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Dólar encosta nos R$ 5,17 após corte de 0,25 ponto percentual do Copom; Ibovespa cai

G1 Economia Na quarta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,47%, cotada a R$ 5,0908. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,21%, aos 129.481 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar opera em forte alta nesta quinta-feira (9), à medida que investidores repercutem a nova decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na véspera. Na quarta-feira, o Banco Central do Brasil (BC) decidiu reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), contrariando suas próprias estimativas — em março, o colegiado havia previsto um corte de 0,50 p.p. na reunião deste mês. O movimento, segundo especialistas, reflete a piora do quadro fiscal e a manutenção dos juros nos Estados Unidos. (entenda mais abaixo) Na agenda, investidores ainda monitoram uma série de indicadores locais e internacionais divulgados ao longo da semana, além de vários balanços corporativos. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), opera em forte baixa, com uma queda generalizada em ações de diversos setores. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h40, o dólar subia 1,48%, cotado a R$ 5,1659. Na máxima do dia, atingiu R$ 5,1664. Veja mais cotações. Na quarta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,47%, vendida a R$ 5,0908. Com o resultado, acumulou: avanço de 0,42% na semana; recuo de 1,96% no mês; ganho de 4,91% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,53%, aos 127.504 pontos. Na quarta-feira, o índice teve uma alta de 0,21%, aos 129.481 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,76% na semana; avanço de 2,82% no mês; perdas de 3,51% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O principal destaque desta semana fica com a decisão de política monetária do Copom. O BC decidiu reduzir o ritmo de cortes da taxa básica de juros e diminuiu a Selic em 0,25 p.p., contrariando suas próprias estimativas. Na reunião de março, a instituição havia estimado promover mais um corte de 0,50 p.p. da Selic em maio, em linha com as reduções dos últimos encontros. Copom: por que o BC diminuiu o ritmo de cortes de juros e quais os recados sobre o futuro da Selic Desde então, no entanto, o cenário mudou bastante. Em meados de abril, após o governo propor reduzir as metas para as contas públicas dos próximos anos, Campos Neto afirmou que o trabalho do BC para conduzir a inflação aos patamares pré-estabelecidos ficou mais "custoso e difícil". "A evidência do que vimos nos últimos dias nos mostra que o mercado ficou mais preocupado com relação ao fiscal [contas públicas], e qual vai ser o equilíbrio fiscal no futuro, com efeito no prêmio de risco, o que torna o trabalho mais difícil e custoso", afirmou Campos Neto, durante participação em evento da XP em Washington, nos Estados Unidos, no mês passado. Isso porque, ao possibilitar mais gastos públicos em relação ao que era esperado anteriormente com a mudança das metas fiscais, a tendência é de uma pressão maior sobre inflação nos próximos anos -- dificultando seu controle. Além disso, o cenário de incertezas ganhou ainda mais força após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sinalizar que os juros na maior economia do mundo podem demorar mais a cair. Na semana passada, o BC dos EUA manteve os juros do país inalterados no patamar entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior nível em 20 anos, voltando a enfatizar a cautela com a inflação. De acordo com a ferramenta FedWatch, que reúne as projeções do mercado para as taxas de juros nos Estados Unidos, um ciclo de corte nas taxas só deve começar em setembro — ou até depois disso. Como os juros nos Estados Unidos influenciam a decisão do Copom No comunicado divulgado após a decisão, o colegiado afirmou que "acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária". "O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", informou o colegiado no documento. O Copom ainda destacou que "avalia que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradas demandam maior cautela", deixando de sinalizar que prevê novos cortes da Selic à frente. "A política monetária deve se manter contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", disse o comitê no documento, reforçando que a "extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta". Além disso, especialistas também reforçam que o fato de não ter sido uma decisão unânime tende a pesar no mercado nesta quinta-feira (8). Isso porque investidores seguem incertos sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, se encerra no fim de 2024. Na agenda, investidores ainda repercutem uma série de balanços corporativos e indicadores nacionais e internacionais. Na quarta-feira (8), dado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicaram que a balança comercial brasileira registrou um superávit (quando o volume de exportações supera o de importações) de US$ 9,041 bilhões em abril. O saldo foi 13,7% mais forte do que o registrado em igual mês de 2023 (US$ 8 bilhões). Segundo o governo, em abril: as exportações somaram US$ 30,92 bilhões; as importações somaram US$ 21,879 bilhões. Ainda entre os indicadores, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,72% em abril, uma reversão expressiva da queda de 0,30% vista no mês anterior. Investidores também aguardam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) na sexta-feira (10). Já do lado fiscal, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o governo não trabalha com um limite para os gastos emergenciais de enfrentamento à catástrofe no RS, mas destacou que a experiência mostra que os desembolsos para esta finalidade não serão "meteoros" fiscais e não devem "nem arranhar" a dívida pública do país. Além disso, o ministério também informou que o governo ainda deve avaliar os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul sobre a balança comercial brasileira a partir de maio. SAIBA COMO AJUDAR AS VÍTIMAS DA CHUVA NO RS No exterior, o mercado ainda segue atento a eventuais falar de dirigentes do Fed, em busca de sinais sobre os próximos passos da instituição sobre os juros do país. Na quarta-feira (8), a presidente da distrital do Fed em Boston, Susan Collins, afirmou que a atual configuração da política monetária norte-americana irá desacelerar a economia do país. Com isso, a banqueira central diz acreditar que a inflação pode voltar à meta de 2%. Já na terça-feira (7), o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que é possível que a autarquia decida por reduzir as taxas de juros norte-americanas ainda neste ano se as pressões sobre os preços voltarem a diminuir. Dados econômicos dos Estados Unidos também ficam no radar. *Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro

G1 Economia Cerca de 70% do arroz consumido no país vem do RS. Para falar sobre possíveis impactos das chuvas nas plantações do grão, o podcast "De onde vem o que eu como" conversou com presidente da Federação da Agricultura do estado. Diante da tragédia histórica que atinge o Rio Grande do Sul, provocada pelas fortes chuvas desde o final de abril, cidades inteiras ficaram submersas e as produções agropecuárias do estado foram diretamente afetadas, com destaque para o arroz e a soja. Indústria negocia comprar arroz da Tailândia Para entender os possíveis impactos dessa tragédia para o abastecimento do estado e do país, o podcast “De onde vem o que eu como” desta semana conversou com o presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Gedeão Pereira. Além das plantações inundadas, o agro no RS enfrenta questões logísticas que dificultam o escoamento dos alimentos para o restante do Brasil, já que estradas foram destruídas e centros de distribuição foram afetados. Uma das maiores preocupações da indústria e do governo federal é com o fornecimento de arroz. O estado lidera essa produção: cerca de 70% do que é consumido no país sai do Rio Grande do Sul. Estima-se que, da safra total, 80% do arroz já havia sido colhido, mas uma parte que ainda estava na terra ficou debaixo d'água e silos (sistemas de armazenagem) também tiveram impacto com as enchentes. Colheita de arroz da lavoura do MST em Viamão, no RS Celso Tavares / g1 Ainda não se sabe quanto foi perdido, mas as fábricas e o governo planejam importar arroz. No entanto, o presidente da Farsul não vê risco de desabastecimento do grão no Brasil pelos próximos 10 meses. Na vice-liderança de produção da soja, o RS tinha a previsão de produzir 21,8 milhões de toneladas nesta safra, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Porém, por causa das enchentes o estado pode perder até 6% da colheita, aponta uma pesquisa do Datagro. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho De onde vem o Maracujá De onde vem a uva de mesa Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.722 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 40 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (9), em São Paulo. No concurso da última terça-feira (7), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

'Racha' no Copom: Haddad diz que vai esperar ata da reunião para comentar resultado

G1 Economia BC reduziu ritmo de queda dos juros ao cortar Selic em 0,25 ponto percentual nesta quarta; taxa foi pra 10,5% ao ano. Campos Neto deu voto de desempate e decidiu por corte menor. Haddad diz que vai aguardar ata do Copom antes de comentar 'racha' em votaçao da Selic O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não quis comentar nesta quinta-feira (9) o "racha", ou seja, a divisão, na diretoria do Banco Central sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic. Nesta quarta-feira (8), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, formado pelo presidente, Roberto Campos Neto, e pelos diretores da instituição, decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa básica de juros --- que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano. A decisão foi dividida. Os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. "Eu vou esperar a ata [do Copom, que sai na terça-feira da próxima semana], acho que a ata pode esclarecer melhor o que passou. O comunicado está muito sintético", declarou o ministro Fernando Haddad. Cinco membros votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual. São eles: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes. Quatro votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual. São eles: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. Questionado se o "racha" no Copom não poderia deixar o mercado financeiro mais nervoso nesta quinta-feira, indicando uma possível leniência do governo petista com a inflação no próximo ano -- quando terá maioria no Copom -- Haddad não respondeu diretamente à pergunta. "Não, não. Acho que ‘guidance’ [direcionamento que a diretoria do BC costuma indicar nos documentos oficiais] era uma coisa muito importante de se observar", se limitou a dizer o ministro. Em comunicado sobre a decisão, divulgado nesta quarta-feira, o Copom não indicou a possibilidade de novos cortes de juros -- algo que vinha fazendo até a reunião anterior, realizada em março. "O Comitê também reforça, com especial ênfase, que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta", se limitou a informar o Copom, do Banco Central. PT e o Banco Central A divisão no Copom é mais um capítulo na disputa dentro do Banco Central. Por várias vezes, no ano passado, o presidente Luis Inácio Lula da Silva criticou a demora da instituição em começar a reduzir a taxa de juros. A preocupação do presidente é com o crescimento da economia. Após a decisão do Comitê de reduzir o ritmo de corte dos juros, nesta quarta, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, afirmou, por meio de rede social, que seria "um crime contra o país a decisão do Copom, de cortar apenas 0,25 ponto da maior taxa de juros do planeta". "Não há fundamento econômico para isso e houve divergência de 4 diretores nessa decisão. A inflação está sob controle e em queda, o ambiente de investimentos melhora, os empregos também. O nome disso é sabotagem. Contra o desenvolvimento, contra o Brasil. Esta é a consequência da "autonomia" do BC, que permitiu o prolongamento do mandato de uma direção bolsonarista, que faz política e oposição ao governo eleito pelo povo", disse Gleisi Hoffman, nesta quarta. Copom reduz Selic para 10,50% ao ano, corte de 0,25 p.p.; veja a análise Banda da meta de inflação Ele também não respondeu se o Copom deve mirar no centro das metas de inflação, conforme prega o atual presidente, Roberto Campos Neto, ou se deve usar a banda de oscilação de 1,5 ponto percentual em torno do objetivo central. A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Ou seja, o Copom considera as estimativas para a inflação futura, e não a inflação corrente, para tomar as decisões. Em entrevista nesta quarta-feira ao programa "Bom dia, ministro", da EBC, Haddad afirmou que a inflação está dentro da banda da meta, pelo segundo ano, "com certo conforto", e "a previsão é que mais uma vez Lula vai conseguir cumprir seu mandato com inflação dentro da meta pelos quatro anos". Haddad também afirmou, ontem, antes da decisão do Copom, que "a taxa de juros [brasileira] continua uma das mais elevadas do mundo, e inflação de março e previa de abril se comportaram muito bem". Déficit das contas e tensões internacionais A decisão do Copom de reduzir o ritmo de corte da taxa de juros aconteceu após a equipe econômica do presidente Lula propor uma redução nas metas para as contas públicas neste ano. Para 2025, o governo propôs uma mudança da meta fiscal atual, que é de um superávit de 0,5% do PIB (+R$ 62 bilhões) para uma meta fiscal zero, sem déficit nem superávit. Para 2026, a equipe econômica propôs uma mudança na meta vigente, que é de um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões) para um superávit menor, de 0,25% do PIB -- cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos -- o que pode impulsionar mais a inflação. Além disso, o cenário externo também está mais tensionado e incerto pelo adiamento e redução do espaço para juros cortes de taxas nas economias desenvolvidas -- como os Estados Unidos. Analistas avaliam que isso reduz o espaço para cortes de juros nas economias emergentes, sob o risco de pressão na taxa de câmbio -- que também é ruim para a inflação. Veja Mais

Copom: voto de Campos Neto racha diretoria antiga e sucessores; entenda por que isso é importante

G1 Economia Presidente do BC deu o voto de minerva pela redução da Selic em 0,25 ponto percentual. Decisão acirrada expõe divisão entre diretores 'veteranos' e os indicados pelo novo governo, o que aumenta incerteza sobre como deve ser a transição para a nova gestão no ano que vem. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante debate no Senado TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Em uma votação acirrada no Comitê de Política Monetária (Copom) da última quarta-feira (8), o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, foi o responsável pelo voto de minerva que determinou o corte da taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual (p.p.). Essa foi a segunda vez em menos de um ano que Campos Neto precisou dar um voto decisivo para definir o novo patamar de juros do país — e apenas a quarta vez em 20 anos. Nas outras duas vezes, o presidente do BC era Henrique Meirelles, em 2007. Nessa mesma janela, apenas 34 reuniões tiveram divergência de votos, contando com o encontro da última quarta-feira. O levantamento é do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores. Desta vez, os votos divididos carregam um recado importante, que acende um alerta no mercado financeiro: 5 votos vieram de diretores antigos, indicados na gestão passada do governo federal; 4 votos vieram de novos diretores, indicados pelo atual presidente. Há no ar uma incerteza sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Campos Neto se encerra no fim de 2024. E os preferidos para ocupar o seu lugar são Gabriel Galípolo, ex-número 2 do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o economista Paulo Pichetti. Ambos são diretores da instituição. Galípolo e Pichetti ficaram ao lado dos novos diretores, todos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que votaram por uma redução de 0,50 p.p. na reunião desta quarta. Veja abaixo como ficou a divisão. Votaram por uma redução de 0,25 p.p.: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente); Carolina de Assis Barros; Diogo Abry Guillen; Otávio Ribeiro Damaso; e Renato Dias de Brito Gomes. Já os votos por uma redução de 0,50 p.p. ficaram com os seguintes membros: Ailton de Aquino Santos; Gabriel Muricca Galípolo; Paulo Picchetti; e Rodrigo Alves Teixeira. Economistas e agentes de mercado querem uma transição suave no Banco Central, mas a divisão indica que uma mudança de rumos pode estar perto de acontecer. LEIA MAIS Copom faz corte de 0,25 ponto percentual e leva Selic para 10,50% ao ano Por que o BC diminuiu o ritmo de cortes de juros e quais os recados sobre o futuro da Selic Brasil continua com o 2º maior juro real do mundo; veja ranking Copom reduz Selic para 10,50% ao ano, corte de 0,25 p.p.; veja a análise O que a votação dividida do Copom significa? Segundo especialistas ouvidos pelo g1, a leitura do "racha" nesta reunião do Copom é de que os novos diretores tendem a optar por uma condução mais frouxa da política monetária (no jargão dos economistas, mais "dovish"). “O dissenso diz que esse Banco Central novo, que vai entrar, é mais 'dovish', que vamos ter uma inflação média mais alta e juros menores na economia”, afirmou o sócio-fundador da Armor Capital Alfredo Menezes em uma live recente da Warren Investimentos. Juros mais baixos podem significar mais impulso à atividade econômica, mas também uma inflação rodando possivelmente em nível mais elevado. É uma mudança de posição em relação à gestão atual, que em geral é mais cautelosa no momento de reduzir os juros por um receio de perda de controle dos preços no país. Por isso, para o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, a principal notícia desta reunião do Copom era justamente a composição de cada lado na votação desta quarta-feira. Como o mercado já vinha precificando uma redução no ritmo de cortes de juros, as atenções já se voltam para o que será do futuro do BC. "O colegiado não seguiu, inclusive, o forward guidance [estimativas dadas pelo próprio BC sobre o futuro da política monetária] que ele tinha anunciado na última reunião [...] e, eventualmente, já sinaliza para um próximo BC que pode ter uma cabeça voltada para juros mais baixos", disse o economista. A proximidade da troca no comando do Banco Central deve tornar mais comum as divergências internas, mas também pode significar maior dificuldade do próximo presidente em construir consenso dentro do BC em 2025. O descumprimento do forward guidance Outro ponto que está na mira dos investidores foi a retirada do "forward guidance" no comunicado divulgado pelo colegiado. Forward guidance (em português, orientação futura) é uma espécie de estimativa feita pelo BC sobre o futuro da política monetária. Em outros termos, é uma maneira de dar previsibilidade da condução dos trabalhos e mais conforto para a tomada de decisão dos investidores internos e externos. Na reunião de março do colegiado, o comitê havia reduzido a Selic em 0,50 p.p. e indicado no comunicado a possibilidade de uma redução da “mesma magnitude” no encontro deste mês. Mas decidiu contrariar a própria indicação e cortou 0,25 p.p. De acordo com economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, a tentativa de ancoragem das expectativas de inflação com base em uma sinalização futura não funcionou, fazendo com que o Copom optasse por retirar qualquer sinalização de futuro do comunicado desta quarta. No texto, o colegiado não fez nenhuma menção a próximos passos, deixando a possibilidade de mudança de cenário em aberto. Isso adiciona mais incerteza sobre o futuro da trajetória de juros no país. "Sem essa sinalização sobre a condução futura, o BC mostra, mais uma vez, que está bastante dividido sobre a forma como se deve conduzir a política monetária.", afirmou a economista. Os especialistas aguardam, agora, a ata do Copom, que deve ser divulgada na próxima terça-feira (14), e que tende a trazer uma análise mais completa e aprofundada sobre as percepções do colegiado. Veja Mais

Chuvas no RS: como ficam aluguéis, indenizações e trabalho em uma emergência climática

G1 Economia Advogados ouvidos pelo g1 explicam que algumas situações podem dar direito de recebimento de indenização, mas destacam que é necessário documentar todos os prejuízos. Canoas inundada durante enchente no Rio Grande do Sul Globo/Reprodução O maior desastre ambiental da história do Rio Grande do Sul já impactou centenas de milhares de pessoas, que precisaram deixar suas casas, e deixou centenas de desaparecidos e mortos. Além dos impactos sociais e emocionais causados por um fenômeno dessa magnitude, a vida financeira da população da região também foi atingida em cheio, com a perda de imóveis, automóveis, eletrodomésticos, além da impossibilidade de trabalhar. O g1 conversou com dois especialistas para entender quais são os direitos do trabalhador e do consumidor em uma situação como esta. Veja a seguir no texto ou ouça o podcast Educação Financeira. LEIA TAMBÉM Chuvas no RS: veja as medidas anunciadas pelos principais bancos para apoiar os atingidos Como fazer o Saque Calamidade do FGTS; veja o passo a passo O que acontece com os trabalhadores afetados por enchentes? SAIBA COMO AJUDAR QUEM PERDEU TUDO COM A CHUVA Marinha carrega maior navio da América Latina com ajuda para o RS Seguros de imóveis e automóveis O jeito mais simples de conseguir uma indenização pelos danos ou perdas causados em imóveis e automóveis por algum fenômeno natural é por meio dos seguros. O advogado especialista em direito civil e do consumidor, Bruno Machado, explica que as pessoas afetadas por alguma situação do tipo precisam recorrer ao contrato da prestação de serviços do seguro e verificar o que a cobertura abrange. “É preciso verificar na apólice se a cobertura prevê os danos causados nesses fenômenos, que podem abranger enchentes, deslizamentos e outros eventos climáticos”, afirma o advogado. “O consumidor, uma vez verificado que existe a previsão, ele precisa notificar a seguradora, documentar esse infortúnio e preencher um eventual formulário para dar início ao processo de reivindicação dessa indenização.” Se o proprietário do bem que foi afetado não possuir seguro ou tiver um seguro que não cobre esses fenômenos, Machado pontua que a única alternativa passa a ser pedir auxílio para o governo. Nestes casos, a pessoa tem duas alternativas: monitorar as iniciativas do próprio governo, que disponibiliza verbas para o auxílio da população afetada; pedir, judicialmente, uma indenização. Machado alerta que, na segunda opção, o processo pode ser mais demorado e arriscado, porque a pessoa atingida pelo fenômeno climático precisará comprovar que o seu bem estava completamente regulamentado e que a tragédia poderia ter sido evitada por alguma medida de prevenção do governo. Aluguel de imóveis afetados pelas enchentes No caso de moradores que vivem em casas alugadas e tiveram a residência impactada pelo fenômeno natural, Bruno Machado destaca que a melhor opção é negociar diretamente com o proprietário do imóvel as melhores condições para a resolução do problema. Se a casa ficou inabitável, o proprietário não pode cobrar o aluguel do morador e, inclusive, existe a possibilidade de colocar fim ao contrato. Já se o imóvel foi afetado, mas com alguns reparos puder ser habitado novamente, o advogado reforça que as partes envolvidas no contrato devem conversar para chegar a um acordo. Se o morador, por exemplo, tiver a intenção de voltar a ocupar o imóvel, pode negociar um valor de aluguel diferenciado ou até a interrupção da cobrança temporariamente. Os eventuais reparos que o imóvel necessitar são de responsabilidade do proprietário, que não pode cobrar do morador, ressalta Machado. Para os imóveis comerciais que são alugados, o advogado dá as mesmas orientações: é importante negociar para chegar no melhor lugar comum para o proprietário e o locatário. No entanto, Machado destaca que é muito comum que, para contratos de aluguel de espaços comerciais, seja exigido um seguro. Nesse sentido, se o imóvel contar com o seguro, basta acionar a seguradora. Globocop flagra cavalo ilhado em Canoas, RS Opções do patrão e dos funcionários Um fenômeno climático como o que está acontecendo no Rio Grande do Sul também pode impactar diretamente a vida profissional, seja porque o local de trabalho foi afetado ou simplesmente pelos danos psicológicos que a situação traz ao trabalhador. Maurício Côrrea da Veiga, advogado especialista em direito do trabalho, pontua que a legislação trabalhista brasileira não prevê como falta justificada a ausência por um fenômeno climático. “Isso poderia abrir brecha até para que o empregador descontasse os dias de ausência do funcionário que não conseguiu ir trabalhar”, comenta. O advogado destaca que, em uma situação assim, deve prevalecer o bom senso. Empregado e empregador devem conversar para verificar as possibilidades. Se o trabalhador não conseguir se locomover até o local de trabalho, por exemplo, mas puder desempenhar a atividade de casa, o patrão deve liberar o trabalho home office em caráter excepcional. Se, mesmo com o funcionário comprovando que não consegue trabalhar, o empregador optar por descontar do salário, Veiga explica que o trabalhador pode recorrer à Justiça para não ter esses dias descontados e até pedir uma indenização por danos morais. Apesar da falta de previsão de fenômenos climáticos nas leis trabalhistas, o advogado comenta que, tanto patrão quanto funcionário, podem recorrer a um recurso previsto na legislação previdenciária: o auxílio por incapacidade temporária. Veiga afirma que esse é um recurso disponível para qualquer trabalhador que já contribuiu com o INSS por, pelo menos, 12 meses. O empregador pode solicitar o auxílio para o seu funcionário ou o próprio trabalhador pode buscar essa possibilidade. Tudo é feito de forma online, pelo site do INSS. A importância de documentar tudo O advogado Maurício Côrrea da Veiga destaca que, tanto para conseguir indenizações pelo direito do consumidor quanto pelo direito do consumidor, é importante que a pessoa se resguarde documentando toda a situação que ela está vivendo. No caso do Rio Grande do Sul e outras tragédias climáticas, os eventos são de conhecimento nacional e contam com grande repercussão. Porém, outros fenômenos menores podem não ter o mesmo alcance e, para isso, é importante comprovar qualquer prejuízo. Para isso, Veiga afirma que registrar os estragos com a máxima quantidade de fotos e vídeos possível é a melhor alternativa. Aumentos nos preços de produtos básicos Ainda na seara do direito do consumidor, o advogado Bruno Machado destaca que os comerciantes não podem aumentar os preços dos seus produtos — sobretudo os produtos mais básicos — na região afetada enquanto a população atravessa os estragos. O aumento injustificado, principalmente em uma situação de calamidade pública, é crime contra o consumidor e cabe punição para quem pratica. Machado explica que o consumidor que notar qualquer movimentação do tipo em algum comércio deve registrar o aumento de preços e informar imediatamente o Procon e o Ministério Público. Veja Mais

Entenda o que é responsabilidade fiscal e porque o assunto virou tema de disputa entre os Poderes

G1 Economia Busca pelo equilíbrio das contas públicas tem gerado atrito entre Executivo e Legislativo nas últimas semanas; economistas destacam sustentabilidade de gastos. Na semana em que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) completou 24 anos, o termo “responsabilidade fiscal” entrou no centro de um atrito entre o Executivo e o Legislativo. Nas últimas semanas, o governo conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de uma medida aprovada pelo Congresso sob o argumento de que o Legislativo deveria ter apontado uma fonte de compensação para a renúncia de receitas. A ação desencadeou um debate sobre a responsabilidade fiscal, com troca de críticas entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) (veja mais abaixo). Rodrigo Pacheco e Fernando Haddad JN Mas, afinal, o que é responsabilidade fiscal? O g1 conversou com advogados, economistas e cientistas políticos para entender o termo que, desde 2000, nomeia uma das principais legislações para o setor público. Cuidado com dinheiro público O economista Felipe Salto, economista-chefe da Warren Rena, define a responsabilidade fiscal como o “cuidado com o dinheiro público, de modo a equilibrar receitas e despesas ao longo do tempo e garantir a execução das políticas públicas determinadas pela Constituição e pelas Leis”. “Responsabilidade fiscal não é sinônimo de Estado mínimo ou gastos públicos pequenos, mas de contas públicas sustentáveis, fontes de financiamento e despesas que se equilibrem garantindo prosperidade e crescimento”, disse o economista. O economista Felipe Salto destaca a importância da sustentabilidade nas contas públicas. BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Para o economista e professor de finanças do CCSA-Mackenzie, Josilmar Cordenonssi, na prática, a responsabilidade fiscal interfere na vida das pessoas, principalmente por meio da inflação. “Com a responsabilidade fiscal você não deixa a dívida explodir, ter um crescimento descontrolado. Se você faz isso, os investidores perdem confiança, tanto no título de dívida do país, como também na moeda, então você teria uma inflação antes mesmo do governo imprimir moeda para pagar aquela dívida, por exemplo”, explicou o economista. Despesas x Gastos Um dos pontos centrais da responsabilidade fiscal é o equilíbrio entre a arrecadação e os gastos públicos. “A responsabilidade fiscal é um conceito que diz respeito à relação que o governo tem que manter entre receita e despesa. (...) Ou seja, quando o governo vai dar uma isenção, está reduzindo um tributo. De onde que vai tirar a receita alternativa para cobrir essa redução?”, explica o advogado e doutor em Direito Tributário, Igor Mauler. No passado, a legislação estabelecia um limite para os gastos públicos chamado teto de gastos, que determinava que a maior parte das despesas não podia subir acima da inflação do ano anterior. A nova regra para os gastos públicos, chamada de novo arcabouço fiscal, foi aprovada em agosto do ano passado, e entre outras regras, estabeleceu que as despesas: não podem subir mais do que 70% do aumento na receita; e não podem avançar mais do que 2,5% por ano acima da inflação (foi proposto um intervalo de alta real de 0,6% a 2,5%). Entenda o arcabouço fiscal em números g1 Legislativo e a responsabilidade fiscal Se a responsabilidade fiscal é essa busca pelo equilíbrio das contas públicas, leis orçamentárias – como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a própria Lei Orçamentária Anual (LOA) – têm relação direta com o tema. O mesmo ocorre com projetos de lei que tramitam no Congresso e interferem no aumento ou diminuição da arrecadação, como as que concedem isenção de impostos, por exemplo. Entre os projetos com impacto fiscal está o que estabelece a volta da cobrança do seguro obrigatório de veículos terrestres, anteriormente conhecido como DPVAT. Além de aumentar a arrecadação com a cobrança do seguro, a proposta ainda permite que o governo antecipe a ampliação de despesas no Orçamento de 2024 devido a uma alteração feita pela Câmara dos Deputados no texto. Na prática, essa medida vai liberar mais de R$ 15 bilhões em gastos, que deverão ser usados pelo Planalto para compensar um montante parcial das emendas de comissão – vetadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro. Outro projeto que também mexe com a questão da responsabilidade fiscal é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio. A proposta estabelece que um aumento de 5% do salário, a cada cinco anos, para: membros do Judiciário e do Ministério Público; ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e conselheiros de contas municipais e estaduais; delegados da Polícia Federal; integrantes da Advocacia Geral da União (AGU); e procuradores dos estados e do Distrito Federal. Nesta terça-feira (7), Pacheco defendeu que “não há irresponsabilidade fiscal na medida”. As estimativas de custos de uma eventual aprovação da PEC têm variado, com projeções de mais de R$ 80 bilhões de impacto fiscal nos próximos três anos. 'Não há irresponsabilidade fiscal' na PEC do Quinquênio, diz Pacheco Outra votação que irá interferir na questão fiscal é a manutenção ou derrubada de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a serem analisados na sessão do Congresso marcada para esta quinta-feira (9). Um dos vetos cortou R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão na LOA. Para o cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, um dos principais motivos para atritos entre Executivo e Legislativo envolvendo a questão fiscal está relacionado às emendas. “A questão da reforma fiscal mexe com interesse dos políticos, especialmente com recursos que eles contam. Então provavelmente a grande queda de braço do governo – tendo à frente o Haddad – e o mundo político é o receio que os políticos têm de ter contingenciamento, de ter essa diminuição de dinheiro que eles teriam à disposição para poder fazer obras, reparos, tudo o mais. Eu acho que esse é o elemento que norteia esse debate e esse incômodo entre Executivo e Legislativo", afirmou Rodrigo. "A votação dos vetos se insere nesse contexto geral da relação entre os Poderes, sobretudo pelo peso das emendas parlamentares. O Legislativo ganhou muito espaço no orçamento, contrariando o que prevê a constituição cidadã. É um desafio resgatar a liderança do Executivo nesse aspecto”, diz Salto. Legislativo X Executivo O último atrito entre Executivo e Legislativo envolvendo a questão da responsabilidade fiscal aconteceu nos últimos dias. Congresso Nacional visto do Palácio do Planalto. Leonardo Sá/Agência Senado O embate começou quando o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu, a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), a medida aprovada pelo Congresso que prorrogou a desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores da economia. Em seu pedido, o governo alegou que o Congresso deveria ter apontado uma fonte de compensação para a renúncia de receitas geradas pela desoneração. Após a decisão de Zanin, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, disse a jornalistas que a lei respeitou a Constituição e a responsabilidade fiscal. No dia seguinte, em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que projetos enviados para ajustar as contas públicas foram desidratados pelo Congresso, e que o Legislativo também precisa cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. No mesmo dia em que a entrevista foi divulgada, o presidente do Senado disse, em nota, “uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”. Após o atrito, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, disse que “a responsabilidade fiscal é um dever de todos”. Veja Mais

De onde vem o que eu como #88: Os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul para o agronegócio

G1 Economia Episódio conta os impactos causados pelas chuvas e como está afetando o agronegócio no estado. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. O Rio Grande do Sul é um dos estados mais importantes para o agronegócio brasileiro, e está vivendo uma tragédia histórica devido às chuvas extremas que começaram no dia 27 de abril. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: Qual a importância do Rio Grande do Sul para o agro; quais plantações estão sendo afetadas; e como isso pode afetar a população a curto e longo prazo. O podcast "De onde vem o que eu como'" é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Paula Salati. Gif - enchentes no Rio Grande do Sul Reuters; AFP; Estadão Conteúdo Leia também: Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas no RS; Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea; Produção de arroz deve ter prejuízo de R$ 68 milhões com chuvas no RS, diz Datagro. ????OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: ????ASSISTA TAMBÉM: De onde vem o papel De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: limão Tragédia no RS: os efeitos no agro é o tema do 88º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo Veja Mais

Educação Financeira #294: os direitos do trabalhador e do consumidor em uma emergência climática

G1 Economia Com as enchentes do Rio Grande do Sul, podcast ouviu dois especialistas para entender quais são os direitos da população e o que as pessoas podem fazer para buscar indenizações. Em uma emergência climática, como a que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul e já deixou centenas de cidades em situação de calamidade pública, há uma série de impactos financeiros que podem atingir a população local. Além de todos os danos emocionais e riscos para a vida, milhares de famílias perderam tudo e ficaram desabrigadas. Os negócios locais também não conseguem funcionar, e os trabalhadores ficam incapacitados de trabalhar. Com esses problemas em mente, o podcast Educação Financeira ouviu dois especialistas para entender quais são os direitos do trabalhador e do consumidor em uma situação de emergência climática, e o que as pessoas podem fazer para buscar indenizações. O episódio 294 do podcast foi ao ar antecipadamente por conta da catástrofe no Rio Grande do Sul. OUÇA O PODCAST ABAIXO: * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja Mais

Últimos dias

DPVAT: como deve funcionar a volta da cobrança do seguro

G1 Economia Reservas antigas se esgotaram e pagamentos para vítimas estão suspensos desde novembro. O seguro será rebatizado para Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). DPVAT Reprodução O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (8), o projeto de lei que reformula e permite a volta da cobrança do seguro obrigatório de veículos terrestres, o DPVAT. O texto havia sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no dia anterior e, agora, segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A cobrança do seguro, que é pago por todos os proprietários de veículos, foi suspensa no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020. Desde então, a Caixa Econômica Federal ficou responsável por administrar os recursos que já haviam sido arrecadados. Segundo o governo, o dinheiro disponível foi suficiente para pagar os pedidos de seguro das vítimas de acidentes de trânsito até novembro do ano passado. De lá para cá, os pagamentos foram suspensos. A nova regulamentação possibilitará tanto a volta da cobrança quanto a dos pagamentos do seguro. Entenda, abaixo, o que se sabe até agora sobre a volta do DPVAT. DPVAT: o que se sabe sobre possível volta do seguro, e como ele deve funcionar O que é o DPVAT? DPVAT é uma sigla para Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres. É um seguro nacional obrigatório, pago por todos os donos de veículos anualmente, como um imposto. Até 2020, a cobrança acontecia em todo início de ano, no mês de janeiro. O valor da contribuição variava de acordo com o tipo de veículo, além de ser corrigido, também, anualmente. O pagamento continuará acontecendo uma vez ao ano, e será obrigatório para os donos de carros e motos. Para que serve o DPVAT? O dinheiro arrecadado com a cobrança do seguro é destinado para as vítimas de acidentes de trânsitos, independentemente do tipo de veículo e de quem foi a culpa. Mas o pagamento dos benefícios às vítimas foi suspenso no fim do ano passado pelo esgotamento dos recursos arrecadados com o DPVAT. Agora, serão reformuladas as regras e o governo volta a cobrar o seguro, que passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). Como vai funcionar o SPVAT? As novas regras são as seguintes: o pagamento será obrigatório para quem tiver carro ou moto. Um fundo comum é criado para reservar as contribuições e os valores serão usados para cobrir indenizações por morte ou invalidez, pagas às pessoas que sofrerem acidentes. o dinheiro também será usado no reembolso de despesas com tratamento médico, fisioterapia e próteses se esses serviços não estiverem disponíveis, via SUS, no município. o seguro cobrirá despesas funerárias e reabilitação profissional de pessoas com invalidez. Não poderá receber auxílio quem já for assistido por seguro privado e plano de saúde; os valores, tanto da taxa do seguro quanto das indenizações, ainda serão definidos. O pagamento do SPVAT pode mudar de acordo com o tipo de veículo; o motorista que não pagar o seguro obrigatório estará sujeito a multa por infração grave. O presidente Lula pode vetar esse ponto; terá direito à indenização quem sofreu acidente ou companheiro e herdeiros da vítima, em caso de morte. Mesmo que os veículos envolvidos no acidente estejam irregulares — ou seja, caso os donos não tenham pagado o seguro — as vítimas terão acesso aos recursos; o pagamento da indenização deve ocorrer em um prazo de 30 dias; o licenciamento do veículo só será concedido a partir do pagamento do SPVAT, assim como a transferência de proprietário e a baixa do registro do carro; a Caixa vai cobrar o seguro, administrar o fundo e analisar os pedidos de indenização. O banco poderá contratar empresas terceirizadas para auxiliar na operação. Os recursos para pagar as empresas sairão diretamente do fundo; os estados podem fechar convênio com a Caixa para que o pagamento do SPVAT seja feito junto com o licenciamento ou com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA); os estados que efetuarem a cobrança poderão receber até 1% do montante arrecadado; estados e municípios que oferecerem transporte público coletivo ainda vão receber de 35% a 40% do dinheiro arrecadado. O SPVAT poderá pagar indenizações a vítimas de acidentes em casos de: morte e invalidez permanente, total ou parcial Também poderá reembolsar despesas com: assistência médica, como fisioterapia, medicamentos e equipamentos ortopédicos serviços funerários e a reabilitação profissional para vítimas com invalidez parcial Qual será o valor pago pelos donos de veículos O valor do novo seguro só será definido posteriormente pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). No entanto, o projeto aprovado pelo Senado traz algumas pistas do que a população pode esperar. Segundo o relator da proposta, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), um estudo do Ministério da Fazenda estima que a tarifa deverá variar entre R$ 50 e R$ 60. Se a proposta virar lei, a cobrança deve voltar a ocorrer em 2025. O projeto possibilita que a cobrança do seguro seja feita pelos estados junto ao licenciamento anual ou ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). As unidades federativas que seguirem esse caminho poderão receber até 1% do montante arrecadado anualmente pelo SPVAT. Além disso, o texto inclui no valor do SPVAT o pagamento de eventuais despesas médicas decorrentes dos acidentes de trânsito. O governo desejava deixar de fora esse item para que o valor do seguro fosse mais acessível. O texto também prevê que o não pagamento do SPVAT resultará em penalidade no Código de Trânsito Brasileiro, equivalente a uma multa por infração grave, hoje de R$ 195,23. Mas, em acordo com a oposição, Jaques anunciou que o presidente Lula vetará trechos da proposta que estabelecem multa para o não pagamento do seguro. O compromisso com o veto foi tomado para que a proposta não sofresse alterações e não precisasse voltar à Câmara, onde o texto já foi aprovado em abril. Regras para ser beneficiado pelo seguro Para solicitar o seguro, a vítima precisa apresentar o pedido com uma prova simples do acidente e do dano causado pelo evento. Em caso de morte, é preciso apresentar certidão da autópsia emitida pelo Instituto Médico Legal (IML), caso não seja comprovado a conexão da morte com o acidente apenas com a certidão de óbito. A cobertura vai gerar indenização por morte, invalidez permanente, total ou parcial, além do reembolso de despesas com assistências médicas, serviços funerários e reabilitação profissional das vítimas que possa ter desenvolvido invalidez parcial. O valor da indenização ou reembolso será estabelecido pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). O órgão também será responsável por definir os percentuais de cobertura para cada tipo de incapacidade parcial. Apesar de não haver definições sobre valores, o projeto de lei já deixou de fora da cobertura de reembolsos: despesas que forem cobertas por seguros privados; que não apresentarem especificação individual do valor do serviço médico e/ou do prestador de serviço na nota fiscal ou relatório; de pessoas que foram atendidas pelo SUS. Veja Mais

Governo vai distribuir R$ 63 milhões do Fundo de Telecomunicações para conexão de escolas

G1 Economia Segundo o Ministério das Comunicações, recursos vão servir a 1.396 escolas em sete estados. Governo lançou edital nesta quarta para empresas que queiram participar do projeto. O Ministério das Comunicações anunciou nesta quarta-feira (8) a utilização de R$ 63 milhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para levar internet às escolas públicas. Segundo o secretário de Telecomunicações, Hermano Tercius, os recursos devem atender 1.396 escolas em sete estados: Acre Amazonas Pará Amapá Maranhão Paraíba Bahia Nesta quarta-feira (8), o governo lançou um edital para seleção de empresas para receber os recursos e realizar os projetos de conexão. De acordo com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, 66% dos recursos serão direcionados a projetos no Norte e 24% no Nordeste. Com a medida, o governo pretende alcançar a meta do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que prevê a universalização do acesso à internet em todas as escolas públicas até 2026. Desde a criação do Fust, em 2000, é a primeira vez que os recursos são empregados na modalidade não reembolsável ou "a fundo perdido". Ou seja, os recursos não são considerados empréstimos e não devem retornar ao fundo. As receitas do Fust vêm da contribuição de 1% da receita operacional bruta das empresas que prestam serviços em regime público e privado. Além disso, transferências do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel). Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Fust arrecadou R$ 1,05 bilhão só em 2023. Desde 2001, o Fust recebeu R$ 27 bilhões em receitas. Contudo, o fundo não foi utilizado por conta de uma divergência legal, superada por uma mudança na lei em 2020 e 2021. Antes, os recursos só poderiam ser usados para universalizar o acesso à telefonia fixa --que está caindo em desuso. Mais R$ 1,1 bilhão O ministério pretende ainda disponibilizar mais R$ 1,1 bilhão em recursos para garantir o acesso à internet em escolas públicas. Essa quantia deve vir do benefício fiscal previsto na lei do Fust, que reduz a contribuição para o fundo em 50% caso as empresas executarem projetos aprovadas pelo Conselho Gestor do Fust com a utilização de recursos próprios. Ou seja, o governo espera que as empresas invistam R$ 1,1bilhão em projetos de conectividade, com a garantir de que haverá dedução na contribuição obrigatória de 1% da receita operacional para o fundo. Esse benefício está previsto em lei, mas precisa de regulamentação. Segundo o secretário de Telecomunicações, a pasta enviou uma proposta de decreto à Casa Civil. Com a publicação do texto, a medida ainda deve passar pelo Conselho Gestor do Fust. Veja Mais

Balança comercial tem superávit de US$ 9 bilhões em abril

G1 Economia Números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No ano, saldo comercial positivo chegou a US$ 27,7 bilhões. Plataforma de petróleo: GETTY IMAGES via BBC A balança comercial registrou superávit de US$ 9,041 bilhões em abril, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quarta-feira (8). O resultado é de superávit quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário. O saldo neste mês ficou acima do registrado em abril do ano passado, quando foi de US$ 8 bilhões. Segundo o governo, em abril: as exportações somaram US$ 30,92 bilhões; as importações somaram US$ 21,879 bilhões. Destaques das exportações em abril: Óleos combustíveis de petróleo: alta de 125,9% Açúcares e melaços: expansão de 110,9% Óleos brutos de petróleo: aumento de 92,4% Carne bovina: elevação de 79,4% Acumulado do ano No ano, as exportações totalizam US$ 108,85 bilhões e as importações, US$ 81,11 bilhões. Com isso, até agora foi registrado um superávit de US$ 27,736 bilhões. Veja Mais

Haddad defende tratar dívida do RS como prioridade e manter negociação com outros estados

G1 Economia Em dia de Copom para definir o nível da taxa Selic, Haddad diz que 'juro brasileiro é um dos mais altos do mundo' e que inflação está bem comportada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (8) que o governo defina rapidamente – ainda nesta semana – as regras para suspender o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul. O estado enfrenta uma calamidade pública por conta das fortes chuvas na região. Haddad acrescentou, no entanto, que o momento não deve ser usado por outros estados envididados, como MG, RJ e SP, para alterar as negociações em curso. Esses estados não passam pela mesma situação crítica, mas têm endividamento alto. "O que vamos fazer nesta semana é mandar uma proposta para resolver o problema do Rio Grande do Sul neste momento específico, pois precisamos atender e não há tempo a perder. Isso não vai inviabilizar a continuidade das tratativas com os demais governadores, que não estão sendo afetados pela crise climática neste momento", declarou Haddad, em entrevista ao programa "Bom dia, ministro", da EBC. Segundo ele, é preciso separar os dois temas, ou seja, quando um estado enfrenta situação de calamidade, e o outro se trata da renegociação normal da dívida dos estados -- discussão já aberta pela equipe econômica e que está em curso. Klava: governo vai propor suspensão da dívida do RS "A proposta do Palácio é de criar um regramento para os casos de calamidade. Espero que essa crise climática seja enfrentada, e que não vejamos de novo isso, mas os cientistas estão dizendo que eventos extremos vão acontecer com mais frequência. Então, o que mandamos ao Palácio diz sobre a possibilidade de acionar esse tipo de mecanismo no futuro, é preventivo. Outro assunto é renegociação de dívida, uma coisa que está em curso e que, do meu ponto de vista, não vale a pena misturar", acrescentou o ministro da Fazenda. No fim de março, o governo federal anunciou uma proposta para reduzir os juros da dívida dos estados – um dos principais problemas que afetam os caixas dos governadores. Em troca, a proposta exige que os estados ampliem as matrículas no ensino médio técnico. Um eventual proposta, assim que definida em negociação com governadores, ainda tem de passar pelo crivo do Congresso Nacional para ter validade. Reunião do Copom sobre taxa de juros Questionado sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que define nesta quarta-feira o patamar da taxa básica de juros, Haddad lembrou da indicação da instituição de que a taxa seria reduzida em 0,5 ponto percentual nesta semana, de 10,75% para 10,25% ao ano. Entretanto, o ministro da Fazenda não quis cravar um patamar de redução dos juros nesta quarta-feira. "Espero um corte de juros hoje para continuarmos nessa construção de uma economia mais saudável", declarou. Em sua visão, "a taxa de juros [brasileira] continua uma das mais elevadas do mundo, e inflação de março e previa de abril se comportaram muito bem". Em pesquisa realizada na semana passada pelo BC, e divulgada nesta segunda-feira (6), porém, a maior parte dos analistas do mercado passou a prever corte menor nos juros, de 0,25 ponto percentual, com a taxa Selic sendo fixada em 10,50% ao ano. Mercado prevê PIB acima de 2%, inflação mais alta e queda menor da Selic A expectativa do mercado por um corte menor nos juros nesta semana aconteceu após a equipe econômica do presidente Lula propor uma redução nas metas para as contas públicas neste ano. Com a redução das metas fiscais, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos -- o que pode impulsionar mais a inflação. Além disso, o cenário externo também está mais tensionado e incerto pelo adiamento e redução do espaço para juros cortes de taxas nas economias desenvolvidas -- como os Estados Unidos. Analistas avaliam que isso reduz o espaço para cortes de juros nas economias emergentes, sob o risco de pressão na taxa de câmbio -- que também é ruim para a inflação. "Estou seguro que fizemos a nossa parte, indicamos quatro diretores de alto nível [ao Banco Central, que participam da definição da taxa de juros], com reputação irretocável. Respeito os demais diretores que estão lá, não sei o que vai acontecer hoje", acrescentou o ministro Haddad. Veja Mais

Imposto de Renda 2024: veja a tabela de alíquotas e saiba como fazer o cálculo

G1 Economia O prazo de entrega do IR começou em 15 de março e vai até o dia 31 de maio. Imposto de Renda 2024: prazo para declaração vai até o dia 31 de maio. Marcos Serra/ g1 A mecânica do cálculo do Imposto de Renda 2024 continua a mesma de anos anteriores. As principais mudanças em relação à declaração de 2023 estão na faixa de isenção — que subiu de R$ 1.903 para R$ 2.640 no ano passado — e nas parcelas a deduzir. O aumento da faixa isenta foi confirmado em fevereiro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio de Medida Provisória (MP). A mudança daquele ano passou a valer para a declaração de 2024. A medida estabeleceu, na prática, uma faixa de isenção do IR em R$ 2.112. Para completar os R$ 2.640 (dois salários mínimos da época), o governo determinou um desconto automático de R$ 528. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Como fazer o cálculo do imposto? A conta do IR depende de uma tabela dividida em quatro faixas de renda, com uma alíquota progressiva que vai de 7,5% a 27,5%. A faixa máxima atinge os salários acima de R$ 4.664,68. Veja abaixo as faixas e as respectivas alíquotas Faixa 1: Até R$ 2.112: isento Faixa 2: De 2.112,01 até 2.826,66: 7,5% Faixa 3: De 2.826,67 até 3.751,06: 15% Faixa 4: De 3.751,07 até 4.664,68: 22,5% Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5% Saiba quem precisa declarar o Imposto de Renda 2024 O imposto não é cobrado sobre todo o salário. O que é descontado em INSS, por exemplo, não entra na conta. Além disso, as alíquotas não são cobradas integralmente sobre os rendimentos. Quem ganha R$ 4 mil por mês, por exemplo (e se encaixa na faixa 4 acima), não paga 22,5% sobre toda a parte tributável do salário. Pelas contas da Receita, os "primeiros" R$ 2.112 são isentos. O que passar desse valor e não superar os R$ 2.826,66 (o limite da faixa 2) é tributado em 7,5%. Já o que superar limite da faixa 2, mas não o da faixa 3, paga 15%, e assim sucessivamente. Veja o exemplo abaixo: Exemplo de cálculo do IR para salário de R$ 4 mil Na prática, a conta pode ser feita multiplicando o total do salário pela alíquota cheia referente à faixa e subtraindo os valores fixos abaixo: Faixa 1: zero Faixa 2: R$ 158,40 Faixa 3: R$ 370,40 Faixa 4: R$ 651,73 Faixa 5: R$ 884,96 A Receita Federal também disponibiliza um simulador que pode ser usado para quem quiser fazer esse cálculo – clique aqui para acessar. Veja outros exemplos para o cálculo, feitos com o apoio do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT): Salário de R$ 3.123 Considerando a renda média do brasileiro registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no primeiro trimestre de 2024, por exemplo, de R$ 3.123 (que se encaixa na faixa 3 da tabela do IR), o cálculo ficaria: (3.123 x 15%) - R$ 370,40 = R$ 98,05 Salário de R$ 5 mil Por fim, para um salário de R$ 5 mil, que fica na última faixa da tabela do IR, a conta fica: (5.000 x 27,5%) - R$ 884,96 = R$ 490,04 Veja Mais

Argentina coloca em circulação nova nota de 10 mil pesos

G1 Economia Até então, a cédula de maior valor disponível no país era a de 2 mil pesos. Lançamento ocorre em meio a uma inflação de 287,9%. Anverso da nova nota de 10 mil pesos da Argentina. Reprodução/Banco Central da Argentina O banco central da Argentina colocou em circulação nesta terça-feira (7) novas notas de 10 mil pesos. Na conversão atual, o valor é o equivalente a cerca de US$ 11. De acordo com a autoridade monetária, a distribuição das cédulas ocorrerá progressivamente em agências bancárias e caixas eletrônicos de todo o país. Até então, a nota de maior valor disponível na Argentina era a de 2 mil pesos, que entrou em circulação em maio de 2023. LEIA TAMBÉM Crise faz argentinos abrirem mão do churrasco, e consumo de carne atinge menor nível em 30 anos Argentina tem 3º superávit seguido, e Milei diz que país caminha contra 'inferno inflacionário' Inflação argentina fica em 11% em março, e chega a 287,9% em 12 meses O lançamento da nova cédula ocorre em meio à inflação de 287,9% no país — patamar ainda bastante elevado apesar da desaceleração nos últimos três meses. O índice de preços na casa de três dígitos também motivou o banco central da Argentina a lançar uma nota de 20 mil pesos, prevista para circular a partir do quarto trimestre deste ano. Em dezembro do ano passado, ao assumir a Presidência da Argentina, Javier Milei implementou medidas duras para combater a inflação, como cortes nas despesas do Estado e nos subsídios a serviços públicos. O pacote também incluiu a desvalorização do peso frente ao dólar, o que fez com que os preços no país subissem mais rapidamente em um primeiro momento. Reverso da nova nota de 10 mil pesos da Argentina. Divulgação/Banco Central da Argentina A nova cédula lançada nesta terça tem, em seu anverso, as imagens de Manuel Belgrano e de Maria Remedios del Valle, considerada heroína da Guerra da Independência da Argentina. No anverso, a representação artística é referente ao juramento à bandeira, feito em fevereiro de 1812. Segundo o BC argentino, a nova nota irá "facilitar as transações, garantir mais eficiência à logística do sistema financeiro e permitir reduzir significativamente os custos de aquisição de cédulas". Inflação de março na Argentina volta a cair e fecha em 11% Veja Mais

Brasil fecha acordo com Paraguai e vai abrir mão de US$ 300 milhões por ano para manter tarifas atuais de Itaipu

G1 Economia Ficou acertado que o Brasil vai manter a tarifa de serviços em US$ 16,71 por quilowatt-mês (KW mês), enquanto o Paraguai vai aumentar para US$ 19,28 por KW mês. Esses patamares devem valer até 2026. O governo brasileiro fechou nesta terça-feira (7) um acordo com o Paraguai para manter as tarifas da usina de Itaipu nos patamares atuais, sem aumento para os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ficou acertado que o Brasil vai manter a tarifa de serviços em US$ 16,71 por quilowatt-mês (KW mês), enquanto o Paraguai vai aumentar para US$ 19,28 por KW mês. Esses patamares devem valer até 2026. Como essa tarifa é definida pelos dois países, na prática, o Brasil vai abrir mão de US$ 300 milhões por ano para manter as tarifas do lado brasileiro abaixo do que foi definido pelo Paraguai. "O Paraguai vai dar a destinação dessa diferença da forma que lhe convier e o Brasil resolveu usar essa diferença para a modicidade tarifária. Nós utilizaremos essa diferença de US$ 19,28 para US$ 16,71 para manter a tarifa do povo brasileiro inalterada", declarou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O dinheiro sairá da conta de investimentos de Itaipu e será enviado para a estatal que detém participação na usina, a ENBPar. Serão US$ 900 milhões nos três anos acordados. Temporais que atingiram o Paraná obrigam usina de Itaipu a abrir as comportas Depois de 2026, as tarifas vão cair para o intervalo entre US$ 10 e US$ 12 por KW mês. A tarifa de serviços de Itaipu é chamada de Custo Unitário de Serviços de Eletricidade (Cuse). É um encargo pago por brasileiros e paraguaios para cobrir os custos de Itaipu com: administração, operação e manutenção da usina; repasses em royalties e participações governamentais pelo uso da água; dívida de construção da usina. O ministro disse que voltou "mais otimista" de viagem ao Paraguai, na última semana. "Eu não acredito que passará das próximas duas ou três semanas o desfecho desse acordo", declarou. Anexo C Com a definição das tarifas, o governo destrava as negociações com o Paraguai sobre o Anexo C, que devem começar em seis meses. Depois, os termos serão encaminhados ao Congresso. O anexo C é uma parte do acordo de construção de Itaipu que define as condições de comercialização da energia gerada. A expectativa é que, com a renegociação do anexo C, o Paraguai possa vender o excedente de energia gerada pela usina no mercado livre. Veja Mais

Equipe econômica pensa em saídas para a dívida dos estados ligadas à emergências climáticas, diz secretário da Fazenda

G1 Economia O secretário-executivo do Minsitério da Fazenda, Dario Durigan, afimrou nesta terça-feira (7) que a equipe econômica está considerando soluções para a dívida dos estados ligadas a projetos de sustentabilidade ecológica, no sentido de reduzir as emergências climáticas. Ele citou o caso específico do Rio Grande do Sul, onde temporais causaram mortes e prejuízos de R$ 500 milhões na agricultura e na pecuária. As declarações foram dadas durante seminário promovido pelo jornal "O Valor Econômico". "Olhando para a situação do Rio Grande do Sul, de novo a dívida dos estados aparece com outra vertente, a vertente de pensar em saídas para a dívida. Quando a gente passa a ter, e o Rio Grande do Sul é o modelo que estamos tendo agora, um outro modelo e uma outra demanda de resposta à emergência climática. Também estamos estudando alguma possiblidade de ter um arcabouço mais sofisticado, para todos estados, do ponto de vista nacional, em resposta as mudanças climáticas, que venham pela mesma lógica de pensar um Brasil do amanhã, de pensar um Brasil que já tenha as previsões, os gatilhos colocados", declarou Durigan, do Ministério da Fazenda. O secretário não esclareceu qual o formato que está sendo pensado para a dívida dos estados relacionado com projetos de sustentabilidade ambiental. Mas, recentemente, a área econômica lançou um projeto chamado de "Juros pela Educação", no qual as unidades da federação podem ter desconto no pagamento de juros desde que invistam em ensino técnico. A meta é acelerar esse tipo de formação no Brasil. "A gente poderia seguir apostando na mesma dinâmica que a gente sempre viu no Brasil. estados entram em regime de recuperação, a gente aponta que os estados não cumpriram, eles entram no STF, que permitem uma moratória. O município de São Paulo [quando Haddad era prefeito] renegociou sua dívida com a União. Queremos deixar de apostar no conflito, deixar de discutir no supremo qual a taxa de juros, até porque muitos estados não vão conseguir pagar. Então vamos remodelar, ao invés de insistir no contencioso, vamos abrir um estímulo para o bem do país", explicou, sobre o projeto em andamento. Dario Durigan, do Ministério da Fazenda, destacou ainda o compromisso de diálogo federativo do governo do presidente Lula, de fazer "grandes pactos", seja com a reforma tributária, seja no projeto "Juros pela Educação", ou na recomposição de recursos perdidos pelos estados. "A gente tem feito isso na medida do orçamento [permitir]. Diálogo federativo tem sido reforçado, presidente Lula tem chamado os governadores, e esse é o caminho que vai ser adotado até o fim do governo", concluiu. Veja Mais

Transporte executivo e pulverização impulsionam mercado de aviação agrícola

G1 Economia Companhia participante da Agrishow estima que quase a metade de suas vendas é voltada para produtores rurais. Procura também reflete maior demanda por qualificação profissional. Transporte executivo movimenta mercado de aeronaves no setor agrícola Érico Andrade/g1 Em 2023, o número de aeronaves vendidas para produtores rurais bateu recorde. Foram 149 diante de 80 em 2022, segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Números que, segundo especialistas do setor, foram impulsionados não só pela demanda por pulverização, como também por transporte executivo. “Há cada vez mais o entendimento de que esse tipo de investimento é capaz de aumentar produtividade e facilitar a vida do produtor”, afirma Sany Onofre, gerente de negócios da Embraer. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp A empresa lidera o setor com mais da metade das 2,6 mil aeronaves em operação no Brasil. O modelo Ipanema, em sua sétima geração, é o líder de vendas quando o assunto é pulverização. Foram 65 unidades vendidas no ano passado. O avião, que custa R$ 4 milhões, usa 100% de etanol como combustível e tem uma autonomia de quatro horas, em média. “Chegamos a 1,6 mil modelos vendidos neste ano e percebemos que há uma demanda crescente a partir da consciência dos produtores de que a velocidade de pulverização e o fato do avião não tocar o solo, evitando danificar o plantio, acaba sendo um diferencial importante para grandes propriedades”, conta Onofre, que esteve presente na Agrishow deste ano, maior feira de tecnologia agrícola do país realizada em Ribeirão Preto até o início do mês. Em 2024, o Brasil deve se manter na segunda posição do ranking das maiores frota de aviões agrícolas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que tem 3,8 mil aeronaves, segundo o Sindag. Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo são os estados com mais veículos cadastrados. LEIA TAMBÉM Automação e precisão: agro mobiliza investimentos em tecnologia de indústrias de outros setores 'Gigantes' na lavoura, plantadeiras ganham versões capazes de reduzir tamanho para facilitar transporte Embraer conta com modelos exclusivos de aeronaves voltadas para pulverização Wolfgang Pistori/g1 Aviação executiva Além da pulverização, a aviação executiva é cada vez mais um mote de vendas importante entre os produtores rurais. A TAM Aviação Executiva, por exemplo, estima que 43% da sua operação é voltada para o setor agrícola. “Há cada vez mais novas áreas onde a agricultura está se desenvolvendo e crescendo. Não é incomum um produtor ter terras no Centro-Oeste e no Rio Grande do Sul, por exemplo”, afirma Leonardo Fiuza, presidente da empresa. Segundo ele, a companhia tem atualmente 23 modelos para táxi aéreo, entre aviões e helicópteros, que cobrem diferentes necessidades dos produtores rurais, e que custam a partir de R$ 1 milhão. “O perfil de quem procura por esse serviço é de grandes empresas, que adquirem aeronaves para uso dos seus executivos ou dos seus sócios. E esse uso, na grande maioria, é um uso para trabalho, é um uso para deslocamento em função do negócio e para expansão do negócio, para otimização de tempo”, diz. Cessna 206 Turbo Stationair, da TAM AE, em exposição na Agrishow, em Ribeirão Preto Wolfgang Pistori/g1 Cresce procura por qualificação A média salarial de um piloto de avião agrícola no país é de R$ 10 mil por mês, segundo a Sindag. Houve um aumento de 10% no número de profissionais qualificados desde 2022, chegando a 2,2 mil pilotos licenciados. Além da qualificação de piloto de aeronave, quem entra nesse mercado precisa fazer uma especialização para atuar em lavouras. Ele também será responsável pela pulverização e precisa estar apto para descarregar produtos químicos e auxiliar no combate de incêndios no campo. Os profissionais geralmente prestam serviço para mais de um produtor e esse valor pode aumentar. “Existem pelo menos quatro grandes escolas de aviação agrícola no país. Hoje, o profissional que escolhe essa carreira, geralmente não sai mais”, explica Onofre, da Embraer. Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

Receita Federal dá mais prazo para entrega do imposto de renda por moradores de municípios atingidos por temporais no Rio Grande do Sul

G1 Economia Prazo para entrega venceria em 31 de maio, mas foi ampliado para 31 de agosto. Pagamento de tributos federais, incluindo parcelamentos, também foram estendidos, de acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU). A Receita Federal prorrogou nesta segunda-feira (6) o prazo para entrega da declaração do imposto de renda por moradores de 336 municípios atingidos pelos temporais no Rio Grande do Sul. O prazo para entrega venceria em 31 de maio, mas, agora, foi ampliado para 31 de agosto. O pagamento de tributos federais, incluindo parcelamentos, também foram estendidos, com base em uma portaria publicada nesta noite, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). JN acompanha voo da FAB que leva hospital de campanha para Rio Grande do Sul Agora, os tributos federais com vencimento em abril, maio e junho de 2024 poderão ser pagos para o último dia útil dos meses de julho, agosto e setembro de 2024, respectivamente. Os processos administrativos de interesse de contribuintes desses municípios também estão suspensos até 31 de maio. Uma outra portaria publicada no DOU desta segunda também prevê mais tempo para o pagamento de tributos relativos ao Simples Nacional, incluindo os recolhidos por microempreendedores individuais das regiões afetadas. Veja Mais

Pulitzer 2024: veja os vencedores do prêmio mais prestigiado do jornalismo nos Estados Unidos

G1 Economia Ganhadores foram anunciados nesta segunda-feira (6). Em mais um ano, a cobertura de guerras foi destaque da premiação. Equipe de fotografia da Reuters levou o prêmio na categoria 'Fotografia de última hora (breaking news)'. Na imagem, mulher reage a cenário de destruição na casa de um vizinho, em Israel. (7/10/2023) Reuters Os vencedores do Prêmio Pulitzer 2024 foram anunciados na tarde desta segunda-feira (6), nos Estados Unidos. Em mais um ano, a cobertura de guerras foi destaque da premiação. O conselho do Pulitzer citou a guerra na Ucrânia — que foi ponto central da premiação de 2023 — e, dessa vez, homenageou os jornalistas que participam da cobertura da crise humanitária na Faixa de Gaza, em meio aos conflitos entre Israel e o grupo terrorista Hamas. "O conselho reconhece o trabalho corajoso de jornalistas e trabalhadores da mídia que cobrem a guerra em Gaza sob condições horríveis. Um número extraordinário de jornalistas morreu no esforço para contar as histórias de palestinos e trabalhadores humanitários em Gaza", disse Marjorie Miller, porta-voz do prêmio. Distribuído pela Universidade de Colúmbia, o Pulitzer é considerado a premiação de maior prestígio no jornalismo do país. Confira abaixo os ganhadores de cada categoria: Reportagem de última hora (breaking news) Equipe do Lookout Santa Cruz Por sua cobertura de enchentes e deslizamentos de terra na Califórnia, em um fim de semana de feriado. A situação deixou milhares de pessoas desalojadas. Reportagem Investigativa Hannah Dreier, do The New York Times Por uma série de histórias que revelam o alcance do trabalho infantil de imigrantes nos Estados Unidos e as falhas corporativas e governamentais que perpetuam esse cenário. Reportagem explicativa Sarah Stillman, do The New Yorker Por reportagem que questiona a confiança da Justiça norte-americana. Reportagens locais Sarah Conway, do City Bureau, e Trina Reynolds-Tyler, do Invisible Institute Por uma série investigativa sobre meninas negras desaparecidas e mulheres negras em Chicago. O trabalho revelou como o racismo sistêmico e a negligência do departamento de polícia contribuíram para a crise. Reportagem Nacional Equipe da Reuters Equipe do The Washington Post Reportagem Internacional Equipe do The New York Times Reportagem Especial Katie Engelhart, escritora colaboradora do The New York Times Comentário Vladimir Kara-Murza, colaborador do The Washington Post Crítica Justin Chang, do Los Angeles Times Redação Editorial David E. Hoffman, do The Washington Post Reportagens e comentários ilustrados Medar de la Cruz, colaborador do The New Yorker Fotografia de última hora (breaking news) Equipe de fotografia da Reuters Fotografia de destaque Equipe de fotografia da Associated Press Reportagem de áudio Equipe do Invisible Institute e USG Audio Serviço público ProPublica - Joshua Kaplan, Justin Elliott, Brett Murphy, Alex Mierjeski e Kirsten Berg Livros, Drama e Música Também foram anunciados os vencedores do Pulitzer 2024 nas seguintes categorias: Drama: Primary Trust, de Eboni Booth História: No Right to an Honest Living: The Struggles of Boston's Black Workers in the Civil War Era, de Jacqueline Jones (Basic Books) Biografia: Master Slave Husband Wife: An Epic Journey from Slavery to Freedom, de Ilyon Woo (Simon & Schuster) Memória ou autobiografia: Liliana's Invincible Summer: A Sister's Search for Justice, de Cristina Rivera Garza (Hogarth) Poesia: Tripas: Poems by Brandon Som (Georgia Review Books) Não-ficção geral: A Day in the Life of Abed Salama: Anatomy of a Jerusalem Tragedy, de Nathan Thrall (Metropolitan Books) Música: Adagio (for Wadada Leo Smith), de Tyshawn Sorey Ficção: Night Watch, de Jayne Anne Phillips (Knopf) Quais conteúdos podem ser inscritos no Pulitzer? Para inscrição de trabalho jornalístico, a exigência é que o conteúdo tenha sido veiculado em um jornal, revista ou site de notícias dos EUA que tenha publicação regular. Já para prêmios de livros, drama e música, apenas cidadãos norte-americanos podem se candidatar. A exceção é a categoria "história", na qual o autor pode ser de qualquer nacionalidade, desde que o livro trate especificamente da história dos Estados Unidos. Mais sobre os Prêmios Pulitzer Os prêmios anuais, distribuídos desde 1917, foram estabelecidos no testamento do influente editor de jornais Joseph Pulitzer, que morreu em 1911. Após sua morte, ele deixou recursos para fundar uma escola de jornalismo na Universidade de Columbia e estabelecer a premiação. São 15 categorias em reportagem, escrita e fotografia, além de sete prêmios em literatura, teatro e música. Um conselho composto principalmente por editores sêniores de publicações da imprensa norte-americana e acadêmicos decide o processo que determina os vencedores. Veja Mais

Chuvas no RS: 534 mil imóveis tiveram corte de energia; 150 mil foram religados, diz ministério

G1 Economia Números ainda devem variar de acordo com a evolução do quadro de chuvas no estado. Enchentes afetam RS desde a semana passada; alagamento em Porto Alegre é o maior da história. Número de mortos pelas chuvas no Rio Grande do Sul chega a 83 O Ministério de Minas e Energia divulgou nesta segunda-feira (6) que os cortes de energia motivados pelas chuvas no Rio Grande do Sul afetaram 534 mil "unidades consumidoras" (casas, apartamentos ou estabelecimentos comerciais, por exemplo). Desse número, cerca de 150 mil já tiveram o fornecimento restabelecido, também segundo dados do ministério. O número pode mudar em razão de novas mudanças no céu dos 162 municípios afetados. De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado, 83 morreram durante as enchentes. 4 mortes ainda são investigadas, e 111 pessoas ainda estão desaparecidas. Ao todo, 141,3 mil pessoas estão fora de casa. Mais cedo, nesta segunda, as duas principais companhias de energia do Rio Grande do Sul contabilizavam 443 mil clientes estão sem luz: 183 mil nas áreas atendidas pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) Equatorial, como Eldorado do Sul, Guaíba, Porto Alegre, Alvorada e Viamão; 260 mil na área da Rio Grande Energia (RGE), na região Metropolitana de Porto Alegre e em áreas como Vale do Taquari , Vale dos Sinos, Vale do Rio Pardo, Serra e Planalto (6,1 mil). O ministério informou, ainda, que 4 mil pessoas têm atuado em uma força-tarefa para manter o abastecimento de energia e de combustíveis no estado. Atualmente, segundo a pasta, 450 mil imóveis seguem sem fornecimento de eletricidade por motivos de segurança ou por problemas de acesso às distribuidoras em razão do avanço da água nas cidades afetadas no estado. Nesta segunda, em entrevista à imprensa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que deverá visitar o estado ao longo desta terça (7). Silveira disse que passará pelo RS após compromissos no Paraguai. O ministro declarou ter recebido orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem se reuniu na manhã desta segunda, para acompanhar a situação no estado. O objetivo, segundo Silveira, é "prever novos problemas" e evitar que desabastecimentos atinjam setores essenciais para a crise, como hospitais. "Acho que tudo aquilo que pode ser feito pelo governo federal tem sido feito", afirmou. Misturas em combustíveis O Ministério de Minas e Energia também anunciou uma medida para assegurar o fornecimento de combustíveis no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou nesta segunda (6) uma medida que permite flexibilizar — temporariamente no estado — os percentuais obrigatórios de mistura de biodiesel no diesel e de etanol na gasolina. Pela medida da ANP, o diesel poderá ter, no mínimo, 2% da mistura de biodiesel no Rio Grande do Sul. Atualmente, o percentual é de 14%. Na gasolina, será possível adicionar, no mínimo, 21% de etanol, ante 27% da regra atual. As regras flexibilizadas para o Rio Grande do Sul valerão por 30 dias, contados a partir de 3 de maio. Veja Mais

Lula deve anunciar nesta semana pacote com 5 mil ônibus elétricos e obras em favelas

G1 Economia Evento no Palácio do Planalto para a apresentação das medidas está previsto para quarta. Governo busca com as ações também uma melhora na popularidade, em queda nas últimas pesquisas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nesta semana um pacote com mais de 5.000 ônibus “verdes” e obras para favelas. A renovação de frota prevê a compra de ônibus elétricos e ou versões mais modernas que são até 18 vezes menos poluentes. As unidades terão ar condicionado e Wi-fi. O evento no Palácio do Planalto para a apresentação das medidas está previsto para quarta-feira (8). O governo chegou a prever que o anúncio dessas ações do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) com foco na população de baixa renda ocorresse ainda em abril. As medidas buscam também melhorar a popularidade do governo, em baixa nas últimas pesquisas. Foram feitos ajustes no pacote, principalmente diante da alta demanda de prefeitos pelo dinheiro para compra de ônibus “verdes” – foi necessário ampliar os recursos para essa área. “É um indicativo do governo federal no sentido de querer um transporte de qualidade mas um transporte limpo nas nossas cidades”, disse o ministro das Cidades, Jader Filho, à TV Globo e g1. Ele participou da preparação do pacote. Possível impacto nas tarifas Segundo o ministro, a expectativa é que a ampliação da frota de ônibus elétricos possa reduzir as tarifas cobradas de passageiros. Mas ressaltou que não tem como exigir isso dos municípios, que são os responsáveis pelos preços. “A intenção do governo é que a tarifa de uma maneira geral fique mais módica, ou seja, que a tarifa seja reduzida. Não temos como exigir esse compromisso [do municípios em diminuir a tarifa], mas o custo da operação vai diminuir em cinco vezes e o financiamento vai ser de prazo bem longo”, explicou Jader Filho. Ônibus elétricos entram na frota de Porto Alegre em 2024 Para o coordenador de mobilidade do Idec (Instituto de Defesa dos Consumidores), Rafael Calabria, a decisão do governo de apoiar a troca de frota é fundamental para acelerar esse processo, que ainda está lento no país. Os ônibus elétricos e menos poluentes a serem anunciados por Lula devem representar cerca de 4% de toda a frota do país, que conta com cerca de 100 mil unidades. “Nesse primeiro momento, acho difícil um impacto na tarifa, mas o importante é esse empurrão que será dado [pelo governo], pois a renovação da frota ainda está lenta”, disse Calabria. Leia também: Em meio a queda na popularidade, Lula diz a ministros que governo vai 'ter que fazer muito mais' Lula lança novo PAC e diz que não vai deixar 'austeridade fiscal quase obsessiva' interromper projetos Primeiro ônibus elétrico a bateria brasileiro começa testes em SP No pacote, o município e governo estadual poderão ter acesso a um financiamento com recursos do FGTS e do Fundo Clima a taxas de juros reduzidas (cerca de 9% ao ano) e num prazo estendido (aproximadamente 12 anos). O ministro disse ainda que esse será o maior lote de financiamento para compra de ônibus elétricos já anunciado. Até o fim do ano passado, havia menos de 500 ônibus elétricos em circulação no país. Mais obras do PAC O pacote também incluirá melhorias em infraestrutura urbana em favelas. O governo quer ampliar o saneamento básico, sistema viário e a iluminação pública nessas áreas. Cidades da região Norte deverão estar entre as mais beneficiadas. Segundo o governo, Belém (PA), Macapá (AP) e Manaus (AM) estão na lista das regiões com maior número de pessoas nesse tipo de moradia sem infraestrutura. A nova rodada de lançamentos do PAC prevê que estados sejam atendidos no programa que vai levar água potável para regiões rurais. A maior demanda, segundo integrantes do governo, foi identificada no Pará, Ceará e Bahia. O objetivo é que a população de distritos rurais também tenha acesso à água potável. Se as casas forem distantes umas das outras, a solução deverá ser poços ou fontes de captação de água. Ou seja, as famílias vão precisar ir até esses locais e depois levar água para suas casas. Mas se as residências estiverem mais concentradas, a obra poderá levar água diretamente para as casas da zona rural. Contenção de encostas O evento no Palácio do Planalto vai apresentar projetos de contenção de encostas. Na semana passada, o Ministério das Cidades já anunciou R$ 55 milhões para quatro projetos do Rio Grande do Sul – três em Porto Alegre e um em Santa Maria. Foi uma resposta à catástrofe no estado. Mas o governo quer anunciar demais obras em outras regiões do país para tentar evitar que novos desastres ocorram. Segundo Jader Filho, a seleção desses projetos já estava em curso antes das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Veja Mais

Saiba porque alguns ovos têm duas gemas

G1 Economia Os ovos de galinha, considerados comuns, podem despertar a curiosidade do consumidor por um diferencial: a gema dupla. Porém, essa raridade é causada por uma disfunção hormonal. Saiba porque alguns ovos têm duas gemas Reprodução/TV TEM Em uma propriedade no interior de São Paulo, uma área de 150 hectares reúne mais de 30 raças de touros nacionais e importados. São 450 animais eficientes e com altas taxas de fertilidade, característica muito bem aproveitada para aumentar a quantidade de prenhez no campo. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Os ovos de galinha não são todos iguais. O tamanho e cor da casca são as principais diferenças, mas há uma outra que é bem curiosa e é vista em uma pequena parte da produção de uma granja: o ovo de duas gemas. “O ovo é nada menos que um óvulo que a galinha libera e, para isso, ela depende de uma interação de hormônios e um fotoperíodo. No começo desse processo, existe um desequilíbrio, causando disfunções hormonais e a produção das gemas duplas”, explica. Além disso, eles apresentam anomalias na casca, como se fossem anéis nas extremidades. No final das contas, a qualidade é a mesma. O que muda é o preço, tamanho e aparência. Veja a reportagem exibida no programa em 05/05/2024: Saiba porque alguns ovos têm duas gemas VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

'Gigantes' na lavoura, plantadeiras ganham versões capazes de reduzir tamanho para facilitar transporte

G1 Economia Máquinas lançadas durante feira em Ribeirão Preto custam a partir de R$ 1 milhão. Marcas apostam em condições de pagamento e praticidade para conquistar clientes. VÍDEO: Plantadeiras 'gigantes' são destaque na Agrishow 2024 Plantadeiras autotransportáveis, cada vez maiores e capazes de se compactar, facilitando o deslocamento por estradas sem auxílio de caminhões especiais, devem ter aumento de vendas em 2024 mesmo com a previsão de queda de 15% nas vendas deste ano projetada para todo o setor pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Isso porque as dificuldades encontradas na atual safra, como com relação a condições climáticas extremas, acabaram aumentando a procura por esse tipo de equipamento. “As linhas de plantação estão cada vez mais precisas e preocupadas com a produtividade em climas desfavoráveis. Quando o clima é ideal, a diferença na produção vai ser mínima, precisamos nos preparar para quando as condições climáticas não forem favoráveis, como aconteceu recentemente”, explica Luis Eduardo Pereira, coordenador de marketing da Jumil. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp A empresa, que tem sede em Batatais (SP), aposta na flexibilidade para conquistar o mercado. Na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país, muitos dos expositores que têm plantadeiras no catálogo exibiram versões que se retraem para facilitar o deslocamento. Simulador convida visitantes a testar plantadeira na Agrishow em Ribeirão Preto Érico Andrade/g1 Plantadeiras: o desafio do transporte Uma plantadeira é responsável por pelo menos três processos durante a plantação. Primeiro, um disco abre uma fenda na terra. Depois, um sistema pneumático é responsável por lançar a semente no solo aberto. Por fim, dois discos inclinados cobrem a semente com a terra. Há máquinas que também adubam a terra. Essas máquinas são equipadas pelas chamadas linhas de plantio, cada uma delas com, em média, 50 centímetros. Algumas delas chegam a ter 50 linhas, chegando a 25 metros de largura quando a máquina está funcionando na lavoura. É nesse contexto que as plantadeiras autotransportáveis, que custam a partir de R$ 1 milhão, ganham importância. Plantadeira da Jumil, em exposição na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP) Wolfgang Pistori/g1 A nova colheitadeira da Jumil, por exemplo, tem até 37 linhas de plantio e tanque para quase 7 mil litros de sementes, bem como a capacidade de trabalhar em terrenos com até 30 graus de inclinação. Além de ter angulações de 12º a 16º, fechada fica com 3,8 metros de largura, facilitando manobras no campo e o deslocamento em estradas. “Precisamos fazer o deslocamento em parcelas e, claro, que as máquinas autotransportáveis são bem mais fáceis. Se todas fosse assim, teríamos metade do trabalho para chegar”, diz Pereira. LEIA TAMBÉM De sensores de solo a máquinas versáteis, tecnologias otimizam custos no cultivo de grãos Telemetria, força e eficiência: tratores 'top de linha' reúnem tecnologia e conforto para o produtor rural; VÍDEO Menos herbicidas, economia de água, produtividade: como robôs otimizam pulverização e controle de pragas Com a mesma tendência, a finlandesa Valtra oferece uma opção com 40 linhas de plantio que reduz de 20 para 3,6 metros em menos de um minuto. “Antes era necessário a montagem e desmontagem desse equipamento quando ela precisava se deslocar. Imagine demorar 10 horas para fazer isso toda vez que precisasse da máquina”, conta Leonardo Casali, coordenador de marketing da Valtra. Para convencer os clientes, além da velocidade de compactação e do tamanho das máquinas, as empresas oferecem condições de pagamento facilitadas. “A gente percebeu que o consórcio é a forma mais atrativa para o produtor por praticamente não ter juros, então a gente já faz o consórcio contemplando o cliente. É uma aposta que fazemos, uma demonstração de que confiamos no nosso produto, porque se o produtor tiver lucro, ele vai continuar com a gente”, diz Pereira. Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

+Milionária, concurso 143: prêmio acumula e vai a R$ 181 milhões

G1 Economia Uma aposta acertou seis dezenas e um ou nenhum trevo e vai levar R$ 478 mil. Próximo sorteio será na quarta-feira (8). Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil 2 O sorteio do concurso 143 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (4), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 181 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, uma aposta acertou seis dezenas e um ou nenhum trevo e vai levar R$ 478 mil. Veja os números sorteados: Dezenas: 21 - 22 - 30 - 32 - 44 - 50 Trevos: 4 - 6 Os outros vencedores foram: 5 acertos + 2 trevos - 6 apostas ganhadoras: R$ 63.746,39 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 56 apostas ganhadoras: R$ 6.829,97 4 acertos + 2 trevos - 225 apostas ganhadoras: R$ 1.821,32 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 3481 apostas ganhadoras: R$ 117,72 3 acertos + 2 trevos - 3728 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 35487 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 28517 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 266759 apostas ganhadoras: R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será na quarta-feira (8). +Milionária, concurso 143 Reprodução/Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja no vídeo abaixo como jogar na +Milionária: +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Veja Mais

Governo adia 'Enem dos Concursos', mas ainda não tem nova data para provas

G1 Economia Decisão foi tomada em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que alagaram cidades, destruíram moradias e deixaram 37 mortos. Governo adia 'Enem dos Concursos', mas ainda não tem nova data para provas Decisão foi tomada em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que alagaram cidades, destruíram moradias e deixaram 37 mortos. O Concurso Nacional Unificado (CNU) - conhecido como 'Enem dos Concursos' - foi adiado pelo governo federal e ainda não tem nova data;. A ideia é usar as mesmas provas quando o exame for remarcado;. A ministra Esther Dweck disse que seria 'impossível' aplicar provas no Rio Grande do Sul em razão das fortes chuvas no estado;. O estado decretou calamidade pública diante da devastação: são 37 mortos, 74 desaparecidos e mais de 24 mil moradores fora de casa;. O Rio Grande do Sul tem 86 mil candidatos inscritos, e os exames seriam realizados em 10 cidades - algumas delas em situação de emergência; Veja Mais

Vendas de veículos têm melhor abril desde 2019, diz Fenabrave

G1 Economia No acumulado de 2024, as vendas de veículos novos subiram 16,31%, a 735.312 unidades. Os emplacamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus acumularam 220.813 unidades em abril de 2024. Foi o melhor resultado para o mês em cinco anos (231.952 veículos em 2019). O aumento foi de 17,63% ante março e de 37,44% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No acumulado de 2024, as vendas de veículos novos subiram 16,31%, a 735.312 unidades. Veja abaixo a divisão: Automóveis: 164.365 emplacamentos (alta de 19,21% no mês e 39,16% no ano) Comerciais leves: 43.713 (alta de 14,75% no mês e 30,14% no ano) Caminhões: 10.553 (alta de 8,86% no mês e 44,78% no ano) Ônibus: 2.182 (alta de 6,65% no mês e 30,74% no ano) Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br De acordo com a associação de concessionários, o crescimento no mês se explica em parte pelo maior número de dias úteis — 22 em abril, contra 20 em março, mas também pelo aumento em vendas diárias. Segundo os dados, a média de emplacamentos diários de automóveis e comerciais leves subiu 7,5% de março para abril. "Começamos 2024 confiantes em um crescimento sustentado e este primeiro quadrimestre confirma nossa expectativa", afirmou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr, em comunicado à imprensa, citando momento mais favorável ao crédito e os juros mais contidos. O segmento de automóveis e comerciais leves híbridos e híbridos plug-in apurou aumentos de vendas de 13,71% na base mensal e de 101,02% ano a ano, com 8.501 unidades. Os carros e comerciais leves elétricos puros registraram crescimentos respectivos de 9,29% e 1.090,94%, a 6.705 unidades Em caminhões, os emplacamentos aumentaram 8,86% em abril ante março e 44,78% na comparação anual, para 10.553 unidades. "Apesar de o crédito, de forma geral, seguir restrito por parte de alguns agentes financeiros, as vendas financiadas por bancos de montadoras vêm registrando bons resultados, explicou Andreta Jr. * Com informações da agência Reuters. Veja Mais

Indígenas e quilombolas são mais jovens que o conjunto da população, aponta Censo 2022

G1 Economia Metade das populações desses grupos têm até 25 anos e 31 anos, respectivamente, ante 35 da população geral. Diferença é ainda maior dentro dos territórios próprios desses grupos. Maior quantidade de filhos por mulher pode ser uma das causas, diz pesquisadora do IBGE. As populações indígena e quilombola são mais jovens que o conjunto dos brasileiros, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) . De acordo com os dados Metade da população brasileira tem até 35 anos; Entre os indígenas, metade têm até 25 anos; Entre os quilombolas, metade têm até 31 anos. Além disso, a proporção de idosos em relação ao total da população – o chamado índice de envelhecimento – é menor entre os indígenas e quilombolas na comparação com o total dos brasileiros: No geral, o Brasil tem 80 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 jovens de até 14 anos; Entre os indígenas, são 35 idosos para cada 100; E entre os quilombolas, 54 para cada 100. O Brasil tem 1,7 milhão de indígenas e 1,3 milhão de quilombolas, que representam respectivamente representam 0,8% e 0,65% da população total (203 milhões). 'Entendimento da importância de ter filhos' Uma das possíveis razões para que as populações indígenas e quilombolas sejam mais jovens é a percepção da relevância de ter filhos para perpetuar as comunidades, segundo Marta Antunes, responsável pelo projeto de Povos e Comunidades Tradicionais no IBGE. "A principal razão tem a ver com a dimensão cultural da relação com a reprodução física como parte da reprodução social desses povos indígenas. O entendimento da importância de ter filhos, a importância dos mais jovens nessa reposição da população e da transmissão do conhecimento." Segundo Antunes, dados de censos anteriores indicam que a fecunidade (quantidade de filhos por mulher) é historicamente mais elevada entre essas populações – os dados desse indicador levantados no Censo de 2022 ainda não foram divulgados. “A gente ainda não tem esse dado [de fecundidade], mas pela análise das pirâmides etárias e comparando os dados com 2010, a gente percebe que há fecundidades mais elevadas, sim, ao longo dos últimos 15 anos, 20 anos, 30 anos. Então continua com uma fecundidade [na população indígena] mais alta do que a da população brasileira, principalmente dentro das terras indígenas (TIs)”, diz a pesquisadora. Indígenas de várias etnias que participam do Acampamento Terra Livre 2024 marcham na Esplanada dos Ministérios em abril deste ano. Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil As populações indígena e quilombola são mais jovens do que o conjunto da população brasileira, segundo os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (3). Indígenas e quilombolas são ainda mais jovens dentro dos territórios demarcados Segundo o Censo 2022, os indígenas e quilombolas são ainda mais jovens dentro dos próprios territórios: nas Terras Indígenas, metade tem até 19 anos (ante 30 fora delas); nos territórios quilombolas demarcados, metade tem até 28 anos (ante 31 fora). Para Marta Antunes, os territórios demarcados garantem uma segurança maior para esses grupos sociais, o que facilita ter filhos. “Há a questão de que quando você tem uma população dentro de um território indígena já com alguma segurança territorial, com acesso às políticas públicas, você também tem mais oportunidades sociais e econômicas para a própria reprodução física da vida. Então você pode fazer escolhas sobre a reprodução da sua família", diz Antunes. Essa segurança também faz com que, dentro dos territórios, não ocorra a redução na proporção de homens em relação a mulheres que acontece no conjunto da população a partir, principalmente dos 19 anos, e que decorre da maior exposição deles a fatores externos, como violência. Criança sendo batizada na capela do Vão de Almas, no Quilombo Kalunga, em foto de 2019. Fábio Tito/G1 Leia também: Em 1872, primeiro Censo listou indígenas como 'caboclos' ou 'pardos'; população só passou a ser contada em 1991 Quem são os quilombolas, grupo incluído no Censo pela 1ª vez Crescimento da população Em 2022, o número de indígenas foi 89% maior que o observado no Censo de 2010. Houve mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa entre as duas pesquisas, o que permitiu identificar mais pessoas. Os povos indígenas passaram a ser mapeados pelo IBGE em 1991, com base na autodeclaração no quesito cor ou raça. No entanto, a partir do Censo de 2022, o instituto ampliou a metodologia, incluindo também o quesito se considera indígena para contagem da população. Houve também participação das próprias lideranças das comunidades no processo de coleta de dados e a inclusão de outras localidades indígenas além das terras oficialmente delimitadas. Segundo Marta Antunes, entretanto, houve também um crescimento real da população, embora o envelhecimento não ocorra no mesmo ritmo do conjunto da população. “Os indígenas estão crescendo. Dentro das terras, estão crescendo muito: 16,6% de aumento de pessoas indígenas dentro de Terras Indígenas entre 2010 e 2022. Tem muito jovem nascendo" e realmente não estão chegando nessa nessa idade de 60 ou mais com o mesma pujança que você chega na população como um todo.” Outras divulgações do Censo 2022 As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que: O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais; O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros; 1,3 milhão de pessoas se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo; O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas; Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu. Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos. Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo. O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira. Já a falta de um abastecimento adequado de água atingia 6,2 milhões de brasileiros. O Censo 2022 também mostrou que mais da metade da população brasileira vive a até 150 km do litoral. Veja Mais

Tecnologia e expertise: o que os estrangeiros buscam no agro brasileiro

G1 Economia Em média, 15% dos visitantes da Agrishow são de outros países, e chegam aqui para entender as práticas de sucesso que fazem da agricultura brasileira reconhecida no mundo. Vista aérea da Agrishow em Ribeirão Preto, SP Marcelo Moraes/EPTV Turcos, argentinos, norte-americanos, senegaleses e sul-africanos estão entre os 15% dos visitantes estrangeiros da Agrishow, maior evento de tecnologia agrícola do Brasil, que acontece em Ribeirão Preto (SP). Eles chegam aqui com um propósito único e, muitas vezes, bem claro: tecnologia e conhecimento. Querem levar para a casa o que o Brasil faz com maestria. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Ano passado, de acordo com a organização da feira, foram movimentados R$ 13 bilhões em volume de negócios. "Como a agricultura brasileira é muito bem reconhecida, tem reconhecimento pelo resultado, muitos países que tenham o perfil, mais a parte tropical semelhante à agricultura brasileira, vem entender quais são as práticas", diz Patrícia Gomes, diretora-executiva de mercado externo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Ano a ano, a rodada de negócios internacionais da Abimaq, um dos encontros mais aguardados da Agrishow, traz uma ideia do que desejam os estrangeiros que visitam a feira. Neste ano, segundo Patrícia, 16 compradores de 11 países participam das negociações. "Pelo lado brasileiro, são 60 empresas por ora escritas. Serão 600 reuniões durante três dias". Do pequeno ao grande produtor, o foco de estrangeiros na Agrishow é sempre por novidades que possam melhorar as próprias plantações, sejam elas nos países vizinhos ou em países que ficam do outro lado do mundo. Visitantes podem conferir diversos tipo de cultivo na Agrishow 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 De Istambul, na Turquia, Abdullah Ibrahim, CEO da WeStanbul, empresa especializada em reprodução animal, veio a Ribeirão Preto em busca de parceria e troca de experiências. "Esperamos adquirir tecnologia e conhecimento que os agricultores brasileiros têm e tentar uma espécie de cadeia de parceiros para comprar, vender, investir e representar uns aos outros. O mais importante é [adquirir] a experiência que vocês tem com agricultura". Abdullah Ibrahim, CEO da WeStanbul, empresa de reprodução animal na Turquia, durante visita à Agrishow 2024, em Ribeirão Preto (SP) Rodolfo Tiengo/g1 Foco nas inovações tecnológicas Desde 1999, o sul-africano Wynn Dedwith visita a Agrishow em busca de inovações tecnológicas que possam contribuir com as produções de fazendeiros parceiros. "Procuramos por novos implementos, novos equipamentos e insumos para colheita de amendoim, principalmente". Representante da Indústria Colombo na África do Sul, Dedwith é responsável por intermediar o acesso de produtores de lá aos melhores maquinários agrícolas daqui. Wynn Dedwith e Johanh Dedwith, proprietários da Valtrac, empresa da África do Sul revendedora de equipamentos agrícolas Divulgação A parceria, ele conta, começou quando ele mesmo procurou a empresa para comprar equipamentos para a própria fazenda. "Queria usar na minha fazenda, então encomendamos alguns equipamentos que levamos do Brasil e testamos em nossa fazenda antes de levar para o mercado. Queria ter certeza da qualidade antes de começar a vender para outros clientes". A tática deu certo. Hoje Dedwith abastece produtores de amendoim na África do Sul. Segundo ele, o continente africano responde, atualmente, por 31% de todo o amendoim produzido no mundo. "Os agricultores da África do Sul são os melhores agricultores do mundo, porque não temos um solo como o seu. Nosso solo é bastante profundo, não temos floresta tropical, é muito limitado, temos muitos tipos de rochas e rochas muito diferentes. Temos um solo muito argiloso e muito arenoso nas fazendas, então os agricultores africanos são, na verdade, muito bons e precisam de tecnologia muito boa também". Ampliando negócios De Senegal, Assane Toure, diretor-geral da Agripro Africa, empresa que fornece financiamento, acesso ao mercado e treinamento em agronegócio, mantém relacionamento com empresas do agro brasileiro desde 2006. "A tecnologia brasileira ajuda os fazendeiros de lá a ter mais do que eles tem atualmente, ajuda a plantar melhor, colher melhor e ter até uma melhor produção, maior produção do que o que eles têm". Assane Toure, direto-geral da Agripro Africa, empresa de Senegal revendedora de máquinas agrícolas Divulgação Para ele, ampliar os negócios em Senegal é essencial neste momento, uma vez que a falta de tecnologia é um dos pontos mais sensíveis para fazendeiros de lá. "Agricultura é muito difícil, as pessoas não querem mais fazer produzir manualmente, querem tecnologia. Mas investir em tecnologia também é difícil, porque é preciso ter dinheiro. E quando você tem o dinheiro, precisa ter um bom equipamento e usá-lo corretamente. Então temos um bom equipamento, e vocês nos ensinam a usá-lo da maneira correta. Cada investimento tem um custo e temos de torná-lo acessível e eficiente". Gerente de exportações da Colombo, Rodolfo de Souza vê as parcerias com representates internacionais como essenciais para expandir os negócios da empresa muito além do continente americano. "Senegal, pra gente, tem uma relevância significativa porque é um país que a gente participou de programas de desenvolvimento agrícola enquanto Brasil. Então, com o financiamento, com união entre os países, trouxe muito resultado e a gente vê que tem um potencial tremendo, sobretudo na cultura do amendoim. A África do Sul é um país que a gente já tem um histórico muito grande também. Vejo que esses são os países mais relevantes para a gente hoje e, talvez, em um médio prazo, a gente vê que esse cenário não se altera". Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região Veja Mais

Temporais no RS podem interferir na produção de arroz, alertam produtores; 'Incerteza na safra', diz pesquisa da Esaq-USP

G1 Economia Representantes do setor, consultados pelo Cepea, em Piracicaba (SP), afirmam que tempestade da noite da última segunda-feira (29) deixou lavouras debaixo d'água, interditou estradas e dificultou carregamento do cereal. Lavoura de arroz convencional em Viamão Celso Tavares / g1 Os temporais que atingiram o Rio Grande do Sul entre o fim de abril e início de maio deixaram mortos 13 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, segundo a Defesa Civil. Na agricultura, os impactos das fortes chuvas também já são percebidos, especialmente nas lavouras de arroz do estado, um dos maiores produtores do cereal no país, deixando os representantes do setor em alerta. ???? Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o campus da USP em Piracicaba (SP), a colheita, que já estava bastante atrasada em relação aos anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada. Os preços do arroz, que também apresentaram movimentos de queda em março, poderão ser afetados. – ????Leia mais, abaixo, na reportagem. Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que a tempestade da noite da última segunda-feira (29) deixou lavouras debaixo d'água, inviabilizando as atividades; além de interditar estradas, o que também dificultou o carregamento do cereal. “Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea. Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado”, apontou o Cepea nesta quinta-feira (2). O volume de chuva que caiu sobre o Rio Grande do Sul nos últimos quatro dias equivale a três vezes a média para esta época do ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Arroz deve ter redução da safra no RS Reprodução/RBS TV Dificuldade de vendas e quedas nos preços A média ponderada do arroz em casca no Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador Cepea/Irga-RS apresentou movimentos distintos em março. Nas três primeiras semanas do mês de março deste ano, segundo o Cepea, o cenário foi de 5,27% de queda e, no último período, de ligeira recuperação (+0,10%). De acordo com medições do Cepea, a média mensal do Indicador passou para R$ 100,41 a saca de 50 quilos, um recuo de 10,97% na comparação com fevereiro deste ano. "Apesar de inferior, a marca ainda é 21,6% maior a de março de 2023 em termos reais, deflacionado pelo IGP-DI. O movimento de baixa esteve atrelado às dificuldades nas vendas (quanto a preços e ao volume) para o atacado e o varejo e, também, ao andamento da colheita no principal estado produtor, o Rio Grande do Sul”, analisam os pesquisadores do Cepea para o setor de arroz. Disparada no preço internacional do arroz vira oportunidade para agricultores brasileiros Reprodução/ TV Globo Valorização do dólar Um tímido avanço nos preços no final de março é explicado pela presença mais ativa de compradores, especialmente do Centro-Oeste, do Sul e do Sudeste, com negócios realizados para o mercado doméstico e para exportação. A demanda de tradings no porto de Rio Grande (RS) se aqueceu, favorecida pela valorização do dólar. “Entre 1° e 28 de março deste ano, a moeda norte-americana subiu 1,15%, cotada a R$ 5,01 no dia 28. Entretanto, as negociações realizadas no spot ou via contratos a termo para exportação foram limitadas pela disparidade de preços e prazos de pagamento”, especifica o Cepea. Em relação às microrregiões que compõem o Indicador, houve quedas de 11,98% na Fronteira Oeste e de 11,71% na Planície Costeira Interna entre fevereiro e março deste ano, com respectivas médias de R$ 98,21/sc de 50 quilos e R$ 102,65/sc no último mês. Ainda segundo boletim divulgado pelo Cepea em abril, as quedas estiveram próximas de 10%, com médias de R$ 102,93/sc, R$ 102,84/sc, R$ 98,85/sc e R$ 98,62 na Zona Sul, Planície Costeira Externa, Depressão Central e Campanha. Em relação aos demais rendimentos, a média estadual sul-riograndense para o produto de 63% a 65% de grãos inteiros caiu11,63% entre fevereiro e março de 2024, a R$ 102,42/sacas de 50 quilos. Para os grãos com 59% a 62% de grãos inteiros, a baixa foi de 10,81%, a R$ 101,21/sc. Quanto ao produto de 50% a 57% de grãos inteiros, houve queda de 9,58% em igual comparativo, para R$ 98,11/sc. LEIA MAIS Soja, carne, café, suco de laranja: veja os produtos em que o Brasil é líder em exportação no mundo Milho registra maior volume de exportação de grãos no 1º semestre de 2023, aponta estudo da USP Maior oferta, baixa demanda e tensões geopolíticas: pesquisa da USP aponta motivos para quedas nos preços de derivados da cana Campo Dados da Emater/RS divulgados no último dia 28 indicam que 25% da área cultivada com arroz foi colhida no Rio Grande do Sul. "Quanto aos demais estados produtores, segundo a Conab, o destaque é Santa Catarina, com 75% já colhido. Em seguida estão Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Maranhão, com 40%, 32%, 15% e 5% já colhidos, respectivamente, até o último dia 25", apontam pesquisadores do Cepea. Clima adverso Quanto aos impactos do clima adverso no maior estado produtor de arroz, conforme do Cepea, a Emater/RS ressalta que os prejuízos causados por enxurradas e pelo acamamento nas lavouras variam de acordo com o estágio de desenvolvimento da planta. “Nas áreas em estágios iniciais, a expectativa é que os danos tenham sido menores. Em várias localidades, o arroz vem apresentando desenvolvimento satisfatório”, conclui o Cepea. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba Veja Mais

Banco Central da Argentina reduz taxa de juros de 60% para 50%

G1 Economia Esse é o terceiro corte dos juros no país em três semanas, com melhora nas perspectivas sobre a inflação. Javier Milei, da Argentina, em fevereiro de 2024 Agustin Marcaria/Reuters O banco central da Argentina reduziu nesta quinta-feira sua taxa de juros de referência para 50%, o terceiro corte em três semanas, à medida que as expectativas de inflação caem rapidamente. Desde 11 de abril, a autoridade monetária reduziu a taxa básica em 10 pontos percentuais em cada decisão. O corte da taxa básica ocorre em meio a crescente otimismo do banco central com a perspectiva de a inflação mensal cair mais rapidamente do que o esperado pelos analistas, o que é fundamental para a recuperação econômica do país, com os preços em alta de quase 300% ao ano. O conselho da autoridade monetária tomou a decisão nesta quinta-feira, levando em conta o "rápido ajuste" das expectativas de inflação e o fortalecimento da âncora fiscal, entre outros aspectos, informou o banco central em um comunicado. O presidente liberal Javier Milei assumiu o cargo em dezembro prometendo implementar cortes rigorosos nos gastos para colocar a inflação novamente sob controle. Câmara dos Deputados da Argentina aprova projeto mais enxuto de reformas econômicas Veja Mais

De onde vem o que eu como #87: Borracha

G1 Economia Episódio conta sobre a história da borracha desde a extração do látex até sua presença na indústria. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. A borracha natural é essencial em diversos produtos na indústria como pneus, brinquedos e luvas cirúrgicas. Com uma história cheia de reviravoltas desde a descoberta do látex até a produção da borracha sintética. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: Como extrair látex da seringueira; como ocorreu a primeira biopirataria da história; e sobre um dos líderes dos seringueiros e sua importância. O podcast "De onde vem o que eu como'" é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Luciana de Oliveira e Carol Lorencetti.  Objetos que usam como principal matéria-prima a borracha Timothy Dykes/David Pennington/Diana Polekhina - Unsplash Leia também: Mexerica, ponkan e murcote: nem todas podem ser chamadas de tangerina; aprenda a diferença entre elas; Pequi assusta por causa dos espinhos, mas é 'celebridade' no Cerrado; aprenda a comer do jeito certo; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz. ????OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: ????ASSISTA TAMBÉM: De onde vem o papel De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: limão Borracha é o tema do 87º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo Veja Mais

DPVAT: Senado aprova texto-base de volta do seguro obrigatório de veículos; valor não está definido

G1 Economia Texto segue para sanção presidencial. Durante tramitação, Congresso incluiu medida que libera R$ 15 bilhões em gastos para o governo federal. O Senado aprovou nesta quarta-feira (8) o texto principal do projeto que determina a volta da cobrança do seguro para cobrir indenizações a vítimas de acidentes de trânsito, conhecido anteriormente como DPVAT. Foram 41 votos favoráveis ao texto, o mínimo necessário. Senadores ainda precisam analisar as sugestões de mudança ao texto. Se aprovada, a proposta seguirá para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). CCJ do Senado aprova projeto que retoma cobrança do DPVAT O pagamento, que acontecerá uma vez ao ano, será obrigatório para os donos de carros e motos. O valor da taxa e a data do primeiro pagamento ainda não foram definidos, mas o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a equipe econômica estima uma tarifa entre R$ 50 e R$ 60, a partir de 2025. A cobrança do DPVAT foi extinta durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A última vez que os donos de veículos pagaram o seguro foi em 2020. Desde 2021, a gestão do saldo remanescente passou da seguradora Líder para a Caixa Econômica Federal. Como vai funcionar O seguro passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT) e funcionará da seguinte maneira: o pagamento será obrigatório para quem tiver carro ou moto. Um fundo comum é criado para reservar as contribuições e os valores serão usados para cobrir indenizações por morte ou invalidez, pagas às pessoas que sofrerem acidentes. o dinheiro também será usado no reembolso de despesas com tratamento médico, fisioterapia e próteses se esses serviços não estiverem disponíveis, via SUS, no município. o seguro cobrirá despesas funerárias e reabilitação profissional de pessoas com invalidez. Não poderá receber auxílio quem já for assistido por seguro privado e plano de saúde; os valores, tanto da taxa do seguro quanto das indenizações, ainda serão definidos. O pagamento do SPVAT pode mudar de acordo com o tipo de veículo; o motorista que não pagar o seguro obrigatório estará sujeito a multa por infração grave. O presidente Lula pode vetar esse ponto; terá direito à indenização quem sofreu acidente ou companheiro e herdeiros da vítima, em caso de morte. Mesmo que os veículos envolvidos no acidente estejam irregulares – ou seja, caso os donos não tenham pagado o seguro – as vítimas terão acesso aos recursos; o pagamento da indenização deve ocorrer em um prazo de 30 dias; o licenciamento do veículo só será concedido a partir do pagamento do SPVAT, assim como a transferência de proprietário e a baixa do registro do carro; a Caixa vai cobrar o seguro, administrar o fundo e analisar os pedidos de indenização. O banco poderá contratar empresas terceirizadas para auxiliar na operação. Os recursos para pagar as empresas sairão diretamente do fundo; os estados podem fechar convênio com a Caixa para que o pagamento do SPVAT seja feito junto com o licenciamento ou com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA); os estados que efetuarem a cobrança poderão receber até 1% do montante arrecadado; estados e municípios que oferecerem transporte público coletivo ainda vão receber de 35% a 40% do dinheiro arrecadado. SPVAT financiará indenizações para vítimas de acidentes de trânsito. Bruno Cecim / Ag.Par 'Jabuti' Parlamentares incluíram um "jabuti" – no jargão do Congresso, um assunto estranho ao tema original da proposta incluído durante a tramitação – com objetivo de adiantar as despesas que o governo fará neste ano. A mudança será feita na lei do novo regime fiscal, que vale desde 2023. O dispositivo antecipa a data em que o governo, caso registre um crescimento da receita em comparação ao ano passado, pode abrir crédito suplementar (extra). A medida vai liberar mais de R$ 15 bilhões em gastos. Os recursos devem ser usados, por exemplo, para desfazer bloqueios no orçamento e garantir investimentos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O interesse da cúpula do Congresso é, principalmente, na retomada de R$ 3,6 bilhões em emendas de comissão, vetadas pelo presidente Lula, com esses recursos. Veja os tipos de emendas parlamentares e a verba prevista para cada uma em 2024 Emendas são gastos que deputados e senadores fazem em seus redutos eleitorais, na forma de obras e projetos. Neste caso, das indicações feitas por comissões temáticas do parlamento, o governo não é obrigado a executar. Porém, as emendas servem de moeda de troca para que o Executivo viabilize projetos de seu interesse no Congresso. Veja Mais

Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Coteminas

G1 Economia Empresa do setor têxtil pertence ao empresário Josué Gomes da Silva, atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas e atual presidente da Fiesp, no Senado, em imagem de julho de 2019. Geraldo Magela/ Agência Senado A empresa do setor têxtil Coteminas anunciou nesta quarta-feira (8) que entrou em processo de recuperação judicial. A companhia, que pertence ao empresário Josué Gomes da Silva, atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), já vinha enfrentando problemas financeiros e operacionais. "Desde o fim da pandemia, a companhia vem tendo seus negócios negativamente impactados pela combinação de fatores adversos que acarretaram dificuldades financeiras", informou a Coteminas, em comunicado ao mercado. No documento, a empresa também divulgou o trecho da decisão judicial que determinou a "suspensão de todas as ações e execuções" contra o grupo. Na prática, com o processo de recuperação, as dívidas da companhia ficam congeladas por 180 dias, ao mesmo tempo em que sua operação é mantida. (entenda mais abaixo) O pedido da empresa foi feito à Justiça em meio a uma disputa com o fundo FIP Ordenes, que alegou vencimento antecipado de debêntures (títulos de dívida) emitidas em 2022 pela Ammo Varejo, do grupo Coteminas. No comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Coteminas também informou que havia notificado o fundo Ordenes sobre a impossibilidade de executar as ações da Ammo. "Neste contexto, com o objetivo de garantir a preservação das atividades empresariais e de ativos das companhias e suas controladas, que ficariam sujeitas a dano irreparável, as companhias informam que requereram recuperação judicial, em conjunto com outras empresas do grupo, e obtiveram deferimento de seus pedidos", disse a Coteminas. A companhia também afirmou que, com a concessão do pedido, "conseguirá a sua restruturação financeira e de todas as empresas do grupo". Como funciona a recuperação judicial O que é a recuperação judicial? A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça. As dívidas ficam congeladas por 180 dias e a operação é mantida. A recuperação judicial foi instituída no Brasil em 2005 pela lei 11.101, que substituiu a antiga Lei das Concordatas, de 1945. A diferença entre as duas é que, na recuperação judