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Tesouro diz que INSS pode aprimorar pente-fino para ressarcir aposentados vítimas de fraude

G1 Economia Governo publicou nesta tarde uma norma que suspende descontos de aposentados do INSS por tempo indeterminado. INSS prometeu ressarcir cidadãos lesados pelo esquema de fraudes. Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em coletiva sobre a renegociação da dívida dos estados. Diogo Zacarias/MF O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta terça-feira (29) que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está fazendo uma revisão nos cadastros indevidos, entre outras medidas, para aliviar os gastos do órgão e, segundo ele, isso pode ser intensificado para usar esses recursos como ressarcimento dos aposentados vítimas de fraudes. Na última semana, uma operação da Polícia Federal (PF) revelou um esquema de desvio de recursos. Segundo as investigações, associações cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pago pelo INSS. Fraude no INSS: PF encontra indícios da participação de servidores no esquema de desconto ilegal em benefícios De acordo com Ceron, a gestão dos recursos para garantir o pagamento dos aposentados e pensionistas que tiveram valores descontados de forma irregular é responsabilidade do próprio órgão, que já está tomando as providências no caso. "O órgão [INSS] é responsável por gerir as suas obrigações e está, pelo que tem sido sinalizado a imprensa, com esse zelo de tentar ressarcir o quanto antes os beneficiários que foram lesados de forma indevida, e tiveram descontos não legítimos", afirmou Ceron, durante coletiva de imprensa. Segundo ele, "combinado com essa agenda de revisão que já está acontecendo, de cadastros indevidos, que são apontamentos que já vem do TCU, nós acreditamos que isso [o ressarcimento dos cidadãos lesados] vai fluir naturalmente". Demanda dentro do orçamento A expectativa do Tesouro é que o próprio órgão possa gerir recursos e acomodar essa demanda dentro do orçamento atual. "A gestão compete ao próprio órgão, mas dado o montante de pagamentos que é feito pelo INSS, ele é uma fração substancialmente diminuta em relação ao valor total [do orçamento do órgão]. Então talvez ele consiga, dependendo do balanço de ressarcimentos, dentro de algum espaço que ele tenha, acomodar dentro do próprio órgão", ponderou o secretário. Os gastos com Previdência Social no país ultrapassam a marca de R$ 1 trilhão. A operação contra fraudes no INSS apontou que, nos últimos anos, houve descontos de aproximadamente R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas. No entanto, nem todo esse valor é considerado irregular, pois parte dos beneficiários autorizou a cobrança. O valor exato da fraude ainda será apurado. Por causa dessa diferença de grandeza entre o orçamento total da Previdência e o estimado pelas fraudes, o secretário do Tesouro acha que é possível o INSS encontrar — sozinho — recursos para bancar o ressarcimento. No entanto, se isso não for possível, o governo vai debater como bancar os pagamentos às vítimas. "Se isso não for suficiente, ele pode eventualmente ter alguma demanda de execução orçamentária, que teria que passar pelo crivo da Junta Orçamentária. Mas não vejo nada atípico, ou que não seja endereçável", prosseguiu. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, em entrevista à TV Globo nesta segunda-feira disse que a ideia é cobrar as entidades que cometeram fraudes e usar esse dinheiro para devolver os valores aos aposentados e pensionistas. "Isso vai ser uma base fundamental para o ressarcimento. O que não conseguir, o próprio governo vai ter que descobrir na sua fonte de receita como é de pagar, porque não pode aposentar e levar esse prejuízo. Não levar", disse o ministro. Veja Mais

Argentina: dólar oficial e paralelo têm menor diferença desde 2019

G1 Economia Câmbios oficial e paralelo do peso estão apenas em 0,5% distantes, a menor defasagem desde que os controles de capital foram impostos. Um apoiador do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, segura uma representação de uma nota de 100 dólares com uma imagem de Javier Milei. Agustin Marcarian / Reuters As taxas de câmbio da Argentina caminharam nesta terça-feira para seus pontos mais próximos desde 2019, após a recente flexibilização da política cambial e um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A diferença entre as taxas oficiais e do mercado paralelo do peso ficou em 0,5%, a menor desde que os controles de capital foram impostos no final de 2019. O percentual também representa uma queda abrupta em relação à diferença de 200% registrada em 2023, quando o presidente Javier Milei assumiu o cargo. A moeda argentina estava sendo negociada a 1.176 pesos por dólar na cotação oficial, enquanto a taxa de câmbio do mercado paralelo (o chamado "dólar blue") estava em 1.200 pesos por dólar. "A queda surpreendente nas taxas de câmbio (aumento do peso) é, em parte, resultado do aumento da confiança após o crédito generoso do FMI e da redução das regulamentações", disse a VatNet Financial Research. Os bancos na Argentina estão oferecendo taxas de juros atraentes, incentivando os poupadores a manterem pesos e depois obterem um valor maior em dólares, visando o chamado "carry trade". Desde meados de abril, o governo argentino desfez grande parte dos controles de capital e moeda do país, permitindo que o peso flutue livremente dentro de uma faixa de negociação muito mais ampla, de 1.000 a 1.400 pesos por dólar. O governo de Milei afirmou, de forma otimista, que deseja que a taxa oficial atinja o limite inferior da faixa de negociação. SAIBA MAIS VEJA O QUE MUDOU: Argentina reduz controle e adota câmbio flutuante REPORTAGEM ESPECIAL: O que mudou na vida e na economia da Argentina, um ano após o Plano Motosserra Argentina de Milei: o que mudou um ano após o Plano Motosserra Veja Mais

iFood anuncia reajuste de até 15% na taxa mínima paga aos entregadores

G1 Economia Valor mínimo por entrega será de R$ 7,50 aos trabalhadores que utilizam carro ou moto. Para os que usam bicicleta, taxa será de R$ 7. Valores estão abaixo do que os R$ 10 pedidos pela categoria. Entregadores de aplicativo trabalham no centro do Rio de Janeiro. Fernando Frazão/Agência Brasil O iFood anunciou nesta terça-feira (29) que irá aumentar em até 15% a taxa mínima paga aos entregadores da plataforma de delivery. As mudanças, que entram em vigor no dia 1º de junho, são as seguintes: os trabalhadores que fazem entregas utilizando carro ou moto passarão a receber um valor mínimo de R$ 7,50 por entrega, 15,4% acima dos atuais R$ 6,50. já os que utilizam bicicleta passarão a receber a taxa mínima de R$ 7, aumento de 7,7% em relação aos mesmos R$ 6,50 pagos hoje. O reajuste foi anunciado em um momento em que entregadores fazem uma série de protestos por melhores condições de trabalho nos apps de entrega. Entre as principais reivindicações está uma taxa mínima de R$ 10 — maior que os valores anunciados. Além da elevação das taxas, o iFood anunciou mudanças na sua cobertura de seguro social. Entre elas: o aumento da Diária de Incapacidade Temporária (DIT), de 7 para 30 dias; e a elevação da indenização por morte ou invalidez total, de R$ 100 mil para R$ 120 mil. Segundo a empresa, as mudanças nos benefícios e na remuneração dos entregadores não vão impactar valores cobrados de clientes e restaurantes parceiros. Reajuste nas taxas Em entrevista ao g1, o diretor de impacto social do iFood, Johnny Borges, destacou que os reajustes são superiores à inflação de 2024 medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que foi de 4,83% no período. "Desde 2021, quando começamos a definição da taxa mínima a R$ 5,31, até 2025, com esse aumento para R$ 7,50, temos um aumento acumulado de 41,2% na taxa dos entregadores", diz Borges. Os números, no entanto, não têm agradado os entregadores. Eles pedem por uma taxa mínima de R$ 10, além de um reajuste no valor fixo pago por quilômetro rodado, que hoje é de R$ 1,50. Nas mais recentes manifestações, os entregadores pedem uma elevação para R$ 2,50. Mas a empresa afirmou que o valor por distância percorrida não será alterado agora. O último reajuste ocorreu em 2022, explica Borges, quando subiu de R$ 1 para o valor atual. "Foi fruto de diálogo com a categoria no primeiro fórum que realizamos." "Hoje, reunir esforços para o aumento bem acima da inflação da taxa mínima do pedido faz com que, automaticamente, você tenha um acréscimo de ganho real na vida dos entregadores, diz. Mudanças no seguro social O iFood também anunciou a ampliação de sua cobertura de seguro pessoal, disponível desde 2019 aos entregadores ativos na plataforma. Uma das mudanças é na Diária da Incapacidade Temporária (DIT), acionada em caso de atestado médico. A cobertura, antes de 7 dias, passará a ser de 30 dias a partir de 1º de junho. Na prática, esse será o período máximo em que a plataforma irá pagar ao entregador afastado por motivos de saúde. "A indenização mínima será de R$ 300 e a máxima, de R$ 1.500", diz Borges, do iFood. "Essa indenização é baseada na média do ganho dele nos últimos três meses." "Se o entregador fez três corridas e a média dele deu R$ 100, o mínimo pago a ele vai ser de R$ 300. Agora, se for um entregador frequente na plataforma, vai ganhar R$ 1.500, que é o teto", exemplifica. Além disso, a plataforma anunciou: aumento no valor de indenização para casos de morte ou invalidez total, de R$ 100 mil para R$ 120 mil. reembolso ou cobertura total de despesas médicas e hospitalares em rede credenciada; em situações de falecimento do entregador, disponibilização de auxílio funeral, apoio emocional e financeiro para as famílias; além de ajuda com a educação dos filhos até os 18 anos. Segundo o iFood, os novos valores de indenização valem para acidentes que ocorreram a partir de dezembro de 2024. As principais reivindicações dos entregadores Em suas manifestações recentes, motoristas e entregadores de aplicativos têm reclamado da precarização das condições de trabalho. As exigências ficam em torno de reajuste nas remunerações e ampliação dos direitos da categoria. Entre as principais reivindicações da categoria estão: estabelecimento de uma taxa mínima de R$ 10 por corrida de até 4 km; aumento do valor pago por quilômetro rodado para R$ 2,50; limitação das entregas realizadas por bicicletas a um raio máximo de 3 km; pagamento integral por cada pedido, mesmo em entregas agrupadas na mesma rota; fim dos bloqueios injustificados por parte das plataformas, com garantia de direito à defesa; implementação de seguro contra acidentes, roubos e mortes; criação de bases de apoio para descanso e alimentação. Os atos, como um realizado na última sexta-feira (25), no Rio de Janeiro, buscam pressionar os apps e chamar a atenção das autoridades para a necessidade de regulamentação do trabalho por aplicativos, dizem os organizadores. As manifestações ocorrem em meio a críticas às práticas das plataformas, que, segundo os entregadores, impõem jornadas exaustivas, remunerações insuficientes e falta de garantias trabalhistas. A situação é observada em publicações como o relatório “Fairwork Brasil 2023: Ainda em Busca de Trabalho Decente na Economia de Plataformas”, que atribuiu, nos últimos anos, notas baixas para condições de trabalho em apps de tecnologia. Por que reajuste foi menor para bicicletas Johnny Borges, diretor do iFood, afirmou que essa é a primeira vez que o aumento da taxa mínima para entregadores possui uma diferenciação para aqueles que utilizam bicicleta. "Isso acontece por uma questão de custos do entregador de moto e de carro. Então, há gastos com gasolina, manutenção do veículo, que são maiores do que para o entregador de bicicleta", diz. "O entregador de bicicleta faz muitas rotas curtas, de até 4 quilômetros, que contemplam a taxa mínima", acrescenta. Foi em janeiro deste ano que a plataforma iniciou uma padronização de distâncias para aqueles que utilizam bicicleta. Apesar de entregadores pedirem por trajetos de até 3 quilômetros, o limite atual é de 4 quilômetros. "Em casos pontuais, as distâncias podem ser maiores, devido a particularidades regionais", informou, em nota, o iFood. Borges, diretor da plataforma, defende que uma limitação a 3 quilômetros por pedido poderia resultar na redução da oferta de corridas para essa categoria — o que, segundo ele, diminuiria automaticamente os ganhos dos entregadores. "Se eu diminuo a quilometragem, vai cair a oferta de pedidos para eles. Isso vai acabar diminuindo o ganho mensal e diário do entregador", afirma. Como ficam os custos ao cliente final Segundo o diretor da plataforma, o aumento nos valores pagos aos entregadores não irá elevar o custo final aos clientes nem as taxas pagas pelos restaurantes que aparecem na plataforma. "Hoje, nenhum custo com o acréscimo do ganho dos entregadores vai ser repassado a clientes ou a restaurantes e lojas — tanto para entregas de farmácia quanto de delivery de alimentos", diz. Borges explica que, nesse sentido, é importante "equilibrar o ecossistema", para que não haja um choque na oferta e na demanda. "Não adiantaria eu aumentar a taxa — que se tornaria insustentável do ponto de vista do iFood — e repassar para o cliente ou para o restaurante. Isso, de certa forma, desequilibraria a demanda e a oferta. E faria, automaticamente, os ganhos dos entregadores caírem", conclui. Mais de 40% dos entregadores já sofreu acidente; um terço vive em insegurança alimentar Veja Mais

Relatório do BC aponta cenário externo desafiador e piora na percepção do mercado sobre riscos das contas públicas

G1 Economia Apesar disso, o BC avalia no Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre de 2024 que não há risco relevante para a estabilidade financeira no país. Documento aponta que a rentabilidade do sistema financeiro segue melhorando. O Banco Central avaliou nesta terça-feira (29) que o ambiente externo permanece desafiador em razão da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos (EUA), principalmente pela incerteza sobre sua política comercial e seus efeitos. "Esse contexto tem gerado ainda mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração e da desinflação e, consequentemente, sobre o crescimento nos demais países", avaliou a instituição. Veja Mais

CNU 2025: lista de cargos, salários, cronograma e mais; veja o que se sabe e o que falta saber

G1 Economia Mais de 3 mil vagas, para 35 órgãos federais, estão em jogo na 2ª edição do 'Enem dos Concursos'. O g1 reuniu as informações anunciadas sobre a seleção. Quase um milhão de inscritos participaram da 1ª edição do CNU Daniel Cymbalista/Fotoarena/Estadão Conteúdo A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) teve os primeiros detalhes revelados nesta segunda-feira (28). Lançado no ano passado, o processo revolucionou a seleção de servidores públicos ao centralizar a disputa por vagas em diversos órgãos federais em uma só prova. Quase 1 milhão de inscritos participaram da primeira edição. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Desta vez, o concurso preencherá 3.352 vagas em 35 órgãos e institutos federais. As provas serão divididas em nove blocos temáticos, e os cargos selecionados devem pertencer à mesma área de atuação. Assim como no ano passado, os candidatos do chamado "Enem dos concursos" poderão fazer uma única inscrição para concorrer a diversos cargos, ordenando-os por preferência no momento do cadastro. ➡️ Abaixo, o g1 reuniu todas as informações anunciadas até agora sobre a seleção e os próximos passos. Lista de cargos, números de vagas e órgãos participantes Distribuição de vagas Salários iniciais Como serão as provas Cronograma Próximos passos 1. Lista de cargos, números de vagas e órgãos participantes Das 3.352 oportunidades, 2.844 são para nível superior e 508 para nível médio. (veja a tabela abaixo) O governo também informou que 2.180 das oportunidades são para início imediato, enquanto as outras 1.172 são para cadastro reserva, mas com expectativa de provimento no curto prazo, após a homologação dos resultados​. 2. Distribuição de vagas A maioria das vagas é para órgãos com sede em Brasília (DF), mas também há opções em outros estados: 315 vagas no Rio de Janeiro (INTO, INC, INCA e Biblioteca Nacional, entre outros órgãos), 65 em São Paulo (Fundacentro), 66 no Pará (Instituto Evandro Chagas e Centro Nacional de Primatas) e 20 em Pernambuco (Fundação Joaquim Nabuco). 3. Salários iniciais A ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou durante a coletiva de imprensa que os salários iniciais variam entre R$ 7 mil e R$ 17 mil, enquanto os salários finais podem alcançar valores significativamente mais altos, próximos a R$ 32 mil. Apesar disso, as faixas salariais oficiais ainda não foram divulgadas. 4. Como serão as provas Diferente da primeira edição, o CNU 2025 terá duas etapas: A prova objetiva (múltipla escolha) será aplicada no dia 5 de outubro; A prova discursiva será realizada apenas pelos aprovados na primeira etapa, em 7 de dezembro. Serão convocados para a segunda fase os candidatos classificados em até nove vezes o número de vagas de cada cargo, tanto para ampla concorrência quanto para vagas reservadas. Outra mudança é que haverá um código de barras para identificar o candidato em todas as páginas das provas. A medida substituirá a "bolinha" de identificação, que era preenchida manualmente pelos participantes e foi alvo de polêmica na primeira edição. 5. Cronograma Divulgação da banca organizadora: previsto para o mês de junho; Publicação do edital: previsto para o mês de julho; Período de inscrição: previsto para o mês de julho; Aplicação da prova objetiva: 5 de outubro de 2025; Aplicação da prova discursiva: 7 de dezembro de 2025; Divulgação dos resultados: previsto para fevereiro de 2026. 6. Próximos passos A banca organizadora da segunda edição ainda não foi escolhida. A escolha deve ocorrer até meados de junho, segundo Dweck. Na primeira edição, a responsável pelo concurso foi a Cesgranrio. Após a escolha da banca, ocorrerá a divulgação dos editais do concurso. No ano passado, cada bloco temático possuía um edital diferente, contendo informações sobre inscrições, conteúdos cobrados nas provas, requisitos para atuar nos cargos pretendidos e as regras do concurso. A ministra de Gestão e Inovação informou que os documentos devem ser publicados também em junho. Concurso da PF: veja os requisitos e as funções do cargo com maior salário Concurso da Polícia Federal tem vagas com salários de até R$ 11.070,93 Veja Mais

Bancos têm cobrado taxa ilegal para antecipar aposentadoria, denuncia conselheiro em reunião com Carlos Lupi

G1 Economia Regra de novembro permite antecipação de parte do benefício do mês seguinte, mas proíbe cobrar juros ou taxa para isso. Ministro pediu mais dados e vai analisar o caso. Um integrante do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) apresentou nesta segunda-feira (28) uma denúncia de que bancos estão cobrando irregularmente uma taxa para antecipar uma parte do benefício de aposentados e pensionistas. Desde novembro do ano passado, o INSS permite que o aposentado ou pensionista antecipe parte do pagamento do mês seguinte. O valor é descontado direto na folha e, uma vez quitada, a antecipação pode ser feita novamente. No entanto, a modalidade não permite a cobrança de juros ou taxa extra. O conselheiro que representa a Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Ivo Esteves Alonso Mósca, disse que vai pedir ao Ministério da Previdência a suspensão dessa medida. Segundo ele, isso permitiria que a chamada "antecipação salarial" tenha regras mais claras. O Ministro da Previdência, Carlos Lupi, pediu mais informações sobre a denúncia e vai analisar o caso. Exclusivo: o ministro da Previdência foi alertado sobre denúncias de fraudes a aposentados A reunião desta segunda-feira do CNPS foi a primeira desde que uma operação da Polícia Federal levou à queda do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, na semana passada. A investigação mira fraudes potencialmente bilionárias, praticadas por entidades que descontavam mensalidades de aposentados e pensionistas sem a devida autorização das vítimas. No sábado (26), o Jornal Nacional mostrou com exclusividade que o ministro Carlos Lupi havia sido avisado sobre essas fraudes ainda em 2023, mas só tomou providências dez meses depois (vídeo acima). Veja Mais

Dólar passa a cair e bate R$ 5,65, de olho em tarifaço e à espera de novos dados econômicos; Ibovespa sobe

G1 Economia Na sexta-feira (25), a moeda norte-americana recuou 0,13%, cotada a R$ 5,6841. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um avanço de 0,12%, aos 134.739 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels e O dólar inverteu o sinal e passou a operar em queda nesta segunda-feira (28), atingindo a mínima de R$ 5,65 já pela manhã. Investidores aguardam novos progressos em acordos tarifários por parte dos Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais pelo mundo e ficam à espera da divulgação de novos dados econômicos no Brasil e nos EUA. O cenário internacional continua no centro das atenções. O destaque segue com os desdobramentos da guerra comercial imposta pelo tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump, principalmente após as sinalizações da última semana, de que pode haver um alívio das tensões entre EUA e China. Na última sexta-feira, em entrevista à Time Magazine, Trump afirmou que recebeu uma ligação do presidente da China, Xi Jinping, para falar sobre a guerra tarifária entre os países. A China, porém, negou que esteja conversando com o republicano e afirmou que os EUA deveriam "parar de criar confusão". Ainda assim, grupos empresariais teriam informado à Reuters que o país asiático chegou a suspender as tarifas em alguns produtos norte-americanos importados, o que reacendeu esperanças de um alívio das tensões entre as duas potências mundiais. Além disso, os mercados também monitoram a temporada de balanços corporativos e aguardam a divulgação de novos indicadores econômicos norte-americanos. Os dados de atividade e emprego, previstos para esta semana, são referentes ao primeiro trimestre e devem trazer novas sinalizações sobre a economia dos EUA sob a liderança de Trump. No Brasil, falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, ficam no radar. Dados fiscais e de emprego também são esperados para a semana. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Veja Mais

Brasil deve aproveitar crise entre China e frigoríficos dos EUA para reforçar exportação de carne ao país asiático, dizem economistas

G1 Economia Para especialistas, país está bem posicionado para aproveitar guerra comercial entre China e EUA. Governo diz que vendas ao país asiático não devem ter impacto no preço interno. Economistas ouvidos pelo g1 avaliam que o Brasil deve se aproveitar do momento de 'esfriamento' nas relações entre Estados Unidos e China para fortalecer o comércio de carne com o país asiático. No início de março, o presidente Donald Trump anunciou uma série de tarifas sobre as importações de 180 países. A medida gerou respostas mundiais no mercado econômico e comercial, com alguns países estabelecendo tarifas em resposta aos Estados Unidos. Trump exibe tabela com tarifas que devem ser cobradas pelos EUA REUTERS Após a resposta, o presidente suspendeu os novos impostos por um prazo de 90 dias para negociações com os demais países. A tensão, no entanto, permanece. Os chineses cancelaram a compra de 12 mil toneladas de carne suína dos Estados Unidos e não renovaram a habilitação de pelo menos 390 frigoríficos americanos. Na prática, isso impede a exportação de parte da carne bovina do país para a China. "A falta de renovação das licenças dos frigoríficos afeta basicamente 60% das empresas dos EUA autorizadas a exportar carne bovina para a China. Temos a prospecção de perda de US$ 5,4 bilhões de carne, sendo 4,1 bilhões de dólares de carne bovina e 1,3 bilhões de dólares de carne suína", explica a doutora em direito das economias das relações, Priscila Caneparo. A postura do país asiático é vista como pressão sobre os americanos, no atual cenário de guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. O posicionamento chinês, de acordo com economistas, pode aquecer as relações comerciais entre Brasil e China. Donald Trump diz que EUA e China tiveram conversas sobre guerra comercial Oportunidades para o Brasil Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), de janeiro a março de 2025, o Brasil exportou para a China US$ 1,36 bilhão de carne bovina fresca refrigerada ou congelada. Veja Mais

Produtores do Centro-Oeste de SP colhem safra do maracujá

G1 Economia Vera Cruz (SP) já foi considerada a maior produtora de maracujá em todo o país. Com secas e calores extremos, os produtores da fruta desenvolvem novas técnicas e estão otimistas com a safra deste ano. Maracujá é uma fruta bastante dependente do calor TV TEM/Reprodução Nativa do sudeste brasileiro, o maracujá é uma fruta bastante dependente do calor; pelo menos até um certo limite. Diversos agricultores da região cultivam o fruto e, apesar das dificuldades, estão otimistas com as safras deste ano. O produtor Paulo Sérgio Barbosa, de Vera Cruz (SP), é um dos produtores da fruta e, segundo ele, as expectativas poderiam ser ainda melhores se o clima local tivesse ajudado. Apesar do maracujazeiro depender do calor, se o tempo passa dos 35ºC, a fruta para de produzir. O agricultor conta que plantou mais de 1 mil pés das fruta no fim do ano passado e espera colher 30 toneladas de maracujá ainda este ano. A safra vai até agosto e, nesta época do ano, o produtor recebe R$ 40 por cada caixa contendo 14 kg da fruta. A cidade já foi considerada uma das maiores produtoras de maracujá do país. No entanto, na década de 90, o vírus chamado de "endurecimento" atingiu uma boa parte das plantações dos agricultores. O vírus é capaz de causar deformidades na fruta, deixando ela dura como pedra. O agricultor explica que o vírus ainda existe, no entanto, ele desenvolveu técnicas de fertilizantes e cuidados para evitar que os maracujazeiros sejam afetados pelo vírus. Apesar das dificuldades que os agricultores precisam enfrentar para cultivar o maracujá, eles ressaltam que as plantações deste ano vão prosperar grandemente. Com novas técnicas e cuidados necessários, as plantações são preservadas e as frutas são vendidas para os consumidores. Veja a reportagem exibida no programa em 27/04/2025: Produtores do Centro-Oeste de SP colhem safra do maracujá VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Fazendas gigantes de cacau na Bahia desafiam crise mundial do chocolate

G1 Economia Projetos de grande porte em desenvolvimento no oeste da Bahia buscam aplicar, à produção de cacau, a experiência de agricultura em escala industrial. Amêndoas de cacau REUTERS/Luc Gnago Na Bahia, o fazendeiro Moisés Schmidt está desenvolvendo a maior fazenda de cacau do mundo. Seu plano é revolucionar a forma como o principal ingrediente do chocolate é produzido, cultivando cacaueiros de alto rendimento, totalmente irrigados e fertilizados, em uma região que atualmente não se destaca na produção. O plano de US$ 300 milhões de Schmidt é o maior e mais inovador da região, mas não é o único. Há outros projetos de grande porte em desenvolvimento. Grupos agrícolas buscam aplicar a experiência em agricultura em escala industrial à produção de cacau para lucrar com os preços altíssimos do produto (veja abaixo). Se esses planos derem certo, o centro de gravidade do setor poderá se deslocar da África Ocidental para o Brasil. "Acredito que o Brasil vai se tornar uma importante região para o cacau no mundo", disse Schmidt. Ele estima que até 500.000 hectares de fazendas de alto rendimento poderiam ser implantadas no Brasil em dez anos, com potencial para produzir até 1,6 milhão de toneladas de cacau. Produtor de cacau Moisés Schmidt em sua propriedade no oeste da Bahia REUTERS/Amanda Perobelli Produção mundial em queda O Brasil produz atualmente cerca de 200.000 toneladas, enquanto a Costa do Marfim, maior produtor mundial, colhe dez vezes mais. Gana, o segundo, produz cerca de 700.000 toneladas de grãos. Atualmente, o setor global de cacau está em crise. Uma combinação de fatores, como doenças nas plantas, mudanças climáticas e plantações envelhecidas, levou a três anos consecutivos de queda na produção.. A crise fez com que os preços do cacau quase triplicassem em 2024, atingindo um recorde de US$ 12.931 por tonelada métrica em dezembro. Desde então, o preço caiu para cerca de US$ 8.200, mas continua bem acima das médias históricas. Afrodisíaco e probiótico: veja 5 curiosidades sobre o cacau De onde vem o que eu como: chocolate Crise como oportunidade Para Schmidt e outros agricultores no Brasil, a crise é vista como uma oportunidade. Sua empresa começou a se preparar para cultivar cacau em 2019, após concluir que haveria um déficit de fornecimento no futuro. A fazenda planejada de 10.000 hectares superaria de longe as propriedades da África Ocidental, que geralmente não passam de algumas dezenas de hectares. Há grandes fazendas em outros países produtores, com áreas superiores a 1.000 hectares, mas ainda muito menores do que o projeto de Schmidt. O plano é aplicar técnicas de agricultura em larga escala à fazenda de cacau totalmente irrigada, como se fosse um campo de soja ou milho. As árvores da fazenda, no município de Riachão das Neves, no oeste da Bahia, serão agrupadas. O espaçamento será mínimo, apenas o suficiente para permitir irrigação mecanizada e aplicação de fertilizantes e pesticidas. Schmidt está plantando 1.600 árvores por hectare nas novas áreas, em comparação com apenas 300 árvores em fazendas convencionais. A concentração deve garantir produtividade muito superior. "A única coisa que ainda não é mecanizada é a colheita de frutas das árvores", disse o agricultor. Como a crise global do cacau fez os preços do chocolate disparar Gigantes de olho A Schmidt Agrícola cultiva mais de 35.000 hectares de soja, milho e algodão na Bahia. Ela tem acordos preliminares com produtores de chocolate e comerciantes de cacau, disse Schmidt. A Cargill, uma das maiores comerciantes de commodities do mundo, já é parceira na fase inicial, que envolve os 400 hectares, e negocia expandir a parceria. Schmidt disse que grandes comerciantes de cacau ou empresas de chocolate negociam com ele e outros agricultores no Brasil em busca de parcerias, que envolveriam investimentos no desenvolvimento dos projetos em troca de fornecimento garantido. Ele não revelou as empresas, citando cláusulas de confidencialidade. Segundo duas fontes ouvidas pela Reuters, a Barry Callebaut, maior fornecedora global de cacau e chocolate, negocia uma parceria com a Fazenda Santa Colomba. O objetivo é implantar uma área de cultivo de 5.000 a 7.000 hectares em Cocos, no oeste da Bahia. A Barry Callebaut disse ter assinado uma parceria com agricultores do Brasil para desenvolver uma fazenda de cacau de 5.000 hectares na Bahia, mas não citou o nome do grupo. A Santa Colomba não comentou. A Mars, produtora americana das barras Snickers e M&Ms, desenvolveu um campo de testes de cacau não muito longe da fazenda de Schmidt em Riachão das Neves. Segundo a empresa, o local integra sua estratégia de enfrentamento às mudanças climáticas e à redução da produtividade global do cacau. "A Bahia é atraente devido à topografia plana, solos férteis, disponibilidade confiável de água e infraestrutura agronômica estabelecida", disse Luciel Fernandes, gerente do Centro de Ciência do Cacau da Mars no Brasil. Cacau era considerado alimento dos deuses por diversos povos Produtividade maior Nas novas fazendas de Schmidt, os cacaueiros são cultivados a céu aberto, com muita luz solar. Isso contrasta com as plantações tradicionais, onde os cacaueiros crescem sob sombra parcial, ao lado de outras árvores. A equipe de Schmidt produziu novas variedades de cacau por meio da chamada seleção positiva, projeto que multiplica as mudas a partir de material retirado das plantas que produziram a maior carga de frutos em campos de teste. As árvores de alto rendimento plantadas estão produzindo cerca de 3.000 kg por hectare (kg/ha), ou dez vezes a produtividade média das áreas tradicionais de cacau no Brasil. Produções acima de 2.000 kg/ha foram obtidas em campos de teste da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a agência de pesquisa de cacau do Brasil, usando alta densidade de plantas. Os pesquisadores, no entanto, disseram que os resultados precisariam ser confirmados com o plantio em maior escala. Eles levantaram dúvidas sobre a viabilidade dessa prática, que exigiria cuidados extensivos com a cultura e mão de obra. Algumas pessoas no mercado têm dúvidas sobre essa expansão. "Como sempre, o preço é o fator determinante. Com preços em torno de US$ 4.000 por tonelada, o Brasil mal se interessou", disse Pam Thornton, veterana consultora de cacau e comerciante de grãos. Após conversar com fazendeiros, ela disse ter constatado que os preços precisam se manter próximos ao nível atual por mais um ano, pelo menos, para estimular a expansão do cultivo. Para um crescimento mais significativo, seriam necessários "vários milhares de dólares a mais", acrescentou Thornton. Schmidt diz que o cacau de sua operação seria lucrativo mesmo a cerca de US$ 4.000 por tonelada. "Acima de US$ 6.000, é muito melhor do que a soja ou o milho", pontuou. Preço do cacau: 'para todo mundo comer chocolate, é preciso produzir 5 milhões de toneladas' Riscos Nem todos estão otimistas. A fitopatologista Karina Peres Gramacho, da Ceplac, alerta para os riscos dessas grandes plantações no oeste da Bahia. Segundo ela, o uso de milhares de clones idênticos pode tornar as plantações vulneráveis a doenças, comuns no cultivo de cacau. O Brasil já foi o segundo maior produtor de cacau, atrás apenas da Costa do Marfim, mas um fungo devastador na década de 1980, conhecido como Vassoura de Bruxa, devastou milhares de hectares. Para evitar esse cenário, Gramacho apoia a ideia de usar variedades mais desenvolvidas e adequadas à região. Analistas também questionam a qualidade do cacau cultivado sob sol pleno, já que frutos produzidos à sombra tendem a ter sabor superior. Cristiano Villela Dias, diretor científico do Centro de Inovação do Cacau (CIC) do Brasil, afirma que testes iniciais com frutos do oeste da Bahia não mostraram diferença perceptível no sabor. "A qualidade das amêndoas é muito semelhante ao melhor cacau produzido no Brasil ou em outros países", disse Villela. A Mars disse que testou o cacau produzido na área e não identificou "diferença fundamental no sabor ou na qualidade" que possa ser associada ao cultivo a pleno sol. Veja Mais

Lupi segue no cargo, e governo busca nome definitivo para o INSS após fraudes

G1 Economia Integrantes do Planalto avaliam que investigação até aqui não deu motivos para saída do ministro. Governo pretende reforçar que irregularidades começaram em 2019 e só foram investigadas em 2023. Carlos Lupi com Lula FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Integrantes do Palácio do Planalto ouvidos nesta sexta-feira (25) pela Globonews disseram avaliar que, por enquanto, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, seguirá no cargo, uma vez que as investigações da Polícia Federal envolvendo fraudes no INSS não recaíram sobre ele. Alessandro Stefanutto, demitido da presidência do órgão nessa quarta-feira (23), após uma operação que revelou um esquema de fraudes, é o segundo presidente do INSS a cair no atual mandato de Lula, em razão de suspeitas de irregularidades. Anterior ocupante do cargo e também indicado por Lupi, Glauco Wamburg foi exonerado ainda em 2023 por suposto uso irregular de passagens e diárias pagas pelo governo. Nesta semana, a Polícia Federal deflagrou uma operação após investigações mostrarem que havia associações e sindicatos descontando valores na folha de pagamento de aposentados e pensionistas sem a autorização dos beneficiários, portanto, de forma irregular. Veja Mais

É #FAKE mensagem que promete devolver dinheiro a vítimas de fraude no INSS; trata-se de golpe

G1 Economia Governo alerta que órgão não está enviando e-mails nem mensagens de WhatsApp citando 'ressarcimento de acordos de mensalidades associativas'. É #FAKE mensagem que promete devolver dinheiro a vítimas de fraude no INSS; trata-se de golpe Reprodução Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão recebendo e-mails e mensagens que prometem agilizar a devolução do dinheiro cobrado de forma indevida por associações e sindicatos nos últimos anos e oferecem um link para acessar o serviço. É #FAKE. g1 Veja Mais

Conta de luz mais cara: Aneel anuncia bandeira amarela em maio

G1 Economia Decisão, motivada pelo início do período de estiagem, interrompe ciclo de cinco meses com bandeira verde, ou seja, sem taxa extra. Bandeira amarela 'custa' R$ 1,88 a cada 100 kWh. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25) que o país terá bandeira amarela nas contas de luz no mês de maio. Isso significa um custo adicional de R$ 1,88 nas faturas para cada 100 kWh consumidos. Segundo a agência, a decisão foi tomada "devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano". Veja Mais

Consignado CLT: contratação será feita diretamente com os bancos a partir desta sexta; veja como aderir

G1 Economia Modalidade está disponível desde 21 de março por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). Portabilidade entre bancos estará disponível a partir de 6 de junho. Contratação do Consignado CLT poderá ser feita diretamente com os bancos a partir desta sexta-feira (25). Pixabay/Imagem ilustrativa O Crédito do Trabalhador, também conhecido como Consignado CLT, inicia uma nova etapa hoje. A partir desta sexta-feira (25), os trabalhadores poderão contratar o empréstimo também por meio dos canais eletrônicos dos bancos habilitados. Além disso, os trabalhadores que já têm um consignado ativo poderão migrar para a nova linha. A portabilidade entre bancos estará disponível a partir de 6 de junho. A expectativa é que as contratações dessa modalidade aumentem, com mais pessoas optando por essa linha de crédito para migrar para juros mais baixos. Segundo o Ministério do Trabalho, a estimativa é que os desembolsos para o empréstimo superem R$ 100 bilhões até junho. Veja Mais

Trump refuta declaração da China e diz que negociações comerciais estão em andamento

G1 Economia O republicano afirmou nesta quinta-feira que os EUA têm se reunido com os chineses para tratar de tarifas. O governo da China, porém, alegou que não houve discussões para aliviar a guerra comercial em curso. O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019. REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo O presidente Donald Trump afirmou nesta quinta-feira (24) que as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China estão em andamento, refutando as alegações chinesas de que não houve discussões para aliviar a guerra comercial em curso. "Eles tiveram uma reunião esta manhã", disse Trump a jornalistas, recusando-se a informar a quem ele estava se referindo. "Não importa quem seja 'eles'. Podemos revelar isso mais tarde, mas eles tiveram reuniões esta manhã, e nós temos nos reunido com a China." A China afirmou nesta quinta que não havia realizado negociações comerciais com Washington, apesar dos comentários repetidos do governo dos EUA sugerindo que houve tratativas. "A China e os EUA não realizaram consultas ou negociações sobre tarifas, muito menos chegaram a um acordo", disse a jornalistas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun. Para ele, o relatos sobre essas informações são "notícias falsas". As declarações contraditórias de Washington e Pequim destacam a comunicação tensa e a incerteza que definem a atual guerra comercial. O cenário acrescenta volatilidade aos mercados globais e prolonga a dor econômica em ambos os lados. Empresas norte-americanas enfrentam custos elevados de importação, enquanto exportadores chineses estão sendo pressionados pela queda da demanda dos EUA. Trump afirma que tarifas sobre produtos da China vão diminuir substancialmente Queda nas tensões? Trump e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, indicaram nesta semana que pode haver uma diminuição nas tensões com a China. Na quarta-feira (23), Bessent disse que as tarifas excessivamente altas entre os EUA e a China precisarão ser reduzidas antes que as negociações comerciais possam prosseguir. Ele também destacou que essa redução nas taxas seria necessária para que as duas maiores economias do mundo reequilibrassem seu relacionamento comercial. A Casa Branca impôs no início deste mês tarifas de 145% sobre produtos chineses, o que levou Pequim a responder com tarifas próprias e a aumentar as restrições sobre exportações de minerais críticos para os Estados Unidos. Entenda a escalada da guerra tarifária A guerra tarifária se intensificou no dia 2 de abril, quando Trump detalhou as chamadas tarifas recíprocas, de 10% a 50%, sobre mais de 180 países. Na medida, ele também individualizou taxas para países com os quais os EUA têm maiores déficits comerciais. As tarifas chegaram a até 50%. Desde então, segundo a Casa Branca, mais de 75 países já procuraram os EUA para discutir novos acordos comerciais e reduzir as tarifas. Para dar mais tempo para as negociações andarem, Trump anunciou uma "pausa" nas tarifas recíprocas individualizadas em 9 de abril, mantendo apenas as taxas de 10% sobre todos os países por 90 dias. A exceção foi a China, que não procurou os EUA para negociar e retaliou o país, aumentando também as alíquotas das tarifas cobradas sobre as importações americanas. O principal foco, então, ficou na guerra comercial entre os dois países. Como resposta ao "tarifaço", os chineses retaliaram os norte-americanos com taxas extras de 34% (da mesma magnitude) sobre os produtos importados do país. A partir daí, houve uma escalada nas alíquotas. A falta de um acordo fez os EUA chegarem a taxas de até 245% sobre produtos importados da China. Os asiáticos responderam com taxas de 125% sobre itens americanos, além de outras medidas, como a ordem para que companhias aéreas não recebam mais jatos da empresa americana Boeing. No dia 11 de abril, o governo Trump também isentou smartphones, laptops e outros eletrônicos do leque das tarifas recíprocas, conforme divulgação da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA. Com a decisão, esses produtos ficaram de fora das tarifas de até 245% impostas à China — principal polo de produção de eletrônicos como o iPhone — e da alíquota de 10% aplicada à maioria dos outros países. No dia 13 de abril, Trump disse que a cadeia de eletrônicos não está sendo liberada de seu tarifaço, e destacou que o governo está analisando sua mudança apenas para uma nova categoria de tarifas. * Com informações da agência Reuters. Veja Mais

XP informa vazamento de dados de clientes e saldos de contas

G1 Economia Empresa diz que valores estão preservados e que não houve movimentações de dinheiro. Prédio da XP Investimentos em São Paulo. Amanda Perobelli/ Reuters A XP informou seus clientes por e-mail, nesta quinta-feira (24), que houve um acesso não autorizado a uma base de dados hospedada em um fornecedor externo. Informações como nomes, número da conta, saldo e limite de crédito vazaram. Segundo o comunicado, nenhuma operação financeira foi realizada e dados como senhas, assinatura eletrônica, biometria, CPF ou documento de identidade não foram expostos. "Imediatamente efetivamos o bloqueio deste acesso. Sua conta e seus investimentos estão em total segurança, pois nenhum sistema da XP foi acessado", afirma a empresa no comunicado aos clientes. A XP diz que seus aplicativos e sites podem sendo usados normalmente, sem necessidade de alterar senhas. A empresa alerta os clientes sobre possíveis golpes com o uso de dados pessoais. "Por conta do ocorrido, desconfie de ligações telefônicas em nome da XP sobre procedimentos de segurança e reconhecimento de compras ou transações, e nunca altere ou realize qualquer ação no aplicativo sob orientação de qualquer contato telefônico." Entre as informações acessadas estão: dados cadastrais, como nome, telefone, e-mail, data de nascimento, CEP, estado civil, gênero, cargo e nacionalidade; dados sobre os produtos financeiros contratados, sem os respectivos detalhamentos, limitando-se às informações binárias, como se possui ou não cartão de crédito e débito, seguro, consórcio, previdência e portabilidade de salário; dados como o número da conta na XP, saldo, posição, nome do assessor e limite de crédito, referentes ao mês de março. Procurada pela Reuters, a XP confirmou um acesso indevido a uma base de dados hospedada em um fornecedor externo, contendo informações parciais de clientes. "Os recursos dos clientes e da própria instituição estão seguros, protegidos e não sofreram qualquer tipo de impacto, inexistindo vazamento de senhas, assinaturas eletrônicas, token, credenciais de acessos ou qualquer dado que permita realizar transações financeiras", afirmou a empresa em nota. Saiba como se proteger de golpes no PIX Veja Mais

Tribunal do Cade decide avaliar acordo de codeshare entre Azul e Gol

G1 Economia Em julho, as empresas começaram a vender passagens para voos operados em codeshare entre as empresas para 40 rotas, com a expectativa de aumentar esse número para mais de 150 rotas. Aviões da Gol e da Azul. Ana Clara Marinho/TV Globo | Divulgação/Azul Linhas Aéreas O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu analisar o acordo de compartilhamento de voos iniciado no ano passado entre as duas maiores companhias aéreas do Brasil, Azul e Gol, informou a autarquia. A decisão veio após a Superintendência Geral do Cade ter arquivado o procedimento de avaliação do acordo no início do mês, limitando-se a avaliar se o codeshare seria de notificação obrigatória ao Cade. Em julho, Gol e Azul começaram a vender passagens para voos operados em codeshare entre as empresas para 40 rotas, com a expectativa de aumentar esse número para mais de 150 rotas. Segundo Freitas, o acordo de compartilhamento de voos entre as duas empresas pode evidenciar um "nexo associativo" entre as companhias, diferentemente de uma relação típica de codeshare de prestação de serviços de uma empresa para a outra. De acordo com Freitas, o acordo "assemelha-se mais a um contrato associativo do que a um simples codeshare. Esses pontos, identificados pela área técnica, ainda não foram analisados por este Tribunal", e por isso precisam de um "exame mais profundo", afirmou. O acordo, segundo o pedido do conselheiro, "assemelha-se mais a um contrato associativo do que a um simples codeshare. Esses pontos, identificados pela área técnica, ainda não foram analisados por este Tribunal", e por isso precisa de um "exame mais profundo", afirmou. Além do acordo, a Azul discute há meses com a holding controladora da Gol, Abra, uma possível combinação de negócios. Um memorando de entendimento entre as duas empresas foi assinado em janeiro. Um eventual acordo resultaria em um mercado doméstico 60% controlado pelo grupo combinado, superando os 40% da chilena Latam. Entenda como fusão entre Gol e Azul pode afetar o preço das passagens aéreas Veja Mais

China nega negociações comerciais com os EUA, mesmo após governo Trump voltar a falar sobre 'otimismo' com um acordo

G1 Economia A guerra tarifária iniciada por governo americano já deixou pelo caminho taxas de até 245% sobre os produtos chineses, enquanto a china respondeu com tarifas de 125% sobre as importações dos EUA. Bandeiras dos EUA e da China tremulam em Pequim Tingshu Wang/Reuters O governo chinês negou nesta quinta-feira (24) que existam negociações comerciais em curso entre o país e os Estados Unidos, após o presidente Donald Trump sugerir que há um diálogo aberto e se dizer otimista com a possibilidade de um acordo entre as duas maiores economias do mundo, para resolver o problema da guerra tarifária. "Como departamento competente na área de relações econômicas e comerciais com o exterior, gostaria de destacar que atualmente não há negociações econômicas, nem comerciais, entre a China e os EUA", declarou o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yadong, em uma entrevista coletiva. LEIA TAMBÉM Com tarifaço, Brasil pode ser grande destino de produtos chineses, mas precisará de preparo O que são as Treasuries e como Trump está ameaçando o status de ‘investimento mais seguro do mundo’ 'É ingenuidade pensar que podemos substituir produtos americanos por chineses', diz primeiro-ministro francês A "guerra" entre China e EUA foi desencadeada pelas novas tarifas anunciadas por Trump sobre os produtos chineses, que podem alcançar 245% em alguns casos. Pequim respondeu com novas tarifas de 125% sobre as importações dos EUA. A disputa comercial — que, segundo Trump, é uma retaliação por práticas comerciais injustas — abalou os mercados e aumentou os temores de uma recessão global. O porta-voz do ministério chinês afirmou que "qualquer declaração sobre o progresso das negociações econômicas e comerciais entre China e EUA carece de fundamento e base factual". "A China pede que os EUA corrijam suas práticas equivocadas, mostrem a sinceridade necessária para as conversações (e) retornem ao caminho correto do diálogo e consulta em condições de igualdade", acrescentou. Trump declarou na quarta-feira à imprensa que seu país buscaria um "acordo justo com a China". Questionado se havia iniciado conversas com Pequim, o republicano respondeu: "Tudo está ativo". Nesta semana, o governo americano voltou a falar sobre o assunto. Na terça-feira (22), Trump disse que um acordo com o gigante asiático poderia "reduzir substancialmente" as tarifas impostas pelos EUA sobre a China e indicou que o acordo final não ficará "nem perto" das taxas atuais. Ele acrescentou, no entanto, que "não será zero". Depois, na quarta (23), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que não haverá redução unilateral nas tarifas dos EUA sobre produtos importados da China. "A China precisa fazer um acordo com os EUA. Estamos otimistas de que isso acontecerá. E, quando acontecer, caberá ao presidente [Donald Trump] decidir qual será a taxa tarifária sobre a China", disse Leavitt, em entrevista à Fox News. "Mas, certamente, precisamos ver uma redução nas tarifas, inclusive nas tarifas não monetárias", acrescentou a porta-voz do governo, ao destacar que os EUA precisam "continuar observando" empresas estrangeiras "trazerem sua produção de volta" para o país. Trump afirma que tarifas sobre produtos da China vão diminuir substancialmente Entenda a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou na semana passada, após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas pelo presidente americano, Donald Trump. No dia 2 de abril, Trump detalhou a tabela das tarifas, que vão de 10% a 50% e serão cobradas sobre mais de 180 países. A China foi um dos países que foi tarifado — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, na sexta (4), tarifas extras de também 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar a resposta, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 13h (horário de Brasília) de terça-feira (8) ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses. O presidente americano disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas. A resposta chinesa veio na manhã de quarta-feira (9): o governo elevou as tarifas sobre os EUA de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países que foram taxados com tarifas que variam de 10% a 50%. Essa pausa é, na verdade, uma redução de todas as tarifas para 10% por um prazo de 90 dias. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida — e continuam valendo. A exceção, porém, foi a China. Trump anunciou mais uma vez a elevação de tarifas sobre os produtos chineses, para 125%. Na quinta (10), a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa tarifa total de 145% — que ainda pode chegar a 245% em alguns casos, a depender do produto importado. Como resposta, na sexta-feira (11), os chineses elevaram as tarifas sobre os americanos para 125%. Desde então, o governo Trump já sinalizou várias vezes estar otimista com a possibilidade de um acordo entre os países, o que nunca foi confirmado pela China. *Com informações da agência de notícias AFP Veja Mais

Funcionários demitidos da Voepass cobram pagamentos de salários e direitos trabalhistas

G1 Economia Empresa anunciou demissões em abril, mas prometeu pagar vencimentos de março, diz grupo afetado. Companhia afirma que acertos estão previstos no plano de recuperação judicial. Pedido enviado à Justiça ainda não foi analisado. Funcionários da Voepass denunciam que ainda não receberam rescisões trabalhistas Funcionários demitidos há quase duas semanas da Voepass afirmam que não receberam os salários referentes ao mês de março. Eles também alegam que a companhia aérea com sede em Ribeirão Preto (SP) não deu mais informações sobre quando serão pagos os acertos trabalhistas e disponibilizados os documentos para entrada no seguro-desemprego. Segundo os ex-funcionários, os salários deveriam ter sido depositados no dia 21 de abril, mas dois dias após a data, nada foi pago. “Não recebemos e não temos informação de quando vai ser a homologação, não temos a papelada para dar entrada no seguro-desemprego, não temos nada no nosso Fundo de Garantia, porque a empresa nunca depositou o Fundo de Garantia. A gente está a ver navios, sem resposta de ninguém”, diz Bianca Alves de oliveira, que trabalhava na execução de escala da empresa. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Procurada, a Voepass disse que os pagamentos dos direitos trabalhistas dos funcionários demitidos estão previstos no pedido de recuperação judicial feito na última terça-feira (22). O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que ainda não há decisão sobre a solicitação da empresa. Aeroporto Leite Lopes em Ribeirão Preto, SP voepass Érico Andrade/g1 Crise e demissão em massa A companhia aérea passou a enfrentar uma crise financeira em agosto de 2024, quando uma de suas aeronaves caiu em Vinhedo (SP) matando todas as 62 pessoas a bordo. Em fevereiro, a empresa entrou em um processo de reestruturação financeira, alegando problemas principalmente com a Latam com quem mantinha um acordo de codeshare. A operação consiste na venda de passagens áreas pela Latam para voos operados pela Voepass. A prática é permitida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os valores que a Latam deixou de pagar chegam a R$ 34,7 milhões, segundo a Voepass. Em mais um capítulo da crise, em março, a Anac suspendeu todos os voos da empresa depois que uma auditoria apontou falta de segurança nas operações. Cerca de um mês após a suspensão da operação, em abril, a Voepass anunciou a demissão de parte da equipe, incluindo tripulação, aeroportuários e pessoas de áreas de apoio. Os desligamentos foram comunicados oficialmente pelo presidente José Luiz Felício Filho em uma carta. “A gente sabia que a empresa estava indo com dificuldade pelo acordo judicial, mas da maneira que foi, todo mundo ser mandado embora, foi desumano. A gente não tem informação, isso é meio complicado”, diz o editor de qualidade Natan de Lima. Guichê da Voepass em Ribeirão Preto, SP Reprodução/EPTV Após o comunicado, os funcionários começaram a ser chamados para assinar o termo de rescisão. Mas, até o momento, estão sem informações sobre os próximos passos para receber os direitos trabalhistas. “A gente espera que vai ser pago, foi mandado embora e tal dia vai ser pago, mas aí não é. A gente tem conta de filho na escola, despesa do mês, mas não tem nenhum tipo de segurança. Se a gente não recebeu nem o salário, imagine receber seguro, FGTS? Eu até tinha pouco tempo [de empresa], mas tem gente que tem mais de dez anos de empresa, que mudaram de cidade para vir para cá, que não tem nem onde ficar mais e não têm como receber”, lamenta Lima. Recuperação judicial Com o agravamento da situação financeira, na última terça-feira (22), a Voepass protocolou na Justiça um pedido de recuperação judicial. A empresa alega que a Latam é a "principal responsável" pela crise. As empresas possuíam um acordo de Capacity Purchase Agreement (CPA), e não apenas de codeshare, como vinha sendo divulgado anteriormente. O acordo de CPA significa que a Latam poderia ter todo o controle na gestão da Voepass, como em uma sociedade, diferentemente do codeshare, que envolvia apenas a utilização de aeronaves da Voepass por parte de passageiros que compram passagens pela Latam. Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (23), a Latam repudiou a afirmação da Voepass sobre a atribuição de responsabilidade em relação à crise financeira e disse que o fim da parceria foi motivado principalmente pelo desastre aéreo em Vinhedo. Funcionários demitidos da Voepass em Ribeirão Preto, SP Sergio Oliveira/EPTV Dimensão das dívidas Segundo informações que constam na nova petição apresentada à Justiça, a Voepass tem em torno de R$ 210 milhões em dívidas com credores concursais, ou seja, existentes antes do pedido de recuperação e sujeitas à negociação no processo. Desse total atualizado, R$ 43.548.544,02 são referentes a débitos trabalhistas. No ramo da aviação civil há 28 anos, Edivandro Brito da Silva Filho, que trabalhava na manutenção de estrutura de aeronaves, lamenta o episódio de dificuldade após a demissão. “Infelizmente, é só tristeza. São 28 anos de aviação que eu já tenho, desde 1997, e nunca passei por isso. Já fui funcionário de outras empresas e, infelizmente, é a primeira vez que eu tenho passado por isso. É triste, a gente se dedicar por uma empresa, se dispor, estar 24 horas aqui dentro. Se você pegarem o ponto do pessoal, você vão ver que tinha pessoas que ficavam 24 horas, 36 horas aqui dentro, sábado e domingo. E a gente é demitido de uma forma, até agora, posicionamento que é bom, nada, nenhum.” Edivandro Brito da Silva Filho trabalhou dois anos na Voepass em Ribeirão Preto, SP Sergio Oliveira/EPTV O que diz a empresa Em nota, a Voepass disse que o pedido de recuperação judicial inclui o pagamento dos salários, benefícios do último mês e também as rescisões trabalhistas. A empresa disse que vai apresentar, em até 60 dias, o plano detalhado para a aprovação dos credores. Sobre o não pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a empresa informou que ele sempre foi realizado a partir de um fluxo de parcelamento e que agora vai ser incluído no processo de recuperação judicial. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais

Compra do Banco Master pelo BRB: Justiça do DF nega pedido para suspender negociação

G1 Economia Pedido foi feito pelo Sindicato dos Bancários de Brasília. Compra foi anunciada em março, após aprovação do Conselho do Banco de Brasília; negócio consiste na aquisição de 58% do capital total do Master. Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O juiz Júlio Roberto dos Reis, da 25ª Vara Cível de Brasília, negou o pedido de suspensão da compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A ação popular para interromper a negociação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo de Souza. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Veja Mais

Deduzir saúde e educação no IR favorece mais ricos, avalia governo Lula; equipe de Paulo Guedes tinha mesmo entendimento

G1 Economia Avaliações foram feitas pela Secretaria de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos (SMA) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPO). A Secretaria de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos (SMA) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPO) divulgou nesta quarta-feira (23) o relatório bienal relativo aos anos de 2023 e de 2024 com análise sobre várias políticas públicas. Entre os temas avaliados, a equipe econômica citou as deduções em saúde e educação no Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) e concluiu que esses benefícios são apropriados, principalmente, por uma parcela da população de maior renda. Veja a conclusão sobre as deduções com saúde "Diferentemente do que ocorre com gastos com instrução, não há limite para dedução de despesas médicas privadas no Imposto de Renda. Isso gera ao governo um gasto tributário significativo, que é apropriado por uma parcela da população de maior renda. "Considerando o quadro de restrição fiscal e a tendência de ampliação desses gastos nos próximos anos, relatório do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas sugere o fim do benefício ou o estabelecimento de um teto de despesas possíveis de dedução, a exemplo do que já ocorre no caso da educação", diz o governo. Governo propõe limitar isenções do Imposto de Renda por razão de saúde Veja a conclusão sobre as deduções em educação: "A principal justificativa legal para a dedução de gastos privados com educação é a de que isso incentivaria matrículas no setor particular, induzindo à melhoria da qualidade do ensino. Relatório do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas indica que o valor do benefício é insuficiente para alterar as escolhas dos beneficiados, que se encontram entre os brasileiros de maior renda, nas regiões mais ricas." "A avaliação alerta, porém, que a economia com o fim do benefício não necessariamente seria destinada integralmente à educação, e que, na continuidade da política, é possível alterá-la para beneficiar declarantes de imposto de menor renda", avaliou o Ministério do Planejamento. Reforma do Imposto de Renda As avaliações, embora feitas nos últimos anos, foram tornadas públicas em meio à proposta de mudanças no Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), que tem por objetivo ampliar a faixa de isenção dos atuais dois salários mínimos (R$ 3.036 mil) para até R$ 5 mil a partir de 2026. Além de ampliar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, a equipe econômica também propôs uma isenção parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super ricos, ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil — o equivalente a R$ 600 mil por ano. De acordo com números do IBGE, com base em empregos formais e informais na economia, somente 32% dos trabalhadores brasileiros, justamente aqueles com maior renda no país, seriam beneficiados pela ampliação da faixa de isenção do IR, justamente aqueles que estão entre os mais ricos. Embora tenham avaliado que as deduções em saúde e educação no IR favorecem as camadas de maior poder aquisitivo, a equipe do Ministério da Fazenda não propôs alterá-las neste momento. Em entrevista ao g1, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, admite que uma reforma mais ampla do Imposto de Renda é necessária para promover uma maior progressividade, ou seja, taxar proporcionalmente mais os ricos — como acontece nos países desenvolvidos. Ele avaliou que não é possível levar esse objetivo adiante no meio de um mandato presidencial. Em sua visão, esse tipo de reforma tem de ser feita no início de cada governo. "Essa é uma discussão que não faz do dia para a noite, no meio de um mandato. A gente precisa de tempo para construir isso com a sociedade, porque vai envolver um pacto social, uma mudança no padrão de tributação muito grande", disse Pinto, na ocasião. Conclusões da equipe de Paulo Guedes Avaliações parecidas sobre as deduções em saúde e educação no Imposto de Renda já tinham sido feitas anteriormente durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, pela equipe econômica comandada pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes. ➡️Em 2020, o antigo Ministério da Economia concluiu que as deduções no IR para educação favorecem a camada mais rica da população e sugeriu rever o benefício, mas não foram propostas mudanças sobre isso por nenhum dos dois governos. O custo desse beneficio (dinheiro que deixou de ingressar nos cofres públicos) foi de R$ 5,3 bilhões em 2024. ➡️Em 2022, a área econômica do governo anterior também concluiu que apenas 0,8% das deduções de despesas médicas estavam direcionadas aos 50% mais pobres da população, enquanto 88% do benefício concentra-se na parcela (20%) correspondente às famílias de maiores rendas, e 16,4% (1%) de maior rendimento. Não foram propostas mudanças sobre isso por nenhum dos dois governos. O custo desse benefício em 2024 foi de R$ 26,7 bilhões. Na reforma do IR encaminhada na gestão Bolsonaro, e aprovada pela Câmara dos Deputados, mas sem avanços no Senado Federal, não houve proposta de mudança nas deduções em saúde e educação. Veja Mais

Musk anuncia que vai dedicar menos tempo ao governo dos EUA e ações da Tesla sobem 5% no pré-mercado

G1 Economia A notícia alimentou a esperança de que o CEO bilionário passará a se dedicar a corrigir o desempenho da marca e, sobretudo, aumentar as vendas da fabricante de veículos elétricos. Elon Musk, dono do X, da SpaceX e da Tesla, em reunião na Casa Branca, em 26 de fevereiro de 2025 Reuters/Bryan Snyder As ações da Tesla subiam cerca de 5% no pré-mercado desta quarta-feira (23), depois que o fundador e CEO da montadora, Elon Musk, anunciou que passaria menos tempo trabalhando para o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A notícia alimentou a esperança de que o CEO bilionário passará a se dedicar a corrigir o desempenho da marca e, sobretudo, aumentar as vendas da fabricante de veículos elétricos. A participação de Musk no chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do governo Trump, onde enfatizou a redução agressiva de custos por meio de cortes de empregos federais, causou forte reação pública e política, levando a protestos e vandalismo em showrooms da Tesla. LEIA TAMBÉM ‘Tarifaço’ de Trump: como está a fortuna dos homens mais ricos do mundo desde o início das tarifas Musk pressiona Trump a reverter tarifas e faz apelos diretos ao presidente, diz jornal Bernard Arnault perde US$ 11,3 bilhões em um dia, após piora dos resultados da LVMH Lojas da Tesla, de Elon Musk, são pichadas por ativistas ambientais na Suécia Musk reconheceu a reação negativa, mas minimizou as preocupações de que os danos à marca estivessem por trás da queda de 25% nas vendas de automóveis da Tesla no primeiro trimestre, uma baixa mais acentuada do que o esperado, e da forte redução de 71% no lucro líquido da companhia. Musk disse que vai reduzir seu número de dias dedicados ao DOGE para uma ou duas vezes na semana a partir do próximo mês, já que "o grande trabalho árduo necessário para colocar a equipe do DOGE em funcionamento e trabalhar com o governo para colocar as finanças em ordem está praticamente concluído". Investidores apostam que isso aliviaria um pouco a pressão sobre a marca Tesla e daria a Musk mais tempo para se concentrar em como reverter a queda nas vendas, que levaram as ações da empresa a despencarem quase 50% em relação ao seu pico registrado em dezembro passado. "Os investidores podem respirar aliviados, já que Elon Musk disse que se afastará da DOGE no próximo mês, potencialmente aliviando um pouco a pressão sobre a imagem da marca Tesla", disse Chris Beauchamp, analista da plataforma de negociação online IG. "Após uma queda de 50% no preço das ações, os investidores estão inclinados a ter uma visão diferente e com Musk prestes a retornar, esses números podem ser deixados de lado na esperança de que uma mão mais segura esteja no comando novamente." Analistas da Morningstar disseram: "Acreditamos que o mercado estava preocupado com a possibilidade de Musk se distrair da liderança da Tesla e potencialmente prejudicar a marca. A decisão de Musk de reduzir seu papel consultivo (no governo) deve aliviar essas preocupações." A fabricante de veículos elétricos está a caminho de lançar um carro mais acessível — considerado uma via crucial para o crescimento futuro — no primeiro semestre de 2025, mas "o ritmo pode ser mais lento do que esperávamos", disse Lars Moravy, vice-presidente de engenharia da Tesla. Na semana passada, a Reuters noticiou o atraso nos planos da Tesla para um carro acessível, uma versão simplificada e fabricada nos EUA de seu SUV mais vendido, o Model Y. A Tesla, no entanto, afirmou que estava no caminho certo com os planos de lançar uma frota de robotáxis em Austin, Texas, em junho. "Os investidores parecem dispostos a ignorar a queda nas vendas de automóveis por enquanto, optando por se concentrar no prêmio maior: um futuro autônomo", disse Matt Britzman, analista sênior de ações da Hargreaves Lansdown. Veja Mais

Governo publica norma que suspende descontos de aposentados do INSS por tempo indeterminado

G1 Economia Medida já tinha sido anunciada na semana passada, mas só foi publicada nesta quarta. Operação para apurar fraudes e descontos irregulares derrubou presidente do INSS. O governo federal publicou nesta terça-feira (29) o despacho que suspende, por tempo indeterminado, todos os acordos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com entidades associativas que descontavam parcelas mensais de aposentados e pensionistas. Com isso, até nova decisão, ficam suspensos todos os descontos relacionados a essas entidades. A medida tinha sido anunciada na semana passada, após uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) motivada por supostas fraudes bilionárias nesses descontos. O despacho é assinado pela presidente interina do INSS, Débora Floriano. Ela substituiu Alessandro Stefanutto, demitido do cargo após a operação da PF na última quarta-feira (23). "[Determino] A suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica formalizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social, que envolvam descontos de mensalidades associativas em folha de pagamento de benefícios previdenciários, até ulterior reavaliação de sua regularidade e conformidade com as normas vigentes, bem como de quaisquer repasses às entidades partícipes dos ajustes", diz o despacho. Governo alerta para golpes que prometem 'agilizar devolução' de descontos irregulares no INSS Governo promete devolver dinheiro de fraude no INSS Descontos não autorizados Ao menos 11 entidades associativas são suspeitas de realizar descontos em benefícios de aposentados e pensionistas, sem autorização. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo as estimativas. As apreensões ocorreram em diferentes estados, entre eles São Paulo, Paraná e Ceará. Os mandados de busca, apreensão e de prisão foram realizados em 13 estados e no Distrito Federal. Durante a operação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e, em seguida, demitido do cargo. Além dele, outros cinco servidores públicos foram alvo de medidas judiciais e outras seis pessoas foram presas até a última atualização desta reportagem. Fraude no INSS: como descobrir se você foi uma vítima Veja Mais

Por que governo Trump criticou reação da Amazon às tarifas

G1 Economia Casa Branca acusa empresa de 'ato político' ao considerar detalhar impacto de tarifas de Trump para clientes. Bezos, fundador da Amazon, e Trump, presidente dos EUA. France Presse A Casa Branca rebateu um suposto plano da Amazon de detalhar para seus clientes o impacto das tarifas comerciais impostas por Donald Trump, classificando a iniciativa como um ato político "hostil". A Amazon disse ao jornal The Washington Post que avalia a possibilidade de discriminar os custos das tarifas para os clientes da Amazon Haul, um site de baixo custo lançado nos Estados Unidos no ano passado para competir com Shein e Temu. A empresa, no entanto, negou que tal medida tenha sido considerada para sua principal plataforma de comércio eletrônico. Ainda assim, a decisão da Casa Branca de reagir ao relatório é um indicativo da pressão enfrentada pelo governo em relação às novas tarifas de importação, que, segundo analistas, devem levar ao aumento de preços para os consumidores e ampliar os riscos de uma recessão. Durante uma coletiva de imprensa para marcar os 100 dias do governo Trump, a secretária de imprensa Karoline Leavitt disse ter discutido o plano da Amazon com o presidente e afirmou que a medida representava "mais um motivo pelo qual os americanos deveriam comprar produtos americanos". "Trata-se de um ato hostil e político por parte da Amazon", disse ela. "Por que a Amazon não fez isso quando o governo Biden elevou a inflação ao maior nível em 40 anos?" Desde que reassumiu o cargo em janeiro, Trump aumentou as tarifas, alegando que isso impulsionaria a indústria nacional e aumentaria a arrecadação tributária dos EUA. Mesmo após ter recuado em algumas de suas propostas iniciais neste mês, os anúncios de Trump deixaram muitas importações sujeitas a novas taxas de ao menos 10%, enquanto produtos da China agora enfrentam tarifas de importação de pelo menos 145%. As medidas provocaram uma queda acentuada no comércio entre os dois países e alimentaram temores de choques na cadeia de suprimentos e escassez de produtos — de carrinhos de bebê a guarda-chuvas — dos quais a China é uma grande fornecedora. Na terça-feira, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, defendeu o desempenho econômico do governo e afirmou que estão em andamento negociações comerciais com muitos dos principais parceiros dos EUA. Ele, no entanto, evitou responder se os EUA estão em tratativas com a China, que foi o terceiro maior país exportador para o mercado americano no ano passado, atrás apenas da União Europeia e do México. Algumas empresas já começaram a detalhar os custos das tarifas para os consumidores. Shein e Temu, por exemplo, anunciaram aumentos de preços. Segundo analistas, comerciantes chineses representam cerca da metade dos vendedores na Amazon nos EUA. O plano da Amazon de mostrar o impacto das tarifas aos clientes foi inicialmente divulgado na terça-feira pelo site Punchbowl News, que citou uma fonte anônima. A empresa não respondeu ao pedido de comentário da BBC. Jeff Bezos, fundador da Amazon e proprietário do Washington Post, se reuniu com Trump após as eleições e elogiou sua agenda de desregulamentação e cortes de impostos. A Amazon foi uma das muitas empresas que doaram para a cerimônia de posse do presidente, e Bezos teve um lugar de honra no evento. Mas a relação entre os dois sempre foi tensa. Durante seu primeiro mandato, Trump criticou repetidamente a Amazon e o Washington Post, enquanto Bezos, em 2016, acusou o então candidato de usar uma retórica que "corrói nossa democracia pelas bordas" e chegou a brincar dizendo que gostaria de enviá-lo ao espaço em um foguete. Em 2019, a Amazon entrou com uma ação contra o Pentágono, alegando ter sido excluída de um contrato de US$ 10 bilhões porque Trump teria decidido "perseguir seus próprios interesses pessoais e políticos" com o objetivo de prejudicar Bezos, "seu inimigo político percebido". Com colaboração de Bernd Debussman Jr. Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Veja Mais

Dólar e Ibovespa oscilam, com possível alívio nas tarifas dos EUA em foco

G1 Economia Na véspera, a norte-americana recuou 0,68%, cotada a R$ 5,6480. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira encerrou o dia com alta de 0,21%, aos 135.016 pontos, maior valor desde 16 de setembro (135.118 pontos). Notas de dólar. Luisa Gonzalez/ Reuters O dólar operava com volatilidade nesta terça-feira (29), oscilando entre altas e baixas conforme investidores continuam a repercutir os sinais de progresso de acordos tarifários entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais. Uma série de indicadores econômicos também ficam no radar. Na véspera, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que entre 15 e 18 países já estão em negociações com os EUA, e que o país deve assinar o primeiro acordo entre essa semana e a próxima. Apesar de a afirmativa ter recebido contestação de outros líderes do mundo, a leitura de que o governo Trump tem utilizado um tom mais brando para abordar a política tarifária do republicano tem trazido alívio aos mercados. Agora, investidores aguardam sinalizações mais concretas sobre as negociações comerciais, principalmente no que diz respeito à China. Nas últimas semanas, o republicano mais de uma vez se disse disposto a fazer um acordo comercial com a China, indicando que está em contato com o presidente chinês, Xi Jinping, para discutir a troca de tarifas entre os dois países. E, apesar de a China ter negado que esteja conversando com o presidente norte-americano, notícias de que o país asiático teria suspendido as tarifas em alguns produtos norte-americanos importados, reacenderam as esperanças de um alívio nas tensões. Na agenda de indicadores, o mercado segue monitorando uma série de dados econômicos norte-americanos, em busca de sinais sobre os impactos do tarifaço de Trump na economia dos EUA. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, também opera com volatilidade. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Veja Mais

Qual é a diferença entre fome e insegurança alimentar

G1 Economia ONU e Brasil têm formas distintas de calcular os dois indicadores. Brasil é um grande produtor de alimentos, mas convive com a insegurança alimentar Fome e insegurança alimentar nem sempre são sinônimos. Tudo depende do grau de insegurança e das metodologias usadas por países e institutos para definir esses conceitos. O Brasil e a Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo, têm métodos distintos para medir fome e insegurança alimentar. Veja abaixo a diferença entre cada um deles. De acordo com a escala utilizada pelo Brasil, a situação de fome é sinônimo de insegurança alimentar grave. Segundo o Ministério da Saúde, essa escala permite aos órgãos públicos brasileiros comprender não somente se as pessoas estão com falta de comida na mesa, como também o tipo de comida que elas consomem, o que também tem a ver com segurança alimentar. O ministério destaca ainda que, além da desnutrição, a insegurança alimentar está relacionada ao excesso de peso e a doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. O que é fome e insegurança alimentar para ONU A Organização das Nações Unidas (ONU) utiliza a Escala de Experiência de Insegurança Alimentar (FIES) para fazer seus levantamentos. E, diferentemente do Brasil, tem metodologias diferentes para medir a fome e a insegurança alimentar grave. Veja abaixo as diferenças. Fome A ONU utilizada o termo subalimentação como sinônimo de fome e é justamente esse indicador que mostra se um país está ou não no Mapa da Fome. Segundo o órgão, a subalimentação é uma condição em que o consumo habitual de alimentos de um indivíduo é insuficiente para fornecer a energia necessária para manter uma vida normal, ativa e saudável. Insegurança alimentar Para a ONU, uma pessoa está em insegurança alimentar quando não tem acesso regular a comida suficiente, segura e nutritiva para um crescimento e desenvolvimento normais, e para uma vida ativa e saudável. "Isso pode ser devido à indisponibilidade de alimentos e/ou à falta de recursos para obter comida. A insegurança alimentar pode ser experimentada em diferentes níveis de gravidade", diz o órgão. Insegurança alimentar grave Nessa categoria, as pessoas ficam frequentemente sem comer e, na pior das hipóteses, passam um dia (ou dias) sem comer. Insegurança alimentar moderada Pessoas que foram obrigadas a diminuir a qualidade e/ou a quantidade dos alimentos que consomem. Segurança alimentar ou insegurança alimentar leve Nessas duas categorias, as pessoas têm acesso adequado a alimentos em quantidade e qualidade. E ficam ligeiramente inseguros quanto à alimentação quando enfrentam a incerteza sobre a capacidade contínua de obter alimentos adequados. Prato do Futuro: Quintais mudam vidas no sertão Veja Mais

Trump irá reduzir impacto de tarifas sobre automóveis, diz secretário de Comércio dos EUA

G1 Economia Medidas devem ser anunciadas nesta terça-feira (29) com o objetivo de evitar que taxas sobre veículos produzidos no exterior se sobreponham a outras já existentes. Estacionamento da fábrica da Jaguar Land Rover em Halewood, Liverpool, na Inglaterra. Reuters O governo de Donald Trump irá anunciar nesta terça-feira (29) medidas para reduzir o impacto de suas tarifas sobre o setor automotivo. O foco, segundo autoridades, será aliviar taxas impostas a peças estrangeiras utilizadas em carros fabricados nos Estados Unidos, com o intuito de evitar que tarifas sobre veículos produzidos no exterior se sobreponham a outras já existentes. “O presidente Trump está construindo uma parceria importante com os fabricantes nacionais e com os nossos grandes trabalhadores americanos”, declarou o secretário de Comércio, Howard Lutnick, em comunicado divulgado pela Casa Branca. “Esse acordo é uma grande vitória para a política comercial do presidente, ao recompensar empresas que produzem no país, ao mesmo tempo em que oferece uma transição para os fabricantes que expressaram compromisso em investir nos Estados Unidos e ampliar sua produção doméstica.” LEIA TAMBÉM Lucro da Tesla cai 71% no 1º trimestre, após adesão de Elon Musk à política EUA devem assinar primeiro acordo comercial sobre tarifas até a próxima semana Shein aumenta preços em até 377% nos EUA antes de aumento de tarifas Fabricantes de automóveis afirmaram nesta segunda que esperavam que Trump anunciasse um alívio nas tarifas sobre o setor automotivo antes de sua viagem a Michigan, estado norte-americano onde estão localizadas as Três Grandes de Detroit (General Motors, Ford e Stellantis) e mais de mil fornecedores automotivos importantes. Na semana passada, uma coalizão de grupos da indústria automotiva dos EUA pediu a Trump que não impusesse tarifas de 25% sobre peças automotivas importadas, alertando que isso reduziria as vendas de veículos e aumentaria os preços. Trump havia dito anteriormente que pretendia impor as tarifas de 25% sobre peças automotivas até, no máximo, o dia 3 de maio. “As tarifas sobre peças automotivas irão desorganizar a cadeia global de suprimentos do setor e desencadear um efeito dominó que levará a preços mais altos para os consumidores, queda nas vendas das concessionárias e tornará a manutenção e o reparo de veículos mais caros e menos previsíveis”, disseram os grupos da indústria em carta. O documento, assinado por grupos que representam a General Motors, Toyota, Volkswagen, Hyundai e outras empresas, foi enviada ao representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, e ao secretário do Comércio, Howard Lutnick. “A maioria dos fornecedores automotivos não tem capital suficiente para lidar com uma disrupção abrupta causada por tarifas. Muitos já enfrentam dificuldades e correrão o risco de paralisações na produção, demissões e falência”, acrescenta o texto, observando que “basta a falência de um fornecedor para provocar a paralisação da linha de produção de uma montadora.” Fabricantes reagem a tarifas de Trump sobre carros e autopeças Veja Mais

É #FAKE publicação que diz que idade mínima para aposentadoria será de 78 anos

G1 Economia Título não deixa claro que texto se refere a um estudo com projeção para 2060. Governo federal afirma que publicação é falsa. É #FAKE publicação que diz que idade mínima para aposentadoria será de 78 anos Reprodução Circulam nas redes sociais publicações afirmando que a idade mínima para se aposentar deve subir para 78 anos. É #FAKE. g1 Veja Mais

Agrishow: maior feira de tecnologia agrícola do país começa em meio a clima favorável na lavoura, mas com alta nos juros

G1 Economia Taxas dificultam acesso a linhas de crédito, mas, com boas safras de grãos e demanda por máquinas, organização projeta R$ 15 bilhões em intenções de negócios nos cinco dias do evento em Ribeirão Preto (SP). Agrishow: conheça a maior feira de tecnologia agrícola do país Quase 200 mil pessoas de 70 países devem passar por Ribeirão Preto (SP), no interior de São Paulo, até a próxima sexta-feira (2) para a Agrishow, considerada uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo e que chega à sua 30ª edição em 2025. Termômetro da atividade econômica do agro brasileiro e uma vitrine de novas tecnologias, o evento realizado em um espaço a céu aberto equivalente a 53 campos de futebol com 800 marcas nacionais e estrangeiras começa nesta segunda-feira (28) com um cenário desafiador. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Ao mesmo tempo em que têm condições favoráveis para a colheita de grãos deste ano e precisam investir mais em infraestrutura, produtores encaram elevadas taxas de juros, que dificultam o acesso a linhas de crédito, em muitos dos casos, essenciais para a aquisição de novas máquinas e equipamentos. Situação agravada pela ausência de recursos do atual Plano Safra, pacote do governo federal que financia as atividades agropecuárias do país e que só deve ser novamente anunciado no meio do ano, depois da feira. No domingo (27), na cerimônia oficial de abertura da Agrishow, o presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o governo federal trabalha para superar o volume de crédito oferecido até este ano, mas ponderou a necessidade de equalizar a elevada taxa de juros. "Justamente em função da taxa de juros, você vai ter muito negócio com outros instrumentos que não sejam financiamento: venda à vista, venda a consórcio, outros instrumentos que não sejam financiamento, porque ficou muito caro", afirma Pedro Estevão, presidente da câmara setorial de máquinas agrícolas da Abimaq, a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos. Público caminha pela Agrishow 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Mesmo assim, diante de uma projeção de alta de 8,2% nas vendas em todo o país este ano, os organizadores da feira esperam que visitantes estabeleçam em torno de R$ 15 bilhões em intenções de negócios para os próximos meses a partir das conversas e demonstrações realizadas no interior de São Paulo. O montante é cerca de 10% maior do que o que foi firmado no ano passado. Presidente da feira, João Carlos Marchesan analisa que o clima favorável para a produção agrícola e a queda nos custos de aquisição de insumos estão ajudando a compensar as oscilações dos preços das commodities. "Não está se perdendo dinheiro, mas não está se ganhando muito. O produtor está ganhando na produtividade que está tendo", diz. Tecnologia no campo Colheitadeiras de grande porte, inclusive modelos ainda não lançados no país, sistemas de gestão da informação focadas em bioenergia, multicultivo e comercialização de commodities, descompactadores de solo e pulverizadores autônomos estão entre as novidades previstas para este ano na feira, que tem como tema "O Futuro do Agro de A a Z". Além disso, o público poderá conferir soluções voltadas para uma irrigação mais eficiente e precisa, bem como tecnologias conectadas à internet. Soluções projetadas para atender os diferentes setores da cadeia produtiva, da agricultura à pecuária, desde os produtores familiares a grandes fazendas. A feira também concentra agtechs, startups focadas em soluções para o agro. Durante o evento, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento vai transferir suas atividades para Ribeirão Preto, onde pretende anunciar investimentos, transferências de tecnologia para produtores rurais e resultados de pesquisas em áreas como psicultura, pecuária sustentável e novas cultivares. Outra novidade para este ano é uma exposição de painéis que recontam as 30 edições da feira, em um dos corredores principais do recinto. Drones apresentados na Agrishow 2024 em Ribeirão Preto, SP, para uso no campo Érico Andrade/g1 Vitrine internacional Entre os 70 países representados na feira do interior de São Paulo, devem estar presentes potenciais compradores de nações como Índia, Estados Unidos, Colômbia, Holanda, Espanha e República Tcheca, além do território autônomo de Hong Kong. Eles devem participar de rodadas internacionais de negócios, que acontecerão entre 29 de abril e 1º de maio. No ano passado, essa iniciativa movimentou pelo menos US$ 49 milhões (cerca de R$ 260 milhões), entre intenções de contratos e negócios efetivamente fechados. LEIA TAMBÉM Alckmin diz que governo vai trabalhar para ampliar Plano Safra, mas precisa equalizar juros em alta Gotejamento, protetor solar de folhas, dados: como cafeicultores buscam renovar lavouras após prejuízos com incêndios Pecuária de confinamento: o que é e qual importância da modalidade no mercado brasileiro de gado de corte Agrishow deixará de ter pousos e decolagens um ano após acidente com helicóptero Aplicativos e inteligência artificial são alguns dos pontos altos da Agrishow 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Um número que pode ser superado, se seguir a tendência de crescimento do início deste ano, apontada pela Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq. Em fevereiro, as exportações brasileiras superaram em 14% o volume de janeiro e em 17% o que tinha sido vendido no mesmo mês do ano passado, segundo o relatório divulgado em abril. Nos últimos 12 meses, os negócios internacionais do segmento, com equipamentos como colheitadeiras e tratores, movimentaram em torno de US$ 1,4 bilhão (R$ 8 bilhões), com US$ 220 milhões (R$ 1,2 bilhão) somente no primeiro bimestre de 2025. Além de compradores, a feira em Ribeirão Preto atrai expositores de outros países. Um dos pavilhões mais tradicionais é o promovido pelo governo italiano, que chega com um novo espaço de 450 metros quadrados, onde vai apresentar máquinas agrícolas e sistemas de otimização da produção rural. Agrishow 2025 Quando: até 2 de maio, das 8h às 18h Onde: Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira, Km 321, Ribeirão Preto Ingressos: R$ 80 pela internet e 140 na bilheteria local Estacionamento: de R$ 70 a R$ 110 por dia Veja mais notícias da Agrishow 2025 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais

Sem dar detalhes, Trump diz que tarifas podem até zerar imposto de renda de americanos

G1 Economia Presidente norte-americano publicou afirmação em seu perfil no Truth Social, sem dar mais detalhes ou explicações. O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião de gabinete na Casa Branca REUTERS/Nathan Howard O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as tarifas de importação impostas a diversos parceiros comerciais do país podem reduzir ou "até eliminar completamente" o imposto de renda dos consumidores norte-americanos. "Quando as tarifas entrarem em vigor, o imposto de renda de muitas pessoas será substancialmente reduzido, talvez até completamente eliminado. O foco será em pessoas que ganham menos de US$ 200 mil por ano", afirmou o republicano em uma publicação feita no seu perfil no Truth Social. "Além disso, um número expressivo de empregos já está sendo criado, com novas fábricas e plantas sendo construídas ou planejadas", completou Trump na publicação. O presidente norte-americano, no entanto, não deu nenhuma explicação ou detalhe adicional. Postagem de Trump sobre efeito das tarifas no imposto de renda de americanos. Reprodução/ Redes sociais Trump tem defendido a ideia de que a imposição de tarifas de importação mais altas para outros países deve aumentar a receita dos EUA de forma significativa, abrindo espaço para que o governo norte-americano diminuísse o imposto de renda cobrado de pessoas físicas. O argumento do republicano é que a medida devolveria o poder de compra dos consumidores norte-americanos e estimularia a economia dos Estados Unidos. Vale destacar, no entanto, que economistas e especialistas já refutaram esse argumento em outras ocasiões, uma vez que há temores de que as tarifas impostas pelo governo norte-americano aumentem os preços dos produtos e insumos que chegam ao país. Esse cenário, por sua vez, pode elevar a inflação ao consumidor norte-americano — e, consequentemente, levar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a trazer um novo ciclo de altas de juros por lá. Isso tende a trazer uma desaceleração econômica para o país e, nesse caso, apagaria grande parte dos efeitos de uma eventual redução ou isenção do imposto de renda. Tarifaço e a guerra comercial de Trump Depois de ter anunciado os detalhes das chamadas "tarifas recíprocas", no início de abril, Trump voltou sua ofensiva principalmente para a China — um dos três maiores parceiros comerciais dos EUA. Segundo Carlos Frederico Coelho, professor de Relações Internacionais da PUC-RJ e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, especialista consultado pela GloboNews, os EUA estão "praticamente assegurando a contratação de uma inflação global" com a imposição das tarifas de importação, o que tem gerado preocupação mundo afora. "O Brasil não foi um dos mais prejudicados, primeiramente. A maior concentração é em relação à China”, disse Coelho. O gigante asiático respondeu às ofensivas de Trump com novas taxas de importação para produtos norte-americanos, o que escalou as tensões entre os dois países. Em meados de abril, um comunicado oficial no site da Casa Branca informou que a China encararia tarifas de até 245% como resultado das ações retaliatórias do país — dias antes, o governo chinês havia elevado as tarifas sobre os EUA de 84% para 125%. O documento não explicava como os EUA chegaram ao cálculo, mas foi atualizado para esclarecer que as taxas seriam aplicadas sobre produtos específicos. Sinalizações recentes dos dois líderes, no entanto, alimentaram esperanças de um arrefecimento das tensões comerciais. Na última semana, por exemplo, Trump afirmou que a China entrou em contato com os EUA para falar sobre tarifas e indicou estar aberto a um acordo com o país asiático. E apesar de o governo chinês ter refutado a afirmação dos EUA, negando que houvesse qualquer conversa nesse sentido e reiterando que os EUA deveriam "parar de criar confusão", investidores ficaram esperançosos após grupos empresariais terem informado à Reuters que o país asiático teria suspendido as tarifas de alguns produtos importados. Já em relação às taxas impostas aos demais parceiros comerciais dos Estados Unidos, Trump também fez afirmações recentes indicando "uma série" de acordos comerciais que devem ser anunciados em breve. O republicano, no entanto, também não deu mais detalhes. Trump afirma que tarifas sobre produtos da China vão diminuir substancialmente Veja Mais

Globo Rural acompanhou transformações do setor de cana-de-açúcar em SP

G1 Economia Anteriormente, a produção de cana já era considerado um dos principais pilares do agronegócio em todo o estado de São Paulo. Agora, com estruturas mais complexas, elas desempenham um papel ainda mais fundamental na sociedade em escala nacional. Globo Rural acompanhou transformações do setor de cana-de-açúcar em SP TV TEM/Reprodução Durante os últimos 45 anos, a forma de trabalho nos canaviais passou por grandes transformações. O produto, que já era um dos maiores pilares do agronegócio no estado de São Paulo, se consolidou ainda mais. A produção de cana ganhou ainda mais destaque quando se trata da produção de álcool e açúcar. Porém, durante o meio tempo, um produto foi ganhando cada vez mais importância e, consequentemente, valor: a energia gerada por meio da palha da cana. Uma usina de Ariranha (SP) trabalha com o produto desde a década de 1940, com a produção de energia começando a partir de 2004. No processo, que gera cerca de 180 mil megawatts por ano, o consumo de água é feito de forma consciente. Nos últimos 20 anos, a empresa também investiu em robôs para facilitar a produção. Eles podem carregar diversos fardos de açúcar durante um trajeto e, além disso, fazem as montagem dos pallets que serão levados ao comércio. As usinas evoluíram. O que eram apenas estruturas simples e voltadas apenas à produção de açúcar, agora são estruturas complexas e multifuncionais que, ao passar dos dias, conseguiu gerar o primeiro carro movido à base de álcool e as biorrefinarias. Globo Rural acompanhou transformações do setor de cana-de-açúcar em SP Veja a reportagem exibida no programa em 27/04/2025: VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

VÍDEO: Novo Volkswagen Nivus é um bom carro, mas preço não o ajuda a ser campeão de vendas

G1 Economia Com uma segunda geração lançada em outubro, SUV cupê perde em vendas para o principal rival, o Fiat Fastback, e está bem atrás do queridinho da marca alemã, o T-Cross. Versão completa encosta nos R$ 170 mil. g1 testa o novo VW Nivus: é melhor que os rivais? O novo Volkswagen Nivus não tem se destacado em número de emplacamentos. O SUV cupê da marca alemã ocupa a 11ª posição no ranking de vendas da categoria, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Com uma segunda geração lançada em outubro de 2024, foram emplacadas 9.664 unidades do Nivus no acumulado do ano. Isso o coloca atrás do Fiat Fastback, um de seus rivais do grupo Stellantis, que emplacou 10.746 unidades e ocupa a 8ª posição no ranking. Os números são bem menores que seu “irmão” de marca, o T-Cross, que lidera a categoria de SUVs, com 18.379 unidades vendidas no ano. Será possível reverter o jogo? Nas primeiras impressões do g1 ao dirigir o modelo, o Nivus se mostra um bom carro, mas seu preço pode explicar o porquê ele sofre em uma das disputas mais quentes do mercado automotivo. LEIA MAIS: Volkswagen Nivus 2025: confira o que mudou na nova versão do SUV; VÍDEO Vendas da Tesla registram queda de 36% em março na União Europeia Fórmula E: veja como as inovações da categoria devem sair das pistas e chegar no seu carro elétrico Nivus Highline com pacote Outfit Nivus Highline com pacote Outfit: vale a pena? A versão testada pelo g1 foi a Highline, equipada com o pacote Outfit. O modelo também incluía a pintura sólida Azul Turbo e o pacote ADAS (Assistência Avançada ao Condutor) completo. Com todos os adicionais, o preço da versão passa de R$ 160.790 para R$ 168.850: Pacote Outfit (R$ 2.160): teto pintado de preto, bancos com revestimento diferenciado, espelhos retrovisores, maçanetas, grade e rack de teto em cor escurecida e rodas de liga leve; ADAS completo (R$ 4.150): adiciona assistente ativo de mudança e de permanência em faixa, assistente de estacionamento, câmera multifuncional e detector de ponto cego com assistente de saída de vaga. O principal concorrente do Nivus nessa faixa de preço é o Fiat Fastback na versão Limited Edition, que custa R$ 168.990. Nessa configuração, o pacote ADAS do Fastback é um pouco mais simples, oferecendo apenas frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança de faixa (sem correção ativa) e farol alto com comutação automática. Para quem ainda não está habituado ao sistema ADAS, a ausência de alguns recursos pode nem ser notada. Ambos os SUVs oferecem o item mais importante para a segurança, que é a frenagem autônoma de emergência. Os modelos dessa categoria já vêm equipados de série com quatro airbags, chave presencial, partida por botão, vidros elétricos, entre outros itens. O que coloca o Nivus em desvantagem, nesse ponto, é o conjunto mecânico. (veja a ficha técnica abaixo) O Nivus Highline tem motor 1.0 turbo de três cilindros, que entrega 128 cv com etanol e 20,4 kgfm de torque. O Fastback Limited Edition traz um motor 1.3 turbo de 176 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. Mesmo o Citroën Basalt, na configuração topo de linha Shine e que custa R$ 118.200, tem mais potência: são 130 cv contra 128 cv do VW. E por apenas R$ 3 mil a mais (R$ 171.990) é possível levar o Fastback Abarth, que ainda conta com o visual esportivo característico da divisão de performance da Fiat. A Volkswagen já prepara o lançamento da versão esportiva GTS do Nivus, que contará com motor 1.4 turbo de 150 cv. Ainda assim, não chegará à potência oferecida pelo Fastback. E nem se sabe quanto subirá o preço para a novidade. Na faixa entre R$ 160 mil e R$ 170 mil, pode valer mais a pena investir um pouco mais e escolher o Fastback Abarth. Confira o visual do novo VW Nivus Ao volante do novo Nivus Apesar do conjunto motriz, o Nivus continua sendo um carro bastante agradável tanto para dirigir quanto para viajar como passageiro. Ao volante, o câmbio automático de seis marchas, aliado ao motor TSI, entrega o desempenho esperado para o um carro familiar, sem surpresas. O Nivus mantém a performance da geração anterior, acelerando de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, com velocidade máxima de 192 km/h. Embora não utilize câmbio CVT como alguns rivais, as trocas de marchas são quase imperceptíveis. A transmissão trabalha bem para equilibrar desempenho e eficiência de combustível. E o consumo é outro ponto positivo. O modelo registra boas médias: 8,6 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, os números sobem para 12,4 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada. Com o tanque de 49 litros, a autonomia pode chegar a 725 quilômetros. O modelo conta com freios a disco nas quatro rodas, o que reforça a segurança. Mesmo em testes feitos em vias comuns, fora de pistas fechadas, o desempenho geral do Nivus agrada. Mesmo na versão Outfit, o acabamento é simples (como é comum na marca), mas agrada. Diferente do Tera, que traz central multimídia flutuante, o sistema de 10,1 polegadas do Nivus permanece embutido no painel, o que dá à cabine um aspecto um pouco datado. A central multimídia do Nivus tem 10,1 polegadas Divulgação | Volkswagen Por outro lado, o VW Play é fácil de usar e muito intuitivo. A tela é bastante responsiva, superando até alguns modelos de categorias superiores nesse quesito. O isolamento acústico também chama atenção, com baixos níveis de ruído externo perceptível. Soma-se a isso que o Nivus é muito silencioso. Em baixas rotações, o ruído do motor praticamente desaparece, e mesmo em alta velocidade, o som do vento é discreto. Com a função de permanência em faixa do ADAS ativada, as correções no volante são suaves — um avanço notável em relação às primeiras versões dessa tecnologia, mostrando a evolução da Volkswagen e da indústria automotiva como um todo. Quem pretende migrar de um hatch para o SUV da Volkswagen pode não se surpreender com o espaço interno, pois encontrará um modelo com dimensões muito parecidas com as do Polo — o entre-eixos, por exemplo, é o mesmo: 2,56 metros. O Nivus mede 4,26 metros de comprimento, 1,75 metro de largura e 1,53 metro de altura. Por ter entre-eixos típico de uma categoria inferior, o espaço interno é mais limitado do que se espera de um SUV. Ainda assim, acomoda quatro adultos com conforto. A traseira mais inclinada reduz a altura do teto e pode incomodar quem tem mais de 1,80 metro. Apesar de possuir o menor porta-malas entre os concorrentes diretos, seus 415 litros ainda são um bom espaço. Por fim, o eficiente sistema de suspensão garante uma condução mais esportiva, especialmente por se tratar de um SUV com centro de gravidade mais baixo. Os amortecedores oferecem o melhor dos dois mundos: firmeza para quem gosta de pilotar de forma mais esportiva, sem perder o conforto. A suspensão pode não agradar (assim como a maioria dos carros da linha Volkswagen) quem prefere veículos com suspensão mais macia. Confira a ficha técnica abaixo: Motor: 1.0 turbo, três cilindros; Potência: 128 cv com etanol e 116 cv com gasolina; Torque: 20,4 kgfm com ambos combustíveis; Câmbio: automático, 6 marchas; Comprimento: 4,26 m; Largura: 1,75 m; Altura: 1,53 m; Entre-eixos: 2,56 m; Porta-malas: 415 litros; Tanque: 49 litros; Consumo na cidade: 8,6 km/l com etanol e 12,4 km/l com gasolina; Consumo na estrada: 10,3 km/l com etanol e 14,8 km/l com gasolina; Autonomia máxima: 725 km. Veja Mais

Vazamento de dados da XP: entenda quais os cuidados necessários para evitar golpes

G1 Economia Empresa diz que valores estão preservados e que não houve movimentações de dinheiro. Mas informações como nomes, número da conta, saldo e limite de crédito vazaram. Prédio da XP Investimentos em São Paulo. Amanda Perobelli/ Reuters O vazamento de dados pessoais e saldos de contas dos clientes da XP acende um alerta para a possibilidade de novas tentativas de golpes financeiros. (veja o posicionamento oficial da empresa ao final desta reportagem) Na véspera, a instituição informou seus correntistas e investidores, por e-mail, que houve um acesso não autorizado a uma base de dados hospedada em um fornecedor externo. Informações como nomes, número da conta, saldo e limite de crédito vazaram. Apesar de informar que nenhuma operação financeira foi realizada e que dados como senhas, assinatura eletrônica, biometria, CPF ou documentos de identidade não foram expostos, a XP alertou seus clientes sobre possíveis golpes envolvendo dados pessoais. "Por conta do ocorrido, desconfie de ligações telefônicas em nome da XP sobre procedimentos de segurança e reconhecimento de compras ou transações, e nunca altere ou realize qualquer ação no aplicativo sob orientação de qualquer contato telefônico." Entenda abaixo o que houve e saiba quais os principais golpes acontecem com os dados expostos. O que aconteceu? Em um e-mail enviado a clientes na última quinta-feira (24), a XP informou que houve um acesso não autorizado a uma base de dados hospedada em um fornecedor externo. A empresa diz que valores estão preservados e que não houve movimentações de dinheiro. "Imediatamente efetivamos o bloqueio deste acesso. Sua conta e seus investimentos estão em total segurança, pois nenhum sistema da XP foi acessado", afirma a empresa no comunicado aos clientes. A XP afirmou ainda que seus aplicativos e sites podem ser usados normalmente, sem necessidade de alterar senhas. Entre as informações acessadas estão: dados cadastrais, como nome, telefone, e-mail, data de nascimento, CEP, estado civil, gênero, cargo e nacionalidade; dados sobre os produtos financeiros contratados, sem os respectivos detalhamentos, limitando-se às informações binárias, como se possui ou não cartão de crédito e débito, seguro, consórcio, previdência e portabilidade de salário; dados como o número da conta na XP, saldo, posição, nome do assessor e limite de crédito, referentes ao mês de março. Com quem fica a responsabilidade do vazamento de dados? De acordo com a consultora da Andersen Ballão Advocacia, Camila Camargo, nesse caso, onde a empresa contratou outra para o armazenamento de sua base de dados, a XP é vista como controladora dos dados pessoais e, portanto, tem responsabilidade no incidente. "Contudo, em determinados casos, esse ônus pode ser compartilhado com a empresa contratada, seja em razão de lei ou contrato entre as partes envolvidas", afirma. A especialista reitera a importância do cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e das normas da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). "É exatamente porque existem essas normas de proteção de dados que é possível enxergar, com clareza, quais as responsabilidades e obrigações dos agentes quanto ao incidente e os direitos disponíveis aos titulares de dados (pessoas físicas/clientes) impactados pelo ocorrido", explica Camargo. Saiba como se proteger de golpes no PIX Sou cliente da XP. Devo me preocupar com golpes? Embora a instituição tenha garantido que nenhuma operação financeira foi realizada, é preciso que os clientes fiquem atentos a eventuais contatos telefônicos porque dados pessoais foram expostos. Com informações em mãos, golpistas e fraudadores se passam por funcionários das instituições financeiras e, com o argumento de cumprir procedimentos de segurança ou para reconhecimento de compras e transações, pedem senhas e informações de acesso à conta das vítimas. Os criminosos frequentemente entram em contato com as vítimas por meio de ligações telefônicas, e-mails ou até mesmo via WhatsApp. "Por conta do ocorrido, desconfie de ligações telefônicas em nome da XP sobre procedimentos de segurança e reconhecimento de compras ou transações, e nunca altere ou realize qualquer ação no aplicativo sob orientação de qualquer contato telefônico", afirmou a XP. Quais são os golpes mais aplicados contra clientes bancários? Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), novos golpes surgem todos os dias e as instituições financeiras "não têm poupado esforços e, sobretudo, investimentos no combate a crimes" contra os clientes bancários. Entre os 10 golpes mais aplicados em 2024, a federação destaca o golpe do WhatsApp, o golpe das vendas falsas e o golpe da falsa central de atendimento ou do falso funcionário de bancos. Veja abaixo a lista completa da Febraban dos golpes mais aplicados no ano passado: Veja Mais

Assembleia do Carrefour Brasil aprova proposta para fechar capital no país

G1 Economia Decisão significa a retirada das ações da empresa da bolsa de valores brasileira. A medida também prevê que a base de acionistas da companhia no país será unificada com a do grupo controlador francês. Na foto, loja do grupo francês Carrefour, em Curitiba/PR. RODOLFO BUHRER/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO A assembleia de acionistas do Carrefour Brasil aprovou nesta sexta-feira (25) uma proposta do seu controlador, o grupo francês Carrefour, para reorganizar a estrutura societária da rede de supermercados e atacarejo. Com a decisão, a empresa irá fechar capital no país — ou seja, deixará de ter suas ações negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira. A medida também prevê que a base de acionistas da companhia no Brasil será unificada com a do grupo controlador. As ações do Carrefour Brasil subiam 0,69% quando foram suspensas pouco antes da divulgação do fato relevante com o resultado da assembleia. Depois da suspensão, os papéis caíram 0,23%, negociados a R$ 8,64 — valor próximo da relação de troca proposta de R$ 8,50. A empresa, que é dona tanto dos supermercados Carrefour quanto da rede de atacarejo Atacadão, terá suas ações incorporadas por uma empresa chamada Brachiosaurus 422 Participações. LEIA TAMBÉM Carrefour francês propõe compra das ações do Carrefour Brasil e retirada da bolsa CEO do Carrefour diz que empresa vai parar de comercializar carne do Mercosul Carrefour vai demitir mais de 2 mil funcionários no Brasil Essa companhia é controlada pela holandesa Carrefour Nederland BV, chamada pelo grupo de “MergerSub”. A MergerSub vai emitir novas ações preferenciais de três tipos: classe A, B ou C, que serão trocadas pelas ações atualmente nas mãos dos acionistas do Carrefour Brasil. Depois disso, essas novas ações serão obrigatoriamente resgatadas como parte do processo para fechar o capital da operação brasileira do Carrefour, segundo fato relevante divulgado. Cada ação ordinária do Carrefour Brasil será trocada por uma nova ação da MergerSub, podendo ser de uma das três classes. Os acionistas poderão escolher qual classe preferem até o dia 12 de maio. Para as ações classe A, o valor do resgate no fim da operação será de R$ 8,50 por papel. No caso da classe B, o resgate será feito com a entrega de 0,05 ação do Carrefour (ou BDR), sem restrições de negociação, além do pagamento de R$ 4,25 por papel. Já na classe C, cada ação será trocada por 0,1 ação do grupo francês (ou BDR), também sem restrições. Entenda o que fez os frigoríficos brasileiros pararem de vender carne ao Carrefour Veja Mais

Governo alerta para golpes que prometem 'agilizar devolução' de descontos irregulares no INSS

G1 Economia Na quarta, operação sobre fraudes derrubou presidente do INSS; governo investiga descontos de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024. O Ministério da Previdência Social alertou nesta sexta-feira (25) que golpistas passaram a abordar aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para prometer suposta "devolução acelerada" dos descontos irregulares nos pagamentos. O governo alerta: aposentados e pensionistas não devem clicar em nenhum link enviado por e-mail, aplicativo de mensagens ou qualquer outro meio. ➡️ Os valores descontados nas folhas de abril ficarão retidos e serão devolvidos automaticamente na folha de maio (de 26 de maio a 6 de junho). Não é preciso fazer nada. ➡️ Já os valores descontados irregularmente nas folhas anteriores a abril/2025 ainda serão apurados. Não há data prevista para a devolução, e não há como "antecipar" nada. O ministério diz ter recebido denúncia de segurados que estavam sendo abordados por golpistas. Essa promessa de "acelerar o ressarcimento" é fraudulenta. Governo promete devolver dinheiro de fraude no INSS Descontos não autorizados Ao menos 11 entidades associativas são suspeitas de realizar descontos em benefícios de aposentados e pensionistas, sem autorização. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo as estimativas. As apreensões ocorreram em diferentes estados, entre eles São Paulo, Paraná e Ceará. Os mandados de busca, apreensão e de prisão foram realizados em 13 estados e no Distrito Federal. Durante a operação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e, em seguida, demitido do cargo. Além dele, outros cinco servidores públicos foram alvo de medidas judiciais e outras seis pessoas foram presas até a última atualização desta reportagem. Veja Mais

Fraude no INSS: valores serão devolvidos? Como saber se fui cobrado? Veja perguntas e respostas

G1 Economia Governo federal anunciou que irá elaborar um plano para ressarcir aposentados e pensionistas que tiveram descontos irregulares na folha de pagamento. Ainda não há, no entanto, prazo para isso acontecer. Fraude no INSS: como descobrir se você foi uma vítima O governo federal anunciou que irá elaborar um plano para devolver a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) os valores cobrados de forma indevida por associações e sindicatos nos últimos anos. A decisão veio após uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelar nesta semana um esquema bilionário de fraudes no INSS. Segundo as investigações, entidades cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, conforme as estimativas. No esquema, associações ofereciam serviços sem ter estrutura, como desconto em academias e planos de saúde, e falsificavam as assinaturas dos beneficiários do INSS, afirmou o ministro da CGU, Vinícius Carvalho. Nesta quinta-feira (24), a diretora de Orçamentos e Finanças e Logística do INSS, Débora Floriano, afirmou que o instituto vai elaborar um plano para devolver os valores. Ela disse, no entanto, que o formato da devolução ainda dependerá da descoberta do tamanho da fraude. Mas quais são os próximos passos? E como descobrir se tive descontos indevidos? Veja abaixo perguntas e respostas. Haverá ressarcimento integral das cobranças indevidas? Como saber se tive valores descontados? Como excluir cobrança indevida? Os descontos continuam sendo feitos? Como funcionava o esquema? Quando começou a investigação? Quantos brasileiros foram atingidos pela fraude? Quantas pessoas foram presas após a operação? INSS: Especialista explica direitos dos beneficiários que caíram em golpe Haverá ressarcimento integral das cobranças indevidas? De acordo com Débora Floriano, diretora do INSS, sim. Ela afirmou nesta quinta-feira que será feita uma força-tarefa para a devolução dos recursos. "Nós traremos oportunamente um plano onde serão abordadas, tratadas todas as informações, para, em seguida, em uma força-tarefa conjunta [entre CGU e INSS], promovermos o integral ressarcimento dos valores irregularmente descontados dos nossos segurados", disse. Segundo o governo federal, o plano de ressarcimento deve incluir os valores que foram bloqueados na operação da última quarta-feira (23) – até agora, cerca de R$ 2 bilhões. Ainda não há, no entanto, detalhes de como ou quando a devolução dos valores irá acontecer. Voltar ao índice. Como saber se tive valores descontados? Para descobrir se houve descontos indevidos, o aposentado ou pensionista deve consultar o extrato do INSS. No documento, estão todas as retiradas, tanto de crédito consignado como de mensalidades associativas. Veja o passo a passo: Acesse o app ou site Meu INSS Faça login com CPF e senha do Gov.br Clique em "Extrato de benefício" Em seguida, clique sobre o número do benefício Na próxima tela, irá aparecer o extrato Basta, então, verificar descontos de mensalidades associativas Voltar ao índice. Como excluir cobrança indevida? O aposentado ou pensionista que não reconhecer um desconto em seu benefício pode requerer o serviço "excluir mensalidade associativa" pelo aplicativo, no site do Meu INSS ou pela central 135. Veja Mais

Fraude no INSS: saiba quem são os suspeitos de envolvimento no esquema bilionário

G1 Economia Polícia Federal prendeu seis pessoas e outros seis servidores públicos foram afastados de suas funções, entre eles o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que depois foi demitido. Veja quem são os servidores afastados do INSS por determinação da Justiça Reprodução/JH A operação que mirou um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) resultou no afastamento de seis servidores públicos e na prisão de seis pessoas. Na lista de funcionários públicos afastados de suas funções — por meio de medida judicial — está o próprio presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que horas depois acabou demitido do cargo. A relação também inclui outros servidores do instituto e um policial federal (veja nomes abaixo). Fraude no INSS: como descobrir se você foi uma vítima A operação, que ocorreu em 13 estados e no Distrito Federal, teve além de mandados de busca e apreensão, mandados de prisão. ➡️Ao todo, seis pessoas ligadas a entidades associativas de Sergipe foram detidas preventivamente (confira detalhes a seguir). Segundo as investigações, ao menos 11 entidades associativas são suspeitas de participar do esquema e realizar descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, conforme as estimativas dos investigadores. Veja abaixo os afastados e os detidos: Os afastados Alessandro Stefanutto O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Divulgação/INSS Stefanutto, o presidente demitido do INSS, é servidor de carreira desde 2000. Pelo seu currículo em uma rede social, Stefanutto é procurador Federal de carreira, especialista em previdência social e gestão. É mestre em direito pela Universidade de Milão e mestre em direito internacional pela Universidade de Lisboa. Em sua biografia, ele se descreve como: "responsável pelos maiores acordos firmados no "âmbito da Previdência Social e Mediador de Conflitos." Atualmente, está filiado ao PDT, partido do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, responsável por sua indicação ao cargo. Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho Virgílio Antônio, afastado do cargo no INSS Reprodução/Gov.br Foi afastado do cargo de procurador-geral do INSS. Segundo informações do portal do Ministério da Previdência Social, Virgílio é bacharel em direito pela Universidade Católica de Pernambuco, tem especialização em direito público, direito militar, direito administrativo e previdenciário. Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho é também doutor em direito constitucional pela Universidade de Buenos Aires. Giovani Batista Fassarella Spiecker Giovani Batista Fassarella Spiecker, afastado de sua função na operação da PF Reprodução/Linkedin Foi afastado do cargo de coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente do INSS, Segundo rede social, Spiecker é bacharel em direito pela faculdade Estácio de Sá de Vila Velha, com ênfase em direito previdenciário, contratos, licitações, administração pública em geral, além de noções de orçamento público e gestão de pessoas. Ainda de acordo com a sua biografia, em Vila Velha, ele foi gerente da agência da Previdência Social do INSS. No currículo de Spiecker também consta que ele é técnico em agropecuária. Vanderlei Barbosa dos Santos Vanderlei Barbosa dos Santos, afastado da função em operação da PF Reprodução/MPS Foi afastado do cargo de diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão. De acordo com um site do governo, ele ingressou no INSS em 2006 e exerceu diversos cargos de gestão. O currículo cita ainda que Santos foi coordenador de Gestão de Orçamento, Finanças e Logística da Superintendência do INSS em São Paulo. Jacimar Fonseca da Silva Jacimar Fonseca da Silva, afastado de sua função no INSS na operação da PF Reprodução/MPS Foi afastado do cargo de coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS. Na página do INSS já não constam mais informações sobre o seu currículo. Até a última atualização desta reportagem, o site do INSS passava por sucessivas mudanças no organograma. Policial federal Foi afastado de suas funções. Colaborava com as fraudes, mas não teve o nome divulgado. Os presos A operação desta quarta cumpriu 211 mandados de busca e apreensão em 34 municípios. Cinco pessoas foram presas na quarta pela manhã e uma estava foragida, mas, segundo interlocutores, ela foi presa na noite do mesmo dia. Todos investigados são de entidades associativas de Sergipe, mas a polícia não divulgou a identidade dessas pessoas. Operação da Polícia Federal em vários estados brasileiros contra fraudes no INSS. Polícia Federal O que a investigação descobriu As irregularidades estão relacionadas a mensalidades cobradas por associações sobre os benefícios do INSS. Os descontos eram feitos como se os beneficiários tivessem concordado em se associar, o que não aconteceu. Segundo o ministro da CGU, essas entidades supostamente prestavam serviços como assistência jurídica e ofereciam descontos em academias e planos de saúde. As apurações mostraram que "as entidades não tinham estrutura operacional para prestar o serviço que era oferecido", explicou Carvalho. Além dos casos em que houve falsificação de assinaturas, 70% das 29 entidades analisadas não tinham entregado ao INSS a documentação completa para fazer os descontos nos benefícios. As associações formalizam Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS para realizar descontos mensais na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. Mas, para isso, precisam de autorização expressa dos beneficiários do INSS. No entanto, a investigação verificou a ausência de verificação rigorosa dessas autorizações e a possibilidade de falsificação de documentos de filiação e autorização. Uma das entidades é o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), que tem como vice-presidente o irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico. Em nota, o Sindnapi afirmou que apoia as investigações contra descontos indevidos e que "é uma entidade séria, transparente e responsável." "Atuamos sempre com autorizações formais, em conformidade com as normas do INSS", conclui a manifestação. A investigação começou em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Em 2024, após a CGU encontrar indícios de crimes, a Polícia Federal foi acionada. Segundo Lewandowski, a PF abriu 12 inquéritos para investigar as fraudes. Como saber se tive valores descontados? Para descobrir se houve descontos indevidos, o aposentado ou pensionista deve consultar o extrato do INSS. No documento, estão todas as retiradas, tanto de crédito consignado como de mensalidades associativas. Veja o passo a passo: Acesse o app ou site Meu INSS Faça login com CPF e senha do Gov.br Clique em "Extrato de benefício" Em seguida, clique sobre o número do benefício Na próxima tela, irá aparecer o extrato Basta, então, verificar descontos de mensalidades associativas Como excluir cobrança indevida? O aposentado ou pensionista que não reconhecer um desconto em seu benefício pode requerer o serviço "excluir mensalidade associativa" pelo aplicativo, no site do Meu INSS ou pela central 135. Veja Mais

VÍDEO: veja tutorial de um minuto para saber se você foi vítima da fraude do INSS e o que fazer neste caso

G1 Economia Desvios teriam ocorrido entre 2019 e 2024 e chegariam a R$ 6,3 bilhões, segundo estimativas. Assista ao vídeo e guarde os prints para conferir se você foi descontado indevidamente. Fraude no INSS: como descobrir se você foi uma vítima No vídeo acima, o g1 explica como fazer para descobrir se você teve descontos indevidos na fraude do INSS. Você entende no vídeo também o que fazer neste caso. Dê o play para assistir ao passo a passo. Entenda a fraude Uma operação realizada nesta quarta-feira (23) pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) mirou um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que teria desviado recursos de aposentados e pensionistas ao longo de anos. Segundo as investigações, os suspeitos cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, conforme as estimativas. No suposto esquema, associações ofereciam serviços sem ter estrutura, como desconto em academias e planos de saúde, e falsificavam as assinaturas dos beneficiários do INSS, afirmou o ministro da CGU, Vinícius Carvalho. Ele explicou que entrevistou uma amostra de 1.300 aposentados e pensionistas, e 97% afirmaram nunca terem autorizado descontos em seus benefícios. "A maioria dessas pessoas não tinha autorizado esses descontos, que eram em sua maioria fraudados, em função de falsificação de assinaturas", disse o ministro da CGU. Veja abaixo também o passo a passo completo em texto: Como saber se tive valores descontados? Como excluir cobrança indevida? Como funcionava o esquema Quando começou a investigação? Cinco pessoas foram presas Como saber se tive valores descontados? Para descobrir se houve descontos indevidos, o aposentado ou pensionista deve consultar o extrato do INSS. No documento, estão todas as retiradas, tanto de crédito consignado como de mensalidades associativas. Veja o passo a passo: Acesse o app ou site Meu INSS Faça login com CPF e senha do Gov.br Clique em "Extrato de benefício" Em seguida, clique sobre o número do benefício Na próxima tela, irá aparecer o extrato Basta, então, verificar descontos de mensalidades associativas Voltar ao índice. Como excluir cobrança indevida? O aposentado ou pensionista que não reconhecer um desconto em seu benefício pode requerer o serviço "excluir mensalidade associativa" pelo aplicativo, no site do Meu INSS ou pela central 135. Veja Mais

Café fake apreendido não é alimento: entenda o que pode ser vendido como café pela lei

G1 Economia Análise feita pelo Ministério da Agricultura indicou que bebidas saborizadas investigadas eram compostas por cascas de grão e elementos considerados "lixo" da lavoura. Café filtrado, ou de coador, é um dos métodos mais tradicionais no Brasil e vem ganhando popularidade no exterior. Freepik Em meio a alta do preço do café, um novo produto surgiu no início do ano: o "pó sabor café", que ficou conhecido como "café fake". Na quarta-feira (23), o Ministério da Agricultura revelou que os produtos apreendidos em fevereiro não tinham café em sua composição e não podem ser chamados de alimentos. O que é café: pela lei, a bebida tem que ser feita apenas do fruto (sim, café vem de uma fruta!). A legislação brasileira permite que o café possua até 1% de impurezas naturais da lavoura (como galhos, folhas e cascas) e matérias estranhas (por exemplo, pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como de erva daninhas). A lei, porém, proíbe completamente os chamados elementos estranhos, que são grãos ou sementes de outros gêneros (como milho, trigo, cevada), corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel ou de infusão. O fake café, por sua vez, não pode ser considerado uma versão da bebida, já que é feito apenas de impurezas e elementos estranhos. Saiba mais abaixo. 'CAFÉ FAKE': saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira 'Café fake': saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira Café sem impurezas Apesar de não estar previsto na legislação, o único tipo de café que não pode ter nenhuma impureza e/ou matéria estranha é o especial, no entendimento da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Além disso, segundo a entidade, essa bebida só pode ser feita com grãos de frutos maduros e que estejam em perfeito estado: ou seja, não podem estar quebrados, fermentados ou verdes. Já os outros tipos de café, como o extra-forte e o tradicional, além de conter grãos maduros, aceitam a presença de sementes de frutos que não estavam em seu melhor ponto de maturação: como os que foram colhidos antes do tempo, ou os que passaram mais tempo do que o ideal no pé de café. Isso acontece porque a colheita, na maioria das vezes, não é feita de forma manual. ⚠️Isso não significa que os cafés que não são especiais são ruins ou que fazem mal à saúde. Se eles tiverem um selo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) em sua embalagem, significa que o produto foi certificado quanto à sua qualidade e quanto aos limites aceitáveis de impurezas e matéria estranha. Nem toda impureza é fraude As impurezas podem estar no café de forma acidental, por serem resíduos na lavoura, e, por isso, não são consideradas fraudes, se estiverem dentro do limite permitido. Já os elementos estranhos são adicionados intencionalmente para falsificação e são ilegais independente da quantidade encontrada na bebida, afirma o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso. Além de café: veja o que pode estar no pacote do produto Bruna Rocha / arte g1 Atualmente, a detecção de impurezas e matérias estranhas é feita por meio de análises com microscópio. Na regra, o café pode ter até 360 defeitos em 300g. Contudo, cada irregularidade tem um peso diferente. Confira na tabela abaixo. Café pode ter até 360 defeitos em 300g Wagner Magalhaes / Arte g1 Essa metodologia de medição foi desenvolvida há 100 anos, para a comercialização do fruto na bolsa de Nova York (EUA). Entenda a diferença entre café extraforte, tradicional, gourmet e especial Como ler rótulos de cafés e o que levar em conta na hora de escolher o produto Café fake apreendido é feito de 'lixo da lavoura' Os lotes de três marcas analisados pelo Ministério foram apreendidos em uma operação do Ministério da Agricultura realizada em fábricas nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Os nomes das marcas não foram divulgados. A análise feita pelo ministério indicou que eles eram compostos por cascas de grão e elementos considerados "lixo" da lavoura – grãos ardidos, defeituosos, que são dispensados no processo de produção de café, segundo o diretor do Dipov, Hugo Caruso. Além disso, as bebidas continham uma toxina cancerígena. O ministério informou que os produtos apreendidos não podem ser considerados alimentos e foram recolhidos dos supermercados. “Recolhemos [dos supermercados] porque a matéria era toda feita de resíduo, só lixo”, disse Caruso. Agora, eles deverão ser analisados também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Veja também: De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior Veja Mais

