. O terceiro, Ellis Regina, marcou em 1963 a estreia da artista na gravadora CBS, a adoção do l duplo no nome artístico e uma guinada para o samba, mas com repertório de má qualidade. O quarto, O bem do amor, também saiu em 1963 com miscelânea feita em linha similar ao do terceiro disco. Na época, Elis já barbarizava nos palcos, em trajetória que ganhou impulso em 1964 com os shows da cantora no lendário point carioca Beco das Garrafas, mas somente conseguiu ser Elis em disco – já sem o segundo l adicionado ao nome – ao ser contratada pela gravadora Philips (da qual sairia em 1979 em ruptura ruidosa, mas isso é outra história...) e ao gravar o álbum Samba eu canto assim com produção de Armando Pittigliani. Em 1964, ano em que assinou com a Philips, Elis já era sensação no palco do Teatro Paramount em show feito com o Copa Trio em São Paulo (SP). Os shows foram o passaporte para a Philips – que disputou o passe da cantora com a gravadora Elenco, de mentor porte, mas prestígio igual ou até maior – e para o álbum, cujo título aparecia com a correta grafia gramatical e um ponto de exclamação (Samba, eu canto assim!) na contracapa do LP. O disco foi lançado perto da consagração de Elis em 6 de abril 1965 na final do I Festival da Música Popular Brasileira, do qual a cantora saiu vitoriosa ao defender Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes, 1965), música exclusiva do festival e ausente de Samba eu canto assim, disco que de certa forma antecipou a MPB que iria nascer e se fortalecer na era dos festivais a partir daquele ano de 1965. Conduzida pelos engenheiros de som Célio Martins, Norman Sternberg e Sylvio Rabello, a gravação do disco foi pautada por interpretações e arranjos grandiloquentes, criados pelo baixista Luiz Chaves (1931 – 2007) e pelos maestros Paulo Moura (1932 – 2010) e Lindolpho Gaya (1921 – 1987) à moda da época. Tamanha pompa já salta aos ouvidos no canto de Reza (1964), outra música de Edu Lobo (esta em parceria com Ruy Guerra) lançada no ano anterior pelo autor – assim como Aleluia (1964), outra parceria de Lobo com Ruy Guerra gravada por Elis no disco. Exercitado com técnica lapidar, o canto de Elis Regina ainda soou impostado em músicas como Maria do Maranhão (Carlos Lyra e Nelson Lins e Barros, 1963) e Por um amor maior (1965), música sublime e então inédita do quase debutante Francis Hime, parceiro do recorrente Ruy Guerra no tema. HIme e Guerra também assinam Último canto (1965), samba-canção que arrematou o álbum em tom lacrimoso no formato ostensivo da maioria dos arranjos. Em João Valentão (Dorival Caymmi, 1953), Elis driblou a grandiloquência e amaciou um pouco o canto, guiada pelo arranjo de Paulo Moura que insinuou clima de samba-jazz na introdução da faixa. Foi quando ficou evidente o som azeitado de Rio 65 Trio, conjunto que nasceu com o álbum de Elis e que trazia na formação o pianista Dom Salvador, o baterista Edison Machado (1934 – 1990) e o baixista Sergio Barrozo. Foi com o toque sagaz do Rio 65 Trio que Elis se apropriou com notável senso rítmico de Menino das laranjas (1964), música que, embora tenha sido lançada em disco pelo organista Walter Wanderley (1932 – 1986) no ano anterior, se tornou um dos grandes sucessos da cantora na segunda metade dos anos 1960. Do pianista e compositor Adylson Godoy, Elis gravou Eternidade (1965) – parceria de Godoy com Luiz Chaves, um dos arranjadores do disco – e Sou sem paz (1964), música lançada pelo Zimbo Trio no ano anterior. Ambas foram gravadas pela cantora no estilo pomposo que rege o disco, com o detalhe de que o verso “E triste, amor, eu canto assim”, da música Sou sem paz, inspirou o título deste álbum dominado pelo samba em várias variações. O canto esplendoroso de Elis irradiou especial calor no pot-pourri que uniu três afrosambas de 1963 – Consolação (1963), Berimbau (1963) e Tem dó – da parceria lapidar de Baden Powell (1937 – 2000) com Vinicius de Moraes (1913 – 1980). E ainda teve mais. Na 11º das 12 faixas, o álbum Samba eu canto assim apresentou uma das mais antológicas intepretações de Elis, a do angustiado samba-canção Preciso aprender a ser só (1965), uma das obras-primas da parceria dos irmãos Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle. Ali Elis já foi inteiramente Elis. Ouvido e analisado 60 anos após a edição, com o benefício da perspectiva do tempo, o álbum Samba eu canto assim é belo retrato de um momento específico da música brasileira no nascimento da MPB em 1965. Elis apararia excessos em álbuns ainda melhores e atingiria a plenitude como intérprete na discografia lançada ao longo da década de 1970. Mas já estava tudo ali – a técnica, a alma e a habilidade de usar a voz como instrumento que caracterizavam essa cantora que se portava como músico – nesse disco de 1965 que dividiu águas na trajetória fonográfica da artista, saudade do Brasil desde janeiro de 1982. Com o álbum Samba eu canto assim, Elis Regina disse quem era. E o resto foi uma grande história, desenvolvida na dimensão da cantora. Contracapa do álbum ‘Samba eu canto assim’ (1965), de Elis Regina Divulgação Veja Mais
Aguinaldo Silva e Gilberto Braga são os autores de novela mais consagrados, mostra ranking de 60 anos da TV Globo
Veja ranking das 60 melhores novelas da emissora, elaborado por 60 jornalistas culturais e especialistas em teledramaturgia. (Dir. à esq.): Os autores Aguinaldo Silva e Gilberto Braga Divulgação Aguinaldo Silva e Gilberto Braga são os autores de novela mais consagrados da história da TV Globo, que completa 60 anos neste sábado (26). É o que indica o ranking das 60 melhores novelas da emissora, elaborado pelo g1. A lista foi feita a partir de votos de 60 jornalistas de cultura e especialistas em teledramaturgia, considerando as 340 novelas já produzidas e exibidas até o momento. Cada um escolheu seu top 5, da quinta à primeira posição. A pontuação foi computada assim: 1º lugar = 5 pontos; 2º = 4; 3º = 3; 4º = 2; e 5º = 1. O critério de desempate foi a data de lançamento das obras: as mais antigas levaram vantagem. Tanto Aguinaldo quanto Gilberto tiveram seis novelas listadas no ranking. Quem também apareceu em peso foram os autores Janete Clair, Walcyr Carrasco, Ivani Ribeiro, Manoel Carlos, Ricardo Linhares e Silvio de Abreu. Para conferir a lista completa das 60 melhores novelas, acesse aqui. Ranking das 60 melhores novelas da Tv Globo Veja Mais
Irmão narra sofrimento de Nana Caymmi durante internação: ‘Foi muito difícil’
Cantora morreu aos 84 anos nesta quinta-feira (1º), no Rio de Janeiro. Segundo Danilo Caymmi, artista teve muitos problemas pulmonares durante os nove meses na UTI. Danilo Caymmi relembra últimos momentos da irmã; Nana Caymmi morreu aos 84 anos Danilo Caymmi, irmão de Nana Caymmi, comentou sobre a internação da cantora, que morreu nesta quinta-feira (1º) aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A artista, um dos maiores nomes da música brasileira, estava internada desde agosto do ano passado, na Casa de Saúde São José, em Botafogo, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca. “[Foram] Nove meses de UTI, muito difícil. Chegou em consequência de várias coisas, mas, basicamente, obesidade”, explicou Danilo em entrevista à GloboNews. “Ela botou um marcapasso, depois teve uma osteomielite [infecção óssea], problema nos pulmões... ela passou por muito problema pulmonar, foi até uma benção para ela acabar com esse sofrimento que estava passando”, disse ele. "O Brasil pede uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que já teve. Uma técnica apurada, sentimento. Ela era muito emotiva, e carregava isso para dentro da música, com uma categoria enorme”, acrescentou Danilo Caymmi. Segundo ele, esse talento a tornou uma das cantoras preferidas de Tom Jobim. "Ela foi uma grande intérprete da obra dele", disse Danilo, que classificou a irmã como "bem-humorada" e "muito querida". Artista ficou eternizada como voz que foi do bolero ao samba OPINIÃO: Nana Caymmi deixa bela resposta ao tempo com discografia pautada pelo rigor Danilo Caymmi, Nana Caymmi, Dorival Caymmi, Stella Caymmi no lançamento da novela 'Porto dos Milagres', em 2001 Eliane Heeren Do bolero ao samba Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, a carioca era filha de Dorival Caymmi e Stella Maris, e irmã de Danilo e Dori Caymmi. Como definiu o colunista Mauro Ferreira, Nana é dona de discografia pautada por extrema coerência na seleção de repertório, arranjadores e produtores musicais. Seu repertório incluía boleros, sambas, sambas-canção, bossa nova e MPB de diferentes épocas. Ela cantava faixas como “Resposta ao tempo”, “Beijo partido” e “Se queres saber”. Os irmãos Dori Caymmi e Nana Caymmi no estúdio Cia. dos Técnicos, em foto publicada no Instagram de Dori Caymmi Reprodução / Instagram Dori Caymmi Ela cresceu no Rio de Janeiro rodeada de cânones da música nacional. A começar por seu pai: o compositor, cantor e instrumentista Dorival Caymmi. Ainda bebê, Nana inspirou Dorival a compor “Acalanto”. Em 1960, ele regravou a faixa ao lado da filha, que fez ali a estreia no setor fonográfico. Repercussão: Artistas e famosos lamentam morte de Nana Caymmi 'Hilda Furacão', 'Alto Astral': Nana Caymmi já cantou trilhas sonoras de novelas e séries da TV Globo Relembre a trajetória de Nana Caymmi A carreira de Nana A carioca despontou na MPB dos anos de 1960. Em 1964, Nana participou da gravação do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, um clássico que fez sucesso não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos. A artista gravou outras dezenas de discos na carreira. Entre eles, “Nana Caymmi” (1975), “Renascer” (1976), “Voz e Suor” (1983) — esse ao lado do pianista Cesar Camargo Mariano —, “Bolero” (1993) e “A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran” (1994), produzido por José Milton, com quem ela trabalhou até 2019. Em 1998, o vocal de Nana estrelou a abertura da minissérie “Hilda Furacão”, da TV Globo, com a faixa “Resposta ao tempo”, composta por Aldir Blanc e Cristovão Bastos. Nana Caymmi Lívio Campos / Divulgação Se comparada a outras cantoras da MPB — como Maria Bethânia, Elis Regina e Gal Costa —, ela nunca teve uma popularidade massiva. Mesmo assim, ainda no início da carreira, se consagrou como uma das mais relevantes do país. “Embora nunca tenha sido cantora de arroubos teatrais, Nana encara o peso e a dramaticidade das músicas em que põe a voz lapidada com o tempo que fez emergir, a partir dos anos 1970, o brilho do verdadeiro diamante embutido nas cordas vocais da intérprete”, escreveu o crítico musical Mauro Ferreira em 2021. Os últimos álbuns lançados pela cantora são “Nana, Tom, Vinicius” (2020) e “Nana Caymmi Canta Tito Madi” (2019). Nana tinha um dos repertórios mais lindos, diz Daniela Mercury Veja Mais
Antonio Neves apresenta o álbum ‘De Las Nieves’, composto ao violão como se fosse o enredo de um ‘filme sonoro’
O arranjador e multi-instrumentista carioca Antonio Neves encarna o personagem De Las Nieves no álbum homônimo que lança em 13 de maio Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Arranjador e multi-instrumentista carioca de presença recorrente nas fichas técnicas de recentes discos de Marisa Monte e Jards Macalé, entre outros nomes, Antonio Neves apresenta em 13 de maio um álbum nascido do desejo do artista de compor ao violão. O álbum é conceitual, se chama De Las Nieves – espécie de personagem encarnado pelo próprio Antonio – e é caracterizado pelo criador como um “filme sonoro”. Ao longo de dez faixas autorais, como El mandrija e Humo, De Las Nieves narra, de forma cronológica, a história de homem latino-americano, órfão e de nacionalidade desconhecida, criado em Sant’Ana do Livramento (RS), cidade gaúcha situada na fronteira entre Brasil e Uruguai. O fictício Nieves é músico, mas ganhou a vida como caminhoneiro e, após anos de estrada, gravou um disco homônimo, espécie de biografia cinematográfica. Com base nesse enredo, Antonio Neves criou o personagem e as músicas de forma conjunta para que o álbum fosse a trilha do filme imaginado pelo artista. Nessa trilha, Antonio Neves – produtor do disco ao lado do baixista Paulo Emmery – aglutina nomes como Davi Moraes (convidado de Donde está mi jefe), Domenico Lancellotti (presente em Soy mayor), Dora Morelenbaum (participação em Blues del norte) e Jayme Vignoli (convidado de Dolores). Além dos temas dez autorais, o repertório do álbum De Las Nieves inclui a canção norte-americana The shadow of your smile (Johnny Mandel e Paul Francis Webster, 1965), tema romântico da trilha sonora do filme Adeus às ilusões (1965). Capa do álbum ‘De Las Nieves’, de Antonio Neves Clarice Lissovsky com arte de Iris Inoue Veja Mais
A filosofia de Lady Gaga: Crítica ao etarismo, apoio a comunidade LGBT+ e mensagens motivacionais
Cantora vai além da música e deixa mensagens marcantes através de discursos em premiações, falas em eventos e depoimentos em redes sociais. A filosofia de Lady Gaga Lady Gaga já revelou que começou a compor aos 4 anos de idade. E depois de escrever e incluir as notas de sua primeira música, chamada de "Dollar Bills", em seu caderno pautado do Mickey Mouse, não parou mais. Mas seus textos marcantes não ficaram restritos às suas mensagens musicadas. Gaga também mostrou sua filosofia através de discursos em premiações, falas em eventos e depoimentos em redes sociais. Essas falas incluem críticas ao etarismo, apoio a comunidade LGBTQIA+ e mensagens de empoderamento e autoajuda. Uma delas, já virou um clássico na voz de Gaga, dita em uma série de entrevistas e discursos: "Pode haver 100 pessoas em uma sala e 99 não acreditarem em você. Mas basta uma só acreditar para mudar toda a sua vida". Mensagem motivacional no Oscar Lady Gaga recebe emocionada o Oscar de Canção Original por 'Shallow' em 'Nasce uma estrela' Mike Blake/Reuters No Oscar de 2019, Gaga fez um discurso motivacional dirigido para as pessoas que estavam acompanhando o evento de suas casas. Nele, a artista falava sobre a importância de não desistir de seus sonhos. Na ocasião, Gaga venceu a categoria de Melhor Canção Original com "Shallow", de "Nasce uma estrela". "Se você está em casa, no seu sofá, assistindo a isso, tudo o que eu tenho a dizer é que esse é um trabalho duro." "Eu trabalhei duro por muito tempo para chegar até aqui. Não é sobre ganhar, é sobre não desistir. Se você tem um sonho, lute por ele. Existe uma disciplina." " Não é sobre quantas vezes você foi rejeitado, caiu e teve que levantar. É quantas vezes você fica em pé, levanta a cabeça e segue em frente." Momentos de superação Palco da turnê 'Chromatica Ball', de Lady Gaga, foi feito pensando nas redes sociais Reprodução/Instagram/LeRoyBennett Outro momento em que Gaga usou seu exemplo de vida para deixar uma mensagem de superação aos fãs foi em 2022. Depois de adiar por duas vezes sua turnê "Chromatica Ball" por causa da pandemia de coronavírus, a cantora falou sobre resiliência ao anunciar seu retorno aos palcos. "Houve um tempo em que eu pensei que nunca mais voltaria aos palcos. Eu estava tão triste que não conseguia sonhar com nada além de um doloroso pesadelo." "Tenho superado meu pesadelo com amor, apoio, confiança, verdade, coragem, talento e dedicação. Sou muito grata." Crítica ao etarismo em homenagem por inovação Lady Gaga no iHeartRadio Music Awards 2025 AP/Chris Pizzello Em março de 2025, Gaga roubou a cena com seu discurso mais uma vez. A cantora foi homenageada com o prêmio Innovator Award durante o iHeartRadio Music Awards. Nele, Gaga afirmou que receber um prêmio que homenageia sua carreira aos 38 anos é algo difícil de entender. "Por um lado, sinto que estou fazendo isso há uma eternidade. Por outro lado, sei que estou apenas começando", afirmou a cantora. Em seguida, a artista fez uma crítica ao etarismo. "Mesmo que o mundo possa considerar uma mulher de mais de 30 anos velha para uma popstar -- o que é loucura --, prometo que estou apenas começando." "Inovação não é sobre quebrar regras. É sobre escrever as suas próprias, convencendo o mundo de que elas eram deles o tempo todo." "Para cada artista para quem já foi dito que é diferente, complicado ou demais, por favor, nunca mude. Quebre o molde. O mundo não precisa de outra cópia. Ele precisa desesperadamente da sua originalidade." E, mais uma vez, Gaga citou seu exemplo de trajetória para incentivar a busca pelos sonhos. "Se aprendi algo nas três décadas em que estou nisso, é que a inovação mais poderosa é sua autenticidade. Toda vez que eu era a única mulher na sala, a voz mais alta estava dentro da minha própria cabeça me dizendo para não fazer concessões. Ouvir essa voz sempre me mostrou exatamente onde eu devia estar." Apoio a comunidade LGBTQIA+ As mensagens ao apoio a comunidade LGBTQIA+ são uma constante na carreira de Gaga. Ainda no iHeartRadio Music Awards, a cantora afirmou que a comunidade lhe "ensinou coragem antes que o mundo estivesse pronto para ouvir". "Seu amor, sua criatividade, sua disposição para inovar ao meu lado é minha maior força", acrescentou a artista. Um mês antes, na premiação do Grammy 2025, ela já havia abordado ao tema enquanto recebia o gramofone pela vitória na categoria de Melhor performance de dupla ou grupo pop por "Die With a Smile", com Bruno Mars. Lady Gaga no Grammy 2025 Matt Winkelmeyer / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP "As pessoas trans não são invisíveis. As pessoas trans merecem amor. A comunidade queer merece ser exaltada. Música é amor." Manifestos Ao longo da carreira, Lady Gaga divulgou vários manifestos, expressando suas ideias, sempre dentro dos temas de cada projeto musical. Em 2009, junto com a versão Super Deluxe do disco "The Fame Monster", havia um livro que trazia o texto do "The Manifesto of Little Monsters". Ele era uma homenagem aos seus fãs: "Eles são os reis. Eles são as rainhas. Eles escrevem a história do reino, enquanto eu sou algo como uma boba da corte devotada." Outros manifestos foram lançados ao longo dos últimos anos até a chegada do "Manifesto of Mayhem", em abril de 2025. Gaga o trouxe como o ato de abertura de sua apresentação no Coachella. O show marcou a estreia da turnê do álbum "Mayhem". E o manifesto mostrava um pouco do conflito entre as duas personalidades que Gaga leva ao palco – ela mesma e a Senhora do Caos. Em certo momento, ela cita que "o caos em seu coração nunca cessará, até que você encontre outra maneira de aproveitar o que busca." Lady Gaga no Coachella 2025 Reprodução/YouTube/Canal do festival Veja Mais
Megashow da Lady Gaga vale a pena economicamente para o Rio de Janeiro? Entenda
Especialistas avaliam que investimento dá retorno devido aos gastos dos turistas e à valorização da imagem da cidade. Eventos internacionais viram estratégia para movimentar economia. Show de Lady Gaga, no Rio, deve movimentar R$ 600 milhões e superar show de Madonna ano passado Enquanto esperam o megashow da cantora Lady Gaga no sábado (3), os arredores do palco na praia de Copacabana se preparam para um fim de semana de alto faturamento. A expectativa em bares, lojas, restaurantes e hotéis é, inclusive, superar os lucros do show da Madonna, que também aconteceu perto do Dia do Trabalhador no ano passado. Entretanto, há quem conteste sobre o quanto os investimentos milionários num evento de grande porte como este valem a pena para a cidade e se são um bom uso do dinheiro do contribuinte. A maior parte das despesas será arcada pela iniciativa privada, mas a prefeitura do Rio de Janeiro e o governo do estado prometeram desembolsar R$ 15 milhões, cada, para viabilizar o espetáculo. A cifra representa um aumento de 50% em relação ao valor mobilizado para a apresentação de Madonna, que atraiu 1,6 milhões de pessoas. O custo total está estimado em R$ 92 milhões, segundo o jornal O Globo. A produtora Bônus Track, responsável pela organização, angariou uma série de patrocínios de empresas como Santander, Corona e C&A. Estratégia da prefeitura Ainda assim, múltiplas publicações nas redes sociais questionaram a abertura dos cofres públicos para investimentos em entretenimento, apesar das graves deficiências em segurança pública, mobilidade, saúde e educação. Numa mensagem compartilhada 8 mil vez no X (antigo Twitter), o deputado de extrema direita Nikolas Ferreira (PL) republicou o vídeo de uma mulher deitada no asfalto da Avenida Brasil, em meio a um tiroteio, acompanhado da legenda: "Ainda bem que o prefeito do RJ providenciou o show da Lady Gaga no Carnaval". O prefeito do Rio, Eduardo Paes, rebateu a crítica e prometeu trazer uma estrela internacional todo mês de maio. Para os próximos anos, Paes já expressou desejo de promover shows da banda U2 e da cantora Beyoncé. Sob a marca "Todo Mundo no Rio", o objetivo seria consolidar a praia de Copacabana como palco de grandes apresentações musicais a céu aberto. No passado, multidões já se reuniram na orla para assistir a Rolling Stones, Rod Stewart, Roberto Carlos, Ivete Sangalo, entre outros. A diferença é que, desde a vinda de Madonna, a prefeitura quer consolidar um calendário oficial. "'Vai gastar dinheiro público com a Lady Gaga?' Vou. Com a Madonna gastei também. Sabe por quê? Porque enche todos os hotéis, enche todos os restaurantes", afirmou Paes, no podcast PodK Liberados. Show deve movimentar R$ 600 milhões Especialistas e empresários ouvidos pela DW, de fato, esperam um impacto positivo para a atividade econômica, sobretudo para o setor de turismo. No entanto, argumentam que falta transparência sobre a composição das despesas e o uso dos rendimentos que poderão chegar às contas públicas como resultado do aquecimento temporário da economia. "Seria um ganho muito positivo se esses eventos que têm investimentos milionários também tivessem um plano de destinação desses recursos, pelo menos do ponto de vista público", defende o professor Osiris Marques, da Faculdade de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal Fluminense (UFF). A expectativa é de que o show de Gaga gere quase R$ 600 milhões para a economia da cidade, de acordo com estimativas da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) e da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur). Se confirmado, seria um retorno maior que o de Madonna, que rendeu R$ 469,4 milhões. Os números refletem a estimativa da presença de 1,6 milhão de pessoas, mesmo volume observado no evento de maio do ano passado. Segundo o estudo, a composição do público seria semelhante ao do Réveillon: 85% de moradores da região metropolitana do Rio, 12% de turistas nacionais e 3% de estrangeiros. Cada visitante brasileiro deve gastar, em média, R$ 515,84 por dia, enquanto os estrangeiros desembolsariam R$ 590,40 diariamente, ainda conforme a pesquisa. Já o gasto médio do carioca somaria R$ 133,60. Aumento nas reservas de hotéis Portal recepciona fãs de Lady Gaga no Aeroporto do Galeão Leo Franco/AgNews Antes mesmo da chegada dos turistas, os setores de hotelaria e transportes estão entre os primeiros a perceber o aumento da demanda. Para a semana do show, as buscas por passagens de ônibus ao Rio cresceram 170% em relação a igual período anterior à apresentação de Madonna, conforme levantamento da plataforma Clickbus em parceria com a Rodoviária do Rio. Cerca de 200 mil pessoas devem circular no terminal durante o final de semana. Na plataforma de aluguel por temporada Airbnb, as pesquisas por acomodação aumentaram 2,5 vezes na mesma base comparativa, segundo revelou a empresa. Entre as reservas, 83% são para estadias de grupos com até quatro pessoas. Copacabana, Botafogo e Leme lideram a preferência dos hóspedes. Já a ocupação dos hotéis cariocas supera a marca de 70% para o feriadão, de acordo com a prévia mais recente da HoteisRio. Copacabana (83,67%) e Ipanema/Leblon (82,10%) são as regiões mais procuradas. Expectativas nas alturas Todo esse contingente deve movimentar também os negócios nas redondezas de Copacabana. No Quiosque Arrastapé, que fica a poucos passos do palco onde Lady Gaga vai se apresentar, a procura dos fãs por uma reserva começou no dia seguinte ao anúncio do show em fevereiro. O estabelecimento resolveu montar dois telões e não reservar mesas, contando que a movimentação será tão grande que mais vale a pena atender a multidão indo e vindo do que fechar mesas por valor fixo durante a noite toda. Segundo Alessando Monteiro, relações públicas do quiosque, a movimentação da clientela supera a da Madonna, gerando expectativa de que o faturamento seja ainda maior. No ano passado, a noite do show da rainha do pop fez com que o lucro superasse em 30% uma noite comum. Então, o quiosque cobrou cerca de 200 reais por entrada individual, que poderiam ser revertidos em consumação. "Meu telefone não para. As pessoas querem muito vir ao show e fazer uma reserva. Um grupo de 25 pessoas do Rio Grande do Sul, por exemplo, está insistindo por uma reserva, porque eles não querem de jeito nenhum ficar sem lugar", diz Monteiro. A nove dias do show, ele recebeu 25 pedidos de reserva ao longo de meio expediente. Segundo ele, a procura é principalmente de jovens, e eles vem de vários estados, sobretudo São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás e Minas Gerais. O quiosque poderá aumentar em até 20% o seu quadro de funcionários durante o feriadão de quatro dias, a depender do movimento no primeiro dia. "Para a gente, é superimportante porque, quando há eventos da prefeitura e de grandes empresas, dá um levante no nosso faturamento. A gente consegue movimentar a nossa estrutura e dar oportunidade para quem está no mercado de trabalho. A maioria das pessoas chega antes do show, então nós vamos ter uma explosão de vendas de três ou quatro dias." Afinal, o investimento é válido? Uma análise dos resultados do show da Madonna pode fornecer pistas sobre o retorno econômico que esse tipo de evento produz. Levantamento da empresa de serviços financeiros Cielo indicou salto de 12,1% no faturamento do turismo no Rio no final de semana em que a Rainha do Pop esteve no Brasil, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os ganhos foram mais expressivos nos setores de hotelaria (alta de 10,6%), transporte (16,7%) e supermercados (6,9%). O varejo total na cidade apresentou crescimento de 3,3% naqueles dias. "Tudo isso gera impostos para a cidade", ressalta Léo Morel, professor de MBAs em bens culturais da Fundação Getulio Vargas (FGV). "O evento levará a contratação de equipes para montagem, som e iluminação, mas há também uma geração indireta de empregas, com os ambulantes", acrescenta. O impacto tende a se alastrar por uma longa cadeia econômica que dissemina os benefícios para além dos envolvidos diretos no show, explica Osiris Marques, da UFF. Um hotel, por exemplo, amplia a compra de produtos com fornecedores para fazer frente ao aumento da demanda. Assim, em geral, cada real gasto pelo turista se multiplica entre 2 e 2,5 vezes, pelos cálculos do Observatório do Turismo da UFF. "Como o show será o único da Lady Gaga no Brasil, os gastos ficarão concentrados no Rio de Janeiro. Haverá um impacto econômico importante", ressalta Marques. Impacto para a imagem do Rio Mas há também consequências pouco mensuráveis, mas igualmente relevantes. Em particular, o professor cita uma melhora na imagem do Rio para o turismo, diante da exposição na mídia nacional e internacional. "O Rio de Janeiro acaba se consolidando como um grande salão de festas para o Brasil", avalia Marques. Esses eventos de grande porte podem, inclusive, gerar receita tributária que mitigue a dependência do estado em relação aos vultuosos, mas voláteis, royalties advindos da produção de petróleo. O turismo, então, serviria de alternativa ao ciclo econômico instável das commodities. No entanto, essas ações deveriam fazer parte de um plano de desenvolvimento socioeconômico mais amplo que inclua uma comunicação transparente, afirma Marques. "Isoladamente, podemos dizer que, sim, o show vale a pena, mas em conjunto, poderíamos ter outras ações de fomento ao turismo como uma grande estratégia de desenvolvimento econômico", argumenta. Veja Mais
