Meu Feed

Hoje

Entenda por que cerveja congela, mas a cachaça, não

G1 Economia Diferença está na forma em que cada uma é produzida. Professor explica em qual situação a cerveja pode cristalizar ao toque. Veja também dica para gelar uma bebida fora da geladeira. Cachaça Luiz Gabriel Franco / g1 Frequentadores de bares — ou quem gosta de beber em casa mesmo — podem ter presenciado algumas das situações a seguir: um aviso de cuidado ao receber uma bebida do garçom, uma cerveja que congela ao toque, uma garrafa que explode no freezer e podem ainda ter tentado (e falhado) congelar cachaça. Tudo isso tem algo em comum: são coisas que acontecem por causa da quantidade de álcool gerada em seu processo de produção. Veja a seguir a explicação para cada uma dessas situações. ????Cachaça não congela: quanto mais álcool uma bebida tem, mais baixa deve ser a temperatura para que ela congele. Isso porque o ponto de congelamento da água é de 0°C, enquanto o do álcool puro é de -112°C. Os destilados, como a cachaça, têm o ponto de congelamento em torno de -40°C, temperatura que os freezers modernos não alcançam, uma vez que costumam atingir até -20°C. Por isso, mesmo que o consumidor esqueça a bebida, ela não irá congelar. Já a cerveja, que tem o álcool mais diluído, tem a temperatura de congelamento semelhante à da água. ????Por que a cachaça tem mais álcool que a cerveja: isso é explicado pelo processo de fabricação de cada uma das bebidas. O g1 foi conhecer as produções das duas, sendo a da cachaça nas cidades de Pirassununga e Torrinha e a da cerveja em Campinas e Aguaí, todas no estado de São Paulo. Na preparação da cachaça, após a cana ter seu caldo extraído, transformado em mosto (nome que o caldo leva após ter a quantidade de açúcar diminuída com a adição de água) e a fermentação ser finalizada, a bebida vai para o alambique. Normalmente feito de cobre, ele é aquecido em 80°C, temperatura em que o álcool começa a evaporar, mas a água, não, continuando líquida. Esse vapor é retido e resfriado por uma serpentina, voltando a ser líquido, sendo isto a cachaça. Contudo, a bebida gerada é dividida em três partes: cabeça, coração e cauda. Apenas o consumo do coração é permitido, já que as outras duas partes podem fazer mal à saúde. Saiba mais aqui. Já no caso da cerveja, o processo não chega até o alambique. Após os grãos usados para a bebida serem moídos e transformados em mosto, são acrescentadas leveduras para fazer a fermentação. Quando essa etapa é finalizada, a cerveja está pronta. Entenda aqui. Como a cachaça passou pela evaporação da água e a cerveja não, a primeira acaba sendo mais alcoólica que a segunda. ????A cerveja congela na mão: isso acontece porque uma bebida pode atingir o ponto de congelamento e não congelar, se não tiver um iniciador desse processo, que na química é chamado de nucleação, explica o professor Reinaldo Camino Bazito do Departamento de Química Fundamental do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQUSP). A razão disso é que a substância precisa de um primeiro cristal de gelo, que irá incentivar toda a mudança de fase de líquido para sólido. Pode acontecer de a bebida estar abaixo do ponto de congelamento e, mesmo assim, não congelar porque não houve a nucleação. Esses casos são chamados de super-resfriamento. Quando isso acontece e o líquido é agitado de alguma maneira — como ao tocar na garrafa para tirá-la do freezer —, a nucleação é ativada, então a cristalização acontece instantaneamente e de uma vez só. Isso é mais comum em água filtrada, por ser mais pura e não ter partículas presentes que possam funcionar como ativação. Mas, também pode acontecer com a cerveja, se ela ficar parada por um longo período no freezer. E é por isso que o garçom pede cuidado ao entregar uma bebida super-resfriada: o movimento de entregá-la ao cliente pode ativar a cristalização. ???? Garrafa que explode: uma mesma substância pode ocupar espaços diferentes dependendo se está líquida ou sólida. Quando uma garrafa ou latinha é esquecida no freezer e ela acaba congelando, o tamanho da bebida ali dentro aumenta e ela deixa de caber naquele recipiente, que pode estufar ou explodir, explica o professor. ????Sal para congelar: se o seu freezer estiver quebrado, uma forma de continuar congelando a bebida é usar gelo, água e sal. Isso porque o sal tem como propriedade tirar o calor de substâncias, potencializando o gelo e fazendo com que o recipiente chegue à mesma temperatura de um freezer, explica Bazito. Leia também: Cachaça tem cabeça, coração e cauda; saiba qual parte pode ser consumida Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Brasil; g1 mostra como bebida é feita Pêssego vira doce, cosméticos e até cerveja; veja curiosidades sobre a fruta que é símbolo da imortalidade Saiba como cerveja é feita: Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Bras Saiba como é a produção de cachaça no Brasil: Cachaça tem cabeça, coração e cauda; saiba qual parte pode ser consumida Cachaça é destilado mais antigo das américas; veja como não cair em golpes Como tomar cachaça Senhora de 101 anos inspira marca de cachaça sustentável no interior de São Paulo Veja Mais

Entenda como insetos são usados para transformar restos de comida em ração e adubo para agropecuária

G1 Economia Projeto foi um dos escolhidos de iniciativa vai percorrer 18 países em busca de exemplos de sustentabilidade. Entenda como empresa de Campinas utiliza insetos em larga escala para tratar alimentos Em um cenário onde o combate ao desperdício e a busca por práticas sustentáveis se tornam cada vez mais urgentes, uma empresa de Campinas (SP) começou a criar insetos em larga escala para "tratar" alimentos que seriam jogados no lixo. No lugar de enterrar ou incinerar os resíduos, o tratamento os transforma em proteína para ração de animal ou adubo para agropecuária, ou seja, é utilizado para produzir novos alimentos. O processo de tratamento utiliza as larvas da mosca soldado negra (BSF), que são capazes de consumir um grande volume de alimentos em um curto período de tempo, reduzindo o tempo de compostagem (transformação de resíduo em adubo) para 7 a 10 dias. Ao final do processo, os insetos são processados e destinados ao mercado de alimentação animal como ingrediente rico em proteína sustentável para rações de peixes, aves, suínos e pets. E o resíduo, resultado da digestão dos insetos, se transforma em adubo orgânico. Esse insumo é oferecido ao mercado de agricultura como uma alternativa nutritiva para fertilizar e enriquecer o solo. Empresa de Campinas utiliza insetos em larga escala para tratar alimentos que seriam desperdiçados Meruoca Ao g1, Fernando Ehrensperger, sócio-diretor da empresa, destacou a gravidade do problema do desperdício de alimentos e a necessidade urgente de soluções sustentáveis. "É muito gratificante participar de um projeto como a Meruoca, que tem impactos tão positivos do ponto de vista social e ambiental", comentou. Larvas que são usadas pela empresa de Campinas (SP) que visa acabar com o desperdício de alimentos Meruoca Jornada ESG A empresa responsável por esse trabalho, chamada Meruoca, foi uma das selecionadas para participar da Jornada ESG, iniciativa que vai percorrer 18 países em busca de exemplos de sustentabilidade. A expedição, segundo Marcel Guariglia, idealizador do projeto, foi criada para desmistificar a sigla "ESG", que significa Environment, Social and Governance (em português: Ambiental, Social e Governança), e tem o propósito de aproximar diferentes iniciativas socioambientais com as grandes corporações. Além da Meruoca, a organização SAS Brasil, que tem o objetivo de levar atendimento para regiões sem acesso à saúde especializada, também foi selecionada para participar da jornada ESG, que passou no dia 6 de maio em Campinas e deve acabar no dia 10 de novembro no Alasca (EUA). Empresa de Campinas utiliza insetos em larga escala para tratar alimentos que seriam desperdiçados Meruoca Passo a passo da compostagem A empresa recebe uma variedade de resíduos alimentícios, incluindo varreduras, limpezas de máquinas, matérias-primas e produtos finais vencidos, provenientes de grandes produtores da indústria alimentícia; Os resíduos são misturados para criar uma formulação ideal para alimentar as larvas que serão os principais consumidores desses resíduos; As larvas, conhecidas por sua voracidade, consomem os resíduos ao longo de um período de sete a dez dias. Esse processo de consumo transforma os resíduos em proteína para ração animal e adubo para agricultura; Após o período de consumo, as larvas, agora adultas e em grande quantidade, são separadas do adubo resultante da digestão dos resíduos. Esse adubo é conhecido como "frass" e é um produto rico em nutrientes; O adubo "frass" é moído e ensacado para ser distribuído como fertilizante orgânico para agricultura. As larvas podem ser desidratadas inteiras ou moídas para produzir farelo de larva, que é utilizado como ingrediente na alimentação animal; Pelo menos 5% das larvas adultas são destinadas à reprodução, passando por um processo que envolve a metamorfose em pupas e, posteriormente, em moscas adultas. Essas moscas, por sua vez, reproduzem e depositam ovos para iniciar um novo ciclo. Localizada em Campinas, a planta de 3,2 metros quadrados da Meruoca iniciou suas operações no segundo semestre de 2022, e foi financiada pela Linha Verde do Desenvolve São Paulo (SP), banco de desenvolvimento do Estado. Desde então, a empresa já tratou cerca de 250 toneladas de resíduos, evitando sua destinação a aterros, lixões ou incineradoras. Jornada ESG esteve na Meruoca na segunda-feira (6) Curadoria Truman Stakeholders | Realização: Jornada ESG Iniciativas sustentáveis em 18 países A Jornada ESG é uma expedição que visa explorar e conectar diferentes iniciativas sustentáveis e negócios de impacto em 18 países. Iniciada em março de 2024, a expedição prevê percorrer 50 mil quilômetros terrestres pelas Américas, em uma expedição de 240 dias que atravessará desde o extremo sul, Ushuaia, até o extremo norte, Alasca. Chegou em São Paulo em maio, e estendeu o roteiro para Campinas e São Carlos (SP), onde conheceu os projetos que prometem contribuir para um futuro mais sustentável e inclusivo. Marcel Guariglia, idealizador do projeto, destacou a importância da curadoria realizada para selecionar as iniciativas visitadas. Foram realizadas curadoria buscando equilíbrio entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, na qual foram baseados em atividades locais, diferentes modelos de negócios e atuações, impacto e inovação. Mais de 300 iniciativas foram mapeadas e pelo menos 100 serão apresentadas para o mercado. A jornada teve início no Ushuaia, sul da Argentina, em 18 de março, e está passando por 9 estados brasileiros, seguindo depois para Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. Seu roteiro foi planejado com base nos pilares de maturidade das organizações, materialidade, entrega, execução e consistência dos projetos pelas organizações visitadas. Dentro da jornada, há entrega do diário de bordo, com um resumo do que foi vivido e apresentado. Também tem a produção dos conteúdos técnicos para apresentar essas soluções. Além disso, tem a visão de um especialista convidado para ter uma conversa sobre os temas e todo conteúdo pode ser acessado através da plataforma. *Reportagem sob supervisão de João Gabriel Alvarenga VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 30 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 187 milhões

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (18), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.726 da Mega-Sena e 147 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 187 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 30 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (16), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Últimos dias

Visto E-2 pode ser a oportunidade para brasileiros e portugueses viverem nos Estados Unidos

G1 Economia Entenda aqui esse tipo de visto, os requisitos necessários e os benefícios que você pode ter por meio dele. Renata Castro é fundadora do Castro Legal Group, agora USA4ALL Foto: Divulgação Desde que Portugal passou a fazer parte do Tratado de Comércio e Navegação dos Estados Unidos, firmado no fim de 2022, uma nova porta se abriu para empreendedores portugueses. O acordo permitiu o acesso desses cidadãos (mesmo os que têm dupla cidadania) ao visto E-2, oferecendo um caminho para investir e gerenciar negócios nos EUA enquanto usufruem de residência permanente e acesso ao vasto mercado americano. Mesmo que o Brasil não faça parte do Tratado, essa medida pode ser vantajosa para brasileiros já que uma considerável parcela da população nascida no Brasil detém a cidadania portuguesa, fruto da longa relação histórica entre os dois países. Aqui você vai saber mais sobre os requisitos e benefícios do visto E-2 e descobrir como ele pode ser a chave para o sucesso empresarial em uma das maiores economias do mundo. O que é o Visto E-2? O E-2 é um visto de não-imigrante para investidores e empresários projetado para cidadãos de países com os quais os Estados Unidos mantêm tratados de comércio e navegação. Portugal é agora um desses países, o que significa que os cidadãos portugueses e pessoas com dupla cidadania portuguesa são elegíveis para solicitá-lo. Os requerentes desse visto devem ser indivíduos que desejam investir e gerenciar ativamente um negócio nos EUA, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico do país e para a criação de empregos. Requisitos para solicitar o visto E-2 Para se qualificar para o visto E-2, os requerentes devem, além de ter a cidadania de um país do Tratado, atender a uma série de critérios: 1. Investimento substancial: Os requerentes devem investir uma quantia substancial em um negócio nos EUA. Embora não haja um valor mínimo especificado, o investimento deve ser considerável o suficiente para garantir o sucesso do empreendimento. Segundo a advogada Renata Castro, fundadora do USA4ALL, escritório especializado em imigração, é imprescindível que o investidor luso-brasileiro faça uma pesquisa preliminar sobre o negócio recipiente do investimento, para que o valor inicial condiga com o necessário, não só para satisfazer questões imigratórias, mas também para que o negócio seja viável,- ou seja, tenha mais chances de dar certo pela capitalização adequada. 2. Propósito comercial: Isso significa que o investidor deve ter o objetivo genuíno de desenvolver e operar um negócio nos Estados Unidos, além de estar comprometido em garantir que a empresa seja capaz de gerar lucro e contribuir para a economia do país. 3. Criação de empregos: Os requerentes devem fornecer um plano de negócios detalhado que mostre como o investimento resultará na contratação de trabalhadores americanos. Esse aspecto é fundamental para garantir que o investimento beneficie a economia local, gerando oportunidades de emprego. 4. Fonte legal dos fundos: Os requerentes do visto de investidor devem fornecer evidências sólidas de que os fundos investidos foram obtidos legalmente. Isso significa fornecer documentação detalhada que comprove a origem dos fundos, como extratos bancários, declarações de impostos, contratos de venda de propriedades, entre outros. Benefícios do visto E-2 1. Flexibilidade: O visto E-2 permite que os titulares residam nos EUA por um período renovável de até cinco anos, com a oportunidade de estender sua estadia indefinidamente, desde que continuem a cumprir os requisitos do visto. 2. Possibilidade de residência permanente: Embora o visto E-2 seja um visto de não-imigrante, os titulares podem buscar caminhos para a residência permanente nos EUA com o passar do tempo e de acordo com a evolução do negócio. Opções como o EB-2/NIW e o EB-5 podem ser caminhos para a residência legal. Nesse caso, o aconselhável é procurar a ajuda de um advogado de imigração para avaliar todas as possibilidades disponíveis. 3. Elegibilidade para família: Titulares de visto E-2 podem trazer seus cônjuges e filhos menores de idade para os EUA como dependentes, permitindo que eles possam residir e estudar no país. Cônjuges de portadores de visto É-2 podem trabalhar legalmente nos Estados Unidos, sem requisito de que tenham a cidadania qualificadora. 4. Amplas possibilidades de investimento: O visto E-2 é democrático em relação aos negócios que considera elegíveis para pleito do visto - desde a aquisição de negócios já existentes, desenvolvimento de um novo negócio, ou a aquisição de uma franquia. Não há limitação do ramo de atuação ou do tipo de negócio para pleito do E-2, exceto investimentos puramente especulativos e passivos, como compra de imóveis ou investimentos em ações. Descubra quem pode ajudar você no sonho americano O visto E-2 oferece uma oportunidade flexível para empreendedores e investidores que desejam operar negócios nos EUA e tem se mostrado um caminho de sucesso entre brasileiros e portugueses. No entanto, o processo de solicitação do visto é burocrático e requer o auxílio de uma equipe jurídica especializada em imigração como o USA4ALL para garantir uma aplicação bem-sucedida. Se você deseja investir em um negócio nos Estados Unidos, esse visto pode ser a porta de entrada para que você e sua família vivam o sonho americano. Junte-se a muitos brasileiros que já confiaram no trabalho da USA4ALL para seus processos e agora vivem em território americano. Entre em contato e descubra como você pode alcançar seus objetivos empresariais nos EUA. O USA4ALL atende causas imigratórias em todos os Estados Unidos e oferece triagem gratuita para análise das possibilidades de aplicação. Para mais informações sobre diferentes processos e soluções em imigração, visite o site aqui! Veja Mais

Polishop entra com pedido de recuperação judicial

G1 Economia Com R$ 395 milhões em dívidas, empresa vinha enfrentando dificuldades desde a pandemia. Pelo menos 50 ações de despejo já foram registradas contra a rede desde o ano passado. Interior de loja Polishop Reprodução/Polishop/Instagram A Polishop entrou com pedido de recuperação judicial. A solicitação foi feita na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A varejista, que tem R$ 395 milhões em dívidas, vinha tentando negociar seus débitos com credores, mas já apresentava dificuldades, ainda em reflexo da pandemia de Covid-19. Desde o ano passado, várias de suas lojas começaram a receber ações de despejo de shoppings por inadimplência — apenas entre 2022 e 2024, por exemplo, pelo menos 50 ações de despejo foram ajuizadas em face da rede de varejo. A empresa vinha passando por dificuldades desde a pandemia quando, em meio à queda de faturamento, a varejista chegou a fechar mais da metade de suas lojas físicas e a demitir aproximadamente 2 mil colaboradores. Em abril, a Polishop chegou a anunciar um plano de reestruturação, no qual lançava um modelo de franquias da marca. O projeto previa mais de 300 franquias abertas até 2028. “Nos últimos anos, a elevação da taxa Selic e a restrição ao crédito, principalmente para o varejo, tornou o custo do dinheiro altíssimo, aumentando também o endividamento das famílias. Além disso, o aumento do custo de ocupação dos shoppings, regulado pelo IGP-M [Índice Geral de Preços - Mercado] [...] pressionou ainda mais os custos operacionais”, afirmou o presidente e fundador da Polishop, João Appolinário, em nota na época. Procurada, a Polishop informou que só irá se pronunciar quando o pedido de recuperação judicial for homologado pela Justiça. Número de empresas em recuperação judicial sobe no país Veja Mais

Entidade diz que 90% do PIB industrial do RS foi afetado por chuvas, e pede crédito e flexibilização de regras trabalhistas

G1 Economia Comitiva da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul se reuniu com Alckmin nesta sexta. Fiergs quer programa de manutenção de empregos nos moldes do lançado na pandemia. O vice-presidente Geraldo Alckmin conversa com jornalistas após reunião com comitiva da Fiergs Guilherme Mazui/g1 Uma comitiva de industriais gaúchos entregou nesta sexta-feira (17) ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) uma lista de pedidos do setor ao governo federal para enfrentamento de prejuízos provocados pelas chuvas e cheias no Rio Grande do Sul. Entre as solicitações apresentadas a Alckmin, que também é ministro da Indústria, está a concessão de crédito para as empresas e a flexibilização de regras trabalhistas nos moldes adotados durante a pandemia de Covid-19. “Temos 90% do nosso PIB industrial alagado, embaixo da água. A situação das empresas é muito difícil, e a gente precisa dessas medidas apresentadas hoje com a maior brevidade possível”, disse Arildo Bennech Oliveira, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). A entidade defende a criação de um Programa Emergencial de Manutenção de Renda e Emprego específico para o estado, que ainda lida com cidades alagadas, pessoas desabrigadas, rodovias bloqueadas e aeroporto fechado. A Fiergs pede a regulamentação de artigos da Lei 14.437, aprovada na pandemia. A entidade solicitou ao governo federal: pagamento com recursos da União de benefício emergencial de manutenção de emprego e renda (BEM) redução proporcional da jornada de trabalho e do salário suspensão temporária do contrato de trabalho implantação de teletrabalho antecipação de férias individuais concessão de férias coletivas aproveitamento e antecipação de feriados adoção de banco de horas O documento Fiergs contém 47 medidas em diferentes áreas (crédito, trabalhista, tributária, infraestrutura, regulação, meio ambiente e comércio exterior) com um custo preliminar, segundo Oliveira, de R$ 100 bilhões. A entidade também apresentará um projeto com pedidos de desonerações, deduções, transações de débitos que envolve tributos federais, estaduais e municipais. Crédito para indústria O documento da Fiergs pede a liberação de linhas de créditos a juro zero para capital de giro, pagamento de folha e aquisição de máquinas e equipamentos. A entidade defende uma linha emergencial com correção dos empréstimos pelo IPCA com carência de 36 meses. A federação das indústrias gaúchas também pede linhas de créditos com taxas subsidiadas. "O crédito me parece que é o mais urgente, além de medidas trabalhistas que a gente também trouxe. O crédito me parece mais importante agora que é para empresas poderem manter os seus funcionários, hoje são mais de 500 mil pessoas de carteiras assinada que estão com as casas cobertas de água", afirmou Oliveira. O executivo disse que a liberação é urgente e que as empresas gostariam de contar com o dinheiro em caixa ainda neste mês de maio. Alckmin repetiu que o governo federal dará os recursos necessários para reconstrução do Rio Grande do Sul e disse que tratará do tema com ministérios e bancos públicos, em especial o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Questionado se o governo deve anunciar novo pacote de crédito voltado ao Rio Grande do Sul, Alckmin disse que sim. “Pode e deve [anunciar novas medidas]. O principal é estabelecer os juros. O principal é qual vai ser o tamanho da equalização. Isso que vai ser discutido", afirmou o vice-presidente. Veja Mais

Dólar e Ibovespa operam em baixa nesta sexta-feira

G1 Economia Na quinta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,13%, cotada a R$ 5,1301. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou em alta de 0,20%, aos 128.284 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (17), na medida em que investidores continuam a repercutir as principais notícias da semana. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), também recua. Por aqui, investidores repercutem dados de desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, a taxa de desemprego no Brasil subiu em oito das 27 unidades da federação (UFs) no primeiro trimestre de 2024. Já nos Estados Unidos, as atenções continuam voltadas para os juros básicos do país, com falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tendo ficado sob os holofotes ao longo da semana. Além disso, o mercado também continua focado nas ações da Petrobras, que já acumulavam perdas de mais de 10% na semana até a quinta-feira (16). O movimento acompanha o anúncio de que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da estatal, pouco tempo depois das polêmicas sobre a distribuição de dividendos da companhia se acalmarem. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h25, o dólar caía 0,17%, cotado a R$ 5,1212. Veja mais cotações. Na quinta-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,13%, cotada a R$ 5,1301. Com o resultado, acumulou: recuo de 0,53% na semana; perdas de 1,21% no mês; ganho de 5,72% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,21%, aos 128.019 pontos. Na quinta-feira, o índice teve uma alta de 0,20%, aos 128.284 pontos. Com o resultado, acumulou: ganhos de 0,54% na semana; avanço de 1,87% no mês; perdas de 4,40% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Os juros locais e internacionais continuaram na mira dos investidores. Além da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), divulgada na terça-feira, o mercado também seguiu atentos aos novos dados de inflação nos Estados Unidos, divulgados ao longo da semana. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve ata de 0,3% em abril, levemente abaixo das expectativas do mercado, de alta de 0,4%. Com isso, investidores continuam atentos a eventuais falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), em busca de novos sinais sobre o futuro dos juros básicos do país. Em discurso na última terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que espera que a inflação continue a cair ao longo deste ano, embora sua confiança na concretização desse cenário tenha diminuído após uma elevação maior do que o esperado dos preços no primeiro trimestre. Ainda assim, Powell voltou a dizer que é improvável que o BC norte-americano precise voltar a aumentar os juros, reafirmando que a instituição será "paciente" e permitirá que a atual taxa básica tenha todo o seu impacto. De olho na Petrobras Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado em um dia após demissão de Prates No noticiário corporativo, o grande destaque da semana ficou com a queda expressiva das ações da Petrobras, após a companhia informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da empresa. Segundo o blog da Natuza Nery, o presidente Lula havia decidido pela demissão de Prates há algum tempo, depois da sequência de desentendimentos do presidente da empresa com o governo federal, o principal acionista. A gota d'água foi o desenrolar da polêmica sobre a distribuição de dividendos extraordinários pela petroleira. Prates foi contra a orientação do governo de reter os dividendos e se absteve na votação do assunto, um fato que não foi bem recebido no Palácio do Planalto. Em comunicado ao mercado divulgado na quarta-feira (15), a estatal afirmou que seu conselho de administração aprovou o encerramento antecipado do mandato de Prates, indicando a diretora-executiva de assuntos corporativos, Clarice Copetti como interina. Nesse sentido, em meio ao temor de novas intervenções na Petrobras, analistas também chamam atenção para o aumento da percepção de risco político-fiscal. Os possíveis aumento de gastos diante dos planos do governo para socorrer o Rio Grande do Sul também ficam no radar. Veja Mais

Envelhecimento dos brasileiros vai exigir R$ 67 bilhões a mais para a Saúde em 10 anos, diz Tesouro

G1 Economia Diagnóstico de que saúde precisará de mais recursos acontece em um momento no qual a equipe econômica defende revisão dos gastos mínimos neste setor -- o que pode gerar, se levada adiante, perda bilionária de recursos. Fisioterapeutas acompanham o estado de saúde dos idosos em abrigos Prefeitura de Cuiabá O envelhecimento da população brasileira eleva pressão por recursos para os serviços de saúde em R$ 67,2 bilhões entre 2024 e 2034. A estimativa, da Secretaria do Tesouro Nacional, consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 -- enviada em meados de abril ao Congresso Nacional. De acordo com o órgão, essa estimativa toma como base as necessidades de recursos em duas áreas de despesas do orçamento: Assistência farmacêutica, inclusive o programa Farmácia Popular, Atenção de Média e Alta Complexidade -- que compreende atendimentos hospitalares e ambulatoriais. Crescimento no número de idosos Dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2023, mostram que o Brasil registrou uma alta expressiva (57,4%) no número de idosos entre 2010 e 2022. O IBGE avaliou, na ocasião, que os resultados reforçam a "mudança gradual no formato da pirâmide etária", cuja base, que tende a ficar cada vez mais estreita, representa as crianças, enquanto o topo, que representa os idosos, deve continuar se alargando. De acordo com o informações do Ministério da Previdência Social, que constam na LDO 2025, o processo de envelhecimento populacional é explicado pela composição de dois fenômenos: o aumento da expectativa de vida e a redução da taxa de fecundidade. "O aumento da expectativa de vida e de sobrevida em idades avançadas da população está relacionado a avanços nas condições gerais de vida, destacando-se a ampliação no acesso a serviços de saúde, bem como nos avanços tecnológicos desses serviços os investimentos em saneamento e educação e a ampliação do nível geral de renda da população", diz o projeto da LDO. Segundo o Ministério da Previdência: Nas décadas de 30 e 40, a expectativa de sobrevida para uma pessoa de 40 anos era de 24 anos para homens e 26 anos para mulheres. Já em 2000 ela subiu para 31 e 36 anos para homens e mulheres, respectivamente. A previsão, em 2018, era de que essas expectativas de sobrevida chegassem a 37 e 42 anos em 2020 e atingissem 40 e 45 anos em 2060, respectivamente. Projeção de gastos em saúde De acordo com números do projeto da LDO 2025, os gastos em saúde cresceram fortemente em 2024. Isso aconteceu por conta da retomada da regra anterior ao teto de gastos -- pela qual as despesas passaram a ser atreladas, novamente, a um patamar da receita líquida do governo. Entretanto, apesar da alta em 2024, as projeções de despesas do governo -- que constam na LDO 2025 -- mostram estabilidade de recursos nos anos seguintes. Os valores não consideram as emendas parlamentares. Segundo o Tesouro Nacional, as ações de assistência farmacêutica e de atenção de média e alta complexidade (atendimentos hospitalares e ambulatoriais) estão previstas em R$ 100,3 bilhões neste ano -- com forte aumento frente ao ano de 2023 (R$ 84,3 bilhões). Por conta disso, o órgão avalia que os números "sugerem haver espaço fiscal para o atendimento dessa demanda [nos próximos anos]". "Cabe dizer que, tanto na saúde como em outras áreas em que se projeta aumento da demanda por recursos ao longo do tempo, o governo busca aperfeiçoar a prestação dos serviços públicos correspondentes, a partir de maior eficiência na execução desses gastos, ao mesmo tempo em que passa a incorporar essas maiores necessidades em seu planejamento fiscal, fazendo-as constar em suas leis orçamentárias e metas fiscais, de modo a garantir a plena prestação dos serviços à população sem descuido do equilíbrio fiscal necessário", acrescentou o Tesouro Nacional. Especialista comenta De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES), Francisco Funcia, o envelhecimento populacional, citado pela área econômica, é apenas um dos problemas do Sistema Único de Saúde (SUS) que, em sua visão, continua "subfinanciado" na comparação com o resto do mundo. "O governo levou em consideração somente a pressão demográfica, mas têm outros problemas gravíssimos. Por exemplo, qual impacto financeiro do pós-Covid de necessidade de atendimento da população? Houve uma desestruturação do planejamento em saúde. Precisamos resgatar isso", declarou Funcia, da ABrES. Segundo o economista: O Brasil aplica em termos de saúde publica cerca de 9,7% do PIB, valor próximo ao dos países desenvolvidos da Europa, em gastos públicos e privados. Entretanto, o gasto público representa 40% do valor total no Brasil, contra 60% a 70% nos países mais avançados. Para Francisco Funcia, da ABrES, o gasto do governo federal deveria saltar dos atuais 1,7% do PIB para um valor próximo de 3% do PIB para atender às necessidades da população. A proposta é que isso ocorra em um prazo de dez anos. "A população ainda desembolsa um grande valor na compra de remédios, o SUS ainda não consegue garantir um acesso universal. O financiamento do SUS é insuficiente e, grande parte dele, é vinculado a emendas parlamentares", avaliou o economista. Área econômica quer mudar pisos Apesar de o governo ter identificado a necessidade de R$ 67 bilhões a mais em recursos para a saúde em dez anos, por conta do envelhecimento populacional, a própria equipe econômica quer debater mudança no piso (gastos mínimos) em saúde e educação. Caso isso aconteça, de acordo com números oficiais, essas áreas podem deixar de receber até R$ 504 bilhões em nove anos, entre 2025 e 2033. O cálculo, que considera simulações feitas pelo Tesouro Nacional, consta no relatório de projeções fiscais, divulgado em abril. Essa mudança das regras dos gastos mínimos em saúde e educação teria por objetivo de evitar, no futuro, uma compressão dos chamados "gastos livres" dos demais ministérios - problema do arcabouço fiscal já relatado pelo g1. "A discussão, quanto aos pisos da saúde e educação, é sobre uma dinâmica de crescimento real que pode gerar um colapso [paralisia do governo, por conta do fim do espaço estimado em gastos livres] lá na frente, ou uma volatilidade complicada de lidar. Ela tem uma dimensão que merece um cuidado especial", afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ao g1 e à TV Globo. De acordo com ele, a discussão dentro do governo sobre uma mudança nas regras dos pisos de saúde e educação, que pode gerar perda bilionária de recursos para essas áreas, "não está completamente madura ainda". "Estamos conversando, dialogando, trazendo essa discussão, mas não há decisão de governo sobre o modelo. E aí, a partir disso, a decisão de fazer", declarou o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. Para o economista Francisco Funcia, da ABrES, o melhor que o governo poderia fazer neste momento seria não mexer no atual piso da saúde, fixado em 15% da receita corrente líquida. E, também, abrir um canal de discussão para verificar qual a real necessidade de recursos no médio prazo para o financiamento do SUS. "O defeito dessa regra fiscal foi ter inserido dentro dela os gastos com saúde e educação, que o presidente Lula diz que devem ser considerados como investimentos. O que se deveria buscar é um amplo debate que se buscasse que saúde e educação sejam mantidas como prioridade, que fiquem fora [dos limites] da regra fiscal", defendeu Funcia. Veja Mais

Governo autoriza maior pagamento de emendas de 2024 e anuncia R$ 480 mi em 'emendas pix' para RS em junho

G1 Economia Serão distribuídos R$ 7.5 bilhões a 25 ministérios. Rio Grande do Sul já recebeu R$ 630,77 milhões em emendas voltadas a ações de suporte às vítimas das enchentes. A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) autorizou o Tesouro Nacional a realizar o maior pagamento de emendas parlamentares do ano, totalizando R$ 7.5 bilhões, nesta quarta-feira (15). De acordo com a pasta, este montante é o valor referente a todo o volume de emendas aptas a serem pagas pelos ministérios. O levantamento é da própria secretaria. Os recursos serão destinados para ações de 25 ministérios, segundo a SRI, com destaque para o Ministério da Saúde e o Ministério do Desenvolvimento Social. Com isso, segundo o órgão comandando por Alexandre Padilha (PT), o governo está cumprindo o cronograma de pagamentos de emendas acordado com o Congresso Nacional para que boa parte das emendas chegue aos municípios até 30 de junho. Ministro Alexandre Padilha em entrevista no Palácio do Planalto Guilherme Mazui/g1 Os valores começam a ser pagos a partir de sexta-feira (17) e irão até o final da semana que vem, segundo a SRI. Emendas para o Rio Grande do Sul O ministério afirma que, até o momento, já foram pagos ao Rio Grande do Sul R$ 630,77 milhões em emendas parlamentares voltadas a ações de suporte às vítimas das enchentes. Além disso, a SRI autorizou o calendário de antecipação de Transferências Especiais (TEs), as chamadas emendas pix, com R$ 480 milhões para o estado. Entenda o que são as 'emendas pix', que bateram recorde em ano de eleições De acordo com a pasta, os municípios têm até sexta (17) para aceitar as indicações de emendas no sistema de gestão, e a partir de junho, as prefeituras já começam a receber os pagamentos. Para os parlamentares que desejarem realocar recursos em socorro ao RS, o calendário de remanejamento de emendas começa na próxima semana. Leia também: Veja os tipos de emendas parlamentares e a verba prevista para cada uma em 2024 PT lidera ranking dos partidos que mais receberam emendas na Câmara, seguido de MDB e União Dos 34 parlamentares gaúchos, 1 destinou em 2024 emendas específicas para prevenção de desastres no Estado Veja Mais

Correios suspendem coleta de roupas entre as doações para o Rio Grande do Sul

G1 Economia Empresa está recebendo doações em todas as agências do Brasil e também faz o transporte gratuito dos donativos às zonas atingidas. Itens de vestuário são 70% dos donativos, então empresa pede que sejam priorizadas as doações de água, alimentos e outros. Reprodução Os Correios suspenderam o recebimento de itens de vestuário como doações para o Rio Grande do Sul. A empresa está recebendo doações em todas as suas agências para as vítimas das enchentes no estado, mas 70% de tudo o que chegou são roupas, sapatos e outras peças. Após consulta à Defesa Civil no RS, os Correios pedem prioridade aos demais itens coletados: Água (prioritário), Alimentos da cesta básica, Produtos de higiene pessoal, Material de limpeza seco, Ração para pet. Além de abrirem as agências para servirem como pontos de coleta, os Correios também fazem o transporte gratuito dos donativos às zonas atingidas. Quem doa, não precisa pagar pelo envio. São mais de 10 mil unidades, em todos os estados e no Distrito Federal. No Rio Grande do Sul, há uma lista de agências em funcionamento. (veja a lista abaixo) Até quarta-feira, mais de 11 mil toneladas de doações já haviam sido recebidas, e 3 mil toneladas foram entregues. Os Correios pedem que o doador embale e identifique o tipo de material, apesar de não ser uma exigência para o transporte. Veja como facilitar a triagem: Cestas básicas devem ser entregues já fechadas ou com os alimentos reunidos em sacos transparentes. O ideal também é que os itens de higiene pessoal sejam entregues já reunidos em kits, em sacos transparentes. Separe os itens por categorias e coloque em caixas ou sacolas que podem ser fechadas/amarradas. Coloque em caixas ou sacola com boa vedação, com cuidado para não haver rasgos ou furos. Para uma melhor logística, pedem também que a população do Sudeste e do Sul priorize as doações de água potável. As demais regiões podem dar preferência aos itens secos. Voluntários resgatam animais na enchente em Canoas, RS Precisa-se de voluntários Também é possível se inscrever como voluntário para ajudar na coleta e organização dos itens para doação. "A empresa está recrutando pessoas para apoio nas cidades de Brasília (SOF Sul) e nos municípios de Cajamar e Guarulhos, na Grande São Paulo", diz a empresa. "O apoio será necessário nos municípios de Cajamar e Guarulhos, no estado de São Paulo; em Brasília (DF), no Setor de Oficinas Sul/SOF Sul; e em Curitiba, Cascavel e Londrina, no Paraná." As inscrições podem feitas: Pelo e-mail: sgreo-bsb@correios.com.br (Brasília); Pelo formulário https://forms.office.com/r/aWbDzJ2Ac1 (São Paulo); Pelo e-mail: voluntariosparana@correios.com.br (Paraná). A inscrição deve conter nome completo e telefone de contato. Lista de agências no RS As agências ativas no Rio Grande do Sul são: São Borja, Santo Angelo, Santa Rosa, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Parobe, Taquara, Montenegro, Pelotas, Rio Grande, Camaqua, Bagé, Jaguarão, São Lourenço do Sul, Anta Gorda, Arvorezinha, Butia, Cachoeira do Sul, Charqueadas, Estrela, Foutoura Xavier, Guaporé, Ilopolis, Mato Leitão, Nova Brescia, Pântano Grande, Rio Pardo, Salto do Jacuí, Santa Cruz do Sul, Sobradinho, Teotoania, Taquari, Venancio Aires e Vera Cruz. Em Porto Alegre, a arrecadação ocorre nos Centros de Distribuição Domiciliária Vila Jardim, (Avenida Saturnino de Brito, 46, Vila Jardim), Antônio de Carvalho (Avenida Bento Gonçalves, 6613), Restinga (Estrada Barro Vermelho, 59) e Cavalhada, (Camaquã, 408). Todos funcionam das 8h às 17h e recebem itens como: colchões, cobertores, lençóis de solteiro, água, produtos de higiene, copos plásticos, fraldas infantis e geriátricas e rações para cães e gatos. Veja Mais

Massa que deu origem ao macarrão surgiu na China e foi criada há cerca de 11 mil anos

G1 Economia História do alimento na Europa é marcada por uma lenda; saiba mais ouvindo o podcast 'De onde vem o que eu como'. O macarrão é um prato mais antigo do que pensamos, surgiu há pelo menos quatro mil anos. Mas, nessa época, ele era uma massa feita de farinha de trigo e água, nada muito sofisticado como vemos hoje. No Brasil, ele chegou com a família real portuguesa, em 1808, ficando popular no gosto do brasileiro décadas depois com a imigração italiana. Agora, sobre sua origem, todos podem pensar que surgiu na Itália, mas não é bem assim. A massa que se tornou o macarrão que conhecemos hoje tem origem na China. Estima - se que ela foi criada há onze mil anos, no mesmo período que a agricultura. O podcast "De onde vem o que eu como" desta semana desmente uma fake news sobre a chegada do macarrão na Europa depois das viagens do Marco Polo à China, tudo não passa de uma lenda, segundo a historiadora Wanessa Asfora. ????OUÇA o episódio (acima) e, abaixo, conheça algumas curiosidades e dicas sobre o macarrão. Podcast "De onde vem o que eu como" explica a origem do macarrão. Ayesha Firdaus - Unsplash Matéria-prima do macarrão Plantação de trigo. Tomasz Filipek - Unsplash Um dos ingredientes principais da massa do macarrão é o trigo. Ele é um cereal que surgiu há dez mil anos, no Oeste Asiático, e foi responsável pelo sedentarismo do ser humano, já que a agricultura permitiu que as pessoas ficassem em apenas um lugar, e o trigo era uma das opções de plantio. No Brasil, ele chegou no século dezesseis com os portugueses, no que hoje é o estado de São Paulo. Hoje, o Rio Grande do Sul e o Paraná são os maiores produtores do país. No entanto, não conseguimos produzir o suficiente para consumo interno. E, por isso, uma parte do trigo é importada, principalmente da Argentina. Molho de tomate Tomates para molho de macarrão Pixabay - Pexels A China pode ter inventado a massa, mas o aprimoramento da receita que conhecemos hoje é um mérito dos italianos. Eles começaram a umedecer a massa com molhos. O tomate só vai ser utilizado em molhos quando os europeus chegam nas Américas. Afinal, o tomate tem origem latina: Peru, Chile e Equador. O estado que mais produz tomate no Brasil hoje é Goiás. Ele é a segunda hortaliça mais consumida no mundo, em primeiro está a batata e, em terceiro, a cebola. E a melhor escolha para fazer o molho caseiro é o italiano, porque tem menos sementes, é mais carnudo, menos ácido e mais adocicado. Mas há uma desvantagem: ele é mais sensível que as demais espécies e, por isso, pode estragar com facilidade. Lembrando que, quanto mais vermelho, e mais maduro, é melhor para fazer o molho. "Usar vegetais como cenoura, beterraba e bater nesse molho traz uma coloração mais viva e mais nutritiva. E, ainda, consegue controlar acidez. Então, com certeza, é uma estratégia que vale a pena quando a gente pensa em crianças que têm uma dificuldade maior de inserir esses nutrientes dentro da refeição. É uma forma de aumentar o valor nutricional do molho de tomate.", explicou a Tarcila Campos, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Curiosidade: o nome do macarrão em português vem de um tipo de massa antiga e produzida em Napoli, na Itália, chamada de maccheroni. Leia também: Receitas de macarrão: saiba como fazer espaguete, fettucine e mais; Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro; História da borracha envolve Brasil vítima de pirataria e criação de cidade dedicada a ela no meio da Amazônia. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o que eu como: mandioca De onde vêm as frutas vermelhas De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: baunilha Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 25 milhões nesta quinta-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.725 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 25 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (16), em São Paulo. No concurso da última terça-feira (14), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Arroz importado por governo será vendido ao consumidor por até R$ 4 o quilo, diz Conab

G1 Economia Medida tem o objetivo de evitar especulação de preços e manter os estoques do grão, após as enchentes no Rio Grande do Sul terem destruído parte das lavouras. O estado produz 70% do cereal consumido no Brasil. Arroz da merenda na Escola Estadual Américo Braga, em Eldorado do Sul Celso Tavares/g1 O arroz que o governo vai importar para segurar o preço do grão no Brasil será vendido ao consumidor por, no máximo, R$ 4 o quilo, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quarta-feira (15). A Conab é uma estatal do Ministério da Agricultura que ajuda a gerir políticas agrícolas. A compra de arroz deve ser feita de parceiros do Brasil no Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina, por meio de leilões públicos. O primeiro leilão vai adquirir 104 mil toneladas de arroz, que serão direcionadas para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia. “O arroz que vamos comprar terá uma embalagem especial do governo federal e vai constar o preço que deve ser vendido ao consumidor. O preço máximo ao consumidor será de R$ 4 o quilo”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto. A ação faz parte de uma medida provisória publicada na última sexta-feira (10) que liberou a importação até 1 milhão de toneladas de arroz após as enchentes no Rio Grande do Sul terem destruído uma parte das lavouras do grão. O estado produz 70% do cereal consumido no Brasil. Ainda na sexta, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reforçou que o governo não quer concorrer com os produtores de arroz do RS e que não há risco de faltar arroz no Brasil. Ele disse que a medida é para evitar especulação de preços e recompor os estoques públicos do país. “A maior parte da safra está colhida, temos arroz no Brasil, mas também temos gente que se aproveita deste cenário de tragédia para propagar a desinformação, o pânico nas pessoas”, disse Fávaro, ao blog da Camila Bomfim. O primeiro leilão da Conab está marcado para a próxima terça-feira (21). O produto deverá ser descarregado nos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA) e empacotados em embalagem de 2kg. Abastecimento de arroz Em entrevista ao g1 na última quinta-feira (9), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, disse que o arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país por, no mínimo, 10 meses. "Talvez possa faltar alguma coisa no final, quando nós já estivermos com uma nova safra em cena", reforçou. De acordo com ele, a principal dificuldade do estado, no momento, é para conseguir transportar o arroz colhido para outros locais, tendo em vista a interrupção de estradas e rodovias. Quanto de arroz foi perdido? Ainda na quinta-feira, a diretora técnica do Irga Flávia Tomita disse que, com as chuvas, o estado perdeu, até o momento, cerca de 114 mil toneladas de arroz. Antes da tragédia, a previsão era de que o estado colhesse, no total, 7,475 milhões de toneladas do grão, segundo a (Conab). Mas estimativas do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) preveem que, agora, a colheita deve ser um pouco menor, em torno de 7,149 milhões de toneladas, considerando os estragos das enchentes e outros efeitos do El Niño. As cerca de 114 mil toneladas de arroz perdidas correspondem a uma área plantada que está há dias submersa pelas águas: um total de 22,9 mil hectares, localizados na região Central do estado. "Esses estão totalmente perdidos, não tem mais jeito de recuperar", explicou Flávia. Não entraram na conta, porém, 17,9 mil hectares que estão parcialmente submersos pelas águas. "Dessas áreas, vão, provavelmente, sair alguma coisa, mas a gente não sabe o quanto. Nós preferimos tirar da conta porque ainda não termos certeza", destacou A área de arroz que ainda falta colher e que não foi atingida por enchentes corresponde a 101,3 mil hectares. Situação da colheita de arroz no RS - dados de 08 de maio 2023 do Irga Kayan Albertin/g1 'Arroz colhido garante abastecimento', diz presidente de federação do RS Veja Mais

Bezerra da vaca mais cara do mundo será leiloada por R$ 3 milhões para ajudar o Rio Grande do Sul

G1 Economia O 1º Leilão Agro Solidário irá ofertar 100 cotas de R$ 30 mil pelo animal. Filha da Viatina ainda está sendo gestada por uma vaca que serviu de barriga de aluguel. Viatina-19 FIV Mara Móveis, vaca nelore goiana avaliada em R$ 21 milhões - Goiás Divulgação/Casa Branca Agropastoril Uma bezerra da vaca mais cara do mundo, a Viatina, será leiloada nesta quarta-feira (15) para arrecadar recursos para as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Em março deste ano, a Viatina entrou para o Guinness World Records como a vaca mais cara do mundo. Ela é avaliada em R$ 21 milhões. No leilão, serão ofertadas 100 cotas de R$ 30 mil, totalizando até R$ 3 milhões que serão revertidos para as vítimas da tragédia no estado gaúcho. A bezerra ainda está sendo gestada por uma vaca que serviu de barriga de aluguel. O embrião é fruto de um cruzamento da Viatina com o touro Kayak TE Mafra. As informações são de uma das criadoras da Viatina, a Lorrany Martins, que é da Agropecuária Napemo. A venda vai ocorrer no 1º Leilão Agro Solidário, realizado pelo Programa Leilões e Parceria Leilões. Na ocasião, outras prenhezes de outras vacas serão leiloadas. ????Por que é tão valiosa? Em uma entrevista ao g1, em março de 2023, o veterinário da Viatina Cleiton Acelves Borges contou que os três principais aspectos que fazem a genética da vaca ser tão valiosa são: beleza; grande capacidade de produção de carnes nobres; aprumos de qualidade, ou seja, membros (pernas) resistentes e bem formados, sem nenhum defeito. "A Viatina é um banco genético que permite produções com diferentes objetivos. Se você quiser produzir animais de pista, ela vai oferecer toda essa beleza racial. Se quiser produzir carne ao consumidor, ela vai oferecer toda a qualidade de carne nobre", afirma Borges. Para perpetuar a genética valiosa da Viatina-19, as empresas responsáveis pela vaca realizam 10 coletas de óvulos por ano, procedimento conhecido como "aspiração". Em cada sessão, é possível recolher 80 óvulos, que são levados para laboratórios para serem fertilizados in vitro com o sêmen de um touro. Cada procedimento gera 10 prenhezes (gravidezes), o que dá 100 por ano, no total. "Nesse processo, existe aborto, morte prematura. A gente chega a ter uma perda de 20% a 25% [dos bezerros]", explica Borges. O veterinário afirma que, por ano, todo esse procedimento consegue gerar 70 animais. Vaca nelore goiana tem recorde no Guinness como a fêmea bovina mais cara do mundo Veja Mais

Amoras levam 'susto' para brotar no Nordeste: g1 mostra a produção de frutas vermelhas no calor da Bahia

G1 Economia Série 'De onde vem o que eu como' explica como as espécies sensíveis ao calor, naturais do clima frio, sobrevivem às altas temperaturas na Chapada Diamantina. De onde vêm as frutas vermelhas Já foi o tempo em que frutas vermelhas eram exclusividade do sul do Brasil e de países de clima frio. Agora, a amora, o mirtilo, a framboesa e tantas outras frutinhas sensíveis às altas temperaturas também podem ser cultivadas no Nordeste do país. Sobretudo na região da Chapada Diamantina, onde as temperaturas máximas podem chegar aos 32°C e as mínimas aos 20°C, no período mais quente e úmido do ano (entre novembro e abril). A nova possibilidade acontece devido a técnicas como o "estresse hídrico" e a aplicação de casca de arroz nas raízes das árvores. O g1 foi até a cidade de Mucugê, no sul da Bahia, para explicar como funciona a produção das frutas vermelhas nessa região de ecossistema diverso, com vegetação de Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (confira no vídeo acima). Você vai ver também que: ????As árvores de amoras sofrem um "susto" dos produtores: é o chamado "estresse hídrico", em que os produtores retiram a água da raiz para que elas entendam que precisam se fortalecer para que novas frutas nasçam. ????As framboesas são as mais sensíveis de todas as frutas vermelhas e, lá no Nordeste, precisam ser colhidas nas primeiras horas da manhã para não ficarem murchas. ????O mirtilo, conhecido também como blueberry, tem o gosto e textura parecidos com os da uva niágara e da jabuticaba, respectivamente. ????Tanto o mirtilo quanto a framboesa precisam ser plantados em sacos de casca de arroz, para não absorver toda a umidade do solo. Créditos 'De onde vem': Coordenação editorial: Luciana de Oliveira? Edição e finalização: Marih Oliveira Narração: Marih Oliveira Reportagem: Marília Barbosa e Miguel Folco Roteiro: Marília Barbosa Produção: Marília Barbosa Assistente de produção: Giovana Toledo Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli Coordenação de arte: Guilherme Gomes Direção de arte e ilustrações: Vitória Coelho, Luisa Blanco, Gabs e Ana Moscatelli Fotografia: Miguel Folco Motion: Vitória Coelho Imagens adicionais: Acervo Globo e Adobe Stock Plantação de mirtilo em Mucugê, Chapada Diamantina Miguel Folco/g1 Plantação de amoras em Mucugê, Chapada Diamantina Miguel Folco/g1 Framboesas colhidas em plantação na Chapada Diamantina Miguel Folco/g1 Geleia de frutas vermelhas Miguel Folco/g1 Veja como mais alimentos são produzidos De onde vem a uva de mesa De onde vem o que eu como: mandioca Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho De onde vem o que eu como: baunilha Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Bras De onde vem o Maracujá Veja Mais

Magda Chambriard: quem é a engenheira que deve assumir a presidência da Petrobras

G1 Economia Servidora trabalhou por mais de 20 anos na Petrobras e foi diretora-geral da ANP. Indicação ainda será analisada pelo Conselho Administrativo da estatal. Magda Chambriard em 2015, enquanto ocupava a diretoria-geral da ANP Tânia Rêgo/Agência Brasil A engenheira e servidora de carreira Magda Chambriard deve ser a nova presidente da Petrobras. A indicação foi oficializada nesta terça-feira (14), após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resolver demitir Jean Paul Prates do comando da estatal. Magda tem 66 anos e foi convidada por Lula para a presidência da estatal. Agora, a indicação será analisada pelo Conselho de Administração da Petrobras. Formada em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Magda Chambriard é mestre em engenharia química. Ela também tem especializações em engenharia de reservatórios e avaliação de formações, além de produção de petróleo e gás. A engenheira começou a trabalhar na Petrobras em 1980, atuando na área de produção por mais de 20 anos. Em 2002, assumiu a assessoria da diretoria de Exploração e Produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Em 2008, Magda assessorou a comissão interministerial criada pelo presidente Lula para estudar as regras de exploração e produção das reservas de petróleo e gás na área do pré-sal. Já em 2012, ela assumiu a diretoria-geral da ANP, onde permaneceu até 2016. Enquanto esteve no cargo, liderou estudos técnicos que resultaram na primeira licitação do pré-sal. Desde 2021, a engenheira atua na Assessoria Fiscal Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ela também é sócia da empresa Chambriard Engenharia e Energia. No ano passado, em uma rede social, Magda fez um publicação sobre a posição de mulheres no governo. "Aqui cabe uma pergunta: quantas mulheres têm cargo de chefia na parte operacional da Bacia de Santos na Petrobras? Muito provavelmente serão de lá os futuros gerentes", escreveu, acrescentando que era necessário haver mulheres buscando esses espaços. LEIA TAMBÉM Prates cita 'intrigas palacianas' após ser demitido da Petrobras 'Missão precocemente abreviada', escreveu Prates em mensagem Petrobras terá seu sexto presidente em três anos após a demissão Saída oficializada A Petrobras emitiu um comunicado aos acionistas oficializando a saída de Jean Paul Prates da presidência da estatal. "[A] Petrobras informa que recebeu nesta noite de seu Presidente, Sr. Jean Paul Prattes, solicitação de que o Conselho de Administração da Companhia se reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada", diz o comunicado. Além disso, conforme mostrou o blog do Valdo Cruz, Prates enviou uma mensagem interna para funcionários da Petrobras comunicando a saída. "Minha missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa. Não creio que haja chance de reconsideração. Vão anunciar daqui a pouco", declarou Prates. Ao blog da Andréia Sadi, Prates disse a demissão foi uma decisão do presidente e citou intrigas palacianas. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja Mais

Petrobras terá seu sexto presidente em três anos após a demissão de Jean Paul Prates

G1 Economia Dança das cadeiras começou no governo de Jair Bolsonaro (PL) por conta do preço dos combustíveis. Agora, tem como plano de fundo a gestão da empresa, que deixou de pagar dividendos extraordinários e abriu cisão com o governo federal. Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante primeira coletiva de imprensa à frente da estatal, em 2 de março de 2023. Tomaz Silva/Agência Brasil Com a demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a empresa terá seu sexto presidente em pouco mais de três anos. O cargo será assumido por Magda Chambriard, segundo o blog da Natuza Nery. Prates foi demitido pessoalmente por Lula (PT). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estava presente. A avaliação do governo é que a situação de Prates ficou insustentável. Segundo fontes, Lula já havia decidido pela demissão de Prates após uma sequência de desentendimentos com o governo. O agora ex-presidente da petroleira não se entendia com Silveira há muito tempo. A dança das cadeiras da Petrobras começou no governo de Jair Bolsonaro (PL), em uma tentativa de combate à subida dos preços dos combustíveis. Agora, tem como pano de fundo a gestão financeira da empresa, que deixou de pagar dividendos extraordinários em sua última apresentação de resultados, e gerou uma cisão entre a diretoria e o governo. O ex-presidente Bolsonaro demitiu o economista Roberto Castello Branco em fevereiro de 2021. De lá para cá, foram outros quatro nomes oficiais, além de dois interinos e um indicado que nunca assumiu. Relembre abaixo a cronologia dos presidentes da estatal. LEIA TAMBÉM RELEMBRE: Ações da Petrobras caem 10% após dividendos abaixo do esperado ENTENDA: Petrobras: qual foi a surpresa que derrubou em 10% as ações em um dia VALDO CRUZ: Lula já sondou Mercadante caso Jean Paul Prates deixe presidência da estatal ANDRÉIA SADI: Prates quer que Lula arbitre permanência na Petrobras; ala do governo defende Mercadante Petrobras perde R$ 55 bilhões em valor de mercado após divulgação do balanço financeiro de 2023 Histórico de demissões Cerimônia de posse de Roberto Castello Branco como presidente da Petrobras, no Edifício Sede da companhia, no Rio de Janeiro Leo Correa/AP 1?? ROBERTO CASTELLO BRANCO: O economista foi o primeiro a assumir o comando da Petrobras, indicado pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes logo após as eleições. Castello Branco foi nomeado para cargo em janeiro de 2019, para dar continuidade à condução da empresa nos moldes instalados pela presidência de Pedro Parente, no governo de Michel Temer (MDB). Com Parente, teve início a política de paridade de importação (PPI), em que o receituário oficial de preços dos combustíveis era orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pela cotação do dólar. Com o dólar ainda em patamares elevados após o estouro da pandemia de Covid-19 e o valor crescente das commodities conforme a economia foi reabrindo, houve uma injeção de alta no preço dos combustíveis no Brasil, pressionando a inflação. Castello Branco acabou demitido em fevereiro por Bolsonaro, que alegou estar insatisfeito com os reajustes nos preços de combustíveis durante a gestão do economista. RELEMBRE O CASO Bolsonaro demite Roberto Castello Branco e indica general Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras Joaquim Silva e Luna discursa em sua cerimônia de posse como presidente da Petrobras Paulo Belote/Agência Petrobras 2?? JOAQUIM SILVA E LUNA: o nome indicado por Bolsonaro para substituir Castello Branco foi o general Joaquim Silva e Luna. O militar tomou posse do cargo em abril de 2021. Diante da tensão crescente após o estouro do conflito entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras ficou 57 dias sem reajustes enquanto estudava a escalada de preços de commodities no mundo. Mas a demora a obrigou a fazer um severo reajuste nos preços de uma só vez, com aumento de 18,8% no litro da gasolina e de 24,9% no litro do diesel para as refinarias. Na bomba, a gasolina chegou a uma média de R$ 7,210, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foi o bastante para que o presidente Bolsonaro voltasse a fazer uma série de críticas públicas à empresa, mirando tanto o PPI como o lucro (até então) recorde da empresa em 2021, de R$ 106 bilhões. Foram 343 dias no cargo. Acabou demitido em abril por ter mantido a lógica de mercado para definição dos preços em meio à explosão do preço do petróleo, como havia feito o antecessor Castello Branco. RELEMBRE O CASO Por que Silva e Luna foi demitido da Petrobras e o que isso muda nos preços dos combustíveis José Mauro Ferreira Coelho discursa como novo presidente da Petrobras André Ribeiro / Agência Petrobras 3?? JOSÉ MAURO COELHO: Em abril, o governo indicou José Mauro Coelho para assumir o comando da estatal. O executivo assumiu a presidência da Petrobras no dia 14 daquele mês. Após a saída de Silva e Luna, o governo chegou a indicar os nomes do economista Adriano Pires e do empresário Rodolfo Landim para assumir o comando da estatal e a presidência do Conselho de Administração, respectivamente. No entanto, ambos informaram que não poderiam assumir os postos. Terceiro executivo a comandar a estatal no governo Jair Bolsonaro, José Mauro Coelho pouco teve tempo de mostrar serviço. Ficou no cargo por 68 dias — o segundo menor período de gestão da empresa desde o fim da ditadura militar. Durante sua gestão, Bolsonaro chegou a pedir — aos gritos, durante uma transmissão ao vivo por redes sociais — para que a Petrobras não voltasse a aumentar o preço dos combustíveis no Brasil. O ex-presidente afirmou que os lucros registrados pela empresa eram "um estupro", beneficiavam estrangeiros e que a população brasileira é quem pagava a conta. Sem uma reversão do PPI, Coelho foi pressionado a se demitir. RELEMBRE O CASO Caio Paes de Andrade, chega ao Ministério da Economia para participar de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Wilton Junior/Estadão Conteúdo 4?? CAIO PAES DE ANDRADE: Para o lugar de Coelho, foi indicado um auxiliar do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Paes de Andrade ocupava o cargo de secretário de Desburocratização. A posse foi oficializada em junho de 2022, e a expectativa do governo Bolsonaro era de que não fossem autorizados novos reajustes de preços de combustíveis até as eleições. O ex-presidente ainda sofria pressão dos preços de combustíveis, mas a essa altura havia articulado medidas de renúncia fiscal com o Congresso para controlar os valores. Após a derrota eleitoral de Bolsonaro, Andrade foi convidado ainda em dezembro pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, para integrar a gestão estadual como secretário de Gestão e Governo Digital. O então diretor-executivo de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen, foi nomeado presidente interino. RELEMBRE O CASO Petrobras formaliza renúncia de Caio Paes de Andrade e nomeia Rittershaussen como interino Jean Paul Prates, do PT, foi indicado pelo governo Lula para presidir a Petrobras Adriano Machado/Reuters 5?? JEAN PAUL PRATES: Então senador da República, Prates já era apontado como o principal cotado para o comando da Petrobras desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para o terceiro mandato. Durante a transição, Prates foi o coordenador de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e era o responsável por dar declarações sobre o futuro da Petrobras. Em sua gestão, a Petrobras realizou o movimento mais marcante dos últimos anos, ao encerrar a política de paridade de importação (PPI). Desde a campanha, Lula falava em "abrasileirar" o preço dos combustíveis. O que, de modo geral, significa criar mecanismos para reduzir o impacto dessas oscilações internacionais do petróleo nas bombas dos postos. Na prática, a Petrobras passou a "segurar" nos preços dos combustíveis em meio às flutuações. O presidente da estatal, porém, sempre teve relação complicada com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Segundo o blog da Ana Flor, as duas autoridades se desentendem desde o início do governo, e essa queda de braço é vista atualmente por ministros e assessores próximos de Lula como fator de instabilidade. No dia 7 de março, a Petrobras informou ao mercado seus resultados de 2023 e publicou um comunicado de que não pagaria dividendos extraordinários aos acionistas, que ficariam retidos para uma reserva da estatal. A decisão causou um derretimento das ações da empresa, conforme investidores se decepcionaram com o pagamento de dividendos abaixo do previsto. A diretoria da estatal, sob a batuta de Prates, vinha trabalhando para reter apenas 50% dos dividendos extraordinários. O entendimento, inclusive, vinha sendo passado ao mercado financeiro. A decisão de reter 100% e distribuir apenas os dividendos ordinários foi tomada sob influência dos conselheiros indicados pelo Ministério de Minas e Energia e pela Casa Civil. Por esta razão, o próprio Prates se Jean Paul Prates absteve na votação, para marcar posição contra a retenção dos dividendos. Prates balançou no cargo, mas ganhou uma sobrevida ao receber apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Um mês depois, as especulações sobre uma saída voltaram a ganhar força depois de uma entrevista do ministro de Minas e Energia repetiu críticas ao presidente da Petrobras. Segundo assessores de Prates contaram ao blog do Valdo Cruz, o ministro teria quebrado um acordo ao voltar a criticá-lo, já que os dois tinham acertado com Lula que cessariam o fogo amigo. O blog também mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a sondar o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, para assumir o lugar de Prates. Veja Mais

Haddad avalia que mercado está 'tranquilo' com ata do Copom: 'Tinha mais rumor do que verdade'

G1 Economia Divisão de diretores do Banco Central sobre tamanho no corte da taxa de juros na semana passada gerou reflexos no mercado financeiro. Para ministro da Fazenda, cada lado tem argumentos 'defensáveis'. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em imagem de 29 de fevereiro de 2024, durante encontro do G20 em São Paulo Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que a tensão no mercado financeiro se dissipou nesta terça-feira (14) após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) – que trouxe detalhes sobre o "racha" no encontro. "Tinha mais rumor do que verdade. Está tudo tranquilo lá [no Copom]", afirmou o ministro, após ser questionado por jornalistas. Na reunião do Copom, na semana passada, a diretoria do BC decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa Selic – que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano. A decisão, entretanto, foi dividida, resultando em estresse no mercado financeiro no dia seguinte. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram. Quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. Nesta terça-feira, por volta das 12h30, o dólar operava com pequena queda de 0,13%, cotado a R$ 5,134, enquanto o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) subia 0,5%, a 128.790 pontos. Veja mais cotações. Segundo o ministro, a ata do Copom apresentou duas posições “técnicas, respeitáveis”. “A ata deixou claro que os argumentos de lado a lado eram pertinentes e defensáveis”, acrescentou o ministro da Fazenda. Banco Central reduziu o ritmo do corte da taxa de juros; Míriam Leitão comenta Questionado por jornalistas, o ministro afirmou que o Banco Central deve buscar, por meio da definição do patamar da taxa básica de juros da economia, o centro das metas de inflação. Para o ministro, a banda em torno da meta central, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, deve ser utilizada somente em exceções. “A banda existe para casos excepcionais”, declarou. Veja Mais

Banco do Brics vai destinar R$ 5,7 bilhões à reconstrução do RS após chuvas, diz Dilma

G1 Economia Informação foi divulgada pela presidente do NDB em uma rede social. Objetivo, segundo Dilma, é ajudar estado a 'reconstruir infraestrutura urbana e rural nos municípios atingidos'. A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (14) que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, ou Banco do Brics+), hoje presidido por ela, vai ajudar, com R$ 5,75 bilhões, no financiamento de obras de reconstrução do Rio Grande do Sul – estado que há duas semanas passa pelas piores chuvas de sua história. A informação foi divulgada por Dilma Rousseff em uma rede social. "O Novo Banco de Desenvolvimento vai destinar R$ 5,750 bilhões para o estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de reconstruir a infraestrutura urbana e rural nos municípios atingidos pelas fortes enchentes ocorridas desde o final de abril e ajudar na retomada da vida gaúcha", divulgou Dilma na rede X. Banco do Brics O Brics+ é um agrupamento econômico de países emergentes. Até o ano passado, era composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde o dia 1º de janeiro, também são membros Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Com isso, o grupo passou a ser chamado "Brics+", e não "Brics". A Argentina chegou a receber o convite formal, mas a adesão foi cancelada após a eleição do presidente Javier Milei. Entre os instrumentos do Brics+, há o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). O banco reúne capital dos membros do grupo para investir em projetos de infraestrutura e integração nos próprios países-membros ou em nações parceiras. Hoje, integram o NDB: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, membros originais do Brics; Emirados Árabes Unidos e Egito, que aderiram ao banco e depois ingressaram no Brics+; Bangladesh, que compõe o capital do banco, mas não é membro do Brics+. O Uruguai é listado no site como um "membro prospectivo" – a adesão já foi aceita, mas o país ainda não ratificou o termo. Veja Mais

As características que ajudaram o Caramelo: cavalos sabem nadar e conseguem ficar de pé por muito tempo

G1 Economia As duas habilidades foram desenvolvidas ao longo dos anos para ajudar a espécie a fugir de predadores. Cavalo é visto sobre telhado em área alagada em Canoas (RS) GloboNews/Reprodução O Caramelo é um animal especial e mostrou ser mais resistentes do que outros cavalos poderiam ser, afirma Leandro Castro, um dos médicos veterinários que o resgatou. Mas duas características importantes da espécie o auxiliaram: cavalos sabem nadar e conseguem ficar muito tempo em pé. A imagem do cavalo que foi apelidado como Caramelo comoveu o Brasil. Ele ficou ilhado por 4 dias em um telhado na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, devido às fortes chuvas no estado, sendo resgatado na última quinta-feira (9). Geralmente, os cavalos dormem de pé. Isso é possível porque possuem ligamentos nas pernas que travam as articulações, explica o especialista em equinos e professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq - USP), Roberto Arruda. Outra questão importante é que a espécie consegue ficar nessa posição sem gastar muita energia, aponta Castro. Graças a essa habilidade, Caramelo apresentou apenas lesões musculares leves, que já foram tratadas. Além disso, os cavalos são ótimos nadadores, aponta Castro, o que foi fundamental para Caramelo encontrar um refúgio. Estes animais podem nadar longas distâncias e por muito tempo, graças ao fato de serem musculosos; contudo, gastam muita energia na atividade. Portanto, se o equino não estiver em boas condições físicas, há mais chances de sobrevivência se o percurso for menor, aponta Arruda. As duas habilidades foram desenvolvidas na evolução da espécie, como um mecanismo de fuga, por ser um animal que já foi considerado presa. Ao dormir em pé, é mais fácil escapar em caso de aparecimento de um predador e, ao nadar, há mais uma possibilidade de rotas. SAIBA TAMBÉM: 'Abrimos os chiqueiros para os porcos saírem à própria sorte', diz criador de suínos do RS Leonardo Castro, médico veterinário de Sorocaba (SP), ficou responsável pela administração do soro intravenoso que sedou cavalo Caramelo Corpo de Bombeiros/Divulgação Resgate O resgate foi feito por meio de uma força-tarefa organizada por socorristas, veterinários e auxiliares. Segundo Castro, foi preciso muito planejamento e a equipe encontrou um desafio logo de cara: encontrar a localização exata do equino. Para conseguir isso, ela teve que usar os botes para procurar o cavalo na região. Uma vez que ele foi encontrado, Castro, que foi o anestesista da operação, se aproximou aos poucos do Caramelo, para não o espantar. Deu certo e o animal permaneceu calmo todo o período até receber a anestesia intravenosa, ali no telhado mesmo. Caramelo precisou ser sedado porque a equipe de resgate foi alertada pelos bombeiros que, para o bote não virar, o animal não poderia estar acordado durante o trajeto, mesmo com o transporte tendo a capacidade para o seu peso, 350 kg. Seco, Caramelo, ainda dentro do bote, foi colocado em cima de uma carreta e, em seguida, levado a um hospital veterinário. O animal está no complexo veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). O equino recebeu medicação para repor a quantidade de líquido perdida nas horas em que ficou ilhado e já está em boas condições. Seu proprietário ainda não foi identificado. De acordo com Castro, Caramelo é um cavalo sem raça definida (SRD) e a arcada dentária apontou que ele tem aproximadamente 7 anos. De Caramelo a Pouca Pata: Fantástico acompanha resgates de animais no RS Leia mais: Destruição de lavouras de soja no RS pode encarecer frango e porco, além do óleo, dizem analistas 'Arroz que está colhido garante o abastecimento do país', diz presidente da federação de agricultura do RS Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea Veja Mais

Imposto de Renda 2024: saiba como usar a declaração para fazer doações ao Rio Grande do Sul

G1 Economia Receita Federal permite que o contribuinte destine até 6% do seu Imposto Devido para doação para instituições que defendem o direito de crianças e adolescentes, ou de pessoas idosas. A declaração do Imposto de Renda prevê duas formas de beneficiar o contribuinte por doações realizadas para projetos sociais: direto na declaração deste ano ou por desconto da base de cálculo no acerto de contas com a Receita Federal no ano seguinte. As doações dedutíveis podem ser feitas a fundos de apoio à Criança e do Adolescente, de apoio ao Idoso, Incentivo à Cultura, Incentivo à atividade audiovisual e Incentivo ao Desporto durante todo o ano-calendário. Já no momento da declaração, somente doações para os fundos de crianças e idosos são aceitas. Em meio a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul, que já enfrenta temporais e alagamentos em todo o estado há semanas, essa é uma oportunidade de usar a declaração para destinar recursos para as vítimas. Veja abaixo como fazer. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Saiba direitos do trabalhador e do consumidor em uma emergência climática Como funciona a doação direta na declaração? Na doação feita direto na declaração, o contribuinte pode destinar até 6% do valor de Imposto Devido para doações aos fundos que auxiliem crianças e adolescentes ou idosos, sendo até 3% para cada. O Imposto Devido é calculado quando o contribuinte informa todas as suas fontes de renda do ano anterior à Receita Federal. Há duas possibilidades: Quando o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF) é menor que o Imposto Devido, o contribuinte precisará pagar um valor na declaração. Já quando os recolhimentos somam um valor maior, a pessoa recebe a restituição. Se, por exemplo, o contribuinte teve um Imposto Devido de R$ 1 mil no ano, e teve uma retenção na fonte ao longo dos 12 meses de R$ 400, então o valor a pagar será de R$ 600. Neste cenário, é possível destinar, no máximo, R$ 60 (ou 6%) para as doações. Também é possível doar mesmo que o contribuinte receba a restituição. O valor escolhido para a doação será debitado do total da restituição. Se o contribuinte decidir não fazer a doação, o valor do Imposto Devido iria direta e integralmente para os cofres do Governo Federal. O próprio programa informa o limite que poderá ser doado com aproveitamento de dedução. Pelo site ou aplicativo da Receita, o contribuinte pode escolher o estado que quer beneficiar com sua doação, sendo possível escolher o Rio Grande do Sul. Veja o passo a passo de como doar Para doar diretamente pela declaração do Imposto de Renda, o contribuinte deve: preencher todos os dados necessários para a declaração; clicar em "Doações Diretamente na Declaração"; optar pelo tipo de entidade que vai beneficiar, seja voltada para crianças e adolescentes ou para idosos; clicar em "Novo"; optar de vai doar para um fundo de alcance nacional, estadual ou municipal; selecionar a UF a ser beneficiada — neste caso, Rio Grande do Sul; escolher qual o fundo para que a doação será feita; digitar o valor que será doado (o site sinaliza qual o valor máximo para doação, seguindo os limites estabelecidos pela Receita); clicar em "ok" e, ao enviar a declaração do Imposto de Renda, imprimir e pagar um DARF para cada doação. ?? A Receita destaca que os valores recolhidos nestes DARFs serão compensados integralmente posteriormente, e o contribuinte não paga nada além do valor original do Imposto Devido. Para saber qual o trabalho desenvolvido pelos fundos, além de selecionar o estado Rio Grande do Sul para a doação, também é possível procurar as atividades na internet. Como usar o desconto na declaração de 2025? Também é possível fazer a doação neste ano para ganhar desconto no cálculo do Imposto de Renda no ano que vem. Para isso, o contribuinte deve: procurar algum Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente ou o Conselho dos Direitos da Pessoa Idosa, seja municipal, estadual ou nacional; doar o valor desejado para o fundo administrado pelo Conselho escolhido; pegar o comprovante da doação e guardá-lo até o próximo ano; no ano que vem, declarar o valor doado na guia "Doações Efetuadas" na declaração anual do Imposto de Renda. Para encontrar instituições de confiança, a Globo disponibiliza a plataforma Para Quem Doar. Veja Mais

Volkswagen anuncia que pretende adotar férias coletivas para trabalhadores de três fábricas no Brasil por impacto da tragédia no RS

G1 Economia Segundo a montadora, a produção pode ficar afetada, pois a empresa tem fornecedores de peças vindas do Sul. Unidades de Taubaté (SP), São Bernardo do Campo (SP) e São Carlos (SP) devem ter férias coletivas em maio. Fábrica da Volkswagen em Taubaté Volkswagen/Divulgação A montadora alemã Volkswagen confirmou, na tarde desta segunda-feira (13), que pode adotar um período de férias coletivas ainda neste mês por possível impacto da produção pela tragédia que atinge o Rio Grande do Sul. Temporais causaram grandes enchentes no estado e mais de 140 pessoas morreram até o momento. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Em nota enviada para a imprensa nesta segunda, a Volks afirmou que "protocolou férias coletivas de forma preventiva para as fábricas Anchieta de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São Carlos (SP), as três unidades no estado de São Paulo, que poderão entrar em férias coletivas a partir de 20 de maio, com o atual cenário". A empresa afirma que "em função das fortes chuvas que acometem o estado do Rio Grande do Sul e o povo gaúcho, alguns fornecedores de peças da Volkswagen do Brasil, com fábricas instaladas no estado, estão impossibilitados de produzir nesse momento". Ainda segundo a Volks, as fábricas Anchieta e Taubaté devem ter 10 dias de férias coletivas a partir de 20 de maio. Já a fábrica de motores de São Carlos deverá ter férias de 11 dias para parte do time de produção. A fábrica de São José dos Pinhais, no entanto, seguirá produzindo normalmente. Ainda na nota, a Volkswagen do Brasil disse que "se solidariza com o povo sul-rio-grandense e reforça sua convicção de que a reconstrução desse estado será realizada com a mesma grandeza dos gaúchos”. Volks pretende colocar trabalhadores de Taubaté em férias coletivas Impacto em Taubaté Na semana passada, em comunicado enviado aos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) informou que 1,8 mil funcionários de Taubaté podem ser afetados com a medida. O aviso informa que a medida foi protocolada de forma preventiva. Ainda segundo o sindicato, a medida pode ser necessária “devido à situação de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul e com possibilidade de afetar a produção em Taubaté”. O g1 apurou que algumas peças usadas pela fábrica da Volkswagen em Taubaté são enviadas do Sul do país. Com a tragédia no RS, existe a possibilidade de que a produção dessas peças seja impactada. O Sindmetau explicou ainda que, caso não haja impacto, o aviso de férias coletivas pode ser cancelado antes do início da medida. Fábrica da Volkswagen. Celso Tavares/g1 Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Governo permitirá pausa de até 6 meses no pagamento das parcelas do 'Minha Casa, Minha Vida' para as famílias atingidas pela tragédia no RS

G1 Economia Para solicitar a pausa, é necessário entrar em contato com a Caixa. Carros em rua alagada de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul NELSON ALMEIDA / AFP As famílias atingidas pela tragédia no Rio Grande do Sul poderão pausar por até seis meses o pagamento das prestações do programa Minha Casa, Minha Vida. A medida será anunciada ainda nesta segunda-feira (13) pelo ministro das Cidades, Jader Filho. Para solicitar a pausa, é necessário entrar em contato com a Caixa pelo número 0800 104 0104. As chuvas deixam marcas profundas no Rio Grande do Sul: há mais de 140 mortos e pelo menos uma centena de desaparecidos. Mais de 2 milhões de habitantes em 447 municípios foram afetados, com um total de 76 mil pessoas e 10,5 mil animais resgatados desde o início da tragédia. Esta reportagem está em atualização. Veja Mais

Focus: analistas do mercado financeiro elevam estimativas de inflação para 2024 e 2025

G1 Economia Números foram divulgados nesta terça-feira (13) pelo BC. Economistas também elevou projeção de crescimento da economia neste ano e em 2025. Entenda como a inflação é calculada Economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas de inflação para os anos de 2024 e de 2025. As previsões constam no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. Para a inflação deste ano, os analistas dos bancos subiram a expectativa de inflação, de 3,72% para 3,76%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém acima da meta central de inflação, mas abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,64% para 3,66% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Decisão do Copom O aumento nas estimativas de inflação aconteceu após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter baixado a taxa básica de juros de 10,75% para 10,5% ao ano na semana passada. A decisão foi dividida. Os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. O "racha" no Copom teve efeito no mercado financeiro no dia seguinte. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula -- com maioria no Copom a partir de 2026 --, possa ter mais leniente com a inflação em busca de um ritmo maior de crescimento da economia. Para definir o nível da taxa Selic, o Banco Central trabalha com o sistema de metas de inflação. Se as estimativas para o comportamento dos preços estão em linha com as metas pré-definidas, pode reduzir a taxa. Se as previsões de inflação começam a subir, pode optar por manter ou subir os juros. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de de 2,05% para 2,09%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou avançou de 9,63% para 9,75% ao ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro manteve a projeção estável em 9% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 permaneceu em R$ 5. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,05. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 79,8 bilhões para US$ 80 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 76 bilhões para US$ 76,2 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 68,8 bilhões para US$ 69,5 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso ficou estável em US$ 73 bilhões. Veja Mais

Haddad diz que RS pode ficar 2 anos sem pagar dívida

G1 Economia Mesmo debaixo de chuva, Rio Grande do Sul recupera vias para passagem de doações O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste domingo (12), com exclusividade ao blog, que o Rio Grande do Sul poderá ficar até dois anos sem pagar as parcelas da dívida do Estado com a União. A suspensão seria temporária. Haddad se reúne nesta segunda-feira (13) com o governador do RS, Eduardo Leite. O governo federal quer garantias de que os recursos serão utilizados na reconstrução do Estado, que teve mais de 85% dos municípios atingidos pelas cheias e deslizamentos. Números da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul estimam que, com o prazo de 24 meses sem pagar as parcelas da dívida, se abrem R$ 8 bilhões para o Estado destinar à reconstrução. Além da tragédia humana, as enchentes no Rio Grande do Sul trazem grandes perdas econômicas. Estimativas de instituições privadas e do próprio governo federal calculam um impacto no PIB do Brasil neste ano de pelo menos 0,2 ponto percentual. Só a queda na indústria no Rio Grande do Sul pode chegar a 20%. Veja Mais

É tempo de colher algodão no Sudoeste de SP

G1 Economia Por causa do clima, os produtores projetam uma colheita menor nesta safra. Apesar disto, a qualidade do algodão deve se manter. É tempo de colher algodão no Sudoeste de SP Reprodução/TV TEM Chegou a época de colher algodão na região de Itapetininga (SP), mas o clima atrapalhou e afetou a produtividade, principalmente nas áreas não irrigadas. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp As lavouras dão sinais quando a colheita está perto de começar. Em uma plantação de Paranapanema (SP), foram aproximadamente 180 dias de muito trabalho e espera até o branco do algodão tomar conta de tudo. A colheita no local começa por volta das 10h, pois é quando o solo está seco e a umidade não irá atrapalhar. São cerca de oito horas seguidas de trabalho por dia. A plantação ocupa 370 hectares no município. A safra não vai ser como o agricultor planejava, pois a produtividade será menor, segundo projeção. Ele calcula colher 270 arrobas de algodão em caroço - o equivalente a 15 quilos - por hectare, o que significa quase 30% a menos do que em 2023. Alguns produtores dizem que a falta de chuva afetou a produtividade do algodão neste ano na região de Itapetininga. Em algumas propriedades, o prejuízo já está sendo calculado. Nem o sistema de irrigação que foi instalado na propriedade de Paranapanema tem sido suficiente para resolver o problema causado pela irregularidade de chuvas. No entanto, segundo o produtor, mesmo com a mudança no cronograma, a qualidade do algodão não é afetada. Sendo assim, o que foi colhido vai direto para a beneficiadora. Em 2023, a arroba do algodão em plum chegou a ser vendida no mercado por R$ 173,60. Nesta safra, o valor não deve passar de R$ 129,74. Em outra fazenda, no município de Taquarituba (SP), a colheita deve ir até o mês de junho. A lavoura conta com 600 hectares, e quase todo plantio é irrigado, o que reduziu o impacto da estiagem. A produção deve ser a mesma de 2023, ficando em torno de 360 arrobas em caroço por hectare. Veja a reportagem exibida no programa em 12/05/2024: É tempo de colher algodão no Sudoeste de SP VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

O maior sinistro da história do Brasil: como seguradoras estão lidando com estrago recorde de inundações no Rio Grande do Sul

G1 Economia Nos próximos dias, seguradoras terão de pagar quantia recorde em sinistros — mas nem o próprio setor sabe estimar ainda quanto será esse valor. Imagem aérea mostra casas em Eldorado do Sul, município em que 100% das pessoas estão sendo evacuadas Isaac Fontana/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC "O Brasil é um país tranquilo, ele não tem terremotos, não tem maremotos. É o que nós brasileiros costumamos dizer. Mas agora o Brasil sofreu algo como se tivesse sido o seu 'terremoto'." A frase acima é de Francisco Galiza, economista consultor, e ecoa o que especialistas no setor de seguros disseram à BBC News Brasil: todos foram unânimes em afirmar que as inundações no Rio Grande do Sul serão o maior incidente com sinistros da história do país. O sinistro é quando uma pessoa ou empresa que paga por um seguro de um bem precisa receber dinheiro da seguradora — porque houve algum incidente que danificou esse bem, ou houve perda total. Na história do Brasil, já houve incidentes com números de mortos maiores do que os registrados até agora. Enchentes em Teresópolis (RJ) em 2011, por exemplo, mataram quase mil pessoas. Até o momento, as chuvas no Rio Grande do Sul registraram mais de cem vítimas fatais. Mas eventos como o de Teresópolis duraram poucos dias e foram mais localizados — assim como a maioria de fenômenos registrados no Brasil. Já no Rio Grande do Sul as chuvas vêm castigando o Estado há mais de duas semanas — e com previsão de novos temporais para os próximos dias. LEIA TAMBÉM Mudança climática tornou chuvas no RS mais intensas, aponta estudo SIGA: Veja em tempo real atualizações sobre as enchentes no Rio Grande do Sul VÍDEO: cidade submersa no Vale do Taquari revive pesadelo com novos temporais Nem mesmo o acidente da mineradora Vale em Mariana em 2015 — que provocou mortes, destruiu cidades, poluiu o rio Doce por quilômetros, afetando a vida de milhares de pessoas — teve a mesma magnitude dos danos materiais de agora. Os governos federal e do Rio Grande do Sul têm falado em um pacote de R$ 50 bilhões para ajudar o Estado. A duração e extensão dos danos são inéditas no país. Mais de 80% dos municípios foram afetados. Em Eldorado do Sul, a cidade inteira precisou ser evacuada. O aeroporto internacional Salgado Filho ficará fechado até o fim do mês. Nunca um aeroporto brasileiro precisou ficar fechado por tanto tempo por causa de estragos naturais. Em Porto Alegre, a cidade pode continuar alagada por semanas. Nenhum dos entrevistados do setor de seguros conseguiu estimar ainda em valores qual será o tamanho do sinistro envolvido — porque as enchentes ainda estão em andamento — apesar de todos concordarem de que será recorde. Moradores de Porto Alegre enfrentam dificuldades para voltar à capital do RS Há dois problemas que impedem as seguradoras de estimarem os prejuízos dos clientes gaúchos. O primeiro deles é que não foi possível ainda sequer levantar os estragos já ocorridos — porque em muitas localidades a água ainda não baixou. Os donos de veículos e residências ainda não conseguiram voltar para suas casas para verificar os prejuízos que tiveram e acionar suas seguradoras. As empresas de seguro disseram à BBC News Brasil que por isso até agora o volume de sinistros registrados ainda foi relativamente baixo — mas deve crescer muito nas próximas semanas, na medida em que as pessoas afetadas conseguirem voltar para seus lares. O segundo problema é que as chuvas ainda não acabaram. Mesmo que fosse possível estimar o dano feito até agora, não se sabe quanto prejuízo ainda virá pela frente nos próximos dias. O Rio Grande do Sul ainda está recebendo mais chuvas — tanto nas áreas que já foram até agora mais gravemente afetadas como em novas regiões. Por isso, as seguradoras dizem que só será possível estimar um valor mais exato daqui a dias ou semanas. Casa destruída em Lajeado, onde rio Taquari transbordou Sebastiao Moreira/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC Por ora, enquanto a crise das chuvas está em andamento, as seguradoras estão reforçando suas equipes para atender clientes no Rio Grande do Sul neste mês. Algumas empresas maiores possuem frotas de veículos e jet-skis usados em tempos normais para averiguação de prejuízos. Esses equipamentos estão sendo emprestados para a Defesa Civil para ajuda nos resgates em andamento. Impacto para afetados nas inundações As autoridades estimam que mais de 1,7 milhão de pessoas foram afetadas – com 395 mil deslocados de suas casas. Uma pergunta que muitos clientes se fazem nesse momento é se as seguradoras brasileiras terão capacidade de pagar todos os seguros que serão pedidos ao mesmo tempo, na medida que os afetados voltarem para as suas casas? A resposta é sim, segundo Roberto Santos, presidente do Conselho Diretor da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) — que representa todo o setor no Brasil. Ele diz que as seguradoras brasileiras estão bem posicionadas para lidar com os sinistros. "O Brasil é muito grande. Você tem um Estado afetado por um evento muito grande, mas você tem o resto do Brasil funcionando muito bem. O setor teria dificuldades só se houvesse um evento desse tamanho em todo o Brasil ao mesmo tempo", disse Santos à BBC News Brasil. Diante das enchentes, a confederação fez duas recomendações especiais a todas seguradoras que trabalham com clientes no Rio Grande do Sul. Primeiro, houve um pedido para que todos os contratos que estavam para vencer agora no mês de maio fossem automaticamente estendidos por alguns dias. O objetivo é que nenhum cliente ficasse sem seguro neste momento por apenas uma questão de poucos dias. O segundo pedido foi para que pessoas e empresas que tiverem atrasado pagamentos no mês de maio não fiquem sem cobertura de seguros agora. Normalmente as seguradoras não precisam pagar sinistros quando o cliente não está em dia. "A pessoa que está isolada e esperando ser resgatada não vai pensar em pagar um boleto. Mas se ela deixa de pagar, ela fica sem cobertura. Então fizemos esse pedido às seguradoras para mudar isso neste momento", diz Santos. Segundo a CNseg, a maioria das seguradoras está atendendo aos dois pedidos. Bairros inteiros ficaram destruídos em Lajeado. Sebastiao Moreira/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC Especialistas dizem que pessoas que tiveram perda total com veículos nas enchentes não devem ter problemas para recuperar seus prejuízos. Mas para donos de imóveis o problema não será tão simples: a grande maioria dos seguros residenciais e empresariais cobrem incidentes como incêndios — mas poucas apólices cobrem enchentes. Geralmente as apólices para enchentes são mais caras — e como esses eventos são mais raros, poucos clientes optam por elas. Especialistas dizem que depois de enchentes de grandes proporções, como as do Rio Grande do Sul, costuma haver um aumento na procura por coberturas mais completas. "No segmentos residencial, empresarial e equipamentos, a cobertura básica inclui proteção contra incêndio, queda de raio e explosão", disse Carlos Oliva, superintendente executivo de operações da Bradesco Seguros, à BBC News Brasil. "No entanto, é possível proteger a residência de outros riscos (com coberturas contratadas conforme a necessidade do cliente), entre eles, desmoronamento, vendaval, alagamento e inundação, danos elétricos, entre outros serviços. Apesar de a frequência ser menor, se comparada aos sinistros de automóveis, as consequências de uma inundação em casa ou comércio de rua são, muitas vezes, bem mais severas, podendo ocasionar em 'perda total' tanto para a estrutura do imóvel quanto os bens internos." O problema econômico maior é que a maioria dos prejuízos com as inundações terá que ser arcado pelas pessoas diretamente. Isso porque a maior parte das pessoas afetadas nas enchentes não têm condições de pagar seguros. Estima-se que no Brasil, apenas 30% da frota nacional de veículos possui cobertura. No setor de seguros de residências, o Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro com maior percentual de casas com seguro. De todas as residências gaúchas, 38% delas possuem seguros. Em São Paulo, por exemplo, esse índice é de 29%. Mesmo assim, como dito anteriormente, a grande maioria das apólices não cobre eventos como inundações. Saiba como doar para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul Aquecimento global encarecerá seguros? Outro debate no setor agora é se as enchentes no Rio Grande do Sul mudarão o setor de seguros no Brasil. Contratar um seguro vai ficar mais caro para os clientes — depois de um evento tão grande no país? As mudanças climáticas — que tornam eventos extremos mais comuns — vão encarecer as apólices? Roberto Santos, da Confederação Nacional das Seguradoras, diz que as apólices não vão ficar mais caras especificamente por causa do evento do Rio Grande do Sul — mas ele diz que seguros já vêm encarecendo nos últimos anos por causa do aquecimento global e de eventos extremos mais comuns. Essa tendência deve seguir nos próximos anos. Segundo dados da CNseg, em 2022 foram pagos R$ 10,5 bilhões em seguros rurais — um crescimento de 47% em relação ao ano anterior. O maior problema para a safra de grãos foram eventos climáticos extremos, como secas ou excesso de chuvas. O encarecimento dos seguros por causa das mudanças climáticas é um problema global. Nos Estados Unidos, duas grandes seguradoras — a AllState e a State Farm — pararam de oferecer seguros para novas residências na Califórnia, devido a grandes prejuízos que elas tiveram com incêndios florestais. O mesmo aconteceu com dezenas de seguradoras na Flórida, Estado americano que enfrenta todo ano uma temporada de furacões. Roberto Santos, da CNseg, não acredita que este cenário possa acontecer no Brasil. Mas o país enfrenta problemas próprios — como o alto número de pessoas que vivem em áreas de risco. O governo federal está elaborando um novo Plano Nacional Sobre Mudança do Clima para lidar com esse problema. Em Cruzeiro do Sul, algumas pessoas conseguiram voltar para suas casas, mas encontraram tudo devastado pelas enchentes. Sebastiao Moreira/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC O próprio setor de seguros propõe um seguro social — com cobrança nas contas de luz — para pagar cerca de R$ 15 mil a famílias de baixa renda que fiquem desabrigadas por causa de tragédias climáticas. Mas essas discussões ainda estão em andamento. Por ora, um dos efeitos mais imediatos da quantidade de eventos climáticos extremos é o aumento na procura por seguros. Há dez anos, o setor de seguros representava 1% da economia brasileira — hoje ele representa 6%. Com a frequência maior de grandes enchentes no Brasil, cresceram também os grandes prejuízos e os custos de se proteger deles. Veja Mais

Prejuízos na agropecuária causados pelas chuvas no RS ultrapassam R$ 2,5 bilhões

G1 Economia Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), R$ 2,3 bilhões são apenas na agricultura. Danos na pecuária chegam a R$ 226 milhões. Dados são parciais, uma vez que nem todos os municípios conseguem contabilizar perdas. Chuva deixa mortos e desaparecidos em Caraá, no RS Maurício Tonetto/Palácio Piratini/Reuters Os prejuízos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul no campo já ultrapassam R$ 2,5 bilhões, informou nesta sexta-feira (17) a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Segundo a entidade, R$ 2,3 bilhões são apenas na agricultura, enquanto na pecuária os danos chegam a R$ 226 milhões. Os dados são parciais, uma vez que nem todos os municípios conseguem contabilizar as perdas e inserir as informações no sistema da CNM. A entidade alerta ainda que nesta sexta-feira, o número de cidades que preencheram o sistema federal diminuiu e que está em contato com os gestores municipais para entender a razão. Apesar disso, a contabilização de prejuízos no setor privado vem aumentando na comparação com coletas anteriores. O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) revelou que 420 famílias assentadas foram afetadas pelos alagamentos, com inundações de suas casas, perda da produção, prejuízos de estruturas, ferramentas, maquinário e morte de animais. Segundo o grupo, 6 assentamentos foram atingidos, localizados na região metropolitana de Porto Alegre e na região central do estado. Veja a perda por produto a seguir. Hortaliças e frutas: 170 famílias tiveram perda total da produção, com prejuízos estimados em R$35 milhões. Pecuária leiteira: o levantamento feito pelas famílias associadas da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), estima que o valor chegue a quase R$3 milhões, considerando os prejuízos entre galpões, pastagens, animais, maquinários e leite não entregue. Arroz: os danos do cereal agroecológico, o maior da América Latina, plantados apenas em 2024, chegam a 755 hectares, o que representa cerca de 27% da produção total. Já a área de arroz em transição agroecológica prejudicada foi de 838 hectares, e a de arroz convencional foi de 765 hectares. Segundo a CNM, ao todo, 46 municípios estão em Estado de Calamidade Pública, com reconhecimento pelo governo federal e estadual. A tragédia já soma 154 mortes confirmadas e 445 desaparecidos. Leia também: 'Abrimos os chiqueiros para os porcos saírem à própria sorte', diz criador de suínos do RS Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro Destruição de lavouras de soja no RS pode encarecer frango e porco, além do óleo, dizem analistas Veja como era a produção de arroz no Rio Grande do Sul: Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Veja os prejuízos dos produtores no campo: Enchentes consecutivas fazem produtores pensarem em abandonar o campo no RS Voluntários buscam resgatar pessoas isoladas em comunidades rurais no RS Animais de criação morrem afogados após temporais no RS Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, detalha auxílios aos produtores no RS em entrevista ao Globo Rural Veja Mais

Em debate sobre 30 anos do Plano Real, ex-presidentes do BC dizem que é preciso resolver problema do déficit nas contas públicas

G1 Economia Pérsio Arida, Gustavo Franco, Pedro Malan e Gustavo Loyola participaram da Conferência Anual do Banco Central, em Brasília, em painel sobre os 30 anos do Real – moeda que começou a circular em julho de 1994. Ex-presidentes do BC participam de mesa redonda sobre os 30 anos do Real em conferência Reprodução de confereência Ex-presidentes do Banco Central presentes na conferência anual da instituição mostraram preocupação nesta sexta-feira (17), em Brasília, com a questão do déficit das contas públicas. Em painel sobre os 30 anos do Plano Real, moeda cuja circulação teve início em 1º de julho de 1994, Pérsio Arida, Gustavo Loyola e Pedro Malan avaliaram que o problema dos rombos orçamentários vem desde aquela época, e, infelizmente, ainda permanece em aberto. A percepção de economistas é de que déficits elevados e recorrentes nas contas públicas dificultam o controle da inflação e elevam a dívida pública - obrigando o Banco Central a elevar a taxa básica de juros, o que compromete o crescimento da economia e a geração de empregos. "Há o risco populista fiscal. Nosso tripé macroeconômico é manco hoje em dia, pois nossa perna fiscal sofreu uma longa e contínua deterioração e as perspectivas não são boas. Em questões fiscais [relativas às contas públicas], o que importa é como você acha que como o filme vai ocorrer pela frente. Mas existe uma esperança tácita de que em 2026 e 2027 tenhamos uma postura fiscal radicalmente diversa da atual", disse Pérsio Arida, que fez parte da equipe econômica do Plano Real. O ex-presidente do BC e ex-ministro da Fazenda Pedro Malan citou o economista Christopher Sims, prêmio Nobel de Economia, para quem uma política para as contas públicas "vista ou tida como insustentável pode tornar ineficaz um regime de metas de inflação e impedir, ou tolher, o desenvolvimento econômico e social com estabilidade macroeconômica". "O objetivo de ancorar expectativas [de inflação] exige coerência de um discurso, e a sociedade precisa saber que a intenção de estabilizar é forte, e que ela será perseguida com tenacidade. Essa reação foi fundamental no caso do Real e é fundamental para qualquer tentativa de crescimento com estabilização da economia", disse Malan. Já Gustavo Loyola, que assumiu o Banco Central em 1995, no ano seguinte ao lançamento do Real, afirmou que a estabilização da moeda não é um trabalho feito, permanente (certo). "É lamentável que não tenhamos conseguido resolver questão fiscal [dos déficits das contas]. Um dos grandes marcos foi a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma lei pioneira. E que foi minada ao longo do tempo por interpretações absurdas (...) O Brasil precisa de uma política prima da política monetária [de controle da inflação], uma politica fiscal, que é onde de fato a gente está devendo e precisa urgentemente atacar essa questão.", disse Gustavo Loyola. Economistas ouvidos pelo g1 avaliaram que a equipe econômica, enquanto aprova uma série de medidas para elevar a arrecadação, tem falhado ao indicar poucas, ou quase nenhuma, medida para conter os gastos públicos. Questionado por jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira que o déficit das contas somou R$ 2 trilhões nos últimos dez anos, e acrescentou que a equipe econômica trabalha para "recompor a base fiscal" (com aumentos de tributos) do Estado brasileiro e resolver distorções na cobrança de tributos. Em sua visão, há muitos benefícios sem contrapartida social. "Todo gasto tributário [benefício fiscal] está sendo revisto para essa recomposição. O que mostra que herdamos uma situação difícil (...) Estamos procurando justamente fazer uma trajetória de ajuste. Depois de 2022, onde houve um enorme desarranjo em função do processo eleitoral. Recompondo a base fiscal, corrigindo distorções, para continuar em uma trajetória de crescimento com baixa inflação", acrescentou Haddad. Rombo nas contas e arcabouço fiscal As críticas foram feitas após um aumento do déficit nas contas públicas no primeiro ano da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios (decisões judiciais) postergadas na gestão Jair Bolsonaro, o rombo nas contas do governo atingiu R$ 230,5 bilhões no ano passado – o segundo pior da série histórica iniciada em 1997. A equipe econômica do governo Lula aprovou, no fim do ano passado, o chamado "arcabouço fiscal" – as novas regras para as contas públicas, e fixou um limite para o crescimento anual das despesas (que não pode ser maior do que 2,5% acima da inflação). A melhora das contas públicas é importante para conter o endividamento do país, indicador relevante para o mercado financeiro, interpretado como um sinal da capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros de curto, médio e longo prazos. Quanto maior a dívida em relação ao PIB, maior o risco de um calote em momentos de crise. Governo e mercado veem dívida pública em tendência de alta; entenda efeitos na economia e comparação com outros países O governo vem informando que busca zerar o rombo nas contas públicas, meta que permanece em vigor ainda para este ano. Mas jogou a toalha para os anos seguintes, pois já está projetando resultados negativos para 2025 e para 2026 – o que abriu espaço para cerca de R$ 160 bilhões em gastos a mais nestes anos. Juntamente com a piora do cenário internacional, com a expectativa de agentes de que os Estados Unidos demorarão mais para baixar os juros, a mudança das metas fiscais anunciada em abril pelo governo jogou tensão nos mercados – impactando a bolsa de valores e a taxa de câmbio. Por conta desse cenário mais incerto, relacionado também com a dificuldade do governo em equilibrar as contas públicas, o Banco Central reduziu o ritmo de corte dos juros neste mês. A decisão gerou um "racha" na diretoria da instituição, com os nomes indicados pelo presidente Lula votando por uma queda maior. Porém, eles foram voto vencido. Para Gustavo Franco, que participou da elaboração do Plano Real, não deve haver improviso na comunicação do Banco Central. "O que dialoga com outro assunto, da colegialidade e unidade da diretoria. Fala-se do STF, que são 11 supremos, aqui não são 9 bancos centrais, é um só. Deve falar afinado, [como] música clássica", afirmou. Veja Mais

Bradesco tem falha no app, e clientes reclamam nas redes sociais

G1 Economia Site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, mostra notificações recentes relacionados ao aplicativo do banco. Aplicativo do Bradesco Divulgação Clientes do Bradesco foram às redes sociais reclamar de uma falha do aplicativo e impedimento de transferir dinheiro ou fazer pagamentos no PIX. O site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, mostra notificações recentes relacionados ao app do Bradesco na manhã desta sexta-feira (17). Site Downdetector acusa falha no app do Bradesco nesta sexta-feira Reprodução Procurado, o Bradesco não respondeu até a última atualização desta reportagem. Veja os relatos de usuários nas redes sociais. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Mais de 35 milhões de transferências por PIX no valor de um centavo foram realizadas em 2023 Veja Mais

Duas vacas mais valiosas do Brasil custam juntas cerca de R$ 36 milhões; entenda por que são tão caras

G1 Economia Valor dos animais está em sua capacidade de reprodução de uma prole com qualidade. Donna Fiv Ciav e Viatina-19 FIV Mara Móveis têm segurança, banhos roteiros e tratamento com óleo de girassol nas orelhas. Donna é a segunda vaca mais cara a ser leiloada no Brasil Rubens Ferreira/Casa Branca Agropastoril No final de abril, a Donna Fiv Ciav se tornou a segunda vaca mais cara do Brasil ao ter 33% leiloados por R$ 5,16 milhões, totalizando o seu valor em R$ 15,48 milhões. A Donna perde apenas para a Viatina-19 FIV Mara Móveis, avaliada em quase R$ 21 milhões e considerada a vaca mais cara do mundo. Além de serem valiosas, as duas têm algo em comum: recebem tratamentos especiais. Elas, por exemplo, tomam banho quase todos os dias com xampu, mas não para por aí: tomam banho de sol, fazem caminhadas, têm segurança, os chifres lustrados e até mesmo recebem óleo de girassol nas orelhas, para dar brilho. Veja a seguir o que fazem essas vacas tão valiosas. Viatina Vaca mais valiosa do mundo tem rotina de beleza Líder no ranking mundial, a Viatina é da raça nelore e tem 5 anos de idade. Natural de Goiás, ela possui três donos: as empresas Casa Branca Agropastoril; Agropecuária Napemo e Nelore HRO – os sócios se dividem nos cuidados da vaca. Os banhos da Viatina são especiais: são com um xampu hipoalergênico, para não irritar a sua pele. Além disso, ela tem os pelos aparados regularmente. Por ser muito valiosa, ela conta com segurança 24 horas por meio de câmeras instaladas em sua baia e por agentes privados de segurança da fazenda. Cleiton Acelves Borges, veterinário da Viatina-19 diz que os três principais aspectos que fazem a genética da vaca ser tão valiosa são: beleza; grande capacidade de produção de carnes nobres; aprumos de qualidade, ou seja, membros (pernas) resistentes e bem formados, sem nenhum defeito. Para perpetuar a genética valiosa da Viatina-19, as empresas responsáveis pela vaca realizam 10 coletas de óvulos por ano, procedimento conhecido como "aspiração". Em cada sessão, é possível recolher 80 óvulos, que são levados para laboratórios para serem fertilizados in vitro com o sêmen de um touro. Cada procedimento gera 10 prenhezes (gravidezes), o que dá 100 por ano, no total. "Nesse processo, existe aborto, morte prematura. A gente chega a ter uma perda de 20% a 25% [dos bezerros]", explica Borges. O veterinário afirma que, por ano, todo esse procedimento consegue gerar 70 animais. Bezerra da vaca mais cara do mundo foi leiloada por R$ 3 milhões para ajudar o Rio Grande do Sul Donna Vaca Donna FIV CIAV arrematada ExpoZebu 2024 Uberaba Philippe Wolfgang/ABCZ Paranaense de 9 anos de idade, a Donna é da raça Nelore e herdeira da fama da sua mãe, Parla FIV AJJ, que já foi a mais cara do país. "A Parla morreu no fim do ano passado. Então, a Donna passou a ser tratada como a sucessora da mãe, aí também valorizou ela bastante no mercado", explica Fernando Barros, diretor de pecuária da Casa Branca Agropastoril, uma das empresas proprietárias da vaca. Também são donas do animal as corporações Chácara Mata Velha e Agropecuária LMC. Além da genética e de todos os cuidados especiais citados no início da reportagem, Donna recebe também uma alimentação especial, para ficar em forma. A dieta conta com silagem de milho, feno de gramínea e ração balanceada. O grande valor de Donna está nas qualidades de seus filhos, que também fazem sucesso nos eventos do setor. Ela foi a melhor matriz do ranking do circuito de exposições do ano passado, ou seja, foi a vaca com mais prole premiada. Ela também tem grande capacidade reprodutiva em quantidade, podendo gerar mais de 100 filhos por ano — considerando que, assim como a Viatina, esse processo acontece por fertilização in vitro. Por causa dessas qualidades, Donna tem três clones vivos, que possuem as mesmas características reprodutivas. Para Barros, ela também passa a segurança de garantir uma reprodução por mais tempo, elevando seu valor no mercado. Saiba também: Entenda como ocorre o leilão de 'meia vaca' em feiras pecuárias como a ExpoZebu em Uberaba Cinco vacas mais caras do Brasil valem juntas quase R$ 55 milhões; veja ranking Veja também: Vacas invadem e destroem casa de fazendeiro na Inglaterra Carne vermelha apodrece no intestino? Saiba o que é real e o que é falso sobre o alimento O que são alimentos plant based? Veja Mais

Bolsa Família 2024: pagamentos de maio começam nesta sexta-feira; veja calendário

G1 Economia Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Calendário do Bolsa Família 2024 é divulgado. MDS A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de maio do Bolsa Família nesta sexta-feira (17). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o benefício será pago durante os últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada — com exceção de dezembro, quando o calendário é antecipado. Há exceção também para os moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Governo Federal. Para essas pessoas, o pagamento será realizado de forma unificada, no primeiro dia do repasse, independentemente do número final do NIS. O Bolsa Família prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600 por família. Há também os adicionais de: R$ 150 por criança de até 6 anos; R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos; R$ 50 por bebê de até seis meses. Confira o calendário do Bolsa Família para maio de 2024: Final do NIS: 1 - pagamento em 17/5 Final do NIS: 2 - pagamento em 20/5 Final do NIS: 3 - pagamento em 21/5 Final do NIS: 4 - pagamento em 22/5 Final do NIS: 5 - pagamento em 23/5 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/5 Final do NIS: 7 - pagamento em 27/5 Final do NIS: 8 - pagamento em 28/5 Final do NIS: 9 - pagamento em 29/5 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/5 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Junho: de 17/6 a 28/6; Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 19/8 a 30/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 18/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 29/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família 2024: pagamentos começam nesta quinta-feira; veja calendário Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. Veja Mais

Temporais no RS alagam vinhedos na Serra Gaúcha, e produtor diz: 'Nem imagino o tamanho do estrago'

G1 Economia Local é polo de produção de vinhos e destino importante para turistas. Mercado vinícola tem desafios logísticos à frente, com o fechamento do aeroporto de Porto Alegre e com os danos em estradas do entorno, impactadas pelos deslizamentos de terra. Água acumulada em parreiras de Bento Gonçalves (RS) Fábio Tito/g1 Desde criança, Flávio Rotava, de 51 anos, ajuda o pai, Alfeo, de 80 anos, a produzir vinhos em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. A tristeza resume o sentimento ao ver como suas parreiras foram atingidas pelas fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. O impacto no cultivo de uvas é certo: a estimativa aponta perdas de 20% a 30% na próxima colheita. Foram 250 hectares danificados pelo que Flavio chamou de avalanches. "A perda vai ser grande", diz. "É praticamente uma área que vai ficar imprópria para o cultivo de videiras e vai ser praticamente extinta para trabalho", conta Rotava. Segundo ele, a produção anual é de 100 mil garrafas Rotava, marca que leva o nome da família. Dados preliminares da Emater/RS-ASCAR, instituição de assistência técnica a produtores, dão conta de que os alagamentos na Serra Gaúcha destruíram ao menos 500 hectares de vinhedos. O número pode crescer, conforme produtores reportem suas perdas à entidade. Mas os danos podem chegar a algo perto de 2% dos cerca de 44 mil hectares ativos no estado. A situação dos produtores do estado só não é pior porque a colheita da safra de 2024 foi realizada entre dezembro e março. As uvas já estão em processo de vinificação, para que os vinhos do ano sejam engarrafados ou postos para amadurecer. Entre o fim do outono e o inverno, os vinhedos passam por um período de dormência. Somente em agosto as videiras começam a recuperar a parte vegetativa, para que a frutificação da próxima safra se reinicie, por volta de novembro. "A produção de suco e vinho não está abalada do ponto de vista de estoque. [...] Mas há famílias que perderam tudo, e estamos nos preparando para estimulá-los a tocar o negócio à frente", afirma Luís Bohn, gerente técnico da Emater/RS. Além de restabelecer os produtores, o mercado de vinhos brasileiros terá de lidar com a recuperação das estradas para escoamento da produção. Segundo o Ministério dos Transportes, há pelo menos 62 trechos de estradas e pontes que precisarão ser reconstruídos no RS, a um custo estimado em R$ 1,2 bilhão para início de reparos. Por fim, foi suspensa a chegada de visitantes para o enoturismo em uma das regiões preferidas para quem quer conhecer a produção de vinhos brasileiros. Em 2023, o segmento movimentou R$ 3 milhões — R$ 1,7 milhão só em Bento Gonçalves (saiba mais abaixo). Hora de se reerguer Flávio Rotava, produtor de vinho Fábio Tito/g1 Quem sofre com os prejuízos tenta agora se reerguer em meio aos trabalhos de buscas pelos desaparecidos. Rotava é vizinho e cresceu junto de Artemio Cobalchi e Ivonete, casal de idosos morto em deslizamento no começo de maio. Uma das filhas dos dois, Natalia, está desaparecida, enquanto a outra, Marina, busca o corpo da irmã. "É difícil, mas tem que ter os pés no chão, cabeça olhando para o ar, para ir em frente e seguir. Agora é o momento de começar a construir, resgatar as pessoas que estão ainda como nós, mas que não estão mais conosco. Tentar resgatar, se unir todo mundo com uma missão, ajudar... Se ajudar para seguir", lamenta Rotava, que faz um apelo a quem quiser ajudar. "O Rio Grande do Sul só vai se erguer depois dessa tragédia se tiver a ajuda do país inteiro, com ações de adquirir produtos gaúchos para manter os empregos, para manter as transportadoras, para poder fazer a economia girar de novo", diz. Nesta semana, produtores e revendedores do Rio Grande do Sul lançaram campanhas pulverizadas para incentivar a compra de vinho gaúcho — seja em benefício do próprio setor, seja para ajudar regiões afetadas pelas cheias. A campanha Solidariza RS, por exemplo, fechou parceria com 18 grandes vinícolas do Sul que disponibilizaram 2 mil garrafas que tiveram a receita destinada para instituições que estão auxiliando as regiões mais afetadas pelas enchentes. A ação arrecadou R$ 200 mil. Outras, como a campanha #CompreVinhoGaúcho, da Brasil de Vinhos, pede que os consumidores deem uma chance ao vinho do estado, tanto para que os produtores aumentem o faturamento, quanto para que o consumidor conheça mais rótulos da região. Mapa mostra a região de Bento Gonçalves Arte g1 'Malemá saímos com a roupa do corpo' Com as águas que não baixam e risco de novos deslizamentos, há produtores que nem conseguiram estimar as perdas. Inácio Salton, de 63 anos, cultiva uvas para a produção de vinhos na comunidade de Santo Antônio da Paulina, em Bento Gonçalves. Apesar de ter o sobrenome de uma famosa marca da região, ele fornece uvas para a Aurora. Salton precisou abandonar o local e alugar uma casa à beira da estrada que liga o distrito de Faria Lemos à estrada RS-431. Segundo ele, a Aurora está oferecendo ajuda em grupos que reúnem produtores, que precisam informar os impactos em suas plantações. As terras de Salton estão alagadas, e ele já prevê impacto nas uvas, porque a água em excesso piora a qualidade da fruta que será colhida por volta de setembro. "Nem fui embaixo das parreiras ainda, nem sabemos o que aconteceu. Nem imagino o tamanho do estrago", conta ao g1. A família, de sete pessoas, deixou a casa às pressas e se abrigou com ajuda de amigos. Inácio Salton, 63 anos, conta que trabalha com uvas desde sempre Fábio Tito/g1 "Malemá saímos com a roupa do corpo, mas está tudo tranquilo. Todos estão bem e salvos", afirmou, sem saber quanto pagará de aluguel na casa cedida. "Falaram para a gente vir e depois conversávamos de dinheiro. Vamos ficar uns 15, 20 dias e depois vemos." "Como vou falar o quanto fomos atingidos se nem consegui entrar na terra?" diz. Sua torcida é para ter sol e, nesse cenário, dos dias seriam o suficiente para a água deixar o solo e poder calcular mais precisamente o tamanho do prejuízo. Retomada gradual Segundo o Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), o Complexo Econômico da Uva e Derivados representa cerca de 2% do PIB do estado do Rio Grande do Sul, com atividade vinda de 550 vinícolas e cooperativas. Uma reunião do Consevitis-RS aconteceu nesta terça-feira (13), para que vinícolas afetadas compartilhassem os impactos das chuvas e pensassem em ações integradas para ajudar a recuperação. Como mostrou o g1 neste fim de semana, os efeitos na economia do Rio Grande do Sul ainda são calculados com dificuldade em meio à tragédia. Além de um panorama mais claro sobre o mercado, os produtores se preocupam com o escoamento do vinho já pronto para o comércio e com o turismo na região. "A maior parte das empresas está operando normalmente, mas há um impacto muito grande nas vendas no mercado local e no turismo. Essa retomada vai ser lenta e gradual", afirma Daniel Panizzi, presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra). Panizzi diz há uma limitação de distribuição dos produtos por Porto Alegre, com a interdição completa do Aeroporto Salgado Filho. A alternativa tem sido o envio pelo aeroporto de Caxias do Sul. Por terra, as transportadoras têm procurado rotas alternativas, em virtude das interdições. "É um cenário preocupante para restaurantes e hotéis que dependem da cadeia do vinho. Precisamos de força para recuperar a infraestrutura que foi gravemente afetada pelas enchentes e pelas chuvas", diz. Restaurante fechado e funcionários em férias coletivas Bruna Cristofoli em frente a parreira e ao restaurante da família Arquivo pessoal A família de Bruna Cristofoli tem uma vinícola, um vinhedo de uvas finas e um restaurante em Faria Lemos, que fica no limite dos bloqueios por conta dos deslizamentos de terra. Por conta da tragédia no estado, os funcionários estão em casa. "Tínhamos uma receita significativa vinda do enoturismo, que está comprometido. Nosso restaurante atende 99% pessoas da Grande Porto Alegre e foro do estado. A gente deu férias coletivas para os colaboradores porque não temos histórico de atender pessoas da região", diz ela. Os prejuízos são de 100% da receita do restaurante, que não recebe turistas, e de 40% no faturamento das vendas de vinho no varejo. "Estamos com a loja fechada, as pessoas têm medo de chegar até aqui, e o aeroporto está fechado. Está um clima de muita insegurança para andar nas rodovias, a chuva que não para", diz Bruna, que repete o apelo no Flávio Rotava. "O nosso pedido é só um: compre vinho gaúcho e quando a situação acalmar, voltem a viajar para o Rio Grande do Sul." Resgate de desaparecidos soterrados em Bento Gonçalves, no RS Veja Mais

Antero Greco, Silvio Luiz e Apolinho: relembre a trajetória de ícones do jornalismo esportivo

G1 Economia Antero Greco e Silvio Luiz faleceram em São Paulo, com apenas horas de diferença. Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu na quarta-feira (15), no Rio. Apolinho, Antero Greco e Silvio Luiz g1 O Brasil perdeu nesta semana três ícones da crônica esportiva: o narrador Silvio Luiz, o apresentador Antero Greco e o radialista Washington Rodrigues, também conhecido como Apolinho. Silvio Luiz morreu nesta quinta-feira (16), aos 89 anos. Ele estava internado no Hospital Oswaldo Cruz desde o dia 8 de maio. Criador de bordões como "Olha no lance" e "Pelo amor dos meus filhinhos", ele deixa a esposa e três filhos. Antero Greco também faleceu nesta quinta-feira (16), aos 69 anos. Depois de passar pelos principais jornais do país, ficou conhecido como comentarista e apresentador da ESPN, formando uma parceria histórica com o jornalista Paulo Soares. Antero tratava um tumor no cérebro desde 2022. Deixa a esposa e dois filhos. Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu na quarta-feira (15), no Rio. Criou uma das expressões mais usadas em goleadas até hoje, o "chocolate", além de “Geraldinos e Arquibaldos”, “Pau com formiga”, “Pinto no lixo” e “Briga de cachorro grande”. Ele também se tratava de um câncer agressivo. Ele deixa três filhos. Relembre abaixo a trajetória dos jornalistas esportivos. Jornalismo esportivo brasileiro perde três ícones Silvio Luiz inspirou com bordões e humor Foto de arquivo de 15/08/1995 do narrador Silvio Luiz, que morreu nesta quinta-feira, 16 de maio de 2024, aos 89 anos, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. ÁLVARO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO Silvio Luiz é um dos maiores nomes do jornalismo esportivo brasileiro. O narrador eternizou diversos bordões no mundo do futebol, dentre eles: "Olho no lance"; "Pelo amor dos meus filhinhos"; "Foi, foi, foi, foi, foi ele!". Silvio imortalizou pelo menos 10 bordões que, entre 2011 e 2016, foram utilizados no jogo de videogame Pro Evolution Soccer (PES). No game, ele narra e comenta as partidas online. Durante um período, sua voz também pode ser usada para orientações de trânsito no aplicativo de direção Waze. Outra marca de Silvio foi ter deixado as transmissões esportivas menos sérias. Ele protagonizou o primeiro palavrão da televisão no país. Silvio participou da transmissão de seis Copas do Mundo e nove Olimpíadas, e apresentou programas esportivos no Grupo Bandeirantes, na Record, no SBT e na RedeTV!. Foi vencedor de dois prêmios Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo), um como narrador de TV, em 2015, e outro pela indicação da diretoria do concurso, em 2010. Em 2012, venceu o Prêmio Comunique-se como melhor locutor esportivo. A ligação com o futebol foi além das telas e dos rádios: aos 31 anos, se formou como árbitro na Federação Paulista de Futebol e apitou partidas durante cinco anos. Silvio também foi ator. No final da década de 1980, fez dois papéis em novelas da TV Record. Antero Greco protagonizou momentos hilários Jornalista Antero Greco Leonardo Soares/Estadão Conteúdo Antero Greco era formado em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Começou sua carreira profissional no início dos anos 1970, no jornal "O Estado de S. Paulo", onde foi revisor, repórter, chefe de reportagem e editor de Esportes. Por anos, também foi colunista. Teve passagem também no jornal "Folha de S.Paulo". Atuou ainda como editor e colunista no então Diário Popular. No início dos anos 90, foi comentarista de futebol na Rede Bandeirantes. O jornalista teve uma passagem marcante pela ESPN Brasil, onde foi um dos primeiros contratados da emissora na década de 1990. Tornou-se apresentador do principal programa da casa, o SportsCenter, ao lado de Paulo Soares, a quem se referia como "Amigão". A dupla ficou marcada na bancada pelo entrosamento e episódios divertidos, em que caíam na risada durante a leitura das notícias. Washington Rodrigues explica como surgiu o apelido 'Apolinho' Apolinho: de comentarista a técnico do Flamengo Radialista e ex-técnico do Flamengo Washington Rodrigues, o Apolinho Reprodução Washington Rodrigues foi um dos mais conhecidos jornalistas esportivos no rádio. Ele comandava o “Show do Apolinho” na Rádio Tupi. No ar desde fevereiro de 1999, o programa era líder absoluto de audiência no segmento há mais de 20 anos. O radialista era também comentarista titular da equipe de esportes da rádio e tinha a coluna “Geraldinos e Arquibaldos” no Jornal Meia Hora, de conteúdo leve e bem-humorado. Começou sua carreira em 1962 na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes, no programa “Beque Parado”, que falava sobre futebol de salão. Trabalhou em todas as grandes emissoras de televisão e rádio da cidade, entre elas, Globo e Nacional. Conhecido pela imparcialidade, foi um dos poucos comentaristas com grande aceitação pelas quatro grandes torcidas cariocas. Era também reconhecido na profissão, tendo recebido todos os prêmios já criados para homenagear um jornalista esportivo. O apelido Apolinho surgiu por usar, quando repórter da Rádio Globo, um microfone sem fio que era utilizado pelos astronautas da Missão Apollo 11, de 1969. Carismático, criou várias expressões populares como “Geraldinos e Arquibaldos”, “Pau com formiga”, “Pinto no lixo”, “Briga de cachorro grande”, entre muitas outras. Morre o jornalista esportivo Washington Rodrigues, o Apolinho Apaixonado pelo Flamengo, teve duas passagens pelo clube: em 1995, como treinador, onde conquistou o vice-campeonato da Supercopa Libertadores; em 1998, como diretor de futebol. "Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar eu vou, pelo Flamengo eu faço qualquer coisa, se o goleiro se machucar e precisar de mim no gol eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio, chamou eu tô dentro, qualquer coisa que quiserem eu vou", chegou a declarar sobre a experiência. Veja Mais

De onde vem o que eu como #89: Macarrão

G1 Economia Episódio conta a trajetória do macarrão pelo mundo levando aos seus principais ingredientes e nutrientes. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. A massa que se tornou o macarrão que conhecemos hoje tem origem na China. É considerado que ela tenha sido criada há onze mil anos, no mesmo período que a agricultura. E no Brasil, o macarrão chegou com a família real portuguesa, ficando popular no gosto do brasileiro décadas depois com a imigração italiana. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: Qual a origem do macarrão; como fazer um molho de tomate caseiro; quais são os valores nutricionais desse alimento. O podcast "De onde vem o que eu como'" é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Luciana de Oliveira e Carol Lorencetti. Podcast "De onde vem o que eu como" explica a origem do macarrão. Ayesha Firdaus - Unsplash Leia também: Receitas de macarrão: saiba como fazer espaguete, fettucine e mais; Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro; História da borracha envolve Brasil vítima de pirataria e criação de cidade dedicada a ela no meio da Amazônia. ????OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: ????ASSISTA TAMBÉM: De onde vem o que eu como: mandioca De onde vêm as frutas vermelhas De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: laranja Macarrão é o tema do 89º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo Veja Mais

+Milionária, concurso 146: prêmio acumula e vai a R$ 187 milhões

G1 Economia Duas apostas que acertaram cinco dezenas e dois trevos vão levar R$ R$ 301 mil cada. Próximo sorteio será no sábado (18). Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil 2 O sorteio do concurso 146 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (15), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 187 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, duas apostas acertaram cinco dezenas e dois trevos e vão levar R$ 301.352,99 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 05 - 19 - 24 - 28 - 30 - 37 Trevos: 5 - 6 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 31 apostas ganhadoras: R$ 8.640,94 4 acertos + 2 trevos - 154 apostas ganhadoras: R$ 1.863,65 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 2735 apostas ganhadoras: R$ 104,93 3 acertos + 2 trevos - 2803 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 27814 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 20694 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 200825 apostas ganhadoras: R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (18). +Milionária, concurso 146 Reprodução/Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja no vídeo abaixo como jogar na +Milionária: +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Veja Mais

Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado em um dia após demissão de Prates

G1 Economia Mercado não gostou da notícia de que o presidente Lula demitiu Jean Paul Prates do comando da companhia e as ações despencam mais de 6%. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras perdeu R$ 34 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira (15), após o anúncio de que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da empresa. A petroleira encerrou o pregão com um valor de mercado de R$ 509 bilhões, contra R$ 543 bilhões de ontem. O desligamento de Prates, feito pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite de terça-feira (14), acontece pouco tempo depois das polêmicas sobre a distribuição de dividendos da companhia (entenda mais abaixo). Esse montante equivale ao valor total das ações da Hapvida, por exemplo, segundo levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), que são as que dão direito a voto nas decisões da companhia, despencaram 6,78%. As ações preferenciais (PETR4), que dão preferência no recebimento de dividendos, caíram 6,04%. LEIA MAIS Magda Chambriard: quem é a engenheira que deve assumir a presidência da Petrobras Novo nome para a Petrobras passa por conversas com Dilma e Mercadante Petrobras terá seu sexto presidente em três anos após a demissão de Jean Paul Prates Lula demite Jean Paul Prates, presidente da Petrobras Conflitos na Petrobras e visão do mercado O grande destaque deste pregão foi a queda expressiva das ações da Petrobras, após a companhia informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da empresa na noite desta terça-feira. Segundo o blog da Natuza Nery, o presidente Lula havia decidido pela demissão de Prates há algum tempo, depois da sequência de desentendimentos do presidente da empresa com o governo federal, o principal acionista. A gota d'água foi o desenrolar da polêmica sobre a distribuição de dividendos extraordinários pela petroleira. Prates foi contra a orientação do governo de reter os dividendos e se absteve na votação do assunto, um fato que não foi bem recebido no Palácio do Planalto. O agora ex-presidente da Petrobras não se entendia com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia muito tempo. De acordo com o blog da Andréia Sadi, Prates disse que respeita a decisão, mas afirmou que não pode deixar de dizer que o presidente foi levado a adotar a medida por uma 'intriga palaciana'. O argumento usado é o de que Jean Paul não estaria entregando resultados da Petrobras na velocidade em que o governo esperava. Em comunicado ao mercado divulgado nesta quarta-feira (15), a estatal afirmou que seu conselho de administração aprovou o encerramento antecipado do mandato de Prates a partir de hoje. Com isso, o agora ex-presidente da Petrobras também apresentou sua renúncia ao cargo de membro do conselho. "Em decorrência da vacância na presidência da companhia, o presidente do conselho de administração nomeou como presidente interina da companhia a diretora-executiva de assuntos corporativos, Clarice Copetti", informou a empresa no documento. O então diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Sergio Caetano Leite, também foi destituído do cargo. Em seu lugar, o conselho de administração nomeou o atual gerente executivo de finança, Carlos Alberto Rechelo Neto, de forma interina. Klava analisa queda de Prates e desafios para nova presidente da Petrobras Frederico Nobre, chefe de análises da Warren Investimentos, comenta que o mercado foi pego de surpresa com a notícia, já que os conflitos de Prates com o governo pareciam ter ficado no passado. Para o analista, a notícia é negativa, porque a substituta, Magda Chambriard, seria em sua visão uma executiva com um "viés ideológico mais próximo do desenvolvimentismo". "Avalio como bastante negativa, primeiro porque traz uma falta de credibilidade, insegurança. Jean Paul Prates estava fazendo um trabalho bem razoável, era um cara bem ponderado, que vem do setor, que conhece a empresa. Fazia uma gestão bem tranquila, tinha um diálogo com o mercado e também com representantes do governo", pontua. O chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares, tem um ponto de vista diferente. Para ele, a indicação de Magda não é negativa, tendo em vista que ela é uma profissional com uma "parte técnica muito boa" e de uma "carreira bem sucedida", sendo a indicação "bastante adequada". "A gente acredita que a notícia (da demissão) é ruim, mas não muito ruim. Então, o papel deve cair, mas sem tanto pessimismo", afirma Soares. Em relatório a clientes, os analistas do BTG Pactual afirmaram que apesar de a notícia ter sido especulada no início deste ano, a mudança repentina foi considerada "surpreendente" e negativa. A estimativa é que os investidores comecem, mais uma vez, a "precificar riscos maiores de interferência política na empresa". "Neste momento, podemos apenas especular sobre as razões que podem ter motivado a decisão de substituir Jean Paul Prates. Mas é possível que isso decorra de alguma insatisfação do acionista controlador sobre o ritmo de investimentos da empresa", disseram os analistas do BTG no documento. Veja Mais

Mr. Beast, maior Youtuber do mundo, abre rede de hamburguerias no Brasil

G1 Economia O cardápio da lanchonete está disponível na plataforma de delivery iFood em São Paulo. A hamburgueria MrBeast Burger, do youtuber americano Mr. Beast, começou suas atividades no Brasil nesta quarta-feira (15). O cardápio da lanchonete está disponível na plataforma de delivery iFood para entregas em algumas localidades da cidade de São Paulo. Conhecido como MrBeast, o youtuber Jimmy Donaldson é o mais seguido do mundo. Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast Richard Shotwell/Invision/AP Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil Veja Mais

Como enchentes no Rio Grande do Sul prejudicam a produção de carros no país

G1 Economia Volkswagen informou que pode adotar um período de férias coletivas ainda neste mês em três fábricas do país por conta de impactos provocados pela tragédia do RS. Vista aérea das enchentes em Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, tirada em 9 de maio GETTY IMAGES Além de provocar mortes e estragos, as chuvas e enchentes que têm afetado o Rio Grande do Sul neste mês começam a causar consequências em diversos setores que movimentam a economia de todo o país. ?? Até esta terça-feira (14), a Defesa Civil do RS já havia confirmado ao menos 149 mortes por conta dos temporais. Há ainda mais de 120 desaparecidos e 2,1 milhões de pessoas afetadas pela tragédia. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp No mercado automotivo, por exemplo, algumas montadoras do país já têm previsto a adoção de medidas por conta dos impactos da tragédia. Com a paralisação nas montadoras, uma das principais consequências está na produção de carros no país. A Volkswagen informou nesta segunda-feira (13) que pode adotar um período de férias coletivas ainda neste mês em três fábricas do país: São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São Carlos (SP) - leia mais detalhes aqui. Fábrica da Volkswagen em Taubaté Volkswagen/Divulgação A empresa afirma que "em função das fortes chuvas que acometem o estado do Rio Grande do Sul e o povo gaúcho, alguns fornecedores de peças da Volkswagen do Brasil, com fábricas instaladas no estado, estão impossibilitados de produzir nesse momento". Outra montadora com fábrica no Brasil, a Stellantis - dona das marcas Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot - informou que precisou paralisar pontualmente a produção em Córdoba, na Argentina, mas que "segue analisando a necessidade de novas paradas em suas unidades" na região do Rio Grande do Sul. A montadora explica que a medida foi motivada pelo "impacto sem precedentes da catástrofe em todo o sistema logístico de transporte e fornecimento de componentes". Fábrica da Stellantis no Brasil Divulgação/Stellantis Além disso, a empresa cita uma “paralisação do órgão responsável pela emissão das licenças ambientais exigidas pela legislação vigente”. A Toyota, outra montadora que tem sede no Brasil, disse que parte dos veículos dos modelos Toyota Hilux e Toyota SW4 que foram importados da Argentina e armazenados no Centro de Distribuição da Toyota localizado em Guaíba (RS) foram danificados pela enchente. Como medida preventiva para evitar atrasos aos clientes, a fabricante vai temporariamente alterar o destino dos embarques de seus produtos produzidos na Argentina do centro de Guaíba (RS) para Vitória (ES). Com isso, na próxima semana os carros serão embarcados por via marítima para o porto de Vitória. Apesar da situação, a previsão é que o Centro de Distribuição da fábrica localizado em Guaíba (RS) volte a operar normalmente nesta quarta-feira (15). Fábrica da Toyota em Sorocaba (SP) Divulgação; Revista AutoEsporte Professora da FGV, a economista Carla Beni explica que uma catástrofe da dimensão da que atinge o RS prejudica todo o país. Segundo ela, a economia brasileira está interconectada e o problema pode afetar toda a cadeia. “Quando você tem um estado com um problema dessa intensidade, as cadeias produtivas estão interconectadas. Pode ser setor automotivo, alimentício... você tem interconexão entre as cadeias produtivas, porque não só a produção local é um problema, mas a questão da logística é um grande problema”, afirma. Enchente em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, em 9 de maio de 2024 Carlos FABAL / AFP Ainda de acordo com a especialista, as paralisações nas fabricantes de carros são uma forma de reestruturação econômica e ainda não ameaçam o mercado de trabalho, já que não é possível mensurar o impacto total das enchentes do Rio Grande do Sul. “Vários segmentos da cadeia produtiva do país vão ter que ser restruturados para que dê tempo de refazer o estado do Rio Grande do Sul, digamos assim, para gente poder normalizar essa cadeia. Mas ainda é muito difícil de pensar um prazo em relação a isso”, diz Beni. Fábrica da Volkswagen em Taubaté. Reprodução/ TV Vanguarda Para Antônio Jorge Martins, especialista em mercado automotivo e professor da área na FGV, a Volkswagen, que tem fornecedores de peças no Rio Grande do Sul, pode ter maiores impactos na produção a curto e médio prazo. Ele acredita que a paralisação da produção da montadora pode até mesmo abrir espaço para o crescimento de concorrentes chineses, por exemplo. “Eu vejo de consequências no curto prazo exatamente a falta de produtos da marca Volkswagen no mercado automotivo, quando a sua demanda neste corrente ano de 2024 vem superando a demanda de 2023, ou seja, na medida em que existe exatamente uma demanda de carros e você paralisa uma produção, você acaba tendo a indisponibilidade de produto para vender e, com isso, afeta um volume total projetado para o ano corrente”, disse. “De médio prazo, eu diria que existe sim uma outra consequência, que é o fato de que você, ao não disponibilizar um certo volume de produção no corrente momento, abrir espaço para os demais concorrentes poderem alavancar seus produtos e, eventualmente, tentarem até alcançar esse volume de produção que deixou de ser ofertado nesse período. As fábricas chinesas estão com um apetite muito grande de se utilizarem desse artifício para fortalecerem as suas respectivas marcas no mercado brasileiro”, argumentou. Morador de Lajeado, no Rio Grande do Sul. Fábio Tito/g1 Ainda segundo o professor, a Volkswagen deve ser a montadora mais impactada pela tragédia climática no sul, podendo até perder participação no mercado nacional com a paralisação da produção, mesmo que temporariamente. “De uma forma geral, eu diria que o impacto é representativo mais para algumas empresas do que para outras, ou seja, não necessariamente o fato desse problema ter acontecido com a Volkswagen vai acontecer com outra montadora, que muitas vezes não tem nem fornecimento de autopeças provenientes de Porto Alegre ou de regiões fronteiriças, e, com isso, de uma forma geral, eu diria que a tragédia acaba sendo muito focalizada naquela que realmente possui uma representatividade muito grande de fornecimento naquela região", ponderou. "Eu não sei dizer para a Volkswagen qual é o peso do estado dentro do fornecimento total, mas, de qualquer forma, eu diria que deve ser um peso grande, porque para você paralisar a produção no atual momento de mercado, você acaba perdendo participação no mercado nacional”, avaliou. No entanto, Martins avalia que a pausa poderá ser útil se aproveitada pelos líderes da montadora que estão de fora da produção, podendo ser um momento estratégico para a empresa repensar seus produtos. “Essas paralisações muitas vezes são até úteis para você conseguir adequar a produção a um novo nível. A gente não sabe quanto tempo vai ficar paralisada, mas, de qualquer forma, você consegue, com essas paralisações, dependendo do momento, até adequar a produção a um novo ritmo produtivo de acordo com a demanda que está acontecendo”, finalizou. Volks pretende dar férias coletivas para trabalhadores de Taubaté Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Inflação argentina fica em 8,8% em abril e chega a 289,4% em 12 meses

G1 Economia Esse foi o 4º mês consecutivo de desaceleração do índice de preços do país. Bandeira da Argentina Unplash A inflação da Argentina ficou em 8,8% em abril, apontou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado nesta terça-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país. Com o resultado, o aumento dos preços chegou a 289,4% em 12 meses. Esse foi o quarto mês consecutivo de desaceleração e o primeiro índice de um dígito em um semestre. O dado foi comemorado como "uma goleada" pelo presidente ultraliberal Javier Milei, embora economistas alertem que isso corresponde à queda do consumo. O setor de maior aumento em abril foi habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (35,6%), devido à suspensão dos subsídios e aos aumentos das tarifas. Na sequência, ficaram comunicação (14,2%), pelos aumentos nos serviços de telefonia e internet, e vestuários e calçados (9,6%), pela mudança de temporada. As duas seções que registraram os menores aumentos foram alimentos e bebidas (6%), bens e serviços (5,7%) e bebidas alcoólicas e tabaco (5,5%). "Estamos goleando a inflação", comemorou Milei nesta terça, pouco antes da divulgação do primeiro registro de um dígito mensal desde outubro do ano passado, quando a inflação ficou em 8,3%. O presidente impulsiona uma ambiciosa desregulação da economia com o objetivo de alcançar o "déficit zero" para o fim do ano. A Argentina vive uma forte recessão econômica e um ajuste fiscal que permitiu, no primeiro trimestre do ano, o primeiro superávit desde 2008. O Fundo Monetário Internacional (FMI) parabenizou o governo Milei por exceder suas metas e anunciou, na segunda-feira (13), um acordo que permite o desembolso de quase US$ 800 milhões (R$ 4,1 bilhão). A organização multilateral destacou o "primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos, a rápida queda da inflação, a mudança de tendência das reservas internacionais e uma forte redução do risco soberano". Contudo, especialistas alertam que o superávit foi conseguido com cortes de gastos que não são sustentáveis no tempo: milhares de demissões, paralisação de obras públicas e deterioração de salários e aposentadorias em um país com a metade de seus 47 milhões de habitantes na pobreza. Recuo do consumo "O superávit fiscal foi alcançado com cortes nos gastos, não por maiores receitas fiscais. A inflação cai por uma queda na demanda, não por uma oferta maior", destacou o economista independente Salvador Di Stefano. As manifestações são diárias por parte de sindicatos, universitários, empresários de pequenas e médias empresas, aposentados, pacientes que deixam de receber seus medicamentos oncológicos do Estado e outros setores afetados pelas políticas de ajuste e desregulamentação econômica. "Alguns preços caíram um pouco, mas porque não há consumo, as pessoas não compram. Acho que estamos pior do que estávamos antes", disse à AFP Liliana Segovia, uma trabalhadora de segurança privada de 44 anos. Neste sentido, a consultoria Focus Market estimou em um relatório divulgado na segunda-feira que o consumo recuou em abril 20,4% na comparação interanual, e 17,1% em relação a março. "Abril foi um mês complexo para o bolso dos argentinos. O aumento das tarifas de serviços públicos, apesar da desaceleração da alta do preço dos bens, deixa pouco excedente para manter o gasto em valores constantes", disse seu diretor, Damián Di Pace. Embora a inflação em 12 meses chegue a quase 290%, categorias não específicas que não se enquadram em alimentos ou vestuário registraram muito maiores: por exemplo, habitação, água, eletricidade e gás, 311,6%; saúde, 341% e transporte, 325%. "Evidentemente, vamos para próximos meses em que a correção dos preços relativos da economia, como tarifas de serviços públicos e privados, começa a erodir a capacidade de gastos de muitos lares argentinos", explicou Di Pace. Por outro lado, a contração industrial (21% em 12 meses até março) é a maior desde abril de 2020, quando a atividade estava parcialmente paralisada pela pandemia de covid-19. * Com informações da Agência France Presse Argentina e Uruguai enviam ajuda ao Rio Grande do Sul Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.724: prêmio acumula e vai a R$ 25 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 11 - 21 - 24 - 26 - 42 - 54. Quina teve 28 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 49.929,37. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O O sorteio do concurso 2.724 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (14), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio acumulou em R$ 25 milhões. Veja os números sorteados: 11 - 21 - 24 - 26 - 42 - 54 5 acertos - 28 apostas ganhadoras, R$ 49.929,37 4 acertos - 1.955 apostas ganhadoras, R$ 1.021,57 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (16). Mega-Sena, concurso 2.724 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Aneel deve dar mais prazo para consumidores do RS pagarem contas atrasadas, sem corte de energia

G1 Economia Agência deve votar medida nesta terça-feira (14), além de permissão para distribuidora suspender contratos de energia de imóveis que tenham sido destruídos pela chuva. Sobe para 450 o número de cidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve votar nesta terça-feira (14) a ampliação do prazo para que os consumidores do Rio Grande do Sul paguem suas contas de luz, sem corte de energia em caso de atraso nos pagamentos. O estado enfrenta uma tragédia climática causada por enchentes e inundações, que já provocaram 147 mortes até esta segunda. "Não é perdoar a dívida do consumidor, porque para isso precisamos de política pública como foi na época da Covid, mas dependendo do caso, dar 90 [dias], 30 dias, para ele não ter que se preocupar de ser cortado, principalmente", declarou a relatora do processo, diretora Agnes Costa. Segundo a diretora, também deve ser votada a permissão para a distribuidora suspender contratos de distribuição de energia de imóveis que tenham sido destruídos pela chuva. Dessa forma, a empresa estará desobrigada de manter o fornecimento de energia a essas unidades, que podem ser abandonadas ou reconstruídas. A diretora afirmou que a medida foi inspirada nas regulações da Aneel durante a pandemia de Covid-19, quando aumentaram os casos de inadimplência. "Foi bastante inspirado, só que na Covid não teve essa história de as propriedades deixarem de existir. Então, esse acho que é o adicional, que vamos tratar hoje à tarde", declarou. A reunião de diretoria da Aneel será retomada na tarde desta terça-feira. Segundo o Ministério de Minas e Energia, na segunda-feira (13), o fornecimento de energia havia sido retomado para 270 mil imóveis no Rio Grande do Sul. A pasta afirmou que, depois das chuvas no fim de semana, o nível do Guaíba subiu 40 centímetros, ultrapassando novamente a marca de 5 metros, o que tem prejudicado os trabalhos para restabelecer os serviços. De acordo com a Defesa Civil, 538,2 mil gaúchos estão desalojados e outros 77,4 mil em abrigos. Veja Mais

Entenda o projeto do governo que permite a suspensão por três anos da dívida do RS com a União

G1 Economia Texto foi encaminhado ao Congresso, que terá de aprovar o projeto. Dívida do estado é de cerca de R$ 100 bi. Medida foi proposta em razão da calamidade provocada pelos temporais. Lula propõe suspender dívida, zerar juros e dar alívio de R$ 11 bi ao RS O governo federal divulgou na noite desta segunda-feira (13) a proposta enviada ao Congresso que prevê o adiamento por três anos do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União e a redução a 0% da taxa de juros no contrato do estado no período. Para virar lei, o projeto de lei complementar precisa ser analisado, primeiramente, pela Câmara e, se aprovado pelos deputados, também precisará do aval do Senado. Com isso, poderá ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida deve evitar gastos de R$ 11 bilhões com as parcelas e mais R$ 12 bilhões com os juros da dívida – que soma R$ 97,7 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. O governo Lula propôs a suspensão do pagamento da dívida por três anos em razão das fortes chuvas no RS, que, em duas semanas, provocaram destruição em centenas de municípios gaúchos. Mais de 140 pessoas morreram, e 125 estão desaparecidas. Milhares de pessoas estão fora de casa; trechos de estradas e o Aeroporto Salgado Filho, o principal do estado, estão interditados por tempo indeterminado. Veja nesta reportagem (clique no link para seguir ao conteúdo): O que diz o projeto enviado pelo governo? Qual o tamanho da dívida do RS? Entenda o projeto encaminhado pelo governo ao Congresso para permitir o adiamento da dívida do RS por três anos Suspensão da dívida por 36 meses A proposta encaminhada pelo Executivo ao Legislativo afirma que – em caso de calamidade pública reconhecida pelo Congresso após iniciativa do governo federal – a União pode adiar pagamentos devidos por um estado, com redução a 0% da taxa de juros, pelo período de 36 meses. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o projeto pode liberar R$ 23 bilhões para o caixa do Rio Grande do Sul em três anos, sendo: R$ 11 bilhões correspondentes ao somatório dessas 36 parcelas – que, se o projeto virar lei, serão adiadas R$ 12 bilhões correspondentes aos juros da dívida nesse período – que, com a nova lei, não serão cobrados Conforme o texto, os recursos que deixarão de ser pagos pelo estado, no caso o Rio Grande do Sul, no período de três anos deverão ser direcionados "integralmente" a ações de enfrentamento e diminuição de danos provocados pela calamidade pública e suas consequências econômicas e sociais. Um fundo para operacionalizar os recursos deverá ser criado no âmbito do estado. O governo gaúcho terá prazo de até 60 dias – contados a partir da decretação do estado de calamidade pública – para encaminhar ao Ministério da Fazenda um plano de investimentos com projetos e ações a serem executados com as verbas. O estado terá de demonstrar e dar publicidade aos gastos possibilitados com a proposta, e terá de deixar clara a relação entre as ações realizadas e os recursos que deixarão de ser pagos à União. Durante a calamidade pública, o estado fica proibido de criar ou aumentar despesas permanentes (como salários do funcionalismo), ou aumentar renúncia de receitas que não estejam relacionadas ao enfrentamento da calamidade pública. Exceto se houver aprovação do Ministério da Fazenda. Após cada ano de suspensão, o estado terá até 90 dias para enviar ao governo federal relatório de comprovação de aplicação dos recursos que deixarão de ser pagos. O texto também diz que, ao final do estado de calamidade pública, o estado deve assinar um termo aditivo ao contrato da dívida em até 180 dias. O governo estadual se comprometerá a não propor e a desistir de ações judiciais sobre o termo aditivo. Os valores cujos pagamentos serão suspensos vão ser incorporados ao saldo devedor do estado ao final do período de 36 meses, atualizados pelos encargos financeiros, mas sem a incidência de juros. Se o termo aditivo não for assinado, haverá o acréscimo dos juros originais do contrato. Estado endividado Entenda a dívida de R$ 104 bilhões do Rio Grande do Sul O Rio Grande do Sul faz parte do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado em 2017 para ajudar os estados com níveis altos de endividamento em relação às receitas. Em troca, os governos estaduais deveriam aprovar um plano de recuperação, adotando algumas medidas para o equilíbrio fiscal, como a implementação de um teto de gastos. Contudo, até hoje, os estados reclamam das contrapartidas impostas. Segundo o Ministério da Fazenda, em abril deste ano, a dívida do Rio Grande do Sul com a União somava R$ 95,7 bilhões. No mês, o estado pagou R$ 240 milhões. Em 2024, até o momento, foram pagos aproximadamente R$ 1,2 bilhão. A estimativa era de um pagamento total de R$ 3 bilhões este ano – suspenso pela medida anunciada nesta segunda-feira (13). Veja Mais

Entenda como onda de calor pode gerar prejuízos e benefícios para cana-de-açúcar no interior de SP

G1 Economia Cidade não registra chuvas desde abril. Essa condição melhora qualidade da cana e permite trabalho no campo sem restrições, ajudando na colheita. Falta de água, porém, afeta produtividade da lavoura recém-plantada, diz pesquisador da USP. Prejuízo na safra e benefício para colheita: entenda como onda de calor por impactar o cultivo da cana-de-açúcar no interior de São Paulo Claudia Assencio/g1 A onda de calor registrada na região de Piracicaba (SP) pode gerar impactos na safra de cana-de-açúcar, com reflexos negativos para a produtividade da lavoura e, em alguma medida, positivos para a colheita. O g1 consultou especialistas para saber quais são as perspectivas para a agricultura na região de Piracicaba após o período de seca, sem registro de chuvas. Entre eles, o professor e pesquisador em agrometeorologia e modelagem agrícola do campus de Piracicaba da USP, Fábio Marim, e o vice-presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), Arnaldo Antonio Bortoletto. A cidade de Piracicaba (SP) está sem chuvas registradas desde abril até o dia 12 de maio, segundo dados do boletim hidrometeorológico do Sistema de Telemetria do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Bloqueio atmosférico: excesso de chuvas no sul e seca no sudeste De acordo com o professor Fábio Marin, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da instituição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (LEB-Esalq), um bloqueio atmosférico, causado por uma zona de alta pressão, impede que as frentes frias que se deslocaram do Polo Sul cheguem ao sudeste do Brasil. "Essas frentes frias pararam no Rio Grande do Sul. Isso explica a seca no centro-sul do Brasil e as altas temperaturas, uma vez que a alta pressão e a falta de chuvas mantêm a temperatura alta. E, explica também, o excesso de chuvas lá no Sul. As frentes frias não conseguem subir, como seria o normal, isso tem um impacto bastante grande naquele estado, devido a toda tragédia humana", afirma. Lavouras Marim acrescenta que, para o estado de São Paulo, a condição é de seca acelerada com prejuízo para o pasto, para a cana-de-açúcar e também lavouras de milho safrinha, que ainda estão na fase final de enchimento de grãos. "Especialmente para a cana, temos o efeito negativo, mas também temos o impacto positivo para as colheitas", pondera. Marim ressalta que, para a lavoura de cana-de-açúcar, especificamente, a onda de calor com falta de chuvas tem um efeito negativo por um lado, mas por outro, tem impacto positivo, que é o aceleramento das colheitas. "Os canaviais já estão em fase de colheita na região de Piracicaba e essa condição melhora a qualidade da cana e permite que trabalhadores e máquinas atuem sem nenhuma restrição. Mas, afetam, por conta da falta de água, aquelas lavouras que ainda serão colhidas no final da safra, em setembro, outubro e novembro", observa o pesquisador da Esalq. Safra de cana-de-açúcar pode perder produtividade onda de calor e falta de chuvas se prolongarem, afirma o vice-presidente da Coplacana de Piracicaba Claudia Assencio/g1 Por que o clima seco é bom para a colheita de cana??? O representante da Coplacana, Arnaldo Bortoletto, confirma que a onda de calor em início de safra, é bom para a colheita. Mas, se o período seco se prolongar pode afetar diretamente a produtividade da safra. "O clima seco permite que a safra não pare. Quando chove, atrapalha o transporte, a colheita paralisa, a cana-de-açúcar absorve água e, assim, reduz o Açúcar Total Recuperável (ATR). Por outro lado, se o período de estiagem se prolongar, como ocorreu em abril, acaba sendo prejudicial, pois os plantios de cana de ano e meio terão dificuldade de brotação, aumentando o risco de o produtor perder esse plantio e ter de replantar essas áreas", alerta. "Ao mesmo tempo, a cana que está sendo colhida, sem umidade, com a seca intensa, tem a brotação prejudicada, consequência para a safra 24/25. Então, nesse aspecto de produtividade, o reflexo é negativo. O único fator favorável é para a colheita. Nesta época, o cenário ideal são chuvas parciais que garantirão uma boa brotação para a cana de 18 meses", ressalta Bortoletto. Quais são as perspectivas para a safra? Haverá adiantamento? ????O vice-presidente da Coplacana explica que a safra está com uma moagem mais intensa se comparada a abril de 2023, mês chuvoso, o que dificultou a colheita naquele ano. "Em 2024, como abril não choveu, a quantidade de cana moída foi maior, se comparada ao mesmo período do ano passado. Temos que analisar se haverá incidência de chuvas, caso contrário, o risco de perda de produtividade é grande", afirma Bortoletto. Quais os prognósticos para combustíveis derivados da cana-de-açúcar? ? Segundo o representante do setor, ainda há muito etanol de milho disponibilizado no mercado. "O que compensa o mix de etanol da cana, aumentando a produção de açúcar, com preço mais favorável. A indústria está otimizando o máximo para fazer açúcar. A menor produção de etanol da cana está sendo suprida pelo etanol que está vindo do milho", explicou. Pode faltar etanol? ? No momento não há essa perspectiva, segundo o vice-presidente da Coplacana. LEIA MAIS Umidade do ar atinge 25% e fica abaixo do mínimo em Piracicaba; veja cuidados necessários Da pecuária ao hortifruti: entenda como enchentes no Sul afetam produção, preços e logística de distribuição do Agro Inmet mantém alerta de grande perigo para onda de calor até o fim do dia 12 de maio na região de Piracicaba Inmet/Reprodução Onda de calor????? O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) atualizou o alerta de perigo para onda de calor na região de Piracicaba de amarelo para laranja no último dia 3 de maio. No dia 6 de maio, houve novo aviso com alerta vermelho. O comunicado indicava risco à saúde devido às altas temperaturas, quando os termômetros podem bater máximas de 37ºC, segundo a previsão - ?????Veja detalhes, abaixo. Antes, o aviso era amarelo e indicava perigo potencial para onda de calor na região. Segundo o Inmet, para que seja considerado o registro de onda de calor, o município precisa ter cinco dias consecutivos de temperaturas 5ºC acima da marca prevista para determinado mês. Com temperaturas de até 37ºC, Inmet muda para laranja o alerta de perigo de onda de calor na região de Piracicaba; entenda cores Reprodução/Inmet O alerta de grande perigo para onda de calor na região de Piracicaba tinha validade até às 23h59 deste domingo (12). Mas, as altas temperaturas deve durar até o dia 14 de maio. Entenda o que significam as cores do alerta os graus de severidade, a seguir: ????Alerta amarelo: perigo potencial ????Alerta laranja: perigo ????Alerta vermelho: grande perigo 1ª onda de calor do outono ????? Piracicaba (SP) registrou a primeira onda de calor no último dia 30 de abril desde que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a monitorar a cidade em 2006. O município teve temperaturas acima dos 33ºC nos últimos cinco dias consecutivos em abril e as máximas continuam ultrapassando essa marca, conforme dados do Centro Integrado de Informações Agrometereológicas (Ciiagro). A umidade relativa do ar diária em abril de 2024 foi de 33,1%, de acordo com medição do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). Uma onda de calor que pode derrubar a umidade relativa do ar.????A recomendação é que os moradores da região sigam algumas orientações como: ???? Beber bastante líquido; ???? Evitar desgaste físico nas horas mais secas; ????? Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia; ???? Utilizar umidificadores de ar se possível, hidratar a pele e evitar banhos muito quentes para não ressecar a pele. ???? Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Calor na região de Piracicaba: recomendação é se hidratar e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes Reprodução/EPTV Previsão do tempo ?? Confira a previsão do tempo para o fim de semana e segunda-feira, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia: Segunda-feira (13) Mínima de 18ºC e máxima de 33ºC. Sol e aumento de nuvens à tarde e à noite. Terça-feira (14) Mínima de 19ºC e máxima de 31ºC. Sol e aumento de nuvens à tarde e à noite. Quarta-feira (15) Mínima de 17ºC e máxima de 30ºC. Muitas nuvens, Quinta-feira (16) Mínima de 17ºC e máxima de 34ºC. Sol com muitas nuvens. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região A Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 2,5 milhões nesta terça-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.724 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 2,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (14), em São Paulo. No concurso do último sábado (11), um bolão feito em Fundão, no Espírito Santo, levou o prêmio de R$ 46,7 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Entenda a dívida de R$ 98 bilhões do Rio Grande do Sul com a União, agora suspensa por três anos

G1 Economia Lula e Haddad anunciaram que governo gaúcho só precisará retomar pagamento daqui a 36 meses; juros do período serão perdoados. Dinheiro terá de ser usado para reconstruir estado. O governo federal anunciou nesta segunda-feira (13) a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União por um período de três anos. A medida deve evitar gastos de R$ 11 bilhões com as parcelas e mais R$ 12 bilhões com os juros da dívida – que soma R$ 97,7 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. O Rio Grande do Sul faz parte do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado em 2017 para ajudar os estados com níveis altos de endividamento em relação às receitas. Em troca, os governos estaduais deveriam aprovar um plano de recuperação, adotando algumas medidas para o equilíbrio fiscal, como a implementação de um teto de gastos. Contudo, os estados reclamam das contrapartidas. Entenda abaixo: qual o valor da dívida do Rio Grande do Sul? o que o governo federal anunciou nesta segunda? o que é o Regime de Recuperação Fiscal? quais os estados que aderiram ao regime? o que vinha sendo negociado pelos estados? Entenda a dívida do Rio Grande do Sul Qual o valor da dívida do Rio Grande do Sul? Segundo o Ministério da Fazenda, em abril deste ano, a dívida do Rio Grande do Sul com a União somava R$ 95,7 bilhões. No mês, o estado pagou R$ 240 milhões. Em 2024, até o momento, foram pagos aproximadamente R$ 1,2 bilhão. A estimativa era de um pagamento total de R$ 3 bilhões este ano -- suspenso pela medida anunciada nesta segunda-feira (13). A dívida do Rio Grande do Sul remonta à década de 1990, quando o débito somava R$ 7,7 bilhões em valores nominais (sem atualização). Também foram liberadas linhas de crédito de R$ 2,5 bilhões ao estado no âmbito do Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária (Proes), criado em 1996. Segundo o governo estadual, a dívida cresceu por conta da fórmula adotada pela União para corrigir os valores devidos. Tragédia no RS completa duas semanas O que o governo federal anunciou nesta segunda? O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram a suspensão, por três anos, do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União – conforme antecipado pelas colunistas do g1 Ana Flor e Camila Bomfim. A suspensão da dívida seguirá para análise do Congresso como um projeto de lei complementar, que ainda terá de ser aprovado e sancionado. Segundo o anúncio, o projeto vai prever que: o governo do RS adie o pagamento de R$ 11 bilhões correspondentes ao somatório dessas 36 parcelas; o governo do RS não precise pagar R$ 12 bilhões correspondentes aos juros da dívida nesse período – nem agora, nem em seguida. De acordo com o governo, esses bilhões que não serão usados para amortizar a dívida do estado deverão compor um fundo específico, em separado, e ser utilizados na íntegra para a reconstrução pós-chuvas. O que é o Regime de Recuperação Fiscal? O Regime de Recuperação Fiscal (RRF) foi criado em 2017 para auxiliar os estados que estivessem em desequilíbrio fiscal. A lei prevê benefícios aos estados que adotarem reformas institucionais, como um teto de gastos e previdência complementar. Para aderir ao regime, a lei estabelecia que o estado tivesse: receita corrente líquida menor que a dívida consolidada; despesas correntes superiores a 95% da receita corrente ou despesas com pessoal de, no mínimo, 60% da receita; valor de dívidas maior que a disponibilidade de caixa. A adesão ao plano dependia de manifestação de interesse do estado e homologação pelo governo federal. Com o RRF, a dívida contraída pelos estados junto à União seria parcelada e paga de forma escalonada. O plano do Rio Grande do Sul prevê parcelamento até 2030, quando o estado deve ter condições de quitar os débitos. Moradores do Sul do Rio Grande do Sul são orientados a deixar suas casas Quais os estados que aderiram ao regime? Os estados que aderiram ao Regime de Recuperação Fiscal são: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. Os estados que aderiram ao programa reclamam, contudo, das condições dos contratos de recuperação fiscal. Há duas demandas comuns aos integrantes do regime: A primeira é a atualização do regime. Os estados querem flexibilizar algumas determinações, como o teto de gastos. Um dos argumentos é a perda de arrecadação em 2022, por causa da limitação das alíquotas de ICMS sobre alguns produtos, como energia elétrica e combustíveis. A outra demanda é a mudança nos próprios contratos da dívida, com taxas de juros menores. O pleito é de uma redução dos juros do patamar atual -- inflação + 4% -- para o valor fixo de 3%. Pacote destina recursos para prevenção a desastres O que vinha sendo negociado pelos estados? No final de março, o Ministério da Fazenda propôs reduzir os juros da dívida. Em troca, a pasta quer a ampliação das matrículas no ensino médio técnico. Governo federal e estados ainda não chegaram a um acordo sobre o programa “Juros por Educação”, como foi batizado. A proposta foi apresentada aos governadores de estados do Sul e Sudeste no mês passado. De acordo com o governo, os estados devem cerca de R$ 740 bilhões. A maior parte está concentrada em: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Veja Mais

Melinda French Gates decide deixar a Fundação Gates

G1 Economia Bilionária anunciou que seu último dia como copresidente será em 7 de junho deste ano. Ela fundou a entidade filantrópica no ano 2000, ao lado de Bill Gates, com quem foi casada por 27 anos. O casal se divorciou em maio de 2021. Melinda French Gates durante discurso em Paris, na França, em 22 de junho de 2023. Ludovic Marin/Pool via Reuters/Arquivo A bilionária Melinda French Gates anunciou nesta segunda-feira (13) que irá renunciar ao cargo de copresidente da Fundação Bill e Melinda Gates, uma das maiores entidades de caridade privada do mundo. Em uma publicação na rede social X, a ex-esposa do cofundador da Microsoft Bill Gates afirmou que a decisão foi tomada após uma "reflexão cuidadosa" sobre o assunto. Seu último dia na entidade — que foi fundada por ela e Bill no ano 2000 — será 7 de junho deste ano. "Estou imensamente orgulhosa da fundação que Bill e eu construímos juntos e do trabalho extraordinário que está sendo feito sobre as desigualdades em todo o mundo", escreveu Melinda. Em seu comunicado, a bilionária também informou que, ao sair da fundação, ela terá um adicional de US$ 12,5 bilhões para se dedicar ao seu trabalho "em prol das mulheres e das famílias". A cifra, segundo Melinda, consta no acordo feito com Bill Gates. A decisão da filantropa foi anunciada três anos após seu divórcio com Bill. Os dois foram casados por 27 anos e se separaram em maio 2021. Na ocasião, eles prometeram continuar juntos o trabalho de caridade. Bill e Melinda Gates garantem que seguirão com funções em fundação filantrópica após divórcio Naquele ano, os Gates também disseram que chegaram a um acordo sobre como dividir seus bens matrimoniais. Nenhum detalhe, no entanto, foi divulgado. Bill Gates se pronunciou nesta segunda-feira após o anúncio da decisão de Melinda. "Lamento ver Melinda partir, mas tenho certeza de que ela terá um enorme impacto em seu futuro trabalho filantrópico", disse o cofundador da Microsoft, em uma publicação no X. A Fundação Bill e Melinda Gates é uma das forças mais poderosas e influentes na saúde pública global. Nos últimos 20 anos, a entidade gastou mais de US$ 50 bilhões para trazer uma abordagem empresarial ao combate à pobreza e às doenças. Guga Chacra comenta separação de Bill e Melinda Gates * Com informações da Reuters Veja Mais

O bancor, projeto de moeda única global cujo fracasso permitiu hegemonia do dólar

G1 Economia No final da Segunda Guerra Mundial, um grupo de economistas se reúniram para discutir que seria o futuro da economia do planeta. Uma das ideias era criar uma moeda única global. Mas o que aconteceu com ela? O dólar é a moeda de referência mundial, mas a história poderia ter sido diferente. Getty Images via BBC No verão de 1944, quando um mundo em chamas com a Segunda Guerra Mundial começou a vislumbrar a derrota da Alemanha de Adolf Hitler e dos seus aliados, a pequena estância turística de Bretton Woods, em New Hampshire, nos Estados Unidos, tornou-se palco de uma data crucial. Delegados de 44 países se reuniram durante 22 dias com o objetivo de lançar as bases para a economia mundial, quando o tão esperado final da guerra chegasse. Esse encontro ficou marcado para a história como a Acordo de Bretton Woods, quando foi decidida a criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do embrião do Banco Mundial, organizações multilaterais que ainda hoje desempenham um papel fundamental na economia global. Mas uma das ideias mais revolucionárias levantadas na conferência foi descartada: o Bancor, uma moeda comum para todos os países do mundo que teria significado uma mudança profunda no comércio e nas relações entre as nações. A morte antes do nascimento do Bancor marcou o fim da última barreira possível à hegemonia do dólar americano, e permitiu consolidá-lo como moeda de referência mundial. Esta é a história da moeda mundial que nunca existiu. Entenda por que o dólar disparou em poucos dias Keynes em Bretton Woods O Bancor foi ideia do famoso economista britânico John Maynard Keynes, que participou da conferência como principal negociador da delegação de seu país. Nessa altura, Keynes já era considerado o grande guru da economia mundial pelos seus conhecidos trabalhos sobre os desequilíbrios econômicos que levaram à Grande Depressão de 1929 e às duas guerras mundiais. Seu prestígio ultrapassou fronteiras. "Keynes queria pôr fim aos fatores que, na sua opinião, levaram às duas guerras e aos tremendos problemas econômicos da primeira metade do século 20, como o desequilíbrio comercial entre países, as guerras comerciais e as guerras cambiais", explica James Boughton, especialista do Centro de Inovação em Governança Internacional (CIGI) do Canadá. "Devemos ter em mente que todos aqueles homens que participaram na conferência pertenciam a uma geração que sempre viveu na guerra ou na depressão econômica. Então seu seu grande objetivo era pôr fim aos males que abalaram o mundo nos últimos quarenta anos", diz Boughton à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC. Keynes tinha plena consciência de que as sanções impostas à Alemanha após a sua derrota na Primeira Guerra Mundial e os castigos sofridos pela sua população tinham sido uma das principais razões do descontentamento que levou os nazistas ao poder, e um dos incentivos para Hitler. Eles embarcaram em um expansionismo militar agressivo na Europa juntamente com o seu aliado, o líder da Itália fascista, Benito Mussolini. Keynes também sabia que os desequilíbrios na distribuição do comércio mundial, agravados pelas guerras comerciais, pelas tarifas e pela depreciação competitiva das moedas, tinham prejudicado a economia mundial e a confiança entre governos e povos, razão pela qual, nas palavras de Boughton, "ele tinha a firme convicção de que a melhor maneira de preservar a paz no mundo era ter economias fortes que pudesse negociar entre si." Esse desejo colidiu com a realidade de um mundo em guerra. As hostilidades dificultaram as trocas em todos os lados, mas esse não era o problema principal, mas sim a falta de confiança. Em um mundo abalado pelas batalhas militares, com as principais potências enfrentando-se em blocos irreconciliáveis ??numa guerra total, e sem organizações supranacionais aceitas pela comunidade internacional, a maioria das moedas não eram intercambiáveis ??com as de outros países, ao contrário do que acontece atualmente. Em 2024 pode-se trocar pesos mexicanos por reais, reais por euros, libras esterlinas ou qualquer outra moeda confiável, mas esse não era o caso em 1944. Keynes sonhava com um mundo em que todas as nações pudessem prosperar e comercializar. E para isso a primeira coisa que precisava era de uma moeda aceita e conversível para todos. Foi assim que concebeu o seu Bancor, uma moeda comum a todos os países com a qual todos poderiam negociar. E como toda moeda, o Bancor precisaria de um órgão regulador para respaldá-lo. Keynes chamava esse organismo de União Internacional de Compensação (UIC), cuja diretoria seria formada por representantes de todos os países - tamém havia um novo banco mundial. O Bancor seria a moeda utilizada nas trocas entre os países aderentes ao sistema e o seu valor seria lastreado numa combinação de moedas mantidas pelos bancos centrais nacionais. Cada país receberia uma cota anual do 'Bancores' proporcional à sua participação no comércio mundial. Se a balança de pagamentos de alguém caísse para um déficit, seriam dados créditos para equilibrá-la. Se alguém acumulasse um excedente, os Bancores seriam deduzidos da sua quota. Na visão keynesiana, isto encorajaria os países a equilibrar o seu comércio de bens e serviços, acabando com as tarifas e as guerras comerciais que dificultaram o comércio internacional na década de 1930. Keynes queria evitar que os países mais ricos acumulassem um excedente excessivo na sua balança comercial, enquanto os mais pobres ficassem presos num déficit e em uma dívida cada vez maiores que impediam a sua recuperação econômica e prejudicavam o crescimento global. Para ajudar estes países em dificuldades, Keynes concebeu o FMI e o Bancor. Foi uma proposta radical que procurava reduzir as diferenças entre os países ricos e pobres e promover a prosperidade para todos. Mas o seu próprio criador estava ciente das dificuldades da nova moeda. "A proposta é complicada e nova, e talvez utópica no sentido de que não é impossível de pôr em prática, mas que pressupõe uma maior compreensão, espírito de inovação corajosa e cooperação e confiança internacionais do que é razoável supor", disse Keynes. Muito do que ficou conhecido como sistema de Bretton Woods, como o FMI e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, que mais tarde seria integrado no Banco Mundial, nasceu das ideias do economista britânico. Mas o Bancor nunca virou realidade. Alguém muito poderoso e também presente em Bretton Woods se opôs: os Estados Unidos. Por que os Estados Unidos eram contra o Bancor Na realidade, apesar do tom idealista dos seus comentários, a proposta de Keynes procurava também defender os interesses do seu país, cuja liderança no comércio mundial tinha sido superada pelos Estados Unidos, país que ficava cada vez mais forte e que, ao contrário da Inglaterra, não tinha sofrido o devastações da guerra em seu próprio território. "Se houvesse uma forma de os britânicos continuarem a vender bens aos domínios que formaram o seu império usando a libra esterlina, Keynes nunca teria proposto o seu Bancor, mas, àquela altura, isso estava fora de questão porque o dólar já tinha se tornado a moeda de referência internacional”, disse Ben Steill, autor do livro “A Batalha de Bretton Woods". Assim, enquanto soldados dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha lutavam lado a lado contra o inimigo comum do Eixo nas diferentes frentes da guerra, ambos os países iniciaram em 1942 uma dura negociação sobre o desenho do sistema monetário e da economia mundial que seria implantado após a vitória nos campos de batalha. Houve dois anos de conversas antes da reunião de Bretton Woods, nas quais Keynes se encontrou com outro personagem-chave nesta história, o funcionário do Tesouro dos EUA Harry Dexter White. Keynes e White eram, como dizia do jornalista Tony Barber, "tão diferentes como o bourbon e o chá da tarde". Se Keynes se enquadrava no arquétipo do "cavalheiro" inglês da época, oriundo de família abastada, formado em Cambridge, com o título de barão pela Coroa Britânica. Já White era filho de um ferreiro, nascido em Massachusetts em uma família de imigrantes judeus da Lituânia, e teve que interromper diversas vezes os estudos universitários para contribuir nos negócios da família devido à morte precoce de seus pais. Exerceu um trabalho obscuro como funcionário público até se tornar o principal conselheiro do secretário do Tesouro, Henry Morgenthau, que o escolheu para chefiar a delegação americana em Bretton Woods. O atrito entre dois personagens tão diferentes como White e Keynes não demorou a aparecer. Após as reuniões iniciais, Keynes chegou ao ponto de dizer de White que "ele não tinha a menor ideia de como observar as regras do intercâmbio civilizado" e descreveu o primeiro rascunho que o americano apresentou como "o trabalho de um lunático". E, de acordo com Steill, White "literalmente ficava doente sempre que tinha que se encontrar com Keynes por medo de ser humilhado diante dos seus colegas". Mas, apesar das diferenças, Steill afirma que ambos "tinham uma admiração relutante um pelo outro". White também queria promover o comércio e o crescimento internacionais, promovendo um quadro econômico estável e partilhado, mas ele se opôs ao Bancor porque a situação e os interesses dos Estados Unidos eram radicalmente opostos aos dos britânicos. "O Reino Unido era a potência em declínio. As duas guerras mundiais arruinaram tudo, enquanto os Estados Unidos estavam em ascensão", diz Boughton. No século 19 e início do 20, a Grã-Bretanha tinha cimentado a sua hegemonia mundial nas relações comerciais com o seu vasto império e no prestígio da sua moeda, a mais utilizada na época para as trocas internacionais. Mas esse era um mundo ainda baseado no padrão-ouro, em que o valor de uma moeda dependia da capacidade do Estado emissor de trocá-la por ouro. E o esforço de guerra nas duas guerras mundiais, bem como a dinâmica internacional, fizeram com que os britânicos esgotassem rapidamente as suas reservas de ouro. Aconteceu exatamente o oposto com os Estados Unidos. "Em 1944, os EUA concentravam 60% do ouro mundial e o dólar era a única moeda confiável em todo o mundo, razão pela qual se tornou a mais utilizada", explica Steill. A proposta de Keynes de criar uma moeda mundial alternativa teria permitido a Londres reter pelo menos algum controle do sistema monetário internacional, que de outra forma permaneceria inteiramente nas mãos da Reserva Federal dos EUA. Para os americanos, o fato de a maior parte das trocas serem realizadas em dólares naquela época não era um problema, mas sim uma vantagem, pois fazia da sua indústria o principal fornecedor para o mundo inteiro. E o objetivo keynesiano de ajudar os países em dificuldades a reduzir a sua dívida também não era visto como uma prioridade em Washington, uma vez que o país era o maior credor do mundo àquela altura. Por todas estas razões, "White respondeu a Keynes que a moeda mundial forte e confiável que ele queria criar já existia. Era o dólar, que desde então se consolidou como moeda de referência", diz Boughton. Os britânicos acabaram por ceder porque para reconstruir a sua economia depois da guerra precisavam de uma ajuda que só os Estados Unidos estavam em condições de fornecer. Um dos representantes britânicos em Bretton Woods resumiu claramente a razão: "Precisávamos do dinheiro". A ideia do Bancor ficou para sempre arquivada nas gavetas da história. E desde então a economia mundial movimentou-se principalmente em dólares. Veja Mais

Confira os 5 golpes do PIX mais comuns feitos pelo celular

G1 Economia Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou os 5 principais truques cibernéticos que os bandidos usam para induzir as vítimas a realizar o pagamento. Veja dicas para se proteger. Imagem celular Gilles Lambert na Unsplash Um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou os 5 golpes cibernéticos mais comuns em que os bandidos conseguem induzir a vítima a fazer um PIX ou uma transferência bancária. Veja como os bandidos agem e dicas para não ser vítima a seguir. Golpe do 0800 Como é: neste golpe, os bandidos enviam uma mensagem de SMS para a vítima, se passando por um banco e informando de uma transação suspeita de uma compra de alto valor, pedindo para a pessoa entrar em contato com uma suposta central de atendimento para receber auxílio. A mensagem em questão é enviada por um número 0800, para passar confiança à vítima. Mas o engenheiro da computação Lucas Lago afirma que esses números não são tão difíceis de conseguir. "Hoje em dia, é muito barato de você conseguir o número 0800. [...] Dá para você pagar R$ 50 para ter o número. E você gasta R$0,60 por minuto de ligação. É um investimento muito baixo, né?", explica. Como a compra é falsa, ao ligar para a suposta central de atendimento, o golpista diz que a transação está em análise e que por isso ainda não aparece na fatura do cliente. A vítima, então, é induzida a fornecer dados pessoais, fazer uma transação para "regularizar" a situação ou baixar algum software espião que pode dar aos criminosos acesso completo ao seu celular. Como não ser vítima: nunca se deve ligar para números recebidos por mensagens, mesmo os que comecem 0800. Caso queira ligar para o seu banco, o ideal é consultar o número no verso do cartão de crédito ou débito. Ao g1, a Febraban disse que os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem dados como senhas, token e outros dados pessoais nestas ligações. De mesma forma, os bancos não pedem para que clientes façam transferências ou PIX ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta. Além disso, os bancos nunca ligam para fazer um estorno de transação através de um telefonema. Golpe da tarefa Como é: este golpe tem se tornado comum, explorando o desejo das pessoas de ganhar dinheiro de forma fácil e rápida na internet, explica Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética (Abraseci). Usando aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, os golpistas prometem pagamentos por tarefas aparentemente simples, por exemplo, curtir publicações, seguir perfis, fazer comentários. Em algum momento, os golpistas podem pedir um pequeno investimento inicial para "liberar" ou "aumentar" os ganhos, ou solicitam informações pessoais e dados bancários sob o pretexto de pagamento. Mas o valor prometido pelo bandido nunca é enviado. Como não ser vítima: a Febraban recomenda sempre a desconfiar de uma proposta de trabalho que seja preciso pagar antes de receber o dinheiro, bem como de promessas de vantagens exageradas. E a jamais depositar dinheiro na conta de quem quer que seja com a finalidade de garantir uma oportunidade ou um negócio. "Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é. Dinheiro fácil, especialmente por tarefas simples, é um grande indicador de golpe", diz Kin. Golpe da clonagem do WhatsApp Como é: o criminoso envia mensagens pelo WhatsApp fingindo ser de uma empresa que a vítima tem cadastro. O bandido, então, pede para ela passar um código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com esse código, o criminoso consegue acessar a conta de WhatsApp em outro celular e enviar mensagens para os contatos da pessoa, se passando por ela, pedindo dinheiro emprestado via PIX. Como não ser vítima: a Febraban recomenda o uso da opção de "Verificação em duas etapas" do seu aplicativo para evitar clonagens. Golpe de engenharia social com WhatsApp Como é: um pouco parecido com o golpe anterior, neste caso, o bandido não usa o contato verdadeiro da vítima, mas sim um novo número. Para ficar com uma aparência legítima, ele cadastra com o nome da pessoa e coleta fotos em suas redes sociais. Com o novo perfil no WhatsApp feito, o bandido envia mensagens aos contatos da vítima, dizendo ter trocado de número, e pede dinheiro, dizendo ser uma emergência. Como não ser vítima: é importante tentar entrar em contato com o verdadeiro dono da identidade por meio do número antigo, preferencialmente por ligação telefônica, antes de fazer qualquer transferência, recomenda Kin. Além disso, o ideal é sempre deixar as suas redes sociais restritas, dificultando o acesso dos bandidos aos dados pessoais e sempre desconfiar de pedidos de dinheiro inesperados. Veja aqui como controlar quem vê a sua foto do perfil do WhatsApp Golpe do acesso remoto Como é: também conhecido como Golpe da Mão Fantasma, ele tem como objetivo enganar as vítimas para que revelem informações pessoais e financeiras sob o pretexto de resolver um problema de segurança com suas contas ou serviços.  Para isso, o fraudador usa termos técnicos e procedimentos que parecem legítimos para ganhar a confiança da vítima e diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar um suposto problema. Isso pode ser feito por SMS, e-mails falsos ou links em aplicativos de mensagens. Os links instalam um software espião, que dará acesso a todos os dados que estão no celular. Como não ser vítima: a Febraban alerta que bancos nunca ligam para o cliente ou mandam mensagens ou e-mails pedindo para que ele instale algum tipo de aplicativo em seu celular, para supostamente regularizar um problema na conta. Também é importante evitar clicar em links ou baixar arquivos de e-mails, SMS ou mensagens em aplicativos de desconhecidos ou que pareçam suspeitos, diz Kin. Além disso, é fundamental ter um bom antivírus instalado. Leia também: Tinder lança ferramenta que ajuda a evitar 'golpe do amor'; saiba como usar 'Eram meu rosto e minha voz, mas era golpe': como criminosos 'clonam pessoas' com inteligência artificial Golpes no PIX: veja 7 dicas para não cair em ciladas virtuais Veja nos vídeos como se proteger de crimes cibernéticos Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem no vídeo a seguir Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem Estupro virtual: abusadores usam fotos falsas para chantagear vítimas Veja Mais

Produtores colhem uva em várias épocas do ano em Jundiaí

G1 Economia Em uma propriedade rural de Jundiaí (SP), é época da colheita da uva, mesmo seis meses antes da época tradicional da safra. A estratégia para conseguir diferentes períodos é fazer uma poda diferenciada. Produtores de uva de Jundiaí apostam na safra antecipada TV TEM/Reprodução Geralmente, a época de colher uva é no final do ano. A fruta é muito procurada, principalmente para o período de festas. No entanto, muitos produtores estão fazendo um manejo diferenciado para que as videiras produzam, também, em outros meses. A principal vantagem é adquirir renda em datas onde a oferta de uva é menor. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em uma propriedade rural de Jundiaí (SP), o período já chegou: seis meses antes do esperado em todo o país. E este ano, a niágara rosada, tipo plantado por Guilherme Henrique Lourençon, está ainda mais doce. De acordo com ele, além do clima, o segredo é fazer uma poda diferenciada. "Não tivemos um período de chuva considerável. Por conta da estiagem maior, ela fica mais doce. Quando chove bastante, ela fica mais aguada. A safra fora de época acontece devido à poda, que faço logo no final de dezembro", explica. Ele poda cerca de 70% dos pés para que eles fiquem produtivos mais cedo, pressionando as parreiras. O manejo correto ajuda a manter a produção, que traz bons resultados. Colher duas vezes por ano aumenta o lucro, em média, em 45%. E fora de época, a fruta é mais valorizada. Veja a reportagem exibida no programa em 12/05/2024: Produtores colhem uva em várias épocas do ano em Jundiaí VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Saiba como evitar acidentes com rede elétrica durante enchentes e tempestades

G1 Economia Especialistas entrevistados pelo g1 dão orientações do que fazer e do que não fazer nesses casos. Uma das recomendações é evitar tocar na fiação elétrica ao utilizar balsas e barcos em ruas alagadas. Com as tempestades e inundações no Rio Grande do Sul, cresce a preocupação com choques elétricos ao manipular aparelhos ou circular por ruas com cabos caídos. Há uma série de recomendações que podem salvar vidas nesses casos. Ao se deparar com um obstáculo, por exemplo, é importante cautela. E, em casos de imóveis inundados, há ações prioritárias que podem evitar uma tragédia. Para responder a alguns dos principais questionamentos sobre o tema, o g1 entrevistou o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), Luiz Eduardo Barata, e o engenheiro de Segurança do Trabalho da Cemig, Luciano Ferraz. Em Rio Grande (RS), cheia da Lagoa dos Patos deixa ruas alagadas Os especialistas deram recomendações, por exemplo, do que fazer caso um cabo energizado atinja um carro e até mesmo como proceder ao religar a energia de um imóvel invadido por uma enchente. "A grande preocupação que se tem é em caso de tempestade. E é importante que a gente dê o máximo de publicidade a essas dicas, para que as pessoas tomem o máximo de cuidado e evitem qualquer tipo de contato com a rede elétrica", afirmou o presidente da FNCE. Nesta reportagem, você vai saber: O que fazer quando um cabo de energia cair na rua? O que fazer se estiver dentro de um veículo? Posso carregar celulares ou usar chuveiro elétrico? O que fazer ao abandonar a casa? Ao retornar, devo religar a energia? O que fazer quando um cabo de energia cair na rua? Quando um cabo de energia cair na rua, segundo a FNCE, evite se aproximar ou tocar em pessoas e objetos que estejam em contato com o cabo. Também é importante impedir que outros adultos e crianças se aproximem do local. As distribuidoras locais têm telefones de emergência para esses tipos de incidentes, que funcionam 24 horas por dia. Se não conseguir entrar em contato, ligue para outros serviços de emergência, como o corpo de bombeiros ou a polícia. Se alguma árvore cair na rua, também evite tocar para tentar liberar o trecho. "No momento da queda, às vezes a árvore pode levar junto uma fiação energizada", declarou o engenheiro de Segurança do Trabalho da Cemig, Luciano Ferraz. A FNCE também frisa que, durante enchentes e tempestades, é essencial não encostar em postes ou estruturas metálicas. Também evite subir em lajes altas ou se abrigar em campos abertos, de forma a não ser o ponto mais alto do local e atrair descargas elétricas. Pelo mesmo motivo, evite procurar abrigo embaixo de árvores. O que fazer se estiver dentro de um veículo? Caso esteja dentro de um veículo e o cabo de energia caia sobre ele, não saia do automóvel e ligue imediatamente para a distribuidora. "A orientação primordial é, em uma situação comum, se o cabo cair em cima do veículo, permanecer dentro do veículo com os vidros fechados e sem encostar na parte metálica até que o pessoal [da distribuidora] chegue e faça a remoção do cabo", explica Ferraz. A FNCE ressalta que o abandono do veículo só deve acontecer em caso de incêndio. Se isso ocorrer, abra bem as portas do veículo, vire-se para elas, junte os pés e pule o mais longe possível. Evite tocar na lataria do veículo e no chão ao mesmo tempo. Ferraz alerta para o risco em caso de alagamento, uma vez que a água é condutora de eletricidade. O engenheiro também destaca que, ao utilizar balsas e barcos em ruas alagadas, é importante evitar tocar na rede elétrica. "Muitas vezes, dependendo do nível da água, essa altura da fiação fica bem mais baixa. Então, jamais tentar levantar nenhum tipo de cabo, seja para passar com barco embaixo, algum Jet ski, nunca tocar nessa fiação porque não se pode saber se essa instalação está energizada ou não", afirmou. Sul do Rio Grande do Sul sofre com transbordamento da Lagoa dos Patos Posso carregar celulares ou usar chuveiro elétrico? Não. O engenheiro da Cemig ressalta que, em casos de tempestades com raios, é preciso evitar utilizar celulares com cabos conectados nas tomadas. "O ideal é que você desligue todos os aparelhos eletroeletrônicos das tomadas e jamais fale ao celular com o carregador conectado na tomada ou telefone fixo", afirmou Ferraz. A mesma lógica se aplica ao banho com chuveiro elétrico, que pode ser perigoso em caso de descarga elétrica. O presidente da FNCE destaca também que, ao mexer com a instalação elétrica, uma pessoa não pode estar molhada ou com mãos e pés úmidos. Isso mesmo que seja para conectar um carregador ou qualquer aparelho elétrico na tomada. O que fazer ao abandonar imóveis? O presidente da FNCE ressalta que, se houver tempo, é importante desligar a energia da casa. "Acho que é uma medida bastante providencial." Ao sair das residências, importante deixar aparelhos elétricos em lugares mais altos e fechar bem tampas de caixas d'água e outras estruturas que possam ser levadas pelo vento, atingindo pessoas e a rede elétrica. "Se você estiver em uma residência e ela começar a encher de água, as principais recomendações são: primeiro, desligar o disjuntor do padrão ou aqueles quadros parciais, que há nas residências. Aparelhos eletrônicos, se for possível, tentar colocá-los em locais mais altos para que a água tenha menos chance de atingir", explica Ferraz. Ao retornar, devo religar a energia? Antes de ligar o interruptor de energia, chame um eletricista para verificar a condição das instalações elétricas da casa. "Ao retornar às residências, é preciso que as pessoas tomem muito cuidado, chequem efetivamente se a energia está desligada e, tanto quanto possível, procure especialistas para fazer a vistoria das instalações", ressalta Luiz Eduardo Barata, da FNCE. Isso porque, no caso de imóveis invadidos pela água, a fiação elétrica da residência pode estar molhada. Ao ligar a energia do imóvel, os danos podem aumentar, além de haver riscos de choque ou morte por descarga elétrica. "A fiação pode ter ficado comprometida, porque a água pode entrar nos eletrodutos, nas tomadas", explica Ferraz. Veja Mais

Governo anuncia parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios para cidades em calamidade no RS

G1 Economia Previsão é que R$ 192,7 milhões sejam transferidos para municípios atingidos por enchentes. Há previsão de anúncio de medidas para socorrer empresas do estado na próxima semana. O governo federal anunciou nesta sexta-feira (17) o pagamento de uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para cidades do Rio Grande do Sul em estado de calamidade. A estimativa é que R$ 192,7 milhões sejam transferidos para 46 ou 47 municípios, segundo integrantes do governo. Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o valor será incluído em uma medida provisória que deve ser publicada até a próxima semana. "Isso vai significar que, neste mês de maio, esses municípios vão receber um recurso duplo do Fundo de Participação de Municípios. Exatamente para apoiar os municípios nas várias ações de resgate, independentemente dos outros recursos", disse Padilha. O FPM é a principal fonte de receita para grande parte dos municípios brasileiros. O repasse é previsto na Constituição e equivale a uma parcela da arrecadação de tributos federais. Cidades do Vale do Taquari, RS, vão precisar ser reconstruídas em outros lugares mais altos Socorro à indústria A medida foi apresentada no início de uma reunião entre ministros e prefeitos de cidades do Rio Grande do Sul. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do início da reunião virtual. Para a semana que vem, o governo prepara uma nova rodada de medidas para o Rio Grande do Sul. Mais cedo, Haddad afirmou a jornalistas que está desenhando um programa de socorro às empresas gaúchas. Sem dar muitos detalhes, ele disse que deve haver uma condição: “permanência no Rio Grande [do Sul]”. “Não vou antecipar, porque o esboço já foi apresentado ao presidente, mas não apresentei a medida. Semana que vem devemos apresentar e acredito que haverá temos de já anunciar na semana que vem”, afirmou o ministro. “Falamos com a federação das indústrias. O sul tem um parque industrial relevante. Temos que cuidar dessa parte também”, explicou Haddad. Nesta sexta, uma comitiva de industriais gaúchos se encontrou com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e apresentou uma lista de pedidos para enfrentamento dos prejuízos provocados pelas enchentes. O vice-presidente Geraldo Alckmin conversa com jornalistas após reunião com comitiva da Fiergs Guilherme Mazui/g1 Os pedidos incluem crédito para as empresas e a flexibilização de regras trabalhistas, em um modelo semelhante ao adotado durante a pandemia de Covid-19. A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) defende também a criação de um Programa Emergencial de Manutenção de Renda e Emprego específico para o estado, que ainda lida com cidades alagadas, pessoas desabrigadas, rodovias bloqueadas e aeroporto fechado. Veja Mais

Mapa do Censo 2022: veja os dados de alfabetização, população, idade, cor e raça, homens e mulheres e saneamento na sua cidade

G1 Economia Mapa do g1 reúne informações do Censo 2022 divulgadas pelo IBGE para todos os municípios do país até o momento. Novos dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram quais as taxas de alfabetização da população em cada um dos municípios do Brasil. No recorte nacional, a pesquisa aponta que, dos 163 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade, 11,4 milhões (7%) não sabem ler e escrever um bilhete simples. Considerando só a região Nordeste, o índice de analfabetismo chega a 14% — o dobro do registrado no país. Veja como o Censo mostrou a desigualdade na educação entre raças, regiões e faixas etárias Consulte, no mapa abaixo, a situação de alfabetização de seu município e outros dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE até o momento (população, idade, divisão entre homens e mulheres, raça e cor e acesso a saneamento): V Outros dados do Censo 2022 As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que: O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais; O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros; 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na história em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo; O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas; Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu. Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos. Após 50 anos, termo favela voltou a ser usado no Censo. O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira. Já A falta de um abastecimento adequado de água atingia 6,2 milhões de brasileiros. Mais da metade dos 203 milhões de brasileiros – 54,8% – mora a até 150 km em linha reta do litoral. Veja Mais

Novo DPVAT: quem tem que pagar e como vai funcionar a volta do seguro automotivo obrigatório

G1 Economia O seguro foi rebatizado para Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). Reservas antigas se esgotaram e pagamentos para vítimas estão suspensos desde novembro. Novo DPVAT será obrigatório para todo dono de veículo Jornal Nacional/ Reprodução O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que determina a volta da cobrança do seguro obrigatório de veículos terrestres, antes conhecido como DPVAT, e agora rebatizado de Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). O pagamento é obrigatório para qualquer proprietário de veículo automotivo, como carros, motos, caminhões e micro-ônibus, por exemplo. Esse seguro será usado para pagar indenizações à vítimas de acidentes de trânsito. O texto, que foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (17), trouxe dois vetos em relação ao que havia sido aprovado pelo Senado Federal no último dia 8. Lula derrubou da lei dois artigos que previam multa e penalidade de infração grave para os motoristas que não pagarem o seguro. Veja, abaixo, mais informações sobre como vai funcionar a volta do DPVAT. O que é o DPVAT/SPVAT? Para que serve o DPVAT/SPVAT? Quem terá que pagar o SPVAT? Qual será o valor pago pelos donos de veículos? Quem pode ser indenizado pelo SPVAT? Qual será a punição para quem não pagar? Por que o DPVAT vai voltar? LEIA TAMBÉM Com mercado de luxo em alta, Brasil tem mais de 90 carros a partir de R$ 500 mil; veja a lista A difícil transição para carros elétricos em uma Europa em ciclo eleitoral ???? O que é o DPVAT? DPVAT é uma sigla para Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres. É um seguro nacional obrigatório, pago por todos os donos de veículos anualmente, como um imposto. Até 2020, a cobrança acontecia em todo início de ano, no mês de janeiro. O valor da contribuição variava de acordo com o tipo de veículo, além de ser corrigido, também, anualmente. O pagamento continuará acontecendo uma vez ao ano, e será obrigatório para os donos de veículos automotores terrestres. ???? Para que serve o DPVAT? O dinheiro arrecadado com a cobrança do seguro é destinado para as vítimas de acidentes de trânsitos, independentemente do tipo de veículo e de quem foi a culpa. Mas o pagamento dos benefícios às vítimas foi suspenso no fim do ano passado pelo esgotamento dos recursos arrecadados com o DPVAT. Agora, serão reformuladas as regras e o governo volta a cobrar o seguro, que passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). ???? Quem terá que pagar o SPVAT? O SPVAT será de contratação obrigatória por todos os veículos automotores de vias terrestres, como carros, motos e caminhões, por exemplo. O texto sancionado pelo presidente Lula destaca que "considera-se automotor o veículo dotado de motor de propulsão que circula em vias terrestres por seus próprios meios e é utilizado para o transporte viário de pessoas e cargas ou para a tração viária de veículos utilizados para esses fins, sujeito a registro e a licenciamento perante os órgãos de trânsito". ???? Qual será o valor pago pelos donos de veículos? O valor do novo seguro só será definido posteriormente pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). No entanto, a lei sancionada já traz algumas pistas do que a população pode esperar. Segundo o texto publicado no DOU, o pagamento do seguro será feito uma vez por ano e seu valor "terá como base de cálculo atuarial o valor global estimado para o pagamento das indenizações e das despesas relativas à operação do seguro". A lei também determina que o pagamento será de abrangência nacional e que os valores podem variar de acordo com o tipo do veículo. Segundo o relator da proposta no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), um estudo do Ministério da Fazenda estima que a tarifa deverá variar entre R$ 50 e R$ 60. Se a proposta virar lei, a cobrança deve voltar a ocorrer em 2025. O texto possibilita que a cobrança do seguro seja feita pelos estados junto ao licenciamento anual ou ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). As unidades federativas que seguirem esse caminho poderão receber até 1% do montante arrecadado anualmente pelo SPVAT. ???? Quem pode ser indenizado pelo SPVAT? O SPVAT tem como objetivo indenizar vítimas de acidentes de trânsito, independentemente de quem foi a culpa ou onde estava (se era pedestre ou motorista). O seguro poderá pagar indenizações a vítimas de acidentes ou seus herdeiros em casos de: morte; e invalidez permanente, total ou parcial. Também poderá reembolsar despesas com: assistência médica, como fisioterapia, medicamentos e equipamentos ortopédicos; serviços funerários; e a reabilitação profissional para vítimas com invalidez parcial. Para solicitar o seguro, a vítima precisa apresentar o pedido com uma prova simples do acidente e do dano causado pelo evento. Em caso de morte, é preciso apresentar certidão da autópsia emitida pelo Instituto Médico Legal (IML), caso não seja comprovado a conexão da morte com o acidente apenas com a certidão de óbito. O valor da indenização ou reembolso será estabelecido pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). O órgão também será responsável por definir os percentuais de cobertura para cada tipo de incapacidade parcial. Apesar de não haver definições sobre valores, o projeto de lei já deixou de fora da cobertura de reembolsos: despesas que forem cobertas por seguros privados; que não apresentarem especificação individual do valor do serviço médico e/ou do prestador de serviço na nota fiscal ou relatório; de pessoas que foram atendidas pelo SUS. ???? Qual será a punição para quem não pagar? O motorista que não fizer o pagamento do SPVAT não poderá fazer o licenciamento e nem circular em via pública com o veículo. Caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) garantir o cumprimento da lei. Antes, o texto previa que o não pagamento do SPVAT resultaria em penalidade no Código de Trânsito Brasileiro, equivalente a uma multa por infração grave, hoje de R$ 195,23. Mas, o presidente Lula vetou o trecho. ???? Por que o DPVAT vai voltar? A cobrança do seguro, que é pago por todos os proprietários de veículos, foi suspensa no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020. Desde então, a Caixa Econômica Federal ficou responsável por administrar os recursos que já haviam sido arrecadados. Segundo o governo, o dinheiro disponível foi suficiente para pagar os pedidos de seguro das vítimas de acidentes de trânsito até novembro do ano passado. De lá para cá, os pagamentos foram suspensos. A nova regulamentação possibilitará tanto a volta da cobrança quanto a dos pagamentos do seguro. Veja Mais

Temporais alagam vinhedos na Serra Gaúcha, e produtor diz: 'Nem imagino o tamanho do estrago'

G1 Economia Local é polo de produção de vinhos e destino importante para turistas. Mercado vinícola tem desafios logísticos à frente, com o fechamento do aeroporto de Porto Alegre e com os danos em estradas do entorno, impactadas pelos deslizamentos de terra. Água acumulada em parreiras de Bento Gonçalves (RS) Fábio Tito/g1 Desde criança, Flávio Rotava, de 51 anos, ajuda o pai, Alfeo, de 80 anos, a produzir vinhos em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. A tristeza resume o sentimento ao ver como suas parreiras foram atingidas pelas fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. O impacto no cultivo de uvas é certo: a estimativa aponta perdas de 20% a 30% na próxima colheita. Foram 250 hectares danificados pelo que Flavio chamou de avalanches. "A perda vai ser grande", diz. "É praticamente uma área que vai ficar imprópria para o cultivo de videiras e vai ser praticamente extinta para trabalho", conta Rotava. Segundo ele, a produção anual é de 100 mil garrafas Rotava, marca que leva o nome da família. Dados preliminares da Emater/RS-ASCAR, instituição de assistência técnica a produtores, dão conta de que os alagamentos na Serra Gaúcha destruíram ao menos 500 hectares de vinhedos. O número pode crescer, conforme produtores reportem suas perdas à entidade. Mas os danos podem chegar a algo perto de 2% dos cerca de 44 mil hectares ativos no estado. A situação dos produtores do estado só não é pior porque a colheita da safra de 2024 foi realizada entre dezembro e março. As uvas já estão em processo de vinificação, para que os vinhos do ano sejam engarrafados ou postos para amadurecer. Entre o fim do outono e o inverno, os vinhedos passam por um período de dormência. Somente em agosto as videiras começam a recuperar a parte vegetativa, para que a frutificação da próxima safra se reinicie, por volta de novembro. "A produção de suco e de vinho não está abalada do ponto de vista de estoque. [...] Mas há famílias que perderam tudo, e estamos nos preparando para estimulá-los a tocar o negócio à frente", afirma Luís Bohn, gerente técnico da Emater/RS. Além de restabelecer os produtores, o mercado de vinhos brasileiros terá de lidar com a recuperação das estradas para escoamento da produção. Segundo o Ministério dos Transportes, há pelo menos 62 trechos de estradas e pontes que precisarão ser reconstruídos no RS, a um custo estimado em R$ 1,2 bilhão para início de reparos. Por fim, foi suspensa a chegada de visitantes para o enoturismo em uma das regiões preferidas para quem quer conhecer a produção de vinhos brasileiros. Em 2023, o segmento movimentou R$ 3 milhões — R$ 1,7 milhão só em Bento Gonçalves (saiba mais abaixo). Hora de se reerguer Flávio Rotava, produtor de vinho Fábio Tito/g1 Quem sofre com os prejuízos tenta agora se reerguer em meio aos trabalhos de buscas pelos desaparecidos. Rotava é vizinho e cresceu junto de Artemio Cobalchi e Ivonete, casal de idosos morto em deslizamento no começo de maio. Uma das filhas dos dois, Natalia, está desaparecida, enquanto a outra, Marina, busca o corpo da irmã. "É difícil, mas tem que ter os pés no chão, cabeça olhando para o ar, para ir em frente e seguir. Agora é o momento de começar a construir, resgatar as pessoas que estão ainda como nós, mas que não estão mais conosco. Tentar resgatar, se unir todo mundo com uma missão, ajudar... Se ajudar para seguir", lamenta Rotava, que faz um apelo a quem quiser ajudar. "O Rio Grande do Sul só vai se erguer depois dessa tragédia se tiver a ajuda do país inteiro, com ações de adquirir produtos gaúchos para manter os empregos, para manter as transportadoras, para poder fazer a economia girar de novo", diz. Nesta semana, produtores e revendedores do Rio Grande do Sul lançaram campanhas pulverizadas para incentivar a compra de vinho gaúcho — seja em benefício do próprio setor, seja para ajudar regiões afetadas pelas cheias. A campanha Solidariza RS, por exemplo, fechou parceria com 18 grandes vinícolas do Sul que disponibilizaram 2 mil garrafas que tiveram a receita destinada para instituições que estão auxiliando as regiões mais afetadas pelas enchentes. A ação arrecadou R$ 200 mil. Outras, como a campanha #CompreVinhoGaúcho, da Brasil de Vinhos, pede que os consumidores deem uma chance ao vinho do estado, tanto para que os produtores aumentem o faturamento, quanto para que o consumidor conheça mais rótulos da região. Mapa mostra a região de Bento Gonçalves Arte g1 'Malemá saímos com a roupa do corpo' Com as águas que não baixam e risco de novos deslizamentos, há produtores que nem conseguiram estimar as perdas. Inácio Salton, de 63 anos, cultiva uvas para a produção de vinhos na comunidade de Santo Antônio da Paulina, em Bento Gonçalves. Apesar de ter o sobrenome de uma famosa marca da região, ele fornece uvas para a Aurora. Salton precisou abandonar o local e alugar uma casa à beira da estrada que liga o distrito de Faria Lemos à estrada RS-431. Segundo ele, a Aurora está oferecendo ajuda em grupos que reúnem produtores, que precisam informar os impactos em suas plantações. As terras de Salton estão alagadas, e ele já prevê impacto nas uvas, porque a água em excesso piora a qualidade da fruta que será colhida por volta de setembro. "Nem fui embaixo das parreiras ainda, nem sabemos o que aconteceu. Nem imagino o tamanho do estrago", conta ao g1. A família, de sete pessoas, deixou a casa às pressas e se abrigou com ajuda de amigos. Inácio Salton, 63 anos, conta que trabalha com uvas desde sempre Fábio Tito/g1 "Malemá saímos com a roupa do corpo, mas está tudo tranquilo. Todos estão bem e salvos", afirmou, sem saber quanto pagará de aluguel na casa cedida. "Falaram para a gente vir e depois conversávamos de dinheiro. Vamos ficar uns 15, 20 dias e depois vemos." "Como vou falar o quanto fomos atingidos se nem consegui entrar na terra?" diz. Sua torcida é para ter sol e, nesse cenário, dos dias seriam o suficiente para a água deixar o solo e poder calcular mais precisamente o tamanho do prejuízo. Retomada gradual Segundo o Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), o Complexo Econômico da Uva e Derivados representa cerca de 2% do PIB do estado do Rio Grande do Sul, com atividade vinda de 550 vinícolas e cooperativas. Uma reunião do Consevitis-RS aconteceu nesta terça-feira (13), para que vinícolas afetadas compartilhassem os impactos das chuvas e pensassem em ações integradas para ajudar a recuperação. Como mostrou o g1 neste fim de semana, os efeitos na economia do Rio Grande do Sul ainda são calculados com dificuldade em meio à tragédia. Além de um panorama mais claro sobre o mercado, os produtores se preocupam com o escoamento do vinho já pronto para o comércio e com o turismo na região. "A maior parte das empresas está operando normalmente, mas há um impacto muito grande nas vendas no mercado local e no turismo. Essa retomada vai ser lenta e gradual", afirma Daniel Panizzi, presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra). Panizzi diz há uma limitação de distribuição dos produtos por Porto Alegre, com a interdição completa do Aeroporto Salgado Filho. A alternativa tem sido o envio pelo aeroporto de Caxias do Sul. Por terra, as transportadoras têm procurado rotas alternativas, em virtude das interdições. "É um cenário preocupante para restaurantes e hotéis que dependem da cadeia do vinho. Precisamos de força para recuperar a infraestrutura que foi gravemente afetada pelas enchentes e pelas chuvas", diz. Restaurante fechado e funcionários em férias coletivas Bruna Cristofoli em frente a parreira e ao restaurante da família Arquivo pessoal A família de Bruna Cristofoli tem uma vinícola, um vinhedo de uvas finas e um restaurante em Faria Lemos, que fica no limite dos bloqueios por conta dos deslizamentos de terra. Por conta da tragédia no estado, os funcionários estão em casa. "Tínhamos uma receita significativa vinda do enoturismo, que está comprometido. Nosso restaurante atende 99% pessoas da Grande Porto Alegre e foro do estado. A gente deu férias coletivas para os colaboradores porque não temos histórico de atender pessoas da região", diz ela. Os prejuízos são de 100% da receita do restaurante, que não recebe turistas, e de 40% no faturamento das vendas de vinho no varejo. "Estamos com a loja fechada, as pessoas têm medo de chegar até aqui, e o aeroporto está fechado. Está um clima de muita insegurança para andar nas rodovias, a chuva que não para", diz Bruna, que repete o apelo no Flávio Rotava. "O nosso pedido é só um: compre vinho gaúcho e quando a situação acalmar, voltem a viajar para o Rio Grande do Sul." Resgate de desaparecidos soterrados em Bento Gonçalves, no RS Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.725: prêmio acumula e vai a R$ 30 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 02 -10 - 32 - 33 - 38 - 47. Quina teve 41 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 54.241,82. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O O sorteio do concurso 2.725 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (16), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 30 milhões. Veja os números sorteados: 02 -10 - 32 - 33 - 38 - 47 5 acertos - 41 apostas ganhadoras: R$ 54.241,82 4 acertos - 3.204 apostas ganhadoras: R$ 991,57 O próximo sorteio da Mega será no sábado (18). Mega-Sena, concurso 2.725 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Sem considerar enchentes no RS, governo eleva para 2,5% estimativa de crescimento do PIB em 2024

G1 Economia Fazenda informou que 'magnitude' do impacto das enchentes no estado no PIB depende de eventos futuros. Secretaria de Política Econômica também elevou estimativa de inflação para este ano, a 3,7%. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda aumentou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024: de 2,2%, em março deste ano, para 2,5% nesta quinta-feira (16). Também foi elevada a estimativa para a inflação deste ano, de 3,5% para 3,7%. O cálculo, no entanto, não considerou o impacto financeiro da tragédia causada pelas enchentes e inundações no Rio Grande do Sul. Segundo a Fazenda, essa medição depende de eventos futuros (veja mais abaixo). Projeção do PIB O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 4 de junho. Em 2023, dados oficiais do IBGE mostram que o PIB registrou um crescimento de 2,9% na comparação com o ano anterior. Ao projetar uma alta de 2,5% neste ano, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira. A estimativa do governo federal segue acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 2,09% para este ano. A expectativa foi coletada pelo Banco Central no boletim Focus, que ouviu mais de 100 bancos na última semana. Já o Banco Central estima um crescimento da economia da ordem de 1,9% em 2024. A projeção foi divulgada em março deste ano por meio do relatório de inflação. Para 2025, o Ministério da Fazenda também manteve a expectativa de crescimento do PIB brasileiro, que permaneceu em 2,8%. Com isso, o governo espera aceleração da atividade econômica no ano que vem. O mercado financeiro, por sua vez, projeta uma expansão da economia de 2% no ano que vem. Rio Grande do Sul O Ministério da Fazenda informou que, em suas estimativas para o crescimento do PIB, não estão considerados os impactos da calamidade no Rio Grande do Sul na atividade econômica. "A magnitude do impacto depende da ocorrência de novos eventos climáticos, de transbordamentos desses impactos para estados próximos e do efeito de programas de auxílio fiscal e de crédito nas cidades atingidas pelas chuvas", informou o governo. Segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o PIB do Rio Grande do Sul, com peso aproximado de 6,5% no PIB brasileiro, "deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, parcialmente compensadas ao longo dos trimestres posteriores". "Atividades ligadas à agropecuária e indústria de transformação deverão ser as mais afetadas a nível nacional, por serem mais representativas no PIB do estado que no PIB brasileiro", acrescentou. Inflação Entenda como a inflação é calculada O Ministério da Fazenda também piorou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Em março, o governo tinha estimado que a inflação atingiria 3,50% neste ano, valor que subiu para 3,70% no documento divulgado hoje. "O aumento nas estimativas para a inflação captura tanto os efeitos da depreciação cambial recente nos preços livres como os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul na oferta e nos preços de produtos in natura, arroz, carnes e aves", informou a área econômica. Segundo o Ministério da Fazenda, os preços desses alimentos "devem subir de maneira mais pronunciada nos próximos dois meses, mas parcela relevante desse aumento deve ser devolvida nos meses seguintes, com a normalização da oferta". A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. O mercado financeiro estimou, na semana passada, que o IPCA somará 3,76% em 2024. Para 2025, a equipe econômica espera uma inflação de 3,20%, com alta em relação à estimativa anterior, divulgada em março deste ano, de 3,10%. A meta central de inflação definida para 2025 é 3%, podendo ser cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. O principal instrumento do Banco Central para conter a inflação é a taxa básica de juros, atualmente em 10,5% ao ano após sete quedas consecutivas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, o BC pode baixar os juros. Caso contrário, opta por manter a taxa ou até mesmo elevá-la. Veja Mais

Chuvas no RS: birôs de crédito suspendem negativação de dívidas em todo o estado

G1 Economia Medida vale por 60 dias, a partir do dia 1º de maio. A associação não descarta uma prorrogação, caso necessário. A Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC) informou nesta quinta-feira (16) que as empresas associadas vão suspender os pedidos de negativação de pessoas físicas e jurídicas no estado do Rio Grande do Sul, em virtude das enchentes no estado. A medida vale por 60 dias, a partir do dia 1º de maio. A associação não descarta uma prorrogação, caso necessário. Os birôs de crédito participantes são: Equifax | Boa Vista; Quod; Serasa Experian; SPC Brasil. "O setor postergará a inclusão de dívidas que já estejam em processo de comunicação no banco de dados e cancelará a exibição de apontamentos inscritos após a decretação da calamidade pública", informa a ANBC. Com as medidas, a informação de inadimplência estará indisponível para consulta ou utilização até o fim do prazo. A ideia é proporcionar o tempo adequado para as renegociações entre os credores e os consumidores de crédito. “A ideia é que, com essa suspensão, credores, consumidores e empresas sejam capazes de conversar e renegociar seus créditos de forma responsável para que a economia e o bem-estar social possam se restabelecer de forma sustentável no estado”, afirma em nota Elias Sfeir, presidente da ANBC. Anteriormente, em abril de 2020, frente às consequências econômicas da pandemia, o setor de birôs de crédito ampliou o prazo de negativação de consumidores e empresas. A ação teve impacto positivo, ao trazer estabilidade ao processo de crédito e estimular a negociação entre credor e devedor durante a crise de saúde. Governo antecipa benefícios Lula volta ao Rio Grande do Sul para anunciar ajuda e ministério extraordinário Na quarta-feira (15), o governo anunciou uma série de medidas para famílias afetadas pela chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. Também foi criada uma secretaria extraordinária, com status de ministério, para coordenar a reconstrução do estado, sob comando do ministro Paulo Pimenta. Entre as medidas, estão um auxílio de R$ 5,1 mil para compra de móveis e eletrodomésticos, além de saque de até R$ 6,2 mil do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e inclusão de 21 mil famílias no Bolsa Família. Veja abaixo: Auxílio Reconstrução de R$ 5,1 mil: Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o dinheiro será transferido pela Caixa Econômica Federal via Pix para a compra de móveis e eletrodomésticos. Costa afirmou que a confirmação do direito ao benefício será feita por meio do endereço, se o local foi afetado pela chuva. De acordo com o ministro, os interessados devem manifestar o interesse no benefício e a checagem do endereço será feita pelas autoridades. A expectativa do governo é conceder o valor a 200 mil famílias. O montante destinado à medida é de R$ 1,2 bilhão. Saque do FGTS: O governo anunciou que moradores dos locais atingidos, em que houve declaração de estado de calamidade ou emergência, poderão fazer um saque de até R$ 6.220 do FGTS. O ministro Rui Costa informou que também foi derrubada a obrigatoriedade de intervalo de 1 ano entre os saques. Isso porque famílias da região do Vale do Taquari, por exemplo, foram afetadas pelas chuvas há poucos meses e, com a regra, ficariam impedidas de fazer uma nova retirada. Antecipação e ampliação do Bolsa Família: O governo anunciou que vai pagar, em 17 de maio, o Bolsa Família para os atingidos pela tragédia no estado. Antes, o pagamento estava previsto para ocorrer entre 17 e 31 de maio. Além disso, mais 21 mil famílias que preenchem os requisitos do programa no Rio Grande do Sul entrarão na folha de pagamento de junho, segundo o governo. O Ministério do Desenvolvimento Social afirma que seguirá identificando outras famílias que cumpram os requisitos. Antecipação do abono salarial: O governo vai antecipar para maio o pagamento do abono salarial 2024 para trabalhadores que tenham direito ao benefício, de até um salário mínimo. Geralmente, o valor é liberado ao longo do ano, de acordo com a data de nascimento do beneficiário. Para ter direito à antecipação, é preciso que o estabelecimento empregador do trabalhador esteja nos municípios com reconhecimento federal de calamidade ou emergência. Liberação de duas parcelas adicionais do Seguro-Desemprego: Segundo o governo, as duas parcelas extras serão disponibilizadas para desempregados que já estavam recebendo o benefício na data do reconhecimento federal de calamidade pública. Antecipação da restituição do Imposto de Renda: Segundo o governo, os moradores do Rio Grande do Sul vão receber a restituição do Imposto de Renda em 31 de maio, no primeiro lote de pagamentos. A estimativa é que a liberação atinja R$ 1,1 bilhão. Moradia: O governo afirmou que vai comprar casas nas regiões atingidas para dar às famílias que perderam suas residências. "O presidente Lula está garantindo que as casas que foram perdidas na enchente, aquelas que se encaixam dentro do perfil do Minha Casa Minha Vida 1, Minha Casa Minha Vida 2, dentro do mesmo padrão de renda, 100% destas famílias terão suas casas garantidas de volta pelo governo federal", afirmou o ministro Rui Costa. Segundo o ministro, o governo pretende comprar imóveis usados e em construção para entregar às famílias, além de propriedades que iriam a leilão. Também pretende aproveitar propostas não utilizadas no programa Minha Casa, Minha Vida, além de fazer novas seleções na iniciativa. Financiamento habitacional: O governo anunciou a suspensão, por seis meses, das parcelas mensais de residências adquiridas pelo programa Minha Casa, Minha Vida ou financiadas por meio do FGTS. Também disse que vai aumentar, de 6 para 12 meses, o prazo para uso do FGTS com fim de pagar parcelas atrasadas. Veja Mais

A medida de Biden contra os veículos elétricos chineses que intensifica guerra comercial

G1 Economia Na terça-feira (14), o governo de Biden anunciou a imposição de tarifas elevadas sobre a importação de vários produtos chineses Os veículos elétricos chineses estão rapidamente ganhando participação de mercado na União Europeia. Getty Images via BBC Esta é a mais recente batalha na guerra comercial entre Estados Unidos e China nos últimos anos. O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira um substancial aumento nas tarifas sobre carros elétricos, painéis solares, aço e outros produtos de fabricação chinesa. A Casa Branca disse que as medidas, que incluem um imposto de 100% sobre carros elétricos provenientes da China, eram uma resposta a políticas comerciais injustas e tinham como objetivo proteger os empregos americanos. A China já criticou os planos, que foram anunciados antecipadamente. LEIA TAMBÉM A difícil transição para carros elétricos em uma Europa em ciclo eleitoral Recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Stellantis explica como serão aplicados os R$ 30 bilhões em investimentos no país Os analistas disseram que as tarifas eram em grande parte simbólicas e visavam ajudar na reeleição em um ano eleitoral difícil. As medidas chegam precedidas por meses de duras críticas do ex-presidente Donald Trump, o virtual concorrente de Biden na corrida pela Casa Branca, que afirmou que o apoio de seu rival aos carros elétricos "mataria" a indústria automobilística americana. As tarifas anunciadas nesta terça-feira afetarão importações no valor estimado de US$ 18 bilhões, segundo a Casa Branca. Além de um aumento de 25% para 100% nos impostos de importação de veículos elétricos, as tarifas sobre os painéis solares aumentarão de 25% para 50%. As taxas sobre certos produtos de aço e alumínio triplicarão para 25%, em comparação com os atuais 7,5% ou menos. 'Comércio desleal' O governo de Joe Biden afirma que as tarifas visam objetivos específicos para proteger a economia dos EUA. Getty Images via BBC As medidas anunciadas pela Casa Branca se somam às tarifas que os Estados Unidos impuseram aos produtos chineses durante o governo Trump, citando práticas comerciais desleais. Durante a revisão das medidas pela administração Biden, o governo recebeu quase 1.500 comentários, a grande maioria de proprietários de empresas que argumentavam que as tarifas estavam aumentando os preços para os americanos comuns e pediam sua eliminação. A decisão de Biden de manter as tarifas em vigor e expandi-las para novas áreas - apesar da inflação persistente nos Estados Unidos ter afetado suas taxas de aprovação - é uma indicação da mudança dramática nas posturas sobre comércio tanto dos democratas quanto dos republicanos nos Estados Unidos, que há muito tempo defendiam os benefícios do comércio global. Wendy Cutler, ex-funcionária de comércio dos Estados Unidos e agora vice-presidente do Asia Society Policy Institute, disse que acredita que os americanos estão dispostos a aceitar carros com preços mais altos em troca de ajudar a proteger as empresas e os empregos americanos. "Já vimos esse filme antes: com energia solar, com aço e [alumínio], e quando se tratam de carros e outros produtos, os Estados Unidos precisam se antecipar", disse. "Trata-se de fazer concessões e talvez a curto prazo os carros fiquem mais caros, mas a longo prazo queremos ter uma indústria competitiva aqui", apontou. Em uma reunião com jornalistas, funcionários da Casa Branca negaram que a política interna dos Estados Unidos tenha influenciado na decisão. Disseram que as medidas são uma resposta às práticas comerciais de Pequim que prejudicam os Estados Unidos, por exemplo, ao forçar empresas ocidentais que operam na China a compartilhar informações, para depois se apropriarem desse conhecimento. Também afirmaram que as medidas visavam objetivos específicos e não esperavam que inflação aumentasse, contrastando seu enfoque com o de Trump. O ex-presidente, que em algum momento se autodenominou um "homem das tarifas", fez campanha com uma proposta de aumento geral de 10% nas tarifas sobre as importações, que subiria para 60% para produtos provenientes da China. Também atacou Biden por promover veículos elétricos, medida que, segundo ele, destruirá as empresas automobilísticas americanas, empregadores-chave em estados como Michigan, que serão campos de batalha importantes nas eleições de novembro. Um olhar sobre as novas tarifas: Semicondutores: de 25% para 50% até 2025 Certos produtos de aço e alumínio: de 7,5% para 25% até 2024 Veículos elétricos: de 25% para 100% até 2024 Baterias de lítio e minerais críticos: de 7,5% para 25% até 2024 Painéis solares: de 25% para 50% até 2024 Guindastes de barco a terra: de 0% para 25% até 2024 Luvas médicas e cirúrgicas de borracha: de 7,5% para 25% até 2026 Aguardando a Europa A acessibilidade de seus preços torna os carros elétricos chineses altamente competitivos. Getty Images via BBC Os Estados Unidos já estão impondo altas tarifas sobre os veículos elétricos fabricados na China, o que resultou em vendas insignificantes desses automóveis. No entanto, Washington tem observado com cautela o aumento das vendas das empresas chinesas na Europa e em outros países. Autoridades da Casa Branca afirmaram que garantir que as tecnologias verdes não sejam dominadas por um único país é fundamental para uma transição energética bem-sucedida e sustentável a longo prazo. Embora as medidas direcionadas aos veículos elétricos provavelmente tenham um efeito prático mínimo, o mundo empresarial está aguardando para ver se a Europa tomará medidas semelhantes, disse Natasha Ebtehadj, da Artemis Investment Management. A União Europeia e o Reino Unido estão debatendo medidas para conter as importações de carros elétricos fabricados na China, mesmo que isso possa desacelerar sua adoção. "Não é realmente uma surpresa para os investidores ou para as empresas chinesas, especialmente no período anterior a uma eleição em que ambos os candidatos não são realmente favoráveis à China", disse Ebtehadj. "Dado o volume relativamente pequeno de importações para os EUA, talvez seja mais interessante ver o que acontecerá a seguir na Europa", acrescentou. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br Os Estados Unidos e a China estão envolvidos em uma guerra comercial desde 2018, quando Trump impôs tarifas sobre cerca de dois terços dos bens importados da China, no valor estimado de US$ 360 bilhões na época. Essas medidas provocaram retaliações de Pequim, um conflito que terminou em um alívio no início de 2020, quando Trump reduziu as taxas de alguns impostos, enquanto a China se comprometeu a aumentar suas compras dos Estados Unidos. No entanto, essas promessas não foram suficientes, e desde então as tarifas resultaram em mais de US$ 200 bilhões em novos impostos de fronteira para o governo dos EUA, além de causar uma significativa reorganização nos padrões do comércio global. Grande parte desse montante foi sustentada pelos americanos comuns, na forma de preços mais altos para móveis, calçados e outros bens. No entanto, a Oxford Economics descreveu as últimas medidas como "mais um rosnado simbólico do que uma mordida". A empresa afirmou que provavelmente aumentariam a inflação em apenas 0,01 ponto percentual, ao mesmo tempo em que afetariam o crescimento de forma semelhante. Veja Mais

Governo eleva proposta de reajuste a professores para até 31%; categoria ainda vai discutir

G1 Economia Ministério da Gestão apresentou elevação em faixas entre 13,3% e 31% nos salários da categoria. Discussão no sindicato e em assembleias deve ocorrer nos próximos dias. O governo federal apresentou uma nova proposta de reajuste salarial para professores de universidades e institutos federais. O aumento poderá chegar a 31% até 2026. Os valores foram detalhados em reunião entre o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e o Ministério da Gestão nesta quarta-feira (15). Ministro da Educação fala sobre negociação para fim da greve das federais O comando nacional de greve do sindicato ainda vai discutir a proposta internamente. Portanto, ainda não há previsão de uma resposta ao governo. A oferta feita aos docentes é superior ao que foi apresentado na negociação de abril, quando o governo prometeu um reajuste para a categoria que variaria entre 12,8% e 16,1% até 2026, a depender do cargo ocupado pelo servidor. Dessa vez, a proposta prevê uma variação entre 13,3% e 31%, “uma boa proposta para os trabalhadores e trabalhadoras da educação”, segundo o secretário de relações de trabalho do Ministério da Gestão, Jose Lopez Feijóo. Grevistas trancaram portão da UFPA em ato. Reprodução/Redes Sociais O comando nacional de greve do ANDES-SN informou que ainda vai debater o assunto e vai preparar as orientações a serem encaminhadas às seções sindicais. “A rodada de assembleias para discussão da proposta deve acontecer nos próximos dias”, declarou em nota. “Se nós considerarmos o reajuste que foi concedido a todos os servidores e servidoras públicos federais no ano de 2023, de 9%, significa que o reajuste proposto agora para os docentes acumulará no período dos quatro anos, do mandato do governo Lula, um reajuste que vai variar entre 23% a 43%. Portanto, não só a recomposição de toda a inflação prevista para este mandato do governo Lula, que é de 15%, mas uma importante recuperação de perdas dos governos passados que sequer recebiam os trabalhadores e trabalhadoras para qualquer tipo de diálogo ou de negociação”, argumentou Feijóo. Reajuste de benefícios Feijóo também lembrou que, para 2024, o governo chegou a um acordo numa negociação ampla com servidores de todas as categorias que elevou os valores de benefícios: o reajuste foi de 52% no auxílio-alimentação dos servidores públicos federais, com o valor passando de R$ 658 para R$ 1 mil a partir de 1º de junho; aumento no auxílio saúde, de R$144,38 para cerca de R$ 215; o auxílio-creche passa de R$ 321 para R$ 484,90. Veja Mais

Prevent Senior deixará de comercializar planos em São Paulo e Rio de Janeiro a partir de 31 de maio

G1 Economia A empresa garante que, antes disso, até o dia 30, os planos continuarão sendo vendidos regularmente. Vista da fachada de hospital da Prevent Senior em São Paulo. RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO A operadora de planos de saúde Prevent Senior anunciou que vai suspender temporariamente a venda de novos planos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A medida é válida a partir do próximo dia 31 e não há previsão para normalização da situação. A empresa garante que, antes disso, até o dia 30, os planos continuarão sendo vendidos regularmente. Segundo a Prevent, a decisão foi tomada em razão da "sobrecarga na demanda por atendimento, ocasionada pelos surtos de várias doenças". Nesse sentido "a medida se faz necessária para preservar a qualidade dos serviços prestados aos mais de 580 mil beneficiários que confiam sua saúde à Prevent Senior", diz a operadora, em nota. LEIA TAMBÉM Plano de saúde alega 'prejuízo' e cancela atendimento a crianças autistas; mães entram na Justiça 'Tenho 90 anos e meu plano de saúde foi cancelado': O que diz a lei sobre rescisão de convênios de idosos Veja Mais

Ações da Petrobras despencam 8% após demissão de Prates; dólar sobe

G1 Economia Na terça-feira, a moeda norte-americana teve uma queda de 0,39%, cotada a R$ 5,1303. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,28%, aos 128.516 pontos. Petrobras despenca neste pregão Jornal Nacional/ Reprodução O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), abriu em baixa nesta quarta-feira (15), puxado principalmente pela forte queda nas ações da Petrobras, que iniciaram o dia despencando cerca de 8%. Pesa sobre os negócios o anúncio de que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da Petrobras, pouco tempo depois das polêmicas sobre a distribuição de dividendos da companhia se acalmarem. Já dólar opera em alta, com investidores ainda monitorando a situação dos juros norte-americanos e continuam repercutindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h15, o dólar subia 0,31%, cotado a R$ 5,1463. Veja mais cotações. Na terça-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,39%, cotada a R$ 5,1303. Com o resultado, acumulou: recuo de 0,52% na semana; perdas de 1,20% no mês; ganho de 5,72% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,71%, aos 127.608 pontos. As ações da Petrobras despencavam 8,17%. Na terça-feira, o índice teve uma alta de 0,28%, aos 128.516 pontos. Com o resultado, acumulou: ganhos de 0,72% na semana; avanço de 2,06% no mês; perdas de 4,23% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Petrobras O grande destaque deste pregão fica com a Petrobras, após a companhia informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência na noite desta terça-feira. Segundo fontes, o presidente Lula decidiu pela demissão de Prates já há algum tempo após uma sequência de desentendimentos com o governo, principalmente por conta da pol.mica da distribuição de dividendos extras pela petroleira. O agora ex-presidente da Petrobras não se entendia com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia muito tempo. De acordo com o blog da Andréia Sadi, Prates citou "intrigas palacianas' após ser demitido. O argumento usado é o de que Jean Paul não estaria entregando resultados da Petrobras na velocidade em que o governo esperava. Ao blog, Jean disse que respeita a decisão, mas afirmou que não pode deixar de dizer que presidente foi levado a adotar a medida por uma intriga palaciana. Frederico Nobre, chefe de análises da Warren Investimentos, comenta que o mercado foi pego de surpresa com a notícia, já que os conflitos de Prates com o governo pareciam ter ficado no passado. Para o analista, a notícia é negativa, principalmente porque a possível substituta, Magda Chambriard, é uma executiva com um "viés ideológico mais próximo do desenvolvimentismo". "Eu avalio como bastante negativa primeiro porque traz uma falta de credibilidade, insegurança. Eu acho que é desnecessário porque o Jean Paul Prates estava fazendo um trabalho bem razoável, era um cara bem ponderado que vem do setor, que conhece o setor, que conhece a empresa. É um cara que fazia uma gestão bem tranquila e tinha um diálogo com o mercado e também com representantes do governo", pontua. O chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares, tem um ponto de vista diferente. Para ele, a indicação de Magda não é negativa, tendo em vista que ela é uma profissional com uma "parte técnica muito boa" e de uma "carreira bem sucedida", sendo a indicação "bastante adequada". "A gente acredita que a notícia (da demissão) é ruim, mas não muito ruim. Então o papel deve cair, mas sem tanto pessimismo", afirma Soares. O que mais está mexendo com os mercados? Além disso, os juros locais e internacionais seguem na mira dos investidores nesta semana. Por aqui, o mercado continua repercutindo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), divulgada ontem. Na semana passada, o BC decidiu reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), contrariando suas próprias estimativas — em março, o colegiado havia previsto um corte de 0,50 p.p. na reunião deste mês. Segundo o documento, apesar do dissenso entre os membros, o colegiado concluiu que o cenário para a inflação nos próximos anos "se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada". 'Racha' no Copom: veja argumentos dos diretores do BC que queriam corte maior nos juros, mas foram vencidos A divisão dos votos na última reunião do Copom trouxe um aumento das incertezas no mercado ao longo da última semana, em meio a temores sobre como deve se dar a transição de gestões no Banco Central (BC). Após a divulgação do documento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ambas as posições são "técnicas, respeitáveis". "A ata deixou claro que os argumentos de lado a lado eram pertinentes e defensáveis", completou. Ele avaliou ainda que a tensão nos mercados se dissipou com a divulgação do documento. "Tinha mais rumor do que verdade, está tudo tranquilo lá." Já no exterior, o foco mais uma vez ficou com as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell. Em discurso na última terça-feira, o banqueiro central afirmou que espera que a inflação continue a cair ao longo deste ano, embora sua confiança na concretização desse cenário tenha diminuído após uma elevação maior do que o esperado dos preços no primeiro trimestre. Ainda assim, Powell voltou a dizer que é improvável que o BC norte-americano precise voltar a aumentar os juros, reafirmando que a instituição será "paciente" e permitirá que a atual taxa básica tenha todo o seu impacto. Com isso, investidores continuam monitorando os dados de inflação que saem na maior economia do mundo. Na terça-feira, por exemplo, indicador do Departamento de Trabalho norte-americano mostrou que os preços ao produtor dos EUA subiram mais do que o esperado em abril, em meio a fortes altas nos custos de serviços e mercadorias. O índice teve uma alta de 0,5% no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,3% no período. Nos 12 meses até abril, o avanço foi de 2,2%. Agora, a expectativa é pela inflação ao consumidor, que deve sair nesta quarta-feira (15). *Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

Abono salarial PIS-Pasep 2024 terá novo pagamento nesta quarta; veja quem vai receber

G1 Economia Benefício no valor de até um salário-mínimo é concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa; entenda. PIS/Pasep - Saques do abono salarial em agência da Caixa Econômica Federal Agência Brasil O pagamento do abono salarial PIS-Pasep 2024, referente ao ano-base 2022, será feito nesta quarta-feira (15) para os nascidos em maio e junho, além de todos os trabalhadores do Rio Grande do Sul (entenda mais abaixo). Esta será a quarta leva do benefício liberada pelo governo federal neste ano. Em fevereiro, o Ministério do Trabalho fez o pagamento para os nascidos no mês de janeiro. Já em março, foi a vez dos trabalhadores nascidos em fevereiro. No mês passado, receberam os nascidos em março e abril. ?? O abono salarial é um benefício no valor de até um salário-mínimo concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa. No geral, têm direito ao abono funcionários da iniciativa privada (PIS) e servidores públicos (Pasep) que trabalharam durante pelo menos 30 dias no ano-base e receberam até dois salários-mínimos por mês. O banco de recebimento, data e os valores, inclusive de anos anteriores, estão disponíveis para consulta no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e no portal Gov.br. Neste ano, o calendário de pagamento foi unificado: tanto os trabalhadores da iniciativa privada como os servidores públicos vão receber de acordo com o mês de nascimento de cada beneficiário (confira o cronograma abaixo). No Rio Grande do Sul, além do pagamento já programado, serão antecipados os créditos dos benefícios para os nascidos de julho a dezembro, devido à situação de calamidade no estado. O pagamento ocorrerá automaticamente, não sendo necessária manifestação ou solicitação por parte do beneficiário. Para receber, o estabelecimento empregador precisa estar no estado do RS. Ao todo, 24,8 milhões de trabalhadores receberão o abono neste ano, segundo o Ministério do Trabalho, sendo 21,9 milhões da iniciativa privada e 2,9 milhões do serviço público.Veja perguntas e respostas: Quem tem direito ao abono salarial? Quem não tem direito ao abono salarial? Qual é o valor? Como consultar? (passo a passo) Como serão os pagamentos? Canal de dúvidas Calendário de Pagamento Pis-Pasep 2024 (Ano-Base 2022) 1. Quem tem direito ao abono salarial? Os trabalhadores devem atender aos seguintes critérios para ter direito ao benefício: estar cadastrado no programa PIS/Pasep ou no CNIS (data do primeiro emprego) há pelo menos cinco anos; ter trabalhado para empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); ter recebido até 2 salários-mínimos médios (no valor em vigor no ano-base) de remuneração mensal no período trabalhado; ter exercido atividade remunerada durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base da apuração (2022); ter os dados informados pelo empregador (pessoa jurídica ou governo) corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial do ano-base considerado para apuração (2022). 2. Quem não tem direito ao abono salarial? empregado(a) doméstico(a); trabalhadores rurais empregados por pessoa física; trabalhadores urbanos empregados por pessoa física; trabalhadores empregados por pessoa física equiparada a jurídica. 3. Qual é o valor? O valor do abono salarial é proporcional ao tempo de serviço do trabalhador no ano-base em questão. O cálculo corresponde ao valor atual do salário-mínimo dividido por 12 e multiplicado pela quantidade de meses trabalhados no ano-base. Assim, somente quem trabalhou os 12 meses do ano-base recebe o valor total de um salário-mínimo. Neste ano, o benefício irá variar de R$ 118 a R$ 1.412. Veja abaixo os valores conforme a quantidade de meses trabalhados: Valor do Abono Salarial 4. Como consultar? Para fazer a consulta pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, siga o passo a passo: Certifique-se de que o aplicativo esteja atualizado; Acesse o sistema com seu número de CPF e a senha utilizada no portal gov.br; Toque em "Benefícios" e, em seguida, em "Abono Salarial". A tela seguinte irá informar se o trabalhador está ou não habilitado para receber o benefício. Vale lembrar que trabalhadores do setor privado também podem consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem. 5. Como serão os pagamentos? O pagamento do PIS (Programa de Integração Social) aos trabalhadores da iniciativa privada é administrado pela Caixa Econômica Federal. São quatro opções para receber: As pessoas que possuem conta corrente ou poupança na Caixa receberão o abono automaticamente, informou o banco. Também é possível receber os valores por meio da Poupança Social Digital, cuja movimentação é feita pelo aplicativo Caixa Tem. Outra opção é fazer o saque com o cartão social e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e Caixa Aqui. Se o trabalhador não possuir cartão social, o pagamento também pode ser realizado em qualquer agência da Caixa com a apresentação de um documento de identificação. Já o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) é válido para os servidores públicos, e os depósitos são feitos pelo Banco do Brasil. Nesse caso, o pagamento será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária, transferência via TED, via PIX ou presencial nas agências de atendimento, informou o Ministério do Trabalho. 6. Ainda tem dúvidas? Mais informações podem ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158 ou pelo e-mail: trabalho.uf@economia.gov.br (substituindo os dígitos UF pela sigla do estado do trabalhador). Saiba regras do PIS-Pasep: Consulta ao abono salarial PIS-Pasep 2024 é liberada Veja Mais

Novo nome para a Petrobras passa por conversas com Dilma e Mercadante

G1 Economia O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao nome de Magda Chambriard para substituir Jean Paul Prates no comando da Petrobras depois de conversas com a ex-presidente Dilma Rousseff e com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O nome de quem vai comandar a empresa não tinha sido anunciado oficialmente. A reação dos mercados ao anúncio foi ruim, com as ADRs (American Depositary Receipts, ou recibo de ações negociados na Bolsa dos EUA) da empresa nos EUA caindo, e a previsão que as ações da Petrobras caiam na abertura do mercado, nesta quarta-feira (15). Lula já procurava um nome para a Petrobras desde o fim do ano passado, segundo relatos de ministros ao blog. Lula demite Jean Paul Prates, presidente da Petrobras Prates, indicado ao cargo pela bancada do PT no Senado, não tinha proximidade com o presidente. Ele foi se inviabilizando a partir da relação ruim com o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, que já era complicada na época da transição e só piorou. As posições de Prates criaram atritos também com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Em abril, depois de Prates defender que a Petrobras distribuísse metade dos dividendos extraordinários, a situação dele no cargo foi considerada insustentável. Naquele momento, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, havia sido sondado para o cargo. O novo nome, o da ex-diretora geral da ANP, surgiu ao longo das últimas semanas, com as conversas de Lula e a indicação do perfil que ele queria para a posição – o de um aliado do Planalto que tivesse linha direta com o presidente. Exatamente essa visão de que a troca é uma intervenção do governo na empresa aumentou a desconfiança de investidores e já levou à queda dos papéis fora do Brasil. Veja Mais

Aeroporto Salgado Filho só deve reabrir em setembro; Anac suspende venda de passagens de voos com destino ao terminal

G1 Economia Em nota, a Fraport, concessionária que administra o aeroporto, disse que "não procedem as informações sobre uma data de reabertura" e que as operações "seguem suspensas por tempo indeterminado". Ana Flor: A situação é delicada pela importância do aeroporto Salgado Filho para o RS A Aeronáutica confirmou ao blog nesta terça-feira (14) que a Fraport, concessionária que administra o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, deve pedir mais 90 dias de interdição das operações aéreas no terminal internacional. Diante disso, o aeroporto só reabriria em setembro. A Fraport, no entanto, negou a informação. A concessionária publicou nota à imprensa por volta das 20h15 desta terça dizendo que o pedido de interdição só vai até 30 de maio (leia nota na íntegra abaixo) Paralelamente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a suspensão da comercialização de passagens aéreas para voos de origem e destino ao Salgado Filho. A comunicação da Fraport é feita via Notam — um sistema de mensagem que divulga alterações e restrições de aeroportos no país. É por meio dele que a concessionária pede o adiamento da reabertura. A razão para a solicitação segue sendo o alagamento do terminal e da pista. O Aeroporto Salgado Filho foi fechado em 3 de maio, após as chuvas intensas que caíram na região. O Ministério dos Portos e Aeroportos informou que aguarda a baixa da água na pista e no terminal para que a concessionária possa fazer o diagnóstico dos danos, em especial na área de pousos e decolagens. Carga de 3 mil armas é tirada do aeroporto Salgado Filho após risco de roubo ser detectado Suspensão de venda de passagens Segundo a Anac, a suspensão da comercialização de passagens aéreas para voos de origem e destino ao Salgado Filho foi uma medida tomada para "resguarda os interesses dos usuários do transporte aéreo". A previsão da Agência é que essa suspensão se estenda até uma nova avaliação por parte da entidade. "A proibição da comercialização de passagens, que vigorará até nova avaliação pela Agência, abrange todos os canais de comercialização, inclusive sistemas que disponibilizem vendas por terceiros, como agências de viagem e outros intermediários que possam comercializar os bilhetes", diz nota divulgada pela Anac. Por meio de nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que alterações e restrições temporárias são comunicadas por meio de mensagem Notam, pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo. E que há atualmente um pedido de interdição até 30 de maio por razão de alagamento. Mas, até o momento, não ocorreu pedido de ampliação da vigência pela concessionária. Nota da Fraport "A Fraport Brasil esclarece que não procede as informações que circulam na imprensa sobre uma data de reabertura do aeroporto de Porto Alegre e reitera que segue válido até o dia 30/5 o NOTAM (Notice to Airman) emitido no último dia 6/5. A concessionária informa ainda que as operações no Porto Alegre Airport seguem suspensas por tempo indeterminado. No momento, não temos uma estimativa dos danos causados pela enchente. Após as águas baixarem, teremos condições de avaliar em detalhes os impactos na infraestrutura aeroportuária. Vale ressaltar que estamos trabalhando para viabilizar os voos comerciais (para passageiros e cargas), em menor escala, a partir da Base Aérea de Canoas. No momento, a Fraport Brasil recebeu a autorização para operar cinco voos diários." Veja Mais

Lula reúne ministros para fechar novas medidas ao RS, mas adia anúncio de ações para esta quarta

G1 Economia Governo já divulgou liberação de crédito e antecipação de benefícios. Planalto quer anunciar nos próximos dias auxílio de até R$ 5 mil a pessoas atingidas. O presidente Lula durante discurso no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (8) Reprodução/Canal Gov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comandou na manhã desta terça-feira (14) uma reunião com ministros no Palácio do Planalto para definir outro pacote de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul. Inicialmente, havia a previsão de anúncio de novas medidas na tarde desta terça-feira. O compromisso estava, inclusive, na agenda oficial de Lula. Entretanto, a divulgação foi adiada para esta quarta-feira (15). Segundo o Palácio do Planalto, o adiamento foi necessário porque Lula pretende fazer os anúncios juntamente com os presidentes dos outros Poderes da República: o da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); o do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e o do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. Existe a possibilidade de os anúncios serem feitos durante visita de autoridades ao Rio Grande do Sul. Isso ainda está sendo ajustado pelo governo. Conforme a Defesa Civil do estado, 615 mil pessoas estão fora de casa em consequência das enchentes – 77,4 mil estão em abrigos e 538,2 mil em residências de amigos ou parentes. Foram confirmadas mais de 145 mortes até o momento. O Guaíba, que alagou Porto Alegre e cidades da região metropolitana, continua subindo e pode bater o novo recorde histórico, de 5,5 metros de altura. Socorro às vítimas Lula, que realizou uma reunião da equipe ministerial completa na noite de segunda-feira, convocou oito ministros para o encontro desta manhã. Participaram: Rui Costa (Casa Civil) Fernando Haddad (Fazenda) Luiz Marinho (Trabalho) Wellington Dias (Desenvolvimento Social) Waldez Góes (Integração) Jader Filho (Cidades) Alexandre Padilha (Relações Institucionais) Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, entre as ideias em análise estão a inclusão no Bolsa Família de pessoas desabrigadas e que perderam a renda por conta das cheias e o pagamento de um auxílio de R$ 5 mil para cerca de 100 mil famílias. Outras medidas Lula propõe suspender dívida, zerar juros e dar alívio de R$ 11 bi ao RS Desde o início das chuvas e das cheias, há duas semanas, Lula tem feito reuniões e anúncios de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul, como: Decreto de calamidade, aprovado pelo Congresso; Abertura de linhas de crédito para empresas e produtores rurais Antecipação do pagamento de benefícios Liberação de R$ 5 bilhões para ação emergenciais de ministérios Carências no pagamento de financiamentos Envio ao Congresso de projeto que suspende pagamento da dívida do RS com a União por três anos O governo federal liberou recursos emergenciais, para atendimento imediato das vítimas, e também discute um pacote bilionário para reconstruir a infraestrutura gaúcha. O governo do estado estima em, pelo menos, R$ 19 bilhões, esse custo. Veja Mais

EUA aumentam tarifas contra produtos da China; impostos para carros elétricos quadruplicam

G1 Economia Americanos afirmam que a China promove 'riscos inaceitáveis' para a segurança econômica por práticas injustas, que ajudam a inundar os mercados globais com produtos baratos. EUA anunciam aumento de tarifas sobre produtos chineses Os Estados Unidos e a China voltam a se envolver em mais uma guerra comercial. Nesta terça-feira (14), os EUA anunciaram um pacote de aumento de tarifas sobre os produtos chineses ligados à tecnologia, como veículos elétricos, semicondutores, baterias, células solares, aço e alumínio. Os americanos afirmam que a China promove “riscos inaceitáveis” à segurança econômica por conta do que consideram práticas injustas de concorrência, que deixam os produtos chineses mais baratos que a média e roubam fatias dos mercados globais. Veja abaixo as principais mudanças: Veículos elétricos passam de 25% para 100% (4 vezes mais); Semicondutores passam de 25% para 50% (2 vezes mais em 2025); Células solares passam de 25% para 50% (2 vezes mais); Aço e alumínio passam de 0%-7,5% para 25% (mais de 3 vezes mais). A China imediatamente prometeu retaliação. O Ministério do Comércio chinês disse que o país se opõe aos aumentos tarifários dos EUA, e que tomará medidas para defender os seus interesses. As relações de comércio entre EUA e China são deficitárias para os americanos há décadas. No ano passado, os EUA importaram US$ 427 bilhões em bens da China, enquanto exportaram apenas US$ 148 bilhões. Na tentativa de equilibrar a questão, a administração do ex-presidente Donald Trump introduziu tarifas sobre cerca de US$ 300 bilhões vindos da China. Agora, o presidente americano Joe Biden mantém as tarifas impostas por seu antecessor, e aumenta outras. Um conflito comercial poderia aumentar os custos dos produtos envolvidos, prejudicando os objetivos climáticos e de criar empregos na indústria de Biden, que tenta a reeleição. O presidente dos EUA, Joe Biden, faz sinal de positivo enquanto caminha com o presidente chinês, Xi Jinping, na propriedade de Filoli, à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Woodside, Califórnia, EUA, 15 de novembro de 2023. REUTERS/Kevin Lamarque O "tarifaço" de Trump, inclusive, foi alvo de críticas dos democratas no processo eleitoral de 2020. Diziam que a determinação não havia aumentado as exportações americanas, nem impulsionado os empregos industriais americanos. Trump impôs tarifas de 60% ou mais sobre todos os produtos chineses. Agora, a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, disse que as tarifas se justificam porque a China continuava a roubar propriedade intelectual dos EUA, e que as tarifas anteriores foram eficazes na redução das importações de produtos chineses enquanto aumentaram as importações de outros países. Biden tem lutado para convencer os eleitores da eficácia das suas políticas económicas, apesar de um cenário de baixo desemprego e de crescimento económico acima da tendência. Uma pesquisa Reuters/Ipsos do mês passado mostrou que Trump tinha uma vantagem de 7 pontos percentuais sobre Biden na economia. Veja Mais

Desenrola Brasil entra na última semana; saiba como conseguir uma boa renegociação

G1 Economia Desenrola já beneficiou mais de 14,9 milhões de pessoas, negociando cerca de R$ 52,25 bilhões em dívidas, segundo dados do Ministério da Fazenda. Descontos no pagamento das dívidas podem ultrapassar os 90%. Reprodução/TV Anhanguera Depois de uma segunda ampliação do prazo, o programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil, entra em sua última semana. Os consumidores podem renegociar suas dívidas pela plataforma do programa até a próxima segunda-feira (20). Nesta última fase, somente as dívidas de pessoas inseridas na faixa 1 do programa podem ser renegociadas. Essa faixa contempla quem tem renda mensal de até dois salários mínimos ou está inscrito no CadÚnico. Além disso, para ser elegível ao programa, o valor original da dívida não pode ultrapassar R$ 20 mil e deve ter sido negativada somente entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022. As dívidas podem ser bancárias, como as com cartão de crédito ou empréstimo, ou também aquelas geradas em outros setores, como as contas em atraso de energia, água e comércio, por exemplo. Até agora, o Desenrola já beneficiou mais de 14,9 milhões de pessoas, negociando cerca de R$ 52,25 bilhões em dívidas, segundo dados do Ministério da Fazenda. Veja abaixo como conseguir uma boa negociação em três passos. LEIA TAMBÉM ???? PODCAST EDUCAÇÃO FINANCEIRA: Como renegociar dívidas no Desenrola PERGUNTAS E RESPOSTAS: Desenrola Pequenos Negócios começa nesta segunda-feira Governo Federal prorroga para 20 de maio o fim do Programa Desenrola ?? Mapear as dívidas Antes de correr para a renegociação, os especialistas enfatizam que é essencial ter um bom mapeamento das finanças, conhecendo muito bem todas as dívidas que a pessoa ou a família tem. Marcela Gaiato Martins, diretora da Recovery, pontua que o primeiro passo para o endividado é fazer uma "parada estratégica para enxergar todas as dívidas" e responder os seguintes pontos: Quais são as dívidas? Quais são as empresas em que se deve? Quais são as taxas de juros de cada uma das dívidas? A partir daí, é necessário elencar quais são as dívidas mais e menos críticas — ou seja, aquelas que necessitam de uma renegociação de forma mais urgente do que outras. "Se a dívida do cartão está com juros maior do que a dívida do financiamento de veículo, então eu vou priorizar negociar essa primeiro. O primeiro passo é ter clareza de todas as suas dívidas", comenta Marcela. ?? Entender o que cabe no orçamento Com tudo mapeado, o próximo passo é entender quais são os valores que cabem dentro do orçamento pessoal ou familiar. Marcela destaca que o programa oferece descontos expressivos à vista, que às vezes ultrapassam os 90%. Uma dívida de R$ 10 mil, por exemplo, pode sair por R$ 1 mil. Mas se a pessoa não tiver a possibilidade de quitar esse valor de uma vez só, é melhor optar pelo parcelamento do que se endividar de novo para pagar outra dívida. No caso do parcelamento, é necessário olhar para tudo o que entra e tudo o que sai durante o mês para conseguir definir que valor de parcelas cabem no bolso, para que a pessoa possa honrar o compromisso financeiro sem gerar novos endividamentos. Guilherme Casagrande, especialista em educação financeira da Creditas, compartilha do mesmo ponto de vista e complementa que, na ânsia por conseguir resolver o problema das dívidas, é comum que as pessoas não olhem com atenção para o montante que elas realmente podem destinar para o pagamento da dívida mensalmente e, pouco tempo depois de renegociar, acabam ficando negativadas novamente. "A gente precisa ter calma, porque se eu aceito qualquer negociação agora e eu não consigo honrar com isso, provavelmente vou atrasar (o pagamento) de novo", afirma. ?? Consultar todas as opções de renegociação Sabendo quais dívidas serão priorizadas e os valores que pode destinar para esse pagamento, Marcela, da Recovery, destaca que é importante conferir todas as opções de renegociação. Na plataforma do Desenrola, por exemplo, as opções para o pagamento da dívida já aparecem e é necessário avaliar qual delas tem o melhor custo-benefício. Casagrande explica que o custo-benefício, nesse caso, é encontrar a menor parcela com a menor taxa de juros possível. Na prática, isso significa que, na maioria das vezes, quanto menor a parcela, maior é a taxa de juros — e, consequentemente, também é maior o tempo total que a dívida demorará para ser paga e maior o custo efetivo da dívida. Uma dívida com parcelas de R$ 50 por 10 meses, totalizando R$ 500, por exemplo, é maior do que uma dívida com parcelas de R$ 60 por 8 meses, totalizando R$ 480. Nesse sentido, o ideal é encontrar um equilíbrio entre o máximo que se pode pagar com os juros (e tempo) que serão cobrados por isso. Além disso, Marcela também pontua que o cliente pode ser bastante transparente com o banco ou outra instituição financeira a quem está devendo, deixando claro o quanto pode pagar e qual sua atual situação, já que para o banco é mais interessante que a dívida seja paga (mesmo que com desconto) do que não receber nada. ?? Como acessar o Desenrola Para acessar a plataforma do Desenrola para renegociação de dívidas, é necessário tem uma conta gov.br, seja ela no nível ouro, prata ou bronze. Veja como abrir uma conta gov.br Todos os usuários podem visualizar as ofertas de negociação e parcelar o pagamento, se optarem por não pagar à vista. Também é possível acessar as ofertas pelos canais parceiros do governo federal, como o Serasa e as agências dos Correios pelo pais. Os atendimentos, neste caso, são até o dia 28 de março. ???? OUÇA MAIS DICAS NO PODCAST EDUCAÇÃO FINANCEIRA Veja Mais

Petrobras tem lucro de R$ 23,7 bilhões no 1° trimestre, queda de 38%

G1 Economia Conselho da empresa aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre, queda de 37,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta segunda-feira (13). Na comparação com o quarto trimestre, o recuo foi de 23,7%. Com o resultado, a Petrobras aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. (leia mais abaixo) Segundo a petroleira, a queda no lucro foi influenciada, entre outros pontos, pela desvalorização do real frente ao dólar e pelo volume menor de vendas de óleo e derivados. “Quando ocorre a desvalorização cambial, há flutuação no demonstrativo financeiro pela variação do câmbio que reconhecemos por regra contábil. Contudo, isso não afeta o caixa da companhia”, afirmou o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Leite. Diante do cenário, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 60,04 bilhões entre janeiro e março, um recuo de 17,2% frente ao mesmo período de 2023. LEIA TAMBÉM Petrobras atrasa reajustes nos combustíveis, mas não deixa de repassar alta, diz estudo Empresa aprova R$ 94,3 bilhões em dividendos, com pagamento de 50% de extraordinários Por que Petrobras é petroleira que mais paga dividendos para acionistas no mundo? Segundo a empresa, os efeitos tanto da desvalorização cambial quanto da baixa nas vendas foram parcialmente compensados pela redução das despesas operacionais e pelo imposto de renda apurado. Desconsiderando os itens não-recorrentes, o lucro líquido seria semelhante, de R$ 23,9 bilhões, montante abaixo do esperado por analistas, que previam um lucro líquido recorrente de R$ 30,2 bilhões, em média, conforme pesquisa da LSEG. A receita de vendas da petroleira somou R$ 117,72 bilhões no trimestre, queda de 15,4% na comparação anual. A empresa havia reportado no mês passado que sua produção de petróleo no Brasil subiu 4,4% entre janeiro e março ante igual período do ano passado, principalmente devido ao avanço operacional de quatro plataformas que entraram em operação ao longo de 2023. A Petrobras produziu uma média de 2,236 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no primeiro trimestre, versus 2,141 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2023, informou a empresa em seu relatório de produção e vendas. A companhia encerrou o primeiro trimestre com uma dívida bruta de cerca de US$ 61,8 bilhões, uma queda de 1,2% em comparação com o fechamento de 2023 e dentro do intervalo de referência entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões. Dividendos Com o resultado do primeiro trimestre, a empresa também informou que seu Conselho Administrativo aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. O valor é equivalente a R$ 1,04161205 por ação ordinária e preferencial em circulação. Os recursos serão pagos em duas parcelas, divididas da seguinte forma: a primeira, no valor de R$ 0,52080603 por ação ordinária e preferencial em circulação, em 20 de agosto de 2024, sob a forma de juros sobre capital próprio; a segunda, no valor de R$ 0,52080602 por ação ordinária e preferencial em circulação, em 20 de setembro de 2024, sendo R$ 0,44736651 sob a forma de dividendos e R$ 0,07343951 sob a forma de juros sobre capital próprio. Segundo a petroleira, o pagamento é uma antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2024. Acionistas da Petrobras aprovam distribuição de 50% dos dividendos extraordinários Veja Mais

Governo vai dar prioridade ao RS no Bolsa Família e prepara pagamento extra para gaúchos

G1 Economia Ministro Wellington Dias estima que pelo menos 20 mil famílias vão entrar automaticamente no programa. Governo quer que essas pessoas já recebam o Bolsa Família ainda em maio. Carros e estrada na cidade de São Leopoldo (RS) no dia 12 de maio de 2024 Nelson Almeida/AFP O governo federal prepara um pagamento extraordinário para incluir pessoas do Rio Grande do Sul no Bolsa Família ainda em maio. Portanto, famílias que ficaram sem renda após as enchentes no estado não precisarão esperar até junho para receber o dinheiro. O plano foi antecipado à TV Globo e ao g1 pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias. A estimativa preliminar é que, no primeiro grupo de beneficiários, mais de 20 mil famílias sejam atendidas. Esse número deverá subir à medida em que o governo identifique quem passou a depender da assistência social. O pagamento normal do Bolsa Família está programado para dia 17 de maio. Essa é a data para quem já está no programa. No entanto, o governo reconhece a urgência para quem está desabrigado e desalojado no estado, atingido pelas chuvas desde o fim de abril. Tragédia no RS completa duas semanas Por isso, o ministro quer dar prioridade a essas famílias. Equipes da pasta e da rede de assistência social vão trabalhar na procura por quem passou a se enquadrar nos critérios de pobreza e extrema pobreza. “Quem são as pessoas que entraram em vulnerabilidade preenchendo o requisito do Bolsa Família? Pessoas que nunca estiveram no Cadastro Único [que reúne quem se encaixa em programas sociais], pessoas que nunca estiveram no Bolsa Família, viviam de um emprego, viviam de um pequeno negócio e agora a chuva levou”, disse Wellington Dias. Leia também: Famílias no RS poderão suspender financiamentos de imóveis com FGTS por até 6 meses Veja quem poderá ganhar o benefício do governo recebido por PIX SOS RS Governo Lula confirma suspensão da dívida do Rio Grande do Sul por 3 anos; Congresso precisa aprovar Pagar o quanto antes O Ministério ainda não tem uma data para esse pagamento especial às novas famílias gaúchas no programa, mas a equipe trabalha para que seja até o fim do mês. Para se inscrever no Cadastro Único, a família precisa ter renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 706). Atualmente cerca de 95 milhões de pessoas estão nesse grupo, sendo que aproximadamente 55 milhões delas recebem o Bolsa Família, cujo critério de renda é menor: R$ 218 por membro da família. “Nós estamos trabalhando e o objetivo dessa busca ativa é já esta semana apresentar a primeira folha de pagamento especial, uma folha extra, com estas pessoas que estão ali vulneráveis. E o presidente quer que a gente não demore, que possa atender colocando num pagamento extra", explicou o ministro. Segundo Dias, há uma articulação com a Caixa Econômica Federal para tentar realizar os pagamentos extras no dia 17, junto com os pagamentos da folha de pagamentos normal. Veja o que é #FATO ou #FAKE sobre a tragédia no Rio Grande do Sul Medida para quem perdeu documentação Wellington Dias informou ainda que, para quem perdeu a documentação nas enchentes, haverá uma condição especial para conseguir entrar no programa de transferência de renda. “Muita gente perdeu o documento. É verdade. Mas eu já fiz um regramento aqui de que aceitamos a declaração lá da equipe da área social. Então, não é problema perder a identidade, CPF, depois a gente cuida do documento”, afirmou. Nas próximas fases da busca por famílias gaúchas, o número de pessoas que vão entrar automaticamente no programa deverá subir, já que a estimativa de 20 mil beneficiários é apenas inicial. Saiba como doar para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul “Avaliamos que teremos outras etapas de pessoas que entraram no processo de vulnerabilidade. Quando olhamos o número de pessoas que perdeu ali um negócio que tinha, perdeu uma renda que tinha, que agora entrou em vulnerabilidade, é um número que é realmente bem maior”, disse o ministro. Empregos para a reconstrução O governo também prepara um plano para que as pessoas em vulnerabilidade possam se capacitar para ocupar vagas de emprego que serão abertas na fase de reconstrução do Rio Grande do Sul. “Ainda vamos ter um mundo de oportunidades, a reconstrução de rodovias, do sistema de energia, de tudo isso, mas, se eu não qualificar esse público vulnerável, ele fica de fora. Vamos fazer um grande plano de qualificação para o emprego, qualificação para o empreendedorismo, tudo integrado”, declarou o ministro. Veja Mais

Lula assina nesta segunda projeto que posterga por três anos pagamento da dívida do RS; veja texto

G1 Economia Fantástico pega a estrada e mostra os estragos da enchente no interior do Rio Grande do Sul O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina nesta segunda-feira (13) um projeto de lei complementar que será enviado ao Congresso autorizando o adiamento, por três anos, do pagamento da dívida de estados afetados por calamidade publica, caso do Rio Grande do Sul. O blog teve acesso à minuta do texto que será anunciada na tarde desta segunda (veja mais abaixo). Com a proposta, o RS pode ter uma folga orçamentária de quase R$ 11 bilhões exclusivamente para ações de reconstrução, após as enchentes que devastaram a região. Segundo o texto, além de autorizar a postergação do pagamento da dívida, parcial ou totalmente, o governo pode reduzir taxas de juros dos contratos de débitos com a União. É obrigatório que o estado de calamidade pública decorrente de eventos climáticos extremos tenha sido aprovado pelo Congresso Nacional, como já ocorreu com o Rio a grande do Sul. O texto também obriga que os recursos sejam utilizados para recuperação da infraestrutura do estado, contratação de mão de obra temporária para lidar com a reconstrução e outros fins similares. Na semana passada, o governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou um cálculo inicial de, pelo menos, R$ 19 bilhões para reconstruir as estruturas destruídas no estado. A dívida do Rio Grande do Sul com a União é de cerca de R$ 90 bilhões. O pagamento das parcelas mensais chegou a ficar suspenso durante cinco, durante vigência de uma liminar do Supremo Tribunal Federal, mas foi retomado em 2022 após a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal do Estado com a União. Veja trechos do texto: "DA POSTERGAÇÃO DO PAGAMENTO DA DÍVIDA E DA REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS Art. 2° Na ocorrência de eventos climáticos extremos dos quais decorra estado de calamidade pública reconhecido pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 65 da Lei Complementar n° 101, de 2000, em parte ou na integralidade do território nacional, fica a União autorizada a postergar, parcial ou integralmente, os pagamentos devidos, incluídos o principal e o serviço da dívida, das parcelas vincendas com a União dos entes federados afetados pela calamidade pública, e a reduzir a 0% (zero por cento), nos contratos de dívida dos referidos entes com a União a que se refere o § 1°, a taxa de juros de que trata o inciso I do art. 2° da Lei Complementar n° 148, de 25 de novembro de 2014, das referidas parcelas, pelo período de 36 (trinta e seis) meses, nos termos de ato do Poder Executivo federal. § 2° Os valores equivalentes aos montantes postergados em função do disposto no caput, calculados com base nas taxas de juros originais dos contratos ou nas condições financeiras aplicadas em função de regime de recuperação fiscal, deverão ser direcionados integralmente para ações de enfrentamento e mitigação dos danos decorrentes da calamidade pública e de suas consequências sociais e econômicas, por meio de fundo público específico a ser criado no âmbito do ente, relacionadas a: I - obras de refazimento, melhoria ou ampliação da infraestrutura afetada ou voltadas à mitigação dos efeitos do evento gerador do estado de calamidade pública; II - constituição e pagamento de força de trabalho temporária para atuação no enfrentamento dos efeitos decorrentes do efeito da calamidade pública; III - financiamento e subvenções de capital voltados à remoção de famílias e de estruturas produtivas de áreas de riscos, aquisição de material de construção civil, máquinas e equipamentos; e IV - contratação de serviços ou fornecimento de bens necessários ao planejamento, execução e monitoramento das ações necessárias ao enfrentamento dos efeitos da calamidade pública." Veja Mais

Mesada, poupança e conta bancária: pesquisa mostra como pais introduzem os filhos às finanças

G1 Economia Estudo mostra que 70% dos pais só dão dinheiro aos filhos quando necessário. Ensinar a gestão de dinheiro próprio, porém, pode ser benéfico para a educação financeira de jovens. Mesada Freepik O sonho de toda criança é ter uma boa mesada. E uma pesquisa do PicPay, cedida com exclusividade ao g1, mapeou o comportamento dos pais na hora de desembolsar uma quantia para os filhos. 70% disseram dar dinheiro apenas quando necessário; 13% condicionam ao alcance de metas; 12,5% oferecem aos filhos uma renda fixa mensal, a mesada. Em resumo: nove em cada 10 pais costumam dar dinheiro aos filhos. A pesquisa ouviu 1,5 mil pais e mães de menores de idade de todas as regiões do Brasil, entre 18 de março e 3 de abril deste ano. Entre os gêneros, 52% dos entrevistados eram homens e 47%, mulheres. Conforme o levantamento, 70% da mesada que os pais dão para os filhos é mensal. Além disso, 40% dos entrevistados costumam dar R$ 60 ao mês para as crianças. A partir das mesadas, os filhos começam a ter o hábito de poupar dinheiro: 80% dos jovens e adolescentes possuem cofrinho online e 42% têm cofrinho físico. “A mesada tem uma função que vai além do valor monetário em si, uma vez que ela busca proporcionar à criança ou adolescente a oportunidade de gerenciar seu próprio dinheiro, fazer escolhas e aprender sobre finanças. A mesada incentiva hábitos de poupança e responsabilidade financeira desde cedo”, afirma Pedro Romero, diretor de serviços financeiros para pessoa física do PicPay. Alfabetização financeira O levantamento mostrou que a introdução financeira das crianças e adolescentes começa em etapas: primeiro eles têm acesso ao dinheiro físico e, depois, ao digital. 37% dos filhos dos entrevistados ganharam o primeiro cofrinho antes dos 3 anos e a maioria (56%) recebeu até os 7 anos. 39% dos filhos começaram a receber mesada entre 7 a 12 anos. 53% dos adolescentes abriram sua primeira conta em um banco a partir dos 13 anos. Pedro Romero afirma que as cédulas em papel ensinam de forma lúdica as finanças para as crianças, pois elas podem pegá-las e visualizar os valores. No entanto, o especialista alega que é possível introduzir o dinheiro digital nessa fase também. “Os pais podem usar uma abordagem equilibrada, combinando experiências práticas para os pequenos que evoluem para transações digitais e discussões sobre finanças familiares. É fundamental preparar as crianças para o futuro financeiro”, comenta. Já os adolescentes têm mais autonomia e responsabilidades, pois é nessa fase que eles conseguem o primeiro emprego e passam a receber o primeiro salário, por exemplo. Por já estarem inseridos na gestão financeira, é aconselhável que os jovens possuam contas em bancos. Para educar os filhos, Romero informa que os pais precisam seguir uma estratégia que abrange três pontos: alfabetização financeira, comportamento e atitude. “É essencial que os responsáveis comecem a introduzir alguns conceitos financeiros de forma gradual e sem medo. Com o tempo a criança vai ter uma clareza e vocabulário mais amplo. Quanto ao comportamento, é ensinar a importância de priorizar, economizar e gastar de forma consciente”, diz. Como ensinar as crianças O podcast Educação Financeira já fez dois episódios que dão dicas para que os pais ensinem os filhos a lidar bem com o dinheiro. No episódio 161, a professora de economia do Insper Juliana Inhasz diz que as crianças precisam participar das reuniões familiares sobre finanças para que assim possam gerir os seus recursos de acordo com o orçamento da casa. “Ao conversar com as crianças sobre dinheiro elas vão se sentir cada vez mais parte da rotina familiar. Os pequenos vão pensar que eles também podem ajudar a diminuir as contas da casa, por exemplo", declara. Já no episódio 266, Jean Melo, sócio da empresa AGF, explica como ensina seu filho mais velho a criar hábitos financeiramente saudáveis, a partir de pequenos investimentos e do ato de poupar dinheiro. "As crianças têm o tempo a favor delas. E a gente como pais temos a missão de aproveitar essa variável. Então se a criança começa muito cedo a investir, mesmo sendo com pouco — com R$5 ou R$10 —, o importante é você enraizar esse hábito de investimento. É importante para o futuro dela", afirma. Digitalização Sobre os métodos de pagamento, a pesquisa do PicPay mostra que existem pais que preferem formas mais tradicionais para darem dinheiro aos filhos: 48% optam pelas cédulas e 42% das crianças e adolescentes possuem cofrinho físico. Por outro lado, o levantamento apontou uma mudança nesse comportamento: 47% dos pais usam transferências, como o PIX, ou o cartão para dar mesada. Quase metade (44%) das crianças e adolescentes possuem conta para realizarem transferências financeiras, 43% são cadastradas em aplicativos de bancos e 42% possuem cartão. * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Pesquisa mostra que 30% dos pais dão mesada para os filhos Veja Mais

'Abrimos os chiqueiros para os porcos saírem à própria sorte', diz criador de suínos do RS

G1 Economia Globo Rural mostra resgate e cenas de destruição e solidariedade nos campos do estado. Veja também quais medidas econômicas o governo divulgou para ajudar as vítimas, incluindo produtores rurais. Enchentes consecutivas fazem produtores pensarem em abandonar o campo no RS O maior desastre do Rio Grande do Sul é também um drama rural, dos homens e mulheres do campo, e vai ter consequências por muito tempo. O Globo Rural foi ao estado e acompanhou a situação dessas famílias. Um levantamento parcial da Confederação Nacional dos Municípios aponta para o prejuízo de mais de R$ 1 bilhão nas atividades agropecuárias. A equipe sobrevoou a região do Vale do Taquari, uma das mais afetadas pelas chuvas e enchentes, encontrando um cenário de destruição, mas muitos exemplos de solidariedade. A reportagem registrou o resgate de quem estava isolado há dias na Zona Rural. Em Roca Sales, no interior gaúcho, o produtor de suínos Marcos Lohmann chora ao lembrar o que aconteceu com seus animais. "Uma parte morreu, foi enterrada, e uma parte se espalhou por tudo. Porque nós abrimos os chiqueiros para os porcos saírem, a própria sorte. Não tinha o que fazer, ver os animais morrendo, se afogando, e você não tinha o que fazer", disse Lohmann. Lavouras de soja e arroz, principais produções do estado, também foram atingidas. Muitas plantações que estavam na reta final da colheita acabaram submersas no centro do RS. Na última quinta-feira (9), o governo federal anunciou um conjunto de medidas econômicas para atender às vítimas das destruições, incluindo produtores rurais. Leia mais aqui. Em entrevista ao programa, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deu detalhes de como irá auxiliar o setor agripecuário. "Liberamos todos os sistemas sanitários de qualquer tipo de exigência ao produtor, quer seja de animal, de leite, aquilo que conseguir transportar, não tem problema, faça sua movimentação", disse o ministro. Animais de criação morrem afogados após temporais no RS Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, detalha auxílios aos produtores no RS em entrevista ao Globo Rural Voluntários buscam resgatar pessoas isoladas em comunidades rurais no RS Mais sobre o Rio Grande do Sul: 'Arroz que está colhido garante abastecimento do país', diz presidente da federação de agricultura do RS Indústria e governo decidem importar arroz Destruição de soja no RS pode encarecer frango e porco Veja Mais

Chuvas no RS: setor produtivo divulga primeiros balanços de prejuízos econômicos da tragédia

G1 Economia Ainda sem dados mais robustos, entidades calculam impactos preliminares do desastre. Veja o que se sabe até agora. Enchentes no Rio Grande do Sul Reuters; AFP; Estadão Conteúdo Além de deixar milhares de desabrigados e centenas de mortos, feridos e desaparecidos, as enchentes que assolam o Rio Grande do Sul acertaram em cheio o setor produtivo. Mais de 10 dias após o início das cheias, os balanços divulgados por entidades dão a primeira dimensão dos impactos da tragédia. O governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), afirmou na última quinta-feira (9) que serão necessários cerca de R$ 19 bilhões no médio e no longo prazo para reerguer o Rio Grande do Sul após as enchentes. Há também um pacote de apoio do governo federal. (veja detalhes mais abaixo) O plano de recuperação anunciado por Leite prevê quatro pilares de atuação: resposta, assistência, reestabelecimento, e reconstrução. "Financiar as políticas públicas, reconstruir lugares e vidas", declarou o governador. Veja aqui os detalhes. Nesta reportagem, você vai conferir: O balanço da indústria O balanço do comércio Os impactos esperados nos preços e no PIB As principais medidas anunciadas pelo governo federal Balanço da indústria Em relatório publicado na última quarta-feira (8), a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) estima que as cheias atingiram 80% da atividade econômica do estado. Ao todo, o desastre afetou 67,6% dos municípios gaúchos, segundo cálculos da entidade. O documento também destaca que as perdas econômicas são inestimáveis até agora e aponta os principais polos industriais e segmentos atingidos no estado. São eles: Produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis, na Região da Serra; Produção nos segmentos metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados do petróleo e alimentos, na Região Metropolitana de Porto Alegre; Produção no segmento de calçados, na Região do Vale dos Sinos; Produção nos segmentos de alimentos (carnes, massas) e tabaco, na Região do Vale do Rio Pardo; Produção nos segmentos de alimentos (carnes), calçados e químicos, na Região do Vale do Taquari. De acordo com a Fiergs, além dos "danos gigantescos de capital", os problemas logísticos devem afetar de forma significativa todas as cadeias econômicas do estado. "Em boa parte dos casos, não será apenas necessário realizar o trabalho de desobstrução, mas de reconstrução de estradas, pontes, vias férreas e até mesmo o principal aeroporto do estado está com suas instalações comprometidas", diz a federação. Em relação à atividade econômica, as três regiões mais importantes atingidas foram: Região Metropolitana, que representa R$ 107 bilhões em valor adicionado bruto ao estado; Região do Vale dos Sinos, que representa R$ 60 bilhões; Região da Serra, que representa R$ 41 bilhões. Bruno Carazza dá um panorama sobre a economia do RS Balanço do comércio Em relatório divulgado na última quinta-feira (9), a Fecomércio-RS destacou que o volume de recursos necessários para a reconstrução de áreas públicas, das famílias e de empresas no Rio Grande do Sul será "absolutamente inalcançável pelas capacidades do governo estadual e dos municípios gaúchos". "É necessária a ajuda do governo federal. Esses fatores também exigem que estes recursos não enfrentem as limitações usuais de despesas da União, a exemplo do ocorrido com as ajudas emergenciais durante a pandemia de Covid-19", afirmou a entidade. Apesar de também considerar cedo para trazer estimativas mais precisas sobre as perdas, a Fecomércio-RS destacou que alguns dados disponíveis já permitem observar impactos "grandiosos" das enchentes. O destaque, até agora, vai para as perdas de ativos das famílias. Segundo a federação, os danos patrimoniais às famílias chegam a R$ 1,7 bilhão em um cenário intermediário (ou seja, menos pessimista). No pior cenário, com impactos mais fortes, a estimativa é que os gaúchos acumulem R$ 2,3 bilhões em perdas. A entidade também destaca grandes prejuízos nos ativos das empresas e em infraestrutura e ressalta a obstrução da atividade econômica, que pode interromper a capacidade produtiva de inúmeras companhias e localidades por mais de um mês. "O setor que possui maior concentração de produção nos municípios atingidos é o de serviços. Isso ocorre pelo fato de as enchentes terem atingido em cheio áreas metropolitanas, incluindo a capital, Porto Alegre, que possuem renda média e densidade urbana mais elevadas", pontuou a entidade. No caso do comércio varejista, os resultados são ainda mais prejudicados por conta da sazonalidade do Dia das Mães, que seria um período positivo e de alavancagem para as compras, destaca a Fecomércio-RS. Os impactos esperados nos preços e no PIB A XP Investimentos projeta reflexos principalmente nos preços do arroz e da soja. O destaque vai mesmo para o arroz, uma vez que o Rio Grande do Sul é protagonista no plantio do grão, com cerca de 70% da produção nacional. A estimativa da XP é que cerca de 5% da produção doméstica possa ter sido afetada pelas cheias. Para a empresa, trata-se de um número relevante, mas que não altera substancialmente o cenário já projetado. "Nesse sentido, esperávamos deflação na ordem de 5% para o arroz em 2024, que revertemos para virtual estabilidade", afirmou em relatório. Já o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) calcula que, até o momento, 114 mil toneladas do grão foram perdidas nas enchentes, o que representa 1,6% da colheita esperada. Ainda falta estimar as perdas em áreas que estão parcialmente submersas e em armazéns atingidos. "O arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país", atenuou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, em entrevista ao podcast "De onde vem o que eu como". ???? OUÇA AQUI Diante do cenário, o governo federal também decidiu editar uma Medida Provisória (MP) que autoriza a importação, em caráter excepcional, de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a recomposição dos estoques públicos, caso necessário. No caso da soja, a previsão da XP é de impactos indiretos e limitados sobre o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), dada a evolução da colheita no Brasil e dos estoques já disponíveis. "Em suma, dadas as incertezas, ajustamos nossa curva para os preços de arroz, mas não para as demais linhas. Nossa projeção para o IPCA de 2024, atualmente em 3,7%, tem viés limitado de alta por conta deste efeito. Por ora, calculamos impacto aproximado de 0,1 ponto percentual no IPCA anual, enquanto aguardamos mais informações para ajustes na dinâmica mensal", concluiu a XP. ?? E como fica o PIB? Os impactos diretos mais evidentes estão na agricultura, diz a XP Investimentos, destacando mais uma vez o arroz. Estimar os efeitos indiretos sobre a atividade econômica do Rio Grande do Sul e do Brasil, no entanto, "é ainda mais desafiador", já que o estado também é um importante produtor de máquinas e equipamentos. "[São] impactos que dependerão do tempo para a normalização das operações nas companhias e nos fluxos de distribuição, o que é bastante incerto no momento", analisou a empresa "Por ora, não alteramos nosso cenário base de que o PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil crescerá 2,2% em 2024, embora reconheçamos os efeitos negativos – e incertos – no curto prazo", concluiu. Já para a MB Associados, o impacto do desastre no Produto Interno Bruto (PIB) nacional pode chegar a 0,4 ponto percentual. A empresa de consultoria afirmou que já esperava 2% de PIB para este ano e que "se havia chance de revisão para cima, a tragédia gaúcha diminui essa possibilidade". "Reforçamos, assim, nosso número de 2% e diminuímos a chance de números mais próximos de 2,5%", projetou a consultoria. Governo lança pacote de R$ 51 bi pras vítimas do RS As principais medidas anunciadas pelo governo federal O governo federal anunciou na última quinta-feira (9) uma lista de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul. Serão R$ 50,9 bilhões destinados à recuperação dos municípios e das famílias atingidas pelas enchentes. O pacote foi enviado ao Congresso Nacional na forma de três medidas provisórias. Com isso, as medidas já entram em vigor imediatamente, mas precisam do aval da Câmara e do Senado em até 120 dias para não perderem validade. Uma MP trata do dinheiro que será repassado aos fundos garantidores. Outra, do dinheiro para ministérios. E uma terceira visa garantir a compra de arroz e evitar impactos no preço ao consumidor, já que 70% do arroz brasileiro vem do RS. Em discurso, o presidente Lula (PT) informou que deve anunciar, nesta segunda-feira (13), o acordo para a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. E na terça (14), medidas para as pessoas físicas afetadas. As medidas anunciadas também estabelecem: ?? Para trabalhadores e famílias Antecipação do pagamento do abono salarial 2024: R$ 758 milhões Duas parcelas adicionais do seguro-desemprego: R$ 495 milhões Prioridade na restituição do Imposto de Renda: R$ 1 bilhão Antecipação do Bolsa Família e do Auxílio-Gás de maio: R$ 380 milhões ?? Para estados e municípios Fundos de estruturação de projetos: R$ 200 milhões Análise de crédito para municípios: R$ 1,8 bilhão ?? Para empresas Crédito para micro e pequenas empresas: R$ 4,5 bilhões Desconto em juros do Pronampe para micro e pequenas empresas: R$ 1 bilhão Garantias do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC): R$ 500 milhões Prorrogação do vencimento de impostos federais e Simples Nacional: R$ 4,8 bilhões Dispensa da Certidão Negativa de Débitos para crédito em bancos públicos ?? Para produtores rurais Descontos em juros do Pronaf e do Pronampe: R$ 1 bilhão Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 47 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 183 milhões

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (11), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.723 da Mega-Sena e 145 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 183 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 47 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (9), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Haddad diz que troca na Petrobras foi decisão 'natural' de Lula e não houve interferência de ministros

G1 Economia Em nota interna na última terça, Jean Paul Prates disse que Lula pediu o cargo. Nome de Magda Chambriard como nova presidente será submetido ao Conselho de Administração. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (17) que a decisão de troca do comando da Petrobras foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem a interferência de ministros de Estado. Na última terça-feira (14), Lula demitiu o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Em nota interna na empresa, Prates disse que Lula pediu o cargo e que deve nomear a ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo Magda Chambriard para a presidência da Petrobras. "O que teve na Petrobras, regra geral, é quase um ministro. É uma pessoa que tem que ter uma relação muito próxima ao presidente da República, é a maior companhia do país. É estratégica por várias razões, então é natural que possa haver uma troca a depender do julgamento do chefe do Executivo", declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Conselho de Administração da Petrobras oficializa saída antecipada de Jean Paul Prates Desde o início do governo, Jean Paul Prates e o ministro Alexandre Silveira divergiam sobre os rumos da Petrobras. Os atritos aumentaram em março, quando o conselho da empresa decidiu não pagar dividendos extraordinários, como são chamados lucros não recorrentes. Jean Paul Prates defendia distribuir metade do valor e reter metade. Na época, chegou-se a especular a saída de Prates da Petrobras. No fim de abril, como uma solução para o impasse, a empresa mudou de ideia e aprovou a distribuição, em duas parcelas, de metade dos dividendos extraordinários. Questionado por jornalistas, Haddad negou que tenha havido interferência na troca da presidência da estatal. "Como foram em todas as ocasiões em que Lula presidiu o Brasil, foi uma escolha muito pessoal dele, sem interferência de ministros. Como, nesse caso, também aconteceu. Não houve interferência de ministros, ao contrário do que vem sendo veiculado. Não aconteceu isso. foi uma escolha pessoal dele", acrescentou Haddad. Veja Mais

Aprenda o manejo correto para a criação de ovelhas

G1 Economia Publicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) compartilha informações sobre sistema de produção, principais raças e outras características do setor. Uma publicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ensina o manejo correto para a criação de ovelhas. O documento traz informações sobre sistema de produção, principais raças, instalações necessárias para a criação e dicas para manter o rebanho saudável. >>>Acesse aqui Veja Mais

O desastre natural com maior impacto na economia brasileira: 3 efeitos das inundações do RS no país

G1 Economia Brasil também sofrerá impactos das enchentes no Rio Grande do Sul — na sua produção industrial e agrícola, e na situação fiscal. Plantação de alface foi destruída pelas enchentes em Guaíba REUTERS/AMANDA PEROBELLI Para se avaliar o impacto econômico das inundações no Rio Grande do Sul, é preciso olhar para o exterior para se achar algo semelhante — como no caso da destruição provocada pelo furacão Katrina nos Estados Unidos em 2005. No Brasil, nunca houve tanto estrago econômico provocado por um evento climático. A avaliação é do economista Sergio Vale, da MB Associados, consultoria que está monitorando os impactos das enchentes de maio na economia. Nos Estados Unidos, o Katrina fez o Estado da Louisina contrair 1,5% — em um ano em que se esperava que crescesse 4%. No caso do Rio Grande do Sul, a MB Associados prevê que a economia vai se contrair 2% — em vez do crescimento de 3,5% que vinha registrando nos últimos 12 meses até abril. E no caso brasileiro, o impacto em âmbito nacional será muito maior do que aconteceu no efeito do Katrina nos Estados Unidos — já que a economia gaúcha corresponde a 6,5% do PIB brasileiro (a Louisina representa 1% da economia americana). Por conta da tragédia, a MB Associados não pretende revisar o crescimento brasileiro. A consultoria acreditava que o crescimento brasileiro projetado para este ano podia ser de 2,5% — mas após a tragédia no Rio Grande do Sul ela manteve a projeção de crescimento em 2%. Saiba direitos do trabalhador e do consumidor em uma emergência climática O Brasil já enfrentou outras grandes crises que afetaram o crescimento da economia nacional. Em 2001, por exemplo, uma seca contribuiu para uma crise de racionamento de energia e apagões. A economia nacional, que havia crescido 4,4% no ano anterior, desacelerou para 1,4%. Mas apesar da contribuição da seca, o cerne da crise de 2001 não foi o clima, mas sim gargalos nas linhas de transmissão — que impediam o Brasil de distribuir energia pelo país. A tragédia no Rio Grande do Sul deste ano — que já provocou pelo menos 149 mortes — terá impacto em pelo menos três frentes da economia brasileira: no crescimento do PIB deste ano, no setor agrícola e na questão fiscal brasileira. Getty Images Economistas e estudos consultados para esta reportagem lembram que a dimensão exata do impacto econômico ainda não pode ser quantificado com precisão, porque as chuvas ainda estão em andamento e sequer foi feito um levantamento preciso do estrago ainda. Essa indefinição também tem implicações políticas. Autoridades têm falado em diferentes medidas e valores para destinar ao Rio Grande do Sul — mas essa ajuda ainda está sendo discutida e os números estão em aberto. Confira abaixo como as inundações devem afetar a economia brasileira em 2024. Impacto no crescimento e na indústria As enchentes afetaram 94,3% de toda atividade econômica do Rio Grande do Sul, segundo um levantamento divulgado na segunda-feira (14/5) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). "Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do Estado", disse o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira. Três das maiores regiões afetadas (Região Metropolitana de Porto Alegre, Vale dos Sinos e Serra) contribuem com R$ 220 bilhões para a atividade econômica brasileira. Essas três regiões concentram 23,7 mil indústrias que empregam 433 mil pessoas. A Região da Serra (de cidades como Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha) é famosa pela produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis. A Região Metropolitana de Porto Alegre também produz metalmecânicos (veículos, autopeças, máquinas), além de derivados de petróleo e alimentos. A Região do Vale dos Sinos é famosa pela produção de calçados. Mas diversos outros setores da economia também foram afetados, como tabaco e químicos. Ruas comerciais no Centro de Porto Alegre ficaram alagadas SEBASTIAO MOREIRA/EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK Um estudo feito pelo Bradesco prevê que o impacto da crise no Rio Grande do Sul pode reduzir o crescimento do PIB nacional em 0,2 a 0,3 ponto percentual. "A título de comparação, quando o Estado foi atingido pelo ciclone de 2008, o crescimento do PIB estadual daquele ano foi de 2,9%, ante crescimento do Brasil como um todo de 5,1%." Um outro levantamento — da Confederação Nacional dos Municípios — calcula em mais de R$ 8,9 bilhões os prejuízos financeiros das enchentes. Segundo a CMN, R$ 2,4 bilhões desse prejuízo são no setor público, R$ 1,9 bilhão no setor produtivo privado e R$ 4,6 bilhões especificamente nas habitações destruídas. Impacto agrícola O Rio Grande do Sul é uma das potências do agro brasileiro — o Estado representa 12,6% do PIB da agricultura nacional. Como um todo, a agropecuária brasileira será um dos setores da economia mais afetados pelas enchentes, segundo o Bradesco. "Considerando tais impactos, o PIB agropecuário no Brasil pode recuar 3,5% (nossa estimativa anterior era de queda de 3,0%). As perdas no agronegócio podem ser ampliadas pela logística, que afeta tanto o escoamento da safra bem como impede a chegada de insumos. Esse parece ser um problema importante para os setores de laticínios e carnes", afirma um relatório do banco. O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção do arroz do Brasil, 15% de carnes (12% da produção de frangos e 17% da produção de súinos) 15% da soja, 4% de milho. As enchentes provocaram choques em alguns preços internacionais — a cotação mundial da soja na bolsa de Chicago chegou a subir 2% na semana passada. No Brasil, o preço do arroz já subiu e o governo anunciou a importação do produto para evitar um choque ainda maior. Há temores de que os preços de carne de frango e suína também possam subir em breve. Agricultor mostra prejuízo em campo de milho em Guaíba REUTERS/AMANDA PEROBELLI Por sorte, 70% da safra de soja e 80% da safra do arroz já haviam sido colhidas. Sobram duas dúvidas agora: quanto do restante da safra foi afetado pelas enchentes e se a quantidade já colhida e armazenada nos silos foi comprometida ou não. O Bradesco avalia que 7,5% da produção de arroz e 2,2% da produção de soja do Brasil podem estar comprometidos, caso se confirmem os piores cenários. Vale, da MB Associados, lembra que o agro gaúcho já vinha sofrendo muito nos últimos três anos com os extremos climáticos. "No Rio Grande do Sul, a questão agrícola nos últimos anos tem colocado o Estado no grau de muita insegurança. Foram três anos seguidos de La Niña, com secas muito profundas, e quebras de safra muito fortes. No ano passado, o Estado estava até comemorando a chegada do El Niño, que traria chuvas. Mas quando se pensou que teríamos um ano normal, de repente acontece isso", diz o economista. Ainda existe a possibilidade de um novo fenômeno La Niña este ano, com potencial para provocar novas secas no Rio Grande do Sul. Impacto fiscal Outro impacto importante da calamidade do Rio Grande do Sul na economia nacional é na questão fiscal brasileira. Há anos o Brasil vem tentando equilibrar sua situação fiscal — ou seja — o governo faz um esforço para conseguir arrecadar mais dinheiro do que gasta, produzindo o que se chama de superávit fiscal. Esse superávit fiscal é usado para reduzir o endividamento público do governo, que é um elemento fundamental da economia de qualquer país. Alto endividamento tem potencial para produzir inflação alta, baixo crescimento econômico e desemprego. No ano passado, o governo Lula lançou o que chamou de "arcabouço fiscal" — o conjunto de regras para gastar os recursos públicos e fazer investimentos. Esse arcabouço foi fundamental para acalmar os mercados e sinalizar que o Brasil não gastaria dinheiro desenfreadamente. Mas no mês passado, diante de problemas no orçamento, o governo desistiu de atingir superávits em 2025. Economistas apontam que o Brasil já vivia um momento fiscal delicado antes das enchentes no Rio Grande do Sul. No entanto, o quadro se agrava bastante agora que o governo federal terá que fornecer uma grande ajuda financeira ao Estado. Todos defendem uma ajuda financeira grande ao Rio Grande do Sul, mas analisam que haverá um grande impacto nas contas nacionais. Já foi anunciado, por exemplo, um plano a ser enviado ao Congresso para suspender a cobrança da dívida do Estado do Rio Grande do Sul com a União por três anos. A regra permitiria a criação de um fundo "contábil" de R$ 11 bilhões por ano para ajudar na reconstrução da infraestrutura do Estado que foi devastada pelas enchentes, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A medida também inclui o perdão da cobrança de juros sobre a dívida — com impacto de R$ 12 bilhões. O governo federal já havia anunciado na semana passada um pacote de medidas que pode chegar a R$ 51 bilhões, que incluia pagamentos antecipados de benefícios como Bolsa Família, auxílio-gás, BPC, abono salarial e restituição do Imposto de Renda, além de algumas renuncias fiscais. Na quarta-feira, o governo federal anunciou um auxílio-reconstrução no valor de R$ 5 mil por família cadastrada, que custará R$ 1,2 bilhão aos cofres. Alguns dos gastos públicos ficarão de fora das regras fiscais do governo, por conta de o Rio Grande do Sul estar em estado de calamidade. Todas essas medidas são fundamentais para reerguer o Rio Grande do Sul — mas elas têm potencial para agravar a situação fiscal brasileira que já vinha sofrendo antes da crise provocada pelo evento climático. Sergio Vale, da MB Associados, alerta que ao longo do ano é possível que mais dinheiro seja encaminhado ao Rio Grande do Sul através de créditos extraordinários aprovados pelo Congresso — e que isso deve piorar o equilíbrio fiscal brasileiro. Ele diz que é difícil quantificar exatamente qual será o tamanho do problema fiscal brasileiro, porque ainda não se sabe quanto dinheiro será necessário para reconstrução do Rio Grande do Sul. "Não está muito claro exatamente o que o governo vai disponibilizar. O cenário fiscal [do Brasil] já está muito distorcido. Então qualquer coisa que acontece piora ainda mais", diz Vale. Para Caio Megale, economista-chefe da XP, parte da ajuda estará fora do arcabouço fiscal do governo — mas mesmo que seja necessário incluir essas despesas no orçamento, seria possível acomodar os gastos. "Ninguém sabe direito qual que vai ser o tamanho total do apoio. A gente ouve falar em R$ 70 bi, R$ 80 bi, R$ 90 bi ou R$ 100 bi. Não dá para saber ainda, é preciso esperar as águas baixarem. Mas o arcabouço fiscal tem espaço para que essas medidas sejam tomadas", disse Megale em um morning call (serviço diário de corretoras para seus clientes) desta semana. Veja Mais

CGU: Recurso presencial sobre seguro-desemprego negado tem quase quatro vezes mais chance de sucesso que recurso online

G1 Economia Auditoria do programa também identificou demora na recolocação dos beneficiados e R$ 248 milhões pagos de maneira potencialmente indevida entre 2015 e 2022. Quem busca o seguro-desemprego e tem o benefício negado tem quase quatro vezes mais chance de ser atendido em um recurso feito presencialmente do que pelos canais online. É o que revela uma auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) na gestão do programa, cujo relatório se tornou público esta semana. Os auditores analisaram a gestão do programa, que pagou cerca de R$ 38 bilhões a quase 6 milhões de pessoas que perderam seus empregos em 2022. Foram encontrados problemas na análise de recursos e na proteção das pessoas enquanto buscam recolocação – além de possíveis pagamentos indevidos de R$ 248 milhões. O g1 questionou o Ministério do Trabalho sobre as conclusões do relatório, mas a pasta não se manifestou. Carteira de trabalho emprego Divulgação Diferença de resultados por plataforma Um dos pontos apresentados no relatório trata das diferenças de resultado nos recursos feitos pelos cidadãos. Quem entra com o pedido para receber o benefício e é rejeitado pode recorrer da decisão: presencialmente – em agências do trabalhador ou postos de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine); ou por meio online, através do Portal Emprega Brasil ou pela Carteira de Trabalho Digital. O relatório aponta que, dos cerca de 228 mil recursos apresentados online em 2022, apenas 18,6% (aproximadamente 42 mil) foram aceitos. Já nos 202,6 mil recursos feitos presencialmente, a taxa de deferimento sobe para 67,4%, quase quatro vezes mais do que nos pedidos online. Para os auditores, o resultado diferente "pode estar relacionado ao auxílio prestado ao trabalhador por ocasião do protocolo do pedido presencialmente." A possibilidade faz sentido para Luís Gustavo Nicoli, advogado especialista em Direito do Trabalho. Ele relata que muitas vezes o trabalhador, por motivos de instrução e acesso à internet, por exemplo, tem dificuldade em utilizar os sistemas, o que pode levar a requerimentos iniciais inadequados. "O governo poderia evitar com um atendimento mais humanizado. Há uma dificuldade de acesso do cidadão às novas tecnologias. Quantos trabalhadores só têm acesso à internet pelo celular? E às vezes aquele sistema não oferece a oportunidade dele fazer todos os requerimentos adequados", argumenta. À CGU, o Ministério do Trabalho informou que as descobertas seriam alvo de uma avaliação específica junto à empresa que opera os sistemas online de requerimentos. Essa avaliação será acompanhada pelos auditores a partir de agora. Demora em recolocação Os auditores também analisaram a efetividade do programa como proteção financeira a quem perde o emprego. Segundo os auditores, menos de um terço (28,5%) dos trabalhadores que receberam o seguro-desemprego em 2022 conseguiram voltar ao mercado de trabalho antes do fim da cobertura do programa – que paga até cinco parcelas mensais. Em média, diz o documento, os trabalhadores que conseguiram novas vagas levaram 196 dias para isso. "Dado que o tempo de assistência oferecido pela política pública está sujeito a limitações orçamentárias, é fundamental que o gestor concentre esforços no tratamento das causas do elevado tempo de reemprego,implementado as requeridas ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional", diz o relatório. Pagamentos potencialmente indevidos Os auditores expandiram a análise do programa para um período desde junho de 2015 em busca de possíveis pagamentos indevidos. Segundo o relatório, foram identificados 13.819 casos em que o benefício tenha sido pago de maneira recorrentes a trabalhadores cujos vínculos tenham sido sempre com as mesmas empresas, "o que pode indicar possível utilização indevida do benefício." O número corresponde a apenas 0,03% dos 35,2 milhões de trabalhadores que receberam o benefício no período, mas significa o pagamento de 184,7 mil parcelas do seguro-desemprego, que somam R$ 248,8 milhões. "A recorrência no usufruto do seguro-desemprego, bem como a recontratação por uma mesma empresa podem ser indicativos de utilização indevida do benefício. Assim, é relevante que o gestor monitore o comportamento dos requerimentos do seguro-desemprego, sob risco de concessões indevidas gerarem pressão financeira desnecessária (...), prejudicando o alcance da política pública e a sua focalização considerando seu público-alvo", diz o documento. Como funciona o benefício O seguro-desemprego é um benefício pago a quem é demitido sem justa causa e não tem renda própria suficiente para manutenção da família. Além disso, é preciso ter trabalhado, recebendo salário, para pessoas jurídica ou física equivalente por um período mínimo de: pelo menos 12 meses (nos últimos 18 meses anteriores à data de dispensa), caso seja a primeira solicitação do benefício; pelo menos 9 meses (nos últimos 12 meses) anteriores à data de dispensa, caso seja a segunda solicitação; cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, para outras solicitações. Não é possível receber o benefício caso o trabalhador já esteja recebendo qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, com exceções para auxílio-acidente; auxílio suplementar; e abono de permanência em serviço. O pedido pode ser feito pelo Portal Emprega Brasil, no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, nos e-mails corporativos das Superintendências Regionais do Trabalho ou pelo telefone 158. Advogado explica sobre o seguro-desemprego no Bom Dia Responde Veja Mais

Governo vai contratar estudo alemão para evitar novas enxurradas e alagamentos no RS

G1 Economia Lula pede solução permanente para enchentes no RS O governo federal vai contratar um estudo de obras de infraestrutura e medidas ambientais para melhorar o escoamento de águas das chuvas de todos os rios que deságuam no Guaíba e também para conter o acúmulo de águas na região de Porto Alegre. A informação foi dada ao blog pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. Segundo ele, a decisão tomada foi a de contratar a mesma agência de desenvolvimento alemã responsável, nos anos de 1960 e 1970, pelo sistema de diques para contenção da água no entorno da capital gaúcha. O estudo a ser encomendado deve ter três eixos: como conter a água ainda na serra e vales, como Taquari e Antas; como aumentar a vazão do Guaíba e Lagoa dos Patos e direção ao mar; como reforçar o sistema de diques de Porto Alegre e melhorar a rotina de manutenção. A possível criação de um canal entre a Lagoa dos Patos e o mar é uma das opções a serem estudadas na segunda parte do projeto, afirmou o ministro. Na primeira etapa, a ideia será investigar e propor, por exemplo, criação de barreiras, reconstruir vegetação na beira dos cursos d'água e até mesmo retirar população de áreas muito próximas dos rios. Guaíba baixa em ritmo lento e zona sul de Porto Alegre ainda tem vários pontos de alagamentos Numa segunda etapa do estudo, o foco é aumentar a vazão do Guaíba e da Lagoa dos Patos, de forma a ajudar no escoamento da água que hoje alaga Porto Alegre e arredores, com o canal como uma opção a ser examinada. A avaliação do sistema de diques para proteção da capital, terceira parte do estudo, será importante para reavaliar alterações necessárias, atualizadas para os novos desafios climáticos, e para indicar como terá que se dar a manutenção do sistema. Veja Mais

Governo publica norma para ampliar disponibilidade de água mineral e material de construção no Rio Grande do Sul

G1 Economia Medida tem o objetivo de dotar o estado de materiais necessários para reconstrução dos locais devastados pelas fortes chuvas; e ampliar o acesso à água potável. Lula anuncia R$5 mil pra 240 mil famílias atingidas pelas chuvas no RS O Ministério de Minas e Energia publicou nesta quinta-feira (16) uma portaria que pretende acelerar a análise e implantação de projetos de extração de minerais usados na construção civil e de água mineral no Rio Grande do Sul. A medida visa prover o estado de materiais necessários para a reconstrução dos locais devastados pelas fortes chuvas; e ampliar o acesso à água potável. A portaria orienta a Agência Nacional de Mineração (ANM) a priorizar a análise e decisão sobre: autorização excepcional para empreendimentos aptos a fornecer insumos de construção civil de forma emergencial; concessão de autorização para lavra, registros de extração e licenciamento de areias, cascalhos, rochas e outros minérios; autorização para extração de água mineral; comunicação ao ministério sobre medidas de articulação com órgãos públicos e privados. “A portaria agiliza o fornecimento desses insumos para o estado, que estão entre as principais urgências para o atendimento à população e para a reestruturar as construções perdidas ou afetadas pelas fortes chuvas", declarou o ministro, Alexandre Silveira. Na última semana, a prefeitura de Porto Alegre decretou racionamento de água por conta do desligamento de estações de tratamento de água na capital. Por conta das fortes chuvas e inundações, há também risco de contaminação da água nas áreas atingidas em todo o estado. De acordo com a Defesa Civil, o Rio Grande do Sul registra 149 mortes em razão dos temporais e cheias. São 112 pessoas desaparecidas e 806 feridas. Mais de 600 mil pessoas estão fora de casa. Veja Mais

Imposto de Renda 2024: contribuintes do RS receberão R$ 1,1 bilhão em restituições em 31 de maio

G1 Economia Segundo a Receita, medida vai contemplar mais de 900 mil pessoas. Governo decidiu priorizar restituição aos contribuintes do RS em razão das fortes chuvas que assolam o estado. Chuva no RS Reprodução Os contribuintes do estado do Rio Grande do Sul (RS), que sofrem os efeitos de forte enchentes, receberão R$ 1,1 bilhão em restituições do Imposto de Renda 2024, ano-base 2023. A medida vai beneficiar mais de 900 mil declarantes do estado, que receberão os valores em 31 de maio. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Receita Federal nesta quinta-feira (16). Priorizar a restituição aos contribuintes gaúchos foi uma das medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no pacote de reconstrução do estado. De acordo com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a medida, que supera as estimativas anunciadas, foi possível a partir de mudanças no sistema que viabilizaram o fechamento do primeiro lote apenas no dia 15 de maio, ao invés do dia 10. Isso permitiu a ampliação no número de contribuintes beneficiados. A Receita Federal explicou que essa é uma antecipação de restituições para os contribuintes do Rio Grande do Sul, pois os dados do primeiro lote, que será pago também em 31 de maio, ainda não foram fechados. As informações sobre o primeiro lote de restituições, que costuma concentrar contribuintes com prioridade no recebimento, como idosos, serão divulgadas somente na próxima semana. O primeiro lote de restituições será pago no último dia de entrega do Imposto de Renda 2024, que é 31 de maio. Até as 8h40 desta quinta, o Fisco recebeu cerca de 25,8 milhões de declarações, de um total esperado de 43 milhões de documentos. Quem não entregar dentro do prazo fixado, está sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74 e valor máximo correspondente a 20% do Imposto sobre a Renda devido. Para os municípios atingidos pelos temporais no Rio Grande do Sul, entretanto, o prazo de entrega das declarações foi ampliado para o dia 31 de agosto. O pagamento de tributos federais, incluindo parcelamentos, também foi estendido. Rio Grande do Sul: saiba como destinar Imposto de Renda para ajudar as vítimas Doações ao RS por meio do Imposto de Renda A Receita Federal lembra que os contribuintes de todo o país podem usar a declaração para fazer doações ao Rio Grande do Sul. Isso vale para quem tem imposto a pagar e a receber. As doações não influenciam os valores a pagar ou a receber que o contribuinte tem. No caso de o contribuinte ter imposto a pagar, o valor da doação é abatido do valor. Na hipótese de o contribuinte ter imposto a receber, o valor da doação é acrescido ao valor total. As doações dedutíveis podem ser feitas a fundos de apoio à Criança e do Adolescente, de apoio ao Idoso, Incentivo à Cultura, Incentivo à atividade audiovisual e Incentivo ao Desporto durante todo o ano-calendário. No momento da declaração, somente doações para os fundos de crianças e idosos são aceitas. Os valores das doações são limitados a 6% do valor de Imposto Devido para doações aos fundos que auxiliem crianças e adolescentes ou idosos, sendo até 3% para cada. Os recursos podem ser direcionados especificamente a fundos de conselhos de municípios escolhidos pelo contribuinte, como por exemplo no Rio Grande do Sul. Se, por exemplo, o contribuinte teve um Imposto Devido de R$ 1 mil no ano, e teve uma retenção na fonte ao longo dos 12 meses de R$ 400, então o valor a pagar será de R$ 600. Neste cenário, é possível destinar, no máximo, R$ 60 (ou 6%) para as doações. "Esse dinheiro não vem nem para a Receita, também não pode ser confundido com a prefeitura, tem muita gente que fala, mas eu vou dar dinheiro para a prefeitura. Não, não vai, vai para um fundo, um conselho municipal que foi criado pela própria população", explicou o supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, José Carlos Fonseca. Mesmo quem já entregou a declaração neste ano, segundo ele, pode participar. O contribuinte tem a opção de fazer uma declaração retificadora e destinar doações a municípios do RS. Mas, neste caso, ainda de acordo com a Receita Federal, o contribuinte sai da fila da restituição e passa a contar o dia da retificação. Veja Mais

Argentina deixa de ter maior juro nominal do mundo após BC reduzir taxa de 50% para 40%; veja ranking

G1 Economia A liderança é ocupada agora pela Turquia, com uma taxa a 50%. Já o Brasil está na sexta posição, com o referencial na casa dos 10,50% ao ano. Placa em casa de câmbio na Argentina. Tomas Cuesta/Reuters O banco central da Argentina anunciou na última quarta-feira (14) a redução da taxa básica de juros do país de 50% para 40% ao ano. Com o corte, o país deixou de ter o maior juro nominal (sem descontar a inflação) do mundo. A queda na taxa argentina deu espaço para a Turquia, agora líder da lista com juro básico na casa dos 50%. Os dados constam em levantamento do MoneYou, que divulga periodicamente um ranking com as maiores taxas de juros do mundo. Na lista, o Brasil ocupa a sexta posição, com uma taxa de 10,50% ao ano, após o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzir o juro do país em 0,25 ponto percentual (p.p.) no último dia 20 de maio. Veja o ranking abaixo. Quando considerado o juro real, a Argentina continua com a menor taxa do mundo, em -42,36%. O saldo é negativo porque o país enfrenta uma inflação altíssima, que chegou a 289,4% no acumulado de 12 meses, em abril. O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Nessa lista, a liderança é da Rússia, com juro real de 7,79%. O Brasil ocupa a segunda colocação desde dezembro, quando deixou o topo do ranking, com uma taxa real de 6,54%. Veja o ranking abaixo. Os juros na Argentina A redução da taxa de juros da Argentina foi anunciada logo após o país divulgar que sua inflação ficou em 8,8% em abril — quarto mês consecutivo de desaceleração. Além disso, pela primeira vez em seis meses, o índice mensal ficou na casa de um dígito. Esse também foi o quarto corte da taxa de juro do país em pouco mais de um mês. Em 11 de abril, por exemplo, a taxa foi reduzida de 80% para 70%. Desde então, foram anunciados outros três cortes de 10 pontos percentuais. A queda da taxa ocorre em meio a um crescente otimismo do banco central argentino quanto à redução da inflação. Vale lembrar que a elevação dos juros é uma das principais ferramentas utilizadas pelos bancos centrais para tentar combater a alta dos preços. Elogios do FMI e cenário de pobreza Na esteira do cenário econômico, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem feito elogios ao governo do presidente argentino Javier Milei. Desde que tomou posse, em dezembro de 2023, mandatário lançou mão de uma ambiciosa desregulação da economia, com o objetivo de alcançar o "déficit zero" para o fim de 2024. Os ajustes fiscais resultaram, no primeiro trimestre deste ano, no primeiro superávit desde 2008. Na última segunda-feira (13), o FMI também anunciou um acordo que permite o desembolso de quase US$ 800 milhões (R$ 4,1 bilhão) ao país. A organização destacou o "primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos, a rápida queda da inflação, a mudança de tendência das reservas internacionais e uma forte redução do risco soberano". Por outro lado, especialistas alertam que o superávit foi conseguido com cortes de gastos que não são sustentáveis no tempo: milhares de demissões, paralisação de obras públicas e deterioração de salários e aposentadorias em um país com a metade de seus 47 milhões de habitantes na pobreza. A crise econômica tem feito, inclusive, os argentinos abrirem mão do churrasco, um de seus símbolos nacionais. O consumo de carne bovina por habitante caiu 18,5% no país em um ano, atingindo o menor nível em 30 anos. Argentinos estão comendo menos carne Veja Mais

Governo vai comprar casas, expandir Minha Casa, Minha Vida e usar imóveis de bancos para dar moradia a vítimas das chuvas no RS

G1 Economia Ministro da Casa Civil diz que 100% das famílias que perderam suas casas na enchente e se encaixam nas faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida terão acesso ao benefício. O governo federal anunciou nesta quarta-feira (15) uma série de medidas para garantir moradia às famílias que ficaram sem casa após as inundações que atingiram o Rio Grande do Sul. Lula volta ao Rio Grande do Sul para anunciar ajuda e ministério extraordinário De acordo com o ministro Rui Costa, da Casa Civil, o governo vai comprar casas que estejam à venda, expandir o programa Minha Casa, Minha Vida e usar imóveis da Caixa e do Banco do Brasil que iriam para leilão nas cidades atingidas. Costa anunciou as medidas durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a São Leopoldo, no Vale dos Sinos. Lula visitou um abrigo na região e fez um evento com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB), para anunciar as medidas, entre elas a criação de um ministério para coordenar a atuação do governo federal na reconstrução do estado. Minha Casa Minha Vida No programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, o governo já havia anunciado uma suspensão de seis meses para o pagamento das parcelas dos financiamentos. Nesta quarta, Rui Costa anunciou uma medida adicional: famílias que perderam suas casas na enchente e se encaixam nas faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida terão novos imóveis 100% garantidos pelo governo federal. Para isso, segundo Rui Costa, serão usados múltiplos caminhos: compra assistida de imóveis usados (a família indica uma casa já existente ao governo, a União compra a casa e entrega à familia); chamada pública de imóveis (o governo recebe propostas de proprietários interessados em vender imóveis); estoque de casas para leilão (imóveis que foram tomados pelo governo, em razão de financiamentos não pagos, serão retirados de leilão, quitados e ofertados às famílias); aquisição de imóveis de construtoras (domicílios que empreiteiras vinham construindo, por conta própria, para oferecer ao mercado – o governo fará a compra antecipada e entregará às famílias); habilitação de novos projetos do Minha Casa, Minha Vida (projetos que tinham sido apresentados, mas não foram selecionados na cota do programa). "Nós já avisamos aos prefeitos, aviso aqui publicamente aos que não estão presentes pelas redes e pela imprensa, aquelas pessoas que estão em abrigo, seja abrigo oficial ou estão abrigadas em casas familiares, elas já podem procurar na sua cidade um imóvel à venda dentro desse padrão que eu citei que o governo federal, através da Caixa, vai comprar a casa e entregar à pessoa", disse Rui Costa. Árvore foi parar sobre uma das casas atingidas pelas enchentes na cidade de Lajeado (RS). Fábio Tito/g1 O governo anunciou que serão restituídas inclusive as casas que não eram regularizadas. Para as residências urbanas, o programa habitacional do governo usa a renda das famílias para classificá-las em faixas: a faixa 1 é formada por famílias que tenham renda bruta familiar mensal até R$ 2.640; na faixa 2, a renda bruta familiar mensal é entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400. O limite de valor dos imóveis que podem ser comprados via faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida variam entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, a depender da localidade. Leia também: Auxílio de R$ 5,1 mil, saque do FGTS e ampliação do Bolsa Família: veja medidas do governo para afetados pela tragédia no RS 'Arregaçar as mangas e trabalhar': Moradores do Vale do Taquari voltam para casa após enchente Morador pendura cama no teto em casa tomada por água da Lagoa do Patos; veja vídeo Veja Mais

Vencido no Copom, Galípolo diz que votou por corte maior nos juros porque não viu mudança 'substancial' no cenário

G1 Economia Comitê decidiu reduzir ritmo de redução da Selic para 0,25 ponto, contrariando indicação dada em março. Decisão causou 'racha' no Copom; para Galípolo, indicação anterior deveria ser seguida. Gabriel Galipolo, diretor de Política Monetária do Banco Central TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (15) que votou a favor de um corte maior na taxa básica de juros, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), porque isso já havia sido indicado anteriormente pela instituição, em março. Ele, no entanto, foi voto vencido. Por 5 a 4, o Copom decidiu recuar no ritmo do corte de juros, e reduziu 0,25 ponto percentual na Selic, para 10,5% ao ano. Na indicação divulgada anteriormente, a previsão era corte de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano. A decisão indicou um "racha" no Copom (veja mais abaixo). Nesta quarta-feira, Galípolo afirmou que a mudança no chamado "guidance", ou seja, na indicação de o corte de juros seria maior, demandaria uma "mudança substancial" do cenário para a inflação, o que, em sua visão, não aconteceu. "Nos comunicados anteriores, tinha uma questão sobre alteração substancial do cenário. Essa lógica sobre o que é substancial pode ter um peso distinto para diferentes diretores", afirmou Galípolo em Nova York (Estados Unidos), durante seminário internacional promovido pelos jornais "Valor Econômico" e "O Globo". 'Racha no Copom' Na última reunião do Copom, a maior parte da diretoria do BC, incluindo diretores antigos e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, votaram pela redução de 0,25 ponto percentual – mostrando mais preocupação com as perspectivas para a inflação. Os quatro novos diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), crítico contumaz de juros elevados – inclusive Galípolo, que é cotado para assumir a presidência do Banco Central em janeiro de 2025 –, queriam uma redução maior na taxa básica da economia. Mas foram voto vencido. A divisão na diretoria do BC gerou tensão no mercado. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram no dia seguinte. O receio é que, a partir de 2025, com maioria no Copom pelo diretores indicados pelo presidente Lula, possa haver leniência no controle da inflação. Credibilidade No seminário nos Estados Unidos, Gabriel Galípolo afirmou que ficou preocupado em ter que dar um "pivô, uma meia volta" na indicação anterior sobre o corte de juros, pois isso poderia ter impacto em sua credibilidade como diretor do BC. "Me preocupava muito qual era a função reação que eu poderia passar ao dar um pivô, uma meia volta, em cima de toda comunicação que eu vinha fazendo, e coerência com o que eu vinha fazendo. Se eu quero com o tempo ganhar credibilidade, eu preciso ter coerência entre a minha fala e as minhas ações", declarou. Segundo ele, há um "peso distinto" para diferentes diretores em abandonar o "guidance". "Os diretores que estão há mais tempo conquistaram essa credibilidade no mercado. Quando ganha credibilidade, ganha graus de liberdade, até para não entregar o 'guidance' e não gerar dúvida no mercado sobre função de reação", avaliou Galípolo. Por fim, o diretor do BC reafirmou o compromisso com as metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para os próximos anos – que são as diretrizes para as decisões do Copom sobre a taxa de juros. "É importante recolocar, meta não se discute, se persegue e se atende. Poder Executivo, poder democraticamente eleito, através de seu representante no CMN, determina a meta e cabe aos diretores [do BC] colocar a taxa de juros em patamar restritivo suficiente, e pelo tempo necessário, para que a inflação convirja para a meta. Essa é a função do Copom, e não há qualquer tipo de tergiversação sobre o tema", concluiu Galípolo. Veja Mais

Por que a dona do Outback pode sair do Brasil e o que deve acontecer com os restaurantes

G1 Economia Controladora da marca estuda a possibilidade de vender o controle da operação brasileira, mas garante que lojas não vão fechar. Unidade do Outback Steakhouse no Shopping Salvador Divulgação Uma das redes de restaurantes mais famosas do Brasil, o Outback, pode ter uma mudança importante na rota de suas operações no país. A empresa controladora da rede, a Bloomin' Brands, avalia a possibilidade de vender o comando dos restaurantes no Brasil. O momento é de queda nas vendas no país e prejuízo da matriz no primeiro trimestre de 2024. (saiba mais abaixo) "A Companhia anunciou que está explorando e avaliando alternativas estratégicas para as operações no Brasil que tenham o potencial de maximizar valor para nossos acionistas, incluindo, mas não se limitando a, uma possível venda das operações", diz a empresa, em seu balanço corporativo. Segundo a Bloomin' Brands, isso não significa que as lojas do Outback no país vão fechar. Em nota enviada ao g1, a companhia reitera "o compromisso de manter os restaurantes em pleno funcionamento para continuar proporcionando de forma consistente uma experiência excepcional aos clientes". A operação brasileira do Outback, na verdade, é a segunda mais importante do mundo para a Bloomin' Brands, atrás apenas dos Estados Unidos, onde fica a sede da empresa. Em 2023, o resultado das operações internacionais da rede foi de US$ 84 milhões (cerca de R$ 432 milhões), e o Brasil teve uma grande parcela nisso: as lojas brasileiras do Outback respondem por 87% do faturamento internacional. A Bloomin Brands opera 159 restaurantes do Outback no Brasil, além de 16 unidades da rede Abbraccio e duas da Aussie Grill. LEIA TAMBÉM Starbucks Brasil: dona do Burger King avança e apresenta proposta para possível compra da operação Casas Bahia: o que é uma recuperação extrajudicial e quais os próximos passos da companhia Desenrola Pequenos Negócios começa nesta segunda-feira; veja perguntas e respostas Vendas mais fracas Apesar da importância do Outback Brasil para a Bloomin' Brands, a companhia estuda a venda do controle da operação porque atravessa uma situação financeira mais desafiadora. Entre janeiro e março deste ano, a receita global da empresa teve uma queda de 4%, e foi de pouco menos de US$ 1,2 bilhão (ou R$ 6 bilhões). Entre as razões para a queda, a rede destacou vendas mais baixas em nível mundial e fechamento de restaurantes. Nas lojas brasileiras, o recuo foi de 0,7% nas vendas do Outback. Com tudo isso em conta, a Bloomin' Brands registrou um prejuízo de US$ 83,9 milhões (R$ 432 milhões) no primeiro trimestre, contra um lucro de US$ 91,3 milhões no mesmo período do ano passado (R$ 470 milhões). A empresa também afirma que o "o impacto da anulação da isenção do imposto sobre valor agregado no Brasil" pesou sobre o balanço. O g1 pediu mais detalhes à Bloomin' Brands sobre quais isenções a companhia considera que afetaram a receita, mas a empresa não respondeu até a publicação desta reportagem. Em dezembro do ano passado, uma medida provisória enviada pelo governo ao Congresso previa o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que teve início na pandemia para impulsionar bares, restaurantes e o setor de eventos. Mas a medida só passaria a valer a partir de abril deste ano, depois do período de apuração dos resultados do primeiro trimestre da empresa. E, no fim do mês, o governo optou por manter o Perse até 2026. O que acontece com os restaurantes? O que a Bloomin' Brands estuda é se a venda do controle do Outback no Brasil poderia trazer um fôlego financeiro para a companhia. Nada está definido ainda. A empresa informou que estuda as possibilidades do negócio e que não há prazo para que tome uma decisão. Enquanto isso, a companhia descarta a hipótese de retirar a marca do país — afinal, é daí que vem boa parte da receita. Passaria, então, de líder da operação para um esquema de licenciamento. Se a decisão for vender o controle, outras empresas ou fundos precisam mostrar interesse em adquirir o negócio, para que comece todo o processo de diligência e passagem de bastão. Um caso bastante popular e recente de uma empresa que pode passar o controle da operação brasileira para outro grupo é a Starbucks. A SouthRock, que era controladora da marca no Brasil, passa por um processo de recuperação judicial com uma dívida bilionária. A SouthRock perdeu o direto de operar a rede de cafeterias no Brasil e, agora, a ZAMP — dona do Burger King e do Popeyes — estuda o negócio para a possível compra das operações. Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil Veja Mais

+Milionária pode pagar R$ 185 milhões nesta quarta-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil O concurso 146 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 185 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (15), em São Paulo. No concurso do último sábado (11), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. Veja Mais

Ações da Petrobras tombam em Nova York após demissão de Prates

G1 Economia Queda chegou a 8% nas ADRs, os recibos de ações negociados nos EUA. Resultado ocorre no after market, período após o fechamento do mercado. Fachada do prédio da Petrobras, no Centro do Rio Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo As ações da Petrobras despencaram na Bolsa de Nova York após o anúncio da demissão do presidente da empresa, Jean Paul Prates, nesta terça-feira (14). Segundo o blog da Natuza Nery, Magda Chambriard foi convidada para ser a substituta de Prates e já aceitou assumir o cargo. A queda nas ADRs (American Depositary Receipts, ou recibo de ações negociados na Bolsa dos EUA) da empresa chegou a 8%. O resultado ocorre no after market, período após o fechamento do mercado. O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, explica que, normalmente, a movimentação no mercado norte-americano dá sinalizações sobre como será a abertura do pregão da bolsa brasileira no dia seguinte. "Podem acontecer mudanças nas próximas horas. Agora, o mercado vai assimilar indicação da ex-diretora da ANP Magda Chambriard. A partir disso, os investidores podem manter sua aversão ao risco ou atenuar a queda registrada no after market de Nova York", diz. LEIA TAMBÉM Lula demite Jean Paul Prates, presidente da Petrobras Empresa terá seu sexto presidente em três anos 'Decisão do presidente', diz Jean Paul Prates sobre sua demissão Para o economista André Perfeito, o efeito de curto prazo é justamente a queda no preço corrente das ações da companhia. "Tanto é que já aconteceu", diz, observando a queda das ADRs. "Justamente hoje, o mercado havia se acalmado após a leitura da ata do Copom [Comitê de Política Monetária], que foi certeiro em pacificar a decisão da semana passada", diz. "Mas, provavelmente, amanhã veremos nova rodada de realizações, e o dólar pode estressar mais uma vez." Ainda segundo o economista, os efeitos de curto prazo, como a queda nas ações, não podem ser confundidos com os de prazo mais longo. Demissão de Prates Prates foi demitido pessoalmente por Lula. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, estavam presente. A avaliação do governo é que a situação de Prates ficou insustentável. A informação foi inicialmente publicada pela coluna da Malu Gaspar, do jornal "O Globo", e foi confirmada pelo blog da Natuza Nery. Segundo fontes, Lula decidiu pela demissão de Prates já há algum tempo após uma sequência de desentendimentos com o governo. O agora ex-presidente da Petrobras não se entendia com Silveira havia muito tempo. De acordo com o blog da Andréia Sadi, Prates citou "intrigas palacianas' após ser demitido. O argumento usado é o de que Jean Paul não estaria entregando resultados da Petrobras na velocidade em que o governo esperava. Ao blog, Jean disse que respeita a decisão, mas afirmou que não pode deixar de dizer que presidente foi levado a adotar a medida por uma intriga palaciana. Lula demite Jean Paul Prates, presidente da Petrobras A Petrobras publicou fato relevante na noite desta terça-feira, anunciando o "encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada". "Adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, se e uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras." A próxima presidente da Petrobras, Magda Chambriard, foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no governo Dilma Rousseff (PT). Ela também é consultora na área de óleo, gás e biocombustíveis e trabalhou na Petrobras por mais de 20 anos. Jean Paul Prates Pilar Olivares/Reuters Indicação de Prates Prates foi indicado para o cargo antes mesmo de Lula tomar posse, em dezembro de 2022. O então presidente eleito comunicou a indicação por meio de uma postagem em rede social. "Gostaria de anunciar a indicação do Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras. Advogado, economista e um especialista no setor de energia, para conduzir a empresa para um grande futuro", dizia a mensagem. Advogado e economista, Prates também atuou como empresário e dirigente sindical. Na década de 80, participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro) e trabalhou na regulação dos setores de petróleo, energia renovável, biocombustíveis e infraestrutura nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Ele também foi secretário de Estado de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte e, em 2014, foi suplente na chapa de Fátima Bezerra (PT), eleita ao Senado. Em 2019, após a senadora ser eleita governadora do Rio Grande do Norte, Prates assumiu o mandato como titular até 2022, quando foi indicado para o cargo. Veja Mais

Aneel proíbe multas, juros e corte de energia por falta de pagamento de contas de luz no RS

G1 Economia Consumidores terão 90 dias para quitar débitos. Hoje, quando há atraso no pagamento da fatura, a distribuidora pode cortar a energia em 15 dias. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu proibir a cobrança de juros e multas, e o corte do fornecimento de energia a imóveis com contas de luz atrasadas em locais afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Aprovada nesta terça-feira (14), a medida determina que os clientes em municípios com decreto de calamidade declarado terão um prazo de até 90 dias para quitar os seus débitos. As distribuidoras também não poderão cobrar juros e multas pelo atraso. Já os outros consumidores, que não estejam em locais em que haja decreto de calamidade declarado, o prazo será ampliado para 30 dias. Hoje, quando há atraso no pagamento da fatura, a distribuidora pode cortar a energia desde que comunique o consumidor por escrito 15 dias antes. A agência não descarta a possibilidade de "perdão" das dívidas, mas destaca que isso depende de uma política pública definida pelo Ministério de Minas e Energia. "Não é perdoar a dívida do consumidor, porque para isso precisamos de política pública como foi na época da Covid. Mas, dependendo do caso, dar 90 [dias], 30 dias, para ele não ter que se preocupar de ser cortado, principalmente", declarou a relatora do processo, diretora Agnes Costa, em entrevista. Colapso em Porto Alegre: população se desloca para interior e litoral enquanto capital gaúcha enfrenta falta d'água e energia Contratos suspensos para casas destruídas No caso das casas destruídas pelas chuvas, a Aneel vai desobrigar a distribuidora local de religar ou manter o fornecimento de energia, suspendendo os contratos. Esse é um pleito das distribuidoras, que, em situações normais, têm a obrigação de deslocar equipes para religar os imóveis. "As consequências decorrentes de destruição de moradias e estabelecimentos, com possível extinção da unidade consumidora, têm tratamento específico em artigo que obriga as distribuidoras a suspender os contratos nessas situações", declarou Agnes Costa. A agência também deu prazo de seis meses para que os consumidores que perderiam o benefício da tarifa social possam regularizar a sua situação. Dessa forma, a distribuidora não poderá mudar a situação cadastral de seus clientes. Impactos Segundo a Aneel, 512 mil imóveis estavam com fornecimento interrompido no dia 7 de maio. Na segunda-feira (13), esse número havia caído para cerca de 280 mil. Os clientes do Rio Grande do Sul são atendidos por 20 distribuidoras, cujo mercado totaliza 4,5 milhões de imóveis. Empresas grandes como a RGE e a Equatorial tiveram picos de interrupção de fornecimento aos consumidores na ordem de 11% e 12% do total de clientes atendidos. Já a Certel, que é uma distribuidora menor, registrou pico de 66% de seus clientes sem energia, por exemplo. Caixa das distribuidoras A diretoria da Aneel também autorizou as distribuidoras do Rio Grande do Sul a suspender por três meses o repasse de alguns encargos setoriais, que são recolhidos na conta de luz dos consumidores. Os encargos suspensos totalizam R$ 757 milhões nos três meses. Com a decisão, o pagamento das parcelas postergadas deve começar em até 90 dias depois da data original de vencimento. Na prática, esses valores continuarão a ser cobrados nas contas de luz, mas a distribuidora terá mais tempo para repassar o dinheiro à Aneel. Os encargos postergados são: Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que banca os subsídios e políticas públicas do setor elétrico; Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), que tem o objetivo de aumentar a participação de fontes renováveis no setor; Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica (TFSEE), que custeia as atividades da Aneel. "Observa-se assim que o fôlego financeiro decorrente dessa medida pode vir acompanhado de política pública que vise saldar parte desses débitos com outras fontes de receita de modo a propiciar um efeito econômico mais duradouro", disse a diretora Agnes em seu voto. Veja Mais

Entenda como projeto de R$ 1 bilhão prevê aumentar volume de transporte de carga aérea no Brasil

G1 Economia Parceria entre multinacional de logística e companhia aérea terá quatro aviões cargueiros exclusivos com criação de nova rota entre Campinas e Manaus. Projeção é de movimentar 10 mil toneladas por mês até 2025. Parceria entre multinacional e companhia aérea terá aeronave cargueira exclusiva Guilherme Ramos A parceria entre uma multinacional especializada no setor de armazenagem e distribuição e uma companhia aérea de carga com sede no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), pretende oferecer uma "solução" para aumentar o fluxo de transporte aéreo doméstico de carga no Brasil. ???? Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp O projeto, com investimento total de R$ 1 bilhão, prevê o uso de quatro aviões cargueiros exclusivos em uma rota entre Campinas e Manaus (AM) para impulsionar o modal aéreo de transporte de carga e oferecer uma alternativa às opções de fluxo rodoviário, aquaviário e ferroviário. A informação foi obtida pelo g1 com a multinacional envolvida no projeto, a DHL Supply Chain. A previsão é de que a primeira aeronave, que será da companhia Levu Air Cargo, entre em operação ainda em maio. Inicialmente, os voos farão a rota Campinas-Manaus com frequência diária e Campinas-Recife com três saídas por semana. O planejamento é incluir ainda uma saída do Aeroporto de Viracopos, maior complexo de movimentação de carga aérea do Brasil, para Belém (PA). Qual é o cenário de carga por modal aéreo do Brasil? Por conta da demanda por mais agilidade de transporte principalmente em setores como saúde, tecnologia, automotivo e e-commerce, o transporte pelo modal aéreo registrou índices de crescimento no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em março de 2023, 38 mil toneladas foram movimentadas no país por via aérea, o que, à época, superava em 5% os índices do pré-pandemia. Já em março deste ano, os dados do órgão obtidos pelo g1 apontam fluxo doméstico de 42 mil toneladas, entre carga e correio. O projeto de parceria prevê aumentar essa movimentação em 4 mil toneladas por mês no primeiro ano de operação, com capacidade de chegar a 10 mil toneladas em 2025. Este volume representa entre 3 e 4% do market share (participação de mercado) do setor privado de frete aéreo. Setores de prioridade As aeronaves, por serem cargueiras, têm capacidade de levar cargas mais pesadas e inclusive fazer o transporte de materiais radioativos. Veja as áreas que serão o foco: Saúde (farmacêutico); Eletroeletrônicos; Automotivo; Perecíveis Investimento e volume de transporte O investimento foi dividido em R$ 480 milhões da empresa de logística e R$ 530 milhões de companhia aérea cargueira, o que totaliza o valor de R$ 1 bilhão. Segundo a multinacional, 200 empregos diretos e 500 indiretos foram gerados. As aeronaves são do modelo Airbus, sendo dois A330 com capacidade de 59, e outros dois A321 com capacidade de 27 toneladas. Novo centro logístico em Viracopos No início de maio, o g1 havia informado que o antigo terminal de passageiros de Viracopos, desativado em 2016, se transformou em um novo galpão com capacidade para processar 9,5 mil toneladas de materiais por mês. A nova área de processamento de cargas de Viracopos será direcionada principalmente à transações domésticas, diferentemente do atual Terminal de Carga (TECA), que tem uma atuação relacionada à importação e exportação. A obra para transformar o antigo terminal de passageiros do aeroporto em um novo complexo cargueiro durou pelo menos dois anos. O projeto faz parte do conceito defendido pela concessionária, desde a época da assinatura do contrato de concessão, de "Aerotrópolis", no qual o aeroporto é o objeto central e, ao redor, se desenvolve uma série de empreendimentos imobiliários. Terminal de passageiros virou complexo de cargas em Viracopos Imprensa/ABV VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas Veja Mais

'Racha' no Copom: veja argumentos dos diretores do BC que queriam corte maior nos juros, mas foram vencidos

G1 Economia Apesar da dissidência interna, integrantes do comitê concluíram que cenário para inflação nos próximos anos se tornou 'mais desafiador'. BC vê situação externa mais 'adversa', atividade econômica e emprego aquecidos, e cita necessidade de política crível para contas públicas. Copom reduziu o ritmo de corte dos juros e registrou racha em sua última reunião Raphael Ribeiro/BCB O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta terça-feira (14) a ata de sua última reunião, realizada no dia 8 de maio, quando houve divisão na diretoria do Banco Central sobre o ritmo de corte da taxa de juros – o que gerou nervosismo no mercado financeiro. À ocasião, o Copom decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa Selic – que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano. Apesar da dissidência interna, o Copom concluiu, segundo a ata, que o cenário para inflação nos próximos anos "se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada" (veja os recados do Copom abaixo). Entenda o que ocorreu: Quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. O "racha" no Copom teve efeito negativo no mercado financeiro no dia seguinte. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula – com maioria no Copom a partir de 2026 –, possa ser mais leniente com a inflação, em busca de um ritmo maior de crescimento da economia. Segundo a ata da reunião, diante da análise de dados, "concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária [definição dos juros] mais contracionista e mais cautelosa, de modo a reforçar a dinâmica desinflacionária". Copom: voto de Campos Neto racha diretoria antiga e sucessores Argumentos por redução maior nos juros Os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, crítico contumaz da diretoria anterior do Banco Central – indicada por Jair Bolsonaro (PL) – avaliaram que houve, de fato, um "aumento das incertezas internas e externas" na economia brasileira nas últimas semanas, como apontou o restante da diretoria do BC. Entretanto, eles lembraram que o Copom havia indicado, na reunião anterior, que seria feito um novo corte de 0,50 ponto percentual – chamado de "guidance" no jargão técnico do mercado financeiro. Segundo a ata, na reunião, os diretores discutiram se seria prudente não seguir essa indicação, mesmo diante da mudança de cenário. "Como em debates ocorridos em outras reuniões, tais membros discutiram se o cenário prospectivo [previsões para os próximos anos] divergiu significativamente do que era esperado a ponto de valer o custo reputacional de não seguir o 'guidance' [indicação de um corte maior nos juros, de 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano], o que poderia levar a uma redução do poder das comunicações formais do Comitê", diz a ata do Copom. Para os membros indicados por Lula, segundo o BC, "julgou-se apropriado, tal como em reuniões anteriores, seguir o 'guidance' [indicações dadas anteriormente sobre o ritmo de corte dos juros], mas reafirmando o firme compromisso com a meta e com a requerida taxa de juros terminal para que o objetivo precípuo do Comitê de convergência da inflação para a meta seja alcançado". Eles avaliaram, ainda, que é difícil antever uma tendência para a dinâmica da inflação em um "ambiente incerto", mas que isso não deveria ser confundido com "leniência com relação aos indicadores divulgados no período, em particular as expectativas de inflação". Alegações para um corte menor no juro Ao mesmo tempo, quatro diretores mais antigos do Banco Central, e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, concluíram que era apropriado reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. Para o grupo, o "cenário esperado não se confirmou em função da "desancoragem adicional" das expectativas, da elevação das projeções de inflação, do cenário internacional mais adverso e da atividade econômica mais dinâmica do que esperado. "Para tais membros, o 'forward guidance' indicado [de um corte maior nos juros, para 10,25% ao ano] na reunião anterior sempre foi condicional e houve alteração no cenário em relação ao que se esperava", diz a ata. Segundo o documento, "tais membros ressaltaram que muito mais importante do que o eventual custo reputacional de não seguir um 'guidance', mesmo que condicional, é o risco de perda de credibilidade sobre o compromisso com o combate à inflação e com a ancoragem das expectativas". Recados do Copom Para além da divergência, o Comitê de Política Monetária divulgou vários recados na ata de sua última reunião. Veja abaixo: Cenário externo: O BC avaliou que o cenário internacional se mostrou "mais adverso" e que a incerteza com relação ao ciclo de queda de juros norte-americano e ao processo desinflacionário nas principais economias mostra-se persistente. "Nesse cenário de incerteza prospectiva elevada, reforça-se a necessidade de maior cautela na condução da política monetária [definição da taxa de juros] doméstica. Observa que também houve uma mudança nas expectativas do mercado sobre o início do ciclo de cortes de juros nos EUA, com postergação", diz a ata. Juros altos por mais tempo nos EUA, segundo analistas, dificultam um corte mais agressivo da taxa Selic no Brasil. Atividade econômica no Brasil: O Copom avaliou que, ao longo dos últimos trimestres, os dados de atividade econômica surpreenderam, com maior crescimento em diferentes componentes da demanda (procura por bens e serviços pela população). "Ressaltou-se a resiliência da atividade doméstica e a sustentação do consumo ao longo do tempo, em contraste com o cenário de desaceleração gradual originalmente antecipado pelo Comitê." Por fim, o BC concluiu que a atividade revela-se de fato mais forte ao longo do ano. Atividade econômica mais aquecida, por sua vez, pode ter um impacto maior sobre a inflação, dizem economistas. Contas públicas: O Banco Central diz que "reforçou a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal", assim como o "aumento de crédito direcionado" (linhas com subsídios pelas empresas) e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia – aquela que mantém a inflação sob controle sem afetar o crescimento da economia. Recentemente, o governo anunciou que quer alterar as metas das contas públicas, o que liberaria R$ 160 bilhões a mais em gastos em 2025 e 2026. "O Comitê acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal [mudanças das metas para as contas públicas] e seus impactos sobre a política monetária [definição da taxa de juros pelo Banco Central]. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", diz o BC. Metas de inflação: O Comitê de Política Monetária avaliou que, para reduzir as expectativas de inflação – em alta para 2024 e 2025 –, deve haver uma "atuação firme da autoridade monetária, bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade e da reputação tanto das instituições como dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira". "O Comitê não se furtará de seu compromisso com o atingimento da meta de inflação e entende o papel fundamental das expectativas na dinâmica da inflação", acrescentou. Mercado de trabalho aquecido: O Copom diz que há "surpresas recorrentes apontando para elevado dinamismo do mercado de trabalho". Segundo a instituição, o debate se concentrou sobre a "possível transmissão para salários e preços do aperto verificado no mercado de trabalho". "Foi mencionada, como evidência preliminar, a inflação nos serviços intensivos em trabalho, que tem se mostrado persistentemente acima do nível compatível com o cumprimento da meta. Por outro lado, mencionou-se que ainda não há evidências conclusivas de impacto do mercado de trabalho sobre a inflação". Veja Mais

Governo e mercado veem dívida pública em tendência de alta; entenda efeitos na economia e comparação com outros países

G1 Economia Dívida pública pressionada pode influenciar crescimento da economia, geração de empregos e investimentos produtivos. Analistas argumentam que controle das contas é necessário para que a dívida tenha um perfil melhor. Presidente do Banco Central, Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante debate no Senado TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO A equipe econômica e o mercado financeiro veem a dívida pública brasileira em crescimento nos próximos anos, mesmo que em ritmos diferentes, o que pode influenciar a taxa de juros da economia — com reflexo nos investimentos produtivos, no crescimento do país e na geração de empregos. No início de maio, a agência de classificação de riscos Moody's mudou a perspectiva da avaliação de "estável" para "positiva" do Brasil e citou que, entre outros fatores, um "crescimento mais forte" da economia e uma "consolidação fiscal" (medidas para melhorar as contas públicas) podem estabilizar o peso da dívida. Mas apontou que "há riscos" para a continuidade dessa melhora. Em março deste ano, a dívida do setor público consolidado, usada na comparação internacional, subiu para 75,7% do PIB. É o nível mais alto em cerca de dois anos. Para o governo, a dívida avançará até 79,7% do PIB em 2027 (cenário base), mas há possibilidade de que atinja 90,1% do PIB em 2028 (caso as previsões para as contas públicas e para o PIB sejam piores). Os números estão na LDO de 2025, divulgada em abril. Para o mercado financeiro, de acordo com pesquisa feita na semana passada pelo BC com mais de 100 instituições financeiras, a dívida pública atingirá o pico de 87,5% em 2032, recuando posteriormente. A dívida brasileira está abaixo de nações desenvolvidas, próxima de países da União Europeia e acima nações emergentes, e da América Latina e Caribe. Roberto Campos Neto comenta o cenário de juros e inflação nos Estados Unidos A avaliação da Moody's foi feita antes que o país e o mundo conhecessem o impacto das maiores chuvas da história do Rio Grande do Sul. A catástrofe climática deve impactar negativamente as contas públicas. Isso, porque o governo propôs e o Congresso aprovou um "orçamento de guerra" para lidar com a calamidade. O governo não precisará incluir esses gastos nas metas fiscais, mas terá que ampliar a dívida para custear essas despesas. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou o aumento da dívida brasileira. "Eu às vezes fico um pouco irritado com esse negócio de déficit fiscal, se vai ser déficit, se não vai ser déficit. Isso é uma discussão que nenhum país do mundo se faz. Em nenhum país do mundo. A dívida pública bruta dos EUA é 112% do PIB. A dívida do Japão é 235% do PIB. A dívida da Itália é quase 200%. Ou seja, esse não é o problema", declarou Lula , em evento no Palácio do Planalto. Ele afirmou que não pode ficar com o "sistema financeiro todo santo dia só olhando déficit fiscal [das contas públicas] e não olhar déficit social". E acrescentou que não vai gastar mais do que precisa. "Mas se eu tiver que gastar para construir um ativo novo, estou fazendo que nem um empresário que tem um mercado mais promissor", declarou Lula. O economista Guilherme Tinoco, pesquisador associado do IBRE/FGV, explicou que o Brasil, como uma nação emergente, não pode ter um endividamento tão alto quanto o de países desenvolvidos. "E uma das razões muito claras é que a taxa de juros que os países desenvolvidos pagam é menor, porque os países são mais confiáveis, têm um histórico melhor como pagador. Então, esses países conseguem ter um nível de dívida maior, porque os agentes sentem-se mais seguros. É um devedor com 'rating' [avaliação de risco] melhor, tem um histórico melhor. É basicamente por isso, afirmou Guilherme Tinoco, do do IBRE/FGV. Por que isso é importante? A relação entre dívida e PIB é um indicador relevante para o mercado financeiro, interpretado como um sinal da capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros de curto, médio e longo prazo. Quanto maior a dívida em relação ao PIB, maior o risco de um calote em momentos de crise. Além do patamar da dívida, a performance das contas públicas também é avaliada por investidores. O Tratado de Maastrich, por exemplo, assinado em 1992 pelos países da União Europeia, diz que as nações do bloco devem buscar um déficit fiscal inferior a 3% do PIB (pelo conceito nominal, que inclui o pagamento de juros). Em 2023, o déficit nominal do Brasil somou 8,9% do PIB -- o equivalente a R$ 967 bilhões. A lógica é que déficits elevados impulsionam a dívida pública com mais intensidade -- dificultando a capacidade de pagamentos dos países. Guilherme Tinoco, da FGV/IBRE, disse que o ritmo de crescimento da economia, além de outros indicadores, como inflação, resultados das contas externas e o patamar das reservas internacionais brasileiras -- acima de US$ 350 bilhões atualmente -- também são acompanhados por investidores. "A dívida pública, ela impõe um pagamento de juros ao país. Então, quando a dívida vai crescendo, você vai aumentando uma parcela de juros, porque é sobre um estoque [valor total] maior, e se ela for muito alta, se ela for percebida como muito alta, ou destoar muito dos outros países comparáveis. Ou se as pessoas começarem a perceber que o governo pode não ter condição de pagar, você pode ter uma situação em que o governo precisa subir muito o juro para conseguir tornar essa dívida atrativa, mas isso vai prejudicando também toda a economia", declarou. Presidente do Banco Central No começo do ano passado, em meio a ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para baixar a taxa de juros da economia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, explicou no Congresso Nacional como a dívida pública influencia a taxa de juros brasileira. "Na parte dos juros, a gente não pode confundir causa e efeito. A dívida não é alta porque o juro é alto. É o contrário, o juro é alto porque a dívida é alta. Quando você endividado vai ao banco, e o banco faz uma análise que você é endividado e não paga a dívida, o juro é alto", declarou Campos Neto, na ocasião. Por conta disso, os economistas do mercado financeiro cobram que a equipe econômica do governo Lula, chefiada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busque inicialmente o equilíbrio e, depois, resultados positivos nas contas públicas. A lógica é que, contas no vermelho, pressionam ainda mais a dívida pública para cima. O objetivo é justamente impedir um impacto maior nos juros, algo que limita o crescimento do país. Haddad tem defendido o equilíbrio das contas públicas. No ano passado, ele declarou que isso é o "melhor para o país". O ministro tem advogado um "pacto" entre os poderes para melhorar as contas públicas. “E o que eu puder fazer para que esse equilíbrio seja atingido, eu vou fazer, incluindo antecipar medidas de 2024 para 2023, que estavam previstas para o ano que vem. Então, é essa a minha obrigação, porque essa é minha crença. Não é porque eu... Repito: eu não estou fazendo algo que eu não acredito", afirmou Haddad, no último ano. Mudança das metas para as contas públicas Em 2023, o governo registrou um déficit primário de R$ 230,5 bilhões em 2023. É o segundo pior resultado de toda série histórica, iniciada em 1997. A área econômica informou que o resultado foi impacto pelo pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios. O governo manteve a meta de déficit zero para este ano, embora completamente desacreditada pelo mercado financeiro (que vê rombo próximo de R$ 80 bilhões em 2024), e propôs em abril reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. Para 2025, propôs a mudança da meta fiscal de um superávit de 0,5% do PIB (+R$ 62 bilhões) para uma meta fiscal zero, sem déficit nem superávit. Para 2026, propôs alterar a meta de um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões) para um superávit menor, de 0,25% do PIB — cerca de R$ 33 bilhões Na prática, ganhou um espaço para gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos próximos dois anos. Apesar das metas de que as contas voltem ao azul, as últimas previsões oficiais dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento são de que as contas terão rombo até 2026 -- o último da atual gestão. E que voltarão a ter superávit somente em 2027. Desafios para conter a dívida A retomada de superávits nas contas públicas é importante justamente para conter o crescimento da dívida e evitar uma trajetória mais alta para a taxa de juros na economia. A Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado Federal, vem alertando desde o ano passado que o governo precisaria de um superávit anual de 1,5% do PIB para conter a trajetória de expansão da dívida pública. Após o governo propor a mudança das metas fiscais, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o trabalho da instituição para buscar as metas de inflação ficou mais "custoso e difícil". Nesta semana, o BC decidiu reduzir o ritmo de corte de juros para 0,25 ponto percentual, fixando a Selic em 10,5% ao ano. A decisão foi dividida, com os diretores indicados pelo governo Lula votando por uma redução maior. Isso porque o aumento de gastos do governo, liberado com a mudança das metas de 2025 e de 2026, tende a impactar a inflação. E o mercado financeiro, também preocupado com a perspectiva de juros altos nos Estados Unidos por mais tempo, já começou a prever cortes menores de juros neste e no próximo ano. "A evidência do que vimos nos últimos dias nos mostra que o mercado ficou mais preocupado com relação ao fiscal [contas públicas], e qual vai ser o equilíbrio fiscal no futuro, com efeito no prêmio de risco, o que torna o trabalho mais difícil e custoso", afirmou Campos Neto, em meados de abril. Economistas ouvidos pelo g1 avaliaram que a equipe econômica, enquanto aprovou medidas para elevar a arrecadação neste ano, tem falhado ao não dar ao corte de gastos o mesmo peso que tem dado à elaboração de medidas de aumento de arrecadação. Fed mantém juros entre 5,25% e 5,5% ao ano; Bruno Carazza comenta Comparação internacional Se a tendência é de alta na dívida brasileira, o mesmo acontece com a maior parte dos blocos econômicos. Com a escalada da inflação nos países desenvolvidos no ano passado, essas nações foram obrigadas a subir os juros — o que pressiona para cima seu nível de endividamento. Esse fator tem sido apontado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, como um dificultador para os países emergentes em buscarem recursos nos mercados internacionais — se os juros das nações ricas estão altos, o mercado cobra, também, taxas maiores (em relação ao padrão) dos emergentes. Pela contabilidade brasileira, a dívida pública somou 75,5% do PIB em fevereiro. O FMI, entretanto, contabiliza títulos que estão na carteira do Banco Central. Por esse critério, a dívida somou 84,7% naquele mês. Veja abaixo as previsões do FMI para o Brasil e blocos econômicos Em entrevista ao g1, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o momento atual, de tensão nos mercados e de redução dos recursos disponíveis na economia mundial, reforça a necessidade de continuar perseguindo o equilíbrio das contas públicas. "Todo esse ruído — e claro que têm fatores de ordem geopolítica com o mercado americano super tenso —, tem um efeito grande sobre nós. Até o efeito sobre câmbio mostra que o cenário externo demanda que esse compromisso seja irretratável, que essa sinalização seja reforçada, não só pelo Executivo, mas pelo Judiciário e pelo Legislativo", afirmou Ceron. Ele avaliou que, mesmo com a redução das metas fiscais — que liberou espaço adicional para gastos públicos nos próximos anos — será preciso aprovar novas medidas de aumento de imposto ainda neste ano para buscar os objetivos traçados e evitar uma deterioração maior das contas públicas. "Têm medidas [para elevar a arrecadação] que vão ser feitas ainda. Para atingir esses objetivos, temos de continuar perseguindo eles, adotando medidas. Se tivermos uma ruptura no compromisso com a recuperação fiscal do país por qualquer um dos poderes, nós teremos dificuldades nesses objetivos", declarou o secretário Rogério Ceron, ao g1 e à TV Globo. Veja Mais

Justiça penhora 40% do salário de antigo chefe da Starbucks no Brasil

G1 Economia Medida é contra Kenneth Pope, CEO da SouthRock, empresa que operava a rede de cafeterias no país. Apesar do processo de recuperação judicial da companhia, ele era remunerado em R$ 130 mil por mês. Fachada da loja Starbucks, na região da Vila Olímpia zona sul da cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (01). André Ribeiro/Estadão Conteúdo O CEO da SouthRock Capital, antiga operadora das marcas Starbucks e Subway no Brasil, terá 40% de seu salário líquido penhorado — o equivalente a R$ 52 mil. A decisão, proferida nesta segunda-feira (13), é da juíza Mônica Soares Machado, da 33ª Vara Cível de São Paulo. Segundo o processo judicial, Kenneth Pope é remunerado em R$ 130 mil líquidos por mês, mesmo diante da situação financeira de sua companhia. A SouthRock está em processo de recuperação judicial tanto nas suas operações com a Starbucks quanto com o Subway. Além disso, a companhia já perdeu a licença para operar as duas marcas. (leia mais abaixo) A decisão desta segunda-feira faz parte de um processo que envolve dívidas de R$ 71,5 milhões da SouthRock com a empresa de créditos financeiros Travessia. Em 1º de abril deste ano, a magistrada já havia rejeitado os argumentos da defesa de Kenneth Pope em ação de execução de título extrajudicial que pedia o pagamento dos valores pela SouthRock. A Travessia pediu, então, pela penhora de 50% dos vencimentos líquidos de Kenneth Pope. A defesa de Pope, por sua vez, tentou reduzir o percentual para 5%. A juíza Mônica Soares Machado decidiu, portanto, acolher parcialmente o pedido da empresa de créditos financeiros. Procurada pelo g1, a SouthRock informou que não irá se manifestar. Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil Recuperação judicial da Starbucks no Brasil A Justiça de São Paulo aceitou em 12 de dezembro o pedido de recuperação judicial da SouthRock referente às operações da Starbucks no Brasil. A companhia havia protocolado o pedido em 31 de outubro, reportando dívidas de R$ 1,8 bilhão. Na ocasião, a empresa afirmou que suas operações foram prejudicadas, entre outros pontos, pela alta instabilidade no país, pela volatilidade da taxa de juros e pelas constantes variações cambiais. Depois que o pedido é aceito, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação, e as execuções (cobranças de dívida) contra ela são suspensas por 180 dias. SouthRock também entra com pedido para o Subway Depois de iniciar o processo de recuperação judicial para a operação da Starbucks no Brasil, a SouthRock Capital, operadora também do Subway no país, entrou com um pedido de proteção referente às dívidas da rede de restaurantes, que passam de R$ 482 milhões. O pedido foi apresentado em março deste ano à 1ª Vara de Falências de São Paulo. O juiz Adler Batista Oliveira Nobre ainda não decidiu sobre o tema. No novo documento apresentado à Justiça, a SouthRock afirmou que "um pequeno grupo de credores entendeu por bem interromper as produtivas e amigáveis negociações e conversas que até então vinham sendo mantidas". De acordo com a empresa, os credores passaram a perseguir "inesperadamente" e "de maneira forçada e unilateral a imediata satisfação de seus créditos", o que pressionou sua situação financeira. Sobre esse caso, Subway norte-americana afirmou que o contrato de franquia para o Brasil com uma das afiliadas da SouthRock foi rescindido em outubro de 2023 — e, a partir de então, a companhia retomou o controle de suas operações no país. "Dessa forma, o pedido de recuperação judicial apresentado por algumas entidades do grupo SouthRock afeta apenas tais entidades e não diz respeito à Subway Corporate", disse a empresa. Como funciona a recuperação judicial O que é a recuperação judicial? A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça. As dívidas ficam congeladas por 180 dias e a operação é mantida. A recuperação judicial foi instituída no Brasil em 2005 pela lei 11.101, que substituiu a antiga Lei das Concordatas, de 1945. A diferença entre as duas é que, na recuperação judicial, é exigido que a empresa apresente um plano de reestruturação, que precisa ser aprovado pelos credores. Na concordata, era concedido alongamento de prazo ou perdão das dívidas sem a participação dos credores. Quem pode pedir recuperação judicial? Empresas privadas de qualquer porte e com mais de dois anos de operação podem recorrer à recuperação judicial. Porém, a lei não vale para estatais e empresas de capital misto, bem como para cooperativas de crédito e planos de saúde. Também não podem pedir recuperação judicial as empresas que já tenham feito outro pedido há menos de cinco anos e as comandadas por empresários que já foram condenados por crime falimentar (relacionados a processos de falência). Como é feito o pedido de recuperação judicial? O pedido é feito à Justiça por meio de uma petição inicial que contém, entre outras informações, o balanço financeiro dos últimos três anos, as razões pelas quais entrou em crise financeira, e a lista de credores. Depois que o pedido é aceito, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação e as execuções (cobranças de dívida) contra ela são suspensas por 180 dias. A lei determina que a assembleia de credores aconteça em até 150 dias após o deferimento do processo pela Justiça, mas na prática, esse prazo costuma ser ultrapassado. Veja Mais

Famílias no RS poderão suspender financiamentos de imóveis com FGTS por até 6 meses

G1 Economia Regra vale para o Minha Casa, Minha Vida e para financiamentos do Pró-Cotista, anunciou Ministério das Cidades. É preciso ligar para o atendimento da Caixa para pedir a suspensão. O governo federal anunciou nesta segunda-feira (13) que famílias do Rio Grande do Sul poderão suspender, por até seis meses, o pagamento das parcelas de financiamento de imóveis com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A medida foi anunciada pelo ministro das Cidades, Jader Filho, e vale para contratos do Minha Casa, Minha Vida e do Pró-Cotista. Segundo o governo, a medida tenta aliviar o orçamento das famílias atingida pelas maiores chuvas da história do Rio Grande do Sul. Para pedir a suspensão, as famílias precisam entrar em contato com a Caixa Econômica Federal. O telefone divulgado pelo governo é o 0800 104 0104. Moradores do Sul do Rio Grande do Sul são orientados a deixar suas casas “Vale para os financiamentos feitos pelas famílias de todas as faixas de renda com recursos do FGTS. Essa é uma medida para aliviar as pessoas que, neste momento, estão com suas rendas afetadas e comprometidas pela calamidade", diz o ministro em material divulgado pelo governo. Desde o início das fortes chuvas que alagaram o estado, a Caixa também liberou o Saque Calamidade para famílias atingidas cujos membros tenham contribuído para o FGTS. O valor do saque será o saldo disponível na conta do FGTS, na data da solicitação, limitado à quantia de R$ 6.220,00 para cada evento caracterizado como desastre natural. O intervalo entre um saque e outro não pode ser inferior a 12 meses. Governo libera a partir desta quarta FGTS, abono e seguro-desemprego aos atingidos pelas chuvas no RS Veja Mais

Governo prepara auxílio direto para famílias atingidas pelas enchentes no RS, diz Haddad

G1 Economia Ministro, no entanto, não deu mais detalhes de como vai funcionar esse auxílio. Segundo Haddad, proposta ainda será submetida ao presidente Lula para definição do formato. RS: governo federal começa a pagar benefícios sociais O governo federal prepara um auxílio financeiro direto para as famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, afirmou nesta segunda-feira (13) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele não deu mais detalhes, porém, de como vai funcionar esse auxílio. Explicou que a proposta ainda será submetida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para definição do formato. "Nós elaboramos alguns cenários. Devemos levar para o presidente ainda hoje e amadurecer até amanhã para eventualmente anunciar ainda esta semana um apoio direto às famílias, para além daqueles já anunciados pelo Ministério da Previdência e do Trabalho", afirmou Haddad a jornalistas. Durante a pandemia da Covid-19, o governo federal – naquele momento chefiado por Jair Bolsonaro (PL) – e o Congresso Nacional anunciaram um auxílio de R$ 600 por mês para que as famílias pudessem permanecer em casa, isoladas, com o objetivo de evitar o contágio. Dívida do RS O ministro da Fazenda confirmou, ainda, que serão anunciadas nesta segunda-feira, pelo presidente Lula, medidas relativas ao endividamento do estado do Rio Grande do Sul com o governo federal. Em entrevista exclusiva ao blog da jornalista Ana Flor, Haddad informou que o Rio Grande do Sul poderá ficar até dois anos sem pagar as parcelas da dívida com a União. O governo federal quer garantias de que os recursos serão utilizados na reconstrução do estado, que teve mais de 85% dos municípios atingidos pelas cheias e deslizamentos. Números da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul estimam que, com o prazo de 24 meses sem pagar as parcelas da dívida, são liberados R$ 8 bilhões para o estado destinar à reconstrução. Veja Mais

Desenrola Pequenos Negócios começa nesta segunda-feira; veja perguntas e respostas

G1 Economia Programa de renegociação de dívidas é válido para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Márcio França, ministro das Micro e Pequenas Empresas, fala ao g1 sobre o programa Acredita Fábio Tito/g1 O Desenrola Pequenos Negócios, programa de renegociação de dívidas para empresas do governo federal, começa nesta segunda-feira (13). A medida faz parte do projeto Acredita de ampliação do crédito para pessoas e empresas no Brasil. Segundo o ministro do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas, Márcio França, o programa oferecerá aos pequenos empresários a possibilidade de renegociar dívidas com descontos que vão de 40% a 90%. “Isso vai permitir que os empreendedores voltem a ter crédito para investir, gerando emprego e renda”, afirma o ministro. Veja perguntas e respostas sobre o programa. Veja a entrevista do ministro ao podcast Educação Financeira Quais empresas podem renegociar dívidas? Que dívidas podem ser renegociadas? Há limite para o valor da dívida? Como renegociar as dívidas pelo Desenrola Pequenos Negócios? Quais serão as ofertas do Desenrola? Por que os bancos vão participar do programa? Qual o custo do programa para o governo? O que é o programa Acredita Brasil? Veja a entrevista do ministro ao podcast Educação Financeira Em entrevista ao g1 em abril, o ministro Márcio França disse que a meta do governo é oferecer suporte para que os empreendedores possam se livrar de entraves financeiros para investir no crescimento do negócio. Além da medida para renegociação de dívidas, o programa também prevê uma linha de crédito específica para as microempresas: o ProCred 360, uma versão atualizada do Pronampe. Veja a entrevista abaixo, em que o ministro explicou as linhas básicas do Desenrola. Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita Quais empresas podem renegociar dívidas? Podem participar do Desenrola Pequenos Negócios os microempreendedores individuais (MEIs), as microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP). O faturamento anual para que o negócio seja elegível ao programa deve ser de até R$ 4,8 milhões. Que dívidas podem ser renegociadas? Para ser elegível ao Desenrola, a dívida precisa estar em atraso há mais de 90 dias, contados a partir do último dia 22 de abril, quando foi lançado o programa. Duas ou mais dívidas podem ser renegociadas simultaneamente. Há limite para o valor da dívida? Não há limite para o valor da dívida a ser renegociada, assim como também não tem por máximo de atraso. Na prática, dívidas já antigas, com altas taxas de juros, também são elegíveis ao programa. Como renegociar as dívidas pelo Desenrola Pequenos Negócios? As micro e pequenas empresas que queiram renegociar suas dívidas devem procurar diretamente os bancos ou outras instituições financeiras em que as dívidas foram feitas. Segundo o governo, cada instituição vai oferecer suas próprias condições para a renegociação, que podem incluir descontos, prazos mais longos ou menores taxas de juros, por exemplo. Quais serão as ofertas do Desenrola? O ministro Márcio França assegura que, com as condições oferecidas pelas instituições, os valores das dívidas devem ter reduções entre 40% e 90%. Por que os bancos vão participar do programa? Como estímulo para que as instituições financeiras participem do programa, os bancos que oferecerem as melhores condições de renegociação terão incentivos tributários concedidos pelo governo federal. “A apuração desse crédito poderá ser realizada entre os anos-calendário de 2025 e 2029, com base no menor valor entre o saldo contábil bruto dessas operações de crédito renegociadas e o saldo contábil dos créditos decorrentes de diferenças temporárias”, explica o Ministério do Empreendedorismo. Qual o custo do programa para o governo? As operações envolvidas no Desenrola Pequenos Negócios são garantidas pelo FGO, fundo do governo federal para assegurar eventuais inadimplências dos clientes que renegociaram suas dívidas com os bancos. Para o programa Acredita como um todo, o governo vai disponibilizar uma fatia de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO), que servirá como garantia. Já em renúncia fiscal, com os incentivos para os bancos, o custo estimado para os cofres públicos é de R$ 18 milhões em 2025 e de R$ 3 milhões em 2026. O que é o programa Acredita Brasil? O Desenrola Pequenos Negócios faz parte do Programa Acredita do governo federal, que pretende ampliar o acesso ao crédito no Brasil. Além da medida para renegociação de dívidas, o programa também prevê uma linha de crédito específica para as microempresas: o ProCred 360, uma "versão atualizada" do Pronampe. A regra para acessar crédito por meio desta linha é que a empresa tenha um faturamento anual bruto de, no máximo, R$ 360 mil. O plano inclui também incentivos ao crédito imobiliário e também um hedge cambial (proteção ao risco da variação da taxa de câmbio dos financiamentos) para quem quer investir em projetos ligados à transição energética. Veja Mais

Mulheres conciliam rotina de mãe com a produção rural

G1 Economia No dia das mães, o Nosso Campo foi até a propriedade de Dona Maria José e do companheiro Valmir que fica em Lins (SP), onde toda a família trabalha junta para manter a propriedade, para conhecer a história de Maria. Mulheres conciliam rotina de mãe com a produção rural Reprodução/TV TEM Neste Dia das Mães, o Nosso Campo foi até a propriedade de Maria José, que fica em Lins (SP), para conhecer a história dela, que é mãe de quatro mulheres e avó de cinco netos. Nascida e criada na roça, vive até hoje da agricultura. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Na propriedade, cada integrante da família tem seus afazeres: Maria cuida da casa, da comida e do quintal, já as duas filhas que vivem na fazenda, se dividem na lida no campo, ambas seguindo os passos da mãe. Uma é responsável pela horta que abastece as quitandas da cidade, participa das feiras livres, além de trabalhar na Associação de Produtores e Olericultores de Lins (APOL). Ela também é mãe do Matheus, de 12 anos. Já a caçula da família cuida das lavouras do sítio. Ela também é mãe do Vinícius, de apenas 4 anos. Enquanto isso, Maria José fica encarregada de preparar o almoço para toda a família, coisa que ela já faz desde que as filhas eram pequenas. Outra paixão é cuidar do viveiro que ela mesma construiu. Mãe, avó, esposa, agricultora, dona de casa, que enche de orgulho não só das filhas, mas também do companheiro Valmir. Os dois estão casados há 53 anos, mas convivem a vida inteira, já que, além de marido e mulher, são primos irmãos. Valmir conta que sem Maria ele não conseguiria viver, e que ela é o grande amor da vida dele. “Eu falo que ela é a flor do sítio. Ela é a calmaria, é aquela pessoa companheira que, quando eu estou com problema falo: 'mãe, me ajuda'. E ela só fala coisas boas, é uma riqueza imensa”, conta a filha. Para Vanessa, a caçula, a mãe é símbolo de força. “Minha mãe é tudo para nós. Ela é símbolo de união, de força e amor para todos nós”. Além de celebrar esse dia tão especial ao lado da família, Maria José também deseja um feliz Dia das Mães para todas as mães do interior. “Eu quero desejar um feliz dia das mães para todas as mães do país, que Deus abençoe com saúde as minhas filhas, duas estão aqui e outras duas estão longe, mas, de oração, feliz dia das mães”, finaliza emocionada. Veja a reportagem exibida no programa em 12/05/2024: Mulheres conciliam rotina de mãe com a produção rural VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Mega-Sena: bolão de Fundão, no Espírito Santo, leva o prêmio de 46,7 milhões

G1 Economia Cem apostas tiveram 5 acertos; outras 6.090 tiveram 4 acertos. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O Uma aposta de Fundão, no Espírito Santo, levou o prêmio de 46.726.380,41 da Mega-Sena sorteado na noite deste sábado (11), em São Paulo. A aposta foi um bolão. Os números sorteados foram 06 - 12 - 19 - 28 - 50 - 60. Cem apostas acertaram 5 números e levam R$ 38.633,40. Outras 6.090 tiveram 4 acertos e levam R$ 906,24 cada. Ao todo, o concurso arrecadou R$ 67.007.320,00. Resultado concurso 2723 da Mega-Sena Reprodução Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

No mais...

Globo Rural mostra as perdas nas plantações e criações no Rio Grande do Sul

G1 Economia A chuva destruiu a infraestrutura necessária para plantar, armazenar e escoar a produção do interior do estado. O programa especial vai ao ar neste domingo (12), às 8h no horário de Brasília. As enchentes arrasam plantações e rebanhos no RS Uma equipe do Globo Rural está acompanhando o campo no Rio Grande do Sul - agricultura e pecuária. Vai ter um programa especial neste domingo (12). Um gigante na produção agrícola. O Rio Grande do Sul produz 70% do arroz que a gente consome; 50% da uva, 35% do trigo - isso sem contar soja, milho, feijão, fumo, hortaliças. Ele é gigante também na pecuária. Importante produtor de leite, carnes de frango, porco, boi. Um gigante submerso. A chuva pegou os agricultores na reta final da colheita da soja. “Essa lavoura fantástica que nós tínhamos na mão se perdeu. As últimas chuvas foram uma coisa assustadora”, conta o agricultor Renato Freitas. Campos de arroz ficaram debaixo d´água. Faltava colher uns 20% da safra. O agricultor Jairo Fighera, que produz e beneficia o cereal em Santa Maria, conta que o que estava armazenado também se perdeu. RS: campos de arroz ficaram debaixo d´água. Faltava colher uns 20% da safra Jornal Nacional/ Reprodução “Esse arroz aqui está todo encharcado. A tendência dele, essa umidade é subir para o grão seco. No mínimo, tem R$ 1 milhão perdido aqui”, afirma. A chuva destruiu estradas, galpões, máquinas agrícolas, levou embora a infraestrutura necessária para plantar, armazenar e escoar a produção do interior do estado. As perdas na criação animal também são incalculáveis. “A gente está entrando agora no Vale do Taquari pelo município de Lajeado, que eu visitei em setembro do ano passado na última tragédia aqui no Rio Grande do Sul. Uma região que, mais uma vez, é castigada pelas chuvas, uma das mais afetadas por essa situação toda”, conta o repórter Pedro Málaga. A água baixou revelando um cenário desolador. “Dessa vez foi para acabar mesmo. Nada não é tão ruim que não possa piorar. Infelizmente é assim”, lamenta o criador de gado Jorge Dienstmann. Jorge é produtor de leite; conseguiu salvar parte das vacas. Já o criador e aves Fabiano Hauschild perdeu mais de 56 mil frangos que estavam dentro de um galpão. O criador de suínos Marcos Lohmann perdeu parte da lavoura e quase todos os porcos. “Tu vê os animais morrendo, afogando, e tu não tem o que fazer. Ou nós tentamos nos salvar ou nós tentamos salvar os porcos. Não são dois, três. São 400 poucos. Tu não consegue salvar. Tenho que continuar. E tu não sabes o orgulho quando a roça que começa a ficar verde. Começa a crescer tudo. O orgulho que tu sente de ver a plantação... Desculpa. Vamos erguer a cabeça de novo e enfrentar”, afirma. LEIA TAMBÉM Em Arroio do Meio (RS), água baixa e revela cenário de destruição Mesmo com cheia, muitos moradores de cidades gaúchas atingidas permanecem em casa Atletas e ex-atletas estão na linha de frente para socorrer as vítimas das enchentes no RS Mais de 10 mil animais já foram resgatados no Rio Grande do Sul desde o início da tragédia Veja Mais

Governo autoriza bancos a prorrogar crédito rural para agricultores no Rio Grande do Sul

G1 Economia O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta sexta-feira (10) autorizar os bancos a prorrogar as parcelas do principal e juros do crédito rural de custeio, investimento e comercialização com início entre 1º de maio e 14 de agosto. A nova data de início é 15 de agosto. Segundo o Ministério da Fazenda, em nota, a medida pretende minimizar os prejuízos aos produtores rurais causados pelas fortes chuvas no estado. A prorrogação será concedida para produtores em municípios que tenham decretação de situação de emergência ou calamidade pública, reconhecida pelo governo federal, entre 30 de abril e 20 de maio, por conta das fortes chuvas. As parcelas serão corrigidas conforme os contratos celebrados, com a manutenção dos recursos contratados. O CMN fez uma reunião extraordinária nesta sexta-feira (10). O órgão é composto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. O que é crédito rural Crédito rural é um financiamento concedido a produtores rural para investimentos na propriedade, como aquisição de equipamentos e insumos para cultivo. Os tipos de crédito são: custeio, para cobrir despesas de produção investimento, para bens e serviços que poderão ser aproveitados em outros ciclos de produção comercialização, para a venda dos produtos no mercado industrialização de produtos agrícolas e pecuários Os recursos concedidos pelos bancos têm como fontes, além de recursos próprios, depósitos à vista, depósitos em poupança rural, emissão de letras de crédito, BNDES e fundos. Veja Mais