Por que Venezuela volta a enfrentar 'tempestade perfeita' na economia

G1 Economia Há uma 'tempestade perfeita' para a situação da Venezuela se deteriorar, segundo economistas: queda do preço do petróleo, saída das empresas estrangeiras, sanções dos EUA e instabilidade política A decisão dos EUA de revogar licenças de empresas multinacionais de operar na Venezuela tem causado estragos no país Getty Images via BBC Após três anos de crescimento, a economia da Venezuela volta a dar sinais de alerta. O país caribenho está entrando novamente em um território já conhecido de hiperinflação, escassez de divisas estrangeiras e queda de produção petrolífera. Em um relatório publicado no início de abril, economista e pesquisadores da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), uma das mais prestigiadas do país, preveem uma inflação superior a 200%, uma queda de 20% das exportações de hidrocarbonetos e uma retração econômica de 2,05% ao final de 2025. LEIA TAMBÉM Maduro assina decreto de 'emergência econômica' na Venezuela Com tarifaço, Brasil pode ser grande destino de produtos chineses, mas precisará de preparo Argentina de Milei: g1 mostra o que mudou na vida e na economia do país, um ano após o Plano Motosserra "Está se formando uma tempestade perfeita", diz o economista venezuelano José Manuel Puente, professor de Economia do Instituto de Estudos Superiores de Administração (IESA), em Caracas, e do IE, em Madri, que estima que a situação política do país e o resultado da controvertida eleição presidencial de 2024 estão tendo um impacto negativo na economia da Venezuela. Puente afirma à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que era inevitável que os mercados e a economia fossem afetados após o CNE, o órgão eleitoral do país, anunciar um resultado eleitoral favorável a Nicolás Maduro sem o respaldo das atas. Isso colocou o resultado em dúvida por grande parte da comunidade internacional. Além disso, a reforma constitucional preparada pelo governo também gerou medo nos mercados e assusta potenciais investidores. "Somado a isso, os desequilíbrios da Venezuela nunca desapareceram. Foram geradas ilusões de harmonia, mas não houve um programa econômico de estabilização que consiga recuperar de maneira sustentada o crescimento a altas taxas, com baixa inflação e pleno abastecimento", acrescenta. Donald Trump anuncia tarifa de 25% a países que comprarem petróleo da Venezuela As perspectivas são tão sombrias que o presidente Nicolás Maduro decretou, no início deste mês, uma "emergência econômica" que seu governo atribui ao impacto que terão o endurecimento das sanções internacionais contra o país e a "guerra tarifária" de Donald Trump. O decreto confere amplos poderes ao presidente para tomar medidas excepcionais. Há mais de uma década, a Venezuela está imersa em uma crise multidimensional que fez o país perder 80% de seu PIB em oito anos consecutivos de recessão, entre 2014 e 2021. A economia tem crescido desde então a uma taxa moderada, uma recuperação que alguns economistas atribuem a um "pequeno efeito rebote" que costuma ocorrer após uma queda econômica drástica e prolongada. De acordo com os economistas, são quatro as principais razões que estão empurrando a Venezuela para o abismo econômico, além da instabilidade política. Saída de petroleiras já afeta economia da Venezuela Getty Images via BBC 1. Saída de petroleiras estrangeiras Em 2022, o governo do ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden emitiu uma ordem que aliviou algumas das sanções que proibiam a maioria das empresas americanas de realizar transações com a PDVSA, a petroleira estatal venezuelana. Graças a essa medida, várias petroleiras, incluindo a americana Chevron, puderam reiniciar operações na Venezuela no final de 2022. Isso contribuiu para que a economia voltasse a crescer. O relaxamento das sanções foi derivado de um acordo entre Washington e Caracas, pelo qual o governo de Nicolás Maduro se comprometia a realizar eleições presidenciais livres e competitivas na Venezuela em 2024. No entanto, em fevereiro deste ano, o novo presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que revogaria as licenças que permitiam às petroleira estrangeiras operar na Venezuela. Ele acrescentou que sua decisão se devia, em parte, ao fato de o governo de Nicolás Maduro não ter cumprido com as garantias eleitorais estipuladas no acordo de 2022. Mais recentemente, os EUA revogaram duas licenças que haviam sido concedidas às petroleiras britânicas Shell e British Petroleum (BP) para o desenvolvimento de projetos de gás natural entre Trinidad e Tobago e a Venezuela. Os economistas afirmam que a revogação de licenças para empresas como a italiana Eni, a espanhola Repsol e, especialmente, a Chevron representa um golpe duro para a economia venezuelana. De acordo com dados da consultoria econômica Ecoanalítica, de março deste ano, 85% das receitas da Venezuela em divisas vêm da produção petrolífera, e desse percentual cerca de 30% das receitas em dólares vêm da Chevron. A mesma fonte afirma que a Chevron é responsável por 40% dos dólares que são disponibilizados ao setor privado com o objetivo de financiar importações. Embora as empresas petrolíferas ainda não tenham concretizado sua saída do mercado venezuelano - a Chevron tem até o próximo dia 27 de maio para fazê-lo -, o iminente término de suas operações na Venezuela já está causando estragos. "O mercado cambial está desfeito", aponta o economista José Manuel Puente. Francisco Monaldi, diretor do programa latino-americano de energia do Instituto Baker da Universidade Rice, em Houston, nos EUA, disse à BBC Mundo que, após a saída das petroleiras internacionais, é provável que a PDVSA retome os campos petrolíferos, mas com dificuldades. "Vai ser difícil investir e encontrar os diluentes necessários para processar o petróleo extrapesado da Venezuela que a Chevron estava importando dos EUA", explica. 2. Desvalorização do bolívar En 2024, o bolívar se desvalorizou 30,9% frente ao dólar, mas, em quatro meses de 2025, essa cifra está quase superada Getty Images via BBC A moeda venezuelana, o bolívar, perdeu 24,6% de seu valor no mercado oficial em relação ao dólar no primeiro trimestre deste ano. Sua desvalorização foi agravada pelo endurecimento das sanções impostas ao país pelo governo de Donald Trump. Segundo dados do Banco Central da Venezuela (BCV), a cotação oficial nesta quarta-feira, 23 de abril, era de 82,38 bolívares por dólar, o que representa um aumento de 57,7% em comparação com o início de 2025, quando o dólar era cotado a 52,57 bolívares. Por sua vez, o dólar no mercado paralelo chegou a 104 bolívares. Essa grande diferença entre o dólar oficial e o paralelo evidencia a instabilidade cambial no país. "Os venezuelanos já percebem que haverá uma escassez de dólares, e o governo está preocupado que essa desvalorização se transforme em inflação, destruindo todo o esforço que foi feito para reduzi-la nos últimos anos", explica Francisco Monaldi. Os economistas estimam que a desvalorização se acentuará uma vez que a saída da Chevron e de outras petroleiras se concretize. José Manuel Puente explica que, na Venezuela, não há coordenação entre a política monetária e a política fiscal, algo que muitos economistas consideram essencial para alcançar maior estabilidade macroeconômica. Além disso, o Banco Central da Venezuela possui reservas monetárias entre as mais baixas da América Latina. "O banco central declara 10 bilhões, mas, na verdade, esse montante inclui pouco mais de 5 bilhões gerados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que não reconhece o governo de Nicolás Maduro e, portanto, a Venezuela não tem acesso real a esse dinheiro", acrescenta. Isso significa que o governo venezuelano não possui dólares suficientes para intervir de maneira eficaz e consistente no mercado cambial para manter a taxa de câmbio o mais estável possível. Isso leva à previsão de que a inflação venezuelana voltará a ser de três dígitos neste ano. Esses fatores, somados à instabilidade política e econômica — sobretudo após a crise gerada pela última eleição presidencial —, acabaram com qualquer perspectiva econômica positiva, contrastando com as estimativas mais otimistas feitas no meio e no final do ano passado. 3. Sanções secundárias Estilo mais duro de Trump gera incertezas e medo na Venezuela Getty Images via BBC Em meio ao desajuste econômico conjuntural da Venezuela, o país agora precisa lidar com a administração mais severa e imprevisível de Donald Trump. O anúncio feito por ele no final de março, de que imporia tarifas secundárias sobre os bens dos países que comprarem petróleo da Venezuela, piorou ainda mais as perspectivas econômicas do país sul-americano. O presidente especificou que, a partir de 2 de abril, os países que comprassem petróleo ou gás da Venezuela seriam obrigados a pagar uma tarifa de 25% sobre qualquer exportação que enviassem aos Estados Unidos. Nos últimos anos, os principais compradores de petróleo venezuelano foram os Estados Unidos e a China, com Índia e Espanha na sequência, em menor escala. O governo venezuelano classificou a medida como "arbitrária, ilegal e desesperada" e ameaçou tomar medidas legais contra o que considera uma violação das leis de comércio internacional. Alguns especialistas afirmam que as sanções secundárias aplicadas a países como Rússia e Irã não foram totalmente eficazes, mas ainda assim causam muitos danos. "Isso vai ter um grande impacto nas receitas do setor petrolífero, como já se experimentou no passado", explica José Manuel Puente. "Os países que aceitarem comprar petróleo da Venezuela o farão com um grande desconto, e esse desconto dependerá da tarifa que Donald Trump aplicar", prossegue. O economista Francisco Monaldi sugere ainda que a China pode simplesmente deixar de comprar petróleo venezuelano e buscar outras fontes, já que as importações de petróleo da Venezuela são muito menos relevantes do que as exportações chinesas para os Estados Unidos. 4. Queda no preço do petróleo Preço do petróleo tem grande efeito na economia venezuelana Getty Images via BBC No início de abril deste ano, o preço do petróleo Brent — referência internacional — despencou mais de 20% em apenas uma semana. Isso fez com que os preços do petróleo atingissem seu nível mais baixo em quatro anos. Desde então, os valores se recuperaram parcialmente e giram em torno de US$ 66 (R$ 375) por barril, após terem caído para menos de US$ 60 (R$ 341). Acredita-se que essa queda abrupta esteja relacionada, em parte, à intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que tem gerado preocupações quanto à demanda por matérias-primas. Como consequência, os preços das commodities estão sendo afetados. Essa notícia é particularmente negativa para países exportadores de petróleo, como a Venezuela, pois é provável que percam uma parte significativa de suas receitas em divisas. E as previsões futuras também não são animadoras. O banco de investimentos Goldman Sachs projeta que os preços do petróleo continuarão caindo até o fim deste ano e ao longo de 2026, devido ao aumento do risco de recessão e ao crescimento da oferta do grupo OPEP+, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo. O banco espera que os preços do Brent e do tipo WTI diminuam levemente, com médias de US$ 63 e US$ 59 por barril, respectivamente, durante o restante de 2025, e de US$ 58 e US$ 55 em 2026. "Haverá um impacto, mas ainda não se sabe se será brutal. Ao combinar a desvalorização do petróleo venezuelano por conta dos descontos que sofrerá, o cancelamento das licenças e o colapso dos preços, é evidente que o governo terá receitas muito menores e que haverá mais escassez de dólares", explica Monaldi. Maduro junto à presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Caryslia Rodríguez, e sua esposa, Cilia Flores. Getty Images via BBC José Manuel Puente explica que, há tempos, o futuro da economia venezuelana está extremamente atrelado à política do país e à "esperança que muitos tinham, ou ainda têm, de que haveria uma mudança de governo". "Atualmente, na Venezuela, não há perspectivas de uma mudança política, e isso representa um peso extra para a economia venezuelana, tornando muito mais difícil que o país volte a ter um bom desempenho macroeconômico." "É necessário haver uma maior estabilidade política e um programa de estabilização macroeconômica com medidas clássicas de política fiscal, cambial e monetária, para gerar um crescimento sustentado e controlar a inflação, levando-a a um dígito, como na maioria dos países latino-americanos." "Mas, sem uma mudança política, é difícil que essas metas sejam alcançadas", conclui. Veja Mais

‘Pejotização’: o que a nova decisão do STF muda para o trabalhador PJ?

G1 Economia Ministro Gilmar Mendes pausou a tramitação de todos os processos sobre o tema no país, até que o Supremo firme um entendimento que deverá ser observado por todos os tribunais. Nova decisão do STF pode afetar trabalhadores que atuam como pessoa jurídica (PJ) Sigmund/Unsplash O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu na semana passada a tramitação de todos os processos que discutem a legalidade da chamada "pejotização" no Brasil. À primeira vista, a medida afeta apenas trabalhadores e empresas com ações sobre o tema na Justiça. No entanto, dependendo da decisão, pode contribuir para grandes mudanças nas relações de trabalho no país. Veja abaixo cinco perguntas e respostas para entender o que está em jogo. O que é pejotização? Por que o STF suspendeu os processos sobre o tema? Por que a pejotização pode ser considerada ilegal? O que muda na prática para os trabalhadores PJ e CLT? A discussão também afeta entregadores e motoristas de app? Economista do Dieese alerta para impactos da 'pejotização' no longo prazo 1. O que é pejotização? De acordo com o STF, pejotização é quando uma empresa contrata um trabalhador autônomo ou pessoa jurídica (PJ), como um microempreendedor individual (MEI), para prestar serviços regulares para ela. Esse tipo de contrato é comum em setores como representação comercial, corretagem de imóveis e tecnologia da informação, entre outros. Para muitos órgãos trabalhistas, no entanto, a pejotização ocorre quando a empresa passa a tratar o prestador de serviços como empregado, fazendo-o cumprir todas as regras que configuram uma relação de trabalho, conforme a lei. Veja Mais

Entenda por que preço do açúcar cristal tem alta mesmo em início da safra em São Paulo

G1 Economia Indicador Cepea/Esalq fechou em R$ 144,31 a saca de 50 quilos. Cenário de oferta reduzida intensificado pelas chuvas registradas no período que fizeram com que usinas interrompessem operações no campo. Com novas altas, Indicador atinge casa dos R$ 144 a saca no estado de São Paulo Reprodução/TV Gazeta Os preços médios do açúcar cristal, um dos principais derivados da cana-de-açúcar, registram alta no início da safra 2025/2026 no mercado spot do estado de São Paulo, quando a entrega da mercadoria é imediata com pagamento à vista. A informação foi divulgada em boletim desta quarta-feira (23) do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq), o campus da USP em Piracicaba (SP). O cenário de oferta reduzida intensificado pelas chuvas registradas no período que fizeram com que as usinas interrompessem as operações no campo explicam o panorama. Entenda mais, abaixo. Pesquisadores do Cepea explicam a alta nas cotações neste primeiro mês da safra 2025/26 se deve, especialmente, a restrição da oferta de açúcar, principalmente dos tipos de melhor qualidade, como a do açúcar Icumsa até 180. Ainda conforme o Centro de Pesquisas, embora a colheita da cana-de-açúcar já tenha começado em algumas regiões de São Paulo, chuvas isoladas vêm interrompendo temporariamente as operações no campo e, consequentemente, nas usinas. Veja Mais

Banco Mundial corta estimativa de crescimento para o Brasil em 2025 e destaca incertezas

G1 Economia Instituição também reduziu projeções para a América Latina e o Caribe. Para a Argentina, que conseguiu um acordo de US$ 20 bilhões com o FMI, houve aumento das estimativas. Haddad e Lula em Brasília 9/12/2022 Adriano Machado/Reuters O Banco Mundial diminuiu a previsão de crescimento econômico do Brasil em 2025 para 1,8%. Em janeiro, a instituição estimava um aumento de 2,2% para a atividade do país. A instituição ainda reduziu a previsão de crescimento para a América Latina e o Caribe como um todo, de 2,5% para 2,1%, destacando que esse crescimento será o mais lento do mundo e que as economias regionais devem se adaptar para enfrentar incertezas globais crescentes. Entre os fatores que levaram ao ajuste das perspectivas, o Banco Mundial citou: o atraso em reduções das taxas de juros em economias desenvolvidas; as preocupações com restrições ao comércio global — em grande parte resultado da guerra tarifária imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; a desaceleração do crescimento na China; e os cortes na assistência ao desenvolvimento no exterior. Entre os demais países da região, a previsão para o México também diminuiu, de 1,5% para nenhum crescimento em 2025. A Argentina, por sua vez, deve ter um crescimento econômico de 5,5% este ano, contra previsão anterior de 5%. Vale lembrar que o país garantiu, recentemente, um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). "O cenário econômico global mudou drasticamente, marcado por níveis mais altos de incerteza", disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a região da América Latina e do Caribe, em uma declaração durante as reuniões da primavera norte-americana do FMI e do Banco Mundial em Washington. "Os países devem recalibrar suas estratégias e promover reformas ousadas e práticas." Em meio à necessidade de investimento, os gastos do governo continuam a ser uma preocupação em toda a região da América Latina e Caribe. O Banco Mundial estima que a relação dívida/produção regional aumentou para 63,3% no ano passado, de 59,4% em 2019. "O acesso à tecnologia e a exploração de economias de escala determinam que o comércio e o investimento estrangeiro direto continuam sendo essenciais para acelerar o crescimento na América Latina e no Caribe", disse William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. Maloney disse que uma lista mais longa de destinos comerciais e exportações de serviços, bem como o "near-shoring", tendência na qual as empresas transferem a produção para mais perto de seus principais mercados, oferecem oportunidades para a região, o que "exige aumento de produtividade e agilidade". BC revisa projeções para inflação e PIB 2025 Economia em desaceleração Nesta semana, o FMI também reduziu suas estimativas para o crescimento da atividade brasileira em 2025 e 2026, para 2%. O corte foi de 0,2 ponto percentual (p.p.) em comparação às projeções divulgadas em janeiro. Os números são mais pessimistas do que os do governo: O Ministério da Fazenda projetou em março que o Brasil crescerá 2,3% neste ano e 2,5% em 2026. O Banco Central passou a ver que o PIB crescerá 1,9% este ano. Analistas avaliam que uma produção agrícola forte dará sustentação à economia neste início de ano, mas que ela passará a mostrar desaceleração gradual em meio a uma inflação ainda elevada e uma política de juros que afeta o crédito. O FMI citou em seu relatório as medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as contramedidas de diversos países como um "importante choque negativo ao crescimento". O Brasil recebeu a tarifa padrão norte-americana de 10%. Para a América Latina e Caribe, o FMI reduziu também em 0,5 ponto percentual a projeção para a região em relação a janeiro, para 2%. Para 2026, o Fundo reduziu a estimativa de crescimento em 0,3 ponto, a 2,4%. Veja Mais

‘A economia de Francisco’: o que é o movimento econômico inspirado e apoiado pelo papa

G1 Economia Presente em mais de 20 países, grupo trabalha para investir no desenvolvimento de um sistema econômico que prioriza a dignidade humana, a justiça social, a paz e o respeito ao meio ambiente. Papa Francisco esteve em Aparecida, em 2013 Bruno Miani/A Tribuna Jornal Defensor dos mais pobres durante seus 12 anos no comando da Igreja Católica e até chamado de comunista em diversas ocasiões, o papa Francisco — que faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos — inspirou a criação de um movimento econômico liderado por jovens economistas, empreendedores e pesquisadores. Batizado de “A economia de Francisco” (EoF, na sigla em inglês), o movimento surgiu após um convite do papa, que pedia que as novas gerações criassem uma economia mais inclusiva e globalizada. Assim como Jorge Mario Bergoglio, que escolheu o nome Francisco como pontífice, o grupo se inspira na história de São Francisco de Assis. Ele foi o criador da Ordem Franciscana da Igreja Católica, que preza pela renúncia à riqueza para servir aos pobres. Ele também é conhecido como o santo dos animais e do meio ambiente. Hoje presente em mais de 20 países, inclusive o Brasil, o movimento “A economia de Francisco” trabalha para investir em empreendimentos e pesquisas que acelerem o desenvolvimento de um sistema econômico que prioriza a dignidade humana, a justiça social, a paz e o respeito ao meio ambiente. Entenda nesta reportagem: Como surgiu “A economia de Francisco” O que faz “A economia de Francisco” Quais os pilares do movimento apoiado pelo papa O que dizia Francisco sobre economia, comunismo e o papel da Igreja O pacto para “A economia de Francisco” 'Deus é brasileiro', 'eis-me aqui'... mensagens do papa Francisco Como surgiu “A economia de Francisco” “Caros amigos, escrevo para convidá-los para uma iniciativa que tanto desejo. Um evento que me vai me permitir encontrar jovens homens e mulheres que estudam ou interessados em uma economia diferente — uma que gera vida e não mata, que inclui e não exclui, que humaniza e não desumaniza, que cuida do meio ambiente e não o saqueia. Um evento para nos ajudar a nos encontrar, a estar juntos e a fazer um 'pacto' para mudar a economia de hoje e dar alma à economia de amanhã.” Com essas palavras, enviadas do Vaticano em 1° de maio de 2019, o papa Francisco iniciava uma carta convidando todos os jovens católicos interessados em pensar em uma forma diferente de fazer economia. O convite era para um encontro com o próprio papa e outros profissionais experientes da área econômica na cidade de Assis, na Itália, para discutir, entre outros pontos: novos entendimentos sobre a economia e o progresso; o combate à cultura do desperdício; formas de dar voz aos desassistidos; propostas de um novo estilo de vida, guiado pela respeito à natureza e ajuda aos mais pobres. O evento foi adiado devido à pandemia de Covid-19, mas o convite foi suficiente para iniciar o movimento. Milhares de jovens estudantes, economistas, pesquisadores e empreendedores de várias partes do mundo se reuniram em eventos online ao longo de três anos, iniciando pesquisas e apoiando projetos pessoais e coletivos que acelerassem a implementação dessa nova economia. Em setembro de 2022, o encontro presencial finalmente aconteceu, e os jovens assinaram um pacto com o papa, comprometendo-se a transformar suas próprias relações com o sistema e o futuro da economia em uma “economia do Evangelho”, que não financie guerras, combata a proliferação de armas e se coloque a serviço de todas as pessoas. "Uma economia que não deixe ninguém para trás, que reconheça e proteja o trabalho digno e seguro para todos, uma economia onde as finanças sejam amigas da economia real e do trabalho, uma economia que salvaguarde as culturas, as tradições dos povos, todas as espécies vivas e os recursos naturais da Terra", determinou o pacto. (veja o texto completo mais abaixo) Papa Francisco se despedindo de jovens em evento do movimento " A economia de Francisco" Reprodução/The Economy of Francesco Voltar ao início. O que faz "A economia de Francisco" Desde a implementação do movimento, os participantes se dividem em três áreas principais: Veja Mais

Contas do governo têm superávit de R$ 1,1 bilhão em março, melhor resultado para o mês em 4 anos

G1 Economia No acumulado do primeiro trimestre, as contas do governo registraram um superávit de R$ 54,53 bilhões, o melhor desde 2022. Pagamento menor de sentenças judiciais ajudou as contas do governo neste ano. As contas do governo registraram superávit primário de R$ 1,1 bilhão em março, segundo informações divulgadas pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (29). Veja Mais

Presidente do BC diz que permanece a indicação de nova alta de juros na próxima semana

G1 Economia Taxa básica de juros já está em 14,25%. Banco Central tem dito que elevar Selic é necessário para frear economia e reduzir a inflação, de forma que índice volte às metas. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil (BC). Adriano Machado/ Reuters O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (29) que segue valendo a indicação do Comitê de Política Monetária (Copom) de que será necessário um novo aumento da taxa básica de juros em maio. A informação foi divulgada durante entrevista coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024. "Na visão do BC e todos diretores, a comunicação anterior [de março] passou muito bem para esses 40 dias e segue vigente. Estamos respondendo a uma dinâmica de inflação desafiadora, o que justifica a extensão do ciclo [de alta dos juros]", afirmou Galípolo. "A intenção foi dizer que está valendo tudo o que foi colocado na comunicação anterior. Vamos colocar a taxa de juros no patamar que for restritivo o suficiente e no patamar necessário para cumprir a meta [de inflação]", completou. Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros da economia para 14,25%. Trata-se de um patamar semelhante ao registrado durante o governo Dilma, em 2015 e 2016. Juros altos preocupam governo para próximo Plano Safra Ao mesmo tempo, o BC também indicou que realizará em maio, na próxima reunião do Copom, um novo aumento na taxa Selic, mas em menor intensidade (abaixo de um ponto percentual). O Banco Central tem reiterado que uma desaceleração do nível de atividade é necessária para reduzir a inflação, e trazê-la de volta para as metas. No relatório de política monetária, divulgado em março, a instituição informou que o chamado "hiato do produto" segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressão sobre a inflação. Nesta semana, Galípolo afirmou que os sinais de desaceleração da economia ainda são muito iniciais e que é necessário manter vigilância sobre o comportamento dos preços. Política de juros Veja Mais

Polícia Federal abre inscrições para concurso com 192 vagas e salários de até R$ 11 mil; veja como participar

G1 Economia O processo seletivo está sendo organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). As oportunidades são para nível médio e superior. Concurso da Polícia Federal tem vagas com salários de até R$ 11.070,93 As inscrições para o novo concurso público da Polícia Federal começam nesta terça-feira (29), às 10h. Estão sendo ofertadas 192 vagas, com remuneração inicial de até R$ 11 mil. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. Os interessados devem acessar o site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), a banca organizadora do processo seletivo. Os participantes terão até as 18h do dia 21 de maio para se inscrever. ➡️ VEJA O EDITAL COMPLETO As oportunidades são para nível médio e superior, sendo a maioria para o cargo de agente administrativo. Veja a lista de cargos e vagas abaixo. Do total de vagas a serem preenchidas, 20% são reservadas para negros (pretos e pardos), e 5% para pessoas com deficiência. A jornada de trabalho dos aprovados é de 40 horas semanais para a maioria dos cargos de nível superior e para Agente Administrativo, e 20 horas semanais para médicos (Clínico, Ortopedista e Psiquiatra). A taxa de inscrição varia conforme o cargo: Para cargos de nível superior, a taxa é de R$ 110,00 Para cargos de nível médio, a taxa é de R$ 90,00 Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. As provas objetivas e a prova discursiva serão realizadas no dia 29 de junho, nas 27 capitais do país. Serão 50 questões de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos, de caráter eliminatório e classificatório, além da discursiva. Para nível superior, as provas serão aplicadas no turno da manhã e, para nível médio, no turno da tarde. Concurso da Polícia Federal Arquivo/ A Gazeta O processo seletivo terá as seguintes etapas: Provas objetivas e de prova discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos, de responsabilidade do Cebraspe; Avaliação biopsicossocial dos candidatos que solicitarem concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência; Procedimento de heteroidentificação complementar à autodeclaração dos candidatos negros; Avaliação Médica: o candidato aprovado só poderá ser empossado se for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Os aprovados serão lotados em qualquer unidade da Polícia Federal situada no estado correspondente à localidade de vaga escolhida no momento da inscrição, conforme necessidade da Administração. A localidade onde o candidato realizará a prova não influencia a definição de sua lotação após a aprovação. O prazo de validade do concurso é de 2 anos, contados a partir da data de publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período Cronograma do concurso Veja Mais

Por que o Brasil tem fome se é um grande produtor de alimentos?

G1 Economia Piora do poder de compra dos mais pobres é visto como principal desafio, mas parte dos especialistas avalia que Brasil está muito focado em produzir para exportar. Brasil é um grande produtor de alimentos, mas convive com a insegurança alimentar O Brasil é um grande produtor de alimentos, bate recordes anuais na colheita de grãos e é o maior exportador mundial de diversos produtos, como soja, café, carnes, açúcar. Ainda assim, tem gente que acorda sem ter certeza se vai comer. Os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU) mostram que 8,4 milhões de brasileiros passaram fome no triênio 2021-2023, o que representa 3,9% da população nacional. É exatamente esse indicador que, desde 2021, mantém o Brasil no Mapa da Fome da ONU, de onde país já tinha conseguido sair em 2014, pela primeira vez. Apesar disso, houve uma melhora em relação ao triênio 2020-2022, quando a fome atingia 4,2% dos brasileiros. Mas por que o país convive ainda com essa contradição? Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que: no Brasil, não falta alimentos, mas há muita gente sem dinheiro para comprar comida suficiente – o desemprego caiu, mas os preços dos alimentos têm subido bem acima dos salários; alguns afirmam que a produção agropecuária tem se voltado mais à exportação do que ao abastecimento interno, e que isso precisa ser reequilibrado para garantir segurança alimentar no futuro; outros discordam e afirmam que o modelo de produção do país tem dado conta tanto do mercado interno como do externo, e que aumentar a produção não vai tirar pessoas da fome; as mudanças climáticas são, hoje, o principal risco para o desabastecimento. o Brasil ainda tem locais com pouca ou nenhuma oferta de alimentos saudáveis, chamados de desertos alimentares. O g1, inclusive, visitou, em março, um município do Piauí que convivia com a falta de alimentos frescos. E mostrou como o plantio de hortaliças na região tem tirado pessoas da insegurança alimentar, quando não há acesso regular à alimentos de qualidade para uma vida saudável. 'A prateleira está cheia, o carrinho está vazio' Graziano, que foi diretor-geral da FAO-ONU entre 2012 e 2019, coordenou o programa Fome Zero, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006). “Há um grupo de políticas macroeconômicas que são as grandes responsáveis por erradicar a fome quando ela tem a proporção que tem no Brasil: ela é massiva, não é localizada e nem específica". "Quem não ganha o salário mínimo, passa fome. Então, o que resolve é gerar emprego e melhorar a renda das pessoas”, diz Graziano. Ele lembra que esse foi o caminho traçado pelo Brasil para sair do Mapa da Fome em 2014. Exemplo disso foram as políticas de valorização do salário mínimo, a criação do Bolsa Família, além de incentivos à agricultura familiar. Graziano relaciona a volta da fome e do aumento da insegurança alimentar nos últimos anos justamente com a piora dos indicadores de emprego e renda, a partir da crise de 2014/2016. Essa piora se estendeu até a pandemia. Ele menciona também o esvaziamento de políticas voltadas para a segurança alimentar durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Alguns deles são a merenda escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no qual o governo federal, os estados e municípios compram produtos de agricultores familiares para doar a escolas, hospitais e a pessoas em vulnerabilidade social. Esse cenário levou 33 milhões de brasileiros à insegurança alimentar grave em 2022, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). Salários não acompanham inflação Sílvia Helena de Miranda, pesquisadora do Cepea-USP, afirma que o desemprego começou a cair a partir do segundo trimestre de 2021. Mas o problema é que os aumentos salariais não acompanharam a disparada da inflação ao longo dos anos. Entre 2014 e 2024, os salários tiveram um aumento real (já com desconto da inflação) de 5%, enquanto a inflação para a baixa renda subiu 85,8%, e os preços dos alimentos dispararam 116,7% Os dados de preços citados por Miranda são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE. “Logo, para a população de menor renda, as condições econômicas de acesso aos alimentos pioraram”, diz Sílvia. Ela lembra que as famílias mais pobres gastam uma proporção muito maior da renda com alimentos do que as famílias de classe mais elevada. Comida e commodities Apesar de a renda ser um pilar fundamental, parte dos especialistas aponta que é preciso repensar o modelo produtivo do Brasil levando em conta a segurança alimentar das próximas gerações. É o que afirma Elisabetta Recine, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), um órgão consultivo do governo federal. “Quando se fala se fala em supersafra de grãos no Brasil, se fala, basicamente, de soja e milho, que são voltados para exportação", diz Recine. "Não é supersafra de feijão, que a gente come, que é voltado para o mercado interno”, afirma. Hoje, 88% dos grãos que o Brasil colhe por ano correspondem a soja e milho, mostram dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dois grãos são commodities, ou seja, matérias-primas negociadas em dólar em bolsas de valores internacionais e exportadas como ração para bovinos, suínos e frangos. Miranda, do Cepea, observa que a soja e o milho não se limitam ao mercado externo, e que também são necessários para a produção de ovos, leite, óleos, carne de frango e de suínos, que integram a cesta básica do consumidor de baixa e média renda no Brasil. Expansão da soja, queda de arroz e feijão Em 19 anos, a área plantada de soja cresceu 108%, e a de milho, 63%. Na contramão, o plantio de arroz diminuiu 43%, e o de feijão, 32%, diz a Conab. Alguns dos motivos que impulsionaram essas mudanças foram o aumento dos custos de produção e a menor rentabilidade para os produtores de arroz e feijão, em comparação com os de soja e milho. Apesar disso, o consumo de arroz e feijão diminuiu, e a eficiência dessas colheitas aumentou, ou seja, o produtor passou a colher mais por área do que há 19 anos. Com isso, a produção atual tem conseguido dar conta da demanda. Mas Recine defende um reequilíbrio dessa cadeia de produção, com investimentos públicos no plantio de arroz e feijão, que podem ser feitos via formação de estoques, crédito público e assistência técnica para pequenos produtores. “Quanto mais basearmos a nossa produção em produtos destinados ao mercado externo, mais risco corremos, pois as regras do mercado e do comércio internacional não estão em nossas mãos" "A variação cambial (dólar) oscila por questões geopolíticas. A produção de commodities se organiza conforme a demanda e preços internacionais”, destaca presidente do Consea. Para ela, aumentar a oferta de alimentos básicos pode ainda contribuir para uma redução de preços dos alimentos. Capacidade de abastecimento Bruno Lucchi, diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reforça que a insegurança alimentar no Brasil não tem a ver com problemas de abastecimento, e que aumentar a oferta de comida não vai tirar pessoas da fome. "Para melhorar a nutrição do brasileiro, é preciso melhorar a renda dele", destaca. "Não só a comida ficou mais cara, como também o transporte, o custo de vida em geral. Hoje, temos muito mais pessoas entrando nos programas sociais do que saindo. E isso é um problema. Não só deste governo, mas de longa data", diz Lucchi. "Nós passamos por pandemia, por greve de caminhoneiros, sem desabastecer nenhuma região. Claro que tivemos incremento de preço. Frete ficou mais caro. Insumo chegou mais caro. Mas não faltou alimento no Brasil", reforça. Para o diretor da CNA, é errado também afirmar que o Brasil tem uma cultura mais voltada para a exportação. Já a maior parte da produção das carnes bovinas, de frango e o milho, fica mais no mercado interno, apesar de também serem fortes na exportação. Lucchi comenta ainda que um dos riscos atuais para crises de desabastecimento são as mudanças climáticas, e que, ao longo dos anos, o Brasil tem desenvolvido sementes resistentes a secas e animais adaptados a temperaturas extremas. Mas Miranda, do Cepea-USP, acrescenta que o país vai precisar desenvolver novas pesquisas para lidar com esse cenário. "Os eventos climáticos extremos – que estão se tornando mais frequentes – acabam fazendo com que os modelos de previsão existentes sejam insuficientes para garantir a manutenção dos níveis de produção que já alcançamos", afirma. "Logo, um conjunto novo de políticas de pesquisa e inovação, agrícolas, industriais, sanitárias, macroeconômicas serão necessárias para evitar ou mitigar o risco de desabastecimento", acrescenta. 'Desertos alimentares' Apesar de o Brasil ser um grande produtor agrícola, a presidente do Consea observa que, em algumas regiões do país, há locais com pouca ou nenhuma oferta de alimentos frescos, como verduras, frutas, legumes. São os chamados "desertos alimentares". “São regiões em que as pessoas precisam percorrer longas distâncias para ter acesso à alimentação diversificada, saudável”, afirma Recine. Entre 2023 e 2024, em torno de 25 milhões de brasileiros residiam nesses locais. Desses, 6,7 milhões têm baixa renda ou estão em situação de pobreza, aponta dados do Ministério do Desenvolvimento Social. O g1 conheceu uma dessas regiões, em Betânia do Piauí, que sempre conviveu com a falta de alimentos frescos. Veja no vídeo abaixo como agricultores estão mudando essa situação. Prato do Futuro: Quintais mudam vidas no sertão Para Recine, é importante que o governo invista na agricultura familiar nessas regiões, já que esses tipos de produtores são responsáveis por 62% da produção de hortaliças no Brasil. “Se há alimentos que falta produzir são frutas, verduras e legumes. Não falta produzir arroz e feijão", diz Graziano, do Instituto Fome Zero. Ele comenta que o consumo de hortaliças e frutas no Brasil não passa de um terço do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 400 gramas por pessoa por dia. E que a falta de acesso a uma alimentação saudável é um dos principais problemas da insegurança alimentar hoje entre os mais pobres. Isso porque o consumo de ultraprocessados tem sido relacionado ao desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, obesidade. Brasil vai sair do Mapa da Fome? O governo federal tem a meta de sair do Mapa da Fome da ONU em 2026. Os últimos dados do IBGE mostram que já houve uma redução considerável da insegurança alimentar grave no Brasil, de 33 milhões em 2022, para 8 milhões em 2023. O representante da FAO-Brasil, Jorge Meza, comenta que isso foi resultado de uma série de políticas, com destaque para o relançamento do Bolsa Família, em 2023, que passou a conceder benefícios adicionais por criança nas famílias, por exemplo. “Atualmente, esse programa alcança 55 milhões de pessoas”, diz. Ele cita ainda a merenda escolar, “que atende 40 milhões de alunos”, e o aumento dos recursos do PAA. “As 8 milhões de pessoas que ainda restam estão em extrema vulnerabilidade social. São pessoas que não foram captadas pela assistência social, não tiveram acesso ao Bolsa Família, pertencem a famílias com crianças fora da escola ou estão em situações de trabalho precário e informal”, explica Recine. Recine aponta que, para tirar essas pessoas da fome, demandará mais articulação do governo para incluí-las nas políticas públicas. Para isso, uma das metas do governo federal é ampliar o número de pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Isso porque é preciso estar cadastrado nesse sistema para acessar programas assistenciais. O problema é que nem todos conhecem esse caminho. E é por isso que o governo precisa fazer uma busca ativa, ou seja, ir atrás dessas pessoas. Até 2027, o governo federal tem a meta de incluir 80% dos habitantes em risco de insegurança nesse cadastro. É o que prevê o 3º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, aprovado em março. Nele, o governo estipula inúmeras estratégias para reduzir a fome, incluindo o aumento de agricultores beneficiados pelo PAA de 85 mil, em 2025, para 95 mil em 2027. Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 8 milhões nesta terça-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.857 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 8 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (29), em São Paulo. No concurso do último sábado (26), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Galípolo vê sinais ainda iniciais de desaceleração da economia e cita incômodo com previsões de alta na inflação

G1 Economia Banco Central tem afirmado que desacelerar atividade econômica é necessário para reduzir a inflação, e trazê-la de volta às metas. Instituição deve subir juros de novo em maio. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em imagem de 2025 ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (28) que os sinais de desaceleração da economia ainda são muito iniciais e que é necessário manter vigilância sobre o comportamento dos preços. O BC tem esperado uma redução da atividade econômica para poder alterar a política de juros altos, implementada nos últimos meses. Galípolo fez as considerações ao participar de um evento promovido pelo Banco J. Safra, em São Paulo. Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros da economia para 14,25%. Trata-se de um patamar semelhante ao registrado durante o governo Dilma, em 2015 e 2016. Ao mesmo tempo, o BC também indicou que realizará em maio, na próxima reunião do Copom, um novo aumento na taxa Selic, mas em menor intensidade (abaixo de um ponto percentual). O Banco Central tem reiterado que uma desaceleração do nível de atividade é necessária para reduzir a inflação, e trazê-la de volta para as metas. No relatório de política monetária, divulgado em março, a instituição informou que o chamado "hiato do produto" segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressão sobre a inflação. Política de juros Juros altos preocupam governo para próximo Plano Safra Veja Mais

Concurso da Polícia Federal: veja os requisitos e as funções do cargo com maior salário da seleção

G1 Economia Carreira de estatístico oferece uma remuneração inicial de R$ 11 mil, mas conta com apenas quatro vagas disponíveis. Concurso da Polícia Federal Arquivo/ A Gazeta O cargo de estatístico (Classe A) oferece o maior salário no novo concurso público da Polícia Federal: R$ 11.070,93. O processo seletivo, que oferece 192 vagas, terá inscrições abertas em 29 de abril e encerradas às 18h (horário de Brasília) do dia 21 de maio. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. Segundo o edital, o estatístico é responsável por realizar levantamentos, estudos e pesquisas para coletar e analisar informações relevantes. Também cabe a esse profissional organizar, tratar e interpretar os dados, transformando-os em informações úteis para apoiar decisões estratégicas. Outra atribuição importante é a aplicação de controles estatísticos, utilizados para monitorar e avaliar as atividades econômicas, sociais e científicas da Polícia Federal, assegurando a eficiência e a efetividade das operações. A carga horária do cargo é de 40 horas semanais. Para concorrer à vaga, é necessário ter diploma de graduação em Estatística, devidamente registrado, emitido por instituição reconhecida pelo MEC, além de registro no Conselho Regional de Estatística. Embora o salário seja o mais alto do concurso, o número de vagas é reduzido: apenas quatro oportunidades estão disponíveis para o cargo de estatístico, todas destinadas à sede da Polícia Federal, no Distrito Federal. Das quatro vagas, uma é destinada a pessoas pretas ou pardas. Sobre o concurso A Polícia Federal divulgou na última sexta-feira (25) o edital com as regras para um novo concurso público. O processo seletivo está sendo organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). As oportunidades são para nível médio e superior. O candidato deve realizar a solicitação de inscrição no site oficial do Cebraspe. A taxa de inscrição varia conforme o cargo: Para cargos de nível superior, a taxa é de R$ 110,00 Para cargos de nível médio, a taxa é de R$ 90,00 Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. As provas objetivas e a prova discursiva serão realizadas no dia 29 de junho, nas 27 capitais do país. O processo seletivo terá as seguintes etapas: Provas objetivas e de prova discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos, de responsabilidade do Cebraspe; Avaliação biopsicossocial dos candidatos que solicitarem concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência; Procedimento de heteroidentificação complementar à autodeclaração dos candidatos negros; Avaliação Médica: o candidato aprovado só poderá ser empossado se for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. O prazo de validade do concurso é de dois anos, contados a partir da data de publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período. Cronograma do concurso Veja Mais

'Taxa das blusinhas' de Trump: Shein aumenta preços em até 377% nos EUA antes de aumento de tarifas

G1 Economia Medida reflete o aumento das taxas de importação impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, nos últimos meses. Exportações da China disparam em março, por conta de Tarifaço de Trump A Shein aumentou os preços dos produtos vendidos nos Estados Unidos em até 377%, informou a Bloomberg News. A medida, segundo o jornal, reflete antecipadamente os efeitos da guerra comercial imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e alcançou vários produtos da plataforma, de vestidos a utensílios de cozinha. No início de abril, o presidente norte-americano pôs fim à brecha que isentava de impostos produtos de empresas chinesas como Shein e Temu e ainda triplicou o valor da taxa imposta sobre as importações nos Estados Unidos. A medida passa a valer em 2 de maio. A decisão veio por meio de uma ordem executiva assinada pelo republicano no início deste mês, e não apenas coloca fim à brecha que isentava de impostos produtos de empresas chinesas — como Shein e Temu —, como também triplica o valor da taxa imposta sobre as importações nos EUA. Antes, encomendas com valor inferior a US$ 800 (R$ 4,5 mil) não eram taxadas. Agora, esses pacotes devem receber um imposto de até 90% do valor total. Esse quadro confirma a tendência de que os produtos vendidos nessa plataformas fiquem mais caros para os consumidores dos Estados Unidos. E esse cenário já teve, inclusive, repercussão no resultado dessas companhias. Segundo dados da Bloomberg Second Measure divulgados pela Bloomberg News, por exemplo, as vendas dessas duas plataformas dispararam nos EUA em março já nos primeiros dias de abril. E a expectativa é que esse quadro se intensifique, conforme continuam a crescer as tensões entre EUA e China, em meio à guerra comercial iniciada pelo tarifaço de Trump. Logo da Shein em centro comercial em Cingapura. Edgar Su/ Reuters Consumidores estocaram produtos de plataformas chinesas Com o aumento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, consumidores norte-americanos começaram a estocar mercadorias de sites chineses, como Shein e Temu, em uma tentativa de evitar a onda de aumento de preços causada pela implementação de tarifas por parte de Trump. Segundo publicado pelo jornal norte-americano "The News York Times", esses consumidores têm feito publicações nas redes sociais, preocupados com a mudança nas tarifas e seus possíveis efeitos nos preços dos produtos. Alguns influenciadores também fizeram vídeos que viralizaram nas redes, mostrando a chegada de suas compras ou alertando seus seguidores a comprarem na plataforma antes de 2 de maio, quando as novas tarifas sobre essas importações passarão a valer. VEJA VÍDEOS: Americanos estocam mercadorias para evitar alta de preços Guerra comercial entre EUA e China A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tem ganhado novos capítulos. Na última semana, por exemplo, os líderes dos dois países fizeram declarações contraditórias sobre a possibilidade de um acordo entre as nações. Enquanto Trump afirmou que a China entrou em contato "várias vezes" para tratar sobre as tarifas, indicando estar disposto a fazer um acordo comercial, representantes do governo chinês negaram que conversas estivessem em andamento, reiterando que os EUA deveriam "parar de criar confusão". O tom mais ameno de Trump sobre a China, no entanto, ainda foi visto de forma positiva pelos mercados financeiros — uma vez que o país é um grande parceiro comercial dos EUA e há temores de que um aumento desenfreado das taxas de importação possam refletir em um aumento de preços contínuo aos consumidores norte-americanos. O aumento de preços, por sua vez, pode acabar trazendo impactos à inflação norte-americana e forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a trazer novas altas de juros na maior economia do mundo. Veja Mais

Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica: informalidade e precarização são desafios da categoria

G1 Economia Federação da categoria aponta que ainda persistem desafios significativos, como a elevada taxa de informalidade, a precarização das condições de trabalho, a falta de informação e a desvalorização da profissão. O Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica é celebrado neste domingo (27) em todo país, momento em que também se comemoram os 12 anos da promulgação da PEC das Domésticas e os dez anos da lei complementar que regulamentou os direitos trabalhistas do setor. Em meio às comemorações, a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) aponta que ainda persistem desafios significativos para a categoria, como a elevada taxa de informalidade, a precarização das condições de trabalho, a falta de informação e a desvalorização da profissão. Especialista fala sobre os direitos da trabalhadora doméstica Em dezembro de 2024, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de trabalhadores domésticos atingiu seis milhões. A maioria dos trabalhadores domésticos (cerca de 90%) são mulheres. Os dados oficiais mostram que o salário médio do empregado doméstico no país foi de R$ 1.189 em 2024, abaixo do salário mínimo no período — que estava em R$ 1.412. De acordo com o Instituto Doméstica Legal, a informalidade continua sendo uma realidade para cerca de 70% das trabalhadoras domésticas, privando-as de direitos básicos. Demandas da categoria A Fenatrad informou que, entre as demandas da categoria, estão: medidas de combate ao trabalho análogo à escravidão; campanhas de valorização do trabalho doméstico; participação das trabalhadoras no Plano Nacional do Cuidados; fortalecimento dos programas de formação; medidas para cumprir as leis trabalhistas para as profissionais. Trabalhadora doméstica é resgatada após 39 anos em situação análoga à escravidão na Paraíba A entidade reforçou a importância de campanhas de conscientização e de informação sobre o registro CLT da trabalhadora doméstica. Chirlene dos Santos Brito, secretária de formação da Fenatrad, observou que muitas trabalhadoras ainda acreditam que, ao serem registradas, perdem o direito ao Bolsa Família. Com isso, deixam de ter acesso ao FGTS, seguro desemprego, férias e outros direitos garantidos por lei. “O Bolsa Família está vinculado à renda por pessoa da família e a inscrição no CadÚnico garante o acesso ao auxílio. Muitos empregadores usam dessa desinformação para não cumprirem com suas obrigações de pagar os encargos. Por isso, é necessário que o governo apoie uma campanha de conscientização sobre os direitos garantidos”, afirmou Chirlene dos Santos Brito, da Fenatrad. Campanha pelo Trabalho Doméstico Decente Ministério do Trabalho e Emprego lançou nesta semana, em evento realizado em Pernambuco, a campanha pelo Trabalho Doméstico Decente. A iniciativa tem como objetivo sensibilizar empregadores e a sociedade sobre a importância do respeito e da efetivação dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores domésticos. A campanha, que neste ano tem como tema controle da jornada das trabalhadoras domésticas, é estruturada em três eixos: conscientização da sociedade, diálogo social fiscalização do cumprimento das normas trabalhistas. O governo destacou a importância de garantir condições justas de trabalho, evitando o excesso de horas extras não pagas, o desrespeito aos horários de descanso previstos por lei (Lei Complementar nº 150/2015) e a exploração de trabalhadoras que enfrentam jornadas longas e cansativas. Regras diferentes para o seguro-desemprego De acordo com o Ministério do Trabalho, para ter direito ao seguro-desemprego, o trabalhador doméstico deve estar inscrito no FGTS por um período mínimo de 15 meses nos últimos 24 meses contados da dispensa sem justa causa. A regra é mais dura do que os demais trabalhadores, que têm de comprovar ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada da seguinte forma: Ao solicitar o benefício pela primeira vez: o trabalhador deverá ter recebido pelo menos 12 salários nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa. Ao solicitar o benefício pela segunda vez: O trabalhador deverá ter recebido pelo menos 9 salários nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de dispensa. Ao solicitar o benefício pela terceira vez ou mais: O trabalhador deverá ter recebido ao menos 6 salários nos meses imediatamente anteriores à data da dispensa. Além disso, o benefício do seguro-desemprego ao doméstico consiste no pagamento, no valor de um salário-mínimo, por um período máximo de três meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses. As demais categorias recebem, em sua primeira solicitação, quatro parcelas (para quem trabalhou de 12 a 23 meses nos últimos 36 meses) ou cinco parcelas (quem trabalhou no mínimo 24 meses nos últimos 36 meses). Direitos dos trabalhadores domésticos Carteira de Trabalho e Previdência Social, devidamente anotada Recebimento de, ao menos, um salário-mínimo (valor fixado em lei) Feriados civis e religiosos Irredutibilidade salarial 13º (décimo terceiro) salário Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos Férias de 30 (trinta) dias Férias proporcionais, no término do contrato de trabalho Estabilidade no emprego em razão da gravidez Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário Licença-paternidade de 5 dias corridos Auxílio-doença pago pelo INSS Aviso-prévio de, no mínimo, 30 dias Aposentadoria Integração à Previdência Social Vale-Transporte Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), benefício opcional Seguro-Desemprego Veja Mais

Lupi levou quase 1 ano para agir contra fraudes no INSS; descontos em aposentadorias triplicaram no período

G1 Economia Na data dos avisos, descontos nas folhas dos aposentados somavam R$ 80,6 milhões. Em abril de 2024, o montante chegou a R$ 248,1 milhões. Presidente do INSS foi demitido pelo presidente Lula. Ministro da Previdência, Carlos Lupi, em entrevista à TV Globo. Thiago Resende/TV Globo O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi alertado em junho de 2023 sobre o aumento de denúncias de fraudes em descontos de mensalidades de aposentados, mas levou quase um ano para tomar as primeiras providências. O alerta a Lupi sobre o problema foi feito em uma reunião do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), em 12 de junho de 2023, mas não gerou nenhuma consequência prática para coibir as fraudes. A apuração exclusiva do Jornal Nacional analisou as datas de todas as 23 reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social durante a gestão Lupi e constatou que as fraudes só foram efetivamente pautadas e discutidas na reunião de abril de 2024, dez meses depois do alerta feito a Lupi. O assunto nunca mais foi tratado nos encontros do Conselho da Previdência. Nesta semana, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram a Operação Sem Desconto e revelaram um esquema que pode envolver até R$ 6,3 bilhões em desvios em aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS. Segundo as investigações, 11 associações são suspeitas de descontar valores de mensalidades dos aposentados sem a anuência deles. LEIA TAMBÉM Entenda o esquema de fraudes no INSS que resultou na demissão do presidente do órgão Fraude no INSS: entidades sem estrutura falsificavam assinaturas para 'associar' aposentados e descontar mensalidades Quem é Alessandro Stefanutto, presidente do INSS demitido após operação que apura desvios de até R$ 6 bilhões em benefícios Fraude no INSS: operação apreendeu Ferrari, relógios de luxo e obras de arte; veja lista A primeira medida concreta para tentar frear os golpes só foi tomada em março de 2024, quando o INSS publicou uma Instrução Normativa com novas regras para que as associações fizessem os descontos nas aposentadorias, mediante autorização dos beneficiários. Naquele momento, o assunto já era objeto de apuração da CGU e do Tribunal de Contas da União (TCU). O relatório de auditoria da CGU aponta que houve um crescimento exponencial dos descontos nas folhas dos aposentados justamente a partir de julho de 2023, quando Lupi recebeu o primeiro alerta. Em junho de 2023, quando Lupi recebeu o aviso, os descontos nas folhas dos aposentados somavam R$ 80,6 milhões. Em abril de 2024, o montante triplicou, chegando a R$ 248,1 milhões. Ainda assim, os descontos com indícios de fraude só foram interrompidos nesta semana, após a operação da PF e da CGU. As associações suspeitas também só foram descredenciadas após a operação. Governo diz que vai restituir dinheiro desviado de beneficiários do INSS de 2019 até o ano passado Conselho chefiado por Lupi ignorou o tema O Conselho da Previdência Social é um órgão presidido pelo ministro da Previdência e reúne a cúpula da pasta e do INSS, além de representantes de associações de aposentados, sindicatos de trabalhadores da ativa e entidades patronais. O conselho tem por função “estabelecer diretrizes gerais, participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária, bem como apreciar as decisões de políticas aplicáveis à Previdência Social”, segundo a própria definição institucional do órgão. A ata da reunião ordinária do conselho realizada em 12 de junho mostra que a conselheira Tonia Galleti, dirigente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados), demonstrou preocupação com as fraudes e pediu providências ao ministro. O tema apareceu no início da reunião. A conselheira pediu que o CNPS debatesse naquele dia as regras dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), que são contratos firmados pelo INSS com as associações para permitir o desconto da mensalidade na folha dos aposentados. O pedido de Galleti, no entanto, foi rejeitado por Lupi por não estar na pauta da reunião. “Abertos os trabalhos, a conselheira Tonia Galleti relatou que havia solicitado a inclusão da discussão sobre os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) das entidades que possuem desconto de mensalidade junto ao INSS, a qual não foi aprovada uma vez que a pauta já estava elaborada”, diz um trecho da ata. Em seguida, a conselheira “reforçou sua solicitação, tendo em vista as inúmeras denúncias feitas e pugnou que fossem apresentadas a quantidade de entidades que possuem ACTs com o INSS, a curva de crescimento dos associados nos últimos 12 meses e uma proposta de regulamentação que trouxesse maior segurança aos trabalhadores, ao INSS e aos órgãos de controle.” Ainda de acordo com a ata da reunião, Lupi “registrou que a solicitação era relevante, porém não havia condições de fazê-la de imediato, visto que seria necessário realizar um levantamento mais preciso.” Na sequência, o ministro solicitou que o tema fosse pautado como primeiro item da próxima reunião, no mês seguinte. Ainda na reunião de 12 de junho de 2023, neste mesmo momento de discussão, o conselheiro Hélio Queiroz questionou “a possibilidade de também incluir o debate sobre fraudes no primeiro benefício de pagamento na pauta da próxima reunião". Nenhum dos temas, no entanto, foram pautados na reunião de 27 de julho de 2023. O conselho presidido por Lupi optou por encaminhar outros assuntos, conforme consta na própria ata do encontro. “Abertos os trabalhos, com a palavra, o Sr. Helio Queiroz recordou que, na reunião anterior, haviam deliberado dois assuntos para a pauta dessa reunião e explanou que foi esclarecido pelo Sr. Benedito Adalberto Brunca sobre os motivos da retirada desses itens, devido à importância dessa pauta apresentada". De lá para cá, houve três auditorias sobre os descontos: a da CGU, a do TCU e uma apuração interna do próprio INSS. As três tiveram conclusão semelhante, de que a imensa maioria dos descontos na folha dos aposentados foi feita sem a permissão dos beneficiários da Previdência. Outro lado O Ministério da Previdência foi procurado, assim como Carlos Lupi. Por mensagem, o ministro confirmou que o tema das fraudes foi apresentado no Conselho da Previdência em junho de 2023 e que, a partir daí, o INSS começou a rever normas e a formular propostas de alterações nos sistemas da previdência. Segundo ele, as mudanças foram concluídas em março de 2024, quando o órgão apresentou a Instrução Normativa com as novas regras para os descontos. Em nota, o Ministério informou que todos os contratos com entidades e associações foram suspensos, assim como os descontos na folha dos aposentados. A pasta cita ainda que, das 11 entidades investigadas pela CGU, somente uma teve acordo assinado na gestão de Lupi. Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões neste sábado

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.856 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (26), em São Paulo. No concurso da última quinta-feira (24), um bolão de SC levou sozinho o prêmio de R$ 25,2 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Polícia Federal abre concurso com 192 vagas: confira cronograma e salários

G1 Economia Inscrições começam no dia 29 de abril e seguem até o dia 21 de maio. Remuneração inicial é de até R$ 11 mil. Concurso da PF terá mais de 100 vagas Divulgação/Polícia Federal A Polícia Federal divulgou, nesta sexta-feira (25), o edital com as regras para um novo concurso público. Estão sendo ofertadas 192 vagas, com remuneração inicial de até R$ 11 mil. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. O processo seletivo está sendo organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). As oportunidades são de nível médio e superior. As inscrições para o concurso começam no dia 29 de abril e terminam às 18h, pelo horário de Brasília, no dia 21 de maio. Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso? Veja Mais

Por que o Brasil enviou batata-doce e grão-de-bico para o espaço com a Katy Perry?

G1 Economia Estudo quer tornar o plantio de alimentos possível fora do planeta. Aisha Bowe, ex-engenheira de foguetes da Nasa e integrante da tripulação, conduziu experimento. Sementes brasileiras vão para o espaço Quais são os efeitos da falta de gravidade em uma planta? Responder essa pergunta foi uma das motivações para cientistas brasileiros enviarem uma muda de batata-doce e sementes de grão-de-bico na viagem espacial da nave New Shepard, da Blue Origin, com a cantora Katy Perry, no último dia 14. Os dois alimentos fazem parte de um estudo que quer tornar possível o plantio fora do planeta, desenvolvido pela Rede Space Farming Brazil, uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência Espacial Brasileira (AEB), que reúne diversas instituições brasileiras. A viagem dura apenas cerca de 10 minutos, mas pode mudar a estrutura da planta. Até os genes podem ser afetados. Isso acontece por causa do intenso estresse gerado ao deixar o cultivo em um ambiente sem gravidade, explica uma das pesquisadoras da Embrapa que participa do projeto, Larissa Vendrame. Entenda abaixo. Por que plantar no espaço? O estudo do cultivo de plantas fora do planeta é fundamental para a exploração espacial, explica Vendrame. A pesquisa vai ajudar a desenvolver variedades dos alimentos que aguentem situações mais extremas, como de baixa disponibilidade de água e nutrientes. Isto é útil também para o cultivo na Terra, considerando o cenário de mudanças climáticas, que já prejudica o plantio de diversos produtos. Os cientistas estão selecionando as espécies com maior potencial de sucesso. A batata-doce e o grão-de-bico foram os escolhidos porque crescem rápido, são fáceis de cuidar e se adaptam bem. Além disso, podem ser 100% aproveitados. Por exemplo, as folhas e a raiz da batata-doce podem ser consumidas. Já o grão-de-bico é rico em proteínas. Por enquanto, apenas as duas espécies são estudadas, aponta a pesquisadora. As pesquisadoras Sarita Meireles e Larissa Vendrame analisam a muda de batata-doce antes de ser enviada ao espaço. Divulgação / Embrapa Leia também: VÍDEO: Veja Katy e a tripulação feminina flutuando no espaço VÍDEOS mostram momento a momento do voo O que muda na planta? A participação brasileira no voo ocorreu por um convite da instituição da Winston-Salem State University (WSSU), da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Quem conduziu os experimentos com as espécies brasileiras foi uma das seis integrantes da tripulação: Aisha Bowe, ex-cientista de foguetes da Nasa e engenheira aeroespacial. Os alimentos foram enviados para o Texas (EUA), estado onde aconteceu o lançamento, e ainda não retornaram ao Brasil, para análise. Para preservar os efeitos de qualquer alteração provocada, os pesquisadores aplicaram uma solução que fixa o estado da planta como ela estava no momento em que voltou do espaço. Além disso, clones foram deixados na Terra para que os pesquisadores possam comparar os efeitos. Apesar de não haver resultados deste lançamento, em 2024, uma pesquisa similar foi publicada. Nela, a flor Arabidopsis thaliana, da família da mostarda, foi enviada nas mesmas condições, explica Vendrame. O estudo constatou a alteração de 6 genes que regulam as funções biológicas da planta, ligadas à resposta ao estresse e ao metabolismo. "Imagina a microgravidade, que é praticamente a gravidade zero. Ela é uma condição de estresse para a planta. Ela vai pensar 'gente, para onde eu vou crescer agora?' Porque ela sabe que tem que desenvolver as raízes no sentido do solo", explica a pesquisadora. O estudo não depende unicamente de oportunidades para ir ao espaço. Aqui na Terra, os cientistas conseguem colocar as plantas em ambientes que simulam a gravidade e a radiação espacial. Grão-de-bico brasileiro viajou ao espaço em nave da Blue Origin junto com Katy Perry e tripulação feminina Reprodução/Blue Origin e Rogério Monteiro/Embrapa Rede espacial brasileira A participação da Rede Espacial Brasileira no Programa Artemis, da Nasa, que reúne projetos de colaboração internacional, teve início em 2023. Atualmente, 56 pesquisadores de 22 instituições brasileiras participam da iniciativa. Os estudos querem garantir a produção de alimentos em condições de elevada radiação, baixa gravidade e ausência de solo, com o desenvolvimento de novas variedades adaptadas. Como foi a viagem Veja Mais

Atual diretora de Logística, Débora Floriano assume direção interina do INSS

G1 Economia Débora assume vaga deixada por Alessandro Stefanutto, demitido nesta quinta após megaoperação da PF e da CGU sobre fraudes. Débora Floriano, presidente interina do INSS TV Globo/Reprodução O governo escolheu a atual diretora de Operações e Logística do INSS, Débora Floriano, para comandar a entidade de forma interina a partir desta quinta-feira (24). Débora assume o posto um dia após a demissão de Alessandro Stefanutto, alvo de uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quarta (23) contra supostas fraudes em aposentadorias e benefícios. Segundo apurou a GloboNews, a decisão foi tomada em uma reunião do ministro da Previdência, Carlos Lupi, com diretores e superintendentes do INSS. Debora está no INSS desde 2008, onde começou como analista de Seguro Social. Formada em direito, passou pela Coordenação de Compras e Serviços e pela Coordenação-Geral de Licitações e Contratos. Comanda a Diretoria de Orçamento, Finanças e Logística desde setembro de 2023. Nesta quinta, antes mesmo de ser anunciada como presidente interina, Débora Floriano deu uma entrevista ao lado do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho. Foi ela quem afirmou que o INSS vai elaborar um plano para devolver os valores cobrados de forma indevida, mas o formato da devolução dependerá ainda de descobrir o tamanho da fraude. "Nós traremos oportunamente um plano onde serão abordadas, tratadas todas as informações, para, em seguida, em uma força-tarefa conjunta, promovermos o integral ressarcimento dos valores irregularmente descontados dos nossos segurados", disse Débora. Governo diz que vai restituir dinheiro desviado de beneficiários do INSS de 2019 até o ano passado ➡️ Segundo CGU e INSS, os descontos serão interrompidos já nos contracheques de maio. Por isso, os aposentados e pensionistas não precisam correr às agências para evitar novo prejuízo. ➡️ Eventuais parcelas que já tenham sido lançadas não serão enviadas às entidades, e sim, ressarcidas no mês seguinte. Segundo o governo federal, o plano de ressarcimento deve incluir os valores que foram bloqueados na operação desta semana – até agora, cerca de R$ 2 bilhões. De acordo com as investigações até o momento, o valor descontado dos aposentados desde 2019 pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Não se sabe, ainda, quanto disso foi descontado ilegalmente, e quanto seguiu as regras. Segundo as investigações, pelo menos 11 entidades associativas são suspeitas de realizar descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. A operação, que ocorreu em diversos estados, resultou em mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas.​ Veja Mais

Oito em cada 10 brasileiros que atrasaram contas em março são reincidentes; veja dicas para evitar

G1 Economia Reincidentes são aqueles que atrasaram contas nos últimos 12 meses. Tempo médio entre o vencimento de uma dívida para outra é de 75 dias — ou seja, a cada 2,5 meses o consumidor volta a atrasar o pagamento de uma nova conta. Carteira sem dinheiro; falta grana, inadimplência, dívida Igor Jácome/G1 Dados do Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), indicam que oito em cada 10 brasileiros retornam para o cadastro de negativação menos de um ano após o pagamento de uma conta negociada. Segundo o indicador, 83,3% das negativações feitas em março foram de devedores reincidentes, ou seja, que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses. (veja abaixo dicas para evitar o "nome sujo") O resultado reflete o patamar elevado da inflação e dos juros brasileiros, que continuam a prejudicar o orçamento familiar, mesmo diante do cenário de baixo desemprego e após os vários programas de renegociação de crédito nos últimos meses. Dados do IBGE, por exemplo, apontam que mesmo com a alta de 0,7 ponto percentual na taxa de desemprego no trimestre terminado em fevereiro, para 6,8%, o rendimento dos trabalhadores chegou ao recorde da série, em R$ 3.378. O número de trabalhadores com carteira assinada também foi o maior da série histórica, com 39,6 milhões de pessoas. "Mesmo com o quadro positivo para o emprego, a inflação, principalmente de alimentos e produtos essenciais, compromete a capacidade do brasileiro de honrar seus compromissos financeiros. Além disso, juros elevados também significam dinheiro mais caro, o que dificulta ainda mais esse cenário", afirma ao g1 o economista e analista sênios de Analytics do SPC Brasil, João Paulo Travassos. Além disso, a reincidência acontece, em média, menos de três meses após o primeiro atraso. Segundo o indicador, o tempo médio entre o vencimento de uma dívida para outra é de 75 dias — o que significa que 2,5 meses depois de ficar inadimplente, o consumidor volta a atrasar o pagamento de uma segunda conta. "Isso mostra fragilidade no orçamento das famílias e sugere que a renegociação foi feita sem planejamento e sem sustentabilidade no médio prazo", avalia o presidente da CNDL, José César da Costa. O levantamento do CNDL e do SPC Brasil também trouxe dados de recuperação de crédito. Segundo esse indicador, houve uma queda de 8,8% no número de consumidores que conseguiram sair das listas de negativados nos 12 meses encerrados em março. Do total de consumidores que conseguiram quitar suas dívidas, a participação mais expressiva vem daqueles na faixa entre 50 a 64 anos (23,5%). Em março, a média do valor da dívida quitada pelos brasileiros que estavam inadimplentes era de R$ 2.073,94. A maioria dos consumidores, no entanto, tinham dívidas de até R$ 500 (59,5%). Millenials são a maioria dos reincidentes O indicador aponta, ainda, que os Millenials — aqueles nascidos entre 1981 e 1995 — foram os que tiveram a participação mais expressiva no nível de reincidentes em março. O dado aponta que, do total de brasileiros que retornaram ao cadastro de negativação, 25,9% estavam na faixa de 30 a 39 anos. Em seguida, vieram os consumidores na faixa de 40 a 49 anos (23,8%) e aqueles entre 50 a 64 anos (20,1%). Já a geração Z — os nascidos entre 1995 e 2010 — representava aproximadamente 20% do total, sendo 11,7% de consumidores entre 25 a 29 anos e cerca de 8% de brasileiros entre 18 a 24 anos. Cresce número de inadimplentes com mais de 60 anos no estado de São Paulo O que esperar à frente? Diante da perspectiva de novas altas de juros à frente e de um cenário internacional desafiador, a leitura dos especialistas é que o consumidor brasileiro ainda precisa ter cuidado com o orçamento familiar. "O cenário deve ser desafiador pelo menos até o ano que vem. As projeções indicam juros ainda elevados e inflação fora da meta. Devemos observar também um cenário de reincidência elevada nesse mesmo período", comenta Travassos. Além disso, segundo o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o cenário internacional ainda pode ter um impacto significativo no Brasil à frente, ainda mais diante da possibilidade de uma nova alta inflacionária nos Estados Unidos — muito em reflexo do tarifaço anunciado pelo presidente do país, Donald Trump — manter os juros elevados por mais tempo por lá. Esse cenário, diz Pellizzaro Junior, acaba pressionando o dólar e alimentando a inflação importada no Brasil. "Isso contribui para manter a taxa Selic [taxa básica de juros brasileira] elevada por mais tempo, dificultando ainda mais o crédito e o consumo", explica. O que leva o devedor a voltar para o cadastro de negativação? De acordo com as especialistas consultadas pelo g1, o principal fator que influencia a reincidência desses consumidores nos cadastros de negativação é a falta de organização e de planejamento financeiro. “No geral, esses consumidores já têm um custo de vida maior do que o valor que recebem. Além disso, muitos acabam tentando sair do endividamento contraindo novas dívidas ou vendendo algo que já possuem. Mas o dinheiro acaba e o problema volta, porque é algo estrutural, de base”, afirma a educadora financeira Aline Soaper. Entre os devedores reincidentes: 60,1% ainda não tinham pagado dívidas antigas até março; 23,2% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram; e 16,7% não tiveram restrições no CPF ao longo dos últimos 12 meses e, por isso, não foram considerados reincidentes. Segundo Borges, da CNDL, a leitura da confederação é que muitos consumidores não conseguem cumprir os acordos que fazem quando renegociam alguma dívida, não por má-fé, mas por falta de organização. “Muitas vezes, quando perguntamos se tem intenção de resolver esse cenário nos próximos meses, o devedor diz que sim. Mas quando perguntando se isso vai comprometer as despesas básicas dele, essa resposta também é positiva. E é isso o que dificulta”, diz. Como evitar voltar para o cadastro de inadimplentes? Uma série de atitudes pode ajudar o consumidor a acertar sua vida financeira e não voltar para o cadastro de negativação. Veja abaixo. Veja Mais

Fraude no INSS: veja lista de entidades suspeitas de envolvimento em esquema bilionário

G1 Economia Pelo menos 11 entidades associativas foram alvo de ação judicial em investigação que aponta descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Uma operação realizada nesta quarta-feira (23) pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) mirou um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com desvio de recursos de aposentados e pensionistas ao longo de anos. Segundo as investigações, pelo menos 11 entidades associativas são suspeitas de realizar descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas (veja lista abaixo). Fraude no INSS: como descobrir se você foi uma vítima A operação, que ocorreu em diversos estados, resultou em mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas.​ Segundo as investigações, os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, conforme as estimativas. As entidades sob investigação são:​ Ambec Sindnapi/FS AAPB Aapen (anteriormente denominada ABSP) Contag AAPPS Universo Unaspub Conafer Adpap Prev (anteriormente denominada Acolher) ABCB/Amar Brasil Caap Nesta reportagem você também vai saber: Como funcionava o esquema Quem são os servidores afastados Seis pessoas foram presas O que mais a investigação descobriu Como saber se tive valores descontados? Como excluir cobrança indevida? Como funcionava o esquema Segundo as investigações, na prática, as associações ofereciam serviços como desconto em academias e planos de saúde, mas não tinham estrutura para tal. Dessa forma, cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles. Em muitos dos casos, as associações falsificavam a assinatura dos beneficiários do INSS. Durante a operação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e, em seguida, demitido do cargo. Outros cinco servidores públicos foram afastados de suas funções, a maioria ligada ao INSS. Veja quem são os servidores afastados do INSS por determinação da Justiça Reprodução/JH Voltar ao início Quem são os servidores afastados Stefanutto, o presidente demitido do INSS, é servidor de carreira desde 2000 e, até pouco tempo, era filiado ao PSB. Atualmente, está filiado ao PDT, de Carlos Lupi, responsável por sua indicação ao cargo. Os outros cinco afastados cautelarmente pela Justiça foram: o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho; o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker; o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos; o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jacimar Fonseca da Silva; o sexto colaborava com as fraudes e não teve o nome divulgado. Voltar ao início Seis pessoas foram presas A operação desta quarta cumpriu 211 mandados de busca e apreensão em 34 municípios. Cinco pessoas foram presas na quarta pela manhã e uma estava foragida, mas, segundo interlocutores, ela foi presa na noite do mesmo dia. Todos investigados são de entidades associativas de Sergipe. Há também ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão. Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foram apreendidos carros de luxo, joias, obras de arte e dinheiro vivo. Operação da Polícia Federal em vários estados brasileiros contra fraudes no INSS. Polícia Federal Voltar ao início O que mais a investigação descobriu As irregularidades estão relacionadas a mensalidades cobradas por associações sobre os benefícios do INSS. Os descontos eram feitos como se os beneficiários tivessem concordado em se associar, o que não aconteceu. Segundo o ministro da CGU, essas entidades supostamente prestavam serviços como assistência jurídica e ofereciam descontos em academias e planos de saúde. As apurações mostraram que "as entidades não tinham estrutura operacional para prestar o serviço que era oferecido", explicou Carvalho. Além dos casos em que houve falsificação de assinaturas, 70% das 29 entidades analisadas não tinham entregado ao INSS a documentação completa para fazer os descontos nos benefícios. As associações formalizam Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS para realizar descontos mensais na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. Mas, para isso, precisam de autorização expressa dos beneficiários do INSS. No entanto, a investigação verificou a ausência de verificação rigorosa dessas autorizações e a possibilidade de falsificação de documentos de filiação e autorização. Uma das entidades é o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), que tem como vice-presidente o irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico. Em nota, o Sindnapi afirmou que apoia as investigações contra descontos indevidos e que "é uma entidade séria, transparente e responsável." "Atuamos sempre com autorizações formais, em conformidade com as normas do INSS", conclui a manifestação. A investigação começou em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Em 2024, após a CGU encontrar indícios de crimes, a Polícia Federal foi acionada. Segundo Lewandowski, a PF abriu 12 inquéritos para investigar as fraudes. Voltar ao início Como saber se tive valores descontados? Para descobrir se houve descontos indevidos, o aposentado ou pensionista deve consultar o extrato do INSS. No documento, estão todas as retiradas, tanto de crédito consignado como de mensalidades associativas. Veja o passo a passo: Acesse o app ou site Meu INSS Faça login com CPF e senha do Gov.br Clique em "Extrato de benefício" Em seguida, clique sobre o número do benefício Na próxima tela, irá aparecer o extrato Basta, então, verificar descontos de mensalidades associativas Como excluir cobrança indevida? O aposentado ou pensionista que não reconhecer um desconto em seu benefício pode requerer o serviço "excluir mensalidade associativa" pelo aplicativo, no site do Meu INSS ou pela central 135. Veja Mais

Vendas da Tesla registram queda de 36% em março na União Europeia

G1 Economia A marca americana é prejudicada pela reputação de seu proprietário Elon Musk como conselheiro de Donald Trump e por uma linha de modelos envelhecida. Musk lançou o Tesla Cybertruck em 2019 Getty Images via BBC As vendas de veículos Tesla na União Europeia (UE) registraram queda de 36% em termos anuais em março e foram praticamente reduzidas pela metade no primeiro trimestre, segundo os números publicados pela associação de fabricantes ACEA. Antes uma referência no setor de veículos elétricos, a marca americana é prejudicada pela reputação de seu proprietário Elon Musk como conselheiro de Donald Trump e por uma linha de modelos envelhecida. Nos primeiros três meses do ano, 36.167 emplacamentos de carros da Tesla foram registrados na UE, uma queda de 45% na comparação com os 65.774 do mesmo período em 2024, segundo os dados da ACEA. LEIA MAIS: Carro da Tesla é destruído em Londres em protesto 'artístico' contra Elon Musk Fórmula E: veja como as inovações da categoria devem sair das pistas e chegar no seu carro elétrico Royal Enfield transforma a Himalayan 450 em outra moto — muito melhor; confira o teste do g1 Em contraste, os novos registros de veículos elétricos avançaram 17,1% em termos anuais em março e já representam 15,2% do mercado no bloco. O papel de Musk como conselheiro de Trump e coordenador do programa de redução drástica de despesas governamentais afetou a imagem da Tesla na Europa e nos Estados Unidos, onde a empresa é alvo de vandalismo, boicotes e manifestações. A marca alertou na terça-feira (22), ao publicar seus resultados, que "a mudança nas sensibilidades políticas poderia ter um impacto significativo na demanda por nossos produtos a curto prazo". g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil O faturamento da empresa caiu 9% no primeiro trimestre, a 19,3 bilhões de dólares (R$ 110 bilhões), e o lucro registrou queda de 71% em relação ao período homólogo do ano anterior, a 409 milhões (R$ 2,33 bilhões). Veja Mais

INSS inicia pagamento de benefícios de abril nesta quinta; veja calendário

G1 Economia O calendário leva em conta o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. O Ministério da Previdência Social inicia nesta quinta-feira (24) o pagamento para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em abril de 2025. Para quem recebe o piso nacional (até um salário mínimo), os depósitos vão do dia 24 de abril até 8 de maio. Segurados com renda mensal acima do salário mínimo terão seus pagamentos creditados a partir de 2 de maio. Confira o calendário do INSS de abril para quem recebe até um salário mínimo: Cartão final 1: pagamento em 24/4 Cartão final 2: pagamento em 25/4 Cartão final 3: pagamento em 28/4 Cartão final 4: pagamento em 29/4 Cartão final 5: pagamento em 30/4 Cartão final 6: pagamento em 2/5 Cartão final 7: pagamento em 5/5 Cartão final 8: pagamento em 6/5 Cartão final 9: pagamento em 7/5 Cartão final 0: pagamento em 8/5 Confira o calendário do INSS de abril para quem recebe acima de um salário mínimo: Cartão final 1 e 6: pagamento em 2/5 Cartão final 2 e 7: pagamento em 5/5 Cartão final 3 e 8: pagamento em 6/5 Cartão final 4 e 9: pagamento em 7/5 Cartão final 5 e 0: pagamento em 8/5 Ao longo de 2025, a previsão de pagamentos é: Maio: de 26/05 a 6/6; Junho: de 24/06 a 7/7; Julho: de 24/07 a 7/8; Agosto: de 25/08 a 5/9; Setembro: de 27/09 a 7/10; Outubro: de 27/10 a 7/11; Novembro: de 24/11 a 5/12; Dezembro: de 22/12 a 8/1; Como conferir o dígito verificador O calendário leva em conta o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. Para quem ganha até o mínimo, o calendário começa com benefício com final 1. Para os que recebem acima desse valor, o calendário inicia com os cartões de final 1 e 6. No dia seguinte, são pagos os finais 2 e 7, e assim por diante. Como consultar os valores a receber? Aposentados e pensionistas do INSS podem consultar o valor a receber do seu benefício pelo aplicativo "Meu INSS" ou no site meu.inss.gov.br. Outra opção é pelo telefone, ligando na central 135. Neste caso, o atendimento é feito de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h; o beneficiário precisa o informar o número de CPF e confirmar dados cadastrais. Com o reajuste do salário mínimo previsto para 1º de janeiro, o valor corrigido só será pago entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Resumão do g1: julgamento das redes; aposentadoria em 2025 e Mega da Virada Veja Mais

Pedido para isentar café de tarifas foi 'bem recebido' por governo Trump, diz presidente de associação americana

G1 Economia National Coffee Association pediu isenção logo depois que Trump anunciou taxar em 10% produtos importados do Brasil. Grãos de café brasileiro. Divulgação/Cocapec O pedido da National Coffee Association (NCA) para isentar as tarifas de importação de café foi "bem recebido" pelo governo dos EUA, disse nesta quarta-feira (23) o presidente da associação, William Murray. "Achamos um sinal positivo", afirmou por videochamada durante o 30º Encontro do Café, em Campinas (SP), realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). A solicitação da NCA foi feita logo após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar um tarifaço sobre os seus parceiros comerciais, no dia 2 de abril. Para o café brasileiro, a tarifa ficou em 10%. Os EUA são hoje a população que mais bebe café do mundo. E o Brasil é o maior fornecedor do grão verde para os americanos. Antes do tarifaço, os americanos tinham taxa zero para importar café verde de qualquer país. "Por que o café tem situação especial? [Porque] Nos EUA, nós só plantamos menos de 1% do café que consumimos. A maior parte das mudanças propostas tem a ver com empregos. Será que podemos trazer novos empregos aos EUA?", disse Murray. Segundo ele, todos os negócios de café no país, como indústrias, torrefações e cafeterias, geram 2,2 milhões de postos de trabalho, US$ 38 bilhões em impostos e giram US$ 343 bilhões na economia. "A situação da tarifa está muito mutável. O presidente Trump tem realizado mudanças diárias que afetam os preços dos produtos", comentou. "Estamos em uma situação que pode potencialmente aumentar o preço e significa pressão adicional aos consumidores. Não posso dar números específicos, mas 10% no café importado, significa mais de 10% [ de custo] para o consumidor", acrescentou. Como ficaram as tarifa para o café Os principais fornecedores de café para os EUA são o Brasil e a Colômbia, respectivamente, e embarcam, em grande parte, café arábica. Para os dois países, as taxas ficaram em 10%. Já outros parceiros que vendem café robusta levaram taxas maiores. Como o Vietnã, com 46%, e Indonésia, com 32%. No dia 9 de abril, entretanto, Trump reduziu para 10% todas as tarifas por 90 dias para todos os países, com exceção da China. Tarifaço pode fazer café brasileiro ganhar mais espaço nos EUA, mas possível inflação preocupa De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior Veja Mais

Salão do Automóvel de Xangai exibe novos carros elétricos apesar das tarifas de Trump

G1 Economia O Auto Xangai, maior salão do automóvel do mundo, abriu as portas nesta quarta-feira (23) em Xangai. Com quase mil expositores, os fabricantes estrangeiros de automóveis tentam demonstrar que podem enfrentar as ultracompetitivas empresas chinesas que dominam o setor elétrico. Modelo BYD Ocean S é exibido durante a 21ª Exposição Internacional da Indústria Automobilística de Xangai, no Centro Nacional de Exposições e Convenções da cidade Héctor Retamal / AFP O 'Auto Xangai', maior salão do automóvel do mundo, abriu as portas nesta quarta-feira (23) em Xangai com as últimas inovações tecnológicas no setor de carros elétricos, em meio às barreiras comerciais que afetam as ambições globais da China. Com quase mil expositores, os fabricantes estrangeiros de automóveis tentam demonstrar que podem enfrentar as ultracompetitivas empresas chinesas que dominam o setor elétrico. As empresas alemãs, que já dominaram o mercado no país asiático, participam do evento como montadoras de automóveis 'produzidos na China e para a China'. Carro voador da Chery WANG Zhao / AFP LEIA MAIS: Ducati Hypermotard: como é a moto que custa R$ 100 mil e tem motor preparado para dar grau Novo Porsche Panamera exala luxo por R$ 1 milhão, mas é a mecânica que faz dele diferente; veja o teste Fórmula E: veja como as inovações da categoria devem sair das pistas e chegar no seu carro elétrico A Volkswagen, o maior grupo estrangeiro no país, apresentou uma série de novos veículos elétricos e um sistema de assistência ao motorista projetado especialmente para o ecossistema digital chinês. No estande da BMW, um executivo conversou em mandarim com um assistente de inteligência artificial antes da entrada do CEO, Oliver Zipse, no palco com um veículo utilitário de design futurista da linha 'Neue Klasse'. "Na BMW, continuaremos defendendo (...) os mercados abertos", declarou Zipse, antes de acrescentar que "os desafios globais exigem cooperação global", em uma aparente referência à turbulência comercial provocada pelas tarifas americanas. BMW Vision Neue Klassex WANG Zhao / AFP Concorrência brutal As marcas estrangeiras enfrentam uma concorrência brutal de dezenas de rivais locais. O apoio chinês ao desenvolvimento de carros elétricos e híbridos resultou no crescimento do mercado local, que segundo analistas é mais jovem e aberto às novidades. O 'Auto Xangai', que prosseguirá até 2 de maio, terá uma série de lançamentos. Dezenas de marcas estão presentes, de gigantes estatais até empresas emergentes como Li Auto e Xpeng, gigantes do setor de tecnologia como Huawei e a marca de produtos eletrônicos Xiaomi, que se tornou uma empresa de carros. As empresas chinesas desenvolveram mais rapidamente e com mais inovação tecnológica devido à concorrência local. Modelo Denza Z9, da divisão de luxo da BYD Héctor Retamal / AFP Uma multidão se reuniu diante do estande da líder do setor BYD para a apresentação de cinco novos carros da série Ocean, assim como um veículo utilitário de luxo de sua filial Yangwang, além de um veículo esportivo sob a marca Denza. O executivo William Li, da marca Nio, apresentou o modelo ET9, impulsionado por dois chips de direção inteligente patenteados. A Xpeng revelou suas baterias com tecnologia de IA que possibilitariam um percurso de 420 km com 10 minutos de carga. BYD Seal 06 DM-i Héctor Retamal / AFP Mas o mercado chinês também enfrenta problemas: algumas empresas faliram e outras, como SAIC Motor, BYD e Geely, travam uma guerra brutal de preços. "O setor é muito competitivo e nem todos vão sobreviver", declarou à AFP o presidente da Xpeng, Brian Gu. Muitas empresas chinesas pretendem avançar no mercado internacional para que suas vendas no sudeste asiático, Europa e América Latina garantam seu futuro. Contudo, a Nio admitiu na terça-feira (22) que havia subestimado as dificuldades de expansão na Europa, com obstáculos logísticos e tarifários que afetam a competitividade de seus preços. Leapmotor B10 foi confirmado pelo Grupo Stellantis para o Brasil Divulgação | Leapmotor Para acirrar ainda mais a competitividade fora da China, a Leapmotor, marca parceira da dona da Fiat, a Stellantis, confirmou que o B10 será o segundo modelo a ser comercializado no Brasil. O primeiro, anunciado anteriormente, é o C10. “Com o B10 e o C10, a Leapmotor disputará uma fatia significativa do segmento de SUVs médios e grandes eletrificados, entregando ao cliente produtos surpreendentes que certamente serão um salto de inovação em relação à concorrência”, afirma Fernando Varela, vice-presidente da Leapmotor para a América do Sul. Segundo a Stellantis, o B10 é equipado com um dos chips mais modernos do mundo, o Snapdragon 8155 da Qualcomm. De acordo com a fabricante, o sistema é capaz de integrar toda a eletrônica do carro, com diferentes sistemas (cmomo controle de bateria, motor, ADAS e plataforma). Assim, tudo se conversa em uma só central. A integração permite uma resposta mais rápida de cada equipamento, possibilitando, assim, uma experiência mais ágil. A redução do número de centrais eletrônicas também diminui a complexidade e manutenção do veículo no futuro. O Leapmotor B10 tem 4,51 metros de comprimento e entre-eixos de 2,73 m Divulgação | Leapmotor Ficha técnica do Leapmotor B10 com especificações do modelo chinês. Para o Brasil, podem haver mudanças. Veja as duas opções de bateria que ele tem na China: Bateria 1: 56,2 kWh com autonomia de 380 km; Bateria 2: 67,1 kWh com autonomia de 460 km; Potência: 218 cv; Torque: 24,5 kgfm; Comprimento: 4,51 m; Largura: 1,88 m; Altura: 1,65 m; Entre-eixos: 2,73 m. Preocupação com as tarifas As tarifas também preocupam empresas estrangeiras que fabricam carros na China, como as americanas General Motors e Ford. Pequim e Washington estão em um impasse depois que a política tarifária de Donald Trump desencadeou uma crise entre as duas potências, com taxas recíprocas extremamente elevadas. Desde o ano passado, os fabricantes chineses enfrentam tarifas adicionais da União Europeia, que considera que o apoio estatal chinês às suas empresas prejudica os fabricantes europeus. Porsche Panamera: suspensão de R$ 57 mil transforma qualquer motorista em piloto As exportações para a Rússia e o Oriente Médio ajudaram a amortecer os impactos, indicou na terça-feira a empresa AlixPartners. Outros obstáculos são internos, como a frágil recuperação econômica pós-pandemia. Ainda assim, o analista alemão Ferdinand Dudenhoeffer afirmou na terça-feira que o evento em Xangai demonstra que a China não perdeu força. "Se nossa indústria automotiva quiser recuperar o sucesso do passado, deve ser mais como a China", afirmou. Veja Mais

Imposto de Renda: Receita abre nesta quarta consulta ao lote residual da restituição; veja como fazer

G1 Economia Ao todo, 279.500 contribuintes serão contemplados, no valor total de R$ 339,6 milhões. Imposto de Renda 2025 Marcello Casal Jr./Agência Brasil A Receita Federal abre nesta quarta-feira (23), às 10h, a consulta ao lote residual de restituições do Imposto de Renda do mês de abril de 2025. Ao todo, 279.500 contribuintes serão contemplados, no valor total de R$ 339,6 milhões. (veja abaixo como fazer a consulta) Do total, R$ 180,2 milhões referem-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade no recebimento. Veja abaixo. 4.284 idosos acima de 80 anos 25.283 contribuintes entre 60 e 79 anos 3.820 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave 9.502 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério 204.798 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via PIX; Outros 31.813 contribuintes que recebem a restituição neste lote não são prioritários. LEIA MAIS Veja passo a passo para fazer a declaração pré-preenchida Imposto de Renda 2025: veja mudanças e quem precisa declarar Imposto de Renda 2025: Receita começa a receber declarações pré-preenchidas Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. dê play e entenda temas do momento Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Prazo para resgate Segundo a Receita Federal, o pagamento das restituições serão feito apenas em conta bancária de titularidade do contribuinte, para evitar erro nos dados bancários informados ou algum problema na conta destino. Para não haver prejuízo ao contribuinte, a Receita ainda oferece o serviço de reagendamento disponibilizado pelo agente financeiro Banco do Brasil pelo prazo de um ano da primeira tentativa de crédito. Assim, o contribuinte poderá corrigir os dados bancários para uma conta de sua titularidade. Neste caso, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal Banco do Brasil pelos seguintes meios: Site, acessando https://www.bb.com.br/irpf Ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). Ao utilizar esse serviço o contribuinte deve informar o valor da restituição e o número do recibo da declaração. Após isso, deve-se aguardar nova tentativa de crédito. Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de um ano, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária". Veja Mais

Dino permite que MT retire benefício para quem não compra soja de áreas desmatadas na Amazônia

G1 Economia Estado aprovou uma lei, que havia sido suspensa pelo Supremo, retirando vantagens fiscais dos participantes da Moratória da Soja. Acordo estabelece barreiras para a compra de soja de áreas que tenham sido desmatadas de 2008 em diante, na Amazônia. Produção de soja CNA/Wanderson Araujo/Trilux O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Mato Grosso, maior estado agrícola do país, tenha o direito de retirar os incentivos fiscais dos participantes da chamada Moratória da Soja. A decisão será submetida ao plenário do STF antes de sua aplicação, que começa em 1º de janeiro de 2026. A resolução de Dino pode ser um revés à Moratória da Soja, acordo voluntário firmado em 2006 entre ONGs, empresas e associações do agro, no qual as tradings – responsáveis pela exportação e importação – se comprometem a não comprar soja de áreas que tenham sido desmatadas de 2008 em diante, na Amazônia. Mato Grosso, que fornece quase um terço da soja do Brasil, aprovou uma lei no ano passado retirando vantagens fiscais dos participantes do acordo. O STF havia suspendido provisoriamente a aplicação da lei, aguardando uma decisão sobre a conformidade dela com a Constituição. Moratória da Soja ajudou a conter produção em áreas desmatadas, dizem especialistas A moratória está sob pressão de lobbies de agricultores interessados em expandir o plantio para atender à crescente demanda por soja do Brasil, o maior produtor global do grão. Na decisão de segunda-feira (28), após receber os argumentos de Mato Grosso, Dino reconheceu a moratória como um importante instrumento de conservação, mas afirmou que ela não pode ser usada para restringir as ações do Estado. "O poder público... pode fundamentar sua política de incentivos fiscais, em critérios distintos em relação a um acordo privado, desde que conforme a legislação nacional", escreveu Dino. "Parece-me razoável que o Estado não seja obrigado a conceder incentivos fiscais ou terrenos públicos a empresas que atuem em desconformidade com a visão de ajustamento aos marcos legais que entraram em vigor após a celebração da Moratória da Soja", acrescentou o ministro. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que representa os comerciantes de soja, não comentou imediatamente a decisão. Disputa entre produtores e ambientalistas A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) apresentou, em dezembro do ano passado, uma denúncia formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade, órgão ligado ao Ministério da Justiça) contra o que chamou de "práticas anticoncorrenciais das empresas signatárias da Moratória da Soja". "Após quase duas décadas de vigência do acordo e inúmeras tentativas de diálogo frustradas, a associação trouxe uma nova base jurídica e técnica que expõe como o pacto consolidou um cartel de compra, boicotando produtores que cumprem rigorosamente o Código Florestal", afirmou a Aprosoja-MT. Segundo a entidade, a moratória tornou-se uma "barreira supralegal", gerando prejuízos estimados em 20 bilhões de reais para o Estado e afetando mais de 2,7 milhões de hectares. Cientistas e ambientalistas, contudo, consideram que a Moratória da Soja ajudou a reduzir a taxa de desmatamento na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, um baluarte contra a mudança climática, pois suas árvores absorvem grandes quantidades de gases de efeito estufa que aquecem o clima. Veja Mais

Governo Federal estabelece ponto facultativo nesta sexta; veja como vai funcionar

G1 Economia No próximo dia 1º de maio, os trabalhadores de todo o Brasil terão um merecido descanso em comemoração ao Dia do Trabalho. Calendário 2025 Esdras Pereira/g1 O governo federal publicou nesta segunda-feira (28), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), uma portaria que inclui o dia 2 de maio como ponto facultativo (entenda o que é no vídeo abaixo). Segundo a portaria, a proxima sexta-feira (02) será ponto facultativo nas unidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional localizadas em estados, no Distrito Federal ou em municípios que também decretarem ponto facultativo nessa data. Em dias de ponto facultativo, funcionários públicos são dispensados do serviço sem prejuízo da remuneração. A medida é decretada em dias úteis de trabalho, geralmente entre feriados e fins de semana. No caso do setor privado, como não é feriado, as empresas não são obrigadas a liberar seus empregados. No próximo dia 1º de maio, os trabalhadores de todo o Brasil terão um merecido descanso em comemoração ao Dia do Trabalho. A data entrou para a história após uma greve operária nos Estados Unidos durante a revolução industrial, reivindicando jornada de 8 horas por dia e melhores condições de trabalho. Qual o próximo feriado? Restam apenas seis feriados no ano, sendo que três deles podem ser emendados para prolongar os dias de descanso. Esses feriados caem em quintas-feiras, permitindo emendar com a sexta e o fim de semana, dependendo da decisão de cada empresa. São eles: 20 de novembro (Dia da Consciência Negra); 25 de dezembro (Natal). Além disso, o ano ainda terá outros quatro feriados que caem em finais de semana: 7 de setembro (Independência do Brasil); 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida); 2 de novembro (Finados); 15 de novembro (Proclamação da República). Os municípios e estados também podem determinar feriados locais, como Corpus Christi, que é considerado ponto facultativo. Para ajudar no seu planejamento para o próximo ano, o g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: O que é ponto facultativo? Entenda o que é o ponto facultativo Veja o calendário de feriados de 2025 Veja Mais

Quatro maiores bancos comerciais representaram 58% do mercado de crédito em 2024, diz BC

G1 Economia No ano passado, o Banco Central aprovou, sem restrições, oito atos de concentração. Em 2025, terá de avaliar a compra do Banco Master pelo BRB, anunciada no dia 28 de março. Os quatro maiores conglomerados bancários do país (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) encerraram 2024 com cerca de 58% do mercado de crédito e dos depósitos totais. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (29). Os números do BC mostram relativa estabilidade na concentração bancária no país. Em 2023, segundo a instituição, os quatro maiores bancos do país detinham 57,8% das operações de crédito e 57,1% dos depósitos totais do sistema financeiro nacional. "A redução ou a estabilidade dos níveis de concentração foi observada na maioria dos mercados relevantes de crédito. Quando se consideram os principais segmentos de crédito, observou-se queda ou manutenção dos níveis de concentração na maioria dos segmentos em 2024", informou o Banco Central, por meio do Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre do ano passado. Em 2024, o BC informou que aprovou, sem restrições, oito atos de concentração. Segundo a instituição, três desses atos de concentração envolveram diretamente pelo menos um banco e alguma modalidade de crédito dentre os mercados relevantes impactados, e três envolveram corretoras de títulos e valores mobiliários e algum dos mercados de corretagem e/ou de distribuição de produtos de investimento. Destacam-se o acordo de investimento entre: o Conglomerado Bradesco e o Banco John Deere S.A; a aquisição pelo Banco Safra S.A. de participação acionária na Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores; a aquisição da Órama Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários pelo Banco BTG Pactual S.A Consignado CLT: contratação será feita diretamente com os bancos a partir desta sexta Neste ano, o Banco Central terá de avaliar a compra do Banco Master pelo BRB, anunciada no dia 28 de março, após a aprovação da negociação pelo Conselho do Banco de Brasília. O negócio, que consiste na aquisição de 58% do capital total do Master, também precisa ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). De acordo com o Banco Central, houve redução mais acentuadas do nível de concentração nos mercados: de operações com recebíveis adquiridos (PJ), de capital de giro (PJ) e de cartão de crédito (PF + PJ). Por outro lado, informou o BC, o nível de concentração permanece elevado: nos financiamentos rurais e agro (PF+PJ), nos financiamentos habitacionais (PF+PJ) financiamentos de infraestrutura e desenvolvimento (PJ). Sede do Banco do Brasil, em Brasília Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Crédito para pessoas físicas De acordo com o Banco Central, o crédito bancário às famílias continuou a acelerar no segundo semestre do ano passado, "sob influência das modalidades de maior risco". "Nesse sentido, o destaque no semestre foi o crédito pessoal não consignado, cuja taxa de crescimento anual foi a maior entre todas as modalidades. Cartão de crédito também aumentou sua taxa de crescimento anual ao longo do semestre, alcançando valores que não eram observados desde meados de 2023". informou o BC. A instituição informou, ainda, que, diante desse cenário, a "capacidade de pagamento das pessoas físicas continua em situação desafiadora, sob impacto da participação de modalidades mais caras". Veja Mais

'Não conhecia rúcula, salsa, couve': como a agricultura mudou vidas em um deserto alimentar do Brasil

G1 Economia Na série 'PF: prato do futuro', o g1 conta histórias de moradores de Betânia do Piauí, onde a pobreza e a seca extrema sempre dificultaram o acesso a comida saudável. Prato do Futuro: Quintais mudam vidas no sertão "Antigamente, a gente comia só o feijão com o arroz. Agora, nós temos as verduras pra comer: tem o coentro, tem a abóbora, a batata... tem tudo aqui." “A gente passou a conhecer a rúcula, a salsa, a couve. A gente não conhecia esses alimentos." "Eu tinha, assim, tipo uma depressão. Para falar a verdade, eu já tomei o remédio faixa preta, mas, depois do quintal produtivo, não tomei mais." Os relatos acima são de agricultoras que o g1 conheceu em março, no pequeno município de Betânia do Piauí (PI), com 6 mil habitantes e que fica a 500 km da capital Teresina. Os quintais produtivos que elas citam são plantações de hortaliças que desafiam um passado de secas extremas, pobreza e fome. Veja no vídeo acima. É contraditório pensar que há tanta gente sem acesso a comida no Brasil, que é um grande produtor e exportador de alimentos. Mas esse sempre foi um cenário comum em lugares como Betânia. Em 2010, o município tinha o 3º pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Piauí, segundo a ONU, que ainda não atualizou o dado. Quem vive na região conta que políticas sociais melhoraram um pouco as condições de vida nos últimos 20 anos, mas muita gente ainda come menos do que deveria, e com pouca diversidade. ➡️ Este é o terceiro episódio da série "PF: prato do futuro", onde o g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil. Faz só 5 anos que Betânia começou a ter acesso a frutas, verduras e legumes frescos. E tudo por causa da iniciativa de um paulistano que foi parar na região em 2012, como voluntário. “Quando eu cheguei aqui, fiquei uns três anos sem comer alface, porque não se produzia”, conta José Carlos Brito, que lá virou o Zé da Água. Há 10 anos, ele fundou a ONG Instituto Novo Sertão em Betânia. Em 2019, criou um projeto de plantio de hortaliças orgânicas, sem agrotóxicos, e com pouco uso de água, chamado Quintais Produtivos. A iniciativa vem melhorando a alimentação e, de quebra, aumentando a renda de 45 famílias daquela cidade. A seguir, entenda como a agricultura familiar pode ajudar a acabar com a contradição de um país que produz muita comida e ainda lida com a fome. E quais são os desafios pela frente. Desertos alimentares Cerca de 25 milhões de brasileiros viviam em desertos alimentares entre 2023 e 2024, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social. Desses, 6,7 milhões tinham baixa renda ou estavam em situação de pobreza. O termo surgiu em 1995, na Escócia. Nesses desertos alimentares – que podem ser tanto urbanos como rurais – sacolões, hortifrutis, feiras e mercearias são raros ou não existem. No caso de Betânia do Piauí, o centro de produção de hortaliças mais próximo fica em outro estado, na cidade de Petrolina (PE), a 220 km de distância. O que verdura tem a ver com segurança alimentar? Segundo a ONU, insegurança alimentar é não ter acesso regular a alimentos seguros e nutritivos em uma quantidade suficiente para uma vida saudável, seja por falta de dinheiro ou de oferta. E isso inclui acesso a alimentos essenciais, como frutas, verduras, legumes, cereais e grãos. Veja Mais

Agrishow 2025: quais os prós e contras do consórcio rural diante de juros altos do financiamento

G1 Economia Menor custo financeiro e flexibilidade atraem produtores que precisam comprar máquinas em tempos de crédito rural restrito. Empresas oferecem condições especiais na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país, que acontece em Ribeirão Preto (SP). Público confere novidades tecnológicos para o campo na Agrishow em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Com juros elevados e dificuldades no acesso às linhas tradicionais de financiamento do Plano Safra, o produtor rural brasileiro vem buscando alternativas para viabilizar a renovação e expansão de sua frota de máquinas agrícolas. Nesse cenário, o consórcio desponta como uma opção estratégica, com crescimento expressivo no setor, e que promete ajudar a movimentar os quase R$ 15 bilhões em intenções de negócios projetados para a Agrishow, a maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece em Ribeirão Preto (SP) até sexta-feira (2). Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o agronegócio já representa cerca de 20% do volume total de crédito movimentado pelos consórcios no país, que ultrapassa R$ 50 bilhões anuais. No segmento de máquinas e equipamentos agrícolas, a modalidade já responde por 25% do mercado, consolidando-se como tendência para os próximos anos. Planejamento e paciência são as chaves para aproveitar os benefícios da modalidade. Para quem pode esperar o melhor momento da contemplação, o consórcio é, sem dúvida, uma alternativa cada vez mais relevante no campo. "O consórcio permite que o produtor invista sem comprometer o capital de custeio, sem ficar refém das oscilações do Plano Safra e, principalmente, economizando no custo total da operação", afirma Vittorio Primo, sócio-diretor da Primo Rossi Administradora de Consórcios. Mesa de negociação durante a Agrishow Leandro Carvalho/Sicredi Quais as vantagens do consórcio em relação ao financiamento? Em um momento em que os contratos de financiamento rural praticam juros que podem alcançar 18% ao ano — e podem ser ainda maiores dependendo da linha e do banco —, os consórcios são mais interessantes por não terem juros, mas sim uma taxa de administração diluída a longo prazo. "Em vez de pagar 14% ou mais ao ano, você paga algo em torno de 1,7% ao ano", explica Primo. Para efeito de comparação, no Consórcio Nacional Case IH, a taxa de administração gira em torno de 0,14% ao mês. Além do custo reduzido, o consórcio permite planejamento financeiro de longo prazo, com parcelas fixas e prazos que podem chegar a até 150 meses, como no caso do Consórcio Nacional Valtra. As parcelas, a partir de R$ 2.073,16, tornam o investimento mais acessível e alinhado ao fluxo de caixa do produtor. "Ele oferece uma previsibilidade que é essencial para o produtor rural, especialmente em tempos de incerteza no crédito e volatilidade no mercado", destaca Márcio Massani, diretor executivo comercial da Âncora Consórcios. LEIA TAMBÉM Agrishow: maior feira de tecnologia agrícola do país começa em meio a clima favorável na lavoura, mas com alta nos juros Alckmin diz que governo vai trabalhar para ampliar Plano Safra, mas precisa equalizar juros em alta Consórcio rural é uma opção em alta entre produtores rurais na Agrishow diante de elevação dos juros do financiamento. Divulgação/ Âncora Quando o consórcio é a melhor escolha? O consórcio é mais indicado para produtores que podem planejar a aquisição de máquinas e não necessitam do equipamento de forma imediata. "Se o produtor tiver tempo e puder esperar pela contemplação, seja por sorteio ou lance, o consórcio é uma escolha extremamente vantajosa", afirma Devanir Brisola, gerente de desenvolvimento de negócios do Sicredi PR/SP/RJ. Ele lembra que, em consórcios agrícolas, mais de 65% das cotas são contempladas em até 24 meses, o que reforça o caráter programado da aquisição. Para Wellington Silva, coordenador comercial agrícola da Yanmar, o consórcio é especialmente interessante para produtores de culturas perenes, como o café, e para aqueles com receita frequente, como em sistemas de agricultura intensiva. "O consórcio encaixa perfeitamente para quem já possui um parque de máquinas consolidado e busca uma renovação gradual, sem comprometer o fluxo financeiro", pontua. Além disso, em momentos de adversidades climáticas, como estiagens ou enchentes, o consórcio oferece maior flexibilidade para negociação de parcelas, uma vantagem em relação aos financiamentos tradicionais, que tendem a ser mais rígidos. Público confere novidades tecnológicos para o campo na Agrishow em Ribeirão Preto Érico Andrade/g1 Quando o consórcio não é a melhor opção? Apesar das inúmeras vantagens, o consórcio não é indicado para todos os perfis de produtores, principalmente para quem precisa do equipamento de forma imediata. "O financiamento, mesmo com juros mais altos, ainda é a solução mais rápida", alerta Brisola, do Sicredi. Márcio Massani complementa que perfis mais imediatistas, que valorizam a posse rápida da máquina, tendem a optar pelo financiamento bancário. Outro ponto importante é a análise de expectativa: quem não dispõe de capital para dar lances significativos pode demorar mais para ser contemplado, precisando ter disciplina e paciência. Tendências e crescimento do consórcio agrícola Os dados confirmam a força da modalidade: a Case IH registrou um crescimento de 10,9% nas vendas de cotas em 2024, mesmo em um ano de retração do setor. A Valtra, por sua vez, viu o número de novos consorciados crescer mais de 30% nos últimos cinco anos. “É uma opção confiável, que permite ao agricultor fazer um planejamento de investimento, sem comprometer o orçamento no longo prazo, já que esta modalidade não possui juros”, afirma Antonio Carvalho, diretor do Consórcio Nacional Valtra. A crescente adesão tem impulsionado ações promocionais e parcerias no setor. A Âncora Consórcios, por exemplo, atua em conjunto com a Yanmar para ampliar a oferta para tratores de pequeno e médio porte, facilitando o acesso a diferentes perfis de produtores. "Hoje, o consórcio é uma ferramenta não apenas de aquisição, mas também de diversificação de investimentos e alavancagem patrimonial", destaca Devanir Brisola. Agrishow apresenta tecnologias para o agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2025 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais

EUA devem assinar primeiro acordo comercial sobre tarifas até a próxima semana

G1 Economia Secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que entre 15 a 18 países estão em negociação com os EUA sobre o tarifaço de Trump. Índia deve ser um dos primeiros acordos a serem firmados. Trump faz comentários sobre tarifas na Casa Branca Carlos Barria/Reuters N Os Estados Unidos devem assinar o primeiro acordo comercial sobre as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, entre essa e a próxima semana, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, nesta segunda-feira (28). Bessent afirmou que entre 15 e 18 países já estão em negociações com os EUA, reiterando que muitas dos principais parceiros comerciais norte-americanos fizeram propostas "muito boas" para evitarem as tarifas. "Eu diria que a Índia será um dos primeiros acordos comerciais que assinaremos", disse Bessent à CNBC. O secretário do Tesouro norte-americano ainda reiterou que as tratativas com os parceiros comerciais asiáticos estão indo "muito bem", destacando que os EUA tiveram "negociações substanciais" com aliados japoneses. As falas de Bessent, no entanto, vão na direção contrária a posicionamentos recentes dados por líderes asiáticos. Mais cedo nesta segunda-feira (28), por exemplo, o principal negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, afirmou que o país continuará a exigir a remoção total das tarifas dos Estados Unidos em uma segunda rodada de negociações programada para esta semana. "Não há mudança em [nossa] posição", disse Akazawa a repórteres, acrescentando que o Japão não sacrificará seus produtos agrícolas em troca de automóveis nas negociações tarifárias com os Estados Unidos. Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Já um alto funcionário do governo sul-coreano descartou que Seul concordaria com um pacote comercial com Washington pelo menos até 3 de junho, quando o país realizará uma eleição presidencial antecipada. Na semana passada, os países concordaram em elaborar um pacote comercial com o objetivo de remover novas tarifas dos EUA antes que uma pausa nas tarifas recíprocas seja suspensa em 8 de julho, disse a delegação de Seul em Washington após suas primeiras negociações formais sobre tarifas na última quinta-feira. Analistas políticos observaram, no entanto, que pode ser difícil para a Coreia do Sul assumir qualquer compromisso firme em grandes projetos de energia e custos de defesa. É "teoricamente impossível" que os dois países decidam sobre um pacote comercial abrangente até o final de maio ou início de junho, disse Park Sung-taek, vice-ministro do Comércio, Indústria e Energia, aos repórteres. "Explicamos detalhadamente nossa situação política aos EUA durante nossas últimas conversas. Os EUA também entendem que a situação política especial da Coreia pode ser um fator limitante nas negociações." Já sobre a situação com a China, Bessent afirmou que há uma "relação complicada" entre as duas potências mundiais, reiterando que o governo norte-americano está em contato com o país asiático e que cabe a ele reduzir as tarifas. Nas últimas semanas, declarações conflitantes de líderes dos dois países aumentaram a confusão no comércio global sobre um possível acordo para cessar a guerra comercial. Na sexta-feira, por exemplo, em entrevista à Time Magazine, Trump afirmou que recebeu uma ligação do presidente da China, Xi Jinping, para falar sobre a guerra tarifária entre os países. A China, porém, negou que esteja conversando com o republicano e afirmou que os EUA deveriam "parar de criar confusão". O posicionamento do gigante asiático foi reforçado nesta segunda-feira (28), após o ministério das relações exteriores da China ter reafirmado que o presidente chinês não falou recentemente com Trump e reiterado que seus respectivos governos não estão tentando fechar um acordo tarifário. "Gostaria de reiterar que a China e os EUA não realizaram consultas ou negociações sobre a questão das tarifas", disse Guo Jiakun, porta-voz do ministério. "Se os EUA realmente quiserem resolver o problema por meio de diálogo e negociação, devem parar de ameaçar e chantagear [a China]", completou. Bessent, por sua vez, afirmou nesta segunda-feira que as recentes medidas da China de isentar certos produtos norte-americanos de suas tarifas retaliatórias mostraram que ela quer diminuir as tensões comerciais com os Estados Unidos, e disse que os EUA evitaram o aumento da tensão embargando esses produtos. Relação com o Brasil Apesar de, na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter citado o Brasil como um dos que "sobrevivem" e que "ficaram ricos" impondo tarifas sobre as importações norte-americanas, ainda não há sinalização de um acordo entre os dois países. Nesta segunda-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apesar de já existirem conversas dentro do governo para tratar sobre o tarifaço de Trump, o país precisa continuar com sua política de "manter seus canais de comércio abertos". "O Brasil mantém seus canais de comunicação para acordos com a China, com a União Europeia e com os Estados Unidos. E não é de agora", afirmou o ministro, em evento promovido pelo Banco Safra. *Com informações da agência de notícias Reuters. Veja Mais

Alckmin diz que governo vai trabalhar para ampliar Plano Safra, mas precisa equalizar juros em alta

G1 Economia Pacote que financia o agro brasileiro, que chegou a R$ 400 bilhões entre 2024 e 2025, deve ser anunciado apenas no meio do ano. Presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) na abertura da Agrishow 2025 Rogener Pavinski/g1 O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) disse neste domingo (27) que o governo federal pretende lançar um volume de crédito superior ao do ano passado no Plano Safra 2025/2026, mas que isso também vai demandar a aplicação de mais recursos para equalizar os juros, que estão em alta. A afirmação ocorreu durante a cerimônia oficial de abertura da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece esta semana em Ribeirão Preto (SP). O pacote do governo federal que financia as atividades agropecuárias do país só deve ser anunciado no meio do ano. Para o ciclo 2024/2025, foram destinados R$ 400,5 bilhões para a agricultura empresarial, quase 10% a mais do que no ciclo anterior, mas, devido a problemas na aprovação do orçamento federal, chegou a ser suspenso pela União, antes de ser retomado após uma medida provisória da União que remanejou. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Nós vamos trabalhar para ter o aumento do valor do Plano Safra e ele certamente vai exigir uma equalização maior em razão do aumento da taxa Selic", disse Alckmin. Durante a solenidade, também estiveram presentes os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), além de representantes do governo de São Paulo e do agronegócio brasileiro. Maior feira de tecnologia agrícola do país, a Agrishow abre ao público nesta segunda-feira (28) com expectativa de receber cerca de 200 mil pessoas até sexta-feira (2) e de movimentar R$ 15 bilhões em intenções de negócios para os próximos meses. Em sua 30ª edição, o evento reúne 800 expositores em uma área de 520 mil metros quadrados, o que equivale a mais de 50 campos de futebol. Agrishow: conheça a maior feira de tecnologia agrícola do país Taxa de juros em alta: 'que seja transitória' Atualmente, a taxa básica de juros da economia está em 14,25%, o que encarece o acesso ao crédito para quem procura linhas de financiamento nos bancos. Cenário que pode mudar, segundo o presidente em exercício, diante de fatores como a queda no câmbio. "O que é importante: que seja transitória essa taxa de juros alta, porque, na realidade, o dólar caiu, chegou a R$ 6,20, fechou a sexta-feira em R$ 5,70 praticamente, então caiu fortemente o dólar. Isso tinha empurrado a inflação também", afirmou. Durante a visita ao evento no interior de São Paulo, Alckmin também anunciou um pacote de R$ 80 bilhões pelo BNDES para investimentos na área de inovação, com uma taxa de 4% ao ano. Ele também destacou o programa "Combustível do Futuro", sancionado no ano passado com o objetivo de estimular o uso de fontes sustentáveis de energia, a redução de ICMS sobre o etanol e a possibilidade de a mistura dele na gasolina chegar a 35%. Atualmente, o combustível derivado da cana-de-açúcar e do milho representa 27% na composição, que deve subir para 30% após estudos apontarem a viabilidade de aumento. "Não tem nenhum lugar no mundo que tem 27% de álcool anidro na gasolina e a lei do Combustível do futuro possibilita em uma primeira etapa chegar a 30%. Os testes foram positivos nos motores pra gente poder chegar a 30%. O etanol está mais barato que a gasolina, então não tem nenhum aumento de preço, pode até ajudar a segurar um pouco, e depois a 35%." O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB), além de governadores de Minas Gerais e Goiás, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, participaram de cerimônia de abertura da Agrishow em Ribeirão Preto (SP)., Rogener Pavinski/g1 Safra recorde e expansão de mercados Alckmin também destacou o bom momento vivido pela agricultura brasileira, com uma safra recorde de grãos projetada para este ano e uma projeção de aumento nas vendas de máquinas e implementos agrícolas que pode superar a casa dos 8% até então anunciada pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). "Devemos ter este ano uma safra recorde. O clima está ajudando até agora. A Abimaq previa um crescimento de 8% na indústria de máquinas, mas tivemos no mês passado 24% de crescimento, então pode até ser revisto ese valor para mais alto ainda." O presidente em exercício também apontou o potencial de o Brasil abrir novos mercados, sobretudo após as tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. "A questão dos Estados Unidos não é boa pra ninguém. O ideal é a gente sempre promover multilateralismo e livre comércio com regras. Agora, ela vai abrir oportunidade para o agro brasileiro, o agro pode ter mais oportunidade ainda de exportação." Entrada da Agrishow, em Ribeirão Preto Rodolfo Tiengo/g1 Veja mais notícias da Agrishow 2025 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais

Insumos em alta e demanda aquecida: entenda por que preço do frango em abril atingiu maior patamar desde 2022

G1 Economia Esalq aponta que preço médio do frango vivo fechou em R$ 6,15 o quilo, com alta de 11% no mês. Produção deve alcançar crescimento de até 3% em 2025. Desvalorização da carne de frango está relacionada ao aumento do poder de compra da população na primeira quinzena de junho. Reprodução EPTV Em abril de 2025, o preço médio do frango vivo fechou em R$ 6,15 o quilo e alcançou o maior patamar já registrado desde 2022, com alta de 11% no mês termos reais, quando os valores são deflacionados pelo Índice Geral de Preços com disponibilidade interna (IGP-DI) de março. Os dados são do boletim mais atualizado do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), divulgado nesta sexta-feira (22). O poder de compra do produtor de frangos caiu diante das altas nas cotações dos principais insumos usamos produção de carne de frango, como o milho e Segundo análise de pesquisadores do Cepea, o cenário de demandas interna e externa aquecidas tem sustentado a valorização do animal. "Além disso, os patamares elevados do milho, mesmo com os recentes recuos, pressionam agentes a repassar parte do aumento nos custos de produção aos preços do vivo", observa o Centro, em análise publicada. 'Compra do Mês': em um mês, preço do frango varia em 3,22% Em São Paulo, a alta nas cotações do frango combinada às desvalorizações dos principais insumos da atividade avícola (milho e farelo de soja) impulsionaram o poder de compra do avicultor paulista frente a esses componentes em abril pelo segundo mês consecutivo, ainda conforme levantamentos do Cepea. Poder de compra em queda O poder de compra do avicultor paulista vem caindo frente ao farelo de soja nesta parcial de abril, chegando ao menor patamar dos últimos três meses. Em relação ao milho, o desempenho se mostra estável. Segundo levantamentos do Cepea, os preços dos ovos e do cereal recuaram na mesma intensidade comparando-se as médias de abril com as de março, enquanto os valores do derivado de soja registraram baixa mais leve. Em Bastos (SP), as cotações do ovo branco tipo extra, a retirar na granja (FOB), caíram 5% em relação a março, com a caixa de 30 dúzias passando de R$ 203,01 para R$ 192,79 nesta parcial do mês. Para o produto vermelho, o recuo foi de 4,9%, com a caixa de 30 dúzias comercializada atualmente a R$ 220,20, em média. De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que as quedas estão atreladas à lentidão nas vendas. Veja Mais

As 5 vantagens da China na guerra comercial com Trump e os EUA

G1 Economia De terras raras a bilhões em títulos do Tesouro dos EUA, eis o que a China tem em seu arsenal para combater as tarifas de Trump. Não vai ser fácil para Washington encurralar Pequim na guerra comercial Getty Images via BBC A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo está a todo vapor. As exportações chinesas para os Estados Unidos estão sujeitas a tarifas de até 245%, e Pequim respondeu com uma taxa de 125% sobre as importações americanas. Os consumidores, as empresas e os mercados estão se preparando para mais incertezas, à medida que os temores de uma recessão global aumentam. O governo do presidente da China, Xi Jinping, afirmou várias vezes que está aberto ao diálogo, mas advertiu que, se necessário, "vai lutar até o fim". Veja a seguir o que Pequim tem em seu arsenal para combater as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump. LEIA TAMBÉM Com tarifaço, Brasil pode ser grande destino de produtos chineses, mas precisará de preparo China afirma que vai retaliar países que priorizarem acordos comerciais com os EUA em prejuízo de seus interesses 'Futuro do século XXI será determinado pela parceria entre EUA e Índia', diz vice de Trump A China pode suportar o golpe (até certo ponto) Diferentemente de Trump, Xi não vai ser avaliado pelo povo chinês em uma eleição Getty Images via BBC A China é a segunda maior economia do mundo, o que significa que ela pode absorver os impactos das tarifas melhor do que outros países menores. Com mais de um bilhão de habitantes, também tem um mercado interno enorme que poderia aliviar parte da pressão sobre os exportadores que estão sofrendo com as tarifas. Pequim ainda está tentando impulsionar este mercado porque os chineses não estão gastando o suficiente. Mas com uma série de incentivos, desde subsídios para eletrodomésticos até "trens prateados" para turistas aposentados, isso pode mudar. E as tarifas de Trump deram ao Partido Comunista Chinês um ímpeto ainda maior para alavancar o potencial de consumo do país. A liderança pode "muito bem estar disposta a suportar a dor para evitar capitular ao que eles acreditam ser uma agressão dos EUA", afirmou Mary Lovely, especialista em relações comerciais entre EUA e China do Instituto Peterson, em Washington DC, em entrevista ao programa Newshour, da BBC, no início deste mês. Trump afirma que tarifas sobre produtos da China vão diminuir substancialmente Como um regime autoritário, a China também tem um limiar mais alto para a dor, pois está muito menos preocupada com a opinião pública no curto prazo. Não há eleições próximas que vão julgar seus líderes. Ainda assim, a agitação popular é uma preocupação, especialmente porque já existe descontentamento em relação à crise imobiliária em andamento e à perda de empregos. A incerteza econômica em relação às tarifas é mais um golpe para os jovens que só conheceram a China em ascensão. O Partido tem apelado aos sentimentos nacionalistas para justificar suas tarifas retaliatórias, com a mídia estatal convocando as pessoas a "enfrentarem juntas a tempestade". O presidente Xi Jinping pode estar preocupado, mas, até o momento, Pequim tem adotado um tom desafiador e confiante. Uma autoridade garantiu ao país: "O céu não vai cair". A China tem investido no futuro A China tem apostado em setores emergentes, desde veículos elétricos até inteligência artificial Getty Images via BBC A China sempre foi conhecida como a fábrica do mundo — mas tem investido bilhões para se tornar uma fábrica muito mais avançada. Sob o comando de Xi, o país disputa uma corrida com os EUA pelo domínio da tecnologia. A China investiu fortemente em tecnologia nacional, desde na área de energia renovável até no setor de chips e inteligência artificial. Os exemplos incluem o chatbot DeepSeek, que foi celebrado como um forte concorrente do ChatGPT, e a BYD, que superou a Tesla no ano passado, e se tornou a maior fabricante de veículos elétricos do mundo. E a Apple vem perdendo sua preciosa participação de mercado para concorrentes locais, como a Huawei e a Vivo. LEIA TAMBÉM 'Olho de Deus': inteligência artificial da DeepSeek chegará a 21 carros da BYD Por que DeepSeek impressionou: 'Fizeram de forma totalmente diferente da maioria das empresas de tecnologia' BYD quer dobrar vendas no exterior em 2025; marca já figura entre as 10 mais vendidas do mundo Recentemente, Pequim anunciou planos de gastar mais de US$ 1 trilhão na próxima década para apoiar a inovação em inteligência artificial. As empresas americanas tentaram transferir suas cadeias de suprimentos para fora da China, mas tiveram dificuldades de encontrar a mesma escala de infraestrutura e mão de obra qualificada em outros lugares. Os fabricantes chineses, em todas as etapas da cadeia de suprimentos, deram ao país uma vantagem de décadas que vai levar tempo para ser replicada. Essa expertise incomparável na cadeia de suprimentos e o apoio do governo fizeram da China um forte adversário nesta guerra comercial — de certa forma, Pequim vem se preparando para isso desde o mandato anterior de Trump. Lições de Trump 1.0 Xi (ao centro) realizou recentemente uma viagem diplomática ao Sudeste Asiático para fortalecer o relacionamento com seus principais parceiros comerciais Getty Images via BBC Desde que as tarifas de Trump atingiram os painéis solares chineses em 2018, Pequim acelerou seus planos para um futuro além de uma ordem mundial liderada pelos EUA. O país investiu bilhões em um controverso programa de comércio e infraestrutura, mais conhecido como iniciativa "Cinturão e Rota", ou "Nova Rota da Seda", para fortalecer os laços com o chamado Sul Global. A expansão do comércio com o Sudeste Asiático, a América Latina e a África surge no momento em que a China tenta se desvencilhar dos EUA. Os agricultores americanos já forneceram 40% das importações de soja da China — esse percentual agora gira em torno de 20%. Após a última guerra comercial, Pequim aumentou o cultivo de soja no país, e comprou volumes recordes da safra do Brasil, que agora é seu maior fornecedor de soja. "A tática mata dois coelhos com uma cajadada só. Ela priva o cinturão agrícola dos EUA de um mercado que já foi cativo, e enaltece as credenciais de segurança alimentar da China", diz Marina Yue Zhang, professora do Instituto de Relações entre Austrália e China da Universidade de Tecnologia de Sydney. Os EUA não são mais o maior mercado de exportação da China: este posto pertence agora ao Sudeste Asiático. Na verdade, a China foi o maior parceiro comercial de 60 países em 2023 — quase o dobro dos EUA. Maior exportador do mundo, o país asiático registrou um superávit recorde de US$ 1 trilhão no fim de 2024. Isso não significa que os EUA, a maior economia do mundo, não seja um parceiro comercial crucial para a China. Mas significa que não vai ser fácil para Washington encurralar a China. Após relatos de que a Casa Branca vai usar negociações comerciais bilaterais para isolar a China, Pequim alertou os países contra "chegar a um acordo às custas dos interesses da China". Esta seria uma escolha impossível para grande parte do mundo. "Não podemos escolher, e nunca vamos escolher [entre a China e os EUA]", afirmou o ministro do Comércio da Malásia, Tengku Zafrul Aziz, à BBC na semana passada. A China agora sabe quando Trump vai ceder O mercado de títulos do Tesouro dos EUA sofreu uma forte queda quando Trump anunciou tarifas elevadas para a maioria dos países Getty Images via BBC Trump se manteve firme enquanto os mercados de ações despencavam após o anúncio de suas tarifas abrangentes no início de abril, comparando suas taxas exorbitantes a um "remédio". Mas ele deu meia-volta, suspendendo a maior parte destas tarifas por 90 dias, após uma forte queda nos títulos do Tesouro dos EUA. Estes títulos são vistos há muito tempo como um investimento seguro. Mas a guerra comercial abalou a confiança nos ativos. ENTENDA: O que são as Treasuries e como Trump está ameaçando o status de ‘investimento mais seguro do mundo’ Desde então, Trump sugeriu uma redução nas tensões comerciais com a China, dizendo que as tarifas sobre os produtos chineses "vão cair substancialmente, mas não serão zero". Por isso, segundo especialistas, Pequim agora sabe que o mercado de títulos pode abalar Trump. A China também detém US$ 700 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA. O Japão, um ferrenho aliado americano, é o único detentor não americano de títulos a possuir mais do que isso. Alguns argumentam que isso oferece a Pequim uma vantagem: a mídia chinesa regularmente levanta a ideia de vender ou segurar a compra de títulos dos EUA como uma "arma". Mas os especialistas alertam que a China não vai sair ilesa de uma situação como essa. Isso vai levar a enormes perdas para os investimentos de Pequim no mercado de títulos, e desestabilizar o yuan chinês. A China só vai conseguir exercer pressão com os títulos do Tesouro americano "até certo ponto", avalia Zhang. "A China tem uma moeda de troca, não uma arma financeira". Controle sobre terras raras Os metais de terras raras são cruciais para a fabricação de semicondutores Getty Images via BBC O que a China pode usar como arma, no entanto, é seu quase monopólio na extração e no refino de terras raras, uma série de elementos importantes para a fabricação de tecnologia avançada. O país asiático possui enormes reservas destes minérios, como o disprósio, que é usado em ímãs de veículos elétricos e turbinas eólicas, e o ítrio, que fornece revestimento resistente ao calor para motores de jatos. Pequim já respondeu às últimas tarifas de Trump restringindo as exportações de sete metais de terras raras, incluindo alguns que são essenciais para a fabricação de chips de inteligência artificial. A China é responsável por cerca de 61% da produção de terras raras, e 92% do seu refino, de acordo com estimativas da Agência Internacional de Energia. Embora a Austrália, o Japão e o Vietnã tenham iniciado a mineração de terras raras, vai levar anos até que a China possa ser excluída da cadeia de suprimentos. Em 2024, a China proibiu a exportação de outro minério essencial, o antimônio, que é crucial para vários processos de fabricação. Seu preço mais do que dobrou em meio a uma onda de compras motivadas por pânico e uma busca por fornecedores alternativos. O receio é que o mesmo possa acontecer com o mercado de terras raras, o que prejudicaria gravemente várias indústrias, desde veículos elétricos até defesa. "Tudo o que você pode ligar ou desligar provavelmente funciona com terras raras", afirmou Thomas Kruemmer, diretor da Ginger International Trade and Investment, anteriormente à BBC. "O impacto sobre a indústria de defesa dos EUA vai ser significativo." Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.856: prêmio acumula e vai a R$ 8 milhões

G1 Economia Sorteio teve 50 apostas que acertaram na quina, e cada uma vai levar R$ 38.163,34. Mega-Sena Marcelo Brandt/Arquivo g1 O sorteio do concurso 2.856 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (12), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 8 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 03 – 05 – 10 – 27 – 38 – 48. 5 acertos - 50 apostas ganhadoras: R$ 38.163,34 4 acertos - 4.216 apostas ganhadoras: R$ 646,57 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (29). Concurso 2.856 da Mega-Sena Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio A Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Com presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, abertura da safra mineira de cana-de-açúcar em Uberaba discute aumento da mistura de etanol na gasolina

G1 Economia Evento ocorreu nesta sexta-feira (28) na Fazenda Santa Vitória. De acordo com a CMAA, até o momento, 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar já foram moídas, 735 mil toneladas de açúcar produzidos, 440,8 mil metros cúbicos de etanol gerados e 402 mil MW/h de energia produzida. Uberaba lança safra 2025/26 de açúcar e etanol, mantendo liderança nacional Com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), em parceria com o Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool no Estado de Minas Gerais (Siamig Bioenergia), realizou a 8ª Abertura da Safra Mineira de Açúcar e Etanol. O evento ocorreu na Fazenda Santa Vitória, em Uberaba, marcando o início do ciclo de produção sucroenergética 2025/2026. De acordo com a CMAA, até o momento, 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar foram moídas, 735 mil toneladas de açúcar produzidos, 440,8 mil metros cúbicos de etanol gerados e 402 mil MW/h de energia produzida. O evento é promovido também pela Associação da Indústria Sucroalcooleira de Minas Gerais e pelo Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado de Minas Gerais. Além disso, comemora os 50 anos do Proálcool, programa que revolucionou o mercado de energias renováveis no Brasil e se tornou exemplo para o mundo. Como é tradição, o evento recebeu autoridades federais, estaduais e municipais, senadores, deputados federais e estaduais, além de empresários do setor de bioenergia de todo o país. Veja Mais

Google retoma ferramenta de cotação do dólar 4 meses após erros e suspensão

G1 Economia Plataforma foi retirada do ar em dezembro, depois que buscas passaram a apresentar valores errados. Na ocasião, a AGU pediu informações ao Banco Central para apurar o caso. Google retoma ferramenta de cotação do dólar. Reprodução O Google reativou nesta quinta-feira (24) sua ferramenta de cotação do dólar e outras moedas. O recurso havia sido suspenso em dezembro, após casos em que a plataforma mostrou o valor errado de negociação da moeda norte-americana. Em nota, o Google afirmou que o recurso "está voltando a ficar disponível" depois de "ajustes significativos e salvaguardas adicionais, incluindo o bloqueio de atualizações de dados de conversão aos finais de semana e feriados e a exibição da fonte dos dados.” “O Google está comprometido em oferecer informações precisas e confiáveis. Em dezembro do ano passado, removemos da Busca o nosso painel de conversão de moedas para o Real por conta de dificuldades com nosso provedor de dados terceirizado", acrescentou a empresa. Relembre o caso A companhia suspendeu sua ferramenta de cotação do dólar no dia 26 de dezembro, após a plataforma apresentar, um dia antes, o valor errado da moeda. O recurso do Google informou que o valor de negociação da moeda norte-americana estava em R$ 6,36 no dia 25 de dezembro, data em que os mercados ficaram fechados para negociação por conta do feriado do Natal. Porém, a moeda havia encerrado a R$ 6,18 no último dia de negociações antes do feriado. Com isso, a ferramenta apresentou uma cotação R$ 0,18 mais alta em relação ao dado correto. O erro levou a Advocacia-Geral da União (AGU) a pedir informações ao Banco Central do Brasil (BC) para que pudesse basear a apuração sobre as informações erradas. AGU envia ofício ao Google sobre erro no dólar Outros erros Esse não tinha sido o primeiro registro de equívoco na plataforma. No início de novembro, o Google já havia mostrado o valor errado da moeda norte-americana em relação ao real, indicando que a divisa estaria em R$ 6,17 — quando, na verdade, havia encerrado em R$ 5,67. À época, o Google afirmou ao g1 que os recursos de busca, como o de câmbio, são baseados em dados de terceiros. "Em caso de imprecisões, nós removemos as informações da busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível", disse. Os erros ocorreram em um momento em que o dólar disparou e atingiu valores recordes. O movimento foi consequência, principalmente, da insatisfação do mercado financeiro com o pacote de cortes de gastos detalhado em novembro pelo governo federal, além do anúncio da proposta do governo de isenção do Imposto de Renda (IR). Diante da preocupação dos investidores com o quadro fiscal brasileiro, a moeda disparou e chegou a R$ 6,26 em 18 de dezembro, dias depois de alcançar pela primeira vez a marca de R$ 6. Veja Mais

China avalia isenção de tarifas em produtos médicos e químicos dos EUA, diz jornal

G1 Economia Entre os itens isentos, estariam equipamentos médicos e substâncias químicas industriais, como o etano. O país ainda estaria interessado em saber quais produtos chineses os EUA não encontram em outro lugar. Bandeiras dos EUA e da China tremulam em Pequim Tingshu Wang/Reuters A China considera suspender suas tarifas de 125% sobre algumas importações dos Estados Unidos. A informação foi publicada na Bloomberg News nesta quinta-feira (24). A reportagem aponta que os produtos incluem equipamentos médicos e substâncias químicas industriais, como o etano. Já segundo a Reuters, o governo chinês tem perguntado aos membros da Câmara Americana de Comércio na China quais produtos eles importam dos EUA que não conseguem encontrar em nenhum outro lugar, disse o presidente da câmara nesta sexta-feira (25). "É bom ver que ambos os lados estão revisando as tarifas, e parece que estão começando a elaborar listas de exclusões para categorias específicas", afirmou Michael Hart, presidente da AmCham China, durante uma coletiva de imprensa. Ainda nesta quinta (24), o governo chinês negou nesta quinta-feira (24) que existam negociações comerciais em curso entre o país e os Estados Unidos. A declaração foi feita após o presidente Donald Trump sugerir que há um diálogo aberto e se dizer otimista com a possibilidade de um acordo entre as duas maiores economias do mundo, para resolver o problema da guerra tarifária. "Como departamento competente na área de relações econômicas e comerciais com o exterior, gostaria de destacar que atualmente não há negociações econômicas, nem comerciais, entre a China e os EUA", declarou o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yadong, em uma entrevista coletiva. LEIA TAMBÉM Com tarifaço, Brasil pode ser grande destino de produtos chineses, mas precisará de preparo O que são as Treasuries e como Trump está ameaçando o status de ‘investimento mais seguro do mundo’ 'É ingenuidade pensar que podemos substituir produtos americanos por chineses', diz primeiro-ministro francês A "guerra" entre China e EUA foi desencadeada pelas novas tarifas anunciadas por Trump sobre os produtos chineses, que podem alcançar 245% em alguns casos. Pequim respondeu com novas tarifas de 125% sobre as importações dos EUA. A disputa comercial — que, segundo Trump, é uma retaliação por práticas comerciais injustas — abalou os mercados e aumentou os temores de uma recessão global. O porta-voz do ministério chinês afirmou que "qualquer declaração sobre o progresso das negociações econômicas e comerciais entre China e EUA carece de fundamento e base factual". "A China pede que os EUA corrijam suas práticas equivocadas, mostrem a sinceridade necessária para as conversações (e) retornem ao caminho correto do diálogo e consulta em condições de igualdade", acrescentou. Trump declarou na quarta-feira à imprensa que seu país buscaria um "acordo justo com a China". Questionado se havia iniciado conversas com Pequim, o republicano respondeu: "Tudo está ativo". Nesta semana, o governo americano voltou a falar sobre o assunto. Na terça-feira (22), Trump disse que um acordo com o gigante asiático poderia "reduzir substancialmente" as tarifas impostas pelos EUA sobre a China e indicou que o acordo final não ficará "nem perto" das taxas atuais. Ele acrescentou, no entanto, que "não será zero". Depois, na quarta (23), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que não haverá redução unilateral nas tarifas dos EUA sobre produtos importados da China. "A China precisa fazer um acordo com os EUA. Estamos otimistas de que isso acontecerá. E, quando acontecer, caberá ao presidente [Donald Trump] decidir qual será a taxa tarifária sobre a China", disse Leavitt, em entrevista à Fox News. "Mas, certamente, precisamos ver uma redução nas tarifas, inclusive nas tarifas não monetárias", acrescentou a porta-voz do governo, ao destacar que os EUA precisam "continuar observando" empresas estrangeiras "trazerem sua produção de volta" para o país. Trump afirma que tarifas sobre produtos da China vão diminuir substancialmente Entenda a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou neste mês, após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas pelo presidente americano, Donald Trump. No dia 2 de abril, Trump detalhou a tabela das tarifas, que vão de 10% a 50% e serão cobradas sobre mais de 180 países. A China foi um dos países que foi tarifado — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, na sexta (4), tarifas extras de também 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar a resposta, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 13h (horário de Brasília) de terça-feira (8) ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses. O presidente americano disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas. A resposta chinesa veio na manhã de quarta-feira (9): o governo elevou as tarifas sobre os EUA de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países que foram taxados com tarifas que variam de 10% a 50%. Essa pausa é, na verdade, uma redução de todas as tarifas para 10% por um prazo de 90 dias. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida — e continuam valendo. A exceção, porém, foi a China. Trump anunciou mais uma vez a elevação de tarifas sobre os produtos chineses, para 125%. Na quinta (10), a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa tarifa total de 145% — que ainda pode chegar a 245% em alguns casos, a depender do produto importado. Como resposta, na sexta-feira (11), os chineses elevaram as tarifas sobre os americanos para 125%. Desde então, o governo Trump já sinalizou várias vezes estar otimista com a possibilidade de um acordo entre os países, o que nunca foi confirmado pela China. 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Mega-Sena, concurso 2.855: bolão de SC leva sozinho prêmio de R$ 25,2 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 12 - 16 - 24 - 31 - 51 - 55. A quina teve 60 apostas vencedoras que levaram mais de R$ 50.815,78 cada. Mega-Sena Marcelo Brandt/Arquivo g1 O sorteio do concurso 2.855 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (24), em São Paulo. Um bolão de Balneário Gaivota (SC) acertou as seis dezenas e vai levar sozinho o prêmio de R$ 25.245.913,24. Os ganhadores fizeram um bolão de nove cotas, com aposta em sete números. O jogo foi feito presencialmente, em uma lotérica da cidade catarinense. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 12 - 16 - 24 - 31 - 51 - 55. Confira o resultado completo da Mega-Sena: 6 acertos - 1 aposta ganhadora, R$ 25.245.913,24. 5 acertos - 60 apostas ganhadoras, R$ 50.815,78. 4 acertos - 3.694 apostas ganhadoras, R$ 1.179,11. O próximo sorteio da Mega será no sábado (26). Concurso 2.855 da Mega-Sena Caixa / Reprodução Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio A Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Fraude no INSS: operação apreendeu Ferrari, relógios de luxo e obras de arte; veja lista

G1 Economia Carros de luxo, joias e dinheiro em espécie estão na relação de bens. Mandados de busca, apreensão e de prisão ocorreram em diferentes regiões do Brasil. Investigação aponta desvios em recursos de aposentados e pensionistas. A operação realizada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) contra fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apreendeu nesta quarta-feira (23) diversos itens de valor, entre eles dinheiro em espécie e carros de luxo, como uma Ferrari (veja lista abaixo). As apreensões ocorreram em diferentes estados, entre eles São Paulo, Paraná e Ceará. Os mandados de busca, apreensão e de prisão foram realizados em 13 estados e no Distrito Federal. Ao menos 11 entidades associativas são suspeitas de realizar esses descontos indevidos a partir de recursos de aposentados e pensionistas ao longo de anos. Fraude no INSS: como descobrir se você foi uma vítima Durante a operação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo e, em seguida, demitido do cargo. Além dele, outros cinco servidores públicos foram alvo de medidas judiciais e outras seis pessoas foram presas até a última atualização desta reportagem. Segundo as investigações, os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, conforme as estimativas. Entre os itens apreendidos estão: carros de luxo dinheiro em espécie joias relógios de luxo quadros Segundo a Polícia Federal, os valores totais e a quantidade exata ainda estão em levantamento. Abaixo, você confere fotos de alguns itens apreendidos: Carros de luxo Carro de luxo apreendido pela PF Polícia Federal Carro de luxo apreendido pela PF Polícia Federal Esses dois carros de luxo foram apreendidos na operação realizada no Ceará. Dinheiro Dinheiro em espécie apreendido em operação da Polícia Federal. Polícia Federal Essa quantia foi apreendida durante a operação em São Paulo. Quadros Quadro apreendido pela Polícia Federal Polícia Federal Quadro apreendido pela Polícia Federal Polícia Federal Quadro apreendido pela Polícia Federal Polícia Federal Esses quadros foram apreendidos na operação realizada em São Paulo. Joias Joias e dinheiro apreendidos em operação da Polícia Federal. Polícia Federal Essas joias foram apreendidas na operação de São Paulo. Também foi encontrado dinheiro em espécie, em real e moeda estrangeira. Relógios de luxo Relógios apreendidos em operação da PF Polícia Federal Relógios apreendidos em operação da PF Polícia Federal Esses primeiros relógios foram apreendidos na operação de São Paulo. Relógios apreendidos em operação da PF Polícia Federal Essa caixa de relógio foi apreendida na operação do Paraná. Detalhamento das apreensões Durante entrevista na quarta (23), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, comentou sobre as apreensões de bens dos investigados. “Cito o exemplo de um único alvo onde foram apreendidos vários carros, Ferrari, Rolls-Royce, avaliados em mais de R$ 15 milhões. Em um único alvo”, destacou Rodrigues. De acordo com ele, também foi apreendida grande quantia em dinheiro vivo, entre dólares, euros e reais. “Isso por si só aponta a gravidade daquilo que estamos falando e o tiro certo que demos nessa investigação”, avaliou o diretor-geral da PF. Rodrigues afirmou ainda que a investigação já permitiu à PF identificar “alguns operadores financeiros e algumas pessoas jurídicas e físicas destinatárias dos valores” desviados com a fraude. Nesta reportagem você também vai saber: Como funcionava o esquema Quem são os servidores afastados Seis pessoas foram presas O que mais a investigação descobriu Como saber se tive valores descontados? Como excluir cobrança indevida? Como funcionava o esquema Segundo as investigações, na prática, as associações ofereciam serviços como desconto em academias e planos de saúde, mas não tinham estrutura para tal. Dessa forma, cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles. Em muitos dos casos, as associações falsificavam a assinatura dos beneficiários do INSS. Veja quem são os servidores afastados do INSS por determinação da Justiça Reprodução/JH Voltar ao início Quem são os servidores afastados Stefanutto, o presidente demitido do INSS, é servidor de carreira desde 2000 e, até pouco tempo, era filiado ao PSB. Atualmente, está filiado ao PDT, de Carlos Lupi, responsável por sua indicação ao cargo. Os outros cinco afastados cautelarmente pela Justiça foram: o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho; o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker; o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos; o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jacimar Fonseca da Silva; o sexto colaborava com as fraudes e não teve o nome divulgado. Voltar ao início Seis pessoas foram presas A operação desta quarta cumpriu 211 mandados de busca e apreensão em 34 municípios. Cinco pessoas foram presas na quarta pela manhã e uma estava foragida, mas, segundo interlocutores, ela foi presa na noite do mesmo dia. Todos investigados são de entidades associativas de Sergipe. Há também ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão. Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foram apreendidos carros de luxo, joias, obras de arte e dinheiro vivo. Operação da Polícia Federal em vários estados brasileiros contra fraudes no INSS. Polícia Federal Voltar ao início O que mais a investigação descobriu As irregularidades estão relacionadas a mensalidades cobradas por associações sobre os benefícios do INSS. Os descontos eram feitos como se os beneficiários tivessem concordado em se associar, o que não aconteceu. Segundo o ministro da CGU, essas entidades supostamente prestavam serviços como assistência jurídica e ofereciam descontos em academias e planos de saúde. As apurações mostraram que "as entidades não tinham estrutura operacional para prestar o serviço que era oferecido", explicou Carvalho. Além dos casos em que houve falsificação de assinaturas, 70% das 29 entidades analisadas não tinham entregado ao INSS a documentação completa para fazer os descontos nos benefícios. As associações formalizam Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS para realizar descontos mensais na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. Mas, para isso, precisam de autorização expressa dos beneficiários do INSS. No entanto, a investigação verificou a ausência de verificação rigorosa dessas autorizações e a possibilidade de falsificação de documentos de filiação e autorização. Uma das entidades é o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), que tem como vice-presidente o irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico. Em nota, o Sindnapi afirmou que apoia as investigações contra descontos indevidos e que "é uma entidade séria, transparente e responsável." "Atuamos sempre com autorizações formais, em conformidade com as normas do INSS", conclui a manifestação. A investigação começou em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Em 2024, após a CGU encontrar indícios de crimes, a Polícia Federal foi acionada. Segundo Lewandowski, a PF abriu 12 inquéritos para investigar as fraudes. Voltar ao início Como saber se tive valores descontados? Para descobrir se houve descontos indevidos, o aposentado ou pensionista deve consultar o extrato do INSS. No documento, estão todas as retiradas, tanto de crédito consignado como de mensalidades associativas. Veja o passo a passo: Acesse o app ou site Meu INSS Faça login com CPF e senha do Gov.br Clique em "Extrato de benefício" Em seguida, clique sobre o número do benefício Na próxima tela, irá aparecer o extrato Basta, então, verificar descontos de mensalidades associativas Como excluir cobrança indevida? O aposentado ou pensionista que não reconhecer um desconto em seu benefício pode requerer o serviço "excluir mensalidade associativa" pelo aplicativo, no site do Meu INSS ou pela central 135. Veja Mais

PIX por aproximação: BC quer padronizar e ampliar modalidade em maio

G1 Economia Em maio, será padronizado o chamado "protocolo de comunicação" entre os dispositivos do pagador e do recebedor. E, também, será feita a inclusão desse novo tipo de iniciação no regulamento do PIX. O diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, Renato Gomes, informou nesta quinta-feira (24) que a instituição buscará facilitar a ampliar a utilização do PIX por aproximação em maio deste ano. Veja Mais

Dólar opera em baixa, com mercado ainda atento aos desdobramentos do tarifaço de Trump; Ibovespa sobe

G1 Economia No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,16%, cotada a R$ 5,7184. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 1,34%, aos 132.216 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar abriu em baixa, nesta quinta-feira (24), em mais um pregão marcado pelas reações do mercado aos desdobramentos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da guerra tarifária entre o país e a China. Dados divulgados nesta quarta (23) nos EUA mostram que o país já começou a sentir os efeitos do aumento das tarifas sobre os produtos importados. O Livro Bege, relatório produzido e divulgado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), revelam que, enquanto as empresas e população americanas buscam se adaptar e proteger do tarifaço, os preços de alguns produtos e serviços estão subindo e a atividade dá sinais de desaceleração. Um período de desaceleração na maior economia do mundo é visto de forma negativa por investidores do mundo inteiro, porque pode gerar um impacto em outros países, tendo em vista que os EUA são um importante parceiro comercial de diversas nações. Além disso, a guerra tarifária com a China segue no radar. Na quarta, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que não haverá redução unilateral nas tarifas dos EUA sobre produtos importados da China. Mas o governo Trump segue sinalizando que está otimista com a possibilidade de chegar a um acordo com Pequim. Nesta quinta, no entanto, o governo chinês negou que existam negociações comerciais em curso entre o país e os EUA. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, B3, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Veja Mais

Bets: Governo amplia lista de eSports e games liberados para aposta online e inclui jogos de tiro

G1 Economia Portaria do Ministério do Esporte amplia tipos de modalidades aptas para apostas de quota fixa, as bets. Alteração inclui jogos como Counter Strike, Valorant e Fortnite, não considerados "virtual sports" pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Bets ilegais: governo obriga bancos a denunciar contas suspeitas O governo federal ampliou a lista e e-Sports e games online liberados para apostas online. A mudança foi oficializada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na noite desta quarta-feira (23) e confirmada ao g1 pelo ministro do Esporte, André Fufuca (PP). Em portaria, o Ministério do Esporte alterou a lei (nº 14.790/2023) que determina quais tipos de jogos online são aptos às apostas de quota fixa, aquelas feitas nas chamadas bets. Tem uma sugestão de reportagem? Fale com o g1 O texto do governo federal autoriza as apostas online para torneios de eSports que tenham "licença ou autorização por parte dos desenvolvedores" ou donos das "propriedades intelectuais dos jogos". Antes, o governo considerava aptos somente aqueles eSports reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o que excluía jogos de tiro, como Counter Strike, Valorant e Fortnite. Imagem do jogo 'Fortnite' Epic Games/Divulgação Alguns dos games considerados eSports pelo COI estão baseball, xadrez, ciclismo, Just Dance (jogo de dança), motor sport (automobilismo), tiro ao alvo, tênis, entre outros. O COI já havia excluído jogos de tiro das modalidades incluídas nos Jogos Olímpicos de Esports. Diretor de esportes virtuais e games do Comitê, Vincent Pereira já declarou, ao se referir a estes games, que "não podemos ter esses jogos promovendo os valores olímpicos". Leia mais: Vício em 'bets' e jogos de aposta online afetam famílias, mercado de trabalho e economia Bets ilegais: governo obriga bancos a denunciar contas suspeitas após bloquear 11 mil sites Governo deu ordem para derrubar 11 mil sites de aposta irregulares, diz Fazenda O Fortnite, jogo de tiro no modo sobrevivência, foi incluído na Semana de Esports Olímpicos de 2023, mas foi disputado em um formato de tiro esportivo e não em seu modelo tradicional. Dados do Banco Central apontam que os brasileiros gastam de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões, por mês, com apostas online, as bets. Apostas online ⚠️ A Lei 13.756 de dezembro de 2018 foi a que instituiu, no país, a modalidade de apostas de quota fixa, determinado que essas são as "apostas relativas a eventos reais ou virtuais em que é definido, no momento de efetivação da aposta, quanto o apostador pode ganhar em caso de acerto do prognóstico". O presidente Lula sancionou a lei que regulamenta o mercado de apostas esportivas online no Brasil em 31 de dezembro de 2023. Desde dezembro do ano passado, o governo regulamentou a atuação das bets no país desde dezembro de 2024. Foram liberadas para atuar no país mais de uma centena de casas de apostas - sob outorga de R$ 30 milhões para funcionar regularmente. Somente podem explorar as apostas esportivas as empresas constituídas segundo a legislação brasileira, com sede e administração no território nacional. Pela lei sancionada, menores de 18 anos não poderão fazer apostas. Também é vedada a participação de: proprietários e pessoas que trabalham em empresas de apostas; agentes públicos ligados à regulamentação e à fiscalização do mercado de apostas; pessoas que tenham acesso ao sistema informatizado de apostas pessoas que tenham ou possam ter influência sobre o resultado de jogos, como dirigentes esportivos, árbitros e atletas pessoas diagnosticadas com ludopatia, que é a compulsão por jogos de azar. Veja Mais

'Café fake' apreendido em operação é feito de 'lixo' da lavoura e não tem café, diz ministério

G1 Economia Produtos foram encontrados no mês de fevereiro, em operação realizada pelo Ministério da Agricultura nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná. As marcas, que não tiveram os nomes divulgados, já foram recolhidas dos supermercados. Matéria-prima apreendida pelo Ministério do Agricultura em estabelecimentos que produzem "pó sabor café" Ministério da Agricultura/Divulgação O governo federal detalhou, nesta quarta-feira (23), a composição de produtos apontados como 'café fake' que foram apreendidos, em fevereiro, em uma operação realizada em fábricas nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Os produtos são de três marcas que não foram reveladas e sequer continham café, segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso. A análise feita pelo ministério indicou que eles eram compostos por cascas de grão e elementos considerados "lixo" da lavoura – grãos ardidos, defeituosos, que são dispensados no processo de produção de café. Além disso, as bebidas continham uma toxina cancerígena. Para ser considerada café, a bebida tem que ser feita apenas do fruto. Saiba mais abaixo. 'CAFÉ FAKE': saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira 'Café fake': saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira Fora dos supermercados O ministério informou que não podem ser considerados alimentos e foram recolhidos dos supermercados. “Recolhemos [dos supermercados] porque a matéria era toda feita de resíduo, só lixo”, disse Caruso. Agora, eles deverão ser analisados também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Ministério fiscalizou os locais após denúncias de fraude. Nos estabelecimentos, os agentes já haviam encontrado irregularidades nas matérias-primas utilizadas, como cascas, grãos defeituosos e aromatizantes. Entenda a diferença entre café extraforte, tradicional, gourmet e especial Como ler rótulos de cafés e o que levar em conta na hora de escolher o produto O que é o 'café fake' Com o preço do café subindo constantemente nos últimos meses, o "pó sabor café" tem se espalhado pelos supermercados e ganhou o apelido de "café fake" ou "cafake". O item, que é mais barato e não é igual a pó de café, pode confundir consumidores porque tenta imitar as embalagens de marcas famosas — a descrição "pó para preparo de bebida sabor café" fica em letras pequenas, na parte de baixo dos pacotes. Em janeiro, um pacote de 500 g de uma marca de pó saborizado poderia ser encontrado nos supermercados por R$ 13,99, informou a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Entenda por que preço deve continuar subindo em 2025 A legislação brasileira de alimentos tem algumas categorias que poderiam, caso o ministério assim entenda, enquadrar casos como o pó sabor café. Por exemplo, a "mistura para preparo de alimentos ou bebidas", que abrange os alimentos compostos por mistura de ingredientes adicionados de outros itens, como água, para o consumo. Alguns exemplos de produtos inclusos nessa legislação são cappuccino e massa para bolo. Existe ainda a categoria dos "preparados sólidos", que regulamenta as chamadas bebidas saborizadas. É o caso de chás e refrescos. Nem todos os produtos conhecidos como "café fake" deixam claro o que foi usado na sua composição e não especificam o quanto de café é utilizado na receita, bem como a quantidade de impurezas presentes. A legislação brasileira permite que o café possua até 1% de impurezas naturais da lavoura (como galhos, folhas e cascas) e matérias estranhas (por exemplo, pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como de erva daninhas). A lei, porém, proíbe completamente os chamados elementos estranhos, que são grãos ou sementes de outros gêneros (como milho, trigo, cevada), corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel ou de infusão. Há ainda os produtos que não contêm café entre os ingredientes. Eles podem ser feitos de cevada ou milho, por exemplo. E em muitos casos há a presença de aromatizantes, o que transforma o item em um ultraprocessado, diferente do pó de café que o brasileiro costuma consumir. Saiba como diferenciar café do 'fake café' pela embalagem Bruna Azevedo / arte g1 Embalagem que induz ao erro Apesar de informar na embalagem que se trata de um "pó sabor café", as marcas trazem fotos de uma xícara de café, acompanhada por grãos — além de imitar cores, fontes e terem nomes similares às marcas populares. Tudo isso pode induzir o consumidor ao erro. Foi o que aconteceu com a marca Melitta. Um dos produtos "pó sabor café", além de imitar as cores da embalagem, também criou um nome similar: "Melissa". "O problema desses produtos é que eles utilizam no rótulo elementos visuais dando a entender que se trata de café, quando, na verdade, o que tem dentro da embalagem é outro componente", diz Mariana Ribeiro, nutricionista do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec). Pó sabor café que imita o café Melitta. Foto foi divulgada pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), que está denunciado os casos. Divulgação / Abic Veja Mais

Não haverá redução unilateral de tarifas sobre a China, diz porta-voz da Casa Branca

G1 Economia Declaração de Karoline Leavitt foi feita nesta quarta-feira (23), durante entrevista à Fox News. Ao todo, os EUA impõem taxas de até 245% sobre a importação de produtos chineses. Já o gigante asiático aplica taxas de até 125% sobre produtos norte-americanos. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt REUTERS A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta quarta-feira (23) que não haverá redução unilateral nas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos importados da China. A declaração é mais um elemento na escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta. "A China precisa fazer um acordo com os EUA. Estamos otimistas de que isso acontecerá. E, quando acontecer, caberá ao presidente [Donald Trump] decidir qual será a taxa tarifária sobre a China", disse Leavitt, em entrevista à Fox News. "Mas, certamente, precisamos ver uma redução nas tarifas, inclusive nas tarifas não monetárias", acrescentou a porta-voz do governo, ao destacar que os EUA precisam "continuar observando" empresas estrangeiras "trazerem sua produção de volta" para o país. Na véspera, Trump disse que um entendimento com o gigante asiático poderia "reduzir substancialmente" as tarifas aplicadas sobre os produtos chineses importados pelos EUA. O republicano afirmou que um acordo com a China resultaria em tarifas "substancialmente" mais baixas, sugerindo que o acordo final não ficará "nem perto" das taxas atuais. Ele acrescentou, no entanto, que "não será zero". Um documento divulgado na última semana pelo governo de Trump esclareceu que as taxas impostas pelos EUA sobre produtos chineses chegam a 245%, em resultado das "ações retaliatórias" do país asiático. "Isso inclui uma tarifa recíproca de 125%, uma tarifa de 20% para abordar a crise do fentanil e tarifas da Seção 301 sobre bens específicos, entre 7,5% e 100%", diz o texto. Veja Mais

Dólar opera em baixa com mercado reagindo a recuo de Trump sobre Powell e China; Ibovespa sobe

G1 Economia No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,32%, cotada a R$ 5,7278. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira avançou 0,63%, aos 130.464 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar opera em baixa nesta quarta-feira (23), em um dia de mais tranquilidade nos mercados financeiros globais após novos recuos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell , e às tarifas sobre a China. Às 09h30, o dólar era negociado abaixo dos R$ 5,70. Depois de criticar e afirmar que Powell deixaria o Fed se ele mandasse na última semana, Trump disse, nesta terça (22), que não planeja demiti o presidente do BC americano. Embora Trump não possa demitir o presidente do Fed de maneira simples e rápida (isso só poderia acontecer com um longo processo que comprovasse a má atuação de Powell), o recuo do republicano acalma os investidores, que temiam que as falas do presidente pudessem representar um desejo de interferir na instituição. ENTENDA A IMPORTÂNCIA DE UM BANCO CENTRAL INDEPENDENTE Trump também voltou a falar com um tom mais leve sobre a China. Ele se disse otimista com a possibilidade de conseguir chegar a um acordo comercial com o país asiático, o que poderia "reduzir substancialmente" as tarifas aplicadas sobre os produtos chineses importados pelos EUA". O presidente disse que, em um eventual acordo final, as tarifas não ficariam "nem perto" das taxas atuais, ainda que não sejam zeradas. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Veja Mais

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Ouro bate recorde e cotação supera os US$ 3.500

G1 Economia Investidores partem para ativos mais seguros conforme cresce a tensão entre Donald Trump e o presidente do Federal Reserve (Fed). Barras de ouro são exibidas em uma joalheria de ouro na cidade de Chandigarh, no norte da Índia. REUTERS/Ajay Verma/File Photo/File Photo A cotação do ouro subiu nesta terça-feira (21), atingindo o recorde de US$ 3.500,10 (R$ 20.300) por onça (31,1 gramas). Esse aumento foi impulsionado pelo desejo dos investidores de buscar refúgio em ativos seguros, devido à guerra comercial e à tensão entre Donald Trump e o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O valor do ouro aumentou enquanto a cotação do dólar caiu, após o resultado negativo de Wall Street na segunda-feira. Isso ocorreu devido aos temores sobre a independência do Fed após os ataques de Trump contra o presidente do BC americano, Jerome Powell. O ouro, tradicionalmente considerado um valor de refúgio, foi beneficiado pela incerteza nos mercados após a onda de tarifas anunciada por Trump no início de abril. Os temores de uma guerra comercial entre EUA e China aumentaram depois que Pequim reafirmou sua oposição a qualquer tratado comercial entre Washington e outros países que possa prejudicar sua economia. O ambiente de preocupação entre os investidores se agravou após as críticas de Trump ao presidente do Fed e suas declarações da semana passada de que "já é hora de que termine" seu mandato. A agitação nos mercados financeiros foi ampliada na segunda-feira, quando Trump publicou uma mensagem nas redes sociais em que chamou Powell de "grande perdedor" e afirmou: "Baixe as taxas, AGORA". O ouro acumula uma alta de 30% desde o início do ano. Análise: A política tarifária de Donald Trump Veja Mais

Google enfrenta julgamento histórico por monopólio nas buscas

G1 Economia Resultado pode abrir caminho para desmembramento. Big tech foi derrotada em outro julgamento, na última sexta (18), desta vez sobre concorrência desleal na publicidade. Pessoas passam diante do logotipo do Google em uma feira em Hannover, na Alemanha Annegret Hilse/Reuters O Google começou a enfrentar um julgamento histórico nesta segunda-feira (21). O resultado poderá dar mais argumentos para que autoridades exijam o desmembramento da big tech. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusa a gigante da tecnologia de monopólio nas buscas online. E quer que o Google venda o navegador Chrome como parte de uma tentativa de restaurar a concorrência no mercado. Na última sexta (18), em outra ação aberta pelo mesmo departamento, uma juíza federal concluiu que o Google tem o monopólio na publicidade online. A decisão sobre o que deve ser feito ainda não saiu, mas o pedido das autoridades é que a empresa venda partes de sua plataforma de anúncios. Como será o julgamento O processo sobre o domínio do Google nas buscas foi aberto ainda em 2020, ainda no primeiro governo de Donald Trump. Os autores da ação são o Departamento de Justiça (DOJ) do governo federal e uma coalizão de 38 procuradores-gerais estaduais. O julgamento deverá levar três semanas e será conduzido pelo juiz distrital Amit Mehta, em Washington. Ele acontece no mesmo tribunal em que a Meta está enfrentando seu próprio julgamento antitruste sobre as compras do Instagram e do WhatsApp. Entre as testemunhas de acusação estão representantes da OpenAI, dona do ChatGPT, e da Perplexity, que também é uma inteligência artificial que responde a buscas. O que quer a acusação No primeiro dia de julgamento, um advogado do Departamento de Justiça disse que serão necessárias medidas rigorosas para impedir que o Google use seus produtos de inteligência artificial para ampliar seu domínio na busca online. As propostas do DOJ para o aumento da concorrência com o Google nas buscas incluem: o fim dos acordos exclusivos nos quais a big tech paga bilhões de dólares anualmente à Apple e a outros fornecedores de dispositivos para tornar o Google o mecanismo de busca padrão em seus tablets e smartphones. o licenciamento de resultados de pesquisa para os concorrentes. a venda do sistema operacional móvel Android, se outras medidas não conseguirem restaurar a concorrência. O que diz o Google A adoção dos remédios propostos pelo DOJ "atrasaria a inovação norte-americana em um momento crítico", disse a executiva do Google, Lee-Anne Mulholland, em um post no último domingo (20). "Quando se trata de remédios antitruste, a Suprema Corte dos EUA disse que 'cautela é fundamental'. A proposta do DOJ joga essa cautela ao vento", completou. O Google argumenta que seus produtos de IA estão fora do escopo do caso, que se concentrou nos mecanismos de busca. 'Mil vezes melhor que celular': por que as câmeras Cyber-shot estão saindo da gaveta O que é stalker e como perceber o crime Veja Mais

China afirma que vai retaliar países que priorizarem acordos comerciais com os EUA em prejuízo de seus interesses

G1 Economia Declaração foi motivada por intenção de Trump de sugerir acordos contra a China a países que querem contornar tarifaço. China e EUA Associated Press A China afirmou que vai retaliar países que firmarem acordos comerciais com os Estados Unidos em detrimento de seus interesses. A declaração foi feita nesta segunda (21) pelo porta-voz do Ministério do Comércio chinês. "A China respeita todas as partes que buscam resolver diferenças econômicas e comerciais com os Estados Unidos por meio de consultas em pé de igualdade, mas se oporá firmemente a qualquer parte que tente fechar um acordo em detrimento da China", declarou. "Pequim tomará contramedidas de forma resoluta e recíproca se qualquer país buscar esse tipo de acordo", completou. “Os Estados Unidos abusaram das tarifas com todos os parceiros comerciais sob a bandeira da chamada ‘equivalência’, ao mesmo tempo em que forçaram todas as partes a iniciar negociações de ‘tarifas recíprocas’ com eles” De acordo com a Bloomberg, o governo Trump está se preparando para pressionar nações que buscam reduções ou isenções tarifárias dos EUA a restringirem o comércio com a China, inclusive impondo sanções monetárias. Essa reportagem motivou a declaração chinesa. No início deste mês, o Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, disse que cerca de 50 países o procuraram para discutir as tarifas adicionais elevadas impostas pelo presidente Donald Trump. Desde então, diversas negociações bilaterais sobre tarifas aconteceram, com o Japão considerando aumentar as importações de soja e arroz como parte de suas conversas com os EUA, enquanto a Indonésia planeja aumentar as importações de alimentos e commodities dos EUA e reduzir pedidos de outros países. LEIA MAIS Como Trump tentou emparedar alvos em série, dominou o noticiário e chacoalhou o mundo Trump diz que está tendo 'conversas muito boas' com a China Guerra tarifária A China é alvo de ataques de Trump desde o início do mandato do presidente. Logo no começo do governo do republicano, em fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre todas as importações chinesas sob a justificativa de que o país asiático facilitava o tráfico de fentanil. Essa taxa se somou aos 10% que já eram cobrados do país, resultando uma taxa de 20%. A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo, porém, se intensificou na primeira semana de abril, após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas pelo presidente americano, Donald Trump. No último dia 2, Trump detalhou a tabela das tarifas, que vão de 10% a 50% e serão cobradas sobre mais de 180 países. A China foi um dos países que foi tarifado — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, na sexta (4), tarifas extras de também 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar a resposta, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 13h (horário de Brasília) de terça-feira (8) ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses. O presidente americano disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas. A resposta chinesa veio na manhã de quarta-feira (9): o governo elevou as tarifas sobre os EUA de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países que foram taxados com tarifas que variam de 10% a 50%. Essa pausa é, na verdade, uma redução de todas as tarifas para 10% por um prazo de 90 dias. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida — e continuam valendo. A exceção, porém, foi a China. Trump anunciou mais uma vez a elevação de tarifas sobre os produtos chineses, para 125%. Na quinta (10), a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa tarifa total de 145%. Como resposta, na sexta-feira (11), os chineses elevaram as tarifas sobre os americanos para 125%. Na terça-feira, um comunicado no site oficial da Casa Branca disse que a China encararia tarifas de até 245% como resultado das "ações retaliatórias" do país asiático. O documento não explicava como os EUA chegaram ao cálculo, mas foi atualizado para esclarecer que a taxa será aplicada sobre produtos específicos. O novo texto ficou assim: "A China enfrenta uma tarifa de até 245% sobre importações para os Estados Unidos como resultado de suas ações retaliatórias. Isso inclui uma tarifa recíproca de 125%, uma tarifa de 20% para abordar a crise do fentanil e tarifas da Seção 301 sobre bens específicos, entre 7,5% e 100%." A atenção está em setores estratégicos para os asiáticos, como tecnologia da informação, fabricação de máquinas automatizadas e robótica, veículos de nova energia (NEVs), equipamento de aviação e voo espacial, entre outros. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, respondeu ao questionamento de jornalistas locais sobre as tarifas de 245% afirmando que "podem perguntar ao lado americano o valor específico das tarifas" e que a China deve manter sua posição, segundo o jornal estatal chinês Global Times. China proíbe entrega de jatos da Boeing em reação ao tarifaço de Trump Veja mais em: Trump diz que China entrou em contato 'várias vezes' para falar sobre tarifas Casa Branca divulga documento com tarifa de 245% para chineses, causa confusão e atualiza texto China diz que 'não dará atenção' se EUA continuarem com 'jogo numérico das tarifas' Exportações da China disparam em março, por conta de Tarifaço de Trump Veja Mais

Gado jersey tem fama de produzir leite de qualidade

G1 Economia Em Tatuí (SP), produtores de leite têm investido na criação da vaca Jersey, uma raça europeia que se destaca pela alta produção de um leite com alto teor de gordura, ideal para a indústria de laticínios. Vaca Jersey oferece boa produção e qualidade do leite TV TEM/Reprodução Em Tatuí (SP), os produtores têm investido na criação de vaca Jersey, uma raça caracterizada por boa produção de leite e pelo manejo tranquilo. De origem europeia, entre a França e a Inglaterra, os primeiros lotes desembarcaram no Rio Grande do Sul no final do século 19. Atualmente, o Brasil conta com mais de 150 mil animais registrados. Uma outra característica importante do animal é a vida longa na reprodução e na quantidade de produção leiteira. "Suas qualidades de produção de leite em termos de qualidade são muito boas, em teor de gordura, sólidos e proteínas. Isso para um alimento puro resulta numa qualidade melhor de nutrição, e para indústria de laticínio representa mais produtos por volume de leite", explica o produtor Luiz Augusto Pacheco. A diferença está também na quantidade de gordura no leite. Enquanto uma vaca holandesa produz um leite com 3,7% de gorgura, a vaca Jersey produz leite com quase 5% de gordura. Segundo os produtores, este fator é importante na hora de negociar com as indústrias. Em geral, o preço comercializado do leite Jersey é de R$0,30 a R$0,40 o litro. O manejo correto ajuda a melhorar ainda mais a produção. Luiz explica que, além da alimentação adequada, o local também conta com alguns cuidados que vão desde a cobertura até a ventilação. Veja a reportagem exibida no programa em 20/04/2025: Gado jersey tem fama de produzir leite de qualidade VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

A supermoto de Francisco: Papa teve uma Harley-Davidson leiloada por 241 mil euros; veja FOTOS

G1 Economia Em comemoração aos 110 anos da marca, a Harley-Davidson lhe deu de presente duas motos, uma pintura e uma jaqueta de couro. O modelo leiloado tinha a assinatura de Francisco. Papa Francisco recebeu jaqueta de couro da marca Harley-Davidson em 2013 Reuters/Vaticano/Divulgação Além de sua paixão por futebol, o Papa Francisco também apreciava motocicletas. Em comemoração aos 110 anos da marca, a Harley-Davidson lhe deu de presente duas motos, uma pintura e uma jaqueta de couro. Ao receber os presentes, em junho de 2013, o Papa argentino abençoou cerca de 800 motos e motociclistas na Praça São Pedro, no Vaticano. Menos de um ano depois, em fevereiro de 2014, uma das motos foi a leilão. Uma Dyna Super Glide, que era vendida no Brasil por R$ 41.900, foi arrematada por 241 mil euros (na época, R$ 785,6 mil e hoje, R$ 1.580,96). O modelo tinha a assinatura de Francisco. A jaqueta também foi a leilão por 57,5 mil euros, o que equivalia a 188,5 mil em 2013 (atualmente, seriam R$ 377,2 mil). A casa de leilões Bonhams, responsável pela venda, não informou o nome dos compradores. Francisco doou o valor arrecadado à organização beneficente Caritas Roma. Os recursos foram destinados ao abrigo Don Luigi di Liegro e a um restaurante que oferece refeições para pessoas necessitadas em Roma. A Dyna Super Glide não é mais comercializada pela Harley-Davidson. Veja a ficha técnica abaixo: Motor: 1.585 cilindradas, dois cilindros em V; Potência: n/d; Torque: 11,9 kgfm a 3.500 rpm; Câmbio: seis marchas; Comprimento: 2,34 m; Largura: 0,95 m; Altura: 1,17 m; Peso: 310 kg; Tanque: 18,9 litros; Preço em 2013: R$ 41.900. LEIA MAIS Royal Enfield transforma a Himalayan 450 em outra moto — muito melhor; confira o teste do g1 Ducati Hypermotard: como é a moto que custa R$ 100 mil e tem motor preparado para dar grau SYM Cruisym 150: Dafra renova sua scooter mais barata para brigar com Honda e Shineray Harley-Davidson Dyna Super Glide que pertencia ao Papa Francisco foi leiloada em 2013 por 241 mil euros REUTERS/Benoit Tessier Papa Francisco assinou o tanque da motocicleta Harley-Davidson REUTERS/Benoit Tessier Em junho de 2013, Papa recebeu moto da marca Harley-Davidson AP/L'Osservatore Romano A história por trás da famosa imagem de papa Francisco no metrô de Buenos Aires Veja Mais

Vinho tem produção mais baixa em 60 anos; clima e preço alto ajudam a explicar queda

G1 Economia O consumo global foi o menor desde 1961. Na Europa, os produtores de vinho da França foram particularmente afetados em 2024. De onde vem o vinho A produção global de vinho caiu em 2024 para seu nível mais baixo em mais de 60 anos devido a condições climáticas extremas, segundo dados do setor. Foram produzidos 225,8 milhões de hectolitros, uma queda de 4,8% em relação ao ano anterior, de acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), em Dijon, França. Um hectolitro corresponde a aproximadamente 133 garrafas de vinho. A entidade mencionou condições climáticas extremas, incluindo chuvas fortes, granizo, geadas tardias na primavera, períodos de seca e, como resultado dessas condições climáticas, infestações de pragas. Além das mudanças climáticas, a situação econômica e a queda da demanda tiveram um impacto negativo na produção de vinho. A indústria do vinho também teme que seus produtos sejam envolvidos no conflito tarifário desencadeado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Os Estados Unidos são os maiores importadores de vinho em valor, com 6,3 bilhões de euros (R$ 41,9 bilhões) em 2024. Em seguida está o Reino Unido, com 4,6 bilhões de euros, e a Alemanha, com 2,5 bilhões de euros. Na União Europeia, a produção de vinho foi de 138,3 milhões de hectolitros no ano passado, 3,5% a menos do que em 2023. Na Alemanha — o quarto maior país produtor europeu — a produção caiu 9,8%, para 7,8 milhões de hectolitros, de acordo com dados da OIV. Tá sobrando vinho na Europa: com menos gente comprando o produto, setor passa por uma grave crise Menor produção na França desde 1957 Vinho Roteiro do Vinho/Dvulgação A Itália, maior produtora de vinho do mundo, registrou um aumento na produção de 44,1 milhões de hectolitros, mas ainda ficou 6% abaixo da média de cinco anos. A França, o segundo maior produtor, registrou queda de 23,5%, para 36,1 milhões de hectolitros, a menor produção desde 1957. A Espanha, em terceiro lugar, também permaneceu 11,1% abaixo da média de cinco anos, com uma produção de 31 milhões de hectolitros. O consumo global de vinho em 2024 foi estimado em 214,2 milhões de hectolitros, uma queda de 3,3% em relação ao ano anterior e o menor volume desde 1961, segundo a OIV. Isso dá continuidade a uma tendência que, além de razões econômicas de curto prazo, como a inflação, também se deve a mudanças no estilo de vida, hábitos sociais e comportamentos diferentes do consumidor, especialmente entre a geração mais jovem. Brasil tem um tipo de vinho único; saiba qual é e como surgiu Tendência de alta nos preços Na UE, o consumo caiu 2,8% em relação ao ano anterior, chegando a 103,6 milhões de hectolitros, o que representa um declínio médio de 5,2% em cinco anos. Na Alemanha, o consumo foi 3% menor que em 2023, atingindo 17,8 milhões de hectolitros. O valor das exportações globais de vinho é estimado em 35,9 bilhões de euros em 2024, representando apenas uma ligeira queda em comparação ao ano anterior. O preço médio de exportação também permanece inalterado, em 3,60 euros por litro. A OIV avalia que o nível geral de preços se mantém alto, em parte porque a tendência para vinhos com preços mais altos se tornou cada vez mais pronunciada nos últimos anos. Hoje, os consumidores pagam em média 30% a mais pelo vinho do que em 2019/2020. Veja mais: Por que a comida ficou mais cara no Brasil Veja Mais

Pecuária de confinamento: o que é e qual importância da modalidade no mercado brasileiro de gado de corte

G1 Economia Entre 2020 e 2024, produtores otimizaram em 4% utilização de ração para criação de bovinos, aponta relatório da Cargill, com dados que representam 30% do setor. Estratégia representa 21% da pecuária brasileira, segundo CNA/Senar. [SUBIR VÍDEO ID 13518730] O Brasil é um dos maiores produtores de carne bovina do mundo. Apenas atrás dos EUA, o país responde por quase 20% da produção global, montante que representou quase 12 milhões de toneladas em 2024, segundo o USDA, departamento de agricultura norte-americano. Embora menos representativa do que a modalidade a pasto, predominante em território nacional, a pecuária de confinamento tem ganhado espaço no fornecimento de gado de corte. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O confinamento tem pelo menos 21,3% na participação do abate para obtenção de carne bovina no país, segundos o último relatório do projeto "Campo Futuro", da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Pecuária de confinamento no Brasil Divulgação Um relatório divulgado este mês pela Cargill - o Benchmarking Confinamento Probeef -, com base em um levantamento com quase 250 pecuaristas que respondem por 30% dessa modalidade em território nacional, apontam um crescimento de 4% na eficiência biológica, ou seja, com uma menor quantidade de ração necessária para a criação de cabeças gado aptas para o corte (veja mais abaixo). Práticas como a utilização de tecnologias de automação e inteligência artificial também se destacam entre os melhores produtores do país. "O Brasil é o segundo maior país confinador do mundo. A gente perde só para os Estados Unidos e isso às vezes chama atenção porque somos um país tropical, em que chove, a nossa pecuária é voltada ao pasto, mas o confinamento vem ganhando força porque a pressão pelo uso da terra está muito grande. Eu tenho que aumentar a produtividade, que encurtar o ciclo produtivo, e o confinamento se torna uma estratégia rápida de engorda, mais efetiva. Isso fez com que esse mercado brasileiro seja hoje crescente", afirma Felipe Bortolotto, gerente de tecnologia de bovinos de corte da Cargill. Nos tópicos a seguir, entenda as principais características da pecuária de confinamento e os principais resultados obtidos com os produtores nos últimos anos, com base em uma pesquisa de realizada pela Cargill que representa 30% do setor. A utilização do confinamento de bovinos é uma realidade crescente na pecuária brasileira Alfri Ribeiro – Getty Imagens O que é a pecuária de confinamento? O confinamento é uma das modalidades da pecuária em que os criados em áreas restritas, currais onde recebem a alimentação no cocho. Diferentemente da extensiva, onde os animais se alimentam de pasto, no confinamento a dieta é controlada e composta por ração concentrada. Entre os principais pontos fortes estão: Aumento de produtividade; Mercado crescente; Profissionalização e tecnologia: a busca por maior eficiência tem levado à adoção de tecnologias, como softwares de gestão, automação de trato e inteligência artificial (como o uso de drones para monitoramento do bem-estar animal); Flexibilidade: o confinamento permite ajustar a produção de acordo com as condições de mercado. Em momentos de baixa no valor da arroba, por exemplo, os produtores podem reduzir os ciclos. Segundo Bortolotto, o confinamento é uma estratégia utilizada para criação de animais depois de uma fase de desenvolvimento inicial, por volta dos 18 meses de vida, quando o gado já é considerado um adolescente. "Você pode escolher terminar ele a pasto e com baixa suplementação, que é o extensivo, você pode escolher terminar mantendo ele no pasto e dar muita ração, que é o semiconfinamento, terminação intensiva, ou você tira esse bicho do pasto e o põe no confinamento e salva o pasto, porque o colocou dentro de um ambiente fechado e você vai fornecer toda a comida no coxo", explica. Pecuária de confinamento representa um quinto da criação de gado de corte brasileira AcervoEP Quais os principais mercados do Brasil? Em 2024, os principais mercados de exportação do Brasil foram a China e a União Europeia. Somente no estudo realizado pela Cargill, 57% dos animais participantes foram para esses dois destinos. Esse percentual inclui 7% de destinação para países da chamada Cota Hilton, ou seja, com cortes bovinos de alta qualidade destinados a países da Europa e provenientes somente de países credenciados como o Brasil. Japão e Vietnã também são apontados como consumidores promissores do gado brasileiro criado em confinamento. Qual é o nível de produção e qual o ganho de eficiência? Estima-se que, atualmente, a pecuária de confinamento no país tenha cerca de 7,5 milhões de cabeças de gado, um número que vem aumentando na última década. Segundo a CNA/Senar, em 2018, por exemplo, eram 3,8 milhões de cabeças. Segundo o relatório da Cargill, realizado com donos de 2,3 milhões de cabeças de gado, ou seja, quase a metade desse universo, nos últimos cinco anos, as criações em confinamento tiveram um ganho de 4% na eficiência biológica. Em 2020, cada arroba produzida, em média, demandava 151,7 quilos de matéria seca consumida pelo animal. Em 2024, esse mesmo peso foi obtido com apenas 145,9 quilos de ração. Entre os criadores mais bem sucedidos, essa eficiência é ainda maior, com uma aplicação de 134,6 quilos de ração por arroba produzida. "Isso quer dizer que o animal ingeriu menos quilos de matéria seca para conseguir produzir uma arroba. Um boi que produziu 7,6 arrobas, em média, no confinamento comeu 145 quilos de matéria seca para produzir uma arroba. Quanto menor esse número, melhor", explica Jonas Acedo Daltrini, consultor técnico de bovinos de corte da Cargill. O tempo de permanência no cocho, para obtenção de peso para o abate, também diminuiu de 113 para 109 dias, o que tem relação com o aumento da demanda pelo consumo face o aumento de custos para os pecuaristas observado no ano passado, antes de uma retomada após o segundo semestre. As arrobas produzidas, por sua vez, quase se mantiveram no mesmo patamar - 7,6 contra 7,8 - mesmo com a redução no peso médio da carcaça de 20,8 para 20,07 entre 2020 e 2024. Entre os produtores mais bem sucedidos do país na pecuária de confinamento, a quantidade de arrobas obtidas por cabeça chegou a 8,6. "No ano passado, o primeiro semestre foi muito difícil economicamente para a cultura de corte, ou seja, a margem estava muito baixa e a turma estava trazendo um custeio do ano de 2023 muito pesado. Então a turma estava assim (...) gira rápido para girar o estoque que está pesado para entrar no novo ciclo. Esse foi um ponto", afirma Bortolotto. Na pecuária de confinamento, animais têm alimentação controlada em cochos AcervoEP Quais práticas ajudam no ganho de eficiência? Segundo os especialistas, esse ganho de eficiência na pecuária de confinamento está atrelada a alguns fatores, entre eles: Melhoramento genético Manejo de cocho Inteligência artificial e automação Segundo Daltrini, uma das práticas adotadas pelos produtores de sucesso é a leitura noturna do cocho, que permite entender se adequar melhor à rotina e às necessidades dos animais. De acordo com o consultor, os clientes da empresa que utilizaram essa técnica economizaram R$ 33 por criação. "O produtor que faz a leitura de cocho noturna, que usa informações de trato dos animais, que usa informações de período de cocho dos animais, que afere a sobra de dieta que teve no cocho, tem uma melhoria de eficiência produtiva de 4 kg de matéria seca por arroba colocada", diz. O uso da automação em processos, como na reposição do trato alimentar, também faz a diferença, segundo Daltrini. Isso acontece, porque há uma maior garantia de precisão dos números e uma facilidade na rotina do criador. "Os confinamentos que têm automação de tratos, que conseguem minimizar erros durante a operação, conseguem 10 kg de matéria seca a menos em eficiência frente a quem não usa automação. Para traduzir isso, é o cara que engorda o mesmo boi tendo um lucro de quase R$ 80 reais a mais frente a quem não usa", explica. Nesse contexto, alguns dos pecuaristas mais bem sucedidos também se utilizaram de drones equipados com inteligência artificial que criam índices de bem-estar animal com base em fotografias e que geraram um lucro adicional de R$ 65 por boi. Com base nisso, segundo Bortolotto, os melhores clientes listados pelo relatório proporcionam mais espaço por metro quadrado por boi do que o restante do mercado. "Os animais precisam ter bom acesso a água, bom acesso a comida e ter espaço para descansar. E quando começo a tirar uma foto todo dia com drone e eu treino a IA para resolver isso, eu faço um paralelo com o diagnóstico por imagem da medicina humana. Não erra", diz. Veja mais notícias da Agrishow 2025 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Veja Mais

FMI reduz projeções para o PIB do Brasil para 2% em 2025 e 2026

G1 Economia Com pressão das tarifas de Donald Trump, crescimento da economia global também foi revisada para baixo, para 2,8% e 3%, respectivamente. Logotipo do FMI é visto do lado de fora do prédio da sede em Washington Yuri Gripas/Reuters O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as projeções de crescimento do Brasil para 2% em 2025 e também em 2026, de acordo com novas estimativas divulgadas no relatório Perspectiva Econômica Global nesta terça-feira (22). O corte foi de 0,2 ponto percentual para ambos os anos em comparação com estimativas divulgadas em janeiro. Os números são mais pessimistas do que os do governo: O Ministério da Fazenda projetou em março que o Brasil crescerá 2,3% neste ano e 2,5% em 2026. O Banco Central passou a ver que o PIB crescerá 1,9% este ano. Analistas avaliam que uma produção agrícola forte dará sustentação à economia neste início de ano, mas que ela passará a mostrar desaceleração gradual em meio a uma inflação ainda elevada e uma política de juros que afeta o crédito. Em relação à inflação, o FMI calcula que o aumento dos preços no Brasil ficará em uma taxa média anual de 5,3% este ano e de 4,3% no próximo. A meta oficial de inflação é de 3% em 12 meses com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O FMI citou em seu relatório as medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as contramedidas de diversos países como um "importante choque negativo ao crescimento". O Brasil recebeu a tarifa padrão norte-americana de 10%. O Fundo explicou que, "dada a complexidade e fluidez do atual momento, esse relatório apresenta uma 'projeção de referência' com base em informações disponíveis até 4 de abril de 2025 (incluindo as tarifas de 2 de abril e respostas iniciais)". Para a América Latina e Caribe, o FMI reduziu também em 0,5 ponto percentual a projeção para a região em relação a janeiro, para 2%. Para 2026, o Fundo reduziu a estimativa de crescimento em 0,3 ponto, a 2,4%. Segundo o FMI, as revisões para a região se devem principalmente a uma redução significativa na projeção para o crescimento do México, duramente impactado pelo tarifaço de Donald Trump. (saiba mais abaixo) Isso reflete "uma atividade mais fraca do que o esperado no final de 2024 e início de 2025, bem como o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos, a incerteza associada e as tensões geopolíticas, e um aperto das condições de financiamento", explicou o fundo. As perspectivas para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, também foram reduzidas, em 0,5 ponto percentual para 2025 e em 0,4% para 2026. As contas agora são respectivamente de expansão de 3,7% e 3,9% para o grupo. Isso se deveu a cortes significativos para os países mais afetados pelas recentes medidas comerciais, como a China, cuja projeção agora é de expansão de 4% neste e no próximo ano, com cortes de 0,6 e 0,5 ponto percentual, respectivamente. (veja também abaixo) Trump chama presidente do BC americano de 'atrasado e errado' Tarifaço de Trump O FMI também diminuiu as previsões de crescimento para EUA, China e a maioria dos países citando o impacto das tarifas norte-americanas, alertando que novas tensões comerciais desacelerarão ainda mais o crescimento. Para o crescimento global em 2025, houve corte de 0,5 ponto percentual, para 2,8%. Para 2026, a redução foi de 0,3 ponto percentual, a 3%. O relatório diz ainda que a inflação deve cair mais lentamente do que o esperado, devido ao impacto das tarifas, com revisões "notáveis" para cima para os EUA e outras economias avançadas. As projeções são de 4,3% em 2025 e de 3,6% em 2026. "Estamos entrando em uma nova era, à medida que o sistema econômico global que operou pelos últimos 80 anos está sendo redefinido", disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, a repórteres. O FMI disse que a rápida escalada das tensões comerciais e os "níveis extremamente altos" de incerteza sobre políticas futuras terão um impacto significativo na atividade econômica global. "É bastante significativo e está afetando todas as regiões do mundo. Estamos vendo menor crescimento nos EUA, menor crescimento na zona do euro, menor crescimento na China e menor crescimento em outras partes do mundo", disse Gourinchas à Reuters em entrevista. "Se houver uma escalada nas tensões comerciais entre os EUA e outros países, isso alimentará mais incerteza, criará mais volatilidade no mercado financeiro e apertará as condições financeiras", disse ele, acrescentando que o efeito conjunto reduzirá ainda mais as perspectivas de crescimento global. Perspectivas de crescimento mais fracas já haviam reduzido a demanda por dólar, mas o ajuste nos mercados de câmbio e o reequilíbrio de carteiras vistos até o momento foram ordenados, disse ele. "Não estamos preocupados, neste momento, com a resiliência do sistema monetário internacional. Seria necessário algo muito maior do que isso", disse Gourinchas. No entanto, as perspectivas de crescimento a médio prazo permaneceram fracas, com a previsão de cinco anos calculada em 3,2%, abaixo da média histórica de 3,7% de 2000 a 2019, sem alívio à vista a menos que haja reformas estruturais significativas. EUA com PIB mais lento e inflação mais alta O FMI reduziu sua previsão para o crescimento dos EUA em 0,9 ponto percentual, para 1,8% em 2025 — um ponto percentual abaixo do crescimento de 2,8% em 2024. O corte foi de 0,4 ponto percentual para 2026, a 1,7%, citando incerteza política e tensões comerciais. Gourinchas disse que o FMI não está prevendo uma recessão nos EUA, mas que as chances de retração aumentaram de cerca de 25% para 37%. Ele disse que o FMI agora projeta que a inflação geral dos EUA atingirá 3% em 2025, um ponto percentual acima da previsão de janeiro, devido às tarifas e à força subjacente dos serviços. Isso significa que o Federal Reserve terá que ser muito vigilante para manter as expectativas de inflação ancoradas, disse Gourinchas. Questionado sobre o impacto de quaisquer medidas da Casa Branca para remover o chair do Fed, Jerome Powell, Gourinchas disse que é "absolutamente crítico" que os bancos centrais consigam permanecer independentes para manter sua credibilidade no combate à inflação. Os vizinhos dos EUA Canadá e México, ambos alvos de uma série de tarifas de Trump, também tiveram suas previsões de crescimento reduzidas. O FMI previu que a economia canadense crescerá 1,4% em 2025 e 1,6% em 2026, em vez de 2% projetado para ambos os anos em janeiro. O Fundo previu que o México será duramente atingido pelas tarifas, com retração de 0,3% em 2025, uma queda acentuada de 1,7 ponto percentual em relação à previsão de janeiro, antes de se recuperar para um crescimento de 1,4% em 2026. A previsão de crescimento da China foi reduzida para 4% para 2025 e 2026, refletindo revisões para baixo de 0,6 ponto percentual e 0,5 ponto percentual, respectivamente, em relação à previsão de janeiro. Gourinchas disse que o impacto das tarifas sobre a China — altamente dependente das exportações — foi de cerca de 1,3 ponto percentual em 2025, mas isso foi compensado por medidas fiscais mais fortes. Veja Mais

Dólar despenca mundialmente após Trump anunciar que pensa em demitir diretor do banco central americano

G1 Economia Moeda é desvalorizada globalmente como consequência das tentativas de Trump de intervir no Fed. Na última sexta (18), a Casa Branca anunciou que avalia se pode demitir Jerome Powell, alvo de Trump. Notas de dólar. Dado Ruvic/ Reuters O dólar despencou nesta segunda-feira (21), à medida que a confiança dos investidores na economia dos Estados Unidos caiu após o presidente Donald Trump revelar seus planos de intervir no Federal Reserve (o Fed, banco central amerciano), o que impactaria a independência do banco. O dólar caiu para o menor nível em uma década frente ao franco suíço, o euro (EUR=EBS) alcançou US$ 1,15 o nível mais alto desde novembro de 2021. Enquanto o dólar neozelandês voltou ao nível de US$ 0,6000 pela primeira vez em mais de cinco meses. O dólar também atingiu uma mínima de sete meses frente ao iene, a 140,615 ienes (JPY=EBS). Dados da CFTC mostraram que as posições líquidas compradas em iene japonês atingiram um recorde na semana encerrada em 15 de abril. A libra esterlina (GBP=D3) subiu para o nível mais alto desde setembro, a US$ 1,3395, enquanto o dólar australiano (AUD=D3) alcançou uma máxima de quatro meses, cotado a US$ 0,6430. Frente a uma cesta de moedas, o dólar caiu para o menor nível em três anos, a 98.164 (índice DXY). O dólar neozelandês (NZD=D3) saltou mais de 1%, chegando a US$ 0,6013. Em outros lugares, o yuan onshore (CNY=CFXS) subiu para uma máxima de duas semanas antes de devolver parte dos ganhos, sendo cotado por último a 7,2904 por dólar. O yuan offshore (CNH=D3) também tocou a máxima de uma semana, a 7,2835 por dólar. A liquidez do mercado estava reduzida, com a maioria das bolsas europeias e os mercados da Austrália e de Hong Kong fechados nesta segunda-feira de Páscoa. A maioria dos mercados globais também permaneceu fechada na sexta-feira por conta do feriado. LEIA MAIS Trump chama presidente do BC americano de 'atrasado e errado' Powell diz que tarifas 'maiores do que o esperado' podem impactar metas de inflação do Fed Trump analisa demitir Powell Trump chama presidente do BC americano de 'atrasado e errado' Na sexta-feira (18), o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hasset, disse que a administração estuda se demitir Jerome Powell, presidente do Fed, é uma opção. Isso um dia após Trump declarar que a saída de Powell “não pode acontecer rápido o suficiente”, enquanto pressionava por cortes nas taxas de juros. “Powell não responde diretamente a Trump, então (Trump) não pode realmente demiti-lo. Ele só pode ser removido do cargo sob certos procedimentos, que normalmente exigem um critério mais rigoroso. Mas o presidente pode acionar mecanismos para minar a percepção de independência do Fed? Sem dúvida,” disse Vishnu Varathan, chefe de pesquisa macroeconômica para a Ásia (excluindo Japão) no Mizuho. “Eu diria que nem é necessário demitir Powell imediatamente,” acrescentou Varathan. “Basta criar a percepção de que se pode alterar fundamentalmente a ideia de um Fed independente.” “É praticamente um banquete para qualquer vendedor do dólar... desde a crescente incerteza com o autossabotamento causado pelas tarifas até a perda de confiança mesmo antes da notícia sobre Powell,” disse Varathan. As tarifas generalizadas de Trump e a incerteza sobre suas políticas comerciais abalaram os mercados globais e escureceram as perspectivas da maior economia do mundo, enfraquecendo o dólar à medida que os investidores retiram dinheiro dos ativos americanos. A China manteve suas taxas de juros de referência inalteradas nesta segunda-feira pelo sexto mês consecutivo, em linha com as expectativas. No entanto, o mercado aposta que novos estímulos devem ser anunciados em breve, diante do agravamento da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Trump x Powell Na quinta-feira (17), Trump criticou a gestão de Jerome Powell e disse que ele está "sempre muito atrasado e errado" na condução da política de juros do país. A declaração veio apenas um dia após Powell criticar publicamente o tarifaço do presidente americano. Na quarta (16), Powell disse que o nível das tarifas anunciadas por Trump é muito maior do que o Fed esperava, mesmo nos cenários "mais extremos". O presidente do Fed também disse que a guerra tarifária iniciada pelos EUA pode dificultar o trabalho do BC americano, que toma suas decisões sempre guiado pelo objetivo de controlar a inflação e fortalecer o mercado de trabalho. Trump reclamou do tempo que falta para o fim do mandato de Powell à frente do Fed, dizendo que esse momento "não chega rápido o suficiente". A importância de um BC independente O Fed é uma instituição independente e o governo não pode interferir nas decisões sobre os juros, o que evita o uso das taxas de juros para aquecer a economia em um momento de inflação acelerada. "É muito importante o Fed ser independente porque é a instituição responsável por olhar para a economia de um jeito técnico", explica o analista de investimentos Vitor Miziara. "Os governos, de forma geral, torcem para juros muito baixos porque estimulam a economia, trazem dívidas com custos menores e facilitam a vida das pessoas. Mas isso só funciona no curto prazo porque juros muito baixos sem uma base técnica para isso trazem inflação. A conta sempre chega lá na frente", pontua. "A independência do banco central é importante para que a instituição não tome decisões com base no populismo, mas sim tentando assegurar uma economia saudável no médio e longo prazo, e não apenas no curto prazo para beneficiar o presidente da vez", destaca Miziara. *Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

Noroeste de SP tem espaço sobrando em armazéns de grãos

G1 Economia Mudança no clima dispensa uso de mão de obra e altera a cultura de plantação dos agricultores, que têm preferido produzir safras que não necessitam de escoamento. Produtores de grãos enfrentam desafios para armazenar o que colhem TV TEM/Reprodução O escoamento de grãos, como soja e milho, é um processo diário realizado por produtores do interior de São Paulo. No entanto, a falta de movimentação preocupa os trabalhadores, que afirmam que a safra está menor do que a de 2024. De acordo com a empresária Rosicléia Fátima Christal, proprietária de um secador localizado em José Bonifácio (SP), a capacidade de armazenagem é de 260 mil sacas, porém, atualmente, apenas 77% deste total está preenchido. Uma das explicações da baixa de secagens de grãos é o clima seco deste ano. A soja, que é um dos principais grãos que necessitam do escoamento, não precisou do tratamento por conta do calor extremo. As safras já foram colhidas prontas para a venda. Outra explicação é que, devido a uma mudança de cultura, os produtores começaram a plantar cana-de-açúcar. Um dos exemplos é Andre Luis Seixas, que mora em Ipiguá (SP) e é produtor de soja há dez anos. O agricultor conta que, devido ao clima irregular da região, que resultou na falta de chuvas, decidiu parar com as plantações de soja - que necessitam de muita água - e apostar no plantio de cana. Diante disso, os 180 hectares disponíveis no campo do agricultor agora estão repletos de cana-de-açúcar. O mercado de escoamento de grãos está enfrentando uma difícil fase e, no fim, isso se deve ao clima que está mudando os objetivos das plantações dos agricultores ou tornando desnecessário o uso da mão de obra. Veja a reportagem exibida no programa em 20/04/2025: Noroeste de SP tem espaço sobrando em armazéns de grãos VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Quais são os próximos feriados de 2025? (Spoiler: restam sete)

G1 Economia Dos sete feriados que restam, três podem ser emendados com finais de semana, garantindo mais folgas. Veja o calendário de feriados de 2025 A combinação da Sexta-feira Santa, no dia 18 de abril, e Tiradentes, nesta segunda-feira (21), garantiu a muitos trabalhadores um feriadão prolongado de quatro dias. Agora, restam apenas sete feriados no ano, sendo que três deles podem ser emendados para prolongar os dias de descanso. Esses feriados caem em quintas-feiras, permitindo emendar com a sexta e o fim de semana, dependendo da decisão de cada empresa. São eles: 1º de maio (Dia do Trabalhador); 20 de novembro (Dia da Consciência Negra); 25 de dezembro (Natal). Além disso, o ano ainda terá outros quatro feriados que caem em finais de semana: 7 de setembro (Independência do Brasil); 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida); 2 de novembro (Finados); 15 de novembro (Proclamação da República). Os municípios e estados também podem determinar feriados locais, como Corpus Christi, que é considerado ponto facultativo. Para ajudar no seu planejamento para o próximo ano, o g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: Calendário 2025 Esdras Pereira/g1 Entenda o que é o ponto facultativo Veja Mais

Como perder a vergonha e fazer networking

G1 Economia Quando falamos sobre fazer networking, as conexões precisam ir além de interações casuais: é necessário construir relacionamentos significativos, baseados em trocas reais e mútuo aprendizado. Quando falamos sobre fazer networking, as conexões precisam ir além de interações casuais Getty Images via BBC Todos os dias nos conectamos com pessoas. Seja no trabalho, no grupo de WhatsApp ou no bairro onde moramos, as interações são parte da natureza do ser humano. Mas quando falamos sobre fazer networking (algo como uma conexão com outras pessoas com fins profissionais), as conexões precisam ir além de interações casuais: é necessário construir relacionamentos significativos, baseados em trocas reais e mútuo aprendizado. Embora nossos vínculos pessoais mais fortes sejam construídos dessa forma, muitas pessoas sentem dificuldade em levar isso para a vida profissional. "Parece um bicho de sete cabeças porque é feito de forma errada. Networking não é sobre fazer contatos pensando em como você pode se beneficiar. É uma via de mão-dupla, em que ambas as partes percebem valor naquela relação", define a psicóloga e especialista em desenvolvimento de carreira Isabela Cavalheiro. Segundo ela, a dificuldade de fazer networking também surge por falta de autoconhecimento. Muitas pessoas acham que não têm nada a oferecer para contribuir com o desenvolvimento do outro, quando, na verdade, todos temos algo interessante a compartilhar. "Pode ser uma experiência, uma indicação, um conhecimento específico. Tudo isso gera valor dentro de uma relação", afirma. A BBC News Brasil entrevistou especialistas na área de carreiras que compartilharam dicas sobre como fazer networking, manter essas conexões e evitar erros na hora de construir relacionamentos profissionais. Por onde começar o networking? O primeiro passo para criar uma rede de contatos é fazer uma lista de pessoas com quem você quer se conectar. Se você está começando em um novo emprego, fazendo uma transição de carreira ou mudando de cidade, por exemplo, uma dica é mapear possíveis contatos — pensando em pessoas que possuem interesses similares aos seus e que podem se beneficiar dessa conexão. "Se eu tenho uma empresa que presta um determinado serviço, e decido abrir uma filial em outra cidade, eu preciso identificar onde estão as pessoas que podem ter interesse no meu serviço, mas também analisar quais os problemas que elas têm e como eu posso ajudar a resolvê-los. É importante que essa conexão não seja apenas interessante para mim, mas eu preciso ser interessante para ela", explica Caroline Marcon, consultora organizacional e autora do livro O poder dos times AAA. 'É importante que a conexão não seja apenas interessante para mim, eu preciso ser interessante para ela', diz Caroline Marcon, consultora organizacional Tereza Sá via BBC Depois de identificar esses contatos, é preciso buscar formas de se conectar. Nesse sentido, participar de eventos presenciais, que reúnem várias pessoas de uma mesma área profissional, pode favorecer essas conexões. Esses espaços são propícios para fazer networking, uma vez que as pessoas estão abertas a isso e o próprio evento cria oportunidades para o público se conectar. "Muitos eventos têm dinâmicas específicas para as pessoas interagirem, se conhecerem e se apresentar. É uma oportunidade única para fazer e ampliar contatos", destaca Isabela Cavalheiro. Nessas horas, segundo a psicóloga, é necessário deixar a timidez de lado e tomar a iniciativa para conversar. Uma dica é sentar perto de pessoas com quem você tem interesse em fazer networking ou aproveitar momentos de interação, como a pausa do café, para puxar um assunto. Caso você tenha um contato em comum com a pessoa, peça para ser apresentado. Isso também ajuda na hora de se aproximar. "Lembre-se que você e as pessoas que estão ali, participam de um mesmo evento, então vocês já têm algo em comum, o que facilita a conexão. Pense em algo que tem a ver com o tema, se apresente, pergunte da pessoa e comece uma conversa naturalmente.", aconselha. Por mais desconfortável que seja tomar a iniciativa para se apresentar para alguém, é importante evitar atitudes que vão te impedir de fazer novas conexões, como ficar no celular o tempo todo ou sentar perto de quem você já conhece. "Por mais que seja cômodo e te deixe em um lugar seguro, isso é muito ruim, porque você não vai conseguir se relacionar naquele espaço. Eventos presenciais costumam trazer oportunidades únicas. Já vi casos de pessoas que fecharam parcerias incríveis após um evento", destaca Cavalheiro. Uma vez feita a conexão, é importante mantê-la para além do evento. Caroline Marcon aconselha a pegar um cartão, o número de WhatsApp ou trocar contas nas redes sociais. "É uma forma de você continuar a troca fora daquele espaço, o que é fundamental na hora de construir seu networking", afirma. Redes sociais facilitam conexões As redes sociais são o principal instrumento de conexão entre pessoas nos dias de hoje e se tornam grandes aliadas na hora de fazer networking. Participar de grupos específicos no Facebook ou LinkedIn, ou de comunidades de WhatsApp, por exemplo, ajuda um profissional a ampliar contatos. Além disso, a rede social costuma fazer com que as pessoas se sintam mais confortáveis para mandar uma mensagem e conversar. No LinkedIn, por exemplo, é possível se conectar com pessoas que trabalham em determinados setores e empresas, que escreveram livros e artigos que você já leu e se interessou. Mas as especialistas alertam: é necessário saber usar essas ferramentas. As redes sociais são grandes aliadas na hora de fazer networking Getty Images via BBC "Quando você convida uma pessoa para fazer parte da sua rede, é importante mandar uma mensagem se apresentando, falar sobre o trabalho dela, explicar como chegou até ela, dizer algo de valor. Isso ajuda a criar uma conexão", aconselha Marcon, citando que mensagens grandes e que seguem um padrão não são indicadas, pois não geram interesse. "Muita gente acha que ter uma lista de distribuição no WhatsApp é fazer networking, mas não é. Porque as pessoas sabem que o que foi enviado para elas foi enviado para outras pessoas, e muitas não vão nem ler, porque não se sentem importantes", complementa. Como manter o networking ativo? Manter a rede de contatos ativa é considerado por especialistas a parte mais difícil do networking. Questões como distância, correria do dia a dia e até mesmo subestimar a importância de tirar um tempo para falar com essas conexões podem dificultar a manutenção das relações profissionais. Para Caroline Marcon, o networking precisa ser tratado como uma tarefa — o que requer planejamento e disciplina. "A ativação de networking precisa ser feita de tempos em tempos, mas se a gente não coloca isso como compromisso, a gente esquece. Sugiro separar momentos na agenda, a cada 15 dias, e tirar uma hora para restabelecer contatos e reativar uma conexão", recomenda. Apostar nas redes sociais e em aplicativos de mensagem como o WhatsApp são boas formas de manter essas conexões. Nessas horas, segundo a psicóloga Isabela Cavalheiro, é importante pensar em maneiras que você pode agregar para a pessoa, para que seja algo natural. "Você pode falar sobre um evento que vai acontecer e você sabe que a pessoa se interessa, indicar locais a que você foi, mandar o link de um artigo, podcast ou reportagem que a pessoa vai gostar", sugere. "O distanciamento ao longo do tempo é normal de acontecer, mas se as duas pessoas veem valor naquela relação, o networking vai funcionar", destaca. Isabela Cavalheiro, psicóloga, especialista em desenvolvimento de carreira: 'O distanciamento ao longo do tempo é normal de acontecer' Arquivo pessoal via BBC Principais erros ao fazer networking Um dos principais erros cometidos pelas pessoas na hora de fazer networking é acionar a rede de contatos apenas quando precisam de algo. Além de criar uma conexão que não tem futuro, já que a outra parte não vê benefício para ela na relação, você pode ser visto como interesseiro. "O pior tipo de pessoa em uma relação é a interesseira, que só procura quando precisa de um favor. Ninguém quer ser chamado para tomar um café e a única coisa a ouvir é 'estou precisando de um emprego, aqui está meu currículo'", ressalta Marcon. Assim, ao criar uma rede de contatos, é importante se conectar genuinamente com as pessoas. Isso inclui construir relacionamentos em que as duas partes são interessantes uma para outra e podem se beneficiar mutuamente. "Sempre aconselho que as pessoas falem sobre o que elas têm a oferecer antes de pedir qualquer coisa", destaca Marcon. Outro erro é sair se conectando com muitas pessoas, acreditando que a quantidade de contatos te faz ter uma boa rede. Ter uma lista enorme com o telefone de várias pessoas não se traduz em networking se essas pessoas não se lembram de você ou nem sabem quem você é. Ao criar uma rede de contatos, é importante se conectar genuinamente com as pessoas Getty Images via BBC Segundo as especialistas, o networking precisa ser estratégico. Ao ir a um evento, por exemplo, conecte-se com as pessoas, mas avalie depois com quais delas há um potencial de conexão interessante e invista nessas relações. "Você não precisa manter o networking com todas as pessoas com quem conversa. Ninguém consegue regar todos os potes de conexão que faz e manter contato frequente com todo mundo", afirma Cavalheiro. A psicóloga também chama atenção para o bom senso na hora de fazer networking. Segundo Cavalheiro, é necessário avaliar se há reciprocidade na relação. Se você fez dois, três contatos e não teve retorno, a pessoa está deixando claro que não está disponível para você. Nesses casos, insistir demais é um erro e você pode ser visto como chato. "Eu discordo das pessoas que tentam vencer pelo cansaço. Acho que se você está tentando se conectar com alguém, e essa pessoa só foge de você, é hora de procurar outros contatos", opina. Por que fazer networking é tão importante? "Se você conversar com pessoas que são bem-sucedidas profissionalmente, lideranças de grandes empresas, elas vão dizer que os relacionamentos que elas construíram ao longo da carreira foram essenciais para que elas chegassem onde estão", afirma Caroline Marcon. A consultora organizacional ressalta que é por meio de um networking bem feito que cada pessoa será lembrada pela rede de contatos — seja na hora de uma recomendação profissional, ou para estender a mão em uma situação difícil. Além disso, o networking acelera a construção reputacional e abre portas para a carreira. "O networking traz oportunidades que algumas pessoas levam anos para construir na carreira. E, na maioria das vezes, essas oportunidades vêm quando a gente menos espera, por meio de trocas genuínas que a gente teve e relacionamentos que a gente cultivou", destaca Marcon. Veja mais em: 'Trabalhar de casa não é trabalho sério': por que ex-chefão do varejo britânico é contra o home-office As experiências de outros países com jornada de trabalho reduzida Home office vai acabar? Por que cada vez mais empresas estão voltando ao trabalho presencial Saiba quais são os feriados de abril de 2025 Saiba se você tem dinheiro esquecido no antigo fundo PIS/Pasep Veja Mais

Fazenda alia alta produção e sustentabilidade

G1 Economia Para preservar a fauna e flora local, uma fazenda de São Manuel (SP) adotou medidas que não prejudicam a produção agrícola da propriedade. Fazenda investe em produção econômica e sustentável TV TEM/Reprodução Atualmente, a agricultura e o meio ambiente têm coexistido nas fazendas do interior de São Paulo. Com o propósito de preservar a natureza e, o mesmo tempo, não comprometer a produção, iniciativas sustentáveis podem gerar um impacto positivo na flora e fauna do país. É o caso de uma fazenda localizada no município de São Manuel (SP), onde há uma usina de cana-de-açúcar que cobre uma área total de 1600 hectares. No entanto, quase 17% do local estão cobertos por uma vegetação nativa do cerrado. De acordo com o diretor institucional Moacir Fernandes Filho a mudança de planejamento sustentável da fazenda iniciou no ano de 2008, com a restauração das áreas degradadas. "O objetivo da companhia é ser uma empresa perene, é o nosso grande sonho. A sustentabilidade tem que caminhar de mãos dadas com a companhia. Isso é algo cultural para gente, está no nosso DNA, faz parte da nossa política, por respeito ao meio ambiente, por respeito às pessoas. Nós achamos que é mais do que uma crença: é uma política da companhia", diz. Uma das primeiras ações de sustentabilidade da companhia foi a criação de um viveiro, onde são cultivadas diversas mudas usadas no processo de reflorestamento das áreas que necessitam desse procedimento. O viveiro conta com 94 espécies de árvores e plantas nativas, e a capacidade de produção anual chega a 200 mil mudas. Além do reflorestamento, a companhia também criou um projeto que monitora a caminhada dos animais, que é chamado de corredores ecológicos. Além disso, em parceria com várias instituições, também faz a soltura de animais resgatados nas áreas da fazenda. "Foram feitos, até hoje, 711 avistamentos, e dentre eles eu posso citar onça-parda, lobo-guará, tamanduá-bandeira, diversas aves, como o tico-tico-rei, o anu-branco, entre outros. É uma gama de variedades de fauna, e a gente consegue mensurar como é que está o ecossistema local, bem como propiciar áreas de suturas, tanto para animais apreendidos como animais recuperados também", explica Natalia Cristina Javra de Souza Toledo, líder da adequação ambiental. Os projetos da companhia mostram como é possível a natureza e agricultura coexistirem sem prejudicar o meio ambiente e as produções agrícolas. Dessa forma, a vida do planeta pode ser preservada e restaurada à medida que mais fazendas adotarem esse método. Veja a reportagem exibida no programa em 20/04/2025: Fazenda alia alta produção e sustentabilidade VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais