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CCJ do Senado adia análise de proposta que retoma cobrança do DPVAT

G1 Economia Governo busca acordo para aprovação do projeto, que enfrenta resistências entre senadores da oposição. Se aprovado, texto libera o Executivo a gastar cerca de R$ 15 bi neste ano. Governo federal planeja recriar o DPVAT Jornal Nacional/ Reprodução A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou nesta quarta-feira (24) a análise do projeto que retoma o seguro para vítimas de acidente de trânsito, conhecido como DPVAT. Se for aprovado, o texto também permitirá a ampliação em cerca de R$ 15 bilhões dos gastos do governo em 2024 (saiba mais). O adiamento da discussão foi sugerido pelo líder do governo na Casa e relator da proposta no colegiado, senador Jaques Wagner (PT-BA). O projeto deve voltar à pauta da CCJ daqui a duas semanas. O texto enfrenta resistências entre parlamentares da oposição (leia mais detalhes sobre a proposta). Sessão do Congresso O governo contava com a aprovação da proposta na CCJ e pelo plenário do Senado ainda nesta quarta. Isso antes da realização da sessão conjunta do Congresso – prevista para a esta noite – na qual devem ser analisados vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O entendimento é que o trecho do projeto do DPVAT que permite a ampliação de gastos do governo poderia compensar a perda orçamentária com a derrubada de um veto de Lula a R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão. Na última semana, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), chegou a anunciar um acordo prévio para liquidar a análise do projeto ainda nesta quarta. Na abertura da sessão, no entanto, Alcolumbre reconsiderou uma medida que previa um prazo mais curto para análise do texto. Ele justificou a mudança com a decisão que retirou a urgência constitucional do projeto. E também levou em conta a não aprovação nesta terça (23) de um requerimento para acelerar a análise da proposta, com votação diretamente plenário principal da Casa. Nos bastidores, a avaliação é que a retirada de pauta do projeto e o adiamento da análise fazem parte de um movimento para postergar a sessão do Congresso. Na terça (23), de acordo com interlocutores, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), chegou a pedir ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que adiasse a sessão dos vetos. Pacheco condicionou o adiamento à chancela de parlamentares da Câmara dos Deputados, que estão reunidos nesta quarta para avaliar a pauta do Congresso. No início da manhã, auxiliares do presidente do Congresso afirmaram que havia “50% de chances” de adiar a reunião destinada à análise dos vetos. O senador ainda não bateu o martelo. Seguro obrigatório Senado Federal analisa volta de cobrança do Seguro DPVAT; entenda projeto de lei A proposta que retoma o DPVAT foi aprovada pela Câmara dos Deputados no início deste mês. Segundo a proposta, o instrumento passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT). A contratação será obrigatória para todos os proprietários de carros e motos. A cobertura do SPVAT poderá pagar indenizações por: morte invalidez permanente, total ou parcial e reembolso de despesas com assistências médicas, serviços funerários e reabilitação profissional das vítimas Os valores das indenizações e do seguro não são definidos na proposta e devem ser estabelecidos em regulamentação posterior. A gestão do SPVAT será da Caixa Econômica Federal. Com a nova regulamentação, será possível voltar a cobrar o seguro obrigatório de todos os proprietários de veículos automotores e os prêmios serão administrados pela Caixa em um novo fundo do agora denominado Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). Cobrança extinta em 2020 A cobrança do DPVAT foi extinta durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A última vez que os donos de veículos pagaram o DPVAT foi em 2020. Desde 2021, a gestão do saldo remanescente passou da seguradora Líder para a Caixa Econômica Federal. No início deste ano, entretanto, o governo Lula informou que os recursos estavam acabando. Com isso, enviou um projeto de lei complementar ao Congresso para recriar o seguro. Folga de R$ 15 bilhões A pedido do governo, durante a análise na Câmara, foi incluído um dispositivo que, na prática, permite ao governoaumentar os gastos em 2024, em um valor cerca de R$ 15,7 bilhões. A medida modifica o novo arcabouço fiscal. Pela regra em vigor, o Planalto só pode abrir o crédito suplementar se a avaliação das receitas for positiva no relatório do Orçamento do segundo bimestre, programada para 22 de maio. No texto aprovado pelos deputados, o governo poderá antecipar o crédito, com base na primeira avaliação bimestral de receitas e despesas, divulgada no dia 22 de março. Veja Mais

Os riscos do trabalho noturno para a saúde: 'Quem trabalha à noite não tem mais vida'

G1 Economia Estima-se que 10% dos brasileiros trabalhem à noite. Estudos apontam que essas pessoas correm mais risco de sofrer de doenças cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais, diabetes, câncer e problemas de saúde mental. Estima-se que 10% dos brasileiros trabalhem à noite GETTY IMAGE / via BBC Simone Camargo trabalha há três anos como motorista de aplicativo madrugada adentro. Até março de 2024, ela começava a dirigir às 16h e só parava cerca de 12 horas depois, em torno das 4h. Entretanto, desde que começou a fazer a jornada noturna, passou a ganhar peso e a se sentir cada vez mais cansada. "Digo que quem trabalha à noite não tem mais vida". "Você dorme sete horas durante o dia, mas o sono não rende igual o noturno". Segundo Claudia Moreno, pesquisadora do departamento de Saúde e Sociedade da Universidade de São Paulo (USP), que estuda os impactos da jornada noturna na saúde do trabalhador, os efeitos que Simone sente em sua saúde por trabalhar à noite não são incomuns. "Assim como a coruja é habituada com a noite, o ser humano é com o dia." "Dormir é essencial para a saúde, assim como beber água, comer e praticar atividade física", diz a pesquisadora, que também é porta-voz da Associação Brasileira do Sono (ABS). Moreno explica que o ciclo circadiano, sistema temporal interno do nosso organismo chamado popularmente de relógio biológico, é alinhado com a alternância entre o dia e a noite, o claro e o escuro. Assim, ao trabalhar à noite, ocorre uma inversão do padrão natural de atividade e repouso. Em regra, explica a pesquisadora, essa inversão teria que ocorrer também com o padrão de todas as funções do organismo, como a liberação de hormônios e as enzimas que auxiliam na digestão. A questão é que a velocidade de ajuste ao "novo" horário não ocorre da mesma forma para todas as funções do organismo. "A temperatura corporal, por exemplo, leva dias para alterar seu padrão, isto é, a pessoa trabalha com a temperatura do corpo adequada para dormir e não para exercer qualquer atividade", diz Moreno. Consequências para a saúde No Brasil, estima-se que 10% dos trabalhadores atuem na jornada noturna. O último grande levantamento do tipo realizado, em 2016, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 6,9 milhões de trabalhadores brasileiros trabalham nesta jornada. Lais Aparecida Marques, de 36 anos, é uma delas. Ela faz a cobrança em um pedágio do trecho rodoviário da SP-255, em Itaí, no interior de São Paulo, e dá expediente das 22h às 6h. "No começo, a dificuldade foi com a adaptação do sono e do meu corpo entender a mudança do novo hábito", conta Lais. "Tinha a impressão de que o sono de dia era mais leve, menos profundo." Isso ocorre porque o sono diurno não é igual ao noturno: dorme-se menos durante o dia e o sono é de pior qualidade, explica Moreno. O trabalho noturno também pode fazer com que um trabalhador não consiga dormir a quantidade mínima de horas que o corpo exige. (Leia abaixo sobre os direitos dos trabalhadores com carteira assinada que trabalham no período noturno) Segundo Francisco Cortes Fernandes, presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), uma pessoa adulta precisa de seis a oito horas de sono por dia. O problema é que uma pessoa que trabalha à noite tende a dormir menos, visto que a vida social "não trabalha à noite". "A pessoa que trabalhou a noite vai ficar acordada para levar o filho à escola ou para fazer tarefas comuns do dia a dia”, aponta Ada Ávila Assunção, professora de saúde pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Isso gera menos horas de descanso e, consequentemente, cochilos involuntários, o chamado sono inoportuno, sensação de cansaço e desânimo. Além disso, um trabalhador noturno dificilmente dorme tudo que precisa em um único período e parcela o sono em duas ou mais ocasiões durante o dia. "Com isso, essa pessoa continuará com um débito de sono, que a longo prazo contribui para o desenvolvimento de doenças, especialmente, as relacionadas com o próprio sono, como a insônia, por exemplo", aponta Moreno. Menos sono, mais doenças Pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil apontam que trabalhadores noturnos correm mais risco de sofrerem de doenças cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais e metabólicos (diabetes tipo 2; síndrome metabólica); câncer (mama, próstata e colorretal); problemas de saúde mental e relacionados à reprodução. Segundo Ada Ávila Assunção, professora de saúde pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), isso acontece devido o corpo enfrentar o paradoxo de ter de funcionar quando está em baixa produção de elementos fundamentais para aquelas funções. "Para se ter uma ideia, estudos mostram que enfermeiras que trabalham à noite durante ao menos dois anos apresentam 81% mais risco de desenvolver hipertensão arterial quando comparadas àquelas que trabalham durante o dia", ressalta Assunção. Outro estudo realizado por pesquisadores franceses, publicado na revista científica International Journal of Cancer, mostrou que mulheres que trabalham em jornada noturna também apresentam mais chances de desenvolver câncer de mama. A explicação é que a iluminação artificial do período noturno pode afetar o funcionamento da glândula pineal, responsável pela produção de melatonina, e reduzir a produção desse hormônio. Isso porque a melatonina, que tem um papel crucial em regular o ciclo de sono, é fabricada pelo organismo na ausência de luz. "Por sua vez, a supressão da melatonina aumenta a produção de estrogênio. Quando esse hormônio aumenta, a chance de câncer de mama aumenta também", explica Moreno. Enfermeiras que trabalham a? noite apresentam mais chance de desenvolver hipertensão arterial, diz estudo GETTY IMAGES / Via BBC Esse efeito é ainda mais intenso em trabalhadoras noturnas que enfrentam situações estressantes, segundo o estudo. "Nessas situações, são produzidas substâncias nocivas que tem a ver com a geração de células cancerígenas”, explica Ada. No Brasil, uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) também revelou que profissionais de saúde noturnos têm risco aumentado de sofrerem de sobrepeso ou obesidade. De acordo com o estudo, horários irregulares das refeições combinado com dessincronização do ciclo circadiano, privação do sono e sedentarismo contribuem para o maior risco. Moreno acrescenta ainda que mulheres grávidas não devem trabalhar mais de um turno noturno por semana para reduzir o risco de aborto espontâneo. Em busca de qualidade de vida, a motorista de aplicativo Simone resolveu mudar sua rotina para diminuir a quantidade de horas trabalhadas na madrugada. Agora, começa às 14h e para às 2h. "É uma forma que encontrei de conseguir dormir mais à noite e voltar a fazer coisas que gostava", diz ela. "Antes, minha vida era somente trabalhar e dormir". Quais são os direitos do trabalhador noturno? Os efeitos colaterais do trabalho noturno podem ser sentidos a curto e longo prazo GETTY IMAGES / via BBC No Brasil, a legislação trabalhista proíbe que menores de 18 anos trabalhem em jornadas noturnas, que vão das 22h às 5h. "Essa medida visa garantir não somente a segurança, como o desenvolvimento saudável dos menores", diz Mauricio Nahas Borges, advogado e membro da Comissão da Advocacia Trabalhista da OAB-SP. Borges explica ainda que o trabalhador noturno tem direito a receber um acréscimo de até 20% no valor pago pela hora trabalhada, o chamado adicional noturno. Além disso, se o empregado iniciar sua jornada às 22h de um dia e tiver esta jornada estendida para o período diurno, ou seja, após às 5h, o adicional noturno deve ser pago para todas as horas daquela jornada. Outra diferença é a hora reduzida. Enquanto a hora normal do trabalhador diurno dura 60 minutos, a hora noturna, segundo a lei, nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos. Isso significa que, na prática, ao final de uma jornada de oito horas, por exemplo, o trabalhador vai receber por nove horas trabalhadas, acrescidas do adicional de 20%. Segundo Francisco Cortes Fernandes, da ANAMT, essas regras trabalhistas visam mitigar os impactos da jornada noturna na saúde do empregado. "Além dessas medidas, também é importante evitar jornadas de trabalho noturnas prolongadas e mais de três turnos noturnos consecutivos", alerta Fernandes. Por que algumas pessoas se sentem cansadas o tempo todo? Emprego: 10 dicas para usar o LinkedIn e conquistar a vaga dos sonhos em 2024 O que é o cronotipo - e por que você precisa saber qual é o seu Veja Mais

Com 300 páginas, projeto com regras da reforma tributária deve chegar ao Congresso nesta quarta

G1 Economia Secretário extraordinário da Fazenda para o tema, Bernard Appy não quis adiantar conteúdo. Reforma foi aprovada em 2023; definição das regras é meta do Executivo para este ano. O governo federal deve enviar ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (24) o primeiro e mais abrangente projeto para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo, aprovada no ano passado. O envio foi confirmado nesta terça (23) pelo secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy. A equipe econômica, no entanto, mantém sigilo sobre os detalhes do texto. Appy afirmou que o projeto já finalizado tem cerca de 500 artigos e uma série de anexos. Segundo ele, há oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas para o futuro, por exemplo. "Fizemos opção de fazer essa construção conjuntamente com os estados e municípios, pois estamos tratando de dois tributos que terão a mesma legislação. Não teria sentido fazer uma proposta do governo, sem considerar os estados e municípios. Nesse processo, buscamos ouvir o setor privado. Seria o ideal colocá-los em consulta pública, mas o prazo do Congresso acabou virando uma limitação", afirmou o secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda. Esse projeto principal, explicou o secretário, traz as regras gerais do IBS e CBS (os impostos sobre o consumo federal, estadual e municipal), além dos regimes específicos para as empresas e, também, a proposta para o imposto seletivo. Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo; um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. "Desenho que está sendo feito é para dar segurança às empresas, fechar brechas de sonegação. Para o bom pagador, vai melhorar. Para o mau pagador, eu espero que fique pior. Não posso entrar em detalhes. Há simplificação, o que é fundamental para a gente, a não cumulatividade está totalmente garantida dentro do desenho que está sendo construído", afirmou Appy, do Ministério da Fazenda. Como a Reforma Tributária vai simplificar a definição de preços Entenda a regulamentação As linhas gerais da reforma tributária sobre o consumo foram aprovadas pelo Congresso Nacional no ano passado, após décadas de discussão no Legislativo. Pontos importantes, como o fim da cumulatividade (cada setor paga o seu imposto, se creditando do que foi pago na etapa anterior), cobrança dos impostos no destino (onde os produtos são consumidos, após uma longa transição), simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto aprovado indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É a chamada regulamentação da reforma -- que o governo deve começar a enviar ao Legislativo nesta semana. ???? Para entender: leis complementares servem para regulamentar dispositivos específicos da Constituição. A aprovação depende de número menor de votos, em comparação às PECs — 257 deputados (em dois turnos) e 41 senadores (em somente um turno). O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Reforma Tributária: Congresso tem 180 dias para detalhar funcionamento na prática Entre esses temas, estão: ??Definição das alíquotas necessárias dos IVAs federal, estadual e municipal, assim como do imposto seletivo, para manter a carga tributária estável. Estimativas do governo apontam que a alíquota padrão (para setores sem benefício) pode chegar a 27%, o que seria uma das maiores do mundo. ??Deliberação sobre quais itens serão incluídos na cesta básica, que contará com isenção dos futuros impostos sobre consumo federal, estadual e municipal. Quanto maior for a lista de produtos da cesta básica com alíquota zero, maior tende a ser a alíquota padrão (cobrada dos setores sem benefícios). ??Determinação de quais produtos e serviços poderão contar com alíquotas reduzidas. A PEC traz as categorias que serão beneficiadas com alíquotas reduzidas, mas o benefício terá de ser detalhado, em lei complementar, por bens e serviços. Quanto mais produtos beneficiados, maior terá de ser a alíquota padrão (para setores sem benefício). ??Regimes específicos de tributação para o setor financeiro, incluindo o ramo de seguros, além de combustíveis para operações com imóveis (incorporação, aluguel, imóveis residenciais e comerciais). Se esses setores contarem com tributação menor do que atualmente, tende a haver impacto na alíquota dos demais setores. ??Produtos que terão cobrança do imposto seletivo — apelidado de "imposto do pecado" —, criado para desestimular produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Armas e munições também seriam taxados pelo imposto, mas o trecho foi barrado pelos deputados na votação dos destaques (sugestões de alteração do texto) no segundo turno. ??Funcionamento do "cashback", a devolução de parte do imposto pago às famílias de baixa renda. Lei complementar definirá quem poderá receber o benefício, como ele será pago, e quais bens e serviços seriam objetivo de devolução de imposto. ??A criação do Fundo de Desenvolvimento Sustentável dos Estados da Amazônia e do Amapá, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a diversificação das atividades econômicas na região, também será regulamentada por meio de lei complementar. ??Lei complementar também trará as regras de um regime fiscal favorecido para os biocombustíveis e para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, para que tenham tributação menor que de combustíveis fósseis. Veja Mais

Brasil volta a ranking de 25 países mais atrativos para investimentos

G1 Economia Levantamento da consultoria Kearney foi feito em janeiro deste ano, antes da piora na perspectiva de redução de juros nos EUA e da mudança da meta fiscal brasileira. País está na 19ª posição entre os que mais devem atrair recursos nos próximos três anos. Painel mostra variação de mercado na B3, em São Paulo. Amanda Perobelli/Reuters O Brasil voltou ao ranking mundial de países mais atrativos para investimentos. É o que mostra o Índice de Confiança para Investimento Estrangeiro Direto, realizado anualmente pela consultoria Kearney. A pesquisa realizou as entrevistas com empresários em janeiro deste ano. O país aparece na 19ª colocação entre as 25 nações mais bem avaliadas por executivos das principais empresas do mundo. Em 2022, o Brasil figurou na 22ª colocação. Em 2023, não apareceu na lista. O levantamento considera as perspectivas de investimentos dos empresários para os próximos três anos. Ou seja, quanto melhor a posição, mais provável a intenção dos executivos de aplicar recursos no país. São entrevistados os executivos de empresas com receitas anuais iguais ou acima de US$ 500 milhões. Ao todo, as companhias estão sediadas em 30 países e abrangem todos os setores. Pelo fato de a sondagem ter sido realizada no início do ano, a percepção dos investidores naquele momento acabou deixando de lado fatos importantes para a tomada de decisão do empresariado. De lá para cá, ganharam o noticiário questões como o aumento das tensões entre Israel e Irã no Oriente Médio, a mudança da perspectiva de queda de juros nos Estados Unidos e os novos capítulos sobre meta fiscal do governo brasileiro. (entenda mais abaixo) A liderança do ranking ficou com os Estados Unidos, a principal economia mundial. Os norte-americanos encabeçam a lista há 12 anos. A segunda colocação neste ano ficou com o Canadá, seguido pela China, pelo Reino Unido e pela Alemanha. Veja a o ranking completo: EUA Canadá China (inclui Hong Kong) Reino Unido Alemanha França Japão Emirados Árabes Unidos Espanha Austrália Itália Singapura Suíça Arábia Saudita Suécia Nova Zelândia Portugal Índia Brasil Coreia do Sul México Taiwan Polônia Argentina Dinamarca Segundo o relatório, o entusiasmo dos investidores com o Brasil tinha relação com o anúncio do ministro dos Transportes, Renan Filho, em setembro de 2023, de que o país esperava atrair cerca de R$ 180 bilhões em investimentos privados para projetos ferroviários e rodoviários para os próximos três anos. A afirmação do ministro, citada pela consultoria Kearney, foi feita durante uma viagem de Renan Filho a Lisboa, em Portugal, para a apresentação de projetos a investidores europeus. Na ocasião, Renan Filho afirmou que o governo deverá investir cerca de R$ 80 bilhões até 2026, enquanto os investimentos do setor privado podem atingir o dobro. A ferrovia Transnordestina, em construção há 15 anos, poderia ser a chave para essa expansão, segundo o ministro. O que mudou? O principal: desde a última decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), foram divulgados novos dados da economia norte-americana que indicaram um mercado de trabalho aquecido e aceleração da inflação no país. Como resultado, o mercado já não espera uma redução dos juros americanos em um futuro próximo. Quando os juros estão elevados por lá, a rentabilidade das Treasuries, os títulos públicos norte-americanos e os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país. Com dados fortes vindos dos EUA, os investidores estrangeiros já haviam retirado mais de R$ 20 bilhões da bolsa brasileira no primeiro trimestre, segundo dados da B3. Considerando abril, já há saldo negativo acumulado de US$ 29 bilhões neste ano, conforme levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. Em reportagem no fim de março, analistas ouvidos pelo g1 atribuíram a situação majoritariamente a fatores externos, mas também às intervenções do governo federal em empresas de peso no índice de ações trouxeram prejuízo extra ao país. RELEMBRE AQUI. A situação já havia levado muitos dólares para os Estados Unidos, mas a cotação da moeda norte-americana explodiu quando o governo brasileiro anunciou uma mudança das metas fiscais para os próximos anos. No dia 15 de abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou uma redução de meta para um déficit zero em 2025. A previsão do ano passado, usada pelos investidores para a análise, era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A alteração da meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. Na prática, o mercado financeiro não vê com bons olhos o afrouxamento do novo arcabouço fiscal e acaba tirando investimentos do país. Países emergentes Além do ranking geral, a pesquisa da consultoria Kearney também traz uma avaliação de confiança para investimento estrangeiro nos países emergentes. Nesse grupo, o Brasil ocupou a quinta posição, atrás da China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Índia. Veja abaixo: China (inclui Hong Kong) Emirados Árabes Unidos Arábia Saudita Índia Brasil México Polônia Argentina Tailândia Malásia África do Sul Indonesia Filipinas Chile Egito Turquia Romênia Vietnã Costa Rica Peru Colombia Hungria Uruguai República Dominicana Omã Veja Mais

Combate a trabalho escravo e compromissos ambientais: pecuaristas aderem a projeto que busca frear desmate no Cerrado

G1 Economia Grandes frigoríficos e grupos varejistas devem seguir regras de práticas socioambientais na criação de gado. Os índices de desmatamento no Cerrado estão em alta nos últimos meses. Área desmatada no Cerrado Jornal Nacional/ Reprodução O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) lançou nesta terça-feira (23) o Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado do Cerrado, bioma que vem registrando crescentes taxas de desmate nos últimos meses. O projeto define compromissos ambientais para a pecuária no bioma elencando um conjunto de regras feitas por várias organizações para ajudar os fazendeiros a desenvolverem práticas socioambientais na criação de gado. Desde 2020, o Protocolo tem sido desenvolvido por um trabalho conjunto das organizações Proforest, Imaflora e National Wildlife Federation (NWF). Grandes frigoríficos e grupos varejistas alimentares do país - JBS, Minerva, Marfrig, Frigol, Masterboi, Grupo Pão de Açúcar, Carrefour Brasil e Arcos Dourados - já aderiram à iniciativa, que recebeu contribuições do WWF Brasil, empresas de alimentos, compradores, do Ministério Público Federal, associações pecuárias e membros da sociedade civil. "O Protocolo do Cerrado é uma importante ferramenta para o setor se preparar para as crescentes demandas do mercado para a carne brasileira. É resultado de uma ampla convergência entre varejistas, frigoríficos e sociedade civil para equilibrar os anseios de proteção dos recursos naturais e dos direitos humanos em relação às realidades da produção no campo", disse Isabella Freire, diretora executiva da Proforest, em um comunicado. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no Cerrado, a taxa de desmatamento no primeiro trimestre deste ano atingiu seu pico desde 2019. Comparado a 2023, houve um aumento de 4,1%, com uma área desmatada de 1.476 km² de janeiro a março de 2024, em comparação com os 1.417 km² desmatados no mesmo período do ano anterior. O Governo Federal atribui esse aumento do desmatamento no Cerrado à política de exploração do solo na região que abrange esse bioma. Como vai funcionar o projeto O Protocolo do Cerrado estabelece diversas regras para os produtores, para garantir que eles estão cadastrados corretamente e não desmatando áreas protegidas: Ele leva em conta se há denúncias de trabalho escravo ou embargos ambientais, e verifica se os animais são transportados legalmente. Embora não conceda um selo oficial, o Protocolo ajuda a melhorar como a cadeia de suprimentos é controlada e influencia as decisões de compra de produtos pecuários. As informações dos participantes também serão disponibilizadas online para compradores e investidores, tornando tudo mais transparente. Inspirado no "Boi na Linha" da Amazônia, iniciativa criada em 2019 pelo Imaflora, o Protocolo do Cerrado também busca soluções para a produção sustentável na região. “Utilizamos os cinco anos de experiência para levar a outro bioma soluções que respaldam a produção frente aos mercados mais exigentes, ajudam a consolidar a prática da pecuária sustentável e contribuem para o enfrentamento da crise climática”, detalha o engenheiro agrônomo Lisandro Inakake, gerente de projetos em Cadeias Agropecuárias do Imaflora. LEIA TAMBÉM: Cerrado tem a savana mais rica do mundo, mas é tratado como 'bioma do sacrifício' Mais de 60% das áreas da Amazônia em regeneração voltaram a ser desmatadas, apontam dados inéditos do Inpe Brasil precisa reduzir desmatamento da Amazônia em 48% para cumprir metas do Acordo de Paris, diz Observatório do Clima VÍDEO: Número de queimadas aumenta 59% em 2024 no Cerrado Cerrado: número de queimadas aumenta 59% em 2024 Veja Mais

+Milionária pode pagar R$ 176 milhões nesta quarta-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil O concurso 141 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 176 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (24), em São Paulo. No concurso do último sábado (20), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. Veja Mais

Starbucks Brasil: entenda quais são os próximos passos para a compra da rede de cafeterias

G1 Economia A ZAMP, dona do Burger King e Popeyes no Brasil, apresentou uma oferta não vinculante para a SouthRock, para estudar os documentos da operação do Starbucks no país. A proposta foi aceita e, agora, inicia-se uma etapa de diligência de questões financeiras e legais. Loja da Starbucks Divulgação/SouthRock A marca Starbucks Brasil pode mesmo mudar de mãos em breve. A ZAMP, que opera também as redes Burger King e Popeyes no Brasil, deu o primeiro passo oficial para ser também dona da rede de cafeterias por aqui. Na última sexta-feira (19), a franqueadora fez uma proposta de oferta não vinculante à SouthRock Capital para a possível aquisição dos bens e direitos referentes às operações da rede por aqui. A oferta não vinculante é uma etapa que antecede a aquisição de uma empresa. Nela, a companhia interessada avalia as informações sobre o negócio, verifica as autorizações necessárias para a aquisição e, confirmando-se o interesse, apresenta uma oferta final, para assinatura de contrato. A SouthRock Capital era a responsável por operar as lojas da Starbucks no país, mas está em recuperação judicial desde dezembro do ano passado e perdeu os direitos de uso da marca. As dívidas — inclusive com a matriz americana de cafeterias — passam de R$ 1,8 bilhão. A situação da SouthRock fez surgir a dúvida se a Starbucks encerraria as atividades no Brasil. Mas, em fevereiro, a ZAMP iniciou as tratativas de licenciamento da marca com a própria matriz da Starbucks nos Estados Unidos. Agora, o processo de diligência serve para entender as contas da operação e se é possível aproveitar os ativos que a SouthRock já tem para que a marca comece a operar com novo dono. Embora os termos da proposta da ZAMP à SouthRock sejam confidenciais, o g1 conversou com especialistas que deram algumas pistas do que o mercado pode esperar desse negócio. Nesta reportagem, você vai ver: O que é uma oferta não vinculante As diferenças para uma empresa em recuperação judicial Quais as expectativas para os próximos passos O que diz a ZAMP A operação do Starbucks no Brasil A recuperação judicial da SouthRock O que é uma oferta não vinculante Uma oferta não vinculante é uma espécie de carta de interesse oficial durante um possível processo de fusão ou aquisição. Na sigla em inglês, é chamada de NBO (Non Binding Offer). Por esse documento, a companhia interessada em adquirir determinados ativos ou toda a operação de uma empresa apresenta seu desejo de realizar a compra e pede, em contrapartida, mais informações sobre o negócio, para que seja possível realizar uma diligência. "Fazendo um paralelo com o nosso dia a dia, é como uma negociação de compra de um imóvel. Você assina um termo de compromisso de compra e venda, e pede para ver os documentos. O contrato sai se todos esses documentos seguirem as condições do comprador, como estar tudo regulado, sem protestos", explica Nelson Bandeira, advogado especialista em finanças corporativas da consultoria de fusões e aquisições Magma. No mundo corporativo, essas condições podem variar muito de negócio para negócio, mas Bandeira destaca pontos como quais são as dívidas da empresa a ser comprada e os resultados financeiros das operações, para entender se aquela compra tem potencial para bons retornos. Uma oferta não vinculante pode ou não trazer uma estimativa de preços e forma de pagamento, a depender do que for exigido pelas partes envolvidas na negociação. De maneira geral, esse tipo de oferta não cria uma obrigação de efetivação da compra, mesmo que todos os critérios exigidos pelo possível comprador sejam cumpridos pelo vendedor, destaca Joyl Gondim, sócio da área de fusões e aquisições do Demarest Advogados. No entanto, cada proposta pode apresentar suas particularidades, para que as partes tentem se proteger judicialmente caso o negócio não vá adiante. Os especialistas ouvidos pelo g1 explicam que, em um caso como o do Starbucks Brasil, que envolve grandes empresas e é bastante midiático, existe a possiblidade de as companhias terem firmado um acordo de exclusividade de negociações. Nesta hipótese, a SouthRock se comprometeria a negociar a venda da operação do Starbucks apenas com a ZAMP durante um prazo determinado pelo documento. Bandeira ressalta que, em situações assim, é comum que a oferta também estipule regras e multas. "A vendedora se compromete a dar exclusividade para a possível compradora por certo prazo, sob o risco de pagar uma indenização caso quebre o acordo. Já a outra parte, se mesmo com a diligência mostrando que está tudo certo e dentro dos critérios estabelecidos decidir não comprar, pode ter que pagar uma multa. Tudo vai depender do que for proposto na oferta", comenta o especialista. Já em um cenário mais competitivo, com empresas fora de recuperação judicial, por exemplo, Gondim, da Demarest, afirma que é comum que várias empresas interessadas apresentem ofertas não vinculantes e que, durante os processos de diligência, a própria companhia vendedora tenha que escolher entre os possíveis compradores. "É possível que vários grupos estejam ali correndo em paralelo em uma disputa para ver quem vai fazer a melhor oferta. O principal critério é financeiro, mas não é só sobre quem paga mais. Tem outras condições relevantes, como forma de pagamento ou uma eventual retenção de preço, por exemplo", diz Gondim. Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil As diferenças para uma empresa em recuperação judicial Quando a empresa está em recuperação judicial, a diligência precisa passar, ainda, pela aprovação dos credores. Nelson Bandeira, da Magma, pontua que a venda da operação do Starbucks entra como parte do pagamento das dívidas da SouthRock no processo de recuperação, independentemente da classe de dívida (sejam dívidas trabalhistas ou com instituições financeiras, por exemplo). Por isso, um dos requisitos a serem preenchidos pela empresa em recuperação judicial é conseguir um aval na Justiça dos credores para a possível movimentação do negócio. "Quando você tem uma oferta dessa dentro de uma recuperação judicial, a empresa vai ter que ir ao processo, falar com o juiz e com o comitê de credores para que eles também aprovem essa possível venda. Isso vai integrar o plano de recuperação judicial", diz Bandeira. Os especialistas explicam que os credores podem se opor a uma eventual venda caso considerem que o negócio não seja interessante financeiramente. Outro ponto de destaque é que, em uma recuperação judicial, a negociação durante a etapa da oferta não vinculante pode deixar boa parte das dívidas (ou passivos) da operação com a empresa vendedora. Em geral, quando não há recuperação, é comum que a compra envolva tanto os ativos quanto os passivos da companhia. No caso do Starbucks, Joyl Gondim, do Demarest, destaca que a autorização para uma possível transção tem que passar também pela matriz da empresa no exterior. Número de empresas em recuperação judicial sobe no país Quais as expectativas para os próximos passos Mesmo sem a obrigação da compra por meio de oferta não vinculante, a expectativa dos analistas para o caso Starbucks é que a negociação deve avançar. Basta que a diligência da ZAMP confirme os números e não haja impeditivos. Não há uma regra que determine o tempo de duração de uma oferta não vinculante, mas os especialistas afirmam que as questões costumam se resolver, em média, entre 90 e 180 dias. Se a ZAMP decidir continuar com a compra, o próximo passo será apresentar uma oferta vinculante, que é a proposta final, com valores, forma de pagamento e outras condições acertadas entre as empresas. "Na oferta não vinculante, a empresa vai colocar uma expectativa de valor e de como o processo seria conduzido, com base nas estimativas que se tem no mercado", pontua Gondim. Só depois de todas as checagens que a possível compradora bate o martelo no preço que aceita pagar. Se chegarem a um acordo, ZAMP e SouthRock devem assinar contrato e, então, a operação do Starbucks no Brasil passaria para o controle da dona do Burger King e Popeyes no país. O que diz a ZAMP A informação da oferta não vinculante à SouthRock foi confirmada pela ZAMP em um comunicado ao mercado. "A Companhia iniciará uma diligência nos Ativos Starbucks Brasil a fim de confirmar seu interesse na aquisição dos referidos ativos e apresentar uma oferta vinculante", disse a ZAMP, em nota. "As partes se comprometeram a envidar esforços para, caso a Companhia apresente uma proposta vinculante, negociar e celebrar documentos definitivos detalhando os termos e condições da aquisição dos Ativos Starbucks Brasil, a qual estará sujeita aos procedimentos da recuperação judicial, na forma da lei e à celebração de contratos definitivos com a Starbucks Corporation, além de outras condições suspensivas usuais em operações dessa natureza", finaliza a empresa. O g1 procurou a ZAMP para mais informações sobre o assunto, mas a companhia disse que está em período de silêncio e não vai comentar. A operação do Starbucks no Brasil As primeiras notícias sobre o interesse da ZAMP nos direitos de operar o Starbucks no Brasil começaram em fevereiro, com o início das tratativas da companhia com a matriz americana da rede de cafeterias. A SouthRock, que é operadora, também, da Subway e Eataly, perdeu o direito de usar a marca da Starbucks. Em seu pedido inicial de recuperação judicial, a SouthRock chegou a afirmar que a continuidade da operação da Starbucks no país seria essencial para a manutenção das atividades do grupo e sua reestruturação. Por isso, pediu a suspensão da rescisão de contrato com a matriz. A Justiça, no entanto, não aceitou o pedido. Recuperação judicial da SouthRock Segundo a própria SouthRock, a situação vinha se deteriorando desde 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19. Naquele ano, as vendas do grupo despencaram 95%, seguidas por uma queda de 70% em 2021 e de 30% em 2022. A empresa disse que suas operações foram prejudicadas, entre outros pontos, pela alta instabilidade no país, pela volatilidade da taxa de juros e pelas constantes variações cambiais. "Motivo pelo qual a plena recomposição de seu fluxo de caixa ainda não foi atingida", escreveu a empresa no documento de recuperação. "Foi este o cenário que, lamentavelmente, gerou essa crise sem precedentes da empresa após o estado de calamidade pública instaurado". Meses depois de começar a recuperação judicial do Starbucks no Brasil, a SouthRocks também entrou com um pedido, em março, de proteção das dívidas referentes à operação da Subway no país. O valor da dívida é estimado em R$ 482 milhões. Veja Mais

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Após reunião com Haddad, relatora confirma limite de R$ 15 bi para gastos com programa de incentivo a setor de eventos até 2026

G1 Economia Segundo Renata Abreu (Podemos-SP), líderes partidários da Câmara fecharam um acordo com ministro da Fazenda para reformular o Perse. Votação de proposta deve ocorrer nesta terça. Deputada Renata Abreu, relatora do projeto que reformula programa voltado ao setor de eventos Luis Macedo/Câmara dos Deputados O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e líderes partidários da Câmara chegaram a um acordo para votação do projeto que reformula Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O anúncio do entendimento foi feito pela deputada Renata Abreu (Podemos-SP), relatora da proposta. Com isso, a Câmara deve votar ainda nesta terça-feira (23) o texto que limita as despesas com o programa até 2026 ao valor de R$ 15 bilhões. O montante disponível começará a contar a partir deste mês de abril. A duração do programa será, portanto, limitada de duas formas: ao atingir o valor de R$ 15 bilhões ou ao chegar em dezembro de 2026. O valor de R$ 15 bilhões para o Perse até 2026 já havia sido anunciado pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) nesta segunda-feira (22). Redução das atividades beneficiadas Programa se recuperação para o setor de eventos vai ser mais restrito, diz Míriam Leitão A relatora do projeto também anunciou que as atividades econômicas beneficiadas pelo programa serão reduzidas das atuais 44 para 29. O programa foi criado durante a pandemia de Covid-19 como forma de socorrer o setor de eventos, um dos mais atingidos pelas medidas de isolamento social do período. A relatora também anunciou que há acordo entre os partidos para que não sejam feitas alterações ao projeto com votações de trecho separadamente, os chamados destaques. "Com a redução drástica de atividades de 44 para 29, o programa atende o número que o governo espera", disse a relatora logo após reunião entre deputados e o ministro Haddad. "Estamos discutindo agora a prestação de contas com uma periodicidade, então a Receita tem que publicar bimestralmente os números por atividade que estão sendo utilizados pelo Perse, uma prestação de contas." Veja Mais

Comissão do Senado aprova redução do Imposto de Renda para taxistas e motoristas de aplicativo

G1 Economia Medida reduz de 60% para 20% o percentual de tributação sobre os ganhos com corridas. Proposta deve seguir para votação na Câmara dos Deputados. Motorista de aplicativo Uber Dan Gold/ Unsplash A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, por unanimidade , nesta terça-feira (23) um projeto que, na prática, reduz a cobrança do Imposto de Renda sobre ganhos de motoristas autônomos com o transporte de passageiros. A medida contempla, por exemplo, taxistas e motoristas de aplicativo. O texto diminui o percentual de tributação do IR — de 60% para 20% — sobre os rendimentos obtidos pelos motoristas. Em acordo com o Ministério da Fazenda, o relator da proposta, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), propôs compensar a perda de arrecadação, em 2024, com um aumento de 0,1 ponto percentual na tributação sobre bancos e instituições financeiras (entenda mais abaixo). Também a pedido do governo, Petecão inseriu no projeto que o benefício para os motoristas valerá somente por cinco anos. Aprovada em caráter terminativo, a proposta deverá seguir para análise da Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para análise no plenário principal do Senado. Atualmente, taxistas e motoristas de aplicativo têm um desconto de 40% sobre a tributação dos rendimentos no Imposto de Renda. A legislação permite que as categorias informem somente 60% do valor que obtiveram com as corridas — quando a soma ultrapassar a faixa de isenção do IR (atualmente em R$ 24.511,92 anuais). O benefício surgiu como forma de compensar gastos dos motoristas autônomos com, por exemplo, manutenção do veículo e combustível. A sobra — isto é, os 40% descontados — é reconhecida como isenta e não tributável na declaração. A medida aprovada pela CAE nesta terça amplia, portanto, esse desconto para 80%. Pela lei, o benefício é somente aplicado aos ganhos obtidos com o transporte de passageiros e não pode ser utilizado em outras fontes de renda do motorista. Em seu parecer, Petecão argumentou que o novo percentual de tributação representa com “maior fidedignidade a receita livre de custos auferida pelos motoristas autônomos”. “Parte substancial do faturamento [dos motoristas] é utilizada para pagar os elevados custos associados ao serviço que presta, como gasolina, manutenção com revisões, troca de óleo e pneus etc. além do custo financeiro associado à aquisição do veículo”, escreveu. Autor da proposta, o presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), afirmou que a medida vai beneficiar cerca de 1 milhão de motoristas de aplicativo, 400 mil taxistas e 300 mil mototaxistas. Motoristas de app: projeto prevê remuneração mínima Perda de arrecadação Já prevendo a aprovação da proposta pela Câmara e eventual sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda em 2024, o Ministério da Fazenda propôs mecanismo para compensar a perda de arrecadação do governo com o benefício neste ano. Segundo a pasta, anualmente, a ampliação do desconto no imposto poderá levar a uma perda de R$ 57 milhões nos cofres da União. O mecanismo previsto no texto para compensar os valores perdidos é a elevação de 0,1 ponto percentual nas alíquotas da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) aplicadas sobre seguradoras e instituições financeiras; e de bancos. Pelo projeto, até o fim de 2024, a CSLL passará: de 15% para 15,1% sobre seguradoras e instituições financeiras e de 20% para 20,1% sobre bancos O aumento na cobrança da CSLL somente entraria em vigor depois de três meses da eventual sanção de Lula, respeitando o princípio tributário da chamada "noventena". A partir de 2025, as compensações deverão ser contempladas e previstas nas leis orçamentárias anuais. Veja Mais

Armazenagem de grãos: entenda os desafios para conter déficit no país diante de produção crescente

G1 Economia Volume produzido pela agricultura cresce mais de 10 milhões de toneladas por ano, mas capacidade de estocagem não chega à metade. Representante setorial estima investimento anual de R$ 15 bilhões para conter diferença. Silo de armazenamento de grãos no campo Divulgação A produção de grãos como soja, milho e feijão no país cresce, em média, 10,9 milhões de toneladas por ano, mas o incremento na capacidade de guardar todo esse volume que projeta o Brasil no exterior não chega nem à metade dessa evolução, com 4,8 milhões. Estratégica para evitar desperdícios, reduzir custos e aumentar a competitividade no exterior, a armazenagem de grãos é um dos principais desafios do setor agrícola brasileiro, que atualmente lida com um déficit total de aproximadamente 120 milhões de toneladas. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Algo que passa principalmente por investimentos, afirma Paulo Bertolini, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (CSEAG/Abimaq). "O principal fator associado ao déficit de armazenagem é a falta de investimento em estruturas de processamento e armazenagem de grãos. Essa falta de investimento que acompanha o crescimento da agricultura brasileira, essa dinâmica formidável que é agricultura brasileira, não tem acontecido nas últimas décadas", afirma. O setor de silos e de armazenagem é um dos que movimentam negócios na Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio, com projeção de receber 200 mil pessoas e resultar em pelo menos R$ 13,2 bilhões em contratos. O g1 tem uma página especial com a cobertura do evento. Milho está entre os principais grãos plantados no verão Gilson Abreu/AEN Produção x armazenagem de grãos O Brasil fechou o ciclo 2022/2023 com 320,1 milhões de toneladas de grãos, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em alta de 17,4% sobretudo por ganhos de produtividade e com destaque para o milho, responsável por mais de 60% da área cultivada. Para o período entre 2023/2024, a projeção mais recente prevê uma queda de 8%, com uma produção de 294 milhões de toneladas. Ainda assim, a atual capacidade de armazenamento é insuficiente. Segundo informações compiladas pela CSEAG em relatório divulgado no fim de março, até o ano passado o potencial de estoque era de 201 milhões de toneladas. Sem investimentos significativos, a tendência é de que essa diferença continue a subir. "A projeção continua acima de 100 milhões de déficit de armazenagem. Não tem nada, nenhum indicativo de que isso mude." Os atuais valores reproduzem uma tendência observada nos últimos anos (veja gráfico acima) em que a diferença entre o que o Brasil produz e consegue armazenar apenas aumentou. Em 2017, por exemplo, o déficit era de 59 milhões de toneladas, ou seja, três vezes e meia menor do que o atual. Com grão a mais e armazéns de menos, a saída, para produtos como o milho, é deixar o excedente a céu aberto, o que representa prejuízos, tanto com desperdício na quantidade quanto com a perda de qualidade. "O Brasil cresce em média 10 milhões de toneladas na sua produção todos os anos, enquanto a capacidade estática de armazenagem de grãos cresce apenas metade disso, ou seja 5 milhões toneladas. Dessa forma, a cada ano que se passou nas últimas décadas o Brasil cresceu no seu déficit de armazenagem 5 milhões de toneladas", analisa Bertolini. Maior safra de grãos da história e preços baixos da soja e do milho resultam em armazéns lotados e toneladas de milho expostas a temperaturas elevadas, a possíveis chuvas e a ataques de insetos e roedores COOAVIL/ Divulgação LEIA TAMBÉM Plano Safra: lideranças do agro pedem R$ 36 bilhões para investimento em máquinas agrícolas em 2024 ‘Sisteminha’: projeto de incentivo a agricultura familiar transforma quintal em miniatura de fazenda O raio-X da armazenagem de grãos É justamente na região que mais produz grãos no país, o Centro-Oeste, onde o déficit é mais acentuado, com 84 milhões de toneladas. Dos 162,4 milhões de toneladas produzidos, apenas se consegue armazenar 78,4 milhões de toneladas, ou seja, 48%. "Os maiores déficits de armazenagem, proporcionalmente, estão nas áreas de fronteira agrícola, onde a agricultura é mais jovem, onde ela cresceu mais." Nordeste, Sul e Norte aparecem na sequência, respectivamente com 14,7 milhões, 10,4 milhões e 9 milhões. Apenas o Sudeste tem capacidade para armazenar todo o volume que produz, de 30,2 milhões em 2023. Entre todos os estados brasileiros, os que mais têm capacidade de estoque são Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, com volumes que variam entre 31 milhões e 49 milhões de toneladas. De todas as unidades de armazenamento em funcionamento, 84% estão em áreas urbanas e industriais, com destaque para o que está sob controle de tradings, armazenamentos privados e cooperativas, enquanto que apenas 16% ficam nas fazendas produtoras. Paulo Bertolini, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (CSEAG/ABIMAQ) Divulgação/ Abimaq Silos em fazendas e crédito Um dos desafios do setor agrícola é mudar essa proporção. Na visão dos especialistas, as fazendas apresentam uma série de vantagens na armazenagem, sobretudo pela redução de custos. Segundo a CSEAG, os principais benefícios são: elimina custos com transporte e frete, principalmente na safra; reduz custos com eliminação de impurezas e umidade; reduzir perdas, que chegaram a 36 milhões de toneladas em todo o país em 2023; permite um aproveitamento total dos grãos; otimiza a operação da colheita; permite escolher a melhor época para comercialização; elimina o pagamento de taxas de secagem, armazenagem e quebra técnica; diminui perdas com descontos em classificação do produto; oferece garantia de qualidade do produto. Mesmo assim, essa modalidade de armazenamento pouco evoluiu ao longo dos anos. Entre 2010 e 2023, a capacidade saltou de 20,38 milhões de toneladas para 33,22 milhões, uma variação em termos absolutos de 13 milhões que elevou a proporção com relação ao total de 14% para 16% . "Nos Estados Unidos, mais de 60% da capacidade de armazenagem está dentro das fazendas (...). Os Estados Unidos, maior produtor mundial de grãos, consegue armazenar mais do que uma safra e meia. O Brasil não consegue armazenar uma única safra", afirma o representante da câmara setorial na Abimaq. Colheita da soja Jaelson Lucas/Arquivo AEN A ampliação dessa modalidade, bem como da capacidade geral de estoque em todo o país, passa necessariamente por mais recursos financeiros. Nos cálculos da câmara setorial da Abimaq, apenas para equiparar produção e armazenagem são necessários, por ano, R$ 15 bilhões em investimentos. Bertolini explica o cálculo desse montante. "Em média, uma tonelada estática de armazém para grãos custa em torno de R$ 1,5 mil. Isso vai não só em termos de equipamento, mas também todo o serviço de montagem desse equipamento, obra civil, terraplanagem, parte elétrica, frete desse equipamento, tudo isso está nessa conta. Se o Brasil cresce 10 milhões de toneladas em média todos os anos em sua produção agrícola, precisa investir R$ 15 bilhões somente para acompanhar esse nível de crescimento", diz. Uma das principais fontes de incentivo está no Plano Safra, com o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), mas com valores que se esgotaram rapidamente no ciclo 2023/2024 e não tiveram suplementação, segundo Bertolini. "Temos uma indústria de alta capacidade e tecnologia que é reconhecida internacionalmente, uma vez que a gente fornece para 40 países. Para redução do deficit de armazenagem é preciso investimento. Para que haja investimento tem que ter linhas de crédito adequadas com dinheiro suficiente para a demanda e necessidade brasileira", argumenta. Veja mais notícias sobre a Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais

Alckmin diz que é preciso baratear o gás natural e defende 'pente-fino' no setor

G1 Economia Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento defendeu também a importação do gás argentino vindo da reserva de Vaca Muerta. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (22) que o governo precisa fazer um "pente fino" no preço do gás natural. "Quando se tem uma equação muito difícil, não tem bala de prata. Não assim 'olha, pá, resolvi', não. É uma cesta de questões, nós temos que pegar o preço do gás e fazer um pente fino nele", declarou. Alckmin citou a importação do gás natural de Vaca Muerta, na Argentina, como uma das soluções para baratear o preço do gás natural -- que onera a produção industrial intensiva de gás, como a indústria de aço, vidro e outras. O ministro também defendeu a redução do nível de reinjeção de gás natural -- quando o insumo é injetado novamente nos poços para aumentar a extração de petróleo. "É óbvio que tem que reinjetar gás natural para tirar petróleo, mas não precisa reinjetar o que está reinjetando, tem um percentual que dá para tirar", declarou em evento promovido pela pasta e pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC). No evento, o ministro recebeu um estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o mercado de gás natural no Brasil. O documento destaca a necessidade de avanço na regulação da abertura do mercado, com a padronização de contratos e acesso a infraestruturas essenciais. Gás da Argentina Na última quinta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo estuda importar o gás natural produzido na região de Vaca Muerta, na Argentina. Haveria duas possíveis rotas de importação: pela Bolívia ou pelo Paraguai. A rota do Paraguai, segundo Silveira, está em análise. Contudo, o ministro destacou que a ideia "pareceu algo extremamente viável, num primeiro momento". O g1 apurou que o governo estima a entrada de 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com a importação da Argentina. O número é conservador por causa da notícia de interrupção das obras da segunda fase do gasoduto Néstor Kirchner. O gás natural produzido em Vaca Muerta é um "gás de xisto", um tipo de recurso não-convencional. Isso significa que o gás está "preso" em formações rochosas, que impossibilitam a sua fruição sem a utilização de técnicas que estimulem a produção --como a injeção de líquidos. Essa técnica é utilizada nos Estados Unidos, levando o país ao patamar de maior produtor mundial de petróleo e gás natural. Contudo, também é questionada por ambientalistas por causa de possíveis danos ao meio ambiente, como poluição de lençóis freáticos, por exemplo. Comitê de monitoramento Silveira anunciou também que o governo vai criar um comitê de monitoramento de projetos de gás natural, com o objetivo de aumentar a oferta do insumo e reduzir o preço à indústria. A ideia é que, ao acompanhar os projetos e destravar questões de regulamentação e licenciamento ambiental, o governo consiga criar as condições para o aumento da oferta aos consumidores. O comitê será criado a partir de um grupo de trabalho existente, que já estuda as possibilidades de aumento de oferta do insumo, chamado de GT do Gás para Empregar. O relatório desse grupo deve ser entregue na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Veja Mais

Lagosta, bacalhau e foie gras na cesta básica? A polêmica proposta de isentar de impostos itens de luxo

G1 Economia Congresso vai definir lista de alimentos que terão isenção ou desconto, dentro da reforma tributária. Lagosta, item associado ao consumo de luxo, poderia receber uma taxação menor. Getty Images via BBC Os alimentos que devem compor a nova cesta básica nacional — e, portanto, serão menos tributados — viraram motivo de intensa disputa no Congresso Nacional. Uma das polêmicas é a possibilidade de garantir impostos menores até mesmo para itens considerados de luxo — o que, segundo críticos da proposta, beneficiaria principalmente pessoas de maior renda. Uma nova composição da cesta vai ser definida dentro da regulamentação da reforma tributária que deve ser enviada pelo governo federal ao Congresso nesta semana. Serão estabelecidos quais produtos terão isenção total da nova taxa proposta pela reforma e quais terão desconto de 60%. LEIA TAMBÉM: Entenda em 7 pontos a reforma tributária Cesta básica: o que dizem as leis sobre o tema e o que pode mudar com a reforma Governo publica decreto que cria 'nova cesta básica'; veja os grupos de alimentos A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) virou alvo de controvérsia no início de abril após divulgar uma longa lista de itens que considera "elegíveis" para essa nova lista da cesta básica. O documento incluía uma proposta que previa na regulamentação desconto integral de impostos para itens como lagosta, foie gras, ostras, bacalhau e queijos do tipo azul, como o roquefort. Já itens como caviar e champanhe teriam, no documento da Abras, desconto de 60% no novo imposto da reforma tributária. Outro ponto controverso é a inclusão ou não dos chamados ultraprocessados — alimentos que passam por um processamento industrial mais intenso e costumam ter excesso de aditivos químicos, gordura, açúcar e sódio em sua composição, com impactos negativos na saúde. Esse grupo inclui itens baratos, com forte presença na mesa dos brasileiros, como salsicha e margarina. A discussão é importante porque a composição da cesta básica impacta a alimentação e o bolso do consumidor, os interesses da indústria de alimentos e supermercados e a arrecadação dos governos municipais, estaduais e federal. A reforma foi aprovada no ano passado e prevê a unificação de cinco tributos que incidem hoje sobre consumo, sendo três federais (PIS, Cofins e IPI), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS). Após um período de transição, eles darão lugar a um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), modelo usado na maioria dos países do mundo e que tem como uma de suas vantagens evitar a tributação em cascata ao longo da cadeira produtiva. A alíquota do IVA ainda não foi definida, mas a ideia é que ela mantenha a carga tributária sobre consumo no patamar atual, podendo chegar a 27,5%, segundo estimativas iniciais do governo. Itens isentos não terão qualquer incidência dessa taxa caso ela fique, por exemplo, em 27%, enquanto aqueles com desconto teriam alíquota de 10,8%. A expectativa é que o governo encaminhe sua proposta para a cesta básica nesta semana no pacote de regulamentação da reforma. Os próprios parlamentares têm também apresentado sugestões. Diretora-geral do FMI elogia reforma tributária e diz que Brasil teve ação decisiva contra O que pode mudar na cesta básica Hoje, não existe uma cesta básica unificada nacionalmente. O que ocorre é que alguns itens têm isenção ou desconto dos impostos federais, e Estados também costumam desonerar localmente alguns produtos (que podem ser os mesmos ou diferentes daqueles da cesta federal). Apesar do adjetivo "básica", essas cestas já têm hoje uma composição ampla, que inclui diferentes tipos de carnes, peixes, verduras, legumes e produtos processados. Até mesmo itens que têm gerado polêmica no debate atual já recebem algum desconto nos impostos federais, como lagosta, foie gras e trufas. Sua inclusão na nova cesta, porém, poderia ampliar a desoneração sobre esses produtos, ressalta o ex-auditor da Receita Federal Eduardo Fleury, sócio da área tributária do escritório FCR Law. Na sua visão, o fato de itens de luxo terem desconto em impostos hoje não é motivo para estarem na nova cesta básica. "A reforma foi feita para corrigir estas barbaridades", defende Fleury, autor de estudos sobre o tema para o Banco Mundial. Ele nota que, mesmo que alguns alimentos mais caros tenham descontos em impostos federais, eles podem hoje ser tributados nos Estados. Dessa forma, dar isenção total na nova cesta seria reduzir mais os tributos. Na sua avaliação, isso pode nem chegar ao bolso dos consumidores, porque o desconto fiscal tende a ser incorporado na margem de lucro das empresas. "O grande problema disso [aumentar a desoneração] é você repassar isso ao preço. A gente sabe que isso não é repassado", afirma. Defensor de uma cesta básica ampla, o presidente da Abras, João Galassi, rebate o argumento dizendo que o setor é competitivo. Na sua visão, a concorrência entre os supermercados obriga as empresas a repassarem eventuais reduções de impostos. Agronegócio e supermercados são contra cesta básica restrita a 'arroz com feijão' Agência Brasil via BBC "A lista da CBNA [Cesta Básica Nacional de Alimentos] será ampla de modo a conter abrangente diversidade alimentar e, sobretudo, não discriminar contra este ou aquele tipo ou categoria de alimento, ou como sendo, então, uma comida ou bebida 'de ricos' ou 'de pobres' (discriminação grave, mas frequentemente mencionada)", diz trecho do documento da associação. À BBC News Brasil, Galassi diz que a lista foi mal-interpretada, por falha da associação na sua divulgação. Ele ressalta que a reforma tributária aprovada no ano passado pelo Congresso inseriu na Constituição uma definição ampla para a nova cesta, estabelecendo que sua composição "considerará a diversidade regional e cultural da alimentação do país e garantirá a alimentação saudável e nutricionalmente adequada". Dessa forma, diz Galassi, o setor pretendia, no documento divulgado, destacar os itens que seriam "elegíveis", segundo esses novos critérios, para "apoiar o trabalho do Congresso". E afirmou que a Abras ainda está fechando uma lista a ser proposta em parceria com o deputado Luiz Gastão (PSD-CE), presidente da Federação do Comércio do Ceará. "É uma discussão técnica, não é uma discussão populista. Ninguém pode negar que lagosta é saudável e nutritiva, e isso é o texto constitucional. Então, desculpa, muda o texto constitucional", disse. Em meio às críticas, porém, ele diz não apoiar a inclusão de itens mais caros. "[O que foi divulgado] É um estudo para ser utilizado pelo Congresso. Eu, João Galassi, não colocaria lagosta, não colocaria trufa, não colocaria caviar. Eu não colocaria porque eu acho que são iguarias desnecessárias", disse ele à reportagem. Por outro lado, o presidente da Abras defende que itens como filé mignon e picanha entrem na nova cesta básica. "Não vamos abrir mão desse debate. A reforma tributária foi vendida como uma forma de simplificar o sistema. Agora nós vamos pegar um boi, e cada hora que passar no caixa cada pedaço vai ter um imposto. Não faz nenhum sentido e vai gerar sonegação", argumenta, sugerindo que partes mais nobres poderiam ser vendidas de forma fraudulenta como carnes de segunda, para driblar a diferença de imposto. Devolução de impostos: justiça tributária ou populismo? Um argumento de quem defende uma lista ampla para a cesta básica é que reduzir o número de itens contemplados em relação à composição atual poderia aumentar o custo da alimentação no país. Eduardo Fleury reconhece que, a depender dos alimentos que receberão ou não desconto do IVA, alguns podem de fato ficar mais caros. Por isso, ele defende que a redução da lista venha acompanhada do cashback (devolução de impostos) para os consumidores de menor renda. Esse programa existe em alguns países como Uruguai, Colômbia e Canadá e foi adotado de forma pioneira no Brasil pelo Rio Grande do Sul em 2021. "Caviar tem que entrar na alíquota cheia [do IVA] até por uma questão moral. Alguns vão argumentar: 'Ah, mas e se o pobre quiser comer caviar?'. Ele vai lá, compra e recebe o imposto de volta", argumenta Fleury. Defensores de uma lista mais enxuta dizem que isso permitiria ao governo arrecadar mais impostos de pessoas com maior renda, ampliando a devolução aos mais pobres. Assim, argumentam, a reforma tributária sobre consumo serviria também como forma de distribuição de renda. Essa ideia tem sido defendida pelo secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. Segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a atual desoneração de itens da cesta básica pelo governo federal reduziu, em média, o preço dos produtos em 5% e custou R$ 34,7 bilhões em perda de arrecadação para o governo federal em 2023. Esse valor equivalia a cerca de um quinto do gasto no mesmo ano com o Bolsa Família (R$ 175,7 bilhões). Os cálculos da pesquisadora Ana Luiza Barbosa indicam ainda que, em termos absolutos, os mais beneficiados por essa desoneração são grupos de maior renda, porque eles consomem maiores quantidades de alimentos. Por outro lado, nota ela, um aumento dos tributos teria forte impacto sobre os mais pobres, que comprometem proporcionalmente uma parte maior da renda com alimentação. "Se aumentar impostos sobre a cesta básica, isso teria que vir combinado com mais transferência de renda, seja pelo cashback ou por um aumento do Bolsa Família", defende. Segundo o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), vice-líder do governo na Câmara, a reoneração de parte dos itens que hoje estão na cesta básica poderiam render de R$ 16 bilhões a R$ 24 bilhões a mais em arrecadação. "A maneira correta de você diferenciar tributação não é dar alíquota zero para todo mundo", disse Lopes à reportagem. "A maneira correta é você onerar quem tem renda e devolver o dinheiro aos mais pobres." A ideia enfrenta resistência no setor produtivo e no Congresso. Para o deputado Domingos Sávio (PL-MG), presidente da Frente Parlamentar do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS), a proposta é "populista" e provocaria aumento de impostos sobre o consumo de alimentos da classe média. "Quem vai receber o cashback? Se for devolver para pobres e classe média, dá 90% da população", disse à reportagem. O parlamentar tem defendido uma cesta básica ampla. "O imposto que separa o mais pobre do mais rico é o imposto de renda. Esse, sim, tem que ser um imposto mais alto para quem ganha mais e deve ser zero para quem ganha menos", disse em evento no final de março, promovido por frentes parlamentares a favor da desoneração ampliada. "Agora, alimento não deve ter tributação. É assim em boa parte do mundo, e aqui no Brasil é o que nós defendemos." Governo gaúcho passou a devolver ICMS para pessoas de menor renda por meio de um cartão de crédito. Gustavo Mansur/Palácio Piratini via BBC Ultraprocessados deveriam ser mais taxados? Além da controvérsia sobre os itens de "luxo", o Congresso também enfrenta o debate sobre os ultraprocessados. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) é uma das instituições que defendem que estes produtos fiquem de fora tanto das listas de desconto de imposto como da possibilidade de gerar cashback. A instituição propõe, inclusive, que esses itens passem a ter uma tributação maior, por meio do "imposto seletivo". A taxa é prevista na reforma tributária para produtos considerados negativos para a saúde e meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas. Um levantamento do Idec identificou a presença de ultraprocessados em cestas estaduais. No caso de São Paulo, por exemplo, produtos como margarina, biscoitos, linguiças, salsichas e mortadelas recebem isenção de ICMS. Já na Bahia, a lista inclui chás prontos para o consumo, xaropes e refrescos, além de bebidas adoçadas em pó. Segundo a nutricionista Ana Maya, do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, o custo é um fator determinante para as escolhas dos alimentos pela população. "A gente sabe que hoje a má alimentação é um dos principais fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis (como câncer, diabetes, e doenças respiratórias), que são as doenças que mais matam no Brasil", afirma. A Abras se opões a ideia de sobretaxar os ultraprocessados. Para o setor, produtos com maior grau de industrialização deveriam entrar na lista com desconto de 60% do IVA. Nesse ponto, Eduardo Fleury concorda com o setor. Ele acredita que sobretaxar ultraprocessados não vai mudar o hábito de consumo e defende ser necessário investir em campanhas educativas. "Aumentar o imposto não faz a pessoa deixar de comprar (o ultraprocessado), mas ela muda para uma marca mais barata, de pior qualidade", afirma. Veja Mais

Educação Financeira #291: vale a pena comprar um imóvel agora ou melhor esperar os juros caírem mais?

G1 Economia Este episódio traz um panorama do que foi o último ano para o mercado imobiliário e o que a população pode esperar para 2024, além de dicas para quem planeja comprar uma casa. O mercado imobiliário viveu um ano de recordes em 2023. No ano passado, foram mais de 163 mil imóveis vendidos, uma alta de 32,6% em relação a 2022. A alta foi mais acentuada, de 42,2%, entre os imóveis participantes do programa Minha Casa, Minha Vida, com 117 mil unidades vendidas. LEIA MAIS Mudanças no Minha Casa, Minha Vida e juros mais baixos: vai ficar mais fácil comprar um imóvel em 2024? O mercado explica que parte desse avanço está diretamente relacionada ao ciclo de quedas na Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Mas também à mudança de regras do programa social, que incentiva o financiamento mais barato de imóveis. Pensando nisso, este episódio do podcast Educação Financeira traz um panorama do que foi o último ano para o mercado imobiliário e o que a população pode esperar para 2024, além de dicas para quem planeja comprar uma casa. OUÇA O PODCAST ABAIXO: Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja Mais

Produção nos seringais aumenta com temperaturas mais baixas

G1 Economia O noroeste paulista é a principal região de produção do látex em todo o país. O forte da safra coincide com as temperaturas mais amenas e, por isso, a produção deve aumentar daqui em diante. Produção nos seringais aumenta com temperaturas mais baixas Reprodução/TV TEM O noroeste paulista é a principal produtor de látex no Brasil. Basta um corte na árvore e o líquido começa a aparecer. O que é extraído nesta época, corresponde a cerca de 60% de toda a produção anual. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp De acordo com o consultor técnico Guilherme Gazzoni, com as temperaturas mais amenas, entre os meses de março a julho, a safra atinge seu pico de produção. Isso ajuda a recuperar a diferença dos seringais no resto do ano, que pouco produzem devido ao calor. “Quanto mais baixa a temperatura, automaticamente, a planta consegue soltar mais látex na sangria, pois os vasos demoram mais para se contrair. Nos horários mais quentes do dia, ele coagula e para de pingar”, explica. Veja a reportagem exibida no programa em 21/04/2024: Produção nos seringais aumenta com temperaturas mais baixas Em uma propriedade rural de Jaci (SP), são 17 mil árvores seringueiras. Cada uma consegue produzir, em média, 600 gramas por mês. Se a temperatura fosse ideal, a quantidade seria maior, por volta dos 800 gramas. “Trabalhamos sempre com uma meta. E se ela não é atingida, fica difícil para todo mundo que faz parte da produção. A planta não produz. Caindo a temperatura, a planta rende mais, e deixa todo mundo bem. É a projeção que esperamos daqui para frente”, relata Nelson Batista, gerente da fazenda. VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Quina: nenhuma aposta acerta as cinco dezenas e prêmio acumula em R$ 48 milhões

G1 Economia Sorteio ocorreu neste sábado (20). Prêmio é o maior da história. Confira os números sorteados: 01 - 03 - 38 - 63 - 78. Veja abaixo os números do sorteio do concurso 6421 da Quina realizado neste sábado (20): 01 - 03 - 38 - 63 - 78 Veja quantas apostas foram premiadas no concurso 6420: Ninguém conseguiu os 5 acertos, e a premiação acumulou para R$ 48 milhões, o maior da história; 4 acertos: 89 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 11.792,35; 3 acertos: 8.831 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 113,18; 2 acertos: 244.095 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 4,09. Sorteio da Quina, concurso 6421 Divulgação/Caixa O próximo sorteio da Quina acontece nesta segunda-feira (22). Como jogar na Quina Como funciona a Quina Para jogar na Quina, é preciso escolher de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis. Também é possível optar pela Surpresinha da Quina – nesse caso, os números são escolhidos pela Caixa Econômica Federal, que administra a loteria. O valor da aposta e a chance de acerto variam de acordo com a quantidade de números escolhidos: Chances de acerto e valor da aposta São premiadas as apostas que acertarem de 2 a 5 números. A divisão do prêmio é a seguinte: 35% do valor do prêmio entre quem acertou 5 números; 15% entre quem acertou 4; 10% entre quem acertou 3; 10% entre quem acertou 2. O que é a Teimosinha da Quina Na Teimosinha da Quina, o apostador concorre com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos. Volantes da quina Stephanie Fonseca/G1 Sorteio da Quina A Quina tem 6 sorteios semanais, que ocorrem de segunda-feira a sábado, às 20h. O que é a Quina de São João A Quina de São João tem o sorteio realizado uma vez por ano em uma data próxima ao dia 24 de junho, dia de São João. Os prêmios são maiores que os dos concursos regulares. Veja Mais

Cenário externo e 'pautas-bomba' no Congresso pressionam área econômica na busca pelo equilíbrio das contas; entenda

G1 Economia Governo já admitiu que não vai atingir arrecadação prevista e propôs metas mais modestas ao Congresso para 2025 e 2026. Uma piora no cenário político e econômico internacional pressionou a equipe econômica, nos últimos dias, a buscar mais saídas para tentar equilibrar as contas públicas. Pelo menos dois eventos externos preocupam: a expectativa de que os Estados Unidos mantenham os juros altos por mais tempo e novos episódios da crise no Oriente Médio, desta vez envolvendo também o Irã. Os eventos coincidiram com o anúncio, no Brasil, de que o governo não vai conseguir arrecadar o que buscava anteriormente – e, por isso, quer reduzir as metas fiscais (de receitas e despesas públicas) para 2025 e 2026. Apesar de todas essas dificuldades e do ceticismo do mercado financeiro, a equipe econômica tem reafirmado seu compromisso com as contas públicas. "Esse momento atual reforça a necessidade de continuar perseguindo a meta [de déficit zero] em 2024 e a necessidade de ter esse compromisso entre os poderes. Todo esse ruído, e claro que têm fatores de ordem geopolítica com o mercado americano super tenso, tem um efeito grande sobre nós. Até o efeito sobre câmbio mostra que o cenário externo demanda que esse compromisso seja irretratável, que essa sinalização seja reforçada, não só pelo Executivo, mas pelo Judiciário e pelo Legislativo", afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em entrevista ao g1 e à TV Globo nesta semana. Especialistas dizem que é preciso equilíbrio nas contas públicas para que haja confiança A preocupação do governo é de que a liberação de R$ 160 bilhões em gastos adicionais nos próximos anos – efeito da mudança das metas fiscais –, além de um dólar mais alto, devem puxar a inflação para cima. Além do impacto no bolso dos brasileiros, uma eventual alta dos preços acaba contendo a queda da taxa básica de juros pelo Banco Central, atualmente em 10,75% ao ano. Os juros altos são um instrumento da política econômica para enfrentar a inflação. Nesta semana, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já começou a dar recados. Em Washington (Estados Unidos), ele afirmou que que o trabalho da instituição para conduzir a inflação para as metas fixadas ficou mais "custoso e difícil" com a decisão do governo de propor mudanças nas metas fiscais. Analistas de mercado já começaram a ajustar suas expectativas. Em comunicado, a XP afirmou acreditar que o BC reduzirá o ritmo de redução da taxa Selic para 0,25 ponto percentual, recuando de 10,75% para 10,50% ao ano, já na reunião de maio. E que a taxa cairá para 10% ao ano no fim de 2024, e não mais para 9% ao ano. Por conta disso, já prevê um crescimento menor da economia (1,7%, contra a projeção anterior de 2%) em 2024. Vamos perseguir a meta zero, diz Simone Tebet Estratégia da equipe econômica O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou ao g1 nesta semana que, mesmo com a redução das metas fiscais, que liberou espaço adicional para gastos públicos nos próximos anos, será preciso aprovar novas medidas de aumento de imposto ainda neste ano. "Têm medidas [para elevar a arrecadação] que vão ser feitas ainda. Para atingir esses objetivos, temos de continuar perseguindo eles, adotando medidas. Se tivermos uma ruptura no compromisso com a recuperação fiscal do país por qualquer um dos poderes, nós teremos dificuldades nesses objetivos", declarou Ceron. Ao mesmo tempo, a área econômica segue tentando conter as chamadas "pautas bomba" no Congresso Nacional, que aumentam gastos públicos. O governo segue tentando acabar com benefícios fiscais amplos concedidos para o setor de eventos, o chamado Perse, e para a folha de pagamentos dos municípios no Congresso Nacional. Também negocia para reonerar a folha de 17 setores da economia, mas enfrenta resistência dos parlamentares. Nesta semana, uma comissão do Senado aprovou a PEC do quinquênio, que concede um aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço para membros do Judiciário e do Ministério Público. O texto, que seguirá para análise do plenário, pode elevar os gastos públicos em R$ 42 bilhões por ano. "Acho que o cenário posto hoje para o país e para o mundo, inspira cautela e uma serenidade para compreender que não vivenciamos um momento que permita adicionar mais ruído, mais despesas, que coloque mais em dúvida esse processo de recuperação fiscal. O que está acontecendo demanda cautela sob a pena de ter processo de deterioração que vai gerar inflação, menor renda e mais desemprego", disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Além disso, a equipe econômica continua sendo pressionada por servidores, por meio de manifestações e movimentos grevistas, a conceder reajuste salarial neste ano -- o que não está previsto no orçamento -- e a melhorar as propostas para 2025 (cerca de 4,5% até o momento) e para 2026 (mais 4,5%). As negociações estão ocorrendo em mesas diferentes, por categorias. Servidores da educação de mais de 40 universidades e institutos federais estão em greve Haddad antecipou volta dos EUA Diante das dificuldades da agenda para as contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou em um dia seu retorno dos Estados Unidos para o Brasil. Haddad viajou para Washington na última segunda, onde participou de eventos do G20 – grupo das principais economias do planeta, neste ano presidido pelo Brasil – e do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outras agendas. No comunicado, o Ministério da Fazenda informou que a antecipação tem como motivo "a agenda econômica em Brasilia e negociações com o Congresso envolvendo os projetos de interesse do governo". Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 174 milhões

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (20), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.715 da Mega-Sena e 140 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 174 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 100 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (18), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Após reunião com Lula, bilionário Carlos Slim anuncia investimentos de R$ 40 bi no país

G1 Economia Empresário mexicano afirmou que maior parte do capital será empregado no setor de fibra ótica e redes 5G. Lula também se encontrou com executivos da Honda, que anunciaram investimentos de R$ 4,2 bilhões. Lula recebeu o bilionário mexicano Carlos Slim no Palácio do Planalto Ricardo Stuckert/PR Após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dono da companhia de telecomunicações Claro, o bilionário mexicano Carlos Slim, anunciou que a empresa investirá R$ 40 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos. Slim afirmou que a maior parte do capital será empregado nos setores de fibra óptica e redes 5G. “Foi uma conversa ampla e interessante. Estivemos falando de como estão as economias, a do Brasil cada vez melhor, com inflação reduzida. Falamos dos nossos planos de investimento e do interesse que temos de seguir apostando de maneira importante no país”, afirmou Slim após reunir-se com Lula. A Claro faz parte do grupo mexicano América Movil, que conta com empresas como a Telmex, empresa de telecomunicações no México. O Brasil é um dos principais mercados de atuação do conjunto de negócios de Carlos Slim. Segundo o governo brasileiro, na conversa, Lula e Slim trataram sobre a expansão da rede de fibra ótica e 5G no Brasil, falaram de oportunidades de parcerias comerciais no setor de telecomunicações e sobre a melhoria do cenário econômico no Brasil. Ainda segundo o Planalto, o empresário elogiou o controle da inflação e as fortes exportações do Brasil e falou sobre a possibilidade de aumento de investimentos em relação ao PIB no Brasil e México. Ele também ressaltou o aumento de renda e salário mínimo nos dois países e a necessidade de ampliar investimentos em educação. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Leia também: Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Veículos Depois do encontro com o mexicano, o presidente brasileiro recebeu também o presidente da Honda para a América do Sul, Arata Ichinose, e representantes da equipe dele. Ao final, o vice-presidente comercial da empresa no Brasil, Roberto Akyama, anunciou que a empresa investirá R$ 4,2 bilhões na divisão de automóveis brasileira até 2030. Os investimentos da Honda serão concentrados na introdução da tecnologia de veículos híbridos e no desenvolvimento de cadeia de suprimentos-chave para esses modelos. A empresa espera, com esses investimentos, criar 1.700 novos empregos diretos e mais de 3.500 indiretos. Segundo Akyama, a empresa pretende lançar um novo carro no Brasil no segundo semestre de 2025. O executivo afirmou que o automóvel será da categoria dos SUVs compactos, mas não quis dar mais detalhes sobre o modelo. A fábrica de Itirapina (SP) deverá, já a partir da próxima segunda-feira (22), iniciar um segundo turno de produção. Veja Mais

Veja como começar a criar galinha caipira

G1 Economia Manual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Pará fornece dicas sobre instalações e equipamentos, manejo e cuidados com alimentação das aves. Um manual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Pará ensina o que deve ser feito para quem está começando a criar galinhas caipiras. A cartilha fornece dicas sobre instalações e equipamentos, manejo e cuidados com a alimentação das aves. >>>Acesse aqui Veja Mais

Petz e Cobasi anunciam acordo para uma possível fusão entre as companhias

G1 Economia Segundo a Petz, grupo combinado deve produzir uma receita de R$ 6,9 bilhões por ano. Loja Petz em shopping na zona Sul de Ribeirão Preto, SP Arquivo pessoal As redes de lojas de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi acertaram um memorando de entendimento não vinculante para combinarem seus negócios - ou seja, um acordo para uma possível fusão entre as companhias -, anunciou a Petz nesta sexta-feira (19). As duas empresas estão entre as maiores companhias do setor no Brasil e o grupo combinado deve produzir uma receita de R$ 6,9 bilhões, com um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 464 milhões, segundo dados de 2023 citados pela Petz. A companhia afirmou que a relação de troca entre as empresas foi calculada considerando um preço por ação da Petz de R$ 7,10, mais que o dobro do valor de fechamento do papel na véspera, a R$ 3,50. "A operação implicará na união de duas companhias com modelos de negócios e direcionamentos estratégicos similares, com o fortalecimento da omnicanalidade na plataforma combinada, ganho de escala e potencialização da estratégia comercial", afirmou a Petz. O anúncio ocorreu após rumores de uma união da Petz com a rival Petlove, que foram negados no mês passado. O novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 Estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi. A nova empresa será igualmente dividida entre os acionistas da Petz e da Cobasi, com os investidores da Petz recebendo R$ 450 milhões após a conclusão da operação, segundo os termos do memorando de entendimento. Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.714: prêmio acumula e vai a R$ 100 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 16 - 17 - 42 - 45 - 52 - 57. Quina teve 78 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 49,5 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.714 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 100 milhões. Veja os números sorteados: 16 - 17 - 42 - 45 - 52 - 57 5 acertos - 78 apostas ganhadoras: R$ 49.552,51 4 acertos - 4.882 apostas ganhadoras: R$ 1.131,00 O próximo sorteio da Mega será no sábado (20). Mega-Sena, concurso 2.714 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

No Sul, produção de maçã economiza água com a prática do reuso

G1 Economia Propriedade no Rio Grande do Sul aposta no reaproveitamento para aumentar a economia e os benefícios ao planeta. Assista! Divulgação No Sul, produção de maçã economiza água com a prática do reuso Na liderança de uma fazenda localizada na região gaúcha dos Campos de Cima da Serra, onde o forte é a maçã, Sérgio Martins Barbosa investiu não só na qualidade das macieiras, mas também em uma produção mais sustentável. Ele apostou no reaproveitamento de água na propriedade e hoje colhe os frutos dessa decisão benéfica para o bolso e para o planeta. "Com as práticas de reuso de água estamos economizando 1 milhão de litros por dia", comenta Sérgio, dono de uma fazenda em Vacaria (RS). Produzir alimentos, como as maçãs, sem desperdiçar um bem cada vez mais escasso e tão importante para a vida humana é o foco de Sérgio e serve de exemplo para todos cultivos. O sucesso em solo gaúcho inspira as boas práticas ambientais! Veja Mais

Dólar volta a subir e fecha em R$ 5,24, com fiscal e juros dos EUA no radar; Ibovespa tem leve alta

G1 Economia A moeda norte-americana subiu 0,12%, cotada a R$ 5,2497. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou com um avanço de 0,02%, aos 124.196 pontos. Dólar opera em baixa Freepik O dólar voltou a subir nesta quarta-feira (17), após ter passado por um movimento de correção na véspera, em meio à disparada das cotações nos últimos dias. Os principais pontos de atenção dos investidores seguem os mesmos: a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, a piora da percepção de risco fiscal no Brasil e a cautela com o conflito no Oriente Médio. Com isso, investidores devem ficar atentos à participação do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no G20. Falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) também devem ficar no radar, bem como a continuidade da temporada de balanços nos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, inverteu o sinal nos últimos minutos e fechou em leve alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar subiu 0,12%, cotado a R$ 5,2497. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula altas de: 2,51% na semana; 4,67% no mês; 8,19% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana interrompeu um ciclo de cinco altas consecutivas e fechou em queda de 0,50%, cotada a R$ 5,2434. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou com um avanço de 0,02%, aos 124.196 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 1,39% na semana; 3,05% no mês; 7,44% no ano. Na véspera, encerrou em queda de 0,17%, aos 124.171 pontos, no menor nível desde novembro de 2023 (123.166 pontos). Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Sem grandes destaques na agenda do dia, os investidores continuam a repercutir o cenário de juros norte-americanos e os sinais sobre a política fiscal brasileira. No exterior, os novos dados de auxílio-desemprego dos Estados Unidos ficaram estáveis em 212 mil na semana encerrada em 11 de abril, abaixo das expectativas do mercado, que esperava 215 mil pedidos. Apesar do alívio nesses dados de emprego, os demais números da maior economia do mundo continuam fortes — o que aumenta a perspectiva de que o Fed pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Na segunda-feira, por exemplo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. Já na quarta-feira, o Livro Bege do Fed, que mostra um retrato da saúde da economia norte-americana, indicou que a atividade dos EUA expandiu ligeiramente do final de fevereiro até o início de abril, e havia temores entre as empresas de que o progresso na redução da inflação ficasse estagnado. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora a percepção do mercado sobre os juros americanos, mais da metade dos investidores espera que o primeiro corte nas taxas seja só em setembro. Antes, as expectativas eram de que o ciclo de baixas começasse ainda no primeiro semestre. Com isso, falas de dirigentes do Fed, que participam de eventos ao longo do dia, também devem ficar na mira dos investidores. Na última terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. Já o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que "será apropriado manter a atual postura restritiva da política monetária por mais tempo" caso a inflação não desacelere como esperado. No Brasil, o risco fiscal também continua pesando sobre os mercados. Na segunda-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog do Valdo Cruz, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Também na segunda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. Nesse cenário, a participação de Campos Neto e Haddad nas reuniões do G20 nesta quinta-feira também devem ficar sob os holofotes. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. ENTENDA: Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto Por fim, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Há um esforço diplomático internacional, principalmente dos Estados Unidos e Europa, de conter a escalada das tensões, impedindo que Israel responda ao ataque. No entanto, o governo israelense prometeu uma retaliação — fator que continua a ser motivo de tensão entre os mercados do mundo. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano, mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters. O Irã disse, depois do ataque, que tratava a questão como encerrada, mas disse que vai revidar caso haja um novo ataque de Israel. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil. *Com informações da Reuters Veja Mais

'Quero limpar meu nome antes de morrer': A engenheira demitida pela Tesla após denunciar a empresa e que enfrenta Elon Musk nos tribunais

G1 Economia Cristina Balan, ex-funcionária da Tesla, trava uma batalha de uma década com a empresa automotiva de Elon Musk. Cristina Balan finalizou o tratamento de quimioterapia para câncer de mama CRISTINA BALAN via BBC Uma ex-funcionária da Tesla, a empresa automotiva de Elon Musk, enfrenta há uma década o bilionário e a companhia na Justiça — e segue buscando um pedido público de desculpas. A engenheira Cristina Balan era uma estrela em ascensão dentro da Tesla nos Estados Unidos, tanto é que suas iniciais foram gravadas nas baterias de cada carro elétrico Model S. Mas depois de denunciar uma preocupação de segurança relacionada a um erro de design que poderia afetar o sistema de freio dos automóveis em 2014, ela afirma que a direção da companhia se tornou hostil — e ela perdeu o emprego. Ela ganhou um processo de demissão sem justa causa, mas mais tarde foi acusada publicamente pela Tesla de usar seus recursos para um “projeto secreto” dela —– acusação que equivale a peculato, considerado crime pela legislação americana. Balan negou sistematicamente a acusação e tomou medidas legais — mas, anos depois, ela ainda está aguardando que o seu caso seja julgado em uma audiência pública na Califórnia. A Tesla não respondeu aos pedidos de posicionamento da BBC. A empresa nunca forneceu maiores detalhes sobre a acusação. Balan afirma que está determinada a provar sua inocência pelo bem do filho. Ela é mãe solo. “Sou a heroína dele”, diz ela. “Sou a mamãe que faz aviões e carros.” E ela não quer que ele cresça acreditando que sua mãe era uma ladra. Perto do final da nossa chamada por Zoom, Cristina Balan tirou a peruca e, com lágrimas nos olhos, me contou que havia acabado de terminar o tratamento contra câncer de mama. "Quero limpar meu nome. Gostaria que Elon Musk tivesse a decência de pedir desculpas", afirma. As iniciais CB em uma bateria do Model S, da Tesla, em reconhecimento às contribuições de Cristina Balan para o design CRISTINA BALAN via BBC Ela diz que, embora esteja atualmente em remissão de um câncer de mama em estágio 3B, sua maior preocupação é não poder viver para ver o desfecho do processo no tribunal. Balan compartilhou com a BBC News várias comunicações entre ela e a Tesla durante o tempo em que trabalhou lá. Ela começou bem: lembra-se de ter conversado com Musk na fila do almoço na cantina dos funcionários, e diz que era feliz e bem-sucedida. Apaixonada por automóveis desde a infância na Romênia, ela havia realizado um sonho. “Tudo foi para o brejo quando percebi que eles estavam escondendo alguns problemas críticos de segurança”, afirma. Balan estava preocupada com o fato de os tapetes estarem enrolando sob alguns pedais — uma falha de design simples, mas potencialmente fatal —, e disse que os clientes haviam reclamado. “Se você não consegue pisar no freio, outra pessoa, fora do Tesla, pode se machucar”, diz ela. "Eles só tinham que falar: 'Percebemos que os tapetes são ruins — simplesmente tirem eles dos carros.'" Mas os gestores rejeitaram as preocupações dela e tornaram-se hostis, afirma Balan. Ela enviou então um e-mail a Musk, que havia incentivado os funcionários a procurá-lo pessoalmente para esclarecer quaisquer preocupações que pudessem afetar a reputação da Tesla. “Mandei dois e-mails para ele”, diz Balan. “Enviei um antes de sair [da Tesla], dizendo a ele que estávamos todos ameaçados." "Na minha cabeça, eu pensava: 'Ele ainda quer fazer o que é certo para a Tesla.'" Mas não funcionou — e Balan perdeu o emprego. A BBC News apresentou as alegações da ex-funcionária à Tesla, mas não recebeu resposta. O site da empresa diz: “A segurança é a parte mais importante de cada Tesla". “Projetamos nossos veículos para exceder os padrões de segurança." Balan relata que, quando era funcionária, levou suas preocupações sobre segurança ao CEO da Tesla, Elon Musk REUTERS via BBC Outro ex-funcionário da Tesla, Lukasz Krupski , afirmou ter tido uma experiência semelhante, não relacionada ao caso, depois de enviar um e-mail a Musk sobre preocupações com as condições de trabalho na sede da Tesla na Noruega. E Balan diz que outros funcionários da Tesla podem ter “medo de falar”. O processo dela será julgado mais cedo ou mais tarde pelo Tribunal de Apelações do Nono Circuito da Califórnia. É a sua única oportunidade de recuperar sua reputação profissional, acredita Balan. “Não quero desistir da minha carreira”, diz ela. "E eu sei que se não ganhar [o processo], não importa o quão boa eu seja." “Todo mundo vai ver o que a Tesla diz sobre [mim], então minha carreira acabou." "Não quero que isso aconteça." O estilo de liderança de Musk é notoriamente pouco convencional — mas algumas pessoas que trabalharam para ele dizem que ele obtém resultados. Dolly Singh, que trabalhou para Musk na SpaceX entre 2008 e 2013, afirmou anteriormente à BBC News que ele era um “líder incrível”. “Se não fosse esse o caso, ele não estaria realizando as coisas que está realizando”, disse ela em 2022. “Sim, é cansativo trabalhar para Elon. Mas acho que é um treinamento como nenhum outro." O advogado americano Gordon Schnell, do escritório Constantine Cannon, afirma que um número cada vez maior de profissionais da área de tecnologia está denunciando práticas das empresas. Os riscos são muito altos porque os produtos tecnológicos têm “um impacto bastante amplo no mundo”, diz ele. “Realmente, afetam todas as nossas vidas.” Mas o conselho de Schnell, especializado em representar informantes, é explorar todas as opções possíveis antes de tornar pública qualquer denúncia. “Existem muitos canais protegidos em vários setores diferentes que um denunciante pode utilizar, em que pode levar preocupações confidenciais às agências governamentais que sejam mais adequadas para resolver essas preocupações”, destaca. * Reportagem adicional de Philippa Wain. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023 Veja Mais

Pequi assusta por causa dos espinhos mas é 'celebridade' no Cerrado; aprenda a comer do jeito certo

G1 Economia Fruto é conhecido pela polpa amarela e o sabor marcante; saiba mais ouvindo o podcast 'De onde vem o que eu como'. Pequi, piqui, pequiá, piquiá, amêndoa-de-espinho... as formas de chamar são várias, mas todas se referem ao fruto que é um dos queridinhos do Cerrado brasileiro e parte importante da culinária local. Mas ele pode também ser um "vilão" para quem não comer do jeito certo... que o diga o influencer que foi para no hospital depois de morder um: é que o pequi tem espinhos dentro dele. Isso não é motivo para deixar de experimentar a fruta: o podcast "De onde vem o que eu como" ensina como comer sem riscos, inclusive com dicas compartilhadas pelo cantor Luan Santana. ????OUÇA o episódio (acima) e, abaixo, saiba mais curiosidades do pequi. Espinhos do pequi Rede Globo ????Jeito certo de comer Um spoiler: para quem vai comer a fruta, a dica é roer e não morder. Afinal, os espinhos ficam entre o caroço e a polpa. Então, o jeito é roer ou dar dentadas de leve na polpa, ensinou Luan em um vídeo postado nas redes sociais do cantor. No futuro, porém, talvez não seja preciso ensinar mais nenhuma "técnica" para comer a fruta. Isso porque a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem desenvolvido algumas variedades de pequi sem espinhos. A pesquisa começou em meados dos anos 1990, com a produção de mudas por sementes e vegetativas, e hoje existem seis variedades: três delas com espinhos e outras três sem. ?????Pratos típicos Um dos pratos mais famosos é o arroz com pequi, no qual o sabor marcante e aromático do fruto faz uma ótima combinação com o arroz cozido e alguns temperos. Outra preparação popular é o frango com pequi, onde pedaços de frango são cozidos lentamente em um molho, perfumado pelo aroma do pequi. Arroz com pequi, Goiás Reprodução/TV Anhanguera Fruto do pequi, em Goiás Reprodução/TV Anhanguera ????Rico em nutrientes ??Vitaminas: o pequi é uma excelente fonte de vitamina C, que fortalece o sistema imunológico, e a vitamina A, importante para a visão e pele. ??Saúde cardiovascular: a fruta contém compostos antioxidantes e ácidos graxos essenciais, que ajudam a reduzir o aspecto inflamatório. Ela também melhora os níveis de colesterol, quando consumida de maneira equilibrada. ??Digestão saudável: devido ao seu alto teor de fibras, o pequi ajuda a promover a saúde digestiva, prevenindo constipação intestinal e dando uma sensação de saciedade, o que pode auxiliar no controle do peso. É importante lembrar que o consumo do pequi deve ser moderado, devido ao alto teor de gordura presente. Incorporar ele em uma dieta equilibrada e variada pode trazer benefícios significativos para a saúde. "O pequi não é uma opção ideal para pessoas com dietas com baixo teor de gordura devido seu alto teor de macronutrientes", complementa Isolda Prado, nutróloga e professora na Universidade do Estado do Amazonas. Leia também: 5 receitas com pequi para conhecer o fruto típico do Cerrado; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz; Mamão produz látex com propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias; entenda. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o que eu como: salada toma 'banho' com sabão e pode até se 'afogar' De onde vem o que eu como: baunilha De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: banana Veja Mais

É #FAKE página que promete saque total do FGTS

G1 Economia Publicação falsa mente ao falar em saque total do FGTS e oferece ao leitor link para chat que induz a golpe. Circula pelas redes sociais uma publicação que promete saque do total do FGTS e oferece ao leitor um link para consulta e recebimento do valor. É #FAKE. g1 A publicação é intitulada "REVIRAVOLTA no FGTS 2024: Lula autorizou SAQUE TOTAL do FGTS? Saiba agora". Ao navegar pela página, o leitor e convidado a clicar no link: "Verifique se possui valores". Ele recebe a falsa informação de que tem dinheiro a receber -- em um teste feito pelo Fato ou Fake, a página informa que haveria R$ 3.284,72 a receber para saque imediato. A condição: pagar uma taxa de R$ 67. O leitor acaba transferido para uma página que simula ser o site oficial do governo brasileiro (https://www.gov.br/pt-br), mas que tem domínio diferente (começa com https://resgatarsaque.com/) A página é falsa e induz o leitor a um golpe. A Caixa, agente operador do FGTS, alerta que não há nenhuma campanha de saque do FGTS em andamento e que as operações são realizadas apenas por meio dos canais oficiais do banco, como o App FGTS, Internet Banking CAIXA, além das agências físicas. Para evitar fraudes, como no caso descrito, o banco recomenda que não sejam fornecidas senhas ou demais dados de acesso em outros sites e aplicativos que não os oficiais da Caixa. Segundo a Caixa, as hipóteses de saque do FGTS estão elencadas no art. 20 da Lei n° 8.036/90, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Entre elas estão, por exemplo, demissão sem justa causa, aposentadoria e ainda trabalhadores ou dependentes que tenham tido câncer. Veja a lista aqui. A Caixa informa ainda que os procedimentos para o saque do FGTS estão disponíveis para consulta na página da CAIXA na internet ou por meio do Portal do FGTS . Reitera que o cliente deve estar sempre atento a qualquer atividade e situação não usual e, principalmente, não clicar em links recebidos por SMS, WhatsApp ou redes sociais para acesso a contas e valores a receber. É #FAKE que link não oficial permita saque do FGTS Reprodução Fato ou Fake Explica: VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito) Veja Mais

+Milionária, concurso 139: prêmio acumula e vai a R$ 174 milhões

G1 Economia Dezoito apostas que acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo vão levar R$ 36,9 mil cada. Próximo sorteio será no sábado (20). Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil 2 O sorteio do concurso 139 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (17), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 174 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, 18 apostas acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo e vão levar R$ 36.963,04 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 03 - 08 - 25 - 27 - 41 - 43 Trevos: 2 - 5 Os outros ganhadores foram: 4 acertos + 2 trevos - 142 apostas ganhadoras: R$ 1.544,65 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 1.724 apostas ganhadoras: R$ 127,22 3 acertos + 2 trevos - 3.005 apostas ganhadoras: R$ 50 3 acertos + 1 trevo - 18.026 apostas ganhadoras: R$ 24 2 acertos + 2 trevos - 23.810 apostas ganhadoras: R$ 12 2 acertos + 1 trevo - 14.4036 apostas ganhadoras: R$ 6 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (20). +Milionária, concurso 139 Reprodução/Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja no vídeo abaixo como jogar na +Milionária: +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Veja Mais

FMI projeta maior déficit primário e alta da dívida pública no Brasil em 2024

G1 Economia Dívida pública bruta do país deve avançar para 86,7% em 2024. Já o déficit primário deve chegar a 0,6% do PIB este ano. Sede do FMI em Washington Reuters O Brasil deve registrar déficit primário maior que o esperado este ano e ter aumento da dívida pública bruta na comparação com o ano passado, mostraram projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgadas nesta quarta-feira. Segundo o organismo, em seu relatório Monitor Fiscal, a dívida pública bruta do país deve avançar para: 86,7% do PIB em 2024 (de 84,7% em 2023). 89,3% do PIB em 2025, e 90,9% em 2026. O dado é referente ao setor público não financeiro, excluindo a empresa de energia Eletrobras e a estatal Petrobras, e inclui a dívida soberana mantida no balanço do Banco Central. O déficit primário, por sua vez, deve chegar a 0,6% do PIB este ano — previsão acima do esperado pelo fundo em outubro passado, de déficit primário de 0,2% —, recuar a 0,3% em 2025 e somente em 2026 atingir o marco zero. FMI eleva projeção para o desempenho da economia brasileira em 2024 As projeções do FMI são piores do que a meta proposta pelo governo de resultado primário zero para 2025, que gerou temores sobre a questão fiscal no Brasil, dado que a proposta representa uma redução do esforço anunciado anteriormente, que previa superávit de 0,5% do PIB no próximo ano. Nesta quarta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, cumprindo agenda em Washington, disse que é preciso entender como a recente mudança na meta fiscal do governo para 2025 afetará a função de reação da autoridade monetária. O FMI apontou para uma preocupação global com os crescentes gastos fiscais, em um ano em que uma contenção fiscal pode se tornar ainda mais difícil dado o recorde de países realizando eleições em todo o mundo. Veja Mais

Em negociação com sindicatos, Eletrobras propõe retirar vedação a demissão 'em massa' e cortar salários em 12,5%

G1 Economia Caso o novo acordo seja aprovado, a companhia vai poder dispensar trabalhadores em grupo sem apresentar plano de demissão voluntária. g1 tenta contato com a Eletrobras. Logo da Eletrobras, em prédio da estatal no Rio de Janeiro Pilar Olivares/Reuters A Eletrobras apresentou uma proposta de acordo coletivo de trabalho aos sindicatos que prevê, entre outros pontos, corte de 12,5% em salários e a autorização para "demissões em massa", hoje proibidas. As medidas foram propostas durante a renegociação do acordo coletivo, que vence neste semestre – as discussões começaram já em abril. O g1 questionou a companhia sobre a proposta e aguardava retorno até a última atualização desta reportagem. Caso o novo acordo seja aprovado, com a anuência dos funcionário, a Eletrobras vai poder demitir trabalhadores em massa sem apresentar um plano de demissão voluntária -- que garante alguns benefícios àqueles que escolhem se desligar da empresa. Já a proposta de corte dos salários prevista na proposta da Eletrobras vale para os funcionários que recebem até R$ 15,5 mil. Quem recebe esse valor, por exemplo, pode ter um corte de mais de R$ 1,9 mil por mês. A legislação trabalhista atual prevê que salários acima desse patamar podem ser negociados fora do acordo coletivo. O g1 apurou que, ao abrir a negociação, a Eletrobras enviou aos sindicatos uma lista das cláusulas do acordo atual que a empresa "aceitaria" manter na nova versão. A cláusula sétima, que trata das demissões, não está nessa lista. O trecho que a Eletrobras não quer renovar por mais um ano diz que: "Para o período de 01.05.2022 a 30.04.2024 fica definido para as Empresas Eletrobras que as dispensas em massa efetuáveis de uma só vez; as coletivas, realizadas em lotes; e as individuais sucessivas, caracterizadas pelo somatório como massivas, ficarão condicionadas à prévia oferta do plano de desligamento voluntário incentivado, nos termos do parágrafo segundo." Modelo de privatização da Eletrobras é criminoso ao tirar poder de decisão do governo, diz ministro Trabalhadores citam negociação difícil O assunto chegou ao governo federal no início de abril. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu integrantes da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), que reclamaram de dificuldades para negociar com a nova gestão da Eletrobras privatizada. Segundo a coordenadora do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Fabíola Latino Antezana, o sindicato questionou a Eletrobras sobre a redução da folha salarial durante a segunda rodada de negociação. "Questionamos também na proposta uma tentativa de redução salarial sem o que está estabelecido na CLT pós-reforma trabalhista, que traz algumas premissas de redução, entre elas a garantia de emprego. E a empresa foi categórica em afirmar que não há na proposta a garantia de emprego aos trabalhadores", disse. Segundo Antezana, a preocupação dos sindicatos é que, com menos empregados, haja precarização dos serviços prestados pela Eletrobras, de geração e transmissão de energia. "Por isso que, para nós, é tão importante que haja a cláusula da garantia de emprego para evitar essas demissões em massa, que a Eletrobras inclusive já tem, através de seus atos de gestão internos, comunicado a algumas categorias de trabalhadores", declarou. A Eletrobras foi privatizada em junho de 2022. O Estado brasileiro continuou acionista da companhia, embora não tenha mais controle acionário -- ou seja, não pode mais decidir os rumos da Eletrobras. A nova gestão que a assumiu a Eletrobras após a privatização, em uma chapa composta por alguns dos acionistas privados, iniciou um processo de redução de custos e lançamento de planos de demissão voluntária com o objetivo de "enxugar" a companhia. Veja Mais

Brasil perdeu R$ 453,5 bilhões por conta do mercado ilegal em 2022, diz levantamento

G1 Economia Montante reúne, por exemplo, prejuízos com pirataria, contrabando e ligações clandestinas de água e luz. Estudo da CNI será apresentado ao ministro Ricardo Lewandowski. Levantamento de entidades do setor da indústria mostra que o Brasil registrou em 2022 um prejuízo total de R$ 453,5 bilhões com o mercado ilegal. O estudo, chamado “Brasil Ilegal em Números”, foi produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações estaduais das indústrias de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan). O levantamento será apresentado nesta quinta-feira (18) em Brasília ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante seminário na CNI. O montante de R$ 453,5 bilhões, conforme o estudo, abrange os prejuízos com: contrabando; pirataria; roubo; fraude fiscal; sonegação de impostos; furto de serviços públicos. Para o diretor da Fiesp e da Firjan Carlos Erane de Aguiar, os números do levantamento mostram um “desastre nacional”, que atinge diretamente cidadãos e os governos. “A cifra de R$ 453,5 bilhões é um desastre nacional, que atinge todo cidadão, governos municipais, estaduais e União. São recursos que equivalem a todo o Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Santa Catarina, por exemplo. A CNI, Fiesp e Firjan querem chamar a atenção para essa calamidade”, afirmou em comunicado divulgado pela CNI. Máfia dos cigarros falsificados proíbe a venda de contrabando do Paraguai, usando terror “Queremos contribuir para que os governos adotem medidas mais rígidas para combater essa ilegalidade, investindo ainda mais em segurança pública em todo o país”, acrescentou. Segundo o levantamento, dados do Índice Global de Crime Organizado mostram o Brasil na posição de número 171 em um ranking que avalia o mercado de produtos falsificadas em 193 países. Isto quer dizer, ainda conforme o estudo, que a situação do Brasil é “especialmente alarmante”. Impactos diretos De acordo com o levantamento das entidades do setor da indústria, os principais impactos do mercado ilegal incluem: ao menos 15 setores da economia afetados diretamente; cerca de 370 mil postos de trabalho que deixaram de ser gerados nesses setores; R$ 136 bilhões que deixaram de ser arrecadados em impostos; R$ 6,3 bilhões que deixaram de ser arrecadados com os “gatos” de energia, isto é, conexões clandestinas; R$ 14 bilhões que deixaram de ser arrecadados com as ligações clandestinas de água. “ É notório que o mercado ilegal é um problema que afeta não apenas a indústria, mas toda a sociedade, responsável por um ciclo gerador de perdas, danos e violência criminal”, afirma o estudo. “Em suas mais variadas vertentes, o impacto é percebido na economia com perdas equivalentes às riquezas produzidas por estados inteiros, e na sociedade, em especial nas camadas mais carentes, na redução da oferta de postos de trabalho e na piora da qualidade de bens consumidos”, acrescenta o levantamento. Apreensões de contrabando de alho e cebola aumentaram 1.000% neste ano Veja Mais

'Vou tomar um tacacá': caldo de Belém tem mandioca, sabia? g1 explica

G1 Economia Série 'De onde vem o que eu como' mostra o cultivo de um dos alimentos mais consumidos no Brasil desde a época pré-colonial. De onde vem o que eu como: mandioca "Eu vou tomar um tacacá, dançar, curtir, ficar de boa." Esse hit da música brasileira você já deve ter ouvido, mas sabia que o caldo tacacá, popular em Belém do Pará, é feito com mandioca? Também conhecida como macaxeira, aipim ou até pão-de-pobre, dependendo da região — a mandioca está presente na culinária brasileira nos quatro cantos do país desde a época pré-colonial, quando os indígenas a tinham como um dos principais alimentos devido ao seu valor nutricional e facilidade de preparo. Neste episódio da série De onde vem o que eu como, o g1 foi até Ubirajara, interior de São Paulo, entender como a mandioca é produzida, do campo até a sua mesa. Nesta reportagem, você verá que... ????... a mandioca contém cianeto, uma substância tóxica que é removida do alimento durante o cozimento. Quando a quantidade do composto químico é alta, a mandioca é chamada de brava e precisa passar por um cozimento industrial antes de ir para mesa. Quando o nível de cianeto é baixo, ela é chamada de mansa e pode ser consumida após o cozimento simples. ????... e não dá para uma pessoa que não seja especialista diferenciar qual é brava e qual não é só de olhar... Mas o produtor já diferencia na hora da colheita. As folhas da planta, por exemplo, podem indicar qual o tipo. Outra alternativa é experimentar um pedaço pequeno. Se estiver amargo, é de mandioca brava. Mas não convém arriscar. ????Pará, Paraná e São Paulo são os estados que mais produzem o alimento. Em 2023, o Brasil produziu 19 milhões de toneladas de mandioca. Produtor organizando manivas para plantar mandioca Fábio Tito/g1 Produtores colhendo mandiocas Fábio Tito/g1 Mulher está sentada descascando mandioca Fábio Tito, g1 Produtor de mandioca colhendo o alimento Fábio Tito/g1 Créditos do "De onde vem" Coordenação editorial: Luciana de Oliveira Reportagem: Murillo Otavio e Fábio Tito Roteiro: Murillo Otavio e Gabi Gonçalves Narração: Gabi Gonçalves Edição e finalização: Rafael Leal Produção: Murillo Otavio e Giovana Toledo Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli Coordenação de arte: Guilherme Luiz Pinheiro Direção de arte e ilustrações: Luisa Rivas e Gabriel Wesley Marques Motion Design: Veronica Medeiros Fotografia: Fábio Tito Motorista: Ricardo Barbosa Veja como mais alimentos são produzidos De onde vem o que eu como: baunilha Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Bras De onde vem o Maracujá De onde vem o sorvete Água de coco não é tudo igual: veja quais tipos podem ser comercializados no Brasil Veja Mais

Haddad diz que já foi informado sobre quem invadiu sistema de pagamentos do governo

G1 Economia Polícia Federal investiga invasão do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e desvio de dinheiro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (23) que já foi informado sobre quem invadiu o sistema de pagamentos do governo, o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). O ministro não informou a identidade da pessoa. A Polícia Federal iniciou investigações sobre a invasão nos últimos dias. Os trabalhos são tocados por especialistas em segurança cibernética da corporação. A invasão ocorreu a um sistema de autenticação e a partir deste o usuário entrou no Siafi com o cadastro de um usuário real. Supostamente, valores teriam sido transferidos, mas ainda não há informações oficiais sobre desvios de verbas públicas e valores. “Não acredito que esteja completo o ciclo de investigação. Mas ela teve início e parece que um dos responsáveis já foi identificado. Não tenho o nome, nada disso, porque a investigação está sendo feita sob sigilo justamente para evitar que as coisas não cheguem ao fim”, afirmou Haddad. Como mostrou o blog da Daniela Lima, a auditoria aponta que, até aqui, os criminosos tentaram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, em diversas operações ilegais. O ministro, porém, ainda não confirmou essa quantia. “Não sei o valor”, declarou Haddad. Segundo a fonte da PF, o caso começou a ser investigado por especialistas em segurança cibernética da corporação há cerca de duas semanas. A invasão ocorreu a um sistema de autenticação e a partir deste o usuário entrou no Siafi com o cadastro de um usuário real. Após o caso ter sido revelado, o Ministério da Fazenda informou, em nota, que “o episódio não configura uma invasão, mas sim uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular”. Segundo a pasta, “as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema”. Reforma tributária Mais cedo, nesta terça-feira, Haddad participou de encontro com líderes na Residência Oficial da Câmara dos Deputados. Ele disse que discutiu o projeto de regulamentação da tributária que será apresentado nesta semana ao Congresso, mas que não tratou de detalhes da proposta, como alíquotas e composição da cesta básica. “Não fizemos isso, porque o Congresso vai ter o tempo dele para deliberar. Tem alguma margem, como toda lei. Mas nosso entendimento é que está indo uma lei bastante digerida. O trabalho técnico está feito e aí vai ter uma dimensão mais política que o Congresso vai tomar”, declarou o ministro. Haddad reconheceu que o texto pode ter mudanças. “Tirar um item da cesta básica, acrescentar. Essas coisas acontecem”, citou como exemplo. A ideia do governo é finalizar o projeto e entregar à Câmara, por onde a proposta começará a tramitar. Haddad informou que o texto deverá ter quase 300 páginas e que revogará muitas leis em vigor. Ele voltou a prever que a regulamentação da reforma deverá ser sancionada até o fim do ano. Veja Mais

Arrecadação federal atinge R$ 190,6 bilhões em março, maior resultado para o mês em 30 anos

G1 Economia No primeiro trimestre, arrecadação somou R$ 660 bilhões e também bateu recorde histórico para esse período. Números foram divulgados pela Secretaria da Receita Federal. A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 190,6 bilhões em março deste ano, informou nesta terça-feira (23) a Receita Federal. O resultado representa aumento real de 7,22% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 177,7 bilhões (valor corrigido pela inflação). Esse também foi a maior arrecadação já registrada para meses de março desde o início da série histórica, em 1995, ou seja, em 30 anos. A arrecadação recorde de março acontece após o governo ter aprovado no Congresso, em 2023, medidas como: a tributação de fundos exclusivos, de "offshores"; e mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados, entre outros. Nos três primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 660,8 bilhões, o que representa um crescimento real (acima da inflação) de 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado -- quando somou R$ 609,9 bilhões (valores corrigidos). No primeiro trimestre, a arrecadação também bateu recorde histórico para esse período. Especialistas dizem que é preciso equilíbrio nas contas públicas para que haja confiança Mês de março De acordo com dados da Receita Federal, alguns fatores contribuíram para a alta da arrecadação federal em março deste ano: O Fisco confirmou que a tributação de fundos exclusivos ajudou no aumento da arrecadação em março, no valor de R$ 3,38 bilhões, assim como a retomada da tributação integral sobre combustíveis. Com essa tributação, a arrecadação de IR sobre rendimentos de capital teve alta real de 48%, para R$ 10,5 bilhões. O PIS/Pasep e a Cofins tiveram um aumento real de 20,6% na arrecadação, para R$ 40 bilhões em fevereiro, por conta do aumento no volume de vendas e de serviços, assim como pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis – que teve a tributação total retomada. O IRRF - Rendimentos do Trabalho apresentou um aumento real de 3,8%, para R$ 18,02 bilhões, por conta do aumento da “Participação nos Lucros ou Resultados - PLR” (+22,90%), entre outros. Déficit zero A alta da arrecadação está na mira do governo para tentar zerar o rombo das contas públicas neste ano, meta que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas) de até R$ 28,75 bilhões para cima ou para baixo em relação ao objetivo de zerar o rombo neste ano. O objetivo é considerado ousado pelo mercado financeiro, que projeta um rombo em torno de R$ 80 bilhões para 2024. Em 2023, o governo federal registrou um déficit primário (sem contar as despesas com juros) de R$ 230,5 bilhões em 2023. Foi o segundo pior resultado da série histórica, que começa em 1997. Segundo o Tesouro Nacional, o valor alto decorreu, entre outros fatores, do pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios herdados do governo anterior. No começo deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo buscará o "superávit" nas suas contas neste ano, ou seja, arrecadar mais do que gastar. Mas indicou que, se não for viável, não haverá problemas. Para atingir a meta de voltar ao azul em suas contas em 2024, o governo terá de aumentar a receita líquida (após as transferências constitucionais aos estados e municípios) em cerca de R$ 280 bilhões neste ano. O valor consta no orçamento deste ano, já aprovada pelo Legislativo. Para 2025 e 2026, o governo já propôs a revisão das metas fiscais para um resultado positivo menor -- abrindo um espaço de cerca de R$ 160 bilhões adicionais em despesas nos dois anos. A equipe econômica também informou que prevê contas no vermelho até o fim do governo Lula. Mudanças em impostos Em busca do déficit zero neste ano, o governo aprovou, no ano passado, uma série de medidas para aumentar a arrecadação federal. São elas: Volta da regra que favorece o governo em casos de empate no Carf, órgão colegiado responsável pelo julgamento de recursos de empresas multadas pela Receita Federal – com arrecadação esperada de R$ 54,7 bilhões em 2024. MP que altera de tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – com receita esperada de R$ 35 bilhões neste ano. Mudanças no regime dos juros sobre capital próprio, que consiste em uma forma de distribuição dos lucros de uma empresa de capital aberto (que tem ações na bolsa) aos seus acionistas. Tributação de "offshores" e dos dos chamados fundos exclusivos; Taxação do mercado de apostas eletrônicas em jogos esportivos. Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões nesta terça-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.716 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (23), em São Paulo. No concurso do último sábado (20), uma aposta do Rio de Janeiro (RJ) levou sozinha o prêmio de R$ 102 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Após cobrança de Lula, ministros vão priorizar reforma tributária, renegociação de dívidas e programa de veículos sustentáveis

G1 Economia Presidente pediu em evento aberto que ministros se envolvam mais na articulação política para aprovar propostas. Governo tenta se aproximar do Congresso. Após a cobrança pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que ministros se envolvam mais na articulação política do governo, integrantes do primeiro escalão passaram a definir discussões que deverão priorizar ao longo das próximas semanas. Gerson Camarotti: 'Lula entendeu que precisa novamente na articulação política' A cobrança foi feita durante a assinatura da medida provisória que cria o programa Acredita, voltado a estimular a oferta de crédito e a renegociação de dívidas (leia detalhes mais abaixo). “O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, em vez de ler um livro, perder algumas horas conversando no senado e na Câmara. O Wellington, o Rui Costa, passar a maior parte do tempo conversando com bancada A, bancada B”, disse o presidente. A edição da MP acontece num contexto em que o governo do presidente Lula tenta se aproximar do Congresso Nacional, principalmente da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, chamou recentemente o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso, de “desafeto pessoal” – Padilha, por sua vez, disse que não iria “descer a esse nível”. Arthur Lira diz que Alexandre Padilha é ‘desafeto pessoal’ e ‘incompetente’ No Senado, também têm avançado propostas como a do “quinquênio”, que eleva os gastos públicos num momento em que o governo tenta equilibrar as contas públicas. Próximos passos Veja como devem ser os próximos passos dos ministros de Lula em relação à articulação política: Fernando Haddad (ministro da Fazenda): após o evento com Lula, Haddad almoçou com Padilha e com os líderes do governo no Legislativo – Jaques Wagner (Senado), José Guimarães (Câmara) e Randolfe Rodrigues (Congresso). Além disso, incluiu na agenda uma reunião com Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para discutir o envio, ao Congresso, dos projetos que regulamentam trechos da reforma tributária. Wellington Dias (ministro do Desenvolvimento e Assistência Social): à GloboNews, o ministro disse estar “à disposição” para se reunir e dialogar com parlamentares a fim de esclarecer todos os pontos da MP do Acredita. Na avaliação do ministro, o conteúdo da medida provisória está em “sintonia” com a maioria dos parlamentares. Geraldo Alckmin (vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio): já tem dialogado com parlamentares sobre propostas voltadas ao setor industrial e deve intensificar conversas em busca da aprovação do Mover, projeto que prevê incentivos à produção de veículos sustentáveis. Medida provisória Assim que publicada no “Diário Oficial da União”, a MP do Acredita terá força de lei. Precisará, no entanto, de aprovação do Congresso Nacional para se tornar lei em definitivo. O prazo para votação é de 120 dias. Os dois eixos centrais do programa são: estímulo ao crédito e renegociação de dívidas. A MP assinada pelo presidente Lula é focada, principalmente, nos microempreendedores individuais (MEIs) e nos micro e pequenos empresários, além de famílias inscritas no Cadastro Único do governo federal. Com a edição da MP, os parlamentares poderão aprovar o texto enviado pelo governo; aprovar com mudanças; rejeitar; deixar perder validade. Veja Mais

Após 'fritura' do presidente da Petrobras, ministro diz ver 'correção de rumo' na companhia

G1 Economia Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi questionado se a posição de Jean Paul Prates está alinhada às expectativas do Planalto. Petrobras Jornal Nacional/Reprodução O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta segunda-feira (22) que houve uma "correção de rumo" na Petrobras. Silveira usou o termo ao responder se a posição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, era convergente com as expectativas do Planalto. Silveira mencionou o anúncio de Prates, na semana passada, de investimentos previstos no Plano Estratégico da estatal, como a retomada da fábrica de fertilizantes no Paraná. Além disso, segundo o ministro, o presidente da Petrobras citou a política de gás natural. Publicado em novembro de 2023, o plano estratégico da Petrobras prevê a avaliação da retomada de produção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná – cujas "medidas iniciais para a revitalização e futura retomada das operações" foram aprovadas pela companhia no último dia 17. "Eu vinha já há quase um ano dizendo que o Brasil não abriria mão dessas políticas, o que demonstra que nós estamos tendo uma correção de rumo fundamental para o desenvolvimento nacional e [para] cumprir o grande propósito de gerar emprego e renda para o Brasil", declarou o ministro. As declarações vêm depois de um processo de fritura de Prates junto ao Palácio do Planalto, que se intensificou depois da discussão sobre a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras, em março. Crise na Petrobras: Conselheiro analisa momento na estatal  Na ocasião, havia uma orientação do governo para a retenção dos dividendos extras, com pagamento apenas dos dividendos ordinários – que são obrigatórios. Prates havia proposto distribuir metade dos extraordinários, mas foi voto vencido. Ao final, se absteve da votação que represou o pagamento aos acionistas. O posicionamento desagradou o Planalto e a continuidade de Prates no comando da estatal se tornou incerta. Passada a crise, o governo decidiu manter Jean Paul Prates no cargo. Segundo o blog da Julia Dualibi, Silveira vinha conversando com outros ministros sobre a hipótese de Prates permanecer na Petrobras – desde que houvesse uma mudança de postura, mais ajustada aos interesses do governo. Conselho de administração da Petrobras decide propor pagamento dos dividendos extraordinários Dividendos da Petrobras Com a necessidade de o governo aumentar a arrecadação para cumprir a meta fiscal este ano, os dividendos voltaram à pauta do Conselho de Administração da Petrobras. Na última sexta-feira (19), o assunto foi incluído na pauta do colegiado. A diretoria executiva da Petrobras apresentou novos estudos que comprovariam a possibilidade de pagamento de 50% dos dividendos retidos, cerca de R$ 21 bilhões. Segundo Silveira, "há elementos novos, a diretoria apresentou a melhoria da oxigenação financeira da empresa a partir, naturalmente, do aumento do preço do Brent e do aumento do preço do dólar. Isso vai ser considerado". Os acionistas da Petrobras participarão de uma assembleia na quinta-feira (25), em que devem votar sobre a distribuição de dividendos. Veja Mais

Lula lança 'Desenrola' para pequenos negócios e programa de estímulo ao crédito nesta segunda

G1 Economia Governo também vai anunciar empréstimos para abertura ou fortalecimento de negócios administrados por pessoas inscritas no CadÚnico. O presidente Lula em imagem de abril de 2024 MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançará nesta segunda-feira (22) um programa de renegociação de dívidas para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte. A iniciativa — batizada de Desenrola Pequenos Negócios — será apresentada em um evento no Palácio do Planalto, com a presença de ministros e representantes de entidades de estímulo ao empreendedorismo. Segundo o ministro das Micro e Pequenas Empresas, Márcio França, o programa funcionará de forma semelhante ao Desenrola Brasil, que renegociou dívidas de mais de 14 milhões de pessoas físicas. Na última semana, em um evento no Rio de Janeiro, França declarou que as empresas que financiarem os débitos pelo Desenrola terão até seis meses de carência — período no qual não há pagamento de parcelas. Ele não informou qual será o limite de parcelamento. A expectativa, segundo ele, é que as renegociações feitas pelo programa tenham juros abaixo dos praticados no mercado. Márcio França destacou, ainda, que o novo programa deverá refinanciar dívidas obtidas pelos pequenos negócios com empréstimos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), criado para facilitar o crédito e mitigar impactos da pandemia da Covid-19 para pequenos empresários. De acordo com o ministro, as negociações terão garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO) — ou seja, o FGO vai assegurar o pagamento da dívida aos credores, mesmo que não sejam quitadas as parcelas negociadas. Márcio França fala sobre "Desenrola" para empresas Estímulo ao crédito e ao empreendedorismo Além do Desenrola para as pessoas jurídicas, Lula também vai anunciar nesta segunda uma série de iniciativas para estimular o empreendedorismo e o acesso ao crédito no país. As medidas, que serão reunidas no chamado Programa Acredita, têm sido pensadas como forma de aproximar e elevar a aprovação do petista junto a essa parcela da população. Uma das iniciativas pretende facilitar a obtenção de empréstimos para a abertura ou fortalecimento de negócios administrados por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que reúne dados de 95,7 milhões de brasileiros de baixa renda. A expectativa é que as taxas de juros correspondam à metade do que o Pronampe cobra atualmente — ou seja, ficariam em torno de 8% ao ano. Deverá haver um mecanismo para assegurar que o dinheiro emprestado seja utilizado somente para investimentos ou para financiar o capital de giro dos negócios. Também deverão ser oferecidas capacitações e orientações pelo Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Outra iniciativa que deverá ser lançada por Lula é o Procred 360, uma linha de crédito especial para MEIs e microempresas com faturamento anual de até R$ 360 mil. As taxas de juros, segundo o Planalto, serão “competitivas”. O FGO será utilizado como garantia dessas duas modalidades de empréstimos, assim como no Desenrola Pequenos Negócios. O plano deverá incluir incentivos ao crédito imobiliário e também hedge cambial (proteção ao risco da variação da taxa de câmbio dos financiamentos) para quem quer investir em projetos ligados à transição energética. Veja Mais

Clima atrapalha produção de milho branco

G1 Economia Os produtores colhem a safra de milho na região de Itapetininga (SP), mas não é o milho verde tradicional, é o ‘milho branco’, conhecido também como ‘milho canjica’. As plantações sentiram os efeitos do clima. Clima atrapalha produção de milho branco Reprodução/TV TEM Certamente você conhece o milho amarelo, seja na espiga ou em grão. Mas existem variadades de diversas cores, como o branco, utilizado para a produção de silagem e, principalmente, canjica. O sudoeste paulista é o principal produtor do milho branco no estado de São Paulo. Um produtor rural espera colher 750 toneladas do grão nesta safra em Guareí (SP). A produção conta com 250 hectares do cereal cultivados em uma fazenda no município. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Apesar do alto volume, a expectativa está abaixo do cultivo no ano passado, quando safra rendeu 120 sacas de milho por hectare. Neste ano, não deve passar de 50 sacas, redução de cerca de 60%. De acordo com o produtor, o resultado é reflexo da seca, fenômeno observado nos últimos seis anos. Com baixa produtividade, o investimento fica em "xeque". Para driblar os prejuízos, alguns produtores da região têm apostado em alternativas diferentes, como prolongar o período de plantio do milho branco. Técnica que funcionou e deu bons resultados na produção de Guareí. A saída encontrada para proteger a safra e vencer a improdutividade é semear a terra em épocas diferentes. O plantio na fazenda é realizado entre setembro e outubro, e novembro e dezembro. Parte do milho da região que é colhido, vai para uma beneficiadora do interior de São Paulo, onde as espigas passam por diversas etapas até virar o milho da canjica e, até mesmo, fubá. A expectativa da beneficiadora é de que todos os produtos produzidos sejam vendidos para as festas juninas, a partir do mês de maio até agosto. Veja a reportagem exibida no programa em 21/04/2024: Clima atrapalha produção de milho branco VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.715: aposta do RJ leva sozinha prêmio de R$ 102 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 07 - 19 - 25 - 46 - 50 - 53. Jogo vencedor foi realizado presencialmente, em uma casa lotérica na capital fluminense. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.715 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (20), em São Paulo. Uma aposta do Rio de Janeiro (RJ) acertou as seis dezenas e levou sozinha o prêmio de R$ 102.128.925,42. Veja os números sorteados: 07 - 19 - 25 - 46 - 50 - 53 De acordo com a Caixa Econômica Federal, a aposta vencedora foi realizada presencialmente, em uma casa lotérica na capital fluminense. O jogador fez uma aposta simples, de seis números, e optou pela teimosinha. 5 acertos - 145 apostas ganhadoras: R$ 40.570,78 4 acertos - 8.367 apostas ganhadoras: R$ 1.004,41 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (23), com prêmio estimado em R$ 3,5 milhões. Mega-Sena, concurso 2.715 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Mesmo com commodities em baixa, agro brasileiro tem faturamento recorde com exportações; entenda

G1 Economia Volume acumulado com vendas do setor bateu US$ 37,44 bilhões em março. "Momento atual é uma grande oportunidade de fazer negócio", afirma produtor de café do interior de São Paulo. O produtor de café Márcio Luiz Palma Resende, de Altinópolis (SP) Rafael Cautella Cafeicultor de Altinópolis (SP), Márcio Luiz Palma Resende exporta há pelo menos 15 anos para Estados Unidos e Canadá. Para 2024, embora ainda não tenha números precisos, a expectativa é otimista. E não é por menos. O café verde, vendido em grãos, representa um saldo de US$ 2,2 bilhões na balança comercial brasileira, com um aumento de 33% na comparação com o ano passado, e de 42,5% no volume exportado, mesmo com uma baixa de 6,1% no preço das commodities. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp “Estamos começando a sair de um período climático muito complicado e a expectativa é muito positiva para este ano. O momento atual é uma grande oportunidade de fazer negócio para quem exporta café”, afirma. O café produzido por Márcio é apenas uma das culturas que, apesar da desvalorização no mercado internacional, ajudaram o agronegócio brasileiro a bater recorde nas exportações até março deste ano. Esta reportagem faz parte de uma cobertura referente a temas relacionados à Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio, com projeção de receber 200 mil pessoas e resultar em pelo menos R$ 13,2 bilhões em contratos. O g1 tem uma página especial sobre o evento. Nos três primeiros meses de 2024, as exportações do setor atingiram US$ 37,44 bilhões, representando um incremento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. Fevereiro foi o mês com maior aumento, com 19,7%. Isso mesmo com um índice de preços em queda de 11,9%, em que a soja é a cultura mais afetada, com redução de 19% no acumulado de janeiro a março. Outras culturas como o milho, carne de frango e couro também apresentaram recuos significativos, em meio a uma conjuntura marcada por fatores como a desvalorização da moeda brasileira diante do dólar. Em 2023, o agro brasileiro já havia alcançado números recordes, respondendo por 49% das exportações do país. Foram vendidos US$ 166,55 bilhões em commodities, com aumento de 4,8% em comparação a 2022, o que representou US$ 7,68 bilhões a mais naquele ano. Segundo especialistas e o próprio Ministério da Agricultura, a redução nos preços tem sido compensada pela elevação da quantidade exportada pelo Brasil. Um fenômeno observado desde o fim da pandemia da Covid-19. Exportação de grãos Prefeitura de Campo Grande/Divulgação “Além de um período difícil para a economia global, nós estamos ainda em um momento de recuperação de consumo e reforço dos acordos bilaterais, sobretudo com a China. Outro reflexo desse momento é a queda constante no Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação”, explica José Giacomo Baccarin, professor de economia da Unesp de Jaboticabal (SP). Nesse contexto, a diversificação de mercados também conta a favor do país. Além da China, União Europeia, Estados Unidos e Sudeste Asiático estão entre os principais destinos das exportações. Recentemente, o Brasil firmou um acordo com a Coreia do Sul para comercializar subprodutos de origem animal, como farinhas e gorduras de aves. LEIA TAMBÉM Pulverização eficiente, dados precisos, máquinas silenciosas: aplicações de IA são tendência na agricultura Baixa nas commodities, seca, recuo de vendas: quais as projeções do setor de máquinas agrícolas para 2024 “Embora a China continue sendo um grande comprador dos produtos brasileiros, é fundamental explorar novas parcerias comerciais e criar condições atrativas para aumentar a gama de compradores", afirma a professora de economia da Universidade de São Paulo Ana Carolina Rodrigues. Ela ressalta, por outro lado, a importância de os produtores buscarem alternativas para compensar a baixa nas commodities. "A queda está diretamente ligada a uma conjunção de fatores, como a desaceleração econômica global, as políticas comerciais de outros países e até mesmo questões climáticas. É um cenário desafiador para os produtores brasileiros, que precisam buscar estratégias para se manterem competitivos", diz Ana. Para determinadas culturas, o atual desafio está na variação de preços, a exemplo do café futuro, ou seja, que já foi comercializado, mas ainda não foi colhido. “Os estoques internacionais estão muito baixos devido aos baixos volumes exportados no primeiro semestre do ano passado e o café pronto para exportar acaba valendo mais do que o café futuro”, afirma Willian César Freiria, gerente da Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca (Cocapec). Veja mais notícias da Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais

Quina pode pagar R$ 46 milhões neste sábado, maior prêmio da história do concurso

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.421 da Quina pode pagar R$ 46 milhões neste sábado (20). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h deste sábado. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Como funciona a Quina Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5?0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias Veja Mais

Emae, última estatal de energia de SP, é vendida por R$ 1,04 bilhão para Fundo Phoenix