Por que 'Thunderbolts*' coloca azarões contra 'Superman da Marvel'? Atores explicam
'Ele é a metáfora central' do 36º filme da editora, dizem David Harbour e Florence Pugh em entrevista ao g1. Aventura com nova equipe do estúdio estreia nesta quinta-feira (1º) no Brasil. Florence Pugh e David Harbour falam sobre 'Thunderbolts*' Em algum momento, a Marvel tomou a inesperada escolha de colocar sua equipe de azarões e desajustados do cinema – de certa forma – contra o personagem mais poderoso de seus quadrinhos em "Thunderbolts*". O 36º filme da editora estreia nesta quinta-feira (1º) no Brasil (com pré-estreias um dia antes) como uma aposta arriscada. Afinal, o estúdio precisa recuperar a confiança do público após o fracasso de "Capitão América: Admirável mundo novo", de fevereiro. g1 já viu: 'Thunderbolts*' mistura ideias requentadas com narrativa inesperadamente pessoal Por que então escolher um bando de anti-heróis pouco conhecidos com poderes limitados para enfrentar o de certa forma ainda novato nos quadrinhos Sentinela, uma versão cínica e instável do Superman – o herói mais popular da maior concorrente da Marvel? "Na minha cabeça, ele é a metáfora central do filme. Ele se cobra mais do que qualquer outra pessoa. Ele não acha que tem qualquer valor", diz em entrevista ao g1 o ator David Harbour. "Eles conseguem identificar isso nele. Isso com certeza é porque Yelena consegue se conectar com ele, de alguma forma. Ela reconhece quão mal ele está", completa Florence Pugh. A dupla volta aos personagens que interpretou em "Viúva Negra" (2021) – ele como o pai adotivo da espiã, o Guardião Vermelho, e ela como a irmã adotiva, Yelena Belova. "É por esse reconhecimento da dor e da tortura interna que eles criam uma ligação e conseguem se conectar com o grupo todo." Sebastian Stan, Hannah John-Kamen, Florence Pugh, Wyatt Russell e David Harbour em cena de 'Thunderbolts*' Divulgação Quem são os Thunderbolts? Estrelado por protagonistas que poderiam ser considerados sobras de filmes anteriores do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês), é preciso apresentar os anti-heróis de "Thunderbolts*" antes de passar para a sinopse de fato: Yelena Belova - a já mencionada assassina/espiã interpretada por Pugh, apresentada no excelente filme de 2021; Guardião Vermelho (Harbour) - uma versão soviética do Capitão América; Bucky Barnes, o antigo Soldado Invernal (Sebastian Stan) – o amigo do Capitão América que se torna um assassino que se torna um anti-herói é provavelmente o mais conhecido do bando; Agente Americano (Wyatt Russell) - um antigo soldado que também tomou o supersoro do Capitão e que adotou a identidade do herói por um tempo na série "Falcão e o Soldado Invernal" antes de cair em desgraça; Fantasma (Hannah John-Kamen) - vilã com poder de atravessar objetos de "Homem-Formiga e a Vespa" (2018). Recrutado como uma espécie de equipe de limpeza de uma nova chefe de inteligência do governo (Julia Louis-Dreyfus), o quinteto se junta quando começa a ser (obviamente) perseguido e, no meio tempo, ainda precisa enfrentar uma das mais poderosas ameaças do MCU. Hannah John-Kamen, Lewis Pullman, Wyatt Russell, David Harbour, Florence Pugh e Sebastian Stan em cena de 'Thunderbolts*' Divulgação Mas quem é o Sentinela? Interpretado no filme por Lewis Pullman ("Top Gun: Maverick"), o Sentinela foi criado por Paul Jenkins, Jae Lee e Rick Veitch, em 2000, como um exercício quase metalinguístico de quadrinhos – e uma não tão sutil cutucada no grande herói da DC. O homem com o "poder de um milhão de sóis explodindo" voa como o Superman, tem uma força e uma velocidade absurdas como o Superman e é invulnerável como, você adivinhou, o Superman. Ao contrário de sua contraparte, no entanto, seu calcanhar de Aquiles não é uma pedra alienígena, mas uma instabilidade psicológica que mais ou menos dividiu sua personalidade e se consolidou como seu maior inimigo, o Vácuo. Sim, HQs já são normalmente confusas. A história do Sentinela é ainda mais que a média. Os 'Thunderbolts' são uma equipe formada principalmente por vilões da Marvel Divulgação Qual é a do asterisco no título? Para essa pergunta há a explicação ligada aos quadrinhos, sem spoilers, e a do filme em si – essa obviamente cheia de detalhes da trama. Sem estragar nada da história nos cinemas, o asterisco inicialmente parece uma brincadeira com a origem dos Thunderbolts nos gibis – por mais que muita gente não consiga fazer a ligação. Criada por Kurt Busiek e Mark Bagley em 1997, a equipe de supostos heróis era formada por vilões notórios disfarçados, também conhecida como os Mestres do Terror. Desde então, o grupo passou por diversas formações, mas sempre manteve seu clima de desconfiança com a opinião pública. A partir de agora, começa a explicação com spoilers, então quem não quiser saber nada antes de ver o filme pode parar de ler e voltar depois de assisti-lo. Ao final da história, os Thunderbolts são anunciados como os Novos Vingadores – em uma mistura de referências a diferentes histórias dos gibis das últimas décadas. Os Novos Vingadores originais existiram ao mesmo tempo que uma outra formação dos Vingadores. Cada uma delas de um lado do conflito entre heróis conhecido como "Guerra Civil". Eles voltaram a ser formados quando, durante um tempo ali pelo final dos anos 2000, o vilão Duende Verde ganhou poder suficiente para comandar sua própria (e "oficial", aos olhos do público) equipe. Os Vingadores Sombrios, como essa versão ficou conhecida, eram constituídos por vilões e de antigos membros dos Thunderbolts com uniformes de heróis clássicos como Homem-Aranha e Gavião Arqueiro. Difícil não ver a brincadeira do filme. Veja Mais
Nana Caymmi é a maior cantora do Brasil? É e não é...
Internada há meses em hospital do Rio, artista é saudada nas redes sociais ao completar 84 anos. ♫ OPINIÃO ♩ Nana Caymmi foi festejada nas redes sociais ao longo desta terça-feira, dia do 84º aniversário da cantora carioca nascida em 29 de abril de 1941. Alheia ao movimento digital, a artista segue internada há meses em hospital do Rio de Janeiro (RJ) para tratar problemas cardíacos e circulatórios. Se estivesse mergulhada na internet, a filha de Dorival Caymmi (1914 – 2008) certamente ficaria feliz de perceber que, em muitas das saudações, ela é apontada como a maior cantora do Brasil. Aliás, cabe a questão: Nana Caymmi é a maior cantora do Brasil? Para a pergunta, cabem duas respostas. Sim e não. Sim, porque a dimensão da voz e da alma de Nana engrandecem um canto preciso que destila sentimento sem nunca ter soado sentimental. Sem falar na coerência absoluta da discografia construída com repertório irretocável, sem concessões ao mercado. Sob tal prisma, quem há de discordar que Nana Caymmi é a maior cantora do Brasil? A questão é que, ao mesmo tempo, seria justo responder que Nana não é a maior cantora do Brasil, mas, sim, uma das cantoras que podem ser saudadas como a maior. Porque, na real, o Brasil – celeiro fértil de vozes femininas – é país em que a maior cantora sempre foram várias. Nos anos 1950, podia tanto ser Angela Maria (1919 – 2018) quanto Dalva de Oliveira (1917 – 1972). Nana Caymmi é internada no Rio A partir da década de 1960, além de Nana, entraram no páreo Elis Regina (1945 – 1982), Gal Costa (1945 – 2022) e Maria Bethânia, todas divas da MPB. Quem se atreve a dizer que uma é maior do que a outra, além dos fãs apaixonados de uma cada delas? Poucos. Talvez ninguém. Porque, a rigor, Nana, Elis, Gal e Bethânia sempre foram as maiores cantoras do Brasil. E o brilho de uma estrela jamais apagou o da outra. E, se o parâmetro for a potência extraordinária da voz, como esquecer Elza Soares (1930 – 2022), imensa cantora que sempre correu por fora com a singular bossa negra? E Leny Andrade (1943 – 2023), dona de todas as bossas? E Alcione, grande cantora do Brasil enquadrada na seara do samba, mas grande intérprete de todos os gêneros? E Zizi Possi, dona de voz cristalina? Eleger Nana Caymmi em 2025 como a maior cantora do Brasil é tanto justo – porque ela é, mesmo tendo parado de fazer show e gravar disco – como injusto. Porque Maria Bethânia segue em cena. Porque Mônica Salmaso chegou na década de 1990 e se agigantou a partir dos anos 2000. Porque existe Ilessi, voz ainda por ser descoberta além dos nichos. Mas, enfim, vamos combinar que hoje, dia de saudar Nana Caymmi pelos 84 anos, é dela e demais ninguém o título de maior cantora do Brasil. Amanhã ou depois, a gente conversa de novo... Veja Mais
Entre samba e blues, Vitor Kley segue em busca do ‘pote de ouro’ no sexto álbum, ‘As pequenas grandes coisas’
Cantor homenageia o pai, o tenista Ivan Kley, falecido no início do mês, em uma das onze músicas autorais do disco produzido pelo próprio artista. Vitor Kley lança o álbum ‘As pequenas grandes coisas’, com 11 faixas gravadas entre Brasil e Portugal Rodolfo Magalhães / Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: As pequenas grandes coisas Artista: Vitor Kley Cotação: ★ ★ ★ ♬ Em 2020, ao lançar o quarto álbum de estúdio, A bolha, Vitor Kley procurou se renovar, tendo caído na batida do samba-rock e experimentado levadas funkeadas ao dar forma ao cancioneiro autoral do disco feito sob direção artística de Renato Patriarca e Rick Bonadio. Passados cinco anos, a edição do quinto álbum de estúdio do artista – As pequenas grandes coisas, sexto álbum na contabilidade geral da discografia do cantor, compositor e músico gaúcho – flagra Key na mesma posição, tentando ir além do estilo pop folk solar que iluminou a obra do artista a partir da edição do single O sol (2017). Para tal, Kley assume pela primeira vez a produção musical de um álbum, mas, prudente, arregimentou nomes com Paul Ralphes, Giba Moojen, Marcelo Camelo e Felipe Vassão para colaborar na criação deste álbum feito entre as cidades de São Paulo (RJ) e Rio de Janeiro (RJ), com conexões no estado de Santa Catarina e em Lisboa, onde Camelo vive em Portugal. Em termos de sonoridade, Vitor Kley consegue fugir do pastel pop sonoro ao longo das 11 músicas autorais que compõem o repertório inédito do álbum As pequenas grandes coisas, lançado na sexta-feira, 25 de abril. Uma das melhores músicas da atual safra autoral de Kley, Que seja de alegria é levada na batida de violão que embute toques de ritmos negros norte-americanos. Na sequência, a canção Carta marcada (Vitor Kley, Gustavo Simão, Deco Martins, Gabriel Froede, Androla e Tauanna Maia) é enviada com mix pop de samba e bolero. Mais para frente do disco, De novo foi arranjada para remeter à sonoridade pop rock da década de 1980 enquanto Tudo de bom (Ô moça) se apresenta na forma de samba suave formatado com a colaboração de Marcelo Camelo na produção da bem resolvida faixa. A questão do disco reside no repertório nem sempre à altura das pretensões do artista e pontuado no álbum As pequenas grandes coisas por baladas como Vai ficar bem, Uma porrada de problema (Vitor Kley, Gustavo Simão) e Quando é pra ser (Vitor Kley, Gustavo Simão, Deco Martins, Tauanna Maia). Umas foram gravadas com mais energia. Outras tem a pulsação suave de um reggae de cepa pop. No todo, em essência, essa produção autoral oscila, talvez porque Kley componha quase sempre sozinho. Das 11 músicas do álbum, seis são da lavra solitária do compositor. Para romper de fato a bolha, Vitor Kley talvez precisasse abrir parcerias de peso com compositores que o transportassem para outro universo melódico e/ou poético. No mais, justiça seja feita, o artista tem procurado crescer e dar voz a emoções reais, presentes em Vai por mim, música feita por Vitor em homenagem ao pai – o tenista Ivan Kley (1958 – 2025), falecido no início do mês – e apresentada em gravação que embute versos declamados pelo filósofo Clóvis de Barros, creditado como parceiro de Vitor na composição. No bom arremate do álbum As pequenas grandes coisas, Arco-íris ilumina a cadência de um blues, sinalizando que, com algum esforço, os caminhos de Vitor Kley poderão ficar mais coloridos em próximos discos se o artista continuar em busca do ainda distante (mas cada vez mais próximo...) pote de ouro. Capa do álbum ‘As pequenas grandes coisas’, de Vitor Kley Rodolfo Magalhães / Divulgação Veja Mais
Show de 60 anos da TV Globo tem grandes nomes da música; veja agora
Gil, Roberto Carlos, Ivete, Chitãozinho e Xororó e IZA estão entre as atrações da noite Show de 60 anos da TV Globo tem grandes nomes da música; veja agora Gil, Roberto Carlos, Ivete, Chitãozinho e Xororó e IZA estão entre as atrações da noite Especial reuniu grandes nomes que fizeram história nos 60 anos da Globo. Veja aqui como foi. Direção artística é de Antonia Prado e a direção de gênero, de Monica Almeida.. Festa teve homenagens a novelas, jornalismo, humor, esporte e a grandes nomes que já se foram Veja Mais
Show 60 anos da Globo; FOTOS
A Globo comemora 60 anos com um show com alguns dos maiores nomes da música e da dramaturgia brasileira. Na plateia, estiveram artistas e jornalistas que fazem e fizeram a história da emissora ao longo de seis décadas. Festa de 60 anos da Globo g1 A Globo comemora nesta segunda-feira (28) 60 anos de história com um show com alguns dos maiores nomes da música e da dramaturgia brasileira. Os artistas sobem ao palco em parceria para comemorar os 60 anos, e as apresentações serão transmitidas nos seguintes meios: Redes sociais da TV Globo, Globoplay, gshow, g1, canal Viva e Multishow E nos sites: g1, gshow e globoplay Na plateia, estiveram artistas que fazem e fizeram a história da emissora ao longo de seis décadas. Veja, abaixo, alguns deles: Renata Lo Prete Leo Rosário/Divulgação Carol Castro, Maria Flor, Klara Castanho, Letícia Colin, Maria Eduarda Carvalho Leo Rosário/Divulgação Thiago Oliveira Leo Rosário/Divulgação Renata Ceribelli, na festa de 60 anos da Globo Leo Rosário/Divulgação Jéssica Ellen Leo Rosário/Divulgação Mariana Gross Leo Rosário/Divulgação Pedro Waddington e Helena Ranaldi Leo Rosário/Divulgação Andréia Sadi Leo Rosário/Divulgação Rita Batista Leo Rosário/Divulgação Guilherme Belarmino e Caco Barcellos na festa de 60 anos da Globo Leo Rosário/Divulgação Sophie Charlotte Leo Rosário/Divulgação Grafite Leo Rosário/Divulgação Ana Hikari Leo Rosário/Divulgação Alanis Guillen Leo Rosário/Divulgação Leilane Neubarth na festa de 60 anos da Globo Leo Rosário/Divulgação Ana Paula Santos na festa de 60 anos da Globo Leo Rosário/Divulgação Antônio Fagundes Thais Espírito Santo/g1 Pedro Bial Leo Rosário/Divulgação Toni Tornado Leo Rosário/Divulgação Stênio Garcia e Marilene Saade Leo Rosário/Divulgação Arnaldo Cezar Coelho na festa de 60 anos da Globo Leo Rosário/Divulgação Lima Duarte e Zeca Pagodinho, antes do show de 60 anos da Globo Thais Espírito Santo/g1 Solange Couto chega à festa de 60 anos da Globo Leo Rosário/Divulgação Zeca Camargo, na festa de 60 anos da Globo Leo Rosário/Divulgação Diogo Almeida Leo Rosário/Divulgação Edimilson Ávila Leo Rosário/Divulgação Marcos Frota Leo Rosário/Divulgação Fátima Bernardes Leo Rosário/Divulgação Lilia Cabral Leo Rosário/Divulgação Alexandre Borges Leo Rosário/Divulgação Veja Mais
Linn da Quebrada anuncia primeiro show após internação e pausa na carreira
'O show está de cara nova, vai ser a coisa mais linda! Dia 10 e 11 de maio. Cheio de gente nova', afirmou ex-BBB A cantora Linn da Quebrada em vídeo publicado no Instagram Reprodução/Instagram A cantora e ex-BBB Linn da Quebrada anunciou nesta segunda-feira (28) a venda de ingressos de seu próximo show, que será o primeiro desde sua internação, em junho do ano passado. Ela havia pausado a carreira para tratar da saúde, por problemas com abuso de substâncias e depressão. "O show está de cara nova, vai ser a coisa mais linda! Dia 10 e 11 de maio. Cheio de gente nova nesse show", disse Linn no vídeo, postado no story de seu Instagram. "Amanhã começa a venda dos ingressos, então se prepara." Ainda não foram divulgadas outras informações sobre as apresentações, como horário e local. No post, a ex-BBB também aparece cantando ao lado de uma banda. Em abril de 2024, Linn anunciou uma pausa na carreira para tratar da depressão. Em junho, foi internada em uma clínica de reabilitação. Três meses depois, fez posts em que dizia se sentir ótima. Mas neste ano, ela voltou a pausar as atividades profissionais, devido abuso de substâncias e no agravamento da depressão. G1 Ouviu - Karol Conká: "A depressão te deixa num estado em que nada importa" Veja Mais
‘Novo’ show de Simone é aquecido e valorizado pelo calor humano do Circo Voador em estreia leve e feliz no Rio
‘Museu de novidades’ do roteiro inclui canção gravada por Erasmo Carlos em 1970 e samba de Moraes Moreira lançado pela cantora em 1981. Simone se solta na estreia carioca de show que marcou a estreia da cantora de 75 anos no Circo Voador, casa carioca de atmosfera jovial Michelle Castilho / Divulgação Circo Voador ♫ OPINIÃO SOBRE SHOW Título: Simone Artista: Simone Data e local: 26 de abril de 2025 no Circo Voador (Rio de Janeiro, RJ) Cotação: ★ ★ ★ ★ ♬ É difícil saber se o novo show de Simone teria mantido a aura de felicidade e a temperatura da estreia carioca no Circo Voador – na noite de sábado, 26 de abril – se tivesse chegado à cidade do Rio de Janeiro (RJ) em casas de shows mais sisudas e habituadas a apresentar espetáculos de ícones da MPB. Simone já tinha pisado no palco do Circo Voador como convidada de colegas. Mas nunca havia feito um show completo, dela mesma, sob a lona mais pop e quente do Rio. A rigor, o show Simone – caracterizado oficialmente como novo por ter tido o roteiro bastante modificado com as adições de nove músicas que se tornaram dez com a inclusão do samba Ive Brussel (Jorge Ben Jor, 1979) na estreia carioca – soou como desdobramento do espetáculo anterior Tô voltando (2023), que há dois anos marcou o retorno da artista aos palcos para celebrar 50 anos de carreira iniciada em 1973. Se as mudanças no roteiro realmente injetaram ar de novidade no show, adornado com cenário inédito de Zé Carratu, a estética do espetáculo resultou similar, até porque a sonoridade arejada da banda formada por músicos jovens é a mesma do show de 2023. E a entrada de Ana Costa (violão, cavaquinho e vocal) na banda manteve a sonoridade inalterada. Aliás, Ana Costa ganhou generoso espaço como vocalista por dividir com a Cigarra o canto de Encontros e despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1981) – música lançada por Simone, mas popularizada de fato a partir da gravação de Maria Rita em 2003 – e por fazer a segunda voz em Iolanda (Pablo Milanés, 1970, em versão em português de Chico Buarque, 1984). O roteiro poderia ter jogado menos para a galera, sem a necessidade de a cantora apelar ao fim para dois sambas infalíveis de Martinho da Vila, Canta canta, minha gente (1974) e Ex-amor (1981). Até porque, na pista e na arquibancada do Circo Voador, a galera esteve o tempo todo na mão da cantora, que abriu o roteiro com o samba Coisa feita (João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emilio, 1982). Coros espontâneos que repetiam o nome da cantora – “Simone! Simone! Simone!” em vez do recorrente “Sem anistia!” – foram ouvidos ao longo do show, elevando a temperatura da apresentação. Simone interage com o público do Circo Voador na estreia carioca de show que herda números do espetáculo de 2023 Michelle Castilho / Divulgação Circo Voador A bem da verdade, Simone já se mostrou leve, feliz e jovial no show anterior de 2023. O que aconteceu na noite de 26 de abril é que, no Circo Voador, a leveza, a felicidade e a jovialidade foram amplificadas pela atmosfera sempre envolvente da casa de shows. Majoritariamente com mais de 50 anos, o público de Simone sentiu o clima e ficou mais solto, o que justificou a artista virar o microfone para a plateia durante o canto de Separação (José Augusto e Paulo Sérgio Valle, 1988), número herdado do show Tô voltando. Canção de qualidade superior à produção industrializada dos hitmakers dos anos 1980, Separação foi grande sucesso da fase popular da cantora nessa década de 1980 – período em que Simone afrouxou o rigor na seleção do repertório, pagando (ainda hoje) preço alto junto aos críticos, que lhe tiraram o prestígio concedido nos anos 1970, década de álbuns densos como Face a face (1977) e Pedaços (1979). No ambiente acolhedor do Circo Voador, a densidade das interpretações por vezes se diluiu em nome dessa sintonia permanente entre cantora e público, como evidenciou a lembrança de O que será (À flor da terra) (Chico Buarque, 1976) e como reiterou o canto de Começar de novo (Ivan Lins e Vitor Martins, 1979), outro número herdado do show Tô voltando. Em roteiro que abriu espaço para músicas do Clube da Esquina no início e no fim do show, Para Lennon e McCartney (Lô Borges, Marcio Borges e Fernando Brant, 1970) e Nada será como antes (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1971), Simone deu voz a vários boleros. Munida de duas maracas, instrumento de percussão recorrente no gênero, a cantora reviveu Começaria tudo outra vez (Gonzaguinha, 1976) com citação de La puerta (Luis Demetrio, 1958). Aliás, foi em clima sensual de bolero que Simone reacendeu Paixão (Kleiton Ramil, 1981), música gravada pela cantora no álbum Delírios, delícias (1983). Contribuição de Marcus Preto ao roteiro, Gente aberta (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1970) funcionou bem com Simone no canto e no toque da guitarra. Lembrada há 19 anos pela cantora Silvia Machete, que gravou a então esquecida Gente aberta no álbum Bomb of love (2006), a música é joia do álbum mais cultuado de Erasmo Carlos (1941 – 2023), Carlos, Erasmo... (1971), o mesmo disco que trouxe no repertório a canção É preciso dar um jeito, meu amigo (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1971), revitalizada na trilha sonora do filme Ainda estou aqui (2024). Outra boa lembrança no museu de novidades do roteiro, o samba Pão e poesia (Moraes Moreira e Fausto Nilo, 1981) ressurgiu com arranjo reverente ao registro original do álbum Amar (1981), marco inicial da discografia de Simone na gravadora CBS e da conexão da cantora com o produtor musical Marco Mazzola. Enfim, Simone debutou no Circo Voador sem deixar de ser Simone – fidelidade perceptível no figurino inteiramente branco e na predominância do azul na luz – com show eficiente, em movimento feliz que prolonga o momento de renascimento experimentado pela cantora desde 2023. Simone se movimenta com destreza e elegância no palco do Circo Voador na estreia carioca de show de roteiro remodelado Michelle Castilho / Divulgação Circo Voador Veja Mais
Morre Mauro Motta, parceiro de Raul Seixas, compositor popular e produtor de Roberto Carlos de 1984 a 1996
Mauro Motta (1948 – 2025) morre aos 77 anos e deixa obra que inclui hits nas vozes de Claudia Telles, Diana e Jerry Adriani Reprodução / Facebook Mauro Motta ♫ OBITUÁRIO ♩ Embora Raul Seixas (1945 – 1989) esteja imortalizado na história da música brasileira como o roqueiro que mostrou as afinidades entre Elvis Presley (1935 – 1977) e Luiz Gonzaga (1912 – 1989), o artista baiano também transitou como compositor e produtor musical pelo terreno da canção popular romântica rotulada de cafona pelas elites culturais. Nessa seara, Raulzito foi parceiro de Mauro Motta em dois grandes sucessos do início da década de 1970. Em 1971, o cantor Jerry Adriani (1947 – 2017) estourou com música de autoria da dupla, Doce, doce amor. Em 1972, foi a vez de a cantora Diana (1948 – 2024) emplacar em esfera nacional a canção Ainda queima a esperança, outra composição da parceria de Raulzito com Mauro Motta. Essas duas músicas estão entre as maiores contribuições do compositor, produtor musical e instrumentista carioca Mauro da Motta Lemos (12 de fevereiro de 1948 – 26 de abril de 2025) para a canção popular do Brasil. Após enfrentar sérios problemas de saúde desde 2024, Motta morreu ontem, aos 77 anos, de causa não revelada, em Guapimirim (RJ), município fluminense onde residia desde 1979. A notícia da morte foi confirmada pela prefeita da cidade, Marina Rocha, nas redes sociais. Pianista, Mauro Motta chegou a integrar o grupo Renato e seus Blue Caps em 1968, como tecladista, mas atuou mesmo nos bastidores da música brasileira como compositor, arranjador e produtor. Além de ter sido parceiro de Raul Seixas, Mauro Motta foi nome recorrente na discografia de Roberto Carlos a partir de 1977, ano em que o cantor gravou a balada Nosso amor, parceria de Motta com Eduardo Ribeiro. Da mesma dupla, Roberto também gravou a canção Voltei ao passado em 1979 e a balada Eu me vi tão só em 1980. Essas músicas tinham um padrão melódico mais alto do que o das habituais canções populares. O mesmo não pode ser dito de Preciso te esquecer (1983), outra canção de Mauro Motta e Eduardo Ribeiro gravada por Roberto Carlos em fase de menor inspiração. Antes de abastecer a discografia de Roberto Carlos de 1977 a 2003 com músicas inéditas, Mauro Motta compôs com Robson Jorge (1954 – 1992) os dois primeiros e maiores hits da cantora Claudia Telles (1957 – 2020), que conquistou o Brasil com as gravações de duas belas baladas de acento soul Fim de tarde (1976) e Eu preciso te esquecer (1977). Contudo, a maior e mais longeva colaboração de Mauro Motta foi mesmo com Roberto Carlos, de quem produziu todos os álbuns lançados pelo cantor no Brasil entre 1984 e 1996. Embora os discos desta fase coincidam com o período de declínio na qualidade do cancioneiro autoral de Roberto Carlos, o simples fato de Mauro Motta ter sido escolhido pelo cantor para produzir estes discos dá a medida da importância do artista carioca na vida profissional do Rei. Veja Mais
Primeira apresentadora de telejornal da TV Globo, Nathália Timberg revive memórias em estúdio recriado; VÍDEO
Na abertura do programa, foi recriado o primeiro telejornal da emissora: o Tele Globo. Uma surpresa emocionante para quem viveu o que esse cenário conta. Primeira apresentadora de telejornal da TV Globo, Nathália Timberg revive memórias O Globo Repórter desta sexta-feira (25) relembrou alguns dos momentos marcantes dos 60 anos de história da TV Globo. Na abertura do programa, foi recriado o primeiro telejornal da emissora: o Tele Globo. Uma surpresa emocionante para quem viveu o que esse cenário conta. “Estou revivendo praticamente a emoção de quando eu pela primeira vez me sentei na bancada de um jornal", reagiu a atriz Nathália Timberg, a primeira apresentadora de telejornal da TV Globo, ao ver o cenário. Notícias e crônicas foi o primeiro trabalho de Nathalia Timberg na Globo. Eu fiquei feliz da vida, porque para mim era uma experiência incrível que eu adorava”, relembra a atriz. Impacto das novelas O Globo Repórter também conversou com o ator Reginaldo Faria, que foi o primeiro galã da primeira novela "Ilusões Perdidas", destacou o impacto da telenovela no país e comentou a repercussão até hoje da cena em que o personagem Marco Aurélio dá uma banana para o Brasil ao fugir do país com Leila (Cássia Kis) em “Vale Tudo”. “Eu achava que ia ser agredido nas ruas, mas, ao contrário, as pessoas me aplaudiram. Por quê? O meu personagem está dando uma banana para o Brasil? Não, tinha uma outra interpretação nisso daí: o personagem estava dando uma banana para o sistema, para as inflações que existiam no Brasil, para o mal governo”, explica Reginaldo Faria. Veja a íntegra do programa abaixo: Globo Repórter - 60 anos da TV Globo - 25/04/2025 Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: Veja Mais
Globo 60 anos: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em São Paulo
Neste sábado (26), Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional da casa da família Andreozzi. Veja como foi. Da casa da família Andreozzi, Renata Vasconcellos e o JN celebram a conexão com o Sudeste Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional deste sábado (26) da sala da casa da família Andreozzi, em São Paulo. A capital paulista representa a Região Sudeste na celebração dos 60 anos da Globo no Jornal Nacional. No vídeo acima, veja como foi a visita. No sábado (26), Renata Vasconcellos visitou a família Andreozzi em São Paulo Reprodução LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Veja Mais
‘Teletema’ ecoa nos 60 anos da Globo com a leveza do canto da atriz Sophie Charlotte e do piano de Antonio Adolfo
Sophie Charlotte canta ‘Teletema’ com o toque do piano de Antonio Adolfo em número exibido ao fim do ‘Globo Repórter’ sobre os 60 anos da TV Globo Reprodução / Globoplay ♫ ANÁLISE ♩ Foi uma surpresa. Uma bela surpresa! Sem aviso prévio em colunas de televisão, a atriz Sophie Charlotte apareceu como cantora ao fim do Globo Repórter sobre os 60 anos da TV Globo. Exibido na noite de ontem, 25 de abril, o programa acabou já nos primeiros minutos deste sábado, dia do 60º aniversário da emissora carioca inaugurada em 26 de abril de 1965. Foi no encerramento que apareceu o take gravado por Sophie em estúdio com o pianista Antonio Adolfo, dando voz a Teletema, principal música da trilha sonora da novela Véu de noiva, exibida em 1969. Foi uma interpretação reverente à suavidade aliciante da canção de letra melancólica. Entre suspiros e um toque de emoção ao fim do take, Sophie Charlotte se afinou com a leveza do toque do piano de Antonio Adolfo, músico virtuoso e um dos compositores de Teletema. Escrita por Janete Clair (1925 – 1983), Véu de noiva inaugurou na Globo a era das novelas de tom naturalista. Por isso mesmo, a novela foi a primeira da emissora a ter músicas compostas e/ou escolhidas especialmente para a trama em trilha sonora orquestrada com produção de Nelson Motta. Parceria de Antonio Adolfo com Tibério Gaspar (1943 – 2017), Teletema foi o maior destaque dessa trilha, tendo sido apresentada ao Brasil em gravação feita pela cantora Regininha para a novela. Na realidade, os versos de Teletema, escritos por Tibério Gaspar, descrevem as sensações do compositor letrista diante da morte de namorada de Gaspar em acidente de automóvel. Só que a letra se afinou com a trama de Véu de noiva, sonorizando as cenas do casal protagonista Andreia e Marcelo, interpretados por Regina Duarte e por Cláudio Marzo (1940– 2015). Ele era piloto de corridas. No disco com a trilha sonora da novela Véu de noiva, editado pela gravadora Philips, Teletema aparece em três gravações. Duas foram feitas na voz de Regininha, sendo uma cantada com a letra e a outra levada pelos vocalizes da cantora com Laércio Vilar, baterista do Conjunto Sambacana. Já o terceiro registro é instrumental, tendo sido gravado pelo do trompetista Cláudio Roditi (1946 – 2020). Todos os três fonogramas utilizam a mesma base da gravação original. De certa forma, Teletema também ficou na história da televisão como a música que sinalizou o início da era de ouro da teledramaturgia brasileira que, a partir de 1969, rompeu laços e cruzou espaços através da tela da TV Globo, unindo o Brasil em torno das novelas. Todo esse simbólico significado adicional também reverberou no canto airoso de Sophie Charlotte ao fim surpreendente do Globo Repórter sobre os 60 anos da emissora. ♪ Eis a letra da canção Teletema : Teletema (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, 1969) “Rumo Estrada turva Sou despedida Por entre Lenços brancos De partida Em cada curva Sem ter você Vou mais só Corro Rompendo laços Abraços, beijos Em cada passo É você quem vejo No tele-espaço Pousado Em cores no além Brando Corpo celeste Meta metade Meu santuário Minha eternidade Iluminando O meu caminho E fim Dando a incerteza Tão passageira Nós viveremos Uma vida inteira Eternamente Somente os dois Mais ninguém Eu vou de sol a sol Desfeito em cor Refeito em som Perfeito em tanto amor” Veja Mais
Incêndios, censura, pandemia: os desafios e os bastidores dos 60 anos da TV Globo
O especial do Globo Repórter desta sexta-feira (25) relembrou alguns dos momentos marcantes dessa trajetória. Globo Repórter - 25/04/2025 Inaugurada em 26 de abril de 1965, a TV Globo celebra seus 60 anos de história enfrentando e superando inúmeros desafios. O especial do Globo Repórter desta sexta-feira (25) relembrou alguns momentos marcantes dessa trajetória. Veja a íntegra do programa no vídeo acima. Incêndios Em 1º de novembro de 1971, um incêndio atingiu a sede da TV Globo. Durante o incidente, um funcionário dos bastidores interrompeu a programação e entrou no ar. Graças ao gesto heroico do coordenador de programação Wilson Emanuel, apenas um estúdio foi queimado, evitando uma destruição maior. "Solicitamos aos telespectadores que têm telefone em casa, por favor, liguem urgentemente aos bombeiros, pois o incêndio é de grandes proporções", relatou o coordenador de programação Wilson Emanuel Em 4 de junho de 1976, outro incêndio abalou a TV Globo. Na época, a novela "Escrava Isaura" estava em produção e se tornaria um sucesso internacional. O trabalho todo se conduziu em duas frentes: apagar o fogo e salvar as fitas. Norma Blum, que interpretava Malvina, relembra o episódio: “Me deu um negócio e eu olhei para aquilo e falei: 'nosso trabalho está pegando fogo e tinham umas fitas que saiam bem quentinhas'”, conta a atriz. Censura Durante a ditadura militar, a censura foi um dos maiores desafios. Em 1975, a novela "Roque Santeiro" foi proibida um dia antes da estreia, quando já estava com dezenas de capítulos gravados. Dias Gomes, autor da obra, revelou que a censura foi resultado de um telefonema grampeado. "Foi um baque para eles", disse Alfredo Dias Gomes, filho de Janete Clair e Dias Gomes. Pandemia Em 2020, a pandemia de Covid-19 trouxe novos desafios. Diante da falta de informações confiáveis, a imprensa se uniu no esforço de prestação de serviço. A TV Globo se reinventou para continuar informando e entretendo o público. As novelas, um dos pilares da programação, tiveram suas gravações suspensas, e reprises de grandes sucessos ocuparam a grade. A rotina foi retomada aos poucos, com todos os cuidados. Os estúdios passaram a operar sem plateias, e o início da vacinação marcou um novo capítulo na luta contra a pandemia. Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: Veja Mais
Conheça Ventura Profana, artista multifacetada e pastora travesti que 'edifica' comunidade LGBTQIAPN+ na Bahia
Cantora lança álbum de estreia, "Todo Cuidado É Pouco", em show no sábado (26), em Salvador. Artista multifacetada e pastora travesti, Ventura Profana lança 1° álbum de estúdio Ventura Profana lança álbum de estreia em Salvador Reprodução/Redes Sociais Artista multifacetada e pastora travesti, Ventura Profana, de 31 anos, subverte a igreja ao "edificar" e acolher a comunidade LGBTQIAPN+. No sábado (26), a baiana lança seu primeiro álbum de estúdio no Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador. A apresentação acontece às 19h, com entrada gratuita. "Eu sou muito feliz quando estou em casa. A Bahia é uma terra de muita abundância e de muita fertilidade", disse em entrevista ao g1. Com participações de Rico Dalasam, Preta QueenB Rull e Gabi Guedes, o disco "Todo Cuidado É Pouco" narra uma jornada de autoconhecimento e libertação ao apresentar a artista no cenário musical. Ventura Profana lança primeiro álbum em Salvador Divulgação/Fe Ávila O trabalho mescla reggae, jazz, R&B, pagodão, afrobeat e rock, e compila os aprendizados de Ventura Profana nas letras, que falam sobre cuidado, amor e louvam o tempo. Nele, a cantora se desprende da busca pela perfeição enquanto registra uma trajetória de erros e acertos, percorrida por diferentes estradas, esquinas e vidas. "Por mais que uma série de outros territórios tenha me feito, me constituído, eu sinto que quando eu penso e quando eu me dou conta da necessidade de cuidar melhor de mim, isso automaticamente reflete na maneira como eu cuido dos lugares por onde eu passo e, sobretudo, do lugar de onde eu venho". O projeto conta ainda com um curta-metragem de ficção documental, que trata algumas das questões presentes ao longo das faixas e revela parte do processo de desenvolvimento da obra, além de narrar a história de amor entre o que chamou de uma "profeta peregrinação e o espírito da vida". Quem é Ventura Profana? Ventura Profana lança álbum de estreia em Salvador Reprodução/Redes Sociais Nascida em Salvador e criada em Catu, na região metropolitana, a baiana teve a infância marcada pela forte conexão com a religião e a espiritualidade. A influência veio da família, que frequentava a Primeira Igreja Batista. "Eu tive uma infância muito mágica, porque eu sinto que naquela época tinha uma certa fantasia interiorana, sabe? Um mistério que me envolvia e isso, de certa forma, era contraposto à realidade de eu ter nascido em uma família Batista e ter sido criada nesse regime, moldada segundo os mandamentos e as doutrinas cristãs", relembrou. A igreja também foi o local onde Ventura teve seu primeiro contato com a arte. Segundo ela, nessa época não havia muita opção de lazer na cidade, logo, o templo Batista se tornou o lugar onde era possível consumir e produzir cultura. Foi na Primeira Igreja Batista, em Catu, que ela deu os primeiros passos como cantora, enquanto alguém que se comunica com multidões e que trabalha com a oratória. Ventura Profana sempre foi ligada à religiosidade Reprodução/Redes Sociais A vivência na igreja também contribuiu para que Ventura se tornasse pastora, já que durante toda sua jornada no templo religioso ela foi preparada para se tornar uma líder espiritual, por meio de discipulados e de uma série de ritos. "Em determinado momento, eu rompo com a igreja, justamente por conta da minha travestilidade, então isso passa a ser algo incompatível. Depois de um tempo, eu passo a ser reconhecida pela minha própria comunidade como uma pastora, que eu acho que é o traço mais importante de uma liderança: você ser reconhecida enquanto enquanto alguém que conduz", explicou. Tabernáculo da Edificação Atualmente, Ventura Profana leva a palavra do Senhor através da comunidade itinerante "Tabernáculo da Edificação". Para ela, ser pastora é algo que requer seriedade e responsabilidade. "Existem dois tipos de pastores: o pastor que conduz o seu rebanho para o abate e o pastor que conduz o rebanho à liberdade. E, esse segundo, é o tipo de pastora que eu decidi e que eu labuto para ser". Pastora travesti prega amor e liberdade Reprodução/Redes Sociais Profana relatou que há uma cobrança da parte da comunidade que a acolhe enquanto pastora, como há também um desdém e uma cobrança externa de parcelas mais conservadoras da igreja. Ainda assim, ela segue firme com o objetivo de acolher e levar amor através da fala. "É uma sociedade que não consegue lidar com a possibilidade de travestis espirituais, de travestis que assumem uma vida de religiosidade e que podem assumir um ministério", afirmou. "Isso torna tudo mais difícil, mas, ao mesmo tempo, eu acho que o amor pela obra, pelas transformações, pela vida de pessoas como eu, pela transgeneridade, faz com que eu continue acreditando em uma igreja mais acolhadora, em uma igreja que seja reconhecida pelo amor e não pelo ódio", complementou. Relação com a família e transfobia Após romper com a igreja tradicional por conta da travestilidade, Ventura Profana contou com o apoio da família para seguir firme na jornada. Ela afirmou que ter os parentes ao seu lado foi fundamental, além de pontuar que, infelizmente, a transfobia continua presente na sociedade. "Nós estamos em um mundo que implementa como política a violência contra pessoas trans. Então, todas nós precisamos nos engajar contra a transfobia", disse. Veja Mais
Como funciona a escolha da escalada do 'Jornal Nacional'?
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como funciona a escolha da escalada do “Jornal Nacional”? A escalada do Jornal Nacional sempre mexeu com o imaginário dos brasileiros. Em menos de dois minutos, ela apresenta um resumo das principais notícias do dia. Mas como ela é montada? Quem escreve o texto final? Na série especial do g1 sobre os 60 anos da TV Globo, vamos mostrar como funciona a escolha da escalada do Jornal Nacional, e ninguém melhor do que William Bonner, editor-chefe e apresentador do JN, para explicá-la. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Do Plantão ao Tema do Senna: como é feita uma vinheta instrumental? Como uma música vai parar na trilha sonora de uma novela? A escalada do Jornal Nacional corresponde ao que seria a primeira página de um jornal impresso. É assim que William Bonner define o segmento do telejornal. Em apenas poucos segundos, ele precisa prender a atenção dos telespectadores para as principais notícias do dia. "Essa é a nossa função. É chamar a atenção do público para aquilo que é muito importante e para aquilo que poderá despertar a atenção dele. É um programa de televisão. Então, o primeiro passo é quais são, entre as notícias importantes que vamos dar no JN, as mais importantes? Elas têm que estar na escalada do JN", explica Bonner ao g1. Como é feita a escalada do Jornal Nacional? Jornal Nacional/ Reprodução Selecionadas as notícias, eles partem para um novo momento: elencar quais devem ser citadas primeiro. É um verdadeiro quebra-cabeça. A manchete de um determinado assunto precisa ficar próxima a um conteúdo que a complemente ou que possa servir de contraponto. Tudo posicionado de forma estratégica e com cadência para que se torne mais agradável de ser ouvido. E a decisão final cabe a William Bonner e Cristina Sousa Cruz, editora-chefe adjunta do JN. Quando ela começa a ser escrita? Bonner detalha que a escalada começa a ser estruturada assim que termina a reunião de pauta, que ocorre à tarde. “Quando termina a reunião, a gente já está com o plano do Jornal Nacional muito consolidado na cabeça. Aí é a hora de começar a pensar na escalada. É um rascunho”, conta. Durante o período de quatro horas, eles precisam ficar avaliando e reavaliando o que é importante. “Às vezes, a gente acha que o mais importante daquele assunto é um determinado aspecto, mas aí os fatos nos desmentem, nos atropelam e nós temos que estar prontos para rever o rascunho da escalada até ela ficar fiel à relevância dos assuntos que estão ali tratados”. Gravada ou ao vivo? Essa é uma dúvida que sempre ronda quando o assunto é a escalada. Ela é gravada poucos minutos antes de ir ao ar, com um limite de segurança de até cinco minutos antes do início do telejornal. Mas tudo muda se acontecer alguma notícia urgente. A versão gravada é “derrubada” e eles se posicionam para que ela seja feita ao vivo. Edição de colecionador Um fenômeno frequente nas redes sociais é a expectativa das pessoas pela escalada do JN durante momentos importantes no país. Nesses períodos, é comum ver o comentário “edição de colecionador”. “Jornal Nacional é um patrimônio dos brasileiros. É muito tempo de cumplicidade e de conquista de confiança das pessoas. Então, esse é um fenômeno brasileiro. Quando alguma coisa muito importante acontece, é para o Jornal Nacional que as pessoas correm para ver. E isso nos honra enormemente. Nos orgulha imensamente. Mas isso também aumenta brutalmente a nossa responsabilidade todos os dias”, comenta Bonnner. Bonner aponta a sua “edição de colecionador”. “Acho que a escalada que eu mais revi na minha vida é a que registra um fato histórico de maior relevância da minha carreira, que é a escalada de 11 de setembro de 2001. Essa edição levou o Jornal Nacional a ser indicado ao Emmy Internacional pela primeira vez no ano seguinte e nunca mais nós deixamos de ser indicados. Uma edição antológica. Ou como as pessoas gostam de dizer nos memes, uma edição de colecionador do Jornal Nacional”, fala. Veja Mais
Gloria Maria ganha série documental que celebra sua trajetória dentro e fora do jornalismo
Série estreia neste domingo (27), logo após o 'Fantástico', e mostrará imagens e fatos desconhecidos sobre a apresentadora. Os diretores Paulo Sampaio, Danielle França e a produtora executiva da série documental 'Gloria', Fatima Baptista Manoella Mello/Globo Neste domingo (27), estreia "Gloria", série documental que traz depoimentos, imagens inéditas e revelações sobre Gloria Maria, um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro. O evento de lançamento da série ocorreu nesta quinta-feira (24), na Casa Horto, no Rio de Janeiro (RJ). Dividida em quatro episódios, a série vai ao ar logo após o "Fantástico". O documentário mostra o impacto de Gloria no jornalismo e o porquê ela conquistou o coração do público. A carioca morreu em 2023 por complicações de saúde causadas por metástases cerebrais. William Bonner, Thiago Oliveira, Luis Miranda e Monica Maria Barbosa, editora-chefe do 'Globo Repórter' Manoella Mello/Globo A série Com direção de Danielle França e Paulo Sampaio, "Gloria" explora arquivos pessoais de Gloria Maria, como os bloquinhos em que a jornalista documentava as experiências que vivia. A série também relembra reportagens icônicas apresentadas por ela, como o primeiro voo duplo exibido na TV brasileira. Também serão mostrados bastidores de entrevistas com celebridades como Michael Jackson e Madonna. Para contar os primeiros passos da carreira de Gloria Maria, a série reconstitui a "Veraneio", um veículo utilitário produzido no Brasil nas décadas de 1970 e 1980, que era utilizado pelas equipes do jornalismo da TV Globo quando Gloria Maria começou a fazer reportagens de rua. "Gloria" também faz um passeio pela história da jornalista, que chegou à Globo no início dos anos 1970 para ser radioescuta da Editoria Rio, conciliando os estudos com o emprego até se tornar repórter, em plena ditadura militar. Durante seus 52 anos de carreira na TV Globo, Gloria Maria percorreu os cinco continentes, participou de coberturas de Olimpíadas, Copas do Mundo, posses de presidentes e tantos outros acontecimentos da história do Brasil e do mundo. Entre os entrevistados pelo documentário, estão Pedro Bial, William Bonner, Fátima Bernardes, Leilane Neubarth, Zileide Silva e Dulcinéia Novaes. cantora Liniker no lançamento da série documental "Gloria" Manoella Mello/Globo Veja Mais
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Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região
Jornal Nacional destaca a cultura popular, o apreço pelas artes, as demonstrações de fé e a paixão das pessoas do Norte pelo lugar em que cresceram. 60 anos da TV Globo: JN celebra conexão com o Norte Na comemoração do aniversário da Globo, quando o Jornal Nacional mergulhou nos arquivos de reportagens sobre a Região Norte, o objetivo era encontrar aquelas que mostraram para todos os brasileiros os maiores motivos de orgulho dos brasileiros de lá. Essa pesquisa histórica no acervo da Globo teve um resultado fascinante porque lembrou a gente de como tudo no Norte é grandioso, exuberante, surpreendente. Começando pela natureza, claro. Mas essas são características também da cultura popular, do apreço pelas artes, das demonstrações de fé e da paixão dessa gente pelo lugar em que cresceu. Veja a reportagem no vídeo acima. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Norte e mostra a grandiosidade e a exuberância da região Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais
Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'?
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Globo 60 anos: conheça quem dá vida aos cavalinhos do Fantástico Figurinhas conhecidas nos estádios, os cavalinhos do Fantástico se tornaram famosos no futebol brasileiro. Mas quem são as pessoas por trás dos personagens? Na série especial do g1 sobre os 60 anos da TV Globo, vamos te mostrar quem são os responsáveis por dar vida a esses adoráveis mascotes. Se na década de 70 a Zebrinha fez sucesso ao divulgar os resultados da Loteria Esportiva, agora é a vez dos Cavalinhos do Fantástico. Quiá Rodrigues e Renato Spinelli, os intérpretes dos bonecos, explicam ao g1 como controlam os bonecos e criam as vozes dos personagens, além de revelarem seus bonecos favoritos. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'? Cavalinhos do Fantástico Raisa Carvalho/Fantástico Interação com apresentador Em março deste ano, o jornalista Lucas Gutierrez assumiu o comando dos "Gols do Fantástico" e a interação com os cavalinhos, substituindo o apresentador Alex Escobar. A ideia de usar cavalinhos para mostrar o ranking do futebol foi criada por Tadeu Schmidt em 2008, mas eles só se tornaram fantoches em 2014. Quiá Rodrigues e Renato Spinelli, os intérpretes dos bonecos, explicam como desenvolvem a interação que acontece todo domingo no Fantástico. “Quem escreve o texto é o Lucas. Antes era o Tadeu, depois o Escobar. Eles pensam na interação do cavalinho com eles, o que pode ser legal falarem. Meia hora antes de entrar ao ar, a gente se senta com o Lucas e chega no formato final desse texto”, explica Quiá Rodrigues. Apesar de ser tudo combinado, no “ao vivo” a dupla sempre está pronta para o improviso. “Já aconteceu um acidente com um cavalinho. Os dentes dele caíram em cena e ele falou ‘Aí meu dente’. A gente tem que trabalhar com o que acontece”, conta Quiá. "Uma vez, que eu tive que trocar de personagem e não deu tempo. O boneco entrou todo torto, mas foi o que deu para fazer na hora”, recorda Renato. E teve até boneco baiano com sotaque carioca. “Uma vez eu troquei o (cavalinho do) Flamengo pelo do Bahia correndo e aí o Bahia saiu com a voz do Flamengo. Esqueci de trocar na minha cabeça a voz do boneco, diz Quiá. Como são manipulados? Os personagens são confeccionados pela empresa Oba (Oficina de Bonecos Animados) do Quiá Rodrigues e do Renato Spineli, que tem também Heloisa Dile como sócia. “Ela faz todos os personagens femininos. Além de ser a eguinha, zebrina, ela é uma superprodutora e uma diretora de arte bacana”. Eles explicam que, para um cavalinho ganhar vida, são necessárias duas pessoas: “Um manipula as mãozinhas, dá emoção com as mãozinhas. No caso deles, as patinhas para apontar, para fazer alguma coisa de sentimento”, fala Quiá. A voz característica de cada representante dos times também é cuidadosamente planejada. “A gente tenta fazer o mais próximo possível, tanto de sotaque quanto de personalidade. Cada um de nós faz dez personagens diferentes. É uma coisa bem complicada”, conta Renato. Juntos, eles fazem 20 personagens, o número de times do Campeonato Brasileiro. Cavalinhos nas torcidas Os bonecos viraram o xodó nos estádios e não é tão difícil encontrar algum torcedor acompanhado pelo boneco do time. Quiá e Renato recebem o carinho do público quando precisam fazer matérias fora do estúdio. “A gente fica horas tirando foto com as pessoas, mandando recado para os filhos”, fala Quiá. E a dupla também tem seus personagens favoritos. “O meu é o Flamengo porque acabou ficando mais famoso”, apontou Quiá. Já Renato escolheu o rival carioca. “Eu gosto muito do Vasco porque, apesar de não estar exatamente na melhor posição do mundo, é um dos melhores personagens que eu tenho”. Quiá Rodrigues e Renato Spinelli são os responsáveis pelos Cavalinhos do Fantástico Raisa Carvalho/Fantástico Veja Mais
Juliette desanima a festa com ‘Risca faca’, álbum pop produzido em linha de montagem com dez faixas artificiais
Cantora transita entre arrocha, piseiro e pagodão baiano em repertório trivial gravado pela artista com feats com J. Eskine, Silva, Psirico e Michele Andrade. Capa do álbum ‘Risca faca’, de Juliette Gabriela Schmidt / Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Risca faca Artista: Juliette Cotação: ★ ♬ A anemia das 10 faixas do segundo álbum de estúdio de Juliette – Risca faca, em rotação desde 17 de abril – causa nenhuma surpresa. As quatro músicas apresentadas entre janeiro e fevereiro já sinalizaram que vinha por aí um disco fabricado em linha de montagem, sem alma, sem emoções reais, dissipadas pela padronizada produção musical de Pedro Breder. As seis faixas inéditas somente intensificam a má impressão. A conexão de Juliette com J. Eskine no arrocha Cachaça e mel (Juliette, Pedro Breder, Cantini, Carolzinha, Shylton, J. Eskine, Alefdonk e Murilo Chester), por exemplo, é produto que tenta clonar a fórmula do sucesso do cantor e compositor baiano Jonathan Souza Santana, nome de batismo de Eskine, autor e intérprete de Resenha do arrocha, o maior hit do primeiro trimestre de 2025. A sensualidade artificial de Dopaminados (Pedro Breder, Carolzinha, Cantini e Shylton Fernandes) ecoa o clima de Boyzinho (Carolzinha, Gabriel Cantini, Juliette, Pedro Breder e Shylton Fernandes) e Quarto proibido (Gabriel Cantini e Daniel de Souza Moreira), as músicas que anunciaram este álbum moldado para as baladas com a frivolidade típica do repertório do gênero. Juliette canta 'Boyzinho' no trio da banda Psirico Já o dueto insípido com Silva em Labirinto (Shylton Fernandes, Daniel Caon e Elan Rubio) é o atestado de que falta um traço de vitalidade, mínimo que seja, no álbum Risca faca – e a simples presença de Silva na faixa explica por que o cantor tem tido tanta dificuldade de recuperar o público perdido nos últimos anos. Mal nenhum há em fazer música para entretenimento. O problema é quando as músicas são ruins, triviais. E quando a cantora não prima exatamente por um canto atraente... Para tentar animar a festa e atrair seguidores para o rolê, Juliette se une com Michele Andrade – cantora pernambucana conhecida no universo do forró – no piseiro Risca faca (Head midia, Pedro Dash, Dan Valbusa, Jotta, Fraga, Dida Sallô e Chum), música-título formatada em linha similar à da já conhecida faixa Eu vou aí (Carolzinha, Cantini, Juliette, Pedro Breder e Shylton), tema forrozeiro que junta Juliette com Henry Freitas, cantor pernambucano de forró. Já Me pega (Àttooxxá, Cantini e Juliette) cai na cadência sintetizada do pagodão baiano com a batida da banda soteropolitana Àttooxxá e a adesão de Márcio Victor, vocalista do grupo Psirico, também de Salvador (BA). Enfim, é transitando nesse universo pop do mainstream – entre piseiro, arrocha e pagodão – que Juliette dá voz (mas não sentimento) a músicas como Acho é pouco (Carolzinha, Pedro Breder, Timbó, King, VictorJame e Juliette). Enfim, Risca faca é assumido álbum feito para a festa, assunto da última faixa, A culpa não é nossa (Pedro Breder, Carolzinha, Cantini e Shylton Fernandes). Sob tal prisma, a superficialidade das 10 músicas até pode ser entendida, mas o fato é que falta muito para Juliette animar uma festa. Falta uma voz viçosa. Falta vitalidade. Falta sobretudo uma alma musical, decepada em Risca faca em nome de uma fórmula comercial que dilui todo e qualquer traço de personalidade da artista. Juliette canta com J. Eskine, Silva, Michele Andrade e Henry Freitas no álbum ‘Risca faca’ Gabriela Schmidt / Divulgação Veja Mais
Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'?
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Um grupo de famosos disputando um reality de dança no qual, a cada semana, esses artistas apresentam no palco uma coreografia em diferentes ritmos de dança depois de ensaiar por alguns dias com seus professores. Essa é a dinâmica geral do quadro "Dança dos Famosos", que estreou em 2005 na Globo e já colocou mais de 250 estrelas para dançar. Mas você sabe como funciona toda a produção do quadro? A seleção, o tempo de preparo e de ensaios, ou quantas pessoas são convocadas para cada edição? Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? A produtora de elenco da TV Globo e responsável pelo casting do Dança dos Famosos Roberta Galinari explicou que a equipe do quadro sempre se reúne e faz uma curadoria pensando no perfil do elenco que eles querem para cada temporada. Isso sempre pensando em um equilíbrio de famosos em diferentes áreas artísticas, na diversidade e, claro, na disponibilidade do artista, já que a participação no quadro implica em um compromisso de quatro meses. Elenco do Dança dos Famosos Divulgação/Globo "O mais importante é que esse elenco seja diverso, que as pessoas se sintam representadas e que os participantes tenham a dedicação necessária para encarar o 'Dança dos Famosos', que é um grande desafio", afirma Roberta ao g1. A seleção do elenco é um processo contínuo. Enquanto uma edição está rolando, a produção já está de olho em possíveis próximos participantes. E os convites são feitos cinco meses antes da estreia de cada temporada. O número de convites varia de acordo com cada edição. Isso por alguns fatores. Primeiro porque já teve programa com 6, 12 e até 18 participantes. Atualmente, são 16. Outro fator que mexe no número de famosos que recebem os convites é a quantidade de aceites. Porque pode ser que os primeiros contactados aceitem logo de cara. Mas se tiver alguma negativa, a produção vai atrás de outro nome. "Pode ser que eu converse com 35 ou 40. Tem ano que muito menos, tem ano que quase que dá certo todo mundo. Não tem o número fixo, não. Cada temporada tem suas particularidades." Sem teste Tati Machado e Diego Maia são os vencedores da "Dança dos Famosos 2024" Reprodução/Instagram Roberta explica que não existe um teste prévio para saber se a pessoa dança alguma coisa ou não. "A gente busca sempre um elenco diverso, com diferentes níveis de experiência. Porque a superação também é um dos pilares do quadro", diz Roberta. "A gente acredita firmemente que a dança é para todos. O único critério que a gente verifica é se o participante tem alguma restrição médica que possa impedi-lo de dançar e de cumprir a nossa rotina, que é intensa. Porque a nossa preocupação principal é garantir a segurança e o bem-estar de cada um deles." Hora dos ensaios Fiuk durante ensaio para o forró para a Dança dos Famosos Globo/Paulo Belote Convites aceitos e elenco fechado, é hora de dançar. Os ensaios mesmo só têm início quando o programa começa. Na verdade, três dias antes da apresentação de elenco, eles já têm uma espécie de esquenta. O grupo todo participa de uma coreografia especial para a apresentação do elenco da temporada. Ali, todos os participantes dançam juntos. Após essa grande confraternização, cada um vai para o seu lado e, a cada semana, eles ensaiam por cerca de cinco dias antes de levar a coreografia para o palco, quando mostram seus passos de tango, de samba, de funk, foxtrote e tantos outros ritmos. "Essa dinâmica funciona muito bem. Parece que não, mas sim. E ao longo de todos esses anos a gente viu que é um tempo suficiente para que o talento chegue no palco pronto para dar o seu melhor sem prejudicar a condição física deles", afirma Roberta, que já está há 17 anos à frente do casting do programa. No fim, a produtora define o processo de seleção como um "grande quebra-cabeça". "A gente busca um time que tenha disponibilidade, vontade, paixão pelo desafio, porque o 'Dança dos Famosos' é mais do que uma competição. É uma experiência transformadora." Veja Mais
Globo 60 anos: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em Manaus, capital do Amazonas
Nesta quinta-feira (24), Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional da casa da família Alves. Veja como foi. 60 anos da TV Globo: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família de Manaus Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional desta quinta-feira (24) da sala da casa da família Alves, em Manaus. A capital do Amazonas representa a Região Norte na celebração dos 60 anos da Globo no Jornal Nacional. No vídeo acima, veja como foi a visita. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em em Manaus, capital do Amazonas Jornal Nacional/ Reprodução Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em em Manaus, capital do Amazonas Jornal Nacional/ Reprodução Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em em Manaus, capital do Amazonas Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais
Como são escritos os discursos de eliminação do 'BBB'?
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como são escritos os discursos do 'BBB'? Em sua vigésima quinta edição, o "Big Brother Brasil" — "BBB", para íntimos — já faz parte do calendário anual da televisão brasileira. Entre muitos momentos marcantes, os discursos que os apresentadores fazem para os eliminados no paredão está com certeza no top 3. Mas como ele é escrito? O apresentador Tadeu Schmidt, responsável pelos monólogos de despedida, conta detalhes sobre seu processo criativo. Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem a perguntas que o público sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). LEIA MAIS: Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?' Para onde vão as comidas do 'Mais Você' depois da gravação do programa de Ana Maria Braga? Como são escolhidos os participantes do 'Dança dos Famosos'? Como são escolhidos os filmes da 'Sessão da Tarde'? Quem são as pessoas que controlam os cavalinhos do 'Fantástico'? Como os discursos são escritos? "Meu processo criativo é baseado no suor", afirma Tadeu. Assim que o paredão é formado, ele já começa a pensar no discurso e só para instantes antes de falar ao vivo. Se uma nova ideia surgir minutos antes, ele faz ajustes — um método que usa desde sua época como jornalista. Os discursos começaram lá na primeira edição, de 2002, escritos por Pedro Bial. A principal diferença é que, na época, os participantes eram informados sobre as porcentagens das votações — algo que durou por anos. "Eu passo ali dois dias pensando no discurso sem parar." Além de ser uma despedida para o eliminado, o discurso também serve para que o apresentador passe recados aos brothers e sisters sem que isso fique explícito. Participantes do 'BBB 22' abraçam Tadeu Schmidt na gravação do 'BBB Dia 101' Divulgação/Globo Tadeu conversa com a equipe do programa para coletar ideias e até com ex-participantes, como Gil do Vigor — "é legal ter essa ideia de quem estava lá dentro". Na hora de estruturar o texto, o apresentador busca o meio-termo ideal entre o mistério e a homenagem. "Essa matemática, esse equilíbrio, que eu fico buscando — e isso que dá mais trabalho. Porque quando você vai fazer o suspense, você não pode falar muito das pessoas ali, sobretudo da pessoa que vai sair, porque você entrega, já. Se você quer fazer uma homenagem, você estraga o suspense. Então, esse equilíbrio que eu fico buscando e que dá muito trabalho." O momento final Duas horas antes do programa ao vivo, Tadeu se reúne com a equipe para revisar o discurso. "A gente vê se tem alguma coisa que a gente quer falar para os emparedados ou para a casa que não está no discurso", conta. Ele sempre está preparado para qualquer resultado da votação, que pode mudar até os minutos finais. Ao longo da temporada, o apresentador também anota possíveis ideias para discursos em um aplicativo de notas. Ele armazena informações importantes sobre cada participante — desde histórias de vida até detalhes que podem não aparecer nas edições exibidas na TV. O apresentador do BBB, Tadeu Schmidt, fez um discurso emocionante após a eliminação da cantora Linn da Quebrada Reprodução/TV Globo "Podem ser, inclusive, coisas que não vão para a edição, que não viram notícias nos sites, coisas muito pessoais dos participantes – essas são as principais coisas", diz Tadeu. Apesar dos desafios, ele vê o discurso como um momento de despedida e escreve principalmente para quem está deixando a casa. "Mas, acima de tudo, quando eu estou escrevendo, o discurso para mim é uma despedida. O discurso é uma despedida para quem está saindo, então, a minha preocupação maior é com a pessoa que está sendo eliminada. É para ela que eu estou escrevendo." Veja Mais
Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil
A Globo nasceu em 1965. O Jornal Nacional, quatro anos e meio depois. E isso permitiu ao nosso jornalismo registrar um fenômeno histórico: a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras do Sul e do Sudeste para o Centro-Oeste e para o Norte do país. 60 anos da TV Globo: JN celebra conexão com o Centro-Oeste Na semana de aniversário de 60 anos da Globo, o Jornal Nacional visita cada região do Brasil. Nesta quarta-feira (23), Renata Vasconcellos esteve na casa da família Soares, em Goiânia, no Centro-Oeste do Brasil. A Globo nasceu em 1965. O Jornal Nacional, quatro anos e meio depois. E isso permitiu ao nosso jornalismo registrar um fenômeno histórico: a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras do Sul e do Sudeste para o Centro-Oeste e para o Norte do Brasil. As estradas abertas nas décadas de 1960 e 1970 trouxeram milhares de cidadãos com o desejo de trabalhar, de crescer, e com o sonho de encontrar um lugar para a família. A história desses brasileiros é também a história do nosso país. Porque, primeiro, a própria capital do Brasil se mudou para o Centro-Oeste. Depois, o Centro-Oeste foi fundamental para mudar o Brasil. Veja a reportagem no vídeo acima. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Globo reúne jornalistas e revela novidades da comemoração dos 60 anos da emissora Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Centro-Oeste, região fundamental para mudar o Brasil Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais
Conheça o álbum assumidamente gay em que Edy Star trouxe ícones da MPB para o universo do glam rock tropical
Capa do álbum ‘...Sweet Edy...’, de Edy Star Divulgação ♫ MEMÓRIA ♪ A morte de Edy Star (1938 – 2025) na madrugada desta quinta-feira, 24 de abril, joga luz sobre o antológico primeiro álbum solo do performático artista baiano. Em ...Sweet Edy..., Star trouxe ícones da MPB para o universo do glam rock de sabor tropical. Andrógino, elétrico e ousado, Edivaldo Souza já era Edy Star há muitos anos quando, em 1974, gravou e lançou este álbum que o fez brilhar com aura glam nas trevas da ditadura que escureceu o Brasil dos anos 1960 e 1970. ...Sweet Edy... eternizou o desbunde de Star naquele período sombrio. Com o apoio empresarial de João Araújo (1935 – 2013), diretor da gravadora Som Livre e avalista do disco, Edy Star entrou em estúdio para pôr voz em músicas inéditas compostas por nomes do naipe de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira (1947 – 2020), Jorge Mautner, Getúlio Côrtes e Roberto Carlos, este em parceria com o fiel amigo de fé Erasmo Carlos (1941 – 2022). Caetano mandou O conteúdo. Gil forneceu Edith Cooper. Ambas as músicas estavam aquém dos altos padrões dos compositores, mas se afinaram com o tom de desbunde deste disco em que o artista mixou tango e rock em Coração embalsamado (a música inédita de Getúlio Cortes), apostou na latinidade caribenha de Olhos de raposa (a contribuição de Jorge Mautner) e dançou o Boogie woogie do rato (Denis Brean). ...Sweet Edy... é disco pop glam de pegada roqueira, evidenciada na inédita de Roberto e Erasmo, Claustrofobia, música com mais jeito de Erasmo do que de Roberto. De Moraes Moreira, Edy Star ganhou rock à moda do grupo Novos Baianos, Pro que der na telha, composto por Moraes com o parceiro letrista Luiz Galvão (1937 – 2022). Relançado em CD em 2011 e reeditado no formato original de LP em 2019, com toda pompa em ambas as ocasiões, o álbum ...Sweet Edy... é assumidamente gay. "...Para um bom entendido / Meia cantada basta", avisou Star em versos de Bem entendido (Renato Piau e Sérgio Natureza). Mesmo que o cantor fosse falso (Edy sempre foi mais performer) e que as canções não fossem tão bonitas assim. o disco ...Sweet Edy... ganhou status e prestígio da MPB por tudo o que representou naquele momento de ditadura. É um disco em que a atitude desbundada valia mais do que a música em si. O segundo álbum solo de Edy, Cabaré Star, lançado em 2017, é disco mais interessante do ponto de vista musical do que ...Sweet Edy... (1974), mas não tem a importância e a aura do álbum de 1974, ano em que o brilho de Edivaldo Souza pôs um pouco de glamour na música brasileira. Veja Mais
Morre Edy Star, estrela que iluminou o universo glam brasileiro nos anos 1970
Cantor deixa disco inédito com músicas de Raul Seixas e lega obra que inclui álbuns feitos com a liberdade e a ousadia que pautaram o artista. Edy Star (1938 – 2025) morre em São Paulo (SP), aos 87 anos, dias após acidente doméstico Andres Costa / Divulgação ♫ OBITUÁRIO ♪ A estrela de Edivaldo Souza (10 de janeiro de 1938 – 24 de abril de 2025) se apagou na madrugada de hoje, mas o brilho de Edy Star permanecerá na história da música brasileira como o primeiro artista glam do universo da MPB. Baiano de Juazeiro (BA), o cantor sofreu acidente doméstico há dias e morreu em hospital de São Paulo (SP), aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda. Edy Star deixa álbum inédito, gravado no ano passado com o repertório de Raul Seixas (1945 – 1989) e a participação do cantor Edson Cordeiro. Revisitar a obra do roqueiro conterrâneo foi amarrar as pontas de uma história que, em 1971, juntou Edy Star com Raul, Miriam Batucada (1947 – 1994) e Sérgio Sampaio (1947 – 1994) na gravação do álbum Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das 10, título anárquico da discografia brasileira, cercado de lendas sobre a feitura e a edição. Ícone gay da contracultura brasileira, Edy Star manteve hasteada a bandeira da liberdade desde a infância e adolescência passadas na Bahia natal até os últimos anos vividos em São Paulo (SP) em rota existencial que destacou a vinda do artista para o Rio de Janeiro (RJ), cidade onde o performático intérprete barbarizou na década de 1970 em shows em boates da marginalizada região central. Foi também no Rio que Star gravou e lançou em 1974 o primeiro álbum solo, ...Sweet Edy..., com músicas inéditas de medalhões da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Roberto Carlos em parceria com Erasmo Carlos (1941 – 2023). Em ...Sweet Edy..., Star mergulhou no universo do glam rock gringo, mas com o sabor tropical do Brasil e da América Latina. Aliás, Edy é parceiro de Gilberto Gil em Procissão (1965), um dos primeiros sucessos de Gil. O artista conseguiu o crédito de coautor da música nos anos 2010 após acordo com Gil. Edy Star também transitou pela Espanha, país onde morou por quase duas décadas. Na volta ao Brasil, o cantor retomou a discografia com a edição, em 2017, do álbum Cabaré star, produzido por Zeca Baleiro com Sérgio Fouad. Neste disco de teatralidade dionisíaca, o artista cantou com Caetano Veloso, Ney Matogrosso – cantor que de certa forma abriu portas no mercado para o Edy Star, em 1973, com a postura libertária do trio Secos & Molhados – e Filipe Catto. O último álbum de Edy, Meu amigo Sérgio Sampaio (2023), foi lançado há dois anos e reconectou o artista a um universo de marginalidade no qual ele sempre esteve mergulhado de forma mais ou menos profunda. Como artista, Edy Star ecoou a irreverência do teatro de revista e a espirituosidade dos cabarés, rompendo rótulos e expressando a liberdade que exercitou nos 87 anos de vida, a ponto de ter sido gay assumido na Bahia dos anos 1950, época em que a homossexualidade era praticada dentro dos armários. “Depois de duas tentativas de suicídio e um câncer, tudo é lucro”, contabilizou o artista em entrevista para o documentário Antes que me esqueçam, meu nome é Edy Star (2024), dirigido por Fernando Moraes. Artista multimídia, Edy Star também brilhou no rádio, na televisão e no teatro, sempre buscando ousadia estética. A música foi somente um dos veículos encontrados pelo artista para exercitar a liberdade na vida louca vida. Veja Mais
Globo 60 anos: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em Goiânia, em Goiás
Nesta quarta-feira (23), Renata Vasconcellos apresentou o Jornal Nacional da casa da família Soares. Veja como foi. 60 anos da TV Globo: Renata Vasconcellos vai à casa de uma família de Goiânia Na semana de aniversário de 60 anos da Globo, o Jornal Nacional visita cada região do Brasil. Nesta quarta-feira (23), Renata Vasconcellos esteve na casa da família Soares em Goiânia, no Centro-Oeste do Brasil. Eles receberam a equipe de uma forma muito acolhedora na manhã desta quarta-feira (23), mesmo sem saber que o Jornal Nacional seria apresentado por lá. No vídeo acima, veja como foi a visita. LEIA TAMBÉM TV Globo completa 60 anos; veja matérias comemorativas Globo 60 anos: jornalismo celebra conexão com o Nordeste, região que ensina o Brasil a enfrentar e a superar dificuldades Globo prepara supershow para comemorar os 60 anos Globo reúne jornalistas e revela novidades da comemoração dos 60 anos da emissora Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em Goiânia, em Goiás Jornal Nacional/ Reprodução Renata Vasconcellos vai à casa de uma família em Goiânia, em Goiás Jornal Nacional/ Reprodução Veja Mais
Hits e prêmios em ofícios do governo: como produtora convenceu secretaria do Rio a apoiar show de Lady Gaga
Com menções a 'Abracadabra' a 'Die With a Smile', documentos enfatizam o impacto cultural da cantora. Lady Gaga em 'Poker Face' Reprodução/YouTube Para convencer o governo do Rio de Janeiro a disponibilizar uma verba de R$ 15 milhões em um show da Lady Gaga, a produtora Bonus Track Entretenimento mencionou o impacto da cantora na música mundial, entre outros argumentos. O show acontecerá no dia 3 de maio, na Praia de Copacabana. "Lady Gaga é ganhadora de 14 prêmios Grammy e um Oscar de melhor canção original com 'Shallow'", justifica um dos documentos, enviado pela Funarj (Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro) a Rodrigo Abel, secretário do gabinete do governador Cláudio Castro (PL). "Em 2022, [Gaga] realizou um show da turnê 'Chromatica Ball' para 55.000 pessoas em Nova Iorque e para 78.000 pessoas em Paris. Seu novo single 'Abracadabra' quebrou o recorde de maior audiência mensal já alcançada por uma artista feminina, ultrapassando 124 milhões de ouvintes mensais nas plataformas de streaming." O documento cita ainda o videoclipe de "Abracadabra", enfatizando que havia ultrapassado 84 milhões de visualizações. O sucesso estrondoso de "Die With a Smile", feat de Gaga e Bruno Mars, também é mencionado: "[A canção] liderou a Billboard Hot 100 por cinco semanas e alcançou o nº 1 na Billboard Global 200", diz o texto em referência a rankings de audiência musical. Além dos hits de Gaga, o documento fala do "aspecto social e o impacto no Turismo do Rio de Janeiro e no comércio que este evento poderá trazer". Em outros documentos enviados ao governador, a Bonus Track solicitou "apoio logístico e de estrutura", além dos R$ 15 milhões já citados. Também falou de ações sociais da Gaga, como a defesa da causa LGBTQIA+ e combate a Aids. Feito pela Prefeitura do Rio, o estudo "Potenciais Impactos Econômicos do Show da Lady Gaga no Rio" projeta que a apresentação da cantora deve movimentar R$ 600 milhões para a cidade, 27,5% a mais do que a passagem de Madonna pelo Rio em 2024. Show de Lady Gaga, no Rio, deve movimentar R$ 600 milhões e superar show de Madonna ano passado Veja Mais
‘Daniel, decidi te expor’: Gloria Groove e MC Daniel são multados após transtorno com QR Code em avenida
Banners enigmáticos que simulavam 'exposed' amoroso eram anúncio de parceria musical e infringiam a Lei Cidade Limpa, informou a prefeitura de São Paulo. 'Daniel, decidi te expor': cartaz espalhado na Radial Leste lança parceria entre Gloria Groove e MC Daniel Arquivo Pessoal Os artistas Gloria Groove e MC Daniel receberam uma multa no valor de R$ 10 mil cada após infringirem a Lei Cidade Limpa ao espalharem banners divulgando uma nova parceria musical, informou a Secretaria Municipal das Subprefeituras nesta quinta (24). Nos últimos dias, quem passava pela Radial Leste na capital paulista se deparava com banners enigmáticos que simulavam um 'exposed' amoroso: "Daniel, você nunca mereceu o amor que eu te dei. Por isso decidi te expor", anunciava a mensagem acompanhada de um QR Code. Quem mirava a câmera do celular no recado para acompanhar a fofoca, mordia a isca de uma jogada de marketing: o código impresso na faixa levava à divulgação de uma parceria musical entre os artistas. Gloria Groove e MC Daniel Bruno Gordilho Gabriel Rostey, pesquisador em urbanismo pela FAU-USP e sócio-diretor da CULTURB, explica que a faixa se configura em um anúncio publicitário a partir do momento em que o QR CODE direciona o usuário para a parceria entre os artistas. "Como todo o texto é uma espécie de teaser, uma isca para provocar a curiosidade das pessoas e fazer com que acessem QR Code que comunica a parceria musical, toda a extensão da faixa configura uma propaganda em área externa", explica. Ao g1, a Secretaria Municipal das Subprefeituras informou que retirou, ainda na quarta-feira (23), as faixas instaladas nos locais mencionados. "Foram aplicadas duas multas, no valor de R$ 10 mil cada, aos responsáveis pela infração. A medida está amparada na Lei Cidade Limpa (14.223/2006) que não permite a instalação de "banners", faixas ou qualquer outro elemento em obras públicas de arte, tais como pontes, passarelas, viadutos e túneis, visando chamar a atenção da população para ofertas, produtos ou informações que não aquelas estabelecidas em lei." O g1 procurou pelas assessorias de Gloria Groove e MC Daniel, que não se pronunciaram até o momento. O que diz a Lei Cidade Limpa? Criada com a intenção de diminuir a poluição visual e regulamentar propagandas, a Lei Cidade Limpa está em vigor desde 2007 na capital. Completou 18 anos em setembro do ano passado, enfrentando falhas de fiscalização, permitindo que comércios descumpram a lei sem punição. Entre as determinações, a Lei Cidade Limpa prevê: Anúncios em vias públicas só são permitidos em mobiliários urbanos ou equipamentos autorizados pela prefeitura; A altura das letras de um anúncio não pode ultrapassar 20 centímetros; O avanço máximo de um anúncio sobre a calçada é de 15 centímetros; A placa do anúncio deve estar a uma altura mínima de 2,2 metros do solo; O estabelecimento não pode ter mais de um anúncio indicativo; O anúncio indicativo pode ser colocado em um totem, mas deve estar dentro do terreno do imóvel.; Anúncios na fachada de mercados, por exemplo, não são permitidos, mas são comumente vistos em diversas regiões da capital. Quando entrou em vigor, em 1º de janeiro de 2007, na gestão Gilberto Kassab, a multa para quem descumprisse as regras era de R$ 10 mil. Até hoje, o valor nunca foi alterado. Veja Mais
Ana Castela, Paulinho da Viola e João Gomes estão no lineup do show de 60 anos da TV Globo
O público reviverá momentos icônicos da TV Globo, além de cantar junto dos artistas, que se apresentarão em feats. Atrações musicais confirmadas no ‘Show 60 anos’, da TV Globo Divulgação Em clima de aniversário, a TV Globo terá um megashow para celebrar seus 60 anos. A apresentação, que reúne vários artistas, será na segunda-feira (28) à noite, após a novela "Vale Tudo". Entre as atrações confirmadas, estão, IZA, Ana Castela, Simone Mendes, Maiara e Maraisa, Zezé Di Camargo e Luciano, Lauana Prado, João Gomes, Joelma, MC Cabelinho, As Frenéticas, Rosana, Negra Li, Roupa Nova, Alexandre Pires e Paulinho da Viola. O show também trará nomes do jornalismo, esporte e entretenimento da emissora. Com direção artística de Antonia Prado e direção de gênero de Monica Almeida, o Show 60 anos vai trazer boas histórias e grandes talentos. O público reviverá momentos icônicos da TV Globo, além de cantar junto dos artistas, que se apresentarão em feats. O Show 60 anos tem direção artística de Antonia Prado e direção de Dennis Carvalho, João Monteiro, Henrique Sauer, Gian Carlos Bellotti, Renan de Andrade e Marcelo Amiky. A produção é de Bárbara Maia, Natalia Daumas e Matheus Pereira. O roteiro é Carlyle Junior, Alberto Renault, Leonardo Lanna, Ricardo Linhares e Juan Jullian. A direção de gênero é de Monica Almeida. Veja Mais