G1 Economia Três consórcios participaram da disputa por 4,7 milhões de ações na sede da Bolsa de Valores nesta sexta-feira (19). A oferta vencedora foi da Phoenix Fundo de Investimentos em Participações Multiestratégia com a oferta de R$ 70,65 por ação. Tarcísio de Freitas participa do leilão na Emae na sede da Bolsa Valores Rodrigo Rodrigues/g1 SP A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), última estatal de energia do estado de São Paulo, foi vendida por R$ 1,04 bilhão para o Fundo Phoenix de Investimentos em Participações Multiestratégia. O leilão de privatização aconteceu na sede da B3, no Centro da capital, nesta sexta-feira (19). A empresa Phoenix Fip Multiestratégia é um fundo de investimento de vários empresários brasileiros, cujo principal acionista é o empresário Nelson Tanure, investidor referência da Light no Rio de Janeiro. Ao todo, foram negociadas 14,7 milhões de ações. Desse total, 14,4 milhões eram de titularidade do estado de São Paulo e outras 350 mil, da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). O preço mínimo definido era de R$ 52,85 por ação. A venda da Emae faz parte do plano de governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) de desestatização. O governo tem previsão de privatizar 13 projetos ao longo de 2024. Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Além do Fundo Phoenix, outros dois consórcios participaram da disputa: EDF Holding, subsidiária da gigante francesa de energia, e Matrix Energy Participações, uma joint venture da gestora Prisma Capital com uma subsidiária do grupo suíço Duferco, segundo informações da Agência Reuters. Após 57 lances, a empresa vencedora arrematou a estatal com a oferta de R$ 70,65 por ação, ou seja, 33,68% acima do valor definido pelo governo de SP. Atualmente, o valor de mercado da Emae é de R$ 2,3 milhões, enquanto sua receita líquida é de R$ 532 milhões e seu patrimônio líquido, R$ 1,16 bilhão. Tarcísio bate o martelo na B3 após Fundo Phoenix arrematar Emae Serviços A Emae foi criada em 1998 com origem na Light (The São Paulo Railway, Light and Power Company Limited) após o processo de cisão da Eletropaulo. A principal atividade da empresa é a geração de energia por meio de quatro usinas hidrelétrica: Henry Borden, Porto Góes, Rasgão e Pirapora. As unidades estão localizadas em São Paulo, Salto, Cubatão e Pirapora do Bom Jesus. No ano passado, segundo o governo estadual, as usinas geraram 1.663 GWh de energia, o suficiente para abastecer média de 825 mil residências na Grande São Paulo. Outro papel importante da Emae é o controle dos níveis dos rios Tietê e Pinheiros, especialmente nos períodos chuvosos. A empresa também opera o serviço de travessias em três pontos da Represa Billings. As balsas Bororé, Taquacetuba e João Basso conectam diferentes bairros de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Esse serviço deverá ser mantido de forma gratuita pelo novo controlador, informou o governo de SP. Barragem do Rio Grande e Usina Elevatória de Pedreira Reprodução/Emae Suspensão de edital Em março de 2023, o edital da privatização chegou a ser suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) a pedido do Ministério Público de Contas. O órgão havia acolhido uma representação do deputado estadual Emídio de Souza (PT), que questionava a legalidade do processo. Um mês depois, o TCE-SP liberou a proposta do edital para viabilizar os estudos de privatização da estatal, avaliada em R$ 2,2 bilhões. Veja Mais

Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres

G1 Economia Rendimento médio mensal do 1% mais rico foi de R$ 20.664, contra R$ 815 dos 40% mais pobres. No Brasil, média subiu 11,5% em 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848. Rendimento do 1% mais rico do Brasil é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres O grupo dos 1% mais ricos do Brasil tem um rendimento médio mensal 39,2 vezes maior que os 40% com os menores rendimentos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19). O rendimento médio mensal real domiciliar per capita — ou seja, a renda média de um domicílio dividida pelas pessoas que lá habitam — do 1% mais rico foi de R$ 20.664 em 2023, um aumento de 13,2% em relação ao valor observado em 2022 (R$ 18.257). Já o rendimento médio mensal dos 40% mais pobres foi de R$ 815 no ano passado. O valor representa uma alta de 11% em relação ao número registrado em 2022 (R$ 734). LEIA TAMBÉM Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE Expandindo um pouco o grupo de rendimentos mais altos e olhando para os 10% da população com os maiores rendimentos, o rendimento médio mensal foi de R$ 7.580 em 2023, uma alta de 12,4%. Esse valor é 14,4 vezes maior que os 40% mais pobres. A renda média dos mais ricos, portanto, cresceu mais em um ano do que a dos 40% mais pobres. O crescimento da renda dos mais ricos também foi maior que a média nacional: o rendimento médio no Brasil subiu 11,5% entre 2022 e 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848, maior valor da série histórica da pesquisa. Porém, olhando especificamente para o recorte dos 20% mais pobres, o rendimento médio dessa parte da população teve um crescimento maior que as pessoas com maiores rendas. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2023 foi de: Entre 10% e 20% mais pobres: R$ 450, uma alta de 13,4% em relação aos R$ 397 de 2022; Entre 5% e 10% mais pobres: R$ 294, uma alta de 16,7% em relação aos R$ 252 de 2022; Entre os 5% mais pobres: R$ 126, uma alta de 38,5% em relação aos R$ 91 de 2022. Já entre os mais ricos, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2023 foi de: Entre 10% e 5% mais ricos: R$ 4.547, uma alta de 11,6% em relação aos R$ 397 de 2022; Entre 5% e 2% mais ricos: R$ 8.100, uma alta de 12,6% em relação aos R$ 252 de 2022; Entre o 1% mais rico: R$ 20.664, uma alta de 13,2% em relação aos R$ 91 de 2022. Apesar da disparidade na concentração de renda, o rendimento per capita dos 40% da população com menores rendimentos no país atingiu, em 2023, o maior valor da série histórica, segundo o IBGE. O Instituto atribui essa melhora ao recebimento, pelas famílias de baixa renda, do Bolsa Família, além da melhoria do mercado de trabalho e o aumento real do salário mínimo. População com algum tipo de rendimento Além do rendimento médio mensal per capita, a proporção da população brasileira com algum tipo de rendimento (independentemente de ser proveniente de trabalho, benefícios sociais ou outros meios) também cresceu e atingiu seu pico em 2023. No ano passado, 64,9% da população — cerca de 140 milhões de pessoas — tinha algum tipo de rendimento. No ano anterior, eram 62,6%, cerca de 134,1 milhões de pessoas. Os números mostram uma recuperação da economia brasileira após a pandemia de Covid-19. Em 2021, ano que registrou o maior número de casos e mortes pela doença, 59,8% da população (127,1 milhões de pessoas) tinham algum tipo de rendimento, menor patamar já registrado pela pesquisa. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores porcentagens de população com algum tipo de rendimento. Norte e Nordeste foram as menores. Ainda assim, todas as regiões tiveram uma melhora nos números em um ano. Veja o percentual da população de cada região com algum tipo de rendimento: Sul: 68,8% da população com rendimento em 2023, contra 67% em 2022; Sudeste: 67,6% da população com rendimento em 2023, contra 64,8% em 2022; Centro-Oeste: 65,6% da população com rendimento em 2023, contra 62,6% em 2022; Nordeste: 60,8% da população com rendimento em 2023, contra 59% em 2022; Norte: 57,8% da população com rendimento em 2023, contra 55,9% em 2022. Entre os estados, o que tem a maior porcentagem de pessoas com rendimento na população residente (pessoas que habitam um mesmo domicílio) é o Rio Grande do Sul, com 70,3%, seguido por Santa Catarina, com 69,4%, e São Paulo, com 68,6%. Já os estados com a menor taxa são Acre, com 51,5%, Amazonas, com 53%, e Roraima, com 54,8%. Com o aumento na porcentagem de população com rendimento em todas as regiões, o rendimento médio mensal real (independentemente da fonte) também cresceu em 2023, em relação a 2022. Veja o rendimento mensal médio real da população residente com algum tipo de rendimento em cada região: Sul: R$ 3.149 em 2023, contra R$ 2.992 em 2022; Sudeste: R$ 3.308 em 2023, contra R$ 3.058 em 2022; Centro-Oeste: R$ 3.355 em 2023, contra R$ 3.089 em 2022; Nordeste: R$ 1.885 em 2023, contra R$ 1.788 em 2022; Norte: R$ 2.255 em 2023, contra R$ 2.052 em 2022. Apesar da alta geral de um ano para o outro, o cenário é diferente olhando para o patamar registrado em 2019, pré-pandemia. As únicas regiões que tiveram um avanço no rendimento médio em 2023 em relação a 2019 foram Centro-Oeste (R$ 3.355 contra R$ 3.145) e Norte (R$ 2.255 contra R$ 1.999). Já as outras regiões ainda não retomaram o patamar de rendimento médio mensal de antes da pandemia: Sul (R$ 3.149 em 2023 contra R$ 3.170 em 2019), Sudeste (R$ 3.308 contra R$ 3.339) e Nordeste (R$ 1.885 contra R$ 1.912). A média nacional em 2023 foi de R$ 2.846 entre a população residente com rendimento. Já os estados, o maior rendimento médio foi registrado no Distrito Federal, com R$ 4.966, e o menor, no Maranhão, com R$ 1.730. Participação do tipo de rendimento na composição da renda domiciliar A pesquisa do IBGE mostrou que a participação do rendimento proveniente de trabalho no rendimento domiciliar per capita teve uma leve queda, passando de 74,5% em 2022 para 74,2% em 2023. O percentual registrado no ano passado também é menor que o pré-pandemia, de 74,4% em 2019. No entanto, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos no Brasil teve um crescimento expressivo em 2023, registrando R$ 295,6 bilhões, contra R$ 264,6 bilhões em 2022 e R$ 271,7 bilhões em 2019. Segundo o Instituto, esse crescimento mostra uma continuidade da tendência de recuperação da massa de rendimento de todos os trabalhos depois da pandemia, quando o desemprego cresceu e, em muitos casos, salários foram reduzidos. Enquanto a participação do rendimento de trabalhos na composição da renda média domiciliar caiu, porém, o rendimento proveniente de outras fontes apresentou uma alta, com destaque para o grupo de Outros rendimentos, que incorpora programas sociais, como o Bolsa Família. Veja qual foi a participação de cada tipo de rendimento na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, por região: Sul Todos os trabalhos: 75,6% Aposentadoria e pensão: 17,6% Aluguel e arrendamento: 2,7% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,2% Sudeste Todos os trabalhos: 75,3% Aposentadoria e pensão: 17,4% Aluguel e arrendamento: 2,4% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 1,0% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,9% Centro-Oeste Todos os trabalhos: 79,3% Aposentadoria e pensão: 13,9% Aluguel e arrendamento: 2,6% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,3% Nordeste Todos os trabalhos: 65,7% Aposentadoria e pensão: 21,4% Aluguel e arrendamento: 1,3% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 10,8% Norte Todos os trabalhos: 76,3% Aposentadoria e pensão: 13,3% Aluguel e arrendamento: 1,1% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 8,5% Brasil Todos os trabalhos: 74,2% Aposentadoria e pensão: 17,5% Aluguel e arrendamento: 2,2% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 5,2% Desigualdade x crescimento econômico Veja Mais

Da terra à mesa: Dicas essenciais para o cultivo de maçãs

G1 Economia Aprenda sobre os cuidados necessários para uma plantação de maçãs bem-sucedida. Divulgação Climas frios acompanham uma xícara de chá bem quentinha. Hmm... Sabia que esse também é o clima perfeito para a cultura da maçã? Vermelhinha e de doçura levemente ácida, a fruta é produzida principalmente na região sul do Brasil. No entanto, para manter uma plantação saudável e com bom rendimento, é essencial entender não apenas a importância da temperatura ideal, mas também outros aspectos cruciais para um cultivo bem-sucedido. Veja a seguir dicas para você, produtor rural, ajudar seu pomar de macieiras a expressar todo o seu potencial produtivo. Vamos lá! A temperatura importa Sua macieira dá flor, mas não dá fruto? Ou então, já tem alguns anos de idade, mas não prospera? Pode ser que ela esteja em um ambiente muito quente. Durante o outono e o inverno, as macieiras precisam de um tempo de frio para que suas árvores floresçam e seus frutos cresçam saudáveis. Isso significa que elas precisam de algumas horas com temperaturas de até 7,2°C ou menos para se desenvolverem bem. Nesse período, caso a temperatura esteja acima desse patamar, os pomares produzem menos frutas e com tamanhos menores do que o esperado. Durante o desenvolvimento das macieiras, é ideal que a temperatura esteja entre 18 °C e 23 °C. No verão, evite temperaturas acima de 25 °C. Durante a florada, temperaturas abaixo de 10 °C podem prejudicar o crescimento adequado dos frutos. Escolha a variedade ideal Compreendendo os fatores edafoclimáticos da sua região, o produtor rural pode escolher a variedade de maçã mais adequada. Cultivares como Eva, Julieta, Ana e Princesa são adaptadas a regiões mais quentes. Variedades como Fuji e Gala necessitam de um período de frio entre 600 e 800 horas para um bom desenvolvimento. Logo, a escolha certa da variedade pode fazer toda a diferença no sucesso da sua plantação. O solo para o plantio O solo influencia diretamente na qualidade e na produtividade da safra. Para garantir boas condições de crescimento, é essencial realizar uma análise detalhada do solo, avaliando sua fertilidade e necessidades de correção. Adotar práticas sustentáveis, como rotação de culturas, adubação orgânica e cobertura morta, pode melhorar a estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e nutrientes. Além disso, é crucial considerar o impacto do ambiente ao redor. O plantio de macieiras não é compatível com chuvas excessivas. Esse fator torna fundamental a observação da topografia do terreno e de sua capacidade de drenagem do solo. Locais com boa drenagem evitam o acúmulo de água ao redor das raízes, prevenindo apodrecimento, doenças e promovendo um desenvolvimento saudável das plantas. Polinização adequada Para que as suas macieiras produzam frutas grandes e saborosas, é importante garantir que elas sejam polinizadas adequadamente. Se você tiver apenas uma macieira em sua fazenda, ela pode se polinizar sozinha, mas isso geralmente resulta em menos frutas. Porém, em pomares maiores, onde há várias macieiras, uma boa dica de polinização cruzada, é cultivar abelhas em conjunto. Isso significa que as abelhas levam o pólen de uma árvore para outra, aumentando a quantidade e a qualidade das frutas. Sem uma polinização adequada, as frutas podem ficar menores, deformadas, compridas, sem sementes e com um sabor menos acentuado. Planejamento, proteção e manutenção Para tornar seu pomar ainda mais eficiente, você pode adotar práticas específicas de manejo. Por exemplo, o uso de porta-enxertos anão ou semianão pode diminuir o tamanho e a densidade das copas das árvores, ou seja, a parte superior das árvores ficará mais compacta e menos exuberante. Isso ajuda a controlar o crescimento das plantas e a distribuir melhor os recursos, como nutrientes e água. Além disso, a orientação das fileiras, preferencialmente de norte a sul, e a realização de podas verdes podem aumentar a exposição solar e a circulação do ar. Em algumas regiões, também é comum o uso de telas para proteção contra granizo, que não apenas protegem contra danos, mas também ajudam a regular a radiação solar e o fluxo de ar. Essas práticas podem criar um ambiente mais propício para o crescimento das macieiras, diminuindo o risco de doenças, que podem ocorrer em períodos prolongados de umidade nas folhas. Protagonize o seu agronegócio Na jornada do cultivo de maçãs, sua dedicação é a raiz do sucesso. Como uma das principais instituições entre os bancos privados na concessão de crédito rural, o Bradesco reafirma seu compromisso em colocá-lo à frente. Desfrute de condições vantajosas e suporte financeiro para fortalecer sua produção e comunidade, com o Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Com essa solução, desenhada especialmente para produtores rurais, você pode financiar até 100% do crédito necessário, com prazos de pagamento flexíveis de até 1 ano. Além disso, as taxas são prefixadas de até 5% a.a., garantindo transparência e previsibilidade em suas operações financeiras. Com atribuições específicas que atendem às suas necessidades, o Bradesco é um parceiro do agro para impulsionar seus projetos, desde o pomar até a mesa do consumidor. Seja você pequeno, médio ou grande produtor rural. Ao contratar, você conta com um time de consultores altamente especializados, prontos para oferecer suporte personalizado e orientação em cada etapa do processo. Com mais de 800 pontos de atendimento em todo o país, o Bradesco está sempre próximo. Fale com um dos gerentes e descubra como o Pronaf pode transformar sua atividade agrícola. Clique aqui e saiba mais sobre as vantagens e condições exclusivas que o Bradesco oferece para o agronegócio. Afinal, entre nós, você vem primeiro. 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Petrobras prevê investimentos de US$ 73 bilhões e criação de até 100 mil empregos diretos e indiretos

G1 Economia De acordo com a petroleira, valores serão destinados a projetos que contemplam plataformas de petróleo, navios de apoio marítimo e embarcações de cabotagem. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras informou nesta quinta-feira (18) que projeta investir US$ 73 bilhões em atividades de exploração e produção, sendo que parte dos recursos será destinada para demandas relacionadas à indústria naval e offshore. De acordo com a petroleira, os projetos relacionados a essas demandas contemplam, entre outros pontos, plataformas de petróleo, navios de apoio marítimo, embarcações de cabotagem e destinação sustentável de unidades. A estimativa da empresa é criar até 100 mil empregos diretos e indiretos com essa demanda, no prazo estimado para os projetos. Além das 14 novas unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência que já constam no planejamento estratégico da companhia, a Petrobras anunciou estudos para contratação de outras sete plataformas. Elas serão instaladas após 2028, em projetos de revitalização de campos já em produção. Crise na Petrobras: Conselheiro analisa momento na estatal  Nesta quinta-feira, a petroleira também apresentou a destinação sustentável de 23 plataformas, além de estudos para construção de 16 navios para a cabotagem (quatro navios petroleiros, oito navios gaseiros e quatro navios de cabotagem de médio curso). Em relação às embarcações de apoio, a companhia informou que irá contratar cerca de 200 unidades no período de 2024 a 2028. “Com essas encomendas devidamente mapeadas e sem o prejuízo de novos anúncios adiante, vamos agora contribuir para o governo federal recriar um ambiente favorável ao investimento e fornecimento local, ajudando decisivamente para a reabilitação da indústria naval e offshore brasileira”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Em nota oficial, a empresa informou que todos esses investimentos seguem a governança interna da companhia e que são acompanhados por órgãos de controle externo. Veja Mais

Governo vai avaliar projetos para baratear preço do gás natural à indústria, diz ministro

G1 Economia Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação de um comitê para acompanhar e destravar projetos para ampliar produção e escoamento do combustível. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Divulgação/Secom/MME O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quinta-feira (18) que pretende aumentar a oferta de gás natural, com redução de preço para a indústria. A pasta vai criar um comitê de monitoramento dos projetos (leia mais aqui). A ideia é que, ao acompanhar os projetos e destravar questões de regulamentação e licenciamento ambiental, o governo consiga criar as condições para o aumento da oferta aos consumidores. "Dada a importância que o presidente Lula vê o aumento da oferta de gás e consequentemente melhores preços para a gente reindustrializar o Brasil, para a gente gerar mais emprego e renda, e utilizar melhor os nossos potenciais, foi necessário criar um comitê de monitoramento", disse. O comitê será criado a partir de um grupo de trabalho existente, que já estuda as possibilidades de aumento de oferta do insumo. Ao g1, fontes a par do assunto afirmam que a principal conclusão do grupo é a necessidade de regulamentação do escoamento e processamento de gás. O mercado de gás natural é segmentado em algumas etapas: produção nos campos de petróleo e gás escoamento do gás produzido por meio de gasodutos até as unidades de processamento processamento do insumo para ter as especificações técnicas necessárias para consumo transporte até os centros de consumo distribuição aos consumidores dentro dos estados Como a maior parte da infraestrutura de escoamento e processamento de gás pertence à Petrobras, a legislação federal determina o seu compartilhamento com outras empresas. Contudo, o preço máximo que pode ser cobrado pela Petrobras às empresas que queiram compartilhar a infraestrutura da estatal ainda não foi regulamentado. Nesta quinta-feira (18), o ministro apresentou um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que afirma que o preço cobrado pela Petrobras poderia ser reduzido em cerca de US$ 7. Projetos que podem aumentar a oferta Alguns projetos estão em curso, enquanto outros estão em fase de estudos – caso do gás da Argentina e dos recursos não-convencionais no Brasil (entenda mais abaixo). O aumento de oferta deve vir dos seguintes projetos: gasoduto Rota 3, em construção pela Petrobras, deve aumentar a oferta na costa do Rio de Janeiro com o escoamento da produção dos campos do pré-sal; projeto Raia, da Equinor, que prevê produção de gás natural na costa do Rio de Janeiro; projeto Sergipe Águas Profundas da Petrobras, em desenvolvimento no litoral de Sergipe; gás produzido em Vaca Muerta, na Argentina; gás não-convencional no Brasil. Governo de Minas e Gasmig dão início à obra do gasoduto centro-oeste Importação da Argentina Nesta quinta-feira (18), o ministro disse que o governo estuda importar o gás natural produzido na região de Vaca Muerta, na Argentina. Haveria duas possíveis rotas de importação: pela Bolívia ou pelo Paraguai. A rota do Paraguai, segundo Silveira, está em análise. Contudo, o ministro destacou que a ideia "pareceu algo extremamente viável, num primeiro momento". O g1 apurou que o governo estima a entrada de 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com a importação da Argentina. O número é conservador por causa da notícia de interrupção das obras da segunda fase do gasoduto Néstor Kirchner. O gás natural produzido em Vaca Muerta é um "gás de xisto", um tipo de recurso não-convencional. Isso significa que o gás está "preso" em formações rochosas, que impossibilitam a sua fruição sem a utilização de técnicas que estimulem a produção --como a injeção de líquidos. Essa técnica é utilizada nos Estados Unidos, levando o país ao patamar de maior produtor mundial de petróleo e gás natural. Contudo, também é questionada por ambientalistas por causa de possíveis danos ao meio ambiente, como poluição de lençóis freáticos, por exemplo. Gás não-convencional no Brasil Hoje, não há exploração de gás não-convencional no Brasil. Alguns blocos chegaram a ser leiloados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mas enfrentaram problemas com licenciamento ambiental e decisões judiciais que barraram a exploração. O governo tenta viabilizar o estudo desses recursos por meio do Projeto Poço Transparente, que prevê a perfuração de um poço para extração de gás natural não-convencional e a realização de análises de impacto desse experimento. Contudo, o poço não chegou a ser perfurado. Veja Mais

Apostas esportivas: governo proíbe pagamento com cartão de crédito, dinheiro em espécie e criptoativos

G1 Economia Apostador pode usar PIX, TED, cartão de débito ou cartão pré-pago, desde que vinculados à mesma conta cadastrada na bet. Ideia é permitir que o fluxo dos recursos seja monitorado. Apostas esportivas; bet Joédson Alves/Agência Brasil O Ministério da Fazenda definiu nesta quinta-feira (18) que o pagamento de apostas esportivas não pode ser realizado usando dinheiro em espécie, cartão de crédito, boleto ou criptoativos. Segundo o governo, também está proibido o uso de qualquer outra "forma alternativa de depósito que possa dificultar a identificação da origem dos recursos". A informação consta em uma portaria da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, publicada nesta quinta no Diário Oficial da União. O texto regula as transações financeiras realizadas pelos agentes operadores de apostas (apostadores e empresas). "Também não serão aceitos cartões de crédito ou quaisquer outros instrumentos pós-pagos, como medida prudencial de desestímulo ao endividamento das famílias brasileiras", acrescentou o Ministério da Fazenda. Segundo o governo, a norma determina que o apostador poderá registrar seus palpites usando: PIX; TED (transferência bancária); cartões de débito; ou cartões pré-pagos. Qualquer que seja o meio, a portaria define que os recursos devem ser provenientes da mesma conta cadastrada na Bet. Veja outros pontos da regulamentação Além de definir os meios de pagamento, a portaria do Ministério da Fazenda também: dá o prazo máximo de duas horas para as bets autorizadas pelo governo pagarem os prêmios aos apostadores – o tempo conta a partir do encerramento da partida. diz que os recursos das apostas não podem ser usados pelas bets para cobrir despesas operacionais ou como garantia de dívidas, "minimizando assim o risco de má gestão dos recursos financeiros"; obriga as empresas a criar uma reserva financeira de R$ 5 milhões como "medida preventiva" para garantir o pagamento dos prêmios, mesmo em cenários de insolvência ou iliquidez. "Ao regular o fluxo do dinheiro, a Portaria Normativa SPA/MF dá um passo importante para inibir a lavagem de dinheiro e outros delitos envolvendo o mercado de apostas no Brasil. Além disso, contribui de modo significativo para uma maior diligência das Bets na gestão financeira dos recursos dos apostadores", acrescentou o Ministério da Fazenda. Fontes no governo confirmaram à GloboNews que o Ministério da Fazenda deve anunciar, em breve, o nome do novo secretário de Prêmios e Apostas esportivas: o advogado Régis Dudena. Câmara aprova texto que regulamenta mercado de apostas esportivas online Apostas esportivas Em dezembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que regulamenta o mercado de apostas esportivas online. A lei é uma das medidas do governo para aumentar a arrecadação em 2024 Com a lei, empresas e apostadores terão que pagar impostos. As novas regras também proíbem menores de 18 anos e pessoas que possam ter influência sobre o resultado dos jogos de apostar. Os apostadores pagarão uma taxa de 15% sobre o prêmio líquido por meio do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF). Já as empresas serão tributadas em 12% sobre o faturamento. Os jogos no estilo fantasia serão taxados com a alíquota de 15% sobre o prêmio para pessoas físicas. Nessa categoria, o apostador gerencia equipes esportivas virtualmente escalando atletas reais. A medida foi incluída para equiparar a tributação das diferentes modalidades de jogos virtuais. As empresas de apostas online precisam pagar uma taxa de R$ 30 milhões para obter a licença de operação e atuar no Brasil. Além disso, só poderão operar empresas constituídas segundo a legislação brasileira, com sede e administração no país. Veja Mais

Lewandowski defende ações policiais e de inteligência no combate ao mercado ilegal, que gerou perdas de R$ 453 bilhões em 2022

G1 Economia Dados sobre mercado ilegal estão em estudo divulgado pela CNI, Firjan e Fiesp. Montante reúne, por exemplo, prejuízos com pirataria, contrabando e ligações clandestinas de água e luz. 'Um problema de todos', disse o ministro da Justiça. Brasil perdeu R$ 453,5 bilhões por conta do mercado ilegal em 2022 O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quinta-feira (18) que o combate ao mercado ilegal no Brasil é urgente e deve ser levado adiante não somente com "força bruta", por meio de ações policiais, mas também com medidas de inteligência e cooperação entre os governos federal, estaduais e o setor produtivo. Levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta que o Brasil registrou em 2022 um prejuízo total de R$ 453,5 bilhões com o mercado ilegal (leia mais aqui). Segundo Lewandowski, a Constituição de 1988 foi sábia ao estabelecer que a segurança é um dever do Estado, assim como também é um direito e responsabilidade de todos. "Não é um problema só do Estado, é um problema de todos. Espero que o enfrentemos de mãos dadas", afirmou o ministro da Justiça, durante evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Também presente no evento, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que o Fisco, por definição, é um órgão de inteligência. Ele afirmou que a Receita colhe milhões de informações, cruza e analisa os dados para coibir ilegalidades. "Estamos avançando bastante, agora inclusive com ajuda da inteligência artificial na análise de imagens, dados. Não tenho dúvida que a forma mais eficaz é combater instrumentos jurídicos usados por elas", disse Barreirinhas, que voltou a defender a aprovação do projeto do devedor contumaz -- que tramita no Congresso Nacional. Mercado ilegal no Brasil Levantamento divulgado nesta semana por entidades do setor da indústria mostra que o Brasil registrou em 2022 um prejuízo total de R$ 453,5 bilhões com o mercado ilegal. Conforme o estudo, o valor abrange os prejuízos com: contrabando; pirataria; roubo; fraude fiscal; sonegação de impostos; furto de serviços públicos. Segundo o levantamento, dados do Índice Global de Crime Organizado mostram o Brasil na posição de número 171 em um ranking que avalia o mercado de produtos falsificadas em 193 países. Isto quer dizer, ainda conforme o estudo, que a situação do Brasil é "especialmente alarmante". O presidente da CNI, Antonio Ricardo Alvarez Alban, afirmou que prejuízos de centenas de bilhões de reais em arrecadação federal são registrados por conta do mercado ilegal, além da perda de mercado por empresas que atuam dentro da lei. "Estou falando da economia ilegal. Temos oportunidade de trabalhar juntos e fazer um grande esforço pelo equilíbrio fiscal, como consequência. O que ajudará toda sociedade [por meio do aumento da arrecadação]", acrescentou Alban. Ele lembrou que o Estado precisa de recursos para financiar as políticas públicas em um momento de busca pelo equilíbrio das contas públicas. "Temos uma busca acentuada do lado das receitas [aumento de arrecadação com mudanças legais], que prejudica o setor produtivo, com mais ênfase ainda o setor da indústria", avaliou. Impactos diretos De acordo com o levantamento das entidades do setor da indústria, os principais impactos do mercado ilegal incluem: ao menos 15 setores da economia afetados diretamente; cerca de 370 mil postos de trabalho que deixaram de ser gerados nesses setores; R$ 136 bilhões que deixaram de ser arrecadados em impostos; R$ 6,3 bilhões que deixaram de ser arrecadados com os "gatos" de energia, isto é, conexões clandestinas; R$ 14 bilhões que deixaram de ser arrecadados com as ligações clandestinas de água. "É notório que o mercado ilegal é um problema que afeta não apenas a indústria, mas toda a sociedade, responsável por um ciclo gerador de perdas, danos e violência criminal”, afirma o estudo. "Em suas mais variadas vertentes, o impacto é percebido na economia com perdas equivalentes às riquezas produzidas por estados inteiros, e na sociedade, em especial nas camadas mais carentes, na redução da oferta de postos de trabalho e na piora da qualidade de bens consumidos", acrescenta o levantamento. Apreensões de contrabando de alho e cebola aumentaram 1.000% neste ano Produtos ilegais de outros países O levantamento do setor da indústria também leva em conta a entrada no Brasil de produtos ilegais com origem em outros países. De acordo com o estudo, em 2023, a Receita Federal fez 17,6 mil operações de combate a crimes como contrabando e importação irregular de mercadorias, o que resultou na apreensão de R$ 3,78 bilhões em mercadorias. “Os principais setores com apreensões estão divididos entre: cigarros e similares, eletroeletrônicos, veículos, vestuário, informática, bebidas, brinquedos, inseticidas, fungicidas, herbicidas, desinfetantes, calçados e perfumes”, informa o estudo. Veja Mais

De onde vem o que eu como #85: Pequi

G1 Economia Episódio conta sobre os espinhos dessa fruta que tem sua origem no Cerrado Brasileiro. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. Apesar dos espinhos que o protegem, o pequi é uma verdadeira iguaria na culinária brasileira, sendo apreciado não apenas pela população local, mas também por visitantes de outras regiões do país. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: Como evitar os espinhos do pequi; seus nutrientes e como eles ajudam na saúde; e os pratos típicos com essa fruta do Cerrado brasileiro. O podcast 'De onde vem o que eu como' é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Luciana de Oliveira e Carol Lorencetti.  Fruto do pequi, em Goiás Reprodução/TV Anhanguera Leia também: 5 receitas com pequi para conhecer o fruto típico do Cerrado; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz; Mamão produz látex com propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias; entenda. ????OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: ????ASSISTA TAMBÉM: De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: limão De onde vem o que eu como: flores comestíveis De onde vem o que eu como: chocolate Pequi é o tema do 85º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo Veja Mais

Quina pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira, maior prêmio da história do concurso

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.419 da Quina pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira (18). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta quinta. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5?0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias Veja Mais

Ministério da Fazenda define nome de novo secretário de apostas esportivas

G1 Economia Fontes do governo confirmaram à GloboNews que secretário será o advogado Régis Dudena. Mercado de apostas esportivas online é visto como uma relevante fonte de receitas para o governo. O Ministério da Fazenda deve anunciar, em breve, o nome do novo secretário de Prêmios e Apostas esportivas. Fontes no governo confirmaram à Globonews que o novo secretário é o advogado Régis Dudena. Dudena não vem do setor, mas é especialista em direito público e regulatório. Ele é sócio de um escritório de advocacia que atua na capital federal e doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A posse de Dudena está marcada para a próxima segunda-feira (22). O novo secretário já frequenta o Ministério da Fazenda. Ele vem se reunindo com membros da equipe e também se inteirando das questões relacionadas ao credenciamento das empresas de apostas esportivas. A indicação do advogado é atribuída ao secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan. Dario e Dudena trabalharam juntos no Palácio do Planalto durante o governo de Dilma Rousseff. Ambos atuaram na secretaria de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. O nome de Dudena é ligado a outros nome da esquerda. Ele tem boas relações com Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP). A secretaria de prêmios e apostas começou a operar há dois meses. Desde então, estava sem um chefe efetivo. O advogado José Francisco Manssur, assessor especial do Ministério da Fazenda que coordenou a regulamentação das apostas esportivas desde o começo, era o mais cotado para assumir o posto. Mas foi exonerado por pressão de políticos do Centrão. O cálculo que levou à sua demissão é de que Manssur não conseguia mais dialogar com o grupo político. O que poderia prejudicar a área econômica do governo em votações importantes no Congresso. Manssur vem atuando no setor privado. À Globonews, ele disse: "Dudena tem as melhores referências. Tem base e conhecimento para dar certo no cargo". Representantes das bets ouvidos pela Globonews receberam bem o nome de Régis Dudena. Havia uma insegurança no setor desde a queda de Manssur. O temor era de que a secretaria passasse a ser chefiada por um nome do Centrão. Quem vinha coordenando os trabalhos na secretaria de Prêmios e Apostas como interina era a advogada Simone Vicentini, que também participou da regulamentação das bets desde o começo da gestão Lula. Fontes na área econômica afirmam que Simone deverá deixar o cargo. Veja Mais

'Tenho 90 anos e meu plano de saúde foi cancelado': O que diz a lei sobre rescisão de convênios de idosos

G1 Economia Relatos de clientes que tiveram o convênio suspenso aumentaram consideravelmente nos últimos meses, apontam especialistas. Muitas vezes, as pessoas são idosas ou realizam tratamentos para doenças graves, como o câncer. Entenda quais são os direitos do consumidor numa situação dessas. Stella Tarantino, de 90 anos, teve o plano de saúde cancelado repentinamente Arquivo pessoal via BBC Durante uma consulta de rotina com o cardiologista, a aposentada Stella Tarantino Lima, de 90 anos, foi orientada a marcar uma avaliação com um nefrologista, o médico especialista em rins. Mas o que parecia ser uma tarefa simples se transformou rapidamente num susto e numa enorme dor de cabeça que se prolongou por semanas. Logo após a passagem pelo cardiologista, uma das filhas de Stella, a engenheira Marília Tarantino Burger, foi buscar na internet um nefrologista que estivesse dentro da cobertura da Unimed Nacional, o convênio da mãe dela. Apesar de mudanças constantes nos nomes de empresas e nos pacotes de benefícios oferecidos, a aposentada paga o plano de saúde há mais de 30 anos. Atualmente, a mensalidade sai por cerca de R$ 3.900,00. Ao acessar o portal do cliente no final de março, porém, veio a surpresa na forma de uma mensagem: "A Unimed Nacional reitera que o contrato encontra-se em fase de rescisão, tendo sua vigência encerrada em 09/05/2024." "Fiquei perplexa, não entendi direito o que aquilo significava…", relata Marília. "Procurei uma consultora que analisa os planos de saúde e ela me confirmou que o plano seria de fato rescindido." “E só descobrimos isso por acaso, porque entramos no sistema para buscar um especialista”, destaca ela. Stella confessa que ficou indignada e aborrecida com a notícia. "Simplesmente me botaram para fora, sem justificativa nenhuma", conta ela. "Imagine pagar por um serviço durante 30 anos, para uma entidade que você confia, e de repente ser ‘cancelada’. Fiquei frustrada e com medo, pois já tenho 90 anos." A jornalista Mônica Tarantino, outra filha de Stella, resolveu expor a situação nas redes sociais. Uma postagem que ela compartilhou no Linkedin sobre o caso recebeu mais de 9,5 mil curtidas. "Nos comentários, muita gente relatou situações bem parecidas, de idosos, de pessoas em tratamento de câncer e até de crianças com autismo que acabaram excluídas pelos planos de saúde", destaca Mônica. "Eu não esperava essa repercussão com a postagem. Porque as empresas cancelam um contrato aqui e ali e achamos que sempre são casos pontuais. Mas não é uma coisa individual. Parece existir um problema coletivo aqui", considera ela. De fato, os números da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a instância do governo responsável por regular esse setor, mostram que essas rescisões de contrato pelas empresas são relativamente frequentes. Segundo reportagem publicada no jornal Valor Econômico, nos últimos cinco anos foram mais de 69 mil reclamações relacionadas ao cancelamento unilateral dos planos de saúde. Apenas nos três primeiros meses de 2024, a ANS contabilizou 4,8 mil queixas do tipo. O advogado Rafael Robba, sócio do Vilhena Silva, escritório especializado em direito à saúde, também notou um aumento de casos parecidos ao de Stella. "Essa prática dos planos de saúde tem se tornado cada vez mais comum", observa ele. "Nós fizemos um levantamento aqui no escritório e, só no primeiro trimestre deste ano, ingressamos com o triplo de ações relacionadas à rescisão de contratos em comparação com o mesmo período do ano passado." Número de reclamações para mudança de plano de saúde sobe 44% 'Legislação omissa' Robba explica que existem dois tipos principais de planos de saúde. O primeiro é o individual, que uma pessoa contrata diretamente para si ou para a família. O segundo é o coletivo, que geralmente é acertado por uma empresa para os funcionários — ou por sindicatos e entidades de classe para os associados. "Para os planos individuais ou familiares, a legislação proíbe o cancelamento unilateral do contrato, a menos que exista inadimplência ou fraude", explica o advogado. No entanto, a mesma regra não vale para os convênios coletivos. Nesses casos, as empresas podem, sim, fazer o cancelamento quando bem entenderem, se isso estiver previsto no contrato que foi assinado no início. A rescisão só deve respeitar três regras. Número um: ela só pode ocorrer na data de aniversário do contrato. Dois: toda a carteira de clientes daquele plano coletivo deve perder o acesso (ou seja, não é possível excluir um indivíduo específico). E três: os usuários devem ser avisados com dois meses de antecedência sobre o término. "A legislação é omissa e, por conta disso, as operadoras colocam no contrato essa previsão de que podem cancelar o contrato sem nenhuma justificativa", opina Robba. A advogada Marina Magalhães, pesquisadora do Programa de Saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), destaca que a esmagadora maioria dos brasileiros que possuem planos de saúde estão em contratos coletivos — como a própria Stella. "Cerca de 82% dos brasileiros com acesso à saúde complementar têm planos coletivos", estima ela. "Os planos individuais, em que não há a possibilidade de cancelamento, são uma minoria e estão cada vez mais restritos e difíceis de contratar", complementa ela. Os consumidores precisam recorrer, então, aos planos coletivos oferecidos para empresas, sindicatos e associações, mesmo que exista o risco do cancelamento unilateral. No entanto, essa rescisão pode ser contestada na Justiça — algo que os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil dizem estar cada vez mais frequente. “Em determinadas situações, esses cancelamentos podem ser considerados abusivos, principalmente quando o contrato inclui pessoas muito idosas ou que fazem um tratamento de saúde, que dificilmente vão conseguir contratar outro plano”, aponta Robba. “Nesses casos, a rescisão contraria a própria natureza do plano de saúde, que é justamente proteger a pessoa quando ela precisa de um cuidado. Nós pagamos o convênio por longos anos, enquanto estamos saudáveis, para justamente ter a garantia de usá-lo quando necessário.” “E essa decisão deixa a pessoa numa situação de extrema vulnerabilidade”, complementa ele. “No Idec, consideramos essa prática patentemente abusiva, em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil”, destaca Magalhães. A mensagem que as filhas de Stella viram quando acessaram o portal de serviços da Unimed Nacional BBC Robba explica que, nesses casos, os advogados que representam os clientes podem entrar com pedidos de liminar na Justiça para restaurar o plano — geralmente, os juízes tomam decisões favoráveis às pessoas e contrárias às empresas. “O Judiciário tem dado respostas muito rápidas nessas situações, muitas vezes no mesmo dia”, diz ele. “A ideia da liminar é justamente preservar o bem jurídico mais valioso que nós temos, que é a saúde e a vida. Em situações de cancelamento, o Judiciário tem dado respostas efetivas para impedir esse tipo de abuso contra o consumidor.” Os especialistas concordam que, apesar da agilidade dos processos e das liminares na Justiça, é preciso pensar em maneiras de resolver o problema na origem — ou seja, diminuir as brechas na legislação e coibir o cancelamento unilateral dos planos. Existe um projeto de lei em discussão na Câmara que pretende mudar algumas das regras que regem o mercado dos convênios. O PL 7419, criado em 2006, agrega cerca de 270 propostas de modificações na legislação — entre elas, uma possível proibição do cancelamento unilateral dos contratos coletivos. O atual relator do projeto é o deputado Duarte Jr. (PSB-MA), que divulgou um parecer sobre as mudanças na lei em setembro do ano passado e fez o assunto voltar à pauta. Em outubro, porém, o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse que o projeto de lei dos planos de saúde ainda não seria colocado em votação pelo plenário, pois há a necessidade de se discutir melhor o assunto e incluir as operadoras de saúde no debate. “Não temos nenhuma sinalização de que esse cenário vai mudar em breve”, lamenta Magalhães. Clientes podem perder acesso aos serviços de saúde contratados com o cancelamento do plano GETTY IMAGES via BBC 'Qualidade do serviço' e 'sustentabilidade' Procurada pela reportagem, a ANS informou que “atua ativamente na defesa dos direitos de todos os beneficiários da saúde suplementar, mantendo e atualizando normativos que visam protegê-los”. “Por isso, a reguladora destaca que tem regras claras sobre o cancelamento de planos e salienta que a operadora que rescindir o contrato de beneficiários, seja de plano coletivo ou individual, em desacordo com a legislação do setor pode ser multada em valores de até R$ 80 mil.” “Importante destacar que é lícita a rescisão unilateral, por parte da operadora, do contrato coletivo com beneficiários em tratamento. No entanto, se houver a rescisão do contrato de plano coletivo (por qualquer motivo) e existir algum beneficiário ou dependente em internação, a operadora deverá arcar com todo o atendimento até a alta hospitalar. Da mesma maneira os procedimentos autorizados na vigência do contrato deverão ser cobertos pela operadora, uma vez que foram solicitadas quando o vínculo do beneficiário com o plano ainda estava ativo”, destaca a ANS. “A agência orienta o usuário que estiver enfrentando problemas de atendimento para que procure, inicialmente, sua operadora para que ela resolva o problema e, caso não tenha a questão resolvida, registre reclamação junto à ANS nos canais de atendimento [site, telefone e postos físicos]”, conclui a nota. Já a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) destacou que, “com o objetivo de garantir a qualidade na prestação dos serviços de saúde e a sustentabilidade dos contratos, as operadoras avaliam continuamente cada um dos seus produtos comercializados em conformidade com as regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)”. “Essa avaliação pode indicar a necessidade de readequar a estrutura dos produtos (planos de saúde) e descontinuar outros. Vale ressaltar, portanto, que pode haver a rescisão do contrato entre as pessoas jurídicas (a empresa contratante e a operadora) a pedido de uma ou outra parte, devendo ser sempre precedida de notificação prévia, observando-se as disposições contratuais”, explica o texto. “As operadoras possuem amplo portfólio de planos de saúde ativos sendo comercializados, proporcionando assim opções para quem deseja manter ou adquirir acesso à saúde suplementar”, diz a Abramge. Representantes das operadoras dizem que mudanças nos contratos visam garantir 'qualidade na prestação de serviços' e 'sustentabilidade' GETTY IMAGES via BBC Plano restaurado Enquanto buscava documentos e estudava as alternativas judiciais e de novos planos de saúde, a família Tarantino foi surpreendida por uma nova notícia. A Qualicorp, empresa que administra os planos de saúde, entrou em contato com Mônica no dia 11 de abril e informou que houve um "erro de comunicação". Portanto, o plano de saúde de Stella não havia sido cancelado de fato. A BBC News Brasil entrou em contato com a Qualicorp e com a Unimed Nacional, que confirmaram a informação. "Já estamos em contato com a família da beneficiária para garantir que todas as questões sejam esclarecidas de forma abrangente e satisfatória", escreveu a Unimed. "O plano está ativo e disponível para utilização, tanto pela beneficiária, quanto pelos demais associados da entidade. A administradora de benefícios informa que enviou comunicação para a cliente para prestar o devido esclarecimento e disponibiliza seus canais oficiais para esclarecer mais informações e tirar dúvidas", complementou a Qualicorp. Para Mônica, a notícia representa um alívio, mas não resolve todos os problemas. “O cancelamento da exclusão da minha mãe resolve temporariamente uma questão individual que ganhou muita visibilidade, mas não muda um cenário que permite às operadoras excluírem unilateralmente os usuários dos planos por adesão”, avalia ela. “Isso precisa ter fim, o que só acontecerá quando houver legislação que ponha um freio em mais esse abuso.” Mônica pretende agora compilar todos os relatos que foram compartilhados nas postagens de redes sociais sobre cancelamentos de planos de idosos, crianças com autismo ou pacientes com câncer — e depois compartilhá-los com as autoridades. “Quem sabe isso possa servir de subsídio para que as agências reguladoras e os legisladores tomem alguma decisão?”, questiona ela. Já Stella diz ter perdido a confiança no plano de saúde — e teme ser excluída novamente no futuro. “Quem garante que eles não vão me colocar para fora de novo assim que essa crise de agora for esquecida?”, conclui ela, referindo-se à repercussão do seu caso. Veja Mais

Em meio a atritos com Lira, Lula libera emendas ao Congresso e privilegia aliados

G1 Economia Governo autorizou R$ 2,4 bilhões em repasses nesta semana. Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu R$ 24 milhões, enquanto presidente da Câmara não teve emenda liberada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destravou a liberação de emendas nesta semana e privilegiou aliados na distribuição da verba ao Congresso Nacional. Foram autorizados cerca de R$ 2,4 bilhões, e os repasses atendem principalmente a pedidos de senadores e deputados mais próximos ao governo. Esse lote de dinheiro para o Congresso é recorde no ano e ocorre em meio a votações importantes que Lula enfrentará, como uma folga de R$ 15 bilhões no Orçamento desse ano e a análise de vetos, prevista para a próxima semana. Todos os deputados e senadores têm direito a emendas, que são aqueles recursos que eles usam para bancar obras e projetos em seus redutos eleitorais. Com isso, os parlamentares conseguem ganhar mais capital político entre os eleitores. O governo, porém, pode ditar o ritmo desses repasses e fazer acenos ao Congresso quando propostas do presidente precisam avançar. Ou seja, a autorização de emendas é geralmente usada como moeda de troca em votações na Câmara e no Senado. A cúpula do Congresso é um exemplo da discrepância na lista de parlamentares beneficiados pelo dinheiro liberado por Lula até agora. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu o aval no valor de R$ 24 milhões. Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não teve emendas repassadas ainda. Arthur Lira sobre Alexandre Padilha: "Desafeto pessoal" O embate entre Lira e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), escalou na semana passada. Padilha é responsável pela articulação política do governo, o que inclui a liberação de emendas. O desgaste ganhou novo desdobramento após a exoneração do primo de Lira, Wilson César de Lira Santos, do cargo de superintendente do Incra em Alagoas. O presidente da Casa já tinha sido avisado que a situação do primo era insustentável, mas foi surpreendido com a exoneração nesta terça-feira (16). Como mostrou o blog do Valdo Cruz, Lira deixou claro, durante reunião com líderes, que, em sua opinião, está sendo retaliado pelo Palácio do Planalto. Disse também que pretende dar prioridade para as pautas da oposição nas próximas semanas, como pacote anti-invasão de terras e também projetos da área de costume, além da instalação de cinco CPIs simultaneamente. Distribuição no Senado As principais liberações até agora foram nas emendas individuais. Pelas regras, todo deputado, seja governista ou de oposição, tem direito a R$ 37,9 milhões. Os senadores têm R$ 69,6 milhões. Esses valores são para todo o ano. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) conseguiu o repasse de R$ 63 milhões, quase todo o montante do ano. Outros aliados do governo, como os senadores Marcelo Castro (MDB-PI), Otto Alencar (PSD-BA) e Davi Alcolumbre (União-AP), receberam entre R$ 26 milhões e R$ 34 milhões. Esses números divergem das autorizações para senadores de oposição, como Damares Alves (Republicanos-DF) e Jorge Seif (PL-SC), que ficaram com R$ 810 mil e R$ 700 mil, respectivamente. O senador Wellington Fagundes (PL-MT), que também é próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conseguiu R$ 18 mil. Distribuição na Câmara Na Câmara, apesar de os deputados terem direito a menos recursos, alguns conseguiram ocupar o topo da lista, junto com alguns senadores. É o caso do deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), que conseguiu a liberação de R$ 23 milhões. O deputado Castro Neto (PSD-PI) obteve R$ 19 milhões. Os dois são, respectivamente, filhos dos senadores Otto Alencar e Marcelo Castro. Os deputados Gabriel Nunes (PSD-BA), Márcio Jerry (PCdoB-MA) e Zeca Dirceu (PT-PR) conseguiram entre R$ 17 milhões e R$ 20 milhões, enquanto Mário Frias (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP) conseguiram R$ 200 mil. Os parlamentares vinham cobrando do Palácio do Planalto que as emendas fossem destravadas ainda neste mês. A partir de junho, por causa do calendário eleitoral, há limitações a esses repasses. Portanto, quem consegue a liberação de emendas mais cedo tem mais tempo para obter ganhos políticos com os recursos às vésperas da eleição municipal, quando parlamentares tentam emplacar aliados nos cargos e se fortalecerem para a eleição de 2026. Veja Mais

'Prévia do PIB' do Banco Central indica expansão de 0,4% na economia em fevereiro

G1 Economia Esse foi o quarto mês consecutivo de crescimento do nível de atividade. Em 12 meses até fevereiro, o IBC-Br apresentou crescimento de 2,34%. O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central do Brasil, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou expansão de 0,4% em fevereiro na comparação com o mês anterior, informou a instituição nesta quarta-feira (17). O resultado foi calculado após ajuste sazonal – um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes. De acordo com dados do BC, esse foi o quarto mês seguido de crescimento do nível de atividade. Na comparação com fevereiro do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 2,59%. Na parcial do ano, o índice teve alta de 2,95%. Já em 12 meses até fevereiro, apresentou crescimento de 2,34%. Nesses casos, o índice foi calculado sem ajuste sazonal. O Fundo Monetário Internacional revisou a previsão de crescimento da economia mundial e também da brasileira PIB e IBC-Br O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social. Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 1,95% para o PIB – com desaceleração frente ao resultado do ano passado (+2,9%). Já para 2025, a expectativa é de um crescimento de 2%. O IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE. O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. No fim de março, a taxa foi reduzida para 10,75% ao ano pela sexta vez seguida. Veja Mais

Para proteger indústria nacional, governo aumenta imposto de importação de produtos de aço para 25%

G1 Economia De acordo com o governo, estudos mostram que o preço ao consumidor não deve sofrer impacto. Medida deverá passar pelos parceiros do Mercosul e entrar em vigor em cerca de 30 dias. O comitê da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta terça-feira (23) aumentar o imposto de importação para 25% para alguns produtos de aço. A medida, que ainda tem que passar pelo aval dos parceiros do Mercosul, deve entrar em vigor em cerca de 30 dias. Depois, vai valer por um ano. Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin, a medida atende ao pedido de entidades siderúrgicas e serve para reduzir a ociosidade da indústria nacional. "Você tem uma indústria que está com uma ociosidade muito grande, mais de 40% de ociosidade em algumas áreas, uma indústria importante, uma indústria de base, essencial para o país", declarou. O ministro afirmou ainda que a medida serve para preservação da indústria nacional. "Diria que foi uma medida de preservação do emprego e preservação de estímulo até a novos investimentos, modernização, mas que na realidade é extremamente cuidadosa", continuou. A Camex vai estabelecer cotas de volume de importação para aplicação do imposto. Ou seja, o aumento de imposto só deve valer para as importações que superarem as cotas estabelecidas. Dessa forma, o aumento será aplicado a cada classificação de produto de aço cujas compras externas tenham superado, em 2023, 30% da média das aquisições no período de 2020 a 2022. "A nossa análise é que nós vamos ficar grande parte dentro da cota, sem nenhuma alteração, mas o que extrapolar 30% acima da média aí sim aplica a nova alíquota de importação", afirmou Alckmin. Dia Nacional do Aço: região segue como referência nacional na produção do material De acordo com o governo, os estudos mostram que o preço ao consumidor não deve sofrer impacto. Segundo Alckmin, as entidades pleitearam a inclusão de 35 produtos de aço na lista que terá aumento de imposto. O governo acatou o pedido para 15 desses produtos --que eram tributados no intervalo de 10% a 14%. A medida vale para produtos como: laminados planos, de ferro ou aço não ligado, com medidas e espessuras determinadas; fios-máquinas de ferro ou aço não ligado, com medidas e espessuras determinadas; barras de ferro ou aço não ligado; tubos e perfis ocos utilizados em oleodutos ou gasodutos; tubos de ligas de aços, não revestidos, sem costura, para revestimento de poços, etc.; tubos soldados de outras seções. Segundo Alckmin, a Camex também decidiu nesta terça-feira (23) zerar o imposto de imposto de importação sobre 225 produtos, como antenas parabólicas para radares e aparelhos ortopédicos. Além disso, o comitê executivo da Câmara aprovou a concessão de financiamento pré-embarque para exportação pela indústria de defesa e pequenas empresas. De acordo com o ministro, a medida depende de aval do Conselho Monetário Nacional (CMN). Veja Mais

A planta usada como alternativa ao papel higiênico na África e nos EUA

G1 Economia Na África e nos EUA, por questões de custos ou sustentabilidade, a folha de boldo é vista por alguns como alternativa ao papel higiênico. BBC - A planta usada como alternativa ao papel higiênico na África e nos EUA BBC Será que o Plectranthus barbatus, popularmente conhecido como boldo, é uma alternativa sustentável aos caros papéis higiênicos no continente africano? Martin Odhiambo, fitoterapeuta do Museu Nacional do Quênia, diz que sim. "Pode ser o futuro papel higiênico." Assim como ocorreu com muitos outros produtos, o preço do papel higiênico aumentou em toda a África. Embora ele seja fabricado no continente, a pasta de papel utilizada na sua produção é, muitas vezes, importada. Martin, especializado em plantas tradicionais, acredita que a resposta ao aumento dos custos já pode existir no continente. "A Plectranthus barbatus é o papel higiênico africano. Muitos jovens hoje em dia desconhecem essa planta, mas ela tem potencial para ser uma alternativa, amiga do ambiente, ao papel higiênico", diz ele. As folhas dela são macias, diz Martin, e têm cheiro de menta. Benjamin, que utiliza o boldo há mais de 25 anos, cultiva a planta no quintal dele BBC A planta é cultivada amplamente em toda a África e ainda é usada em áreas rurais, o que a torna facilmente acessível. As folhas têm tamanho semelhante a um quadrado de papel higiênico industrial, e podem ser usadas em vasos sanitários modernos com descarga. Benjamin, que utiliza Plectranthus barbatus há mais de 25 anos, cultiva a planta no quintal dele, perto de sua casa em Meru, no Quênia. Ele diz: "Aprendi sobre a planta com meu avô, em 1985, e a uso desde então. É macia e tem um cheiro agradável." Mas ela poderia ser usada por mais pessoas? A produção em larga escala ainda é algo distante. No entanto, o seu potencial está sendo explorado em outros países. Robin Greenfield, um ativista ambiental nos Estados Unidos, diz que usa folhas de boldo há cinco anos. Robin cultiva mais de cem pés de boldo em seu viveiro na Flórida. Ele compartilha mudas por meio de uma iniciativa que incentiva as pessoas a cultivarem seu próprio papel higiênico. Robin cultiva mais de cem pés de boldo em seu viveiro na Flórida para usar como papel higiênico BBC "Há muitas pessoas que associam o uso da planta como papel higiênico à pobreza, mas devo lembrá-los que, quando usam papel higiênico industrial, continuam usando plantas. A diferença é que elas apenas têm uma indústria com elas", diz ele. Robin diz que recebeu comentários positivos de pessoas que usaram a planta. Ele diz que são pessoas que valorizam a sustentabilidade do cultivo do seu próprio papel higiênico. "Para quem hesita em experimentar o boldo como papel higiênico, eu diria para abandonar as preocupações sobre o que as pessoas pensam de você. E simplesmente dizer: vou ser eu mesmo. E isso pode significar me limpar com algumas folhas bem macias que eu mesmo planto." Este conteúdo foi criado com financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates. Veja Mais

Imposto de Renda 2024: bolsas de estudo, herança e rescisão; veja lista de rendimentos isentos

G1 Economia Atualização dos valores de obrigatoriedade não mexeram a lista de rendimentos isentos. Imposto de Renda AGÊNCIA BRASIL Duas mudanças importantes aconteceram nos critérios de obrigatoriedade para a declaração do Imposto de Renda 2024. ?? A quantia para quem recebeu rendimentos tributáveis passou de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90 em 2023. ?? Para rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte passou de R$ 40 mil para R$ 200 mil. Os demais critérios de obrigatoriedade você pode conferir no final da reportagem. Mas é importante saber também que a lista de rendimentos isentos não teve alterações. Confira abaixo a lista completa de rendimentos isentos. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Rendimentos isentos no Imposto de Renda 2024 Bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, exceto médico-residente ou Pronatec, exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços; Bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas, recebidas por médico-residente e por servidor da rede pública de educação profissional, científica e tecnológica que participe das atividades do Pronatec; Capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado, prêmio de seguro restituído em qualquer caso e pecúlio recebido de entidades de previdência privada em decorrência de morte ou invalidez permanente; Indenizações por rescisão de contrato de trabalho, inclusive a título de Programa de Demissão Voluntária (PDV), e por acidente de trabalho, e FGTS; Ganho de capital na alienação de bem, direito ou conjunto de bens ou direitos da mesma natureza, alienados em um mesmo mês, de valor total de alienação até R$ 20 mil, para ações alienadas no mercado de balcão, e de R$ 35 mil, nos demais casos; Ganho de capital na alienação do único imóvel por valor igual ou inferior a R$ 440 mil e que, nos últimos 5 anos, não tenha efetuado nenhuma outra alienação de imóvel; Ganho de capital na venda de imóveis residenciais para aquisição, no prazo de 180 dias, de imóveis residenciais localizados no Brasil e redução sobre o ganho de capital; Ganho de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie cujo total de alienações, no ano-calendário, seja igual ou inferior ao equivalente a US$ 5 mil; Lucros e dividendos recebidos; Parcela isenta de proventos de aposentadoria, reserva remunerada, reforma e pensão de declarante com 65 anos ou mais; Pensão, proventos de aposentadoria ou reforma por moléstia grave ou aposentadoria ou reforma por acidente em serviço; Rendimentos de cadernetas de poupança, letras hipotecárias, letras de crédito do agronegócio e imobiliário (LCA e LCI) e certificados de recebíveis do agronegócio e imobiliários (CRA e CRI) Rendimento de sócio ou titular de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, exceto pro labore, aluguéis e serviços prestados; Transferências patrimoniais – doações e heranças; Parcela não tributável correspondente à atividade rural; Imposto sobre a renda de anos-calendário anteriores compensado judicialmente neste ano-calendário; 75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em moeda estrangeira por servidores de autarquias ou repartições do governo brasileiro situadas no exterior, convertidos em reais Incorporação de reservas ao capital/bonificações em ações; Transferências patrimoniais – meação e dissolução da sociedade conjugal e da unidade familiar; Ganhos líquidos em operações no mercado à vista de ações negociadas em bolsas de valores nas alienações realizadas até R$ 20 mil em cada mês, para o conjunto de ações; Ganhos líquidos em operações com ouro, ativo financeiro, nas alienações realizadas até R$ 20 mil em cada mês; Recuperação de prejuízos em renda variável (bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados e fundos de investimento imobiliário e Fiagro); Rendimento bruto, até o máximo de 90%, da prestação de serviços decorrente do transporte de carga e com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados; Rendimento bruto, até o máximo de 40%, da prestação de serviços decorrente do transporte de passageiros; Restituição do imposto sobre a renda de anos-calendário anteriores. Juros referentes aos Rendimentos Recebidos Acumuladamente; Pensão alimentícia. Rendimentos com tributação exclusiva e definitiva ?? Veja abaixo a lista. Mesmo que o imposto já tenha sido retido na fonte, os rendimentos precisam ser declarados. 13º salário (próprio e o recebido pelos dependentes); Juros sobre Capital Próprio (JCP); Multa ou outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica em virtude de rescisão de contrato; Ganhos de capital na alienação de bens e dividendos; Rendimentos de aplicações financeiras; Participação nos Lucros e Resultados (PLR); Lucros decorrentes de prêmios em dinheiro obtido em loterias; Prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços por meio de concursos e sorteios de qualquer espécie; Rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial; Rendimentos recebidos acumuladamente (RRA) Benefícios líquidos pagos aos aplicadores em títulos de capitalização, entre outros. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. Veja Mais

Governo concorda em manter programa para setor de eventos com teto de R$ 5 bilhões por ano, diz Padilha

G1 Economia Ministro também disse que o governo prepara contraproposta para manter veto a R$ 5,6 bilhões em emendas e que projetos da reforma tributária devem ser enviados nesta semana. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (22) que a equipe econômica concordou em manter o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) até o fim de 2026, mas com teto de R$ 15 bilhões em benefícios fiscais -- R$ 5 bilhões por ano. Programa se recuperação para o setor de eventos vai ser mais restrito, diz Míriam Leitão A declaração foi dada após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e integrantes da área econômica. "A proposta é fechada, tentar fechar no relatório, estabelecer esse teto máximo neste valor e sobretudo o final do programa, o encerramento do programa, ele dure até 2026. Então, a Fazenda vai se envolver diretamente, já teve reuniões junto com o líder da Câmara até o final para fecharmos a proposta final do relatório, [limitado a] R$ 5 bilhões por ano, a medida inclusive foi porque só no ano passado já ultrapassou, chegou a quase 15 bilhões, tem impacto já no ano passado", declarou Padilha a jornalistas. O governo buscou acabar com o Perse por meio de medida provisória. Mas a medida não foi bem recebida pelo Congresso, que defende a continuação do programa, sob o argumento de que o setor, abalado pela pandemia, precisa de incentivos. A MP do Perse acabou perdendo a validade. O Perse foi criado no início da pandemia de Covid-19 para beneficiar o setor cultural. Entre as medidas previstas no programa estão a concessão de benefícios fiscais, e a possibilidade de renegociação de dívidas com descontos para empresas desta área. Em maio do ano passado, o programa foi prorrogado pelo Congresso até 2026. No entanto, em dezembro, o governo editou uma medida provisória que impõe limites ao Perse, gerando insatisfação entre parlamentares. Vetos Padilha também informou que o governo prepara uma contraproposta ao Congresso para tentar evitar a derrubada do veto de R$ 5,6 bilhões em emendas. “Estamos construindo uma proposta para poder ajustar na sessão do Congresso, uma proposta para que a gente possa reaproveitar uma parte desse recurso, que eles estejam em programas importantes, como de desenvolvimento urbano, de infraestrutura para os municípios”, disse o ministro. Segundo ele, a ideia é retomar parte do que foi vetado às emendas de comissão, que foram turbinadas pelo Congresso. Ele não confirmou, no entanto, se a estratégia é tentar convencer os parlamentares a aceitarem a recomposição de R$ 3 bilhões nessas emendas, como chegou a ser avaliado por integrantes do governo. A sessão do Congresso para analisar os vetos está prevista para esta quarta-feira (24). Sessão do Congresso para análise dos vetos está marcada para quarta-feira (24). Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados “Estamos trabalhando num pacote de vetos a serem derrubados de forma comum, pontos importantes, em especial na LDO”, afirmou Padilha. Reforma tributária Segundo o ministro de Relações Institucionais, o governo também trabalha para enviar as propostas de regulamentação da reforma tributária ainda nesta semana. Padilha disse que serão dois textos. "Vamos trabalhar hoje e amanhã para que a gente tenha o texto final (...) para criar esta semana para o Congresso Nacional os dois projetos de regulamentação da reforma tributária. Vamos conversar", declarou ele. De acordo com o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), a ideia, por ora, é que os projetos sejam entregues ao Congresso nesta quarta-feira (24). Veja Mais

Starbucks Brasil: dona do Burger King avança e apresenta proposta para possível compra da operação

G1 Economia A ZAMP, dona do Burger King e Popeyes no Brasil, apresentou uma oferta não vinculante para a SouthRock, para estudar os documentos da operação do Starbucks no país. A proposta foi aceita. Starbucks do Center Shopping em Uberlândia Redes sociais A SouthRock Capital, empresa em recuperação judicial que detinha os direitos para operar as lojas do Starbucks no Brasil, aceitou uma proposta da ZAMP, franqueadora e operadora das marcas Burger King e Popeyes no país, para a possível aquisição dos bens e direitos referentes às operações da rede de cafeterias. A informação foi confirmada pela ZAMP em um comunicado ao mercado. Segundo a empresa, essa é uma oferta não vinculante e os termos da proposta são confidenciais. Uma oferta não vinculante é uma etapa comum em processos de fusão ou aquisição de empresas. Nesse tipo de proposta, a companhia interessada na compra apresenta um documento confirmando esse interesse, para que a outra empresa apresente, legalmente, seus documentos. Segundo o analista de investimentos Vitor Miziara, a ideia principal de uma oferta não vinculante é jogar luz sobre a situação e os números da empresa que pode ser comprada, com a companhia interessada pedindo os documentos para realizar uma diligência. "É a ZAMP falando 'eu tenho mesmo a intenção de comprar (a operação da Starbucks) e quero abrir seus documentos para poder ver se não tem nada muito fora do que vocês publicam, nada muito estranho'", explica. Agora, após a SouthRock ter aceitado a proposta, a ZAMP vai analisar os números da operação do Starbucks no Brasil e, se o interesse em adquirir os negócios para operar a rede permanecer, o próximo passo é apresentar uma oferta vinculante — que, de fato, é uma proposta de compra, com oferta de valores, condições do negócio e outras informações. "A Companhia iniciará uma diligência nos Ativos Starbucks Brasil a fim de confirmar seu interesse na aquisição dos referidos ativos e apresentar uma oferta vinculante", disse a ZAMP, em nota. A operação do Starbucks no Brasil As primeiras notícias sobre o interesse da ZAMP nos direitos de operar o Starbucks no Brasil começaram em fevereiro, com o início das tratativas da companhia com a matriz americana da rede de cafeterias. A SouthRock, que é operadora, também, da Subway e Eataly, perdeu o direito de usar a marca do Starbucks em fevereiro, depois de pedir recuperação judicial no fim do ano passado. O processo começou em dezembro, com o objetivo de reorganizar uma dívida estimada em R$ 1,8 bilhão. Em seu pedido inicial de recuperação judicial, a SouthRock afirmou que a continuidade da operação da Starbucks no país é essencial para a manutenção das atividades do grupo e sua reestruturação. Por isso, o grupo pediu a suspensão da rescisão de contrato com a matriz da rede de cafeterias. A Justiça, no entanto, não aceitou o pedido. Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil Recuperação judicial da SouthRock A situação da SouthRock vem se deteriorando desde 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19. Naquele ano, as vendas do grupo despencaram 95%, seguidas por uma queda de 70% em 2021 e de 30% em 2022. Segundo a empresa, suas operações foram prejudicadas, entre outros pontos, pela alta instabilidade no país, pela volatilidade da taxa de juros e pelas constantes variações cambiais. "Motivo pelo qual a plena recomposição de seu fluxo de caixa ainda não foi atingida", escreveu a empresa no documento de recuperação. "Foi este o cenário que, lamentavelmente, gerou essa crise sem precedentes da empresa após o estado de calamidade pública instaurado". A companhia disse ainda que a decisão tem como intuito ajustar o modelo de negócio da empresa à atual realidade econômica. "A companhia reitera que os compromissos assumidos com os seus credores serão respeitados, seguindo as etapas, determinações e prazos legais para o desenvolvimento do processo e aprovação do plano de recuperação judicial". Meses depois de começar a recuperação judicial do Starbucks no Brasil, a SouthRocks também entrou com um pedido, em março, de proteção das dívidas referentes à operação da Subway no país. O valor da dívida é estimado em R$ 482 milhões. Veja Mais

Como aço chinês mergulhou indústria siderúrgica da América Latina em enorme crise

G1 Economia As importações de aço chinês aumentaram mais de 8.600% desde 2000 e estão causando uma crise no setor siderúrgico latino-americano, alerta a indústria. As importações de aço chinês barato geraram uma crise na indústria siderúrgica latino-americana, dizem entidades do setor Getty Images via BBC A indústria siderúrgica latino-americana começou o século 21 com a esperança de se tornar o motor do crescimento econômico da região, mas, longe de conseguir isso, sofreu uma longa estagnação que hoje se tornou uma crise. Representantes do setor culpam as importações de aço da China, que têm preço mais competitivo. Pequim já classificou de "protecionismo" questionamentos judiciais sobre o preço do seu aço. Um dos objetivos que países como o Brasil, o México, a Argentina, o Chile, a Colômbia, o Equador e o Peru estabeleceram para si em 2000 foi desenvolver o seu setor industrial, para deixar de basear as suas economias na exportação de matérias-primas. A principal razão é que, por não ter valor acrescentado, o comércio de mercadorias produz empregos menos qualificados e com salários mais baixos do que a indústria de transformação. LEIA TAMBÉM: Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias; entenda os motivos Rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres A chave para acelerar a industrialização foi a produção de aço, porque essa liga de ferro e carbono é utilizada para fabricar quase tudo, desde edifícios e pontes a veículos, desde eletrodomésticos a produtos eletrônicos e tecnológicos. No início do século, a região fabricava 6,6% do aço mundial, segundo a Associação Mundial do Aço (WSA, por suas siglas em inglês), e exportava mais de 160 mil toneladas do material para a China (o dobro do que importavam daquele país). Mas o setor siderúrgico nunca decolou. Pelo contrário, neste quase um quarto de século, o aço latino-americano foi perdendo relevância. A produção estagnou: enquanto em 2000 a região produziu 56 milhões de toneladas de aço — número que aumentou para 67,6 milhões em 2011 —, a partir daí o movimento foi de queda: no ano passado a produção foi de 58,3 milhões. Enquanto isso, o peso do aço latino-americano dentro da produção mundial diminuía sistematicamente. Em 2023, atingiu o seu ponto mais baixo, representando apenas 3,1% do estoque mundial, menos de metade do que representava no início do século. Segundo especialistas do setor, a crise está se agravando, colocando em risco os quase 1,4 milhão de empregos gerados pela indústria. 'Inundação' de aço A Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), com sede em São Paulo, acusou Pequim de "inundar" a região com o seu aço barato. A entidade informou que diversas siderúrgicas tiveram que paralisar suas operações nos últimos meses. A mais recente foi Huachipato, principal produtora de aço do Chile, que anunciou em 20 de março o fechamento por tempo indeterminado de sua planta. O diretor executivo da Alacero, Alejandro Wagner, disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que embora existam fatores endógenos que dificultaram o desenvolvimento da indústria, o grande problema foi gerado pelo gigante asiático. “Entre 2000 e 2023, a China aumentou a sua produção de aço em quase 700%.” “Passou da produção de 15% do aço mundial para a produção de 54%”, disse ele, citando números da Associação Mundial do Aço. A China produz mais aço do que todos os outros países produtores juntos. Getty Images via BBC O executivo da Alacero diz que Pequim exporta a um preço abaixo do mercado, impossibilitando a concorrência de outros produtores. 'Dumping' Poucas regiões sofrem mais com o problema de preço de venda abaixo do valor de custo (conhecido como "dumping" no mundo comercial) do que a América Latina. Para compreender a dimensão, basta ver como a dinâmica entre a região e o maior país da Ásia mudou no último quarto de século. Como dissemos, em 2000, a América Latina exportou cerca de 160 mil toneladas de aço para a China e, por sua vez, importou metade disso: cerca de 80 mil toneladas de aço chinês. Mas nas décadas seguintes a situação inverteu dramaticamente. Enquanto as exportações para a China caíram 94% até 2023, as importações chinesas de aço aumentaram 8.690%. Enquanto isso, a venda de matérias-primas latino-americanas à China aumentou quase 1.500%, acrescenta Warner, que alerta para um processo de “reprimarização”. Hoje chegam à região cerca de 10 milhões de toneladas de aço chinês, provocando “um processo de desindustrialização na região” e levando o setor a uma crise, afirma o dirigente siderúrgico. O diretor-executivo da Alacero, Alejandro Wagner, alerta que a China está causando a “desindustrialização” na América Latina Alacero via BBC A vítima mais recente é a Huachipato Steel Company, do Chile, localizada em Talcahuano, na região de Bío Bío. A empresa, que no primeiro semestre de 2023 registrou prejuízos de US$ 279 milhões, tomou a decisão de paralisar as suas operações por tempo indeterminado depois de considerar “insuficiente” a decisão das autoridades do país de impor uma taxa de 15,3% às importações chinesas de esferas de aço. Segundo os diretores da Huachipato, empresa que gera cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos, esta medida não é suficiente para resolver as distorções que está produzindo o aço chinês, que, segundo seus cálculos, é 40% mais barato que o aço chileno. A Companhia Siderúrgica Gerdau do Brasil também anunciou há algumas semanas que iria suspender alguns dos seus trabalhadores na fábrica de São José dos Campos, em São Paulo, por cinco meses, a partir de abril, alegando "forte concorrência da China". Segundo a Alacero, isso se soma a outras suspensões temporárias que outras empresas brasileiras anunciaram nos últimos seis meses, quando “o nível de importações começou a ser grave”. “O objetivo das suspensões é evitar o fechamento definitivo, tentar salvar empregos. Queremos evitar que isso aconteça também em países como Argentina e Colômbia”, disse Wagner. Aço barato Mas como é possível que trazer aço da China para a América Latina, do outro lado do planeta, seja mais rentável do que produzi-lo localmente? Ou dito de outra forma: porque é que o aço chinês é tão mais barato que o aço latino-americano? A principal razão é que o aço chinês é subsidiado pelo Estado e também produzido em excesso. Segundo Cory Combs, especialista em Energia e Indústria Chinesa e diretor associado do centro de pesquisas Trivium China, Pequim colocou a produção de aço como um elemento central do crescimento econômico do país, depois de passar de uma economia agrária para uma economia industrial. Foram criadas mais de 2.000 fábricas (embora hoje a maior parte da produção esteja concentrada em sete empresas, lideradas pela Baosteel, uma subsidiária da estatal Baowu). A indústria siderúrgica criou mais de 3 milhões de empregos. A estatal Baosteel lidera o mercado siderúrgico chinês, com quase 13% da produção. Getty Images via BBC O aço subsidiado foi usado para construir megacidades para pessoas que se deslocavam do campo para os centros urbanos. “O setor industrial se tornou uma peça-chave da economia e hoje representa cerca de 32% do Produto Interno Bruto da China”, explicou o especialista à BBC News Mundo. Motorizadas e financiadas pelo Estado, as produções das siderúrgicas chinesas passaram de 128,5 milhões de toneladas em 2000 para pouco mais de 1 bilhão de toneladas em 2023, segundo a entidade mundial do aço. Mas o setor se tornou um motor tão importante para a economia chinesa que, mesmo quando a procura interna começou a abrandar, as fábricas continuaram produzindo aço subsidiado. “As famosas cidades fantasmas e os projectos de construção desenfreados são visíveis”, diz Combs, sobre os enormes conjuntos habitacionais vazios em várias partes do país. “Foi todo um exercício para impulsionar o PIB”, diz. Exportações subsidiadas O governo chinês não só subsidiou a produção, como também subsidiou a exportação de aço, o que deu início à "onda" de aço chinês barato que se espalhou pelo mundo. Uma onda que se acentuou nos últimos tempos devido à redução da procura interna por aço gerada pela crise no setor imobiliário chinês, afirma Combs. Segundo Wagner, embora Pequim alegue já não subsidiar as exportações de aço, "eles têm tanta escala e tantos excedentes que todo o seu excesso de aço é vendido a um custo quase marginal". Mas por que a China continua produzindo mais aço do que necessita ou pode vender a um bom preço? E por que mantêm subsídios para um produto que fabricam em excesso? Combs destaca que a principal explicação é que o país “não quer perder PIB”. “Há momentos em que o governo chinês toma medidas muito agressivas para entrar em determinados mercados, mas este não é o caso do aço na América Latina”, diz Combs. O problema, diz ele, é interno e “gera muita frustração” na China. Cory Combs, do centro de estudos Trivium China, afirma que a superprodução de aço é um problema para as autoridades chinesas Cory Combs via BBC “Embora muitas siderúrgicas chinesas operem com margens muito baixas (em 2023 reportaram lucros de 1,33%) e 15 dos principais produtores tenham mesmo pedido ao governo para impor cortes de produção, nenhum deles sente que pode dar o primeiro passo individualmente”, explica o especialista. "E os governos locais, dos quais estas empresas dependem, também não querem ser os primeiros a impor cortes. Querem ficar com a sua fatia do bolo." Entretanto, o governo central, que tem o poder de decidir, “tem sido lento para reagir porque é muito dependente da produção industrial”, afirma. “O governo de Xi Jinping pretende reduzir a sua dependência do setor e está ativamente tentando desenvolver a sua indústria tecnológica, veículos eletrônicos e fontes de energia limpa, mas o problema é que o processo de transição é muito lento”. Por que isso afeta tanto a América Latina? As 10 milhões de toneladas de aço chinês que a América Latina importou em 2023 representam uma quantidade alta para uma região que produziu quase 58 milhões de toneladas (é um pouco mais de 17%, para ser mais exato). No entanto, a América Latina foi apenas um dos destinos para onde foram parar as mais de 90 milhões de toneladas de aço que a China exportou no ano passado. Por que então parece ser a região mais afetada pela entrada desse aço barato? A explicação, concordam os especialistas, é que os países latino-americanos estão em condições inferiores quando se trata de se defenderem contra o “dumping” chinês. Outras nações produtoras de aço, como a Índia, os Estados Unidos e os países da União Europeia, impuseram tarifas (as duas últimas, próximas de 25%) para combater os baixos preços do produto chinês. Mas, na América Latina, apenas o México tomou uma medida da mesma magnitude. É o único país da região, salienta Wagner, onde a indústria transformadora não diminuiu, em grande parte graças à sua proximidade com os Estados Unidos. Em 2023, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador impôs uma tarifa de 25% ao aço chinês Getty Images via BBC Por outro lado, os países sul-americanos dependem muito mais da China para o resto do seu comércio, uma realidade que “limita a sua capacidade de impor tarifas”, uma vez que Pequim poderia retaliar e fazer o mesmo com alguns dos produtos que importa da América Latina. Esta seria a principal razão pela qual o Brasil, principal produtor de aço da região —que, aliás, vende à China o minério de ferro de que necessita como matéria-prima para criar o aço —, impõe taxas de apenas 10-12%, e o Chile propõe uma tarifa próxima de 15%, o que continua deixando o preço do aço chinês abaixo do local. Outro receio dos países latino-americanos é de que organizações como a Organização Mundial do Comércio (OMC) lhes imponham multas por tarifarem as importações chinesas. E, longe de equilibrar este desequilíbrio comercial, a OMC decidiu muitas vezes a favor da China em muitas das dezenas de queixas de "dumping" que recebeu contra o gigante asiático, que aderiu à organização em 2001. Combs explica que não se trata de favoritismo, mas sim de uma questão bastante técnica (que está sendo analisada como resolver): a China ainda é considerada uma “economia emergente”, portanto não lhe são impostas as mesmas restrições que a uma “economia de mercado", e isso inclui medidas contra dumping. A reação de Pequim O governo chinês, famoso por seu sigilo, não fez declarações oficiais sobre os planos dos países latino-americanos de tarifar o seu aço, afirma o especialista. No entanto, após o anúncio do México de impor uma taxa de 25%, em agosto de 2023, um dos meios de comunicação que opera sob a órbita do poderoso Ministério do Comércio Chinês (Mofcom), o China Trade Remedies Information, alertou que "as empresas chinesas que utilizam o México, como mercado de exportação e destino de transferência de investimentos, serão duramente afetadas.” Entretanto, num outro artigo publicado em março passado no site da Seção Econômica e Comercial da Embaixa da República do Chile, o Mofcom criticou a chamada Comissão Chilena Anti-Distorção, que determina a questão das tarifas sobre as importações. “A maioria dos membros do comitê determina artificialmente a margem de dumping sem baseá-la em fatos objetivos, politizando o que deveria ser um processo técnico”, criticava a nota. O texto também alertou que “isso violou gravemente o Acordo de Livre Comércio assinado pelo Chile e não pode fazer com que outros parceiros comerciais respeitem o mesmo tratado”. Aço verde Enquanto os governos latino-americanos analisam os prós e os contras da imposição de tarifas — medida fortemente exigida pela Alacero — a resolução desse conflito comercial pode ser determinada por um fator externo, mas que se torna cada vez mais relevante: o meio ambiente. Em 2020, Xi anunciou durante a Assembleia Geral das Nações Unidas que a China — o país mais poluente do mundo — terá como objetivo atingir o pico das emissões de dióxido de carbono antes de 2030 e procurar a neutralidade de CO2 até 2060. Segundo Combs, para atingir esse objetivo, Pequim planeja cortar cerca de 8% da sua produção de aço até 2030. “O aço chinês é produzido a partir do carvão e essa indústria é a mais poluente do país, contribuindo com 15% das emissões de carbono”, destaca. A China também pretende produzir 20% do seu aço utilizando eletricidade renovável até 2030. Em 2020, Xi Jinping se comprometeu com os países da ONU a reduzir as emissões de C02 do seu país, o que afetará a produção de aço Getty Images via BBC Wagner também acredita que o meio ambiente será um fator-chave para acabar com o desequilíbrio causado pela siderurgia chinesa, mas por um motivo diferente. “A grande vantagem do aço latino-americano é que ele é muito mais limpo que o aço chinês”, ressalta. A produção de cada tonelada de aço chinês emite 45% mais de CO2, segundo dados da Alacero. Mas a isso devemos somar a poluição gerada no transporte para o outro lado do planeta, que, segundo a organização, é três vezes maior do que a emitida na fabricação. À medida que o mundo avança em direção à neutralidade carbônica, essa vantagem será sentida, diz Wagner. O dirigente também está convencido de que a transição para um mundo mais limpo poderá permitir que a indústria siderúrgica latino-americana finalmente decole, revertendo o atual processo de “reprimarização” da economia. "Eu sou otimista. O aço está intimamente ligado à energia: tudo o que é energia renovável também precisa de aço. Portanto, há uma grande oportunidade para que o aço, e principalmente a energia limpa, seja foco de produção e exportação na América Latina”, declara. Atualmente a indústria opera com 60% de sua capacidade instalada, o que deixa um potencial de crescimento de 40%, diz entusiasmado. “Isso poderia deter o processo de desindustrialização que sofremos nos últimos 20 anos, que nos deixou sem empregos de qualidade, gerando pobreza e desigualdade como em poucos lugares do mundo”. PIB da China cresce 5,3% em termos anuais no 1º trimestre Veja Mais

Produtores de abacate de SP reclamam de demanda fraca

G1 Economia A produção nas plantações de abacate caiu no centro-oeste do estado de São Paulo e, além disso, o desequilíbrio entre oferta e demanda prejudicou alguns agricultores. Produtores de abacate de SP reclamam de demanda fraca Reprodução/TV TEM Em uma lavoura no município de Sabino (SP), tem abacate que chega a pesar mais de um quilo. O agricultor investe em adubo e tem irrigação por gotejamento, mas, mesmo produzindo frutos que chamam a atenção pelo tamanho e pela qualidade, falta demanda. Foram cortados 350 pés no ano passado. Atualmente, são 100 pés de abacate. O agricultor vende a caixa com 20 quilos por R$ 30, e abastece as quitandas e a cooperativa de agricultores de Lins (SP). A fruta é uma importante fonte de renda para outros agricultores. No entanto, a dificuldade para vender o que está sendo produzido preocupa. Então, para garantir o sustento da família, compensa investir em outras plantações. Em uma fazenda no município de Arealva (SP), são 12 mil pés de abacates de diferentes variedades, como: Quintal; Fortuna; Geada; Ouro verde; Breda; Margarida; Diamante, entre outros. A lavoura tem cerca de 15 anos, e os produtores da região dizem que a atual safra está sendo uma das piores. O abacate é uma fruta rústica, que não requer tantos cuidados, mas precisa de bastante água para atingir o ponto de colheita. Em uma outra plantação, não há irrigação, e as altas temperaturas prejudicaram muitos frutos. Os que se desenvolveram são os que cresceram entre as folhas, e é possível observar muitos abacates perdidos no chão. O preço da fruta na roça caiu bastante de dois anos pra cá. O quilo custava R$ 2,50 e, atualmente, sai em média por R$ 1,30. O agricultor vende para todos os estados do país. Mesmo com o cenário desfavorável, há quem aposte na fruta. Em um sítio de Cabrália Paulista (SP), 1 mil abacateiros foram plantados há quatro anos por um outro agricultor. A primeira safra será em 2025, e ele está otimista. Veja a reportagem exibida no programa em 21/04/2024: Produtores de abacate de SP reclamam de demanda fraca VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

+Milionária, concurso 140: prêmio acumula e vai a R$ 176 milhões

G1 Economia Treze apostas que acertaram cinco dezenas e dois trevos vão levar R$ 41,7 mil cada. Próximo sorteio será na quarta-feira (24). Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil 2 O sorteio do concurso 140 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (20), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 176 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, 13 apostas acertaram cinco dezenas e dois trevos e vão levar R$ 41.788,47 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 06 - 07 - 14 - 20 - 44 - 40 Trevos: 1 - 4 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 38 apostas ganhadoras: R$ 6.353,81 4 acertos + 2 trevos - 156 apostas ganhadoras: R$ 1.658,27 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 1.691 apostas ganhadoras: R$ 152,98 3 acertos + 2 trevos - 2.538 apostas ganhadoras: R$ 50 3 acertos + 1 trevo - 19.502 apostas ganhadoras: R$ 24 2 acertos + 2 trevos - 19.932 apostas ganhadoras: R$ 12 2 acertos + 1 trevo - 159.232 apostas ganhadoras: R$ 6 O próximo sorteio da +Milionária será na quarta-feira (24). +Milionária, concurso 140 Reprodução/Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja no vídeo abaixo como jogar na +Milionária: +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Veja Mais

Os moradores de Ibiza que vivem em seus carros enquanto turismo faz aluguéis dispararem

G1 Economia Muitos trabalhadores da ilha, famosa pelas praias e festas, não conseguem pagar os altos preços do aluguel — e acabam vivendo em carros ou barracas de acampar. César Nebrera vive em seu automóvel, apesar de trabalhar como chef de cozinha em Ibiza. BBC César Nebrera serve uma xícara de café que preparou em um fogareiro no porta-malas do carro. O antigo sedã verde da Kia está parado à sombra de uma alfarrobeira, ao lado da estrada principal que leva à cidade de Ibiza, na ilha de mesmo nome, na Espanha. “Sinto falta das coisas básicas que tornam a vida confortável, como poder ficar em pé dentro de casa, cozinhar de maneira adequada ou até mesmo abrir uma gaveta e pegar algumas meias”, diz ele. "São os tipos de coisas que você perde quando mora em um carro." O Kia de César tem sido sua casa nos últimos três anos. Ele trabalha como chef de cozinha, mas como os preços do aluguel na ilha espanhola dispararam, ele não pode se dar ao luxo de morar em um apartamento. “Em Ibiza, a moradia é muito cara, e está ficado cada vez mais”, afirma. "E o preço do aluguel está longe de ser compatível com o que você ganha. Então, viver assim é uma alternativa. É menos confortável, mas me permite continuar morando na ilha." 'É menos confortável, mas me permite continuar morando na ilha', diz Nebrera. BBC Ibiza é uma das quatro principais ilhas do Mediterrâneo que formam as Ilhas Baleares da Espanha. As outras são Maiorca, Minorca e Formentera. Muitos profissionais locais vivem em condições igualmente precárias em Ibiza, devido ao alto preço do aluguel. No ano passado, o IGC, órgão que representa a guarda civil, afirmou que “três ou quatro” dos seus agentes viviam em veículos na ilha. Barracas de acampar Outros moradores passaram a viver em barracas de acampar ou em alojamentos compartilhados muito básicos. Daniel Granda, porta-voz do Sindicato de Inquilinos de Ibiza e Formentera, organização que representa os inquilinos locais, diz que esse tipo de situação está se tornando comum. “Muita gente acaba em condições bastante miseráveis. Estamos começando ??a ver favelas por toda a ilha”, observa. “Sem a possibilidade de encontrar uma moradia que nos permita viver normalmente, nós que vivemos na ilha temos a sensação de que estamos sendo expulsos dela." Famosa pelas águas cristalinas e pelas festas, Ibiza recebeu 4 milhões de turistas no ano passado. Getty Images via BBC As elevadas taxas de juros e a recente crise do custo de vida demoveram muitos espanhóis da ideia de comprar imóveis, gerando um aumento na demanda por imóveis alugados, o que fez subir os preços. Os preços do aluguel nas Ilhas Baleares aumentaram em média 18% só no ano passado, em comparação com um aumento médio de 12% a nível nacional. No entanto, o status de Ibiza como polo turístico situado em uma área relativamente pequena potencializou este fenômeno na ilha, levando a aumentos muito mais acentuados — em alguns casos, de até 40% ou 50% só no último ano. Moradias com preço para turista Isabel María Pérez, que está procurando moradia acessível na ilha, diz que um quarto de solteiro custa entre 700 e 1.000 euros (R$ 3.900 e R$ 5.600) por mês, enquanto um apartamento modesto pode custar cerca de 1.500 euros (R$ 8.400). Ela trabalha como caixa de supermercado e seu companheiro é funcionário em um hotel cinco estrelas. O casal teve que se mudar do apartamento que alugavam quando o imóvel foi vendido pelos proprietários. Desde então, eles moram com a sogra de Isabel. Natural de Castilla La Mancha, na região central da Espanha, Isabel conta que ela e sua família estão cogitando agora voltar para o continente, simplesmente por conta da questão habitacional. “O problema em outras partes de Espanha é que não há muito trabalho”, diz ela. "Aqui tem todo o trabalho que você poderia desejar, mas não há lugar para morar." Embora o turismo gere muitos empregos em Ibiza, também dificulta o acesso à moradia. Getty Images via BBC A taxa de desemprego na cidade de Ibiza, a capital da ilha, é de pouco menos de 5%, em comparação com 8% em Madri ou 19% em Sevilha, capital da região da Andaluzia. Com uma população de apenas 160 mil habitantes, Ibiza recebeu aproximadamente quatro milhões de turistas no ano passado, um novo recorde, e 84% da sua atividade econômica está vinculada ao turismo, segundo o governo local. Embora seus hotéis, restaurantes e casas noturnas gerem muitos empregos, uma grande parte das suas moradias só está disponível a preços turísticos para temporada — e os trabalhadores locais são excluídos do mercado. O governo regional conservador das Ilhas Baleares, que assumiu o poder no ano passado, optou por não implementar uma lei habitacional aprovada pelo governo espanhol em Madri, que procura limitar os preços dos aluguéis em áreas do país onde dispararam. Juan Miguel Costa, responsável pelo turismo de Ibiza, acredita que o problema é que se ganha mais alugando por temporada do que alugando para alguém durante o ano todo, BBC Em vez disso, as autoridades locais atribuem o problema da habitação principalmente aos proprietários de imóveis em áreas residenciais de Ibiza que estão desrespeitando a lei ao alugarem suas propriedades por curta temporada, enquanto as leis locais determinam que deveriam alugar por pelo menos seis meses. O governo local diz que desde 2019 aplicou cerca de 4 milhões de euros em multas relacionadas a atividades ilegais no setor do turismo. “O problema é que você ganha muito mais dinheiro alugando por dias ou semanas do que alugando de acordo com a lei”, explica Juan Miguel Costa, responsável pelo turismo em Ibiza. Segundo ele, as autoridades regionais e municipais precisam trabalhar em conjunto "para combater essa sensação de impunidade que tem havido na ilha, de que é muito fácil oferecer ilegalmente um apartamento [para turismo] em um prédio residencial, ou oferecer um imóvel como casa de férias sem licença de férias." Os salários na ilha não aumentam na mesma proporção que os aluguéis. Getty Images via BBC Costa também atribui o aumento dos preços dos aluguéis ao fato de que muitas casas permanecem sem uso ao longo do ano, devido às preocupações dos proprietários sobre possíveis ocupações — reduzindo ainda mais a oferta de moradia para os trabalhadores locais. Uma ironia da crise imobiliária de Ibiza é que ela ameaça agora minar a indústria do turismo, a mesma que vem sendo responsabilizada por causar o aumento dos preços dos aluguéis. “Quem vive aqui diz sempre a mesma coisa: alguma coisa tem que acontecer, porque os preços continuam subindo”, diz George McBlain, diretor de operações do O Beach, uma casa noturna e restaurante que emprega trabalhadores da ilha, da Espanha continental e do exterior. “Obviamente, os salários sobem um pouco, mas não o suficiente”, acrescenta. "Tenho amigos aqui, e os aluguéis deles dobraram no espaço de um ano. E se isso continuar, o que vamos ver — e já está acontecendo — é que os trabalhadores que vêm para a ilha vão escolher outro lugar [para trabalhar]." Ativistas vandalizam iate atracado em Ibiza Veja Mais

Quina: ninguém acerta as cinco dezenas e prêmio acumula em R$ 46 milhões

G1 Economia Sorteio ocorreu nesta sexta-feira (19). Confira os números sorteados: 07 - 46 - 63 - 65 - 73. Veja abaixo os números do sorteio do concurso 6420 da Quina realizado nesta sexta-feira (19): 07 - 46 - 63 - 65 - 73 Confira quantas apostas foram premiadas no concurso 6420: Ninguém conseguiu os 5 acertos, e a premiação acumulou para R$ 46 milhões, o maior prêmio da história do concurso; 4 acertos: 124 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 8.894,55; 3 acertos: 10.094 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 104,06; 2 acertos: 256.489 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 4,09. O próximo sorteio da Quina acontece neste sábado (20). Quina, concurso 6420 Reprodução/Caixa Como jogar na Quina Como funciona a Quina Para jogar na Quina, é preciso escolher de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis. Também é possível optar pela Surpresinha da Quina – nesse caso, os números são escolhidos pela Caixa Econômica Federal, que administra a loteria. O valor da aposta e a chance de acerto variam de acordo com a quantidade de números escolhidos: Chances de acerto e valor da aposta São premiadas as apostas que acertarem de 2 a 5 números. A divisão do prêmio é a seguinte: 35% do valor do prêmio entre quem acertou 5 números; 15% entre quem acertou 4; 10% entre quem acertou 3; 10% entre quem acertou 2. O que é a Teimosinha da Quina Na Teimosinha da Quina, o apostador concorre com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos. Volantes da quina Stephanie Fonseca/G1 Sorteio da Quina A Quina tem 6 sorteios semanais, que ocorrem de segunda-feira a sábado, às 20h. O que é a Quina de São João A Quina de São João tem o sorteio realizado uma vez por ano em uma data próxima ao dia 24 de junho, dia de São João. Os prêmios são maiores que os dos concursos regulares. Veja Mais

Líder do governo critica PEC que impulsiona salários de juízes e promotores: 'Quebra o país'

G1 Economia Proposta está em análise no Senado e pode ser votada na próxima semana. José Guimarães, líder na Câmara, diz que impacto fiscal da medida prejudica União e estados. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou nesta sexta-feira (19) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço para membros do Judiciário e do Ministério Público. Segundo o deputado, caso seja aprovada, a chamada PEC do Quinquênio "quebra o país" em razão do impacto fiscal. A proposta turbina o salário de juízes e promotores até o limite de 35% da remuneração do servidor. O valor não seria contabilizado dentro do teto do funcionalismo público (atualmente em R$ 44 mil). "Se essa PEC prosseguir ela vai quebrar o país. Quebra o país e quebra os estados. Não tem o menor fundamento, na minha opinião. O presidente [Lula] não falou isso. É opinião minha como líder da Câmara. Essa PEC não pode, ela quebra fiscalmente o país", disse Guimarães. O líder adiantou que encaminhará voto contra a PEC caso a proposta passa pelo Senado. Impacto bilionário Chamada no Congresso de PEC do Quinquênio, a proposta resgata um benefício extinto em 2006 e que foi retomado para o Judiciário em 2022, por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). O Planalto atua contra a proposta por receio de um efeito cascata e pressão sobre o Orçamento público em todas os níveis – federal, estadual e municipal. Durante a votação na CCJ do Senado, o líder do governo Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que o impacto fiscal da proposta seria de cerca de R$ 42 bilhões por ano. Já o líder no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), fez referência a estudos que apontam que o benefício pode levar a um impacto de cerca de R$ 6 bilhões. A projeção, porém, pode sofrer mudanças com o número de carreiras beneficiadas pelo texto. Veja Mais

Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE

G1 Economia Rendimento médio mensal do 1% mais rico foi de R$ 20.664, contra R$ 815 dos 40% mais pobres. No Brasil, média subiu 11,5% em 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848. Rendimento do 1% mais rico do Brasil é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres As regiões brasileiras com a maior presença de benefícios sociais, principalmente o Bolsa Família, apresentaram as quedas mais expressivas da desigualdade social em 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19). O Nordeste é a região em que esses dados aparecem com maior evidência. Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, o grupo dos 10% mais ricos tinha um rendimento médio mensal domiciliar per capita — ou seja, a renda média de um domicílio dividida pelas pessoas que lá habitam — 18,8 vezes maior que os 40% mais pobres. Essa razão caiu para 14,4 em 2022 e, no ano passado, para 13,7. A queda nessa diferença entre os rendimentos dos mais ricos e dos mais pobres é inversamente proporcional ao percentual de domicílios que recebe algum tipo de programa social do governo. Em 2019, 29% dos domicílios do Nordeste recebiam Bolsa Família. Em 2022, eram 33,8% e, em 2023, 35,5%. LEIA TAMBÉM Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres A região Norte apresentou uma dinâmica semelhante nos últimos anos. Em 2019, a razão entre o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres era de 16,2. Essa diferença caiu para 13,5 em 2022, e para 12,8 em 2023. Já a quantidade de domicílios que recebiam Bolsa Família na região, cresceu. Eram 26,3% em 2019, depois 29,1% em 2022, e 31,7% em 2023. Essa porcentagem de domicílios com o benefício social também cresceu nas outras regiões do Brasil, mas de maneira menos acentuada. Esse crescimento aconteceu após, em março do ano passado, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva relançar o Bolsa Família, em substituição ao Auxílio Brasil, que nasceu durante a pandemia. O programa manteve seu valor mínimo de R$ 600, mas passou a incluir, também, outros benefícios a depender da composição familiar, além do incremento de R$ 150 para crianças de até 6 anos, por exemplo. Esses benefícios fizeram com que, em 2023, a renda da população beneficiada crescesse mais que a renda daqueles que não recebiam. "Em 2023, o rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios que recebiam o Bolsa Família era inferior a 30% do rendimento médio dos domicílios não beneficiados", diz o IBGE. No entanto, "entre 2019 e 2023, o rendimento per capita do grupo de domicílios que recebiam o Bolsa Família cresceu 42,4%, enquanto entre aqueles que não recebiam o benefício a variação foi de 8,6%". Na média nacional, os domicílios que recebiam o benefício subiram de 14,3% em 2019, para 16,9% em 2022, e 19% em 2023. Já a diferença entre o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres caiu de 14,8 vezes em 2019 para 14,4 em 2022 e 2023. Assim como Nordeste e Norte, a região Sul também teve uma queda na diferença de rendimento entre mais ricos e mais pobres, mas menos intensa: caiu de 10,6 vezes em 2019, para 10,1 em 2022, e 9,9 em 2023. Essa é a região, porém, com o menor número de domicílios com Bolsa Família. Eram 5,1% em 2019, 6,3% em 2022, e 7,9% em 2023. Já as regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram um aumento na diferença entre o rendimento dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres. No Sudeste, os mais ricos tinham um rendimento médio mensal domiciliar per capita 15 vezes maior que os mais pobres em 2019. A razão caiu para 13,1 em 2022, mas voltou a subir no ano passado, para 13,3. A região tinha 7,5% de domicílios beneficiários do Bolsa Família em 2019. Em 2022, eram 9,3% e, em 2023, 11,5%. No Centro-Oeste, o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos era 13,2 vezes maior que o dos 40% mais pobres. A razão caiu para 12,2 em 2022, e voltou a subir, para 12,5, em 2023. Eram 9,1% os domicílios que recebiam o Bolsa Família em 2019. Depois, em 2022, eram 11%, e 12,8% em 2023. População com algum tipo de rendimento Além do rendimento médio mensal per capita, a proporção da população brasileira com algum tipo de rendimento (independentemente de ser proveniente de trabalho, benefícios sociais ou outros meios) também cresceu e atingiu seu pico em 2023. No ano passado, 64,9% da população — cerca de 140 milhões de pessoas — tinha algum tipo de rendimento. No ano anterior, eram 62,6%, cerca de 134,1 milhões de pessoas. Os números mostram uma recuperação da economia brasileira após a pandemia de Covid-19. Em 2021, ano que registrou o maior número de casos e mortes pela doença, 59,8% da população (127,1 milhões de pessoas) tinham algum tipo de rendimento, menor patamar já registrado pela pesquisa. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores porcentagens de população com algum tipo de rendimento. Norte e Nordeste foram as menores. Ainda assim, todas as regiões tiveram uma melhora nos números em um ano. Veja o percentual da população de cada região com algum tipo de rendimento: Sul: 68,8% da população com rendimento em 2023, contra 67% em 2022; Sudeste: 67,6% da população com rendimento em 2023, contra 64,8% em 2022; Centro-Oeste: 65,6% da população com rendimento em 2023, contra 62,6% em 2022; Nordeste: 60,8% da população com rendimento em 2023, contra 59% em 2022; Norte: 57,8% da população com rendimento em 2023, contra 55,9% em 2022. Entre os estados, o que tem a maior porcentagem de pessoas com rendimento na população residente (pessoas que habitam um mesmo domicílio) é o Rio Grande do Sul, com 70,3%, seguido por Santa Catarina, com 69,4%, e São Paulo, com 68,6%. Já os estados com a menor taxa são Acre, com 51,5%, Amazonas, com 53%, e Roraima, com 54,8%. Com o aumento na porcentagem de população com rendimento em todas as regiões, o rendimento médio mensal real (independentemente da fonte) também cresceu em 2023, em relação a 2022. Veja o rendimento mensal médio real da população residente com algum tipo de rendimento em cada região: Sul: R$ 3.149 em 2023, contra R$ 2.992 em 2022; Sudeste: R$ 3.308 em 2023, contra R$ 3.058 em 2022; Centro-Oeste: R$ 3.355 em 2023, contra R$ 3.089 em 2022; Nordeste: R$ 1.885 em 2023, contra R$ 1.788 em 2022; Norte: R$ 2.255 em 2023, contra R$ 2.052 em 2022. Apesar da alta geral de um ano para o outro, o cenário é diferente olhando para o patamar registrado em 2019, pré-pandemia. As únicas regiões que tiveram um avanço no rendimento médio em 2023 em relação a 2019 foram Centro-Oeste (R$ 3.355 contra R$ 3.145) e Norte (R$ 2.255 contra R$ 1.999). Já as outras regiões ainda não retomaram o patamar de rendimento médio mensal de antes da pandemia: Sul (R$ 3.149 em 2023 contra R$ 3.170 em 2019), Sudeste (R$ 3.308 contra R$ 3.339) e Nordeste (R$ 1.885 contra R$ 1.912). A média nacional em 2023 foi de R$ 2.846 entre a população residente com rendimento. Já os estados, o maior rendimento médio foi registrado no Distrito Federal, com R$ 4.966, e o menor, no Maranhão, com R$ 1.730. Participação do tipo de rendimento na composição da renda domiciliar A pesquisa do IBGE mostrou que a participação do rendimento proveniente de trabalho no rendimento domiciliar per capita teve uma leve queda, passando de 74,5% em 2022 para 74,2% em 2023. O percentual registrado no ano passado também é menor que o pré-pandemia, de 74,4% em 2019. No entanto, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos no Brasil teve um crescimento expressivo em 2023, registrando R$ 295,6 bilhões, contra R$ 264,6 bilhões em 2022 e R$ 271,7 bilhões em 2019. Segundo o Instituto, esse crescimento mostra uma continuidade da tendência de recuperação da massa de rendimento de todos os trabalhos depois da pandemia, quando o desemprego cresceu e, em muitos casos, salários foram reduzidos. Enquanto a participação do rendimento de trabalhos na composição da renda média domiciliar caiu, porém, o rendimento proveniente de outras fontes apresentou uma alta, com destaque para o grupo de Outros rendimentos, que incorpora programas sociais, como o Bolsa Família. Veja qual foi a participação de cada tipo de rendimento na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, por região: Sul Todos os trabalhos: 75,6% Aposentadoria e pensão: 17,6% Aluguel e arrendamento: 2,7% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,2% Sudeste Todos os trabalhos: 75,3% Aposentadoria e pensão: 17,4% Aluguel e arrendamento: 2,4% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 1,0% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,9% Centro-Oeste Todos os trabalhos: 79,3% Aposentadoria e pensão: 13,9% Aluguel e arrendamento: 2,6% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,3% Nordeste Todos os trabalhos: 65,7% Aposentadoria e pensão: 21,4% Aluguel e arrendamento: 1,3% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 10,8% Norte Todos os trabalhos: 76,3% Aposentadoria e pensão: 13,3% Aluguel e arrendamento: 1,1% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 8,5% Brasil Todos os trabalhos: 74,2% Aposentadoria e pensão: 17,5% Aluguel e arrendamento: 2,2% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 5,2% Pagamentos de abril do Bolsa Família 2024 começam nesta quarta-feira (17) Veja Mais

Halving do bitcoin: entenda fenômeno que acontece a cada 4 anos e está impulsionando a criptomoeda

G1 Economia Processo que divide pela metade a remuneração paga aos mineradores tem como objetivo controlar a quantidade de bitcoins em circulação no mercado, para garantir a escassez e a valorização do ativo. Halving do bitcoin: entenda fenômeno que acontece a cada 4 anos De quatro em quatro anos, em média, o investidor em criptomoedas tem sua própria "Copa do Mundo": o "halving" do bitcoin. Halving é a expressão em inglês para "dividir pela metade". Quando acontece um halving, a remuneração de quem minera bitcoins é dividida ao meio, como uma forma de controlar a quantidade da criptomoeda em circulação. O criador do bitcoin (que ninguém sabe quem é, mas que é conhecido pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto) definiu, lá no início do projeto, que o bitcoin precisaria ser um ativo escasso e só haverá 21 milhões de bitcoins em circulação. A mineração é a única forma pela qual novos bitcoins são colocados em circulação. O trabalho do minerador é encontrar e validar as informações das transações com bitcoin. Isso serve para manter a segurança da rede. Cada transação que ocorre dentro da rede do bitcoin, equivale a um bloco. A cada bloco correto que é validado pelo minerador, ele recebe uma remuneração em bitcoins. Ao longo do tempo, a cada halving do bitcoin, a recompensa por essa operação foi diminuindo. Em 2008, eram 50 bitcoins por cada bloco minerado; Em 2012, eram 25 bitcoins; Em 2016, eram 12,5 bitcoins; Em 2020, eram 6,25 bitcoins. Agora, em 2024, a remuneração passará a ser de 3,125 bitcoins por bloco minerado. Nesta reportagem, o g1 explica por que o halving é importante, como a criptomoeda se valoriza por causa dele e, claro, quais cuidados o investidor precisa ter para não se deixar levar pelo bom momento da criptomoeda. LEIA MAIS: Como funcionam o bitcoin e outras criptomoedas? G1 Explica O que está por trás de recorde histórico do preço do bitcoin ???? O que é o halving Para entender o que é o halving, é necessário dar um passo atrás e compreender como a rede do bitcoin foi desenhada. A ideia inicial da criptomoeda era provar que um sistema financeiro poderia funcionar de forma segura, sem a interferência de um banco central (que tem a possibilidade de imprimir dinheiro para financiar mais gastos do governo). Theodoro Fleury, diretor de investimentos na QR Asset, lembra que o bitcoin surgiu como um "experimento anarcocapitalista" — uma ideologia político-econômica que defende a soberania do indivíduo e o livre-mercado. A emissão de moeda é muito criticada por essa ala do mercado porque, ao ter mais dinheiro em circulação sem um aumento da oferta de produtos, a inflação tende a disparar. Para isso, Satoshi Nakamoto criou uma rede descentralizada (ou seja, sem um banco central comandando), em que cada transação financeira é registrada por meio da tecnologia de "blockchain". O blockchain uma espécie de grande “livro contábil” que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores, que registra o envio e recebimento de valores. O minerador é quem verifica se os dados envolvidos naquela transação estão corretos, e recebe uma recompensa para isso. ?? UM EXEMPLO PRÁTICO: Se um usuário vai transferir para outro um valor X de bitcoins por algum produto ou serviço, o trabalho do minerador é verificar se essa pessoa que está transferindo tem a quantidade necessária em conta e se os dados das partes envolvidas estão certos. A missão é garantir a correção da transação. Se o minerador identifica que o bloco é verdadeiro — ou seja, que todas as informações da transação estão corretas —, ele é incorporado à rede do bitcoin e recebe um código criptografado. Para hackear qualquer bloco da rede, então, seria necessário desvendar a criptografia de todos os códigos que vieram antes dele. E é assim que a rede se mantém segura. Os mineradores são recompensados por casa bloco verdadeiro identificado. É somente dessa maneira que mais bitcoins são colocados em circulação no mercado. Desde o último halving, cada bloco dá recompensa de 6,25 bitcoins. Cada halving acontece quando 210 mil blocos são incorporados à rede — o que leva, em média, quatro anos. Bitcoin: Saiba o que é e como funciona a mais popular das criptomoedas ???? Por que o halving acontece O halving acontece para que o bitcoin continue sendo um ativo escasso, explica Theodoro Fleury. A lógica do mercado é que, quanto maior a escassez de um ativo financeiro, maior será o seu valor. "Essa é justamente uma das qualidades do bitcoin como ativo, que é a escassez. Ele foi desenhado para ser um ativo escasso. Depois desse próximo halving, ele vai ser mais escasso que o ouro", diz o especialista. Quando o limite de 21 milhões de bitcoins em circulação for atingido, só será possível ter a criptomoeda comprando ou recebendo de outra pessoa. Então, o preço praticado seguirá a tradicional lei da oferta e demanda: se mais gente estiver procurando do que vendendo, o preço sobe, e se mais gente estiver vendendo do que procurando, o preço cai. De fato, com a proximidade de mais um halving e essa percepção de escassez segue aumentando, o bitcoin vive um ciclo de alta nos últimos meses. O bitcoin teve uma valorização de quase 40% desde o início do ano e a expectativa do mercado é que os próximos meses, após o halving, ele continue tendo um avanço de preço, repetindo o que aconteceu nas últimas vezes. A criptomoeda chegou a atingir seu pico histórico há pouco mais de um mês, quando ficou cotada a US$ 73 mil em 13 de março. Mas o preço do bitcoin não depende só de si. A ameaça de escalada do conflito no Oriente Médio e dados mais fortes da economia americana — que fizeram o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reavaliarem o momento de baixar os juros do país — criaram um cenário de maior cautela com investimentos. Nesse contexto, a aversão aos ativos de risco cresceu, com o mercado buscando produtos com maior segurança e menos volatilidade. O bitcoin, com todo o vaivém das cotações, já devolveu parte dos seus ganhos e, atualmente, está em torno dos US$ 60 mil, uma queda de cerca de 10%. "É claro que isso tem uma influência sobre o preço do bitcoin, assim como em outros mercados, mas é uma influência de curto prazo. Não vejo isso atrapalhando a visão positiva para os preços depois do halving", comenta Fleury, QR Asset. Mas é por conta dessa volatilidade e alta sensibilidade aos assuntos macroeconômicos e políticos que o especialista alerta que é preciso ter muita cautela antes de investir. "O bitcoin é um ativo volátil, com altas e baixas acentuadas. É um ativo que pode cair 50% de repente. Então você deve colocar ali um dinheiro que, se você vir caindo pela metade, não vai te incomodar. O risco é o investidor colocar mais do que ele aguenta", destaca. Veja Mais

Banco Central diz que dados cadastrais do PIX de clientes do Banpará foram expostos devido a falha no sistema

G1 Economia De acordo com o BC, nenhum desses dados era informação sensível, como senhas, saldos ou extrato de transações, mas sim relativos ao cadastro. Clientes que foram afetados serão notificados exclusivamente pelo aplicativo do banco ou pelo internet banking O Banco Central informou nesta quinta-feira (18) que dados de chaves PIX de clientes do Banco do Estado do Pará (Banpará) foram expostos devido a uma falha técnica no sistema da instituição paraense. Nenhum desses dados, segundo o BC, era informação sensível, como senhas, saldos ou extrato de transações. Foram expostos dados cadastrais. "As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", explicou o Banco Central em nota. O BC também disse que já abriu investigação para identificar as causas da falha e aplicar sanções, se for encontrada irregularidade. De acordo com a instituição, os clientes afetados serão notificados exclusivamente pelo aplicativo do banco ou pelo internet banking. "Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagem, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail", afirmou o Banco Central em nota. Veja Mais

Prates diz que Petrobras não vê razão para mexer em preços de combustíveis

G1 Economia A cotação do petróleo Brent, referência global, registrou maior volatilidade ao longo de abril, em meio a preocupações com o conflito entre Israel e Irã. Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante primeira coletiva de imprensa à frente da estatal, em 2 de março de 2023. Tomaz Silva/Agência Brasil A Petrobras monitora as condições de mercado e por enquanto não vê razão para mexer nos preços de combustíveis, disse o presidente-executivo da empresa, Jean Paul Prates, em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (18). "Estamos avaliando todas as condições de mercado. Não há razão para pânico nenhum agora", afirmou ele, após participar de evento no Rio de Janeiro. "Nós estamos avaliando o cenário internacional e, por enquanto, não há nada que faça a gente mover [preços], e o próprio preço do petróleo indica isso", acrescentou. LEIA MAIS: Guerra no Oriente Médio: governo quer que Petrobras aguarde antes de alterar preços Alexandre Silveira: governo ainda não tem posição sobre dividendos, mas fiscal é importante Distribuição de dividendos não gera problemas para investimentos da Petrobras, diz Haddad A cotação do petróleo Brent, referência global, chegou a fechar acima de US$ 90 o barril em alguns dias da última semana. Na véspera, o Brent recuou, fechando um pouco acima de US$ 87, patamar de negociação desta quinta-feira. Mas o Brent registrou maior volatilidade ao longo de abril, marcando no dia 5 uma máxima de fechamento desde outubro do ano passado, a US$ 91,17, em meio a preocupações com um conflito entre Israel e Irã. No acumulado do ano, a alta é de cerca de US$ 10 o barril, ou aproximadamente 13%. A Petrobras não aumentou os preços da gasolina e do diesel este ano, com integrantes do mercado apontando um aumento da defasagem. Não bastasse a volatilidade dos preços do petróleo, o dólar tem se valorizado frente ao real, outro fator que impacta nas contas da defasagem dos combustíveis em relação aos valores externos. Na tarde desta quinta-feira, o dólar tinha leve alta frente ao real. No acumulado do ano, a moeda registra alta de cerca de 8%. Alexandre Silveira: Petrobras não pode ter único objetivo de "ter lucros exorbitantes" Veja Mais

Dividendos da Petrobras: governo ainda não tem posição, mas fator fiscal é importante, diz ministro

G1 Economia Conselho de Administração da estatal se reúne nesta sexta-feira (19), mas não deve discutir tema. Previsão é que decisão seja tomada na semana que vem. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira Divulgação/Secom/MME O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira (18) que o governo federal ainda não tem uma posição fechada sobre a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras. O Conselho de Administração da estatal se reúne nesta sexta-feira (19), mas não deve discutir o assunto. A previsão é que o tema seja votada em reunião de acionistas, no dia 25 de abril. "Essa é uma decisão que ainda não foi discutida. Amanhã tem reunião do conselho, hoje o presidente Lula chegou de viagem. Não sei nem se terá participação dele, ministro Haddad está viajando, não existe uma posição tomada até esse minuto da entrevista", declarou. Silveira que o Ministério da Fazenda é relevante na discussão sobre a distribuição dos dividendos retidos, por conta da situação fiscal. "É importante que a gente cada vez mais sinalize para as contas públicas para que a gente mantenha a política de continuidade de diminuição dos juros [...]", disse em entrevista a jornalistas, em evento realizado pela agência epbr. Em março, a Petrobras reteve R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários que seriam distribuídos aos acionistas. Uma distribuição de 100% desses dividendos retidos significaria quase R$ 13 bilhões para os cofres do Tesouro Nacional. A equipe econômica tem a meta de alcançar o déficit zero em 2024, mas vem encontrando revezes no Congresso Nacional em medidas que previam a ampliação da arrecadação. Veja Mais

Menos renda, mais trabalho infantil: os efeitos devastadores da crise do cacau no sul da Bahia ao longo de gerações

G1 Economia A praga vassoura-de-bruxa derrubou renda e acesso à educação, e pode ter levado a um aumento do trabalho infantil nos municípios afetados, mostra estudo. Vassoura-de-bruxa, maior praga da história da cacauicultura brasileira, derrubou renda e acesso à educação em municípios afetados DIVULGAÇÃO MPT O cacau está em alta – em mais de um sentido. A cotação do fruto no mercado internacional é recorde e acumula alta de 75% em um ano, em meio a problemas de oferta em Gana e na Costa do Marfim, países africanos que respondem por 60% da produção global. No Brasil, o cacau está no horário nobre, como pano de fundo do enredo da novela Renascer, da Rede Globo, que em sua nova versão busca destacar práticas sustentáveis de cultivo. O país ocupa hoje a sexta posição entre os maiores produtores de cacau do mundo, mas, entre 1961 e 1988, chegou a ser o segundo, atrás apenas da Costa do Marfim. Perdemos essa vice-liderança por uma única razão: a vassoura-de-bruxa, praga causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa, que afeta as árvores de cacau e esteve no centro da maior crise da história da cultura nacional do cacau. Por conta da vassoura-de-bruxa, a produção brasileira encolheu quase 80% entre 1985 e 1999, de cerca de 449 mil toneladas para apenas 96 mil. Como consequência, a microrregião de Ilhéus e Itabuna, no sudeste da Bahia, sofreu com a maior onda de desemprego da sua história. Cerca de 250 mil trabalhadores rurais perderam seus postos de trabalho, segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária. Mas os efeitos da crise do cacau não se restringiram aos anos de auge da praga, mostra um estudo dos economistas Yuri Barreto, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Rodrigo de Oliveira, do Instituto Mundial de Pesquisa em Economia do Desenvolvimento da Universidade das Nações Unidas (UNU-Wider, na sigla em inglês). Em artigo publicado em maio de 2023 e atualizado com novos dados em março deste ano, os pesquisadores mostram como a vassoura-de-bruxa causou prejuízos duradouros naquela região da Bahia. A praga derrubou a renda e o acesso à educação da população local e foi possivelmente a principal causa do aumento do trabalho infantil nos municípios afetados. Segundo os autores, os resultados são particularmente relevantes num momento em que o mundo é afetado pelas mudanças climáticas, o que deve tornar cada vez mais frequentes eventos extremos com impactos na produção agrícola. A importância do cacau no sul da Bahia Nativo da Amazônia, o cacau chegou à Bahia em 1746, quando o francês Louis Frederic Warneaux, que vivia no Pará, enviou sementes ao fazendeiro português Antônio Dias Ribeiro, que as semeou onde hoje está localizado o município de Canavieiras. As fazendas de cacau foram se multiplicando na região ao longo do século 19, e as exportações avançaram à medida que aumentava o consumo de chocolate, produzido a partir do cacau, na Europa e nos Estados Unidos. Nas primeiras décadas do século 20, o cacau chegou a ser o principal produto de exportação baiano. "O cacau começou a ser cada vez mais importante, tanto que se transformou em uma monocultura", observa Lurdes Bertol Rocha, professora aposentada do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e autora da tese de doutorado A região cacaueira da Bahia - Uma abordagem fenomenológica. Um ano antes da chegada da vassoura-de-bruxa, a parcela do cacau na produção agrícola total dos municípios afetados no estado era de em média 84%, segundo Barreto e Oliveira. A Bahia era responsável por 86% da produção brasileira. "O cacau se tornou a base de tudo aqui na região, até 1989, quando chegou a vassoura-de-bruxa", diz a pesquisadora. A praga Como qualquer mercadoria, a história do cacau é marcada por flutuações de preços e do volume de produção. "O que é diferente na vassoura-de-bruxa, que nos interessou como objeto de estudo, é que há uma queda na produção, mas ela não cai e volta, como de costume", observa Yuri Barreto, da UFPE. "A produção cai e não volta mais, esse é o grande diferencial dessa crise." A vassoura-de-bruxa pode afetar o cacaueiro em diversas fases, desde a muda até a planta adulta, atacando tanto galhos, quanto flores, folhas e frutos. Quando o fungo infecta os brotos da árvore, provoca um inchaço da parte afetada e uma proliferação de pequenos brotamentos que, quando secam, lembram uma vassoura, daí o nome da praga, segundo a Ceplac. Nos frutos, a vassoura-de-bruxa resulta em apodrecimento da polpa, o que reduz a produtividade das lavouras de cacau. Nos frutos, a vassoura-de-bruxa resulta em apodrecimento da polpa SCOTT BAUER, USDA AGRICULTURAL RESEARCH SERVICE Bioterrorismo A doença sempre existiu na Amazônia, mas não se alastrou ali por dois motivos principais: as condições climáticas e o fato de que o cacau nunca foi uma monocultura na região, explicam os pesquisadores. Já no sudeste da Bahia, não havia registros da praga até o repentino surto de 1989. A descoberta da vassoura-de-bruxa aconteceu em maio daquele ano, no município de Uruçuca. Em outubro, foi a vez de Camacan reportar a presença do fungo. À época, a principal explicação para a chegada da vassoura-de-bruxa no sul da Bahia foi bioterrorismo por competidores da região amazônica ou da Costa do Marfim. "Apesar de nada ter sido provado sobre a responsabilidade ou as reais motivações, o consenso é de que o espalhamento do fungo foi criminoso e intencional", destacam Barreto e Oliveira, no estudo From Fields to Futures: The Lasting Effects of Crop Diseases on Education and Earnings (Dos campos aos futuros: os efeitos duradouros de pragas agrícolas na educação e renda, em tradução livre). Em 2006, o jornalista Reinaldo Azevedo – então um feroz crítico do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – escreveu na revista Veja um artigo de grande repercussão intitulado O bioterrorismo dos petistas. O artigo foi publicado em julho daquele ano, poucos meses antes das eleições presidenciais de outubro, que dariam a reeleição a Lula. Azevedo se baseou em uma investigação da Polícia Federal, na qual um ex-funcionário da Ceplac assumia o crime, e incriminava mais quatro pessoas ligadas ao PT e ao PDT. A suposta ação criminosa também foi tema do documentário O nó: Ato humano deliberado, de 2012, baseado em depoimento deste mesmo ex-funcionário. No entanto, nada foi provado, e a investigação foi arquivada. Mas essa versão dos fatos permanece viva no imaginário da região, observa Berreto. "Até hoje, ninguém consegue cravar com certeza como surgiu a vassoura [no sudeste da Bahia]", diz o pesquisador. "Existem teorias, mas elas também podem ter sido usadas com fins políticos. Não existem provas do que causou [o surto da doença], mas o que se sabe pelas análises feitas é que o padrão da forma como ela se espalhou indica que foi intencional." Os impactos da vassoura-de-bruxa Alguns fatores explicam porque a vassoura-de-bruxa teve um impacto tão grande no sudeste da Bahia. O primeiro deles, segundo os pesquisadores – ambos baianos –, é que a produção do cacau na região à época era uma monocultura. "A renda agrícola muito alta e a produção relativamente simples não incentivavam a diversificação", observam. Um segundo fator é que a cultura do cacau na região é feita por meio de um sistema produtivo chamado cabruca, que consiste na utilização da própria floresta para "fazer sombra" no cacaueiro, controlando a temperatura e a evaporação de água do solo. Na cabruca, a floresta é utilizada para 'fazer sombra' no cacaueiro, controlando a temperatura e a evaporação de água do solo RODRIGO OLIVEIRA Então derrubar a floresta e plantar outra coisa não era uma opção fácil, e uma mudança estrutural era uma grande dificuldade. Além disso, à época, pouco se sabia sobre a vassoura-de-bruxa, e as diversas tentativas da Ceplac de controlar a praga demoraram para surtir efeito. "O fato é que a região nunca se recuperou completamente", afirma Oliveira. A professora Lurdes Rocha, da Uesc, observa que essa recuperação foi prejudicada porque "ninguém sabia o que fazer". "A Ceplac também não estava preparada, e alguns fazendeiros até se suicidaram, porque ninguém estava preparado – nem financeiramente, nem tecnicamente – para essa eventualidade." Relatos sobre essa situação de desespero são comuns até hoje na região. "Minha família tinha várias fazendas cacaueiras entre Itajuípe e Ilhéus", conta uma usuária em uma rede social, comentando em uma postagem sobre o Dia do Cacau, celebrado em 26 de março. "Foi tudo devastado pela vassoura-de-bruxa. Houve suicídio, morte por desgosto, tudo perdido. Imóveis de um dia para o outro foram vendidos a preço irrisório, trabalhadores agrícolas [ficaram] pelas ruas passando fome, tudo muito triste." Efeitos de longo prazo Para além desses efeitos devastadores imediatos, os economistas Yuri Barreto e Rodrigo Oliveira investigaram os impactos sociais de longo prazo. Eles utilizam dados dos Censos demográficos de 2000 e 2010 para um conjunto de municípios nordestinos com características semelhantes. Essa amostra foi dividida entre municípios afetados pela vassoura-de-bruxa (o grupo de tratamento) e aqueles não afetados pela doença (o grupo de controle). Os pesquisadores então comparam indicadores educacionais e de renda nesses dois grupos ao longo do tempo. E fazem uma série de testes para se assegurar de que os efeitos captados são de fato relacionados à praga e não a outros fatores, como, por exemplo, possíveis diferenças de características entre os municípios ou a migração populacional causada pela perda de produtividade das lavouras. "O principal resultado que encontramos é que indivíduos que foram expostos durante a infância [aos efeitos da vassoura-de-bruxa] têm uma menor probabilidade – de cerca de 10% em relação à média – de concluir o ensino médio e cerca de 8% de redução da probabilidade de completar o ensino fundamental", observa Barreto. O estudo também aponta que a renda média nos municípios afetados caiu entre 25% e 38% de 1991 a 2000 devido à vassoura-de-bruxa. "A literatura mostra que, se uma família é pobre o suficiente, a educação passa a ser um bem de luxo", diz o pesquisador. "Então, se há uma crise muito grande, a criança não vai para a escola, ela acaba tendo que trabalhar, seja na roça – que agora está menos produtiva, então precisa de mais pessoas –, seja fazendo algum bico ou outra coisa." Assim, eles avaliam que a praga pode ter sido o principal fator a elevar a parcela de crianças trabalhando nos municípios afetados em até 30%, em comparação com a média do grupo de controle. A importância desses resultados Para Yuri Barreto, da UFPE, estudar um choque agrícola de grandes proporções, como foi a vassoura-de-bruxa no sudeste da Bahia no fim dos anos 1980, é particularmente relevante em um mundo em mudança climática, onde eventos naturais extremos devem ser cada vez mais frequentes. "O que mostramos é o custo futuro de não se preparar para esses desastres e como é importante ter uma rede de assistência social nesses casos", afirma. O pesquisador avalia que, se naquele momento as famílias contassem com mecanismos para amenizar a perda de renda, talvez aquelas crianças não precisassem ter saído da escola. Lurdes Rocha, da Uesc, destaca que, apesar da crise, a região passa agora por uma nova fase de crescimento, impulsionada por iniciativas de produção sustentável e pelo alto preço atual do cacau. A arroba do cacau (unidade equivalente a 15 kg) na Bahia passou de R$ 212 para R$ 650 entre abril do ano passado e igual mês de 2024, segundo cotações disponíveis no portal Agrolink. Cacauicultura no sul da Bahia passa por nova fase de crescimento, impulsionada por iniciativas de produção sustentável e pelo alto preço do cacau RODRIGO OLIVEIRA Há cerca de dez anos, a região começou a se reinventar, com iniciativas dedicadas à produção de chocolates finos, em vez da simples venda de sementes de cacau para a grande produção. Entre marcas com atuação na região, estão a Dengo e a local Mendoá. Além disso, agricultores familiares também têm se dedicado à produção de chocolates de alta qualidade com suporte do Centro de Inovação do Cacau da Uesc. Lurdes, que é gaúcha, mas mudou-se para Itabuna em 1978 e chegou a ter uma pequena fazenda de cacau com o marido, vê com entusiasmo essa nova etapa. Mas ela reforça a relevância de análises de longo prazo como a de Barreto e Oliveira. "É importante porque, fazendo uma análise histórica do que aconteceu, não repetimos o erro", diz a professora. "Por exemplo, já sabemos que monocultura não dá certo, que na hora que houver um problema com aquela cultura, toda a região sofre." *Com a colaboração de Camilla Costa, da equipe de Jornalismo Visual da BBC. Saiba mais sobre a produção de chocolate no Brasil: Cacau era considerado alimento dos deuses por diversos povos De onde vem o que eu como: chocolate Saiba como funciona uma fábrica de chocolates finos na Amazônia Gente do campo: ribeirinhas se unem para preservar a Amazônia e gerar renda com chocolate Gente do campo: Chocolatier ajuda comunidades da Amazônia a obterem renda com o cacau Veja Mais

Governo precisa de superávit anual de 1,5% do PIB para equilibrar a economia, diz estudo

G1 Economia Análise foi feita pela Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, com base nos dados do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2025 apresentado pelo governo. Depois de afrouxar a meta fiscal, a equipe econômica do governo trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação, mas uma análise da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado mostra que a mudança nos compromissos fiscais deixa o governo ainda mais longe de equilibrar as contas. O estudo da IFI projeta que o governo precisaria de um superávit anual de 1,5% do PIB para diminuir os riscos da economia brasileira e conter a trajetória da dívida pública. Segundo o diretor-executivo da Instituição, Marcus Pestana, além de combater o déficit, é preciso evitar o crescimento da dívida. “O objetivo do governo era atingir, em 2026, um superavit de 1% do PIB. Isso foi postergado para 2028. Para estabilizar a relação entre dívida e PIB, seria preciso um superávit anual de 1,5%”, afirmou. Klava: Haddad e Tebet devem ir a campo acalmar temores sobre meta fiscal no Brasil O relatório de acompanhamento da IFI, a partir da análise dos dados do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2025, aponta muitas dúvidas de que o governo consiga cumprir a meta e terminar 2024 com as contas no zero a zero. Segundo a Instituição, a mudança nas metas para os próximos anos permite um aumento de gastos de R$ 159 bilhões em 2025 e 2026. O valor difere pouco dos cálculos do governo (entenda abaixo). “A mudança da meta no primeiro ano do novo regime fiscal aprovado em 2023 é muito ruim para a credibilidade da política fiscal e cria um ambiente de desconfiança. Isso traz consequências como o aumento da taxa de juros e o aumento da dívida publica”, alerta Pestana. Segundo o diretor da IFI, outro problema é a desconfiança. “A criação de expectativas negativas quanto a política econômica pode abalar a disposição de investidores e agentes econômicos relevantes de apostar no Brasil”. acrescenta. Mudança nas metas fiscais Nesta segunda-feira (15), o governo federal propôs reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. As mudanças ainda têm de passar pelo Legislativo. Em 2025, ao invés de buscar um superávit de R$ 62 bilhões, quer atingir uma meta de déficit zero (sem superávit, e nem déficit). Para 2026, ao invés de buscar um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões), quer uma meta de um saldo positivo menor, de cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais nestes dois anos, o espaço que o governo ganhou para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Mesmo assim, segundo os números do Tesouro Nacional, ainda faltam cerca de R$ 130 bilhões nos dois anos para atingir as metas — valor da arrecadação adicional necessária para cumprir as metas. Faltam cerca de R$ 60 bilhões em 2025; Faltam aproximadamente R$ 70 bilhões em 2026. Rombo nas contas em todo governo Lula Apesar de buscar um superávit nas contas em 2026, o último da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), a equipe econômica previu, no projeto da LDO, divulgada nesta semana, rombos fiscais para o país durante toda a atual gestão. Mesmo com a previsão de que as contas permanecerão no vermelho em todo o governo Lula, a equipe econômica avalia que as metas fiscais serão atingidas nos próximos anos por estarem dentro da banda (dentro do intervalo previsto pelo arcabouço fiscal). Ou o superávit pode vir pelo abatimento de precatórios. Precatórios são dívidas que o governo tem que pagar e já foram reconhecidas pela Justiça. Se o governo conseguir adiantar esses pagamentos, libera espaço nas contas dos anos seguintes. Em temos de metas fiscais, objetivo do governo é atingir os seguintes resultados: 2024: déficit zero 2025: déficit zero 2026: superávit de 0,25%, cerca de R$ 33 bilhões Já em termos de projeções, o cenário é outro. O governo estima que, se o quadro atual for mantido, o país terá: 2024: rombo de R$ 9 bilhões; 2025: rombo de R$ 29,1 bilhões; 2026: rombo de R$ 14,37 bilhões. Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 72 milhões nesta quinta-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.714 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 72 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (18), em São Paulo. No concurso da última terça (16), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

TCU aprova nova tentativa de leilão da 'rodovia da morte' em Minas Gerais

G1 Economia Governo mudou contrato para atrair investidores, depois de três tentativas frustradas de leiloar a BR-381. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (17) a realização de um novo leilão para a BR-381 em Minas Gerais, conhecida como "rodovia da morte" pelo alto índice de acidentes. De acordo com o TCU, o trecho a ser licitado tem 303,46 km, de Belo Horizonte a Governador Valadares. O contrato será de 30 anos, com previsão de R$ 5,76 bilhões em investimentos. O governo fez algumas modificações no contrato para aumentar a atratividade do certame, depois de tentativas frustradas de leiloar o trecho rodoviário à iniciativa privada. Veja: aumento na taxa de retorno do empreendimento de 9,88% ao ano para 11,97% ao ano; aumento em torno de 5% nas tarifas a serem cobras em cinco praças de pedágio; aumento da tarifa teto, que será de R$ 18,34 a cada 100 km em pista simples e de R$ 25,68 a cada 100 km em pista duplicada; redução na quilometragem das faixas com construção de duplicações, travessias urbanas e acessos. Além disso, houve redução também em novos retornos, rotatórias e passarelas. Três pessoas ficam feridas após acidente na BR-381 em Ipatinga Outra alteração no projeto foi a exclusão do lote que prevê a realocação de pessoas em situação de moradia irregular no entorno do Anel Viário, em Belo Horizonte. Essas obras ficarão a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A empresa que arrematar a concessão ficará responsável apenas pela prestação de serviços de atendimento, como socorro médico, mecânico e veículos de inspeção de tráfego. Tentativas frustradas O Ministério dos Transportes pretende levar a BR-381 a leilão ainda este ano. É uma das 13 concessões planejadas pela pasta, com previsão total de investimentos na ordem de R$ 122 bilhões. O governo tenta leiloar o trecho à iniciativa privada desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas sem sucesso. A estrada chegou a ter as obras licitadas em 11 lotes, mas a construção atrasou em vários trechos. Em 2022, a rodovia foi leiloada novamente, mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) cancelou o certame por falta de interessados. A agência pretendia aumentar a atratividade da concessão com a inclusão de um trecho da BR-262, no Espírito Santo, mas não obteve sucesso. Na última tentativa de leilão, neste ano, não houve interessados novamente. A rodovia é considerada pela ANTT como de alto risco, o que atrai menos investidores. A BR-381 é uma das rodovias mais perigosas do país, com alto índice de acidentes. Até dezembro de 2023, o trecho havia registrado mais de 2 mil acidentes. Veja Mais

Quina pode pagar R$ 38 milhões nesta quarta-feira, maior prêmio da história do concurso

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.418 da Quina pode pagar R$ 38 milhões nesta quarta-feira (17). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta quarta. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5?0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias Veja Mais

CCJ do Senado aprova PEC criticada pelo governo que turbina salários de juízes e promotores

G1 Economia Texto concede 5% de aumento a cada cinco anos para Judiciário e MP até limite de 35%. Valor não estaria sujeito ao 'abate-teto'; governo aponta risco de rombo e efeito-cascata. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede um aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço para membros do Judiciário e do Ministério Público. O texto, que seguirá para análise do plenário, turbina o salário de juízes e promotores até o limite de 35% da remuneração do servidor. Pelo texto da PEC, o valor não seria contabilizado dentro do teto do funcionalismo público (atualmente em R$ 44 mil). Relator da proposta, o senador Eduardo Gomes (PL-TO) estendeu, em seu parecer, o benefício para ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e conselheiros dos tribunais de contas municipais e estaduais. Gomes também propõe permitir que o penduricalho seja pago a: defensores públicos servidores da Advocacia-Geral da União (AGU) procuradores dos estados e do DF e delegados da Polícia Federal O acréscimo do salário para estas categorias valerá para os casos em que o servidor for impedido ou optar por não exercer a advocacia privada. Em todos os casos, o texto autoriza o pagamento do penduricalho a aposentados e pensionistas. Lira reage à pecha de vilão e questiona aliados: 'Preciso descer para organizar a base?' Governo vê 'pauta-bomba' Popularmente conhecida como PEC do Quinquênio, a proposta resgata um benefício extinto em 2006 e que foi retomado para o Judiciário em 2022, por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2022, com o apoio do presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os senadores chegaram a colocar em votação uma versão anterior da PEC que tramitava desde 2013. Aliados do então presidente eleito Lula, no entanto, conseguiram adiar a análise. Lideranças do Planalto têm atuado contra a proposta por receio de um efeito cascata e pressão sobre o Orçamento público em todas as esferas, federal, estadual e municipal. O presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União-AP), usou de uma estratégia regimental para avançar com a votação do texto – a despeito de críticas de parlamentares, que tentavam retomar a discussão da PEC. Líder do governo na Casa, o senador Jaques Wagner (PT-BA) classificou a proposta como uma “bomba [fiscal] que pode estar por vir”. O senador disse haver um estudo que indica que o impacto dos benefícios previstos na proposta pode ser de cerca de R$ 42 bilhões por ano. “É um tsunami do ponto de vista das carreiras jurídicas. Isso vai ter impacto nos 26 estados e no DF. Não ficará restrito. A pressão sobre os governadores será imensa [...] Entendo o espírito do presidente Rodrigo [Pacheco], o esforço que ele está fazendo. Mas estou só alertando pro tipo de impacto fiscal que vai dar. Não existe orçamento próprio de nenhum Poder”, disse Jaques. Defensores da PEC, entre eles o presidente Rodrigo Pacheco, avaliam que o texto é uma forma de valorizar as carreiras, enquanto não há propostas de reformulação das estruturas dos servidores. De acordo com o texto, o benefício vai substituir outros adicionais por tempo de serviço. A implantação do quinquênio dependerá, ainda segundo a proposta, de ato próprio do órgão responsável pelas carreiras beneficiadas. Também será preciso comprovar recursos no Orçamento para financiar o penduricalho. Durante a discussão desta quarta, senadores pleitearam a inclusão de novas categorias dentro do escopo da proposta. Davi Alcolumbre defendeu que eventuais alterações sejam discutidas no plenário. Segundo o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco deverá convocar, antes de dar início à discussão da proposta, uma sessão exclusiva para debater o teor da proposta. Limite aos supersalários O presidente do Senado tem defendido que o avanço da PEC do Quinquênio no Congresso estará associado a um projeto que combate os chamados supersalários no funcionalismo público, que driblam o teto constitucional de R$ 44 mil. Segundo Alcolumbre, Pacheco tem conversado com representantes das categorias e até mesmo com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), para costurar um acordo em torno da PEC. “Aí, nós vamos resolver esses problemas dos penduricalhos, que nós acompanhamos muitas das vezes pela imprensa, magistrados recebendo 200, 300, 400, 500 mil de remuneração. Por quê? Porque não tem uma regra estabelecida concreta que proteja, que acabe com o penduricalho e que dê uma situação de estabilidade na vida desse servidor público”, disse o presidente da CCJ. Veja Mais

Dólar opera em baixa, mas mercado segue de olho em juros americanos e risco fiscal no Brasil; Ibovespa sobe

G1 Economia No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 1,64%, cotada a R$ 5,2697. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com uma queda de 0,75%, aos 124.389 pontos. Dólar opera em baixa Freepik O dólar opera em baixa nesta quarta-feira (17), em um movimento de leve correção após uma sequência de altas nos últimos dias, que fizeram a moeda disparar 5,25% em sete dias. Os principais pontos de atenção dos investidores seguem os mesmos: a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, a piora da percepção de risco fiscal no Brasil e, além disso, a cautela com o conflito no Oriente Médio. Apesar desses fatores pesarem contra os ativos de risco, o que favorece o dólar e prejudica a bolsa de valores, o mercado opera com certo alívio neste pegão, depois de alguns balanços corporativos nos Estados Unidos entregarem resultados positivos. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h20, o dólar caía 0,38%, cotado a R$ 5,2499. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 1,64%, cotada em R$ 5,2697, no maior patamar desde 23 de março de 2023, quando fechou a R$ 5,2884. Com o resultado, acumula altas de: 2,90% na semana; 5,07% no mês; e 8,60% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,60%, aos 125.135 pontos. Na véspera, encerrou em queda de 0,75%, aos 124.389 pontos, no menor nível desde o último 14 de novembro, quando fechou aos 123.166 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 1,24% na semana; 2,90% no mês; e 7,30% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Investidores voltaram a acreditar que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora a percepção do mercado sobre os juros americanos, mais da metade dos investidores espera que o primeiro corte nas taxas seja só em setembro. Antes, as expectativas eram de que o ciclo de baixas começasse ainda no primeiro semestre. Essa percepção veio depois da divulgação de alguns dados fortes. Na segunda, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou na terça-feira que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. Já o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que "será apropriado manter a atual postura restritiva da política monetária por mais tempo" caso a inflação não desacelere como esperado. "Minha perspectiva básica continua sendo a de que a inflação diminuirá ainda mais, com a taxa básica mantida estável em seu nível atual, e que o mercado de trabalho permanecerá forte, com a demanda e a oferta de trabalho continuando a se reequilibrar", disse Jefferson em comentários preparados para um discurso em uma conferência de pesquisa do Fed em Washington. "É claro que as perspectivas ainda são bastante incertas, e se os dados disponíveis sugerirem que a inflação é mais persistente do que espero atualmente, será apropriado manter a atual orientação política restritiva por mais tempo. Estou totalmente empenhado em fazer a inflação voltar a 2%." O risco fiscal também continua pesando sobre os mercados. Na segunda-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. Conforme apuração do blog do Valdo Cruz, essa mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. ENTENDA: Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias Também na segunda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto Além disso, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Há um esforço diplomático internacional, principalmente dos Estados Unidos e Europa, de conter a escalada das tensões, impedindo que Israel responda ao ataque. No entanto, o governo israelense prometeu uma retaliação e voltará a se reunir nesta terça para discutir uma resposta. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano, mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters. O Irã disse, depois do ataque, que tratava a questão como encerrada, mas disse que vai revidar caso haja um novo ataque de Israel. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil. *Com informações da agência de notícias Reuters. Veja Mais

Regras da reforma tributária têm quase 300 páginas e devem chegar ao Congresso na quarta, diz secretário da Fazenda

G1 Economia Secretário extraordinário da Fazenda para o tema, Bernard Appy não quis adiantar conteúdo. Reforma foi aprovada em 2023; definição das regras é meta do Executivo para este ano. O primeiro e mais abrangente projeto do governo para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo tem quase 300 páginas e deverá ser enviado nesta quarta-feira (24) ao Congresso Nacional, informou o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy. Durante participação em evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), entretanto, ele não quis antecipar pontos do projeto. "Fizemos opção de fazer essa construção conjuntamente com os estados e municípios, pois estamos tratando de dois tributos que terão a mesma legislação. Não teria sentido fazer uma proposta do governo, sem considerar os estados e municípios. Nesse processo, buscamos ouvir o setor privado. Seria o ideal colocá-los em consulta pública, mas o prazo do Congresso acabou virando uma limitação", afirmou o secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda. Segundo ele, esse principal projeto da reforma tributária, a ser enviado nesta semana, contém cerca de 500 artigos, além de uma série de anexos. "Só de revogações [das regras atuais, que serão extintas no futuro], tinha oito páginas de itens. Só para ter uma ideia do tamanho da complexidade que é o nosso sistema tributário. Essa é a parte boa", acrescentou Appy. Esse projeto principal, explicou o secretário, traz as regras gerais do IBS e CBS (os impostos sobre o consumo federal, estadual e municipal), além dos regimes específicos para as empresas e, também, a proposta para o imposto seletivo. Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo, enquanto um terceiro projeto (lei ordinária) tratará das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. "Desenho que está sendo feito é para dar segurança às empresas, fechar brechas de sonegação. Para o bom pagador, vai melhorar. Para o mau pagador, eu espero que fique pior. Não posso entrar em detalhes. Há simplificação, o que é fundamental para a gente, a não cumulatividade está totalmente garantida dentro do desenho que está sendo construído", afirmou Appy, do Ministério da Fazenda. Como a Reforma Tributária vai simplificar a definição de preços Entenda a regulamentação As linhas gerais da reforma tributária sobre o consumo foram aprovadas pelo Congresso Nacional no ano passado, após décadas de discussão no Legislativo. Pontos importantes, como o fim da cumulatividade (cada setor paga o seu imposto, se creditando do que foi pago na etapa anterior), cobrança dos impostos no destino (onde os produtos são consumidos, após uma longa transição), simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto aprovado indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É a chamada regulamentação da reforma -- que o governo deve começar a enviar ao Legislativo nesta semana. ???? Para entender: leis complementares servem para regulamentar dispositivos específicos da Constituição. A aprovação depende de número menor de votos, em comparação às PECs — 257 deputados (em dois turnos) e 41 senadores (em somente um turno). O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Reforma Tributária: Congresso tem 180 dias para detalhar funcionamento na prática Entre esses temas, estão: ??Definição das alíquotas necessárias dos IVAs federal, estadual e municipal, assim como do imposto seletivo, para manter a carga tributária estável. Estimativas do governo apontam que a alíquota padrão (para setores sem benefício) pode chegar a 27%, o que seria uma das maiores do mundo. ??Deliberação sobre quais itens serão incluídos na cesta básica, que contará com isenção dos futuros impostos sobre consumo federal, estadual e municipal. Quanto maior for a lista de produtos da cesta básica com alíquota zero, maior tende a ser a alíquota padrão (cobrada dos setores sem benefícios). ??Determinação de quais produtos e serviços poderão contar com alíquotas reduzidas. A PEC traz as categorias que serão beneficiadas com alíquotas reduzidas, mas o benefício terá de ser detalhado, em lei complementar, por bens e serviços. Quanto mais produtos beneficiados, maior terá de ser a alíquota padrão (para setores sem benefício). ??Regimes específicos de tributação para o setor financeiro, incluindo o ramo de seguros, além de combustíveis para operações com imóveis (incorporação, aluguel, imóveis residenciais e comerciais). Se esses setores contarem com tributação menor do que atualmente, tende a haver impacto na alíquota dos demais setores. ??Produtos que terão cobrança do imposto seletivo — apelidado de "imposto do pecado" —, criado para desestimular produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Armas e munições também seriam taxados pelo imposto, mas o trecho foi barrado pelos deputados na votação dos destaques (sugestões de alteração do texto) no segundo turno. ??Funcionamento do "cashback", a devolução de parte do imposto pago às famílias de baixa renda. Lei complementar definirá quem poderá receber o benefício, como ele será pago, e quais bens e serviços seriam objetivo de devolução de imposto. ??A criação do Fundo de Desenvolvimento Sustentável dos Estados da Amazônia e do Amapá, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a diversificação das atividades econômicas na região, também será regulamentada por meio de lei complementar. ??Lei complementar também trará as regras de um regime fiscal favorecido para os biocombustíveis e para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, para que tenham tributação menor que de combustíveis fósseis. Veja Mais

Mercado financeiro passa a prever crescimento da economia acima de 2% em 2024, vê inflação mais alta e estima queda menor nos juros

G1 Economia Números foram divulgados nesta terça-feira (23) pelo Banco Central. Novas projeções foram divulgadas após o governo ter proposto mudança nas metas fiscais, o que permitirá expansão maior dos gastos. Os analistas do mercado financeiro elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano -- que ultrapassou a marca dos 2%. Eles também passaram a projetar mais inflação, um queda menor da taxa básica de juros nos próximos anos e elevaram as expectativas para a o dólar no fim de 2024 e de 2025. As informações constam no relatório "Focus", divulgado nesta terça-feira (23) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. A mudança nas expectativas do mercado financeiro ocorre após o governo confirmar a proposta de reduzir as metas para o saldo positivo nas contas públicas neste e nos próximos anos. A meta, que era de superávit já em 2025, passou a ser de déficit zero. Se aprovada a proposta, a equipe econômica ganhará um espaço de cerca de R$ 160 bilhões para novos gastos em 2024 e 2025. Após as alterações, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já avisou na última semana que o trabalho da instituição para conter a inflação ficou "custoso e difícil" -- indicando que o ritmo antes esperado de queda dos juros pode mudar. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de de 1,95% para 2,02%. Foi a décima alta seguida no indicador. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. Em 2023, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Inflação Para a inflação deste ano, os analistas dos bancos elevaram a expectativa de inflação de 3,71% para 3,73%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Especial g1: o que é inflação Entenda: como a inflação mexe no seu bolso Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,56% para 3,60% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2025. Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, após seis reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu de 9,13% para 9,50% ao ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro subiu a projeção de 8,5% para 9% ao ano. Isso quer dizer que os economistas passaram a ver uma queda menor dos juros neste ano e em 2025. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 4,97 para R$ 5. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,05. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 79,8 bilhões para US$ 80 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 75 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 67 bilhões para US$ 67,3 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso avançou de US$ 73,4 bilhões para US$ 73,5 bilhões. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira Veja Mais

Quina pode pagar R$ 50 milhões nesta terça-feira, maior prêmio da história do concurso

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.423 da Quina pode pagar R$ 50 milhões nesta terça-feira (23). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta terça. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Como funciona a Quina Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5?0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias Veja Mais

PF apura invasão a sistema de pagamentos do governo federal e suposto desvio de recursos

G1 Economia Informação foi divulgada pelo jornal 'Folha de S.Paulo' e confirmada pela TV Globo e GloboNews. Não há detalhes oficiais sobre desvios e cifras que teriam sido transferidas. PF apura invasão a sistema de pagamentos do governo e suposto desvio de recursos A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar invasões ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) – responsável pelos pagamentos do governo federal. A invasão teria ocorrido neste mês e há suspeita de que recursos públicos teriam sido desviados. A informação foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" e confirmada pela TV Globo e pela GloboNews, com fontes do Ministério da Fazenda e da Polícia Federal. Segundo uma fonte da PF, o caso começou a ser investigado por especialistas em segurança cibernética da corporação há cerca de duas semanas. A invasão ocorreu a um sistema de autenticação e a partir deste o usuário entrou no Siafi com o cadastro de um usuário real. Supostamente, valores teriam sido transferidos, mas ainda não há informações oficiais sobre desvios de verbas públicas e valores. Conforme apurou a TV Globo ocorreu mais de um ataque ao sistema, que é gerido pelo Tesouro Nacional. Usuários autorizados para fazer pagamentos tiveram acessos utilizados por invasores, o que teria ocorrido sem autorização. Ataque em 2021 Em 2021, o Ministério da Economia, então chefiado por Paulo Guedes, informou que a rede interna do Tesouro Nacional havia sido alvo de um ataque hacker no mês de agosto daquele ano. Na ocasião, a pasta que foi rebatizada de Ministério da Fazenda na gestão Lula comunicou que foi utilizado um ransomware – tipo de vírus que impede o acesso às informações armazenadas em um dispositivo. Conforme o então Ministério da Economia, após a constatação do ataque, "medidas de contenção" foram imediatamente aplicadas e a Polícia Federal foi acionada para apurar o caso. Veja Mais

Imposto de Renda: Receita abre nesta terça consultas a lote residual de restituições

G1 Economia Lotes residuais são os de contribuintes que caíram na malha fina do IR, mas depois regularizaram as pendências. Ao todo, 353.348 contribuintes receberão R$ 457 milhões. Imposto de Renda AGÊNCIA BRASIL A Receita Federal informou que abre nesta terça-feira (22), às 10h, as consultas a um lote residual de restituições do Imposto de Renda de Pessoa Física 2023, referente ao ano-base 2022, e também relativa a anos anteriores. Os lotes residuais são os de contribuintes que caíram na malha fina do IR, mas depois regularizaram as pendências. As consultas podem ser feitas: na página da Receita na internet; pelo aplicativo para tablets e smartphones. Ao todo, 353.348 contribuintes receberão R$ 457 milhões em 30 de abril, de acordo com a Receita. Do montante que será restituído no lote residual, R$ 381 milhões referem-se a contribuintes com prioridade no recebimento dos valores (idosos, pessoas com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e aqueles cuja maior fonte de renda seja o magistério). A distribuição foi a seguinte: 5.469 idosos acima de 80 anos, 38.119 idosos entre 60 e 79 anos, 4.816 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave, 12.220 cuja maior fonte de renda seja o magistério. A Receita informa também que 222.250 contribuintes que não possuem prioridade legal, mas que receberam prioridade por terem utilizado a declaração pré-preenchida ou optado por receber a restituição via PIX. Entre os não prioritários, foram contemplados ainda 70.474 contribuintes. G1 no Bom Dia DF: Receita alerta para golpes durante período de declaração de imposto de renda Malha fina Em setembro do ano passado, a Receita Federal informou que 1.366.778 de contribuintes caíram na malha fina do Imposto de Renda 2023, ano-base 2022. Principais motivos que levaram os contribuintes à malha fina 58,1% - Deduções da base de cálculo, sendo as despesas médicas o principal motivo de retenção (42,3% do total de motivos de retenção). 27,6 % - Omissão de rendimentos sujeitos ao ajuste anual de titulares e dependentes declarados. 10% - Divergências entre os valores de IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) entre o que foi informado na Dirf e o que foi declarado pelas pessoas físicas nas DIRPF. 4,3% - Deduções do Imposto devido, recebimento de rendimentos acumulados e divergência entre os valores declarados de carnê-leão e imposto complementar e os valores efetivamente recolhidos. Ao realizar consulta às restituições do IR, os contribuintes poderão saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está no grupo, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal, no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Veja Mais

Aprenda a fazer cuca de linguiça Blumenau

G1 Economia O Globo Rural deste domingo mostrou como é feita a linguiça que conseguiu o selo de Indicação Geográfica (IG). Aprenda a fazer cuca de linguiça Blumenau O Globo Rural deste domingo mostrou a linguiça de Blumenau, que conseguiu o selo de Indicação Geográfica (IG), e ensinou a receita para fazer uma cuca com o produto. Ficou com água na boca depois da reportagem? Confira a seguir a receita. Cuca de linguiça Ingredientes 3 ovos; 500 gramas de farinha de trigo; 125 gramas de açúcar; 40 gramas de banha de porco; 50 gramas de fermento de pão; Raspa de limão, noz-moscada, e sal a gosto. Modo de preparo Em uma vasilha, junte os ingredientes, misture, e acrescente o fermento já dissolvido em um pouco de água morna; Amasse tudo levemente para formar uma massa homogênea e deixe descansar, por cerca de uma hora, coberta com um plástico filme; Depois desse tempo, abra a massa em uma forma e deixe crescer novamente; Em seguida coloque pedaços de linguiça Blumenau, pimenta branca moída a gosto e nata batida com açúcar; Depois é só cobrir com a farofa doce e colocar para assar por vinte minutos no forno aquecido a 180°C. Farofa Ingredientes 400g farinha de trigo; 125g de açúcar; 125g de banha; 125g de margarina; sal; raspa de limão a gosto. Modo de preparo Amasse tudo levemente e pronto! >>>Veja outras receitas Veja Mais

Produção de azeitonas não vinga e fábrica de azeite recém-inaugurada no ES está parada

G1 Economia Pesquisadores investigam o motivo da queda de produção. Inexperiência na plantação pode ter contribuído para baixa produtividade no Espírito Santo. Produção de azeitonas não vinga em Santa Teresa, no ES, e pesquisadores pesquisam motivo. A produção de azeitonas que era uma grande aposta para 2024 no município de Santa Teresa, na Região Serrana do Espírito Santo, não vingou e frustrou os produtores. Pesquisadores vão investigar o que pode ter acontecido e o que fazer para continuar o cultivo. Enquanto isso, a fábrica de azeites inaugurada há cerca de dois meses pelo governo do estado em parceria com a prefeitura está parada. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O produtor rural Ricardo Serra foi um dos pioneiros no cultivo de oliveiras na região. A maior parte da sua lavoura é de plantação de café, mas há dois anos ele decidiu diversificar a produção e apostou nas azeitonas, com foco no produto final, o azeite. ???? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Entretanto, após dois anos de crescimento animador, em 2024, a produção ficou zerada, não só em suas terras, mas como em todo o município. “A gente está em uma localidade apta para esse tipo de cultura, que é uma cultura que tem um valor agregado grande no azeite e, por isso, resolvi investir. Atualmente, são 500 pés. Com a primeira colheita em 2022, produzi 7kg de azeitonas; em 2023, foram 15 kg; mas, esse ano, nem teve colheita”, contou. Ricardo Serra é um dos pioneiros no cultivo de oliveiras em Santa Teresa, na região Serrana do Espírito Santo. TV Gazeta De acordo com Ricardo, a florada foi muito bonita, o que elevou as expectativas, mas os pés não se desenvolveram. “A gente até pensou numa produtividade bastante boa, só que a gente teve um pegamento irrisório dos frutos, muita perda mesmo. Isso levou a gente a buscar tecnologia e pesquisa para ajudar a entender o que tá acontecendo”, explicou. Em todo o estado, a produção de azeitona também registrou queda. Em 2023, superou 1 tonelada (1.112kg) e 114 litros de azeite. Já em 2024, caiu pela metade, rendendo apenas 665 kg de azeitonas e 63 litros de azeite, que foram produzidos em Domingos Martins. Em 2024, produtores não conseguem colher azeitonas em Santa Teresa, na região Serrana do Espírito Santo. TV Gazeta De acordo com especialistas, o mal desempenho deste ano e os resultados tímidos dos anos anteriores podem estar relacionados à falta de experiência com esse plantio e questões climáticas. A extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Ranusa Coffler, explicou que a azeitona tem como especificidade a polinização cruzada. “A gente precisa que uma variedade de oliveiras polinize a outra, para que tenhamos mais produtividade. Então, a gente precisa de um detalhamento melhor de pesquisa para conseguirmos entender realmente se as variedades que foram plantadas como polinizadoras estão cumprindo o seu papel e polinizando umas às outras”, falou Ranusa. Falta de experiência na plantação de azeitona pode ser um dos motivos da colheita pequena A extensionista também lembra de como é fundamental estar atento à fertilidade do solo. “Nós seguimos algumas recomendações de outros estados produtores, como Minas Gerais, e a gente percebe que precisa avançar na questão nutricional, de correção e nutrição do solo”, disse Ranusa. Fábrica de azeite pioneira não está funcionando Fábrica de Azeite para o uso coletivo na produção foi inaugurada em Santa Teresa, em 2024. Divulgação/Incaper Em fevereiro de 2024, foi inaugurada em Santa Teresa a Fábrica de Azeite do Lagar, a primeira do estado para o uso coletivo na produção de azeite. A capacidade de processamento dessa nova agroindústria é de 100 kg de azeitona por hora. A fábrica de azeite para uso coletivo é a primeira do estado é uma iniciativa pioneira também no Brasil. A expectativa dos produtores estava elevada, mas, com a produção em baixa, a fábrica não está sendo utilizada. “Chegamos a um modelo interessante, que é um equipamento de 100 kg/h. Trata-se de uma agroindústria de caráter coletivo, novidade até no Brasil. Isso porque as indústrias hoje no país são particulares. Mas esse modelo veio para atender todos os produtores que tenham necessidade. É um modelo nosso, desde o início do projeto a gente visualizou que fosse dessa forma”, explicou Ranusa. Preço nas alturas: Azeite ganha lacre antifurto em supermercado de Vitória Para a instalação da fábrica, foram investidos cerca de R$ 600 mil para a aquisição de equipamentos utilizados na fabricação do azeite. Na ocasião, o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, afirmou que o espaço iria atrelar o agroturismo e a geração de renda para os produtores locais. “Dos 300 hectares de áreas plantadas de azeitona no estado, cerca de 100 hectares estão aqui em Santa Teresa. A expectativa é criar oportunidade para o aumento da produtividade e rentabilidade do produtor rural, agregando valor, conhecimento e o uso de novas tecnologias para atender à demanda com as oliveiras”, falou o secretário. Apesar da baixa, os produtores querem seguir com o cultivo, mas para isso buscam apoio. LEIA TAMBÉM: Como se sabe se um azeite é extravirgem ou não? Ao todo, 240 garrafas de azeite adulterado são apreendidas no ES “A intenção é perseverar! Essa é uma cultura pioneira, e, como todo pioneirismo, ele vem também com o ineditismo. A gente precisa de ajuda para entender o que houve e atravessar esse momento”, falou Ricardo. De acordo com o Incaper, novas pesquisas serão feitas sobre o cultivo, quando servidores que passaram no último concurso para o instituto assumirem os seus cargos. “Há uma promessa da diretoria do instituto de que exista um fisiologista, alguém que possa estar apoiando especificamente nos estudos em olivicultura”, encerrou Ranusa. Olivicultura no Espírito Santo Azeite capixaba começa a ganhar reconhecimento pela qualidade, em nível nacional e internacional. Espírito Santo TV Gazeta A cultura da olivicultura tem crescido no estado e o azeite capixaba começa a ganhar reconhecimento pela qualidade, tanto em nível nacional quanto internacional. Atualmente, o Espírito Santo tem, aproximadamente, 300 hectares de área plantada de azeitona, envolvendo cerca de 130 produtores, com abrangência em 17 municípios dos 23 da Região Serrana vocacionados para o desenvolvimento da atividade. O foco do projeto é a produção de azeite extravirgem de baixa acidez, visando à expressão da qualidade superior do produto. O primeiro azeite capixaba de caráter experimental proveniente da Unidade de Observação foi produzido no ano de 2018 e, em 2021, foi extraído o primeiro azeite extravirgem dos plantios comerciais e o processamento já foi realizado em terras capixabas. O estado já conta com seis marcas de azeites extravirgem, com aroma e sabor diferenciados, genuinamente capixabas. "Apoiamos o desenvolvimento da olivicultura desde o início da introdução dessa atividade no Espírito Santo. Vamos seguir trabalhando para ampliar esse suporte aos produtores, principalmente na área de pesquisa, para indicação de variedades de oliveiras mais resistentes a pragas e que se adaptem melhor às regiões produtoras do estado”, afirma o diretor-presidente do Incaper, Franco Fiorot. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo Veja Mais

Governo quer regulamentar teto do funcionalismo e coibir 'supersalários', diz Tesouro

G1 Economia Secretário Rogério Ceron afirma que é preciso cortar despesas nos próximos anos para evitar uma possível paralisia do setor público no futuro. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, durante apresentação do Resultado do Tesouro Nacional (RTN) de fevereiro de 2023. Washington Costa/MF O governo levará adiante a agenda de cortes de gastos públicos mirando o "andar de cima", ou seja, vai tratar da regulamentação do teto do funcionalismo, para coibir "supersalários" dos servidores públicos. É o que afirma o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Em entrevista ao g1 e à TV Globo, o secretário disse que o governo também vai rever "penduricalhos". "O ministro [Fernando Haddad, da Fazenda] já comentou que está super aberto a uma discussão pelo lado da despesa. Vamos começar, para dar o exemplo, pelo andar de cima. Vamos discutir penduricalhos, a regulamentação de teto de funcionalismo. Tudo tem que ser reavaliado e discutido. Qual o objetivo da política, se ela cumpre seu objetivo, e se cumpre de forma eficiente", declarou. A discussão ocorre em meio à aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço, para membros do Judiciário e do Ministério Público. O texto, que seguirá para análise do plenário, turbina o salário de juízes e promotores até o limite de 35% da remuneração do servidor. Um estudo indica que o impacto dos benefícios previstos na proposta pode chegar a R$ 42 bilhões por ano. Lei dos supersalários Em 2021, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que regulamenta os chamados "supersalários" – que extrapolam o teto do funcionalismo – no serviço público. O valor máximo hoje é de R$ 44.008,52 mensais. O texto retornou ao Senado, onde aguarda definição. A proposta em discussão no Congresso define quais pagamentos poderão extrapolar o teto do funcionalismo. Entre eles, os auxílios para moradia, alimentação e transporte. Confira alguns dos pagamentos que, pelo projeto, não estariam sujeitos ao teto do funcionalismo: Auxílio-moradia: se não houver imóvel funcional em condições de uso na localidade, se o agente não residir com outra pessoa que ocupe imóvel funcional ou receba auxílio-moradia, e se o agente não tiver residência no local; Adicional de férias: se o valor não superar um terço da remuneração, desde que não decorra de um período superior a 30 dias por exercício; Pagamentos decorrentes de férias não aproveitadas durante a atividade: limitados a 30 dias por exercício, ou após demissão, aposentadoria ou falecimento; Auxílio-alimentação: até 3% do teto; 13º salário, adicional noturno e serviço extraordinário; Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço; Adicional de insalubridade; Auxílio-creche: para filhos e dependentes de até cinco anos, em valor máximo por dependente de 3% do teto; Auxílio-transporte: em até 3% do teto; Indenização decorrente do uso de veículo próprio em serviço: em até 7% do teto; Ressarcimentos de mensalidade de planos de saúde: até 5% do teto. Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que algumas gratificações de natureza remuneratória devem entrar no chamado "abate-teto". Ficam de fora, ou seja, não são descontados, os chamados jetons (verba dos ministros por participação em conselhos de administração em estatais) ou as verbas de caráter indenizatório (como reembolsos). Cortes de gastos O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, também reafirmou que é preciso cortar despesas nos próximos anos para evitar, no futuro, uma restrição para gastos livres dos ministérios (que não são obrigatórios). Uma restrição nesse sentido poderia levar a uma paralisia do setor público no futuro – situação criada pelo arcabouço fiscal, a nova regra para as contas públicas aprovada em 2023. "Temos de tomar medidas hoje que garantam que esse cenário [de paralisia] não aconteça [no futuro]. Quanto mais o tempo passa, mais difícil fica. Então tem coisas que dá pra ir fazendo e garantindo. O país precisa tomar decisões, ou vamos colocar tudo em colapso lá na frente", disse. Na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, a equipe econômica propôs as primeiras medidas de cortes de gastos públicos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – consideradas tímidas por analistas. Foram anunciadas duas medidas, ambas já adotadas pelo governo. A primeira é uma revisão do cadastro do INSS, com o objetivo de combater fraudes, e a segunda são mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). A bancada ruralista no Congresso Nacional, entretanto, questionou as alterações no Proagro – que reduziram o escopo do programa. A crítica é que as medidas impactam os pequenos produtores. Rogério Ceron também defende, em posição pessoal, uma rediscussão da chamada "morte fictícia" de militares – na qual a família recebe, se expulso do serviço por algum crime, como roubo ou estupro – o direito a uma pensão vitalícia. Seria o caso do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. "Vale a pena discutir qual o sentido de um benefício como esse. Isso tem um simbolismo grande. E vale um debate à luz do sol para entender se há, de fato, uma razão para isso e se alguém defende a continuidade. Em algum momento, para alguém, fez sentido criar um benefício como esse", questiona. O secretário também confirmou que a equipe econômica encaminhará uma proposta para alterar os pisos de gastos em saúde e educação. Um estudo do Tesouro mostrou que, se alterados os pisos, pode haver uma perda de R$ 500 bilhões para esses setores em nove anos. "Eu diria que [a proposta de mudança dos pisos em saúde e educação] continua em um processo de construção de consenso, antes do envio (...) Essa é uma discussão que não está completamente madura ainda. Estamos conversando, dialogando, trazendo essa discussão, mas não há decisão de governo sobre o modelo. E aí, a partir disso, a decisão de fazer", afirmou Ceron. STF libera estatais do DF a pagarem salários acima do teto do funcionalismo público Veja Mais

Com alta de mais de 6% em dois meses, etanol só compensa em 8 estados e no DF

G1 Economia Calculadora do g1 mostra que, em geral, a relação entre preços está melhor para quem opta por abastecer com gasolina; faça a simulação para os preços do seu posto. Posto de gasolina combustível Marcello Casal Jr/Agência Brasil O preço médio do etanol aumentou 6,42% nos postos de combustíveis do país nos últimos dois meses. Com isso, a gasolina está mais vantajosa em 18 estados para abastecer veículos flex, enquanto o álcool está valendo mais a pena em 8 estados e no Distrito Federal. É o que mostra a calculadora de combustíveis do g1, com base nos preços médios nos postos encontrados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última semana. A calculadora do g1 considera o preço e o rendimento de cada combustível. Segundo especialistas, o etanol é mais vantajoso quando está custando até 70% do preço da gasolina. (entenda mais abaixo) Os preços atuais também mostram uma mudança significativa de cenário em relação a dois meses atrás, quando o etanol era mais vantajoso em 14 estados e no Distrito Federal. De acordo com o diretor-executivo da AbriLivre, Rodrigo Zingales, o ambiente mais favorável para a gasolina em alguns estados pode ser justificado, entre outros pontos, pelo seguinte movimento: alta no preço do etanol vendido pelo produtor à distribuidora, o que eleva o custo do combustível nos postos; política de preços da Petrobras, que ajuda a segurar o repasse dos aumentos da cotação do petróleo no mercado internacional; e custos de importação ainda comportados, o que ajuda a manter os preços da gasolina. Veja abaixo qual combustível compensa mais em cada estado: Preços médios do etanol e da gasolina nos estados e no DF Vale reforçar que a lista considera o preço médio por estado, com base no levantamento feito pela ANP ao longo da semana de 14 a 20 de abril. Na calculadora do g1, você pode conferir qual combustível mais vale a pena de acordo com os preços exatos que você encontrar no posto. Faça o cálculo abaixo: Como funciona a calculadora? O cálculo da ferramenta do g1 é o seguinte: quando você seleciona e insere o preço do álcool, esse valor é dividido por 0,70 — ou seja, 70%. Já no caso da gasolina, o preço é multiplicado por 0,70. Por que a regra dos 70%? O professor Marcelo Alves, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli/USP explica que esse cálculo é baseado no poder calorífico dos combustíveis, que significa a quantidade de energia existente na molécula de cada um deles. Moléculas são propriedades de uma substância composta por um ou mais átomos. Os átomos são, por sua vez, formadores de matéria. Ou seja, tudo aquilo que ocupa espaço e possui massa. "O poder calorífico significa, portanto, o quanto você consegue extrair de energia por massa de combustível. Ou seja, por unidade de massa de combustível", diz. Entenda a lógica da calculadora do g1 para o valor do combustível O professor elenca ainda outras especificações, considerando a densidade (relação entre a massa de um material e o que ele ocupa) de cada combustível. "Em um dia frio, por exemplo, tanto a gasolina quanto o álcool ficam mais densos, e essa variação de densidade não é igual para os dois." "A regra dos 70%, portanto, é válida como um número indicativo, baseado em um dado empírico [confirmado a partir de experiências]", reforça. Ele esclarece ainda que pode haver uma diferença conforme cada veículo, incluindo se o sistema de injeção de combustível no motor for otimizado para queimar etanol ou gasolina. "Portanto, o motorista precisa analisar uma média para o seu próprio carro", sugere. Veja Mais

Embraer entrega 25 aviões no 1° trimestre deste ano, alta de quase 70% no período

G1 Economia Carteira de pedidos firmes encerrou o período em US$ 21,1 bilhões, segundo a Embraer. Phenom 300 foi o jato mais entregue pela Embraer no primeiro trimestre deste ano. Divulgação/Embraer A Embraer, fabricante de aeronaves com sede em São José dos Campos (SP), informou nesta sexta-feira (19) que entregou 25 jatos no primeiro trimestre de 2024, dez a mais em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram entregues 15 aeronaves. A alta é de 67%. O balanço da empresa aponta que foram entregues 7 aviões comerciais e 18 executivos. Ainda segundo a Embraer, a empresa registrou o maior número de pedidos dos últimos sete anos. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp De acordo com a empresa, a carteira de pedidos chegou a US$ 21,1 bilhões no primeiro trimestre desde ano. O montante representa um aumento de US$ 2,4 bilhões na carteira de pedidos da multinacional na comparação com o último trimestre de 2023, quando foram registrados US$ 18,7 bilhões -- uma alta de 13%. O setor de Aviação Comercial da empresa foi quem puxou essa alta nos três primeiros meses do ano, com um aumento total de US$ 2,3 bilhões. Em 2023, a Embraer lançou uma nova versão do jato executivo Phenom nos EUA. O balanço da Embraer apontou que, dos 25 jatos entregues nos três primeiros meses deste ano, dez são do modelo "Phenom 300", quatro "E195-E2", quatro "Praetor 600", três "E175", três "Praetor 500" e um "Phenom 100". Ainda de acordo com a Embraer, foi entregue 12% do total de aeronaves previstas no ponto médio do guidance para 2024. O destaque do trimestre foi o acordo com a American Airlines para 90 E175, com direitos de compra para outros 43 jatos adicionais. O pedido da companhia aérea tem o objetivo de atender à demanda doméstica nos Estados Unidos. A multinacional afirmou ainda que está implementando um “plano para mitigar a sazonalidade do seu negócio”, com objetivo de “consolidar um ritmo constante de produção ao longo do ano”. E-190 da Embraer. Divulgação/Embraer Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Petz e Cobasi vão criar maior rede de varejo pet do país, ação salta mais de 40%

G1 Economia Novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi. Petz/Divulgação As redes de lojas de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi acertaram um memorando de entendimento não vinculante para criarem a maior companhia no setor do país. O anúncio causava uma disparada nas ações da Petz, que às 13h48 saltavam 42%, a 4,96 reais, diante do preço acertado inicialmente para a união das empresas, de R$ 7,10 por ação da companhia, mais que o dobro do fechamento da véspera. As duas empresas lideram o setor e o grupo combinado deve produzir uma receita este ano de mais de R$ 7,5 bilhões, afirmou o presidente-executivo da Petz, Sergio Zimerman, em conferência com analistas e investidores após o anúncio. Analistas do JPMorgan liderados por Joseph Giordano afirmaram que o negócio "tem alto potencial de sinergia mesmo no contexto de riscos de execução e outros desafios vistos em outras fusões no setor", acrescentando que a companhia combinada deverá ter uma participação de mercado de entre 15% e 20%. O outro grande grupo no setor é a Petlove, que tem uma grande atuação no mercado online nacional e chegou a ser citada na imprensa no mês passado de que estaria em negociações com a Petz, além dos próprios marketplaces digitais como Mercado Livre. Questionado sobre as potenciais sinergias a serem obtidas com a integração com a Cobasi — a empresa que criou o conceito de megalojas de produtos para animais de estimação no país na década de 1980 — Zimerman afirmou que elas serão dimensionadas nos próximos dias durante as discussões exclusivas entre as duas empresas, que devem durar até 90 dias. Mas ele afirmou que "tem muito mato alto para ser cortado". O executivo se referiu principalmente a ganhos de logística e com abertura de lojas. "É uma guerra que sangra ambas as companhias", afirmou o executivo sobre a situação anterior à combinação e citando que o preço de R$ 7,10 "tem zero efeito de sinergia". O novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi. O mercado pet nacional envolve mais de 139 milhões de animais de estimação, sendo o segundo maior do mundo, afirmou Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, em nota. Segundo Cruz, a cada 100 famílias, 44 possuem um animal de estimação, enquanto apenas 36 têm crianças em casa. "Os setores relacionados aos animais de estimação são uma tendência significativa a longo prazo. Enquanto muitos discutem o envelhecimento da população como um fator impulsionador do setor da saúde, o setor pet também se destaca, pois as pessoas percebem que criar um filho se tornou mais dispendioso e optam por ter animais de estimação", afirmou Cruz. Cade A nova empresa será igualmente dividida entre os acionistas da Petz e da Cobasi, com os investidores da Petz recebendo R$ 450 milhões após a conclusão da operação, segundo os termos do memorando de entendimento. Zimerman não deu detalhes sobre como será feito esse pagamento, embora dividendos possam ser uma das opções. Ao final da transação, Zimerman terá entre cerca de 15% e 25% da companhia combinada. Um acordo de acionistas entre o executivo e, do lado da Cobasi, família Nassar e o fundo Kinea será estabelecido com Zimerman na presidência do conselho de administração da nova empresa e Paulo Nassar sendo presidente-executivo. O conselho de administração da nova companhia terá nove membros com quatro sendo indicados por Zimerman e o restante por Nassar e Kinea. A nova empresa seguirá as regras do segmento de alta governança da B3, Novo Mercado. Questionado sobre o futuro das marcas do grupo, Zimerman afirmou que as empresas deverão manter as atuais, seguindo um modelo semelhante ao da fusão das redes de farmácias Raia e Drogasil em 2018, que deu origem ao grupo RD Saúde. O executivo afirmou ainda que não espera grandes problemas por conta da análise do negócio que deverá ser feita pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Falando sobre eventuais aplicações de restrições pelo órgão de defesa da concorrência, Zimerman, disse que isso pode ocorrer eventualmente "em alguma cidade específica em que possa ter uma concentração, mas nada que deveria preocupar os rumos do negócio". "O nível de concentração é baixo o suficiente para que tenhamos tranquilidade para falar isso", acrescentou. Mercado pet é um dos negócios mais procurados no país Veja Mais

Dólar alivia depois de bater R$ 5,27 e cai, com juros dos EUA e conflito no Oriente Médio no radar

G1 Economia Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,12%, cotada a R$ 5,2497. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou com um avanço de 0,02%, aos 124.196 pontos. O dólar opera em queda nesta sexta-feira (19), após ter chegado aos R$ 5,27 na abertura. A moeda passa por um movimento de correção nos últimos dias, em meio à disparada das cotações desde a semana passada. Os principais pontos de atenção dos investidores seguem os mesmos: a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, a piora da percepção de risco fiscal no Brasil e a cautela com o conflito no Oriente Médio. Na noite desta quinta-feira, Israel lançou um ataque contra o Irã. A imprensa iraniana informou que drones foram abatidos e, segundo um militar do país, nenhum estrago foi causado. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h10, o dólar caía 0,11%, cotado a R$ 5,2449. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,2773. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,12%, cotado a R$ 5,2497. Com o resultado, acumula altas de: 2,51% na semana; 4,67% no mês; 8,19% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,18%, aos 124.415 pontos. Na véspera, encerrou em alta de 0,02%, aos 124.196 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 1,39% na semana; 3,05% no mês; 7,44% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Ontem, os novos dados de auxílio-desemprego dos Estados Unidos ficaram estáveis em 212 mil na semana encerrada em 11 de abril, abaixo das expectativas do mercado, que esperava 215 mil pedidos. Apesar do alívio nesses dados de emprego, os demais números da maior economia do mundo continuam fortes — o que aumenta a perspectiva de que o Fed pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Na segunda-feira, por exemplo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. Já na quarta-feira, o Livro Bege do Fed, que mostra um retrato da saúde da economia norte-americana, indicou que a atividade dos EUA expandiu ligeiramente do final de fevereiro até o início de abril, e havia temores entre as empresas de que o progresso na redução da inflação ficasse estagnado. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora a percepção do mercado sobre os juros americanos, mais da metade dos investidores espera que o primeiro corte nas taxas seja só em setembro. Antes, as expectativas eram de que o ciclo de baixas começasse ainda no primeiro semestre. Com isso, falas de dirigentes do Fed, que participam de eventos ao longo do dia, também devem ficar na mira dos investidores. Na última terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. No Brasil, o grande destaque da semana foi a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog do Valdo Cruz, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Também na segunda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. Por fim, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Na noite desta quinta-feira, Israel respondeu ao ataque. A imprensa iraniana informou que drones foram abatidos e, segundo um militar do país, nenhum estrago foi causado. Explosões foram ouvidas próximas de uma base militar de Isfahan, uma das maiores cidades iranianas, a 450 km da capital, Teerã. A região tem instalações nucleares e, segundo uma autoridade iraniana, os barulhos ouvidos resultam da ação do sistema de defesa aérea, que foi ativado. Nenhuma instalação nuclear foi afetada. Segundo a autoridade, não houve ataque de mísseis. O espaço aéreo chegou a ser fechado, e voos foram cancelados. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil. Veja Mais

Quina pode pagar R$ 43 milhões nesta sexta-feira, maior prêmio da história do concurso

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.420 da Quina pode pagar R$ 43 milhões nesta sexta-feira (19). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta sexta. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Como funciona a Quina Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5?0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias Veja Mais

Maçã o ano inteiro: saiba mais sobre a produção do fruto

G1 Economia Colheita vai até maio, mas os produtores rurais trabalham todos os meses para garantir a disponibilidade do alimento. Amarok, Saveiro e Polo Robust, prontos para a jornada no campo. Volkswagen Quando você vai à feira ou ao supermercado comprar frutas provavelmente encontra a maçã entre os produtos oferecidos, certo? E até pode ver uma ampla variedade delas: fuji, gala, pink lady, verde… tem pra todos os gostos! Mas como será que a maçã está disponível o ano inteiro? Quanto trabalho e quantas pessoas estão por trás da produção de um fruto tão comum? Neste período do ano, pequenos e grandes produtores de maçã estão trabalhando intensamente na colheita do fruto, que vai até maio. Quando essa fase termina, começa tudo outra vez - especialmente na região Sul do país, onde está concentrada grande parte da produção nacional. É um trabalho intenso para garantir que os brasileiros tenham maçã disponível o ano todo. Enquanto os produtos são armazenados em câmaras frias para abastecer o mercado, nos pomares já inicia a fase de poda para provocar novas brotações e reiniciar o ciclo. Rotina exigente e de muito trabalho Quem é do agro sabe que o dia a dia exige determinação. São aqueles produtores que estão na lida desde o início do dia: trabalha no pomar, carrega mercadoria, transporta funcionário, resolve questões administrativas, de tudo um pouco. E essa rotina na fazenda exige um carro robusto e confiável. Se as atividades do dia a dia são diversas, ter um veículo que também tenha versatilidade é fundamental para cumprir todo tipo de tarefa, encarar diferentes estradas, condições adversas e principalmente terminar o dia (e a safra) com a missão cumprida. Ter um carro que considere essa rotina é ganhar eficiência. É por isso que a Volkswagen atende tão bem o agro. Além de ter diferentes modelos que entregam a confiança e a robustez que o agro precisa, tornam uma jornada dura mais leve com a dirigibilidade, o conforto e a segurança que só a marca tem. Quem já conhecia tudo isso na Amarok e na Saveiro, agora também encontra força no Polo Robust, versão desenvolvida para todos os desafios do agro. Não importa o momento da produção. Se as macieiras estiverem em fase de floração, frutificação ou colheita, vai ter trabalho. Quando a fase exigir uma picape para transporte de alimentos e equipamentos, a Amarok e a Saveiro Robust são ótimas parceiras. O Polo Robust vem para acrescentar como um carro para o dia a dia, um 1.0 pensado para o agro e, como tal, preparado para encarar as exigências da rotina na fazenda. Econômico, robusto e o mais alto e potente da categoria Recém-lançado, o Polo Robust é o carro certo para todo tipo de terreno. Com recursos específicos para atender todas as demandas no dia a dia de trabalho nas terras, tem o maior entre-eixos da categoria, um diferencial pro dia a dia. Aprimorado com uma suspensão elevada e pneus de perfil mais alto, é ideal para enfrentar estradas de terra e desafios com facilidade, garantindo uma condução suave e estável. O motor 1.0 MPI Flex com potência máxima de 84 cv traz mais performance e economia. Com a maior potência da categoria, o hatch proporciona uma condução ágil e eficiente mesmo em terrenos desafiadores. Tudo com conforto e tecnologia para uma experiência de condução segura e confortável. Projetado para atender todas as necessidades, é também o modelo com maior espaço interno da categoria, com 2,56 metros de entre-eixos e 1,75 metros de largura. O porta-malas, com capacidade de 300 litros, também se destaca. Com direção elétrica, controle eletrônico de estabilidade e assistente de partida, deixa o condutor muito mais seguro ao se deparar com terrenos mais íngremes e encarar a jornada com qualquer tempo. E como tudo foi pensado para o agro, há dois pacotes de acessórios exclusivos para o cliente que vive essa rotina e preza por conforto e durabilidade. O primeiro inclui capas de banco em vinil, revestimento de borracha para o assoalho e protetor de grade frontal. O segundo ainda oferece protetores de borracha para o porta-malas e engate para reboque. A Volkswagen oferece uma linha de veículos para cada necessidade, é a marca que você conhece e confia. As versões da Amarok, a Saveiro e o Novo Polo Robust entregam tudo que você precisa para ter ainda mais excelência no campo. Produtor rural e empresa ainda têm condições especiais. Acesse o site e confira as ofertas. Veja Mais

Haddad antecipa volta dos EUA; Fazenda cita 'agenda econômica e negociações com o Congresso'

G1 Economia Semana foi marcada por revisão das metas fiscais – que, somada ao cenário externo, desvalorizou o real e derrubou o Ibovespa. Governo não informou quais compromissos Haddad terá na volta. Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda. Globonews/Reprodução O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu antecipar para esta quinta-feira (18) o retorno ao Brasil, após compromissos oficiais em Washington, nos Estados Unidos. Haddad retornaria na noite desta sexta (19), mas o embarque foi adiantado para a noite desta quinta. O Ministério da Fazenda informou a mudança, mas não divulgou se houve compromissos cancelados em razão do novo horário. No comunicado, o Ministério da Fazenda informou que a antecipação tem como motivo "a agenda econômica em Brasilia e negociações com o Congresso envolvendo os projetos de interesse do governo". O texto não cita quais reuniões Haddad terá no retorno ao Brasil. Questionado, o Ministério da Fazenda disse apenas que a agenda está "cheia". Haddad viajou para Washington na última segunda, onde participou de eventos do G20 – grupo das principais economias do planeta, neste ano presidido pelo Brasil – e do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outras agendas. Semana conturbada A semana da equipe econômica foi marcada por tumulto porque, na última segunda (15), o governo federal anunciou a redução da meta de superávit fiscal para os próximos anos. Veja abaixo: Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Na prática, a mudança significa que o governo terá que gastar mais dinheiro público nesse período, o que dificulta o equilíbrio das contas e aumenta a insegurança de investidores. Essa sinalização, junto com novos episódios da crise no Oriente Médio e com a trajetória dos juros dos Estados Unidos, levaram a quedas sucessivas na Bolsa de Valores e a uma forte valorização do dólar frente ao real. O cenário tem outro complicador: a disputa, também agravada nesta semana, entre a articulação política do governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Isso porque, mesmo para cumprir as metas menos ambiciosas anunciadas esta semana, o governo conta com uma série de medidas para ampliar a arrecadação de impostos e cortar despesas. E boa parte dessas medidas depende de aprovação do Congresso. Em meio a atritos com Lira, Lula libera emendas ao Congresso e privilegia aliados Se a relação entre Executivo e Legislativo não for pacificada, além de não aprovar esses projetos, o governo passa a correr riscos com as chamadas "pautas-bomba" – projetos que tramitam no Congresso e aumentam o gasto público, a exemplo da PEC que estabelece remuneração adicional para servidores do Judiciário e do Ministério Público. Veja Mais

Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI

G1 Economia FMI espera que a Rússia cresça 3,2% neste ano, significativamente mais do que o Reino Unido, a França e a Alemanha. GETTY IMAGES via BBC O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia da Rússia cresça mais rápido que a de todos os países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos, neste ano. A organização projeta um crescimento de 3,2% para a Rússia neste ano, significativamente mais do que o Reino Unido, a França e a Alemanha. As exportações de petróleo "mantiveram-se estáveis" e os gastos públicos "permaneceram elevados", contribuindo para o crescimento, afirmou o FMI. No geral, a organização afirmou que a economia mundial havia sido "notavelmente resiliente". "Apesar de muitas previsões sombrias, o mundo evitou uma recessão, o sistema bancário revelou-se amplamente resiliente, e as principais economias dos mercados emergentes não sofreram interrupções repentinas", acrescentou. O FMI é uma organização internacional com 190 países membros. Seus relatórios são utilizados por empresas para ajudar a planejar onde investir, e por bancos centrais para orientar suas decisões em relação às taxas de juros. O grupo afirma que as previsões que faz para o crescimento no ano seguinte na maior parte das economias desenvolvidas têm estado, na maioria das vezes, dentro de uma margem de aproximadamente 1,5 ponto percentual do que realmente acontece. Apesar de o Kremlin ter sido alvo de sanções pela invasão da Ucrânia, o FMI atualizou suas previsões de janeiro para a economia russa neste ano. A projeção de crescimento para 2025 é de 1,8%, superior ao esperado anteriormente. Os investimentos de empresas privadas e estatais e a "robustez do consumo privado" na Rússia promoveram o crescimento junto às fortes exportações de petróleo, segundo Petya Koeva Brooks, vice-diretora do FMI. FMI anuncia previsão de números piores nas contas públicas do Brasil; Bruno Carazza comenta A Rússia é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo e, em fevereiro, a BBC revelou que milhões de barris de combustível produzidos a partir de petróleo russo ainda estavam sendo importados para o Reino Unido, apesar das sanções. Fora da Rússia, o FMI revisou para baixo suas previsões para a Europa e para o Reino Unido neste ano. Prevê um crescimento de 0,5% para o Reino Unido, que ficou como o segundo país com pior desempenho do G7, grupo das nações mais industrializadas do mundo, atrás da Alemanha. O G7 também inclui França, Itália, Japão, Canadá e EUA. Em 2025, o crescimento do Reino Unido deve chegar a 1,5%, segundo o FMI, o que colocaria o Reino Unido entre os três países com melhor desempenho do grupo, de acordo com o FMI. Para o Brasil, o FMI aumentou a projeção de crescimento em 2024 de 1,7% para 2,2%. Conflito no Oriente Médio Economistas do FMI alertaram que se o conflito entre Israel e o Hamas se agravar ainda mais no Oriente Médio, isso pode levar ao aumento dos preços dos alimentos e da energia em todo o mundo. Os contínuos ataques a navios no Mar Vermelho e a guerra da Rússia em curso na Ucrânia também podem afetar a economia global, até agora “notavelmente resiliente”, afirmou. Um potencial aumento nos custos dos alimentos, da energia e dos transportes atingiria com força os países de baixa renda, acrescentou. Veja Mais

Por que real foi moeda que mais se desvalorizou neste mês entre países do G20

G1 Economia Em abril, a desvalorização do real chegou a 4,5%. Getty Images via BBC O real se desvalorizou 4,5% no mês de abril — mais do que qualquer outra moeda entre os países do G20. As moedas que mais chegaram perto do real em desvalorização em relação ao dólar foram o iene japonês, o rublo russo, o peso mexicano e o won coreano — todos com desvalorização de 2%. Já outras moedas como o euro e a libra esterlina se desvalorizaram menos que 1% contra o dólar americano no mesmo período. Nesta semana, os mercados em todo o mundo sofreram com alguns choques econômicos que abalaram a confiança dos investidores. No Oriente Médio, um ataque com mísseis e drones do Irã a Israel aumentou temores de uma escalada de violência regional. E nos Estados Unidos, autoridades monetárias sinalizaram que as taxas de juros do Federal Reserve (o Banco Central americano) devem cair mais lentamente do que analistas de mercado imaginavam. Números da semana passada sobre a economia dos EUA revelaram que a inflação não está caindo como o desejado pelas autoridades. Por isso, os juros devem ser mantidos num patamar mais alto por mais tempo — aumentando custos e até mesmo riscos de uma recessão no país. As repercussões dessas notícias foram globais. A principal delas foi nos juros dos papéis do Tesouro americano de 10 anos — que subiram de 4,35% em média para mais de 4,6%. Com juros maiores nos EUA, a moeda americana se valorizou em todo o mundo, já que se tornou mais atraente para investidores americanos manterem suas posições em dólares, e não em moedas estrangeiras. A notícia provocou mau humor entre investidores no mundo todo, que acreditam que os juros americanos maiores por mais tempo vão prejudicar a economia como um todo. O índice Ibovespa, o principal da bolsa brasileira, caiu 2% neste mês. Já o Dow Jones e o Nasdaq — índices de ações nos Estados Unidos — desabaram 4,4% e 3% respectivamente. Entenda por que o dólar disparou em poucos dias Real mais desvalorizado que as demais moedas O ministro da Economia, Fernando Haddad, sugeriu esta semana que o cenário internacional "explica dois terços" da desvalorização do real no Brasil. No entanto, o real brasileiro se desvalorizou muito mais do que as demais moedas no mundo neste mês (confira os dados na tabela abaixo.) Analistas de mercado dizem que um grande fator da desvalorização do real foi o anúncio feito nesta semana pelo governo brasileiro de que não pretende cumprir as metas de superávit fiscal no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que termina no final de 2026. As contas do governo têm impacto nos juros e na cotação da moeda nacional. Quando o governo arrecada mais do que gasta, ele produz o chamado superávit fiscal — o que contribui para a queda do endividamento público do Brasil. Esse menor endividamento contribui para reduzir preços, juros e custos na economia. A combinação dos cenários externo (queda mais lenta dos juros americanos) e doméstico (anúncio do abandono da meta de superávit para os próximos dois anos) fez com que o mercado mudasse suas previsões para o futuro no boletim Focus, o levantamento semanal feito pelo Banco Central brasileiro. Os agentes de mercado acreditam agora que a taxa Selic — o juro referência na economia brasileira — vai terminar o ano em 9,13%, em média. Na semana passada, a projeção era de 9%. A projeção da cotação do dólar para o final de ano subiu de R$$ 4,95 para R$ 4,97. Veja Mais

Imposto de Renda 2024: veja dicas para evitar a malha fina

G1 Economia Contribuinte que cai na malha fina pode ter atraso no recebimento da restituição e corre o risco de receber uma multa do Fisco. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 Os contribuintes que enviarem informações erradas ou diferentes dos dados fornecidos por outras entidades que também precisam prestar informações à Receita Federal — como empresas, instituições financeiras, planos de saúde e outros — podem acabar caindo na malha fiscal (também conhecida como “malha fina”). Nesses casos, a declaração é separada pela Receita para uma análise mais profunda, na qual fará uma verificação de pendências e de eventuais erros. Caso isso aconteça, o contribuinte pode ter atrasos no recebimento da restituição, se houver, e corre o risco de receber uma multa do Fisco. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Saiba quem precisa declarar o Imposto de Renda 2024 Como saber se eu caí na malha fina? Você pode saber se sua declaração está retida na malha fiscal por meio do e-CAC. Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Veja alguns pontos que podem ajudar a evitar a malha fina: ?? Cuidado com a omissão de rendimentos de dependentes: muitas vezes, o contribuinte esquece de colocar os rendimentos de seu dependente na declaração de Imposto de Renda, o que pode acabar levando à malha fina. Além disso, também vale lembrar que uma pessoa não pode ser declarada como dependente em mais de uma declaração; ?? Comprove as informações com atenção e não omita receitas: assim como no caso de dependentes, o contribuinte precisa ter cuidado ao comprovar seus próprios rendimentos. Verifique com atenção as informações financeiras para que não haja divergências em relação aos dados informados pelas empresas e entidades que também prestam contas ao Fisco; ?? Atenção com o carnê-leão: o erro acontece quando os contribuintes esquecem de acrescentar as informações do carnê-leão na declaração. Para que isso não aconteça, é preciso lembrar de importar as informações do documento para a declaração anual do Imposto de Renda 2024. Para isso, basta abrir o programa do IR e clicar em “Importações”. Na aba, selecione a opção “Carnê-leão 2024”. Depois, basta permitir o acesso do programa à conta gov.br ou digitar o código de acesso, e então as informações serão importadas e inseridas na declaração; ?? Caso opte pela declaração pré-preenchida, não esqueça de conferir as informações: os dados desse tipo de declaração são preenchidos com base no que é informado na Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), entregue ao órgão por pessoas jurídicas pagadoras, empresas do ramo de imóveis e prestadores de serviços de saúde até o final de fevereiro. Ainda assim, o contribuinte ainda é responsável por confirmar, alterar, incluir ou excluir dados, se necessário; ?? Esteja com todos os documentos necessários em mãos: a falta de um documento na hora de preencher a declaração pode acabar gerando divergências em relação ao que foi declarado pela Dirf. Veja aqui quais são os documentos necessários para fazer a declaração; ?? Não confunda PGBL e VGBL: O PGBL permite deduzir até 12% do Imposto de Renda e deve ser declarado em “Pagamentos Efetuados”. Já o VGBL, que não é dedutível do IR, precisa ser informado na ficha “Bens e Direitos”; ?? Atenção na hora de declarar pensão alimentícia: houve uma a atualização no ano passado dos rendimentos de pensão alimentícia, que foram para a “Ficha de Rendimentos Isentos e Não tributáveis”. Outras dicas para evitar a malha fina são: ?? Revise os dados com calma; ?? Evite deixar para entregar a declaração na última hora; ?? Cuidado para não errar os números; ?? Atenção com a continuidade das informações passadas no ano anterior. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. 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Mercado Livre anuncia criação de 18 mil empregos na América Latina em 2024, sendo 6,5 mil no Brasil

G1 Economia Projeção é que a empresa tenha mais de 76 mil trabalhadores em sua folha de pagamento até o final do ano. Mercado Livre Divulgação A empresa argentina de comércio eletrônico e serviços financeiros Mercado Livre anunciou nesta quarta-feira (17) que irá criar 18 mil empregos diretos no México, Brasil, Argentina, Colômbia e Chile, chegando a mais de 76 mil trabalhadores em sua folha de pagamento até o final de 2024. A empresa tecnológica, presidida pelo magnata argentino Marcos Galperín, deve seu crescimento nos últimos anos principalmente à sua operação no México e no Brasil, onde incorporará 8,2 mil e 6,5 mil pessoas, respectivamente. Também opera em seu país de origem, a Argentina, onde empregará este ano mais 1,8 mil pessoas, assim como na Colômbia, onde recrutará 900, no Chile (360), Uruguai, Peru, Equador e Venezuela. LEIA TAMBÉM: Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias; entenda os motivos Bolsa Família 2024: veja o calendário de pagamentos de abril Eletrobras quer permitir demissões em massa e cortar salários em 12,5% "Estamos comprometidos com a inclusão e o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico de nossa região, e para isso continuaremos contratando os melhores talentos", detalhou no comunicado Sebastián Fernández Silva, chefe de recursos humanos da empresa. Aos 25 anos de sua criação, a empresa se tornou em 2020 a companhia de maior valor de mercado da América Latina, segundo a revista Forbes. A empresa começou como uma plataforma para compra e venda de produtos, e depois expandiu para desenvolver serviços financeiros como a carteira virtual Mercado Pago, muito popular na Argentina e no Uruguai. Entenda o acordo de naming rights do estádio do Pacaembu Veja Mais

Senado aprova isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos

G1 Economia Governo estima que a medida, já em vigor em razão de uma MP, beneficia 15,8 milhões de pessoas. Proposta seguirá para sanção do presidente Lula. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 O Senado aprovou nesta terça-feira (16) um projeto que, na prática, isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 2.824 mensais – o equivalente a dois salários mínimos, em 2024. O texto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apresentada pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), a proposta replica o teor de uma medida provisória, editada por Lula em fevereiro e que já está em vigor. Com a eventual sanção do texto, a MP será revogada, dando lugar à lei. Imposto de Renda: Quem deve declarar? Complemento fora do texto No papel, o projeto prevê uma faixa de isenção menor, que passará de R$ 2.112 para R$ 2.259,20. Este valor, no entanto, será complementado por um desconto estabelecido pelo governo para assegurar a isenção a dois salários mínimos. O benefício será de R$ 564,80. Somados, os dois montantes atingem os R$ 2.824. Portanto, na prática, quem ganha até dois salários mínimos não pagará IR — nem na fonte, nem na declaração de ajuste anual. O teto de isenção do Imposto de Renda estava congelado desde 2015. No último ano, subiu de R$ 1.903,98 para R$ 2.640 mensais, já considerando o mecanismo de desconto criado pelo governo. LEIA TAMBÉM: Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja o calendário dos lotes de restituição Pré-preenchida e recebimento via PIX dão prioridade na restituição Receita espera receber 43 milhões de declarações neste ano Veja os limites para as deduções no Imposto de Renda Robô ajudará contribuinte a saber se deve declarar Mudanças rejeitadas Em seu parecer, o relator da proposta, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), rejeitou sugestões de mudança que estabeleciam novas ampliações na faixa de isenção. O valor corresponde a uma promessa feita por Lula na campanha ao Planalto em 2022 e reiterada pelo petista nos últimos dois anos. Segundo ele, até o fim de seu mandato, a isenção do IR será ampliada para até R$ 5 mil. Randolfe argumentou que as medidas serão discutidas, mais profundamente, em um projeto de reforma do Imposto de Renda, que deverá ser enviado pelo governo ainda este ano. De acordo com o governo, em 2024, a atualização da faixa de isenção do IR beneficiará 15,8 milhões de brasileiros. O Ministério da Fazenda estima uma redução de R$ 3 bilhões em receitas. Tabela do IR A atualização prevista no projeto é limitada somente à faixa de isenção do IR. As outras parcelas da tabela do Imposto de Renda permanecem sem mudanças. Apesar disso, o aumento da isenção beneficia indiretamente mesmo quem ganha mais de dois salários mínimos. Isto porque o IR não é cobrado sobre todo o salário. A tributação incide somente sobre os valores que ultrapassam as faixas isentas ou de tributação reduzida. Veja Mais

Trabalho do Banco Central ficou 'mais difícil' após mudanças de metas fiscais pelo governo, diz Campos Neto

G1 Economia Para presidente do BC, possibilidade de aumento de gastos públicos somada à piora do cenário econômico externo aumentam incertezas sobre o controle da inflação. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em imagem de 2023 Pedro França/Agência Senado O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (17) que o trabalho da instituição para conduzir a inflação aos patamares pré-estabelecidos ficou mais "custoso e difícil" com a decisão do governo de propor mudanças nas metas fiscais de 2025 e 2026 (leia mais aqui). Isso porque, ao possibilitar mais gastos públicos em relação ao que era esperado anteriormente com a mudança das metas fiscais, a tendência é de uma pressão maior sobre inflação nos próximos anos -- dificultando seu controle. "A evidência do que vimos nos últimos dias nos mostra que o mercado ficou mais preocupado com relação ao fiscal [contas públicas], e qual vai ser o equilíbrio fiscal no futuro, com efeito no prêmio de risco, o que torna o trabalho mais difícil e custoso", afirmou Campos Neto, durante participação em evento da XP em Washington, nos Estados Unidos. Ele afirmou, entretanto, que a mudança das metas para as contas públicas por si só não gera uma relação mecânica na definição da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O importante, segundo Campos Neto, é como a alteração afeta as variáveis importantes para a expectativa de inflação, que levam o Banco Central a reagir por meio da taxa de juros, seja com elevação ou com redução da Selic. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro. Se as estimativas estão em linha com as metas, pode reduzir os juros. Se estão acima, pode manter a taxa estável ou até mesmo subir. Neste momento, a instituição já está mirando a meta deste ano, e também para o primeiro e o segundo semestres de 2025 (em doze meses). Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida. "Mas o problema é que a âncora fiscal [meta para contas públicas] e monetária [objetivos de inflação] são intimamente relacionados. Se perde credibilidade, ou se há mais questionamentos sobre a âncora fiscal, fica mais caro do outro lado. São relacionadas. Sempre defendemos que devemos manter a meta, e fazer o que é necessário para atingi-la. Entendemos que houve necessidade de mudar", declarou o presidente do Banco Central. Campos Neto observou que a piora no cenário externo, juntamente com a alteração das metas para as contas públicas, aumentaram as incertezas em relação à última reunião do Copom, realizada em março. Com juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos, percepção que se consolidou no mercado financeiro nas últimas semanas após a divulgação de índices de inflação, há um impacto sobre o dólar no Brasil -- que tende a ficar mais pressionado, como vem acontecendo nos últimos dias. E dólar mais alto pode indicar novas pressões sobre a inflação. O presidente do BC afirmou, ainda, que a instituição fará o que "for necessário" para trazer as expectativas de inflação para as metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Entenda as mudanças nas metas fiscais propostas pela equipe econômica do governo Mudança nas metas fiscais Nesta segunda-feira (15), o governo federal propôs reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. As mudanças ainda têm de passar pelo Legislativo. Em 2025, ao invés de buscar um superávit de R$ 62 bilhões, quer atingir uma meta de déficit zero (sem superávit, e nem déficit). Para 2026, ao invés de buscar um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões), quer uma meta de um saldo positivo menor, de cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais nestes dois anos, o espaço que o governo ganhou para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Mesmo assim, segundo os números do Tesouro Nacional, ainda faltam cerca de R$ 130 bilhões nos dois anos para atingir as metas – valor da arrecadação adicional necessária para cumprir as metas. Faltam cerca de R$ 60 bilhões em 2025; Faltam aproximadamente R$ 70 bilhões em 2026. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a equipe econômica já trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação e, com isso, perseguir as metas para as contas públicas. Apesar de buscar um superávit nas contas em 2026, o último da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe econômica previu, no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, divulgada nesta semana, rombos fiscais para o país durante toda a atual gestão. Veja Mais

Em busca da meta: governo prepara novas medidas para elevar arrecadação, diz secretário do Tesouro Nacional

G1 Economia Rogério Ceron afirmou ao g1 e à TV Globo que a área econômica trabalha em novas ações para elevar receitas. Medidas serão incluídas na proposta de Orçamento para 2025, a ser enviada ao Congresso em agosto. A proposta do governo de afrouxar as metas fiscais para 2025 e para 2026 não afastou a necessidade de buscar arrecadação extra para tentar cumprir os objetivos. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a equipe econômica já trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação e, com isso, perseguir as metas para as contas públicas. "Têm medidas [para elevar a arrecadação] que vão ser feitas ainda. Para atingir esses objetivos, temos de continuar perseguindo eles, adotando medidas. Se tivermos uma ruptura no compromisso com a recuperação fiscal do país por qualquer um dos poderes, nós teremos dificuldades nesses objetivos", declarou Ceron ao g1 e à TV Globo. As medidas, que estão em estudo no âmbito da Secretaria da Receita Federal, serão incluídas na proposta de orçamento do ano que vem -- que tem de ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto. Para 2025, os números do Tesouro indicam que será preciso arrecadar R$ 60 bilhões a mais, mesmo com a meta fiscal de "déficit zero", menos ambiciosa – entenda mais abaixo nessa reportagem. No ano passado, o governo adotou o mesmo procedimento. Incluiu no orçamento a proposta de elevar a arrecadação em R$ 168 bilhões para tentar cumprir a meta fiscal de 2024 -- que é de zerar o rombo das contas públicas. Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Entre as propostas anunciadas em 2023, havia mudanças no Carf (instância de recursos da Receita Federal), tributação de fundos exclusivos e "offshores", além de alteração no formato do regime de juros sobre capital próprio (das empresas) -- todas, já aprovadas pelo Congresso Nacional. "Para o envio da proposta orçamentária [de 2025, em agosto], elas serão enviadas. Como fizemos no ano passado", confirmou o secretário Rogério Ceron. O secretário do Tesouro não quis antecipar quais ações para aumentar a arrecadação estão em estudo. Essas receitas adicionais serão necessárias mesmo que a arrecadação prevista até o momento seja, de fato, atingida. Ou seja: a previsão de gastos supera a previsão de receitas, até o momento. Ceron, do Tesouro Nacional, avalia que o resultado é factível, apesar da descrença do mercado financeiro. “Não há perspectiva alguma de alteração da meta [de zerar o déficit]. Não tem por que jogar a toalha e não perseguir essa meta em 2024”, declarou. Corte de despesas não é suficiente O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentado nesta semana pelo governo inclui, além da revisão das metas, as primeiras medidas de cortes de gastos públicos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As ações já foram, inclusive, tomadas: a revisão do cadastro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para combater fraudes, e mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). A projeção do governo é que, com essas propostas, seria possível economizar cerca de R$ 9,3 bilhões por ano. O valor não é suficiente para cobrir a arrecadação extra. Desde o ano passado, economistas ouvidos pelo g1 avaliam que há espaço para o governo avançar nas medidas de reduções de despesas. Simone Tebet diz que não haverá mudança no limite de gastos Arrecadação adicional No mês passado, o Tesouro Nacional informou, por meio do relatório de projeções fiscais, que a equipe econômica precisaria elevar a arrecadação, por meio de medidas adicionais, em R$ 296 bilhões em 2025 e 2026 para cumprir as metas fiscais. Nesta semana, o governo anunciou a proposta, que ainda precisa passar pelo crivo do Legislativo, de reduzir as metas fiscais dos próximos anos. Em 2025, ao invés de buscar um superávit de R$ 62 bilhões, quer atingir uma meta de déficit zero (sem superávit, e nem déficit). Para 2026, ao invés de buscar um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões), quer uma meta de um saldo positivo menor, de cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais nestes dois anos, o espaço que o governo ganhou para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Mesmo assim, segundo os números do Tesouro Nacional, ainda faltam cerca de R$ 130 bilhões nos dois anos para atingir as metas – valor da arrecadação adicional necessária para cumprir as metas. Faltam cerca de R$ 60 bilhões em 2025; Faltam aproximadamente R$ 70 bilhões em 2026. Rombo nas contas em todo governo Lula Apesar de buscar um superávit nas contas em 2026, o último da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe econômica previu, no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, divulgada nesta semana, rombos fiscais para o país durante toda a atual gestão. Mesmo com a previsão de que as contas permanecerão no vermelho em todo o governo Lula, a equipe econômica avalia que as metas fiscais serão atingidas nos próximos anos por estarem dentro da banda (dentro do intervalo previsto pelo arcabouço fiscal). Ou o superávit pode vir pelo abatimento de precatórios. Precatórios são dívidas que o governo tem que pagar e já foram reconhecidas pela Justiça. Se o governo conseguir adiantar esses pagamentos, libera espaço nas contas dos anos seguintes. Em temos de metas fiscais, objetivo do governo é atingir os seguintes resultados: 2024: déficit zero 2025: déficit zero 2026: superávit de 0,25%, cerca de R$ 33 bilhões Já em termos de projeções, o cenário é outro. O governo estima que, se o quadro atual for mantido, o país terá: 2024: rombo de R$ 9 bilhões; 2025: rombo de R$ 29,1 bilhões; 2026: rombo de R$ 14,37 bilhões. Veja Mais

Plano Safra: lideranças do agro pedem R$ 36 bilhões para investimento em máquinas agrícolas em 2024

G1 Economia Valores voltados a investimentos são até 116% maiores do que os programados para o ciclo 2023/2024. Câmara setorial da Abimaq aponta necessidade de mais recursos para reduzir dependência dos bancos e garantir mais estabilidade à indústria nacional. Custeio e investimentos podem ser pleiteados no Plano Safra Freepik À espera do anúncio do Plano Safra 2024/2025, representantes do agronegócio solicitam ao menos R$ 36 bilhões para investimentos em máquinas agrícolas pelo pacote do governo federal que financia as atividades agropecuárias do país. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp De acordo com Pedro Estevão Bastos Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, foram solicitados R$ 26 bilhões pelo Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), incluindo valores para o médio produtor (Moderfrota Pronamp), além de R$ 10 bilhões pelo Pronaf Mais Alimentos. Os valores, sugeridos durante um encontro com autoridades em Brasília (DF) há cerca de um mês, representam incrementos de 116% e 66% com relação aos créditos disponibilizados no ciclo 2023/2024. Segundo Oliveira, a elevação visa garantir que as linhas do governo federal, com taxas de juros menores que as dos bancos, durem mais tempo e permitam maior estabilidade nas vendas das indústrias brasileiras ao longo do ano. Para 2024, o setor projeta um recuo de 15% nas vendas, diante de um cenário de desvalorização das commodities e questões climáticas. "O Modefrota durou quatro meses. Ou seja, você passa oito meses sem dinheiro do governo. (...) Um período do ano você fica com as vendas muito dependendo de juros de mercado. E aí se tem um período muito intenso de vendas e outro meio parado. Isso para a indústria não é bom. Para a indústria é bom você ter um negócio que fica ao longo do tempo, sem grandes variações", argumenta. O presidente da Câmara setorial, no entanto, pondera que as taxas de juros a serem definidas pela União devem ficar em um patamar "razoável", abaixo dos 18%, mas não tão reduzidas, porque a prioridade é a maior disponibilidade de recursos. "Se você colocar um juro muito baixo, você tem um subsídio maior em relação à taxa atual. E se você coloca um subsídio muito grande, o governo diminui o valor. Então a gente sempre deixa esse assunto para o governo resolver, porque nós sempre advogamos por um maior volume de dinheiro. Se você baixa muito o juro, o volume de dinheiro cai muito", explica. LEIA TAMBÉM Pulverização eficiente, dados precisos, máquinas silenciosas: aplicações de IA são tendência na agricultura Baixa nas commodities, seca, recuo de vendas: quais as projeções do setor de máquinas agrícolas para 2024 Destinado a ajudar no custeio e nos investimentos do setor agropecuário brasileiro, o Plano Safra é divulgado todos os anos geralmente no período entre maio e junho e com validade entre julho e junho do ano seguinte. Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq Divulgação/ Abimaq Para o período compreendido entre 2023 e 2024, o governo federal anunciou um total de R$ 435,8 bilhões, dos quais 73% já tinham sido utilizados até o início de abril. Mas valores voltados para renovação e expansão da frota agrícola, segundo Oliveira, já não estão disponíveis. Nesse sentido, segundo ele, as lideranças também chegaram a pedir ao governo federal uma antecipação no anúncio do Plano Safra para melhorar as perspectivas de negócios na Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio. "Esses recursos basicamente são para custeio, não servem. Custeio você empresta para um ano, no máximo dois, então você tem outra dinâmica. Quando você fala em investimento, está emprestando para sete, dez anos, e tem outra perspectiva de tempo e de custo." Enquanto o novo Plano Safra não é anunciado, diferentes entidades ligadas ao campo no país apresentam suas propostas. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), com outros sindicatos rurais, por exemplo, solicitou um montante total de R$ 568 bilhões para 2024/2025 e taxas de juros de até 9%. Veja mais notícias da Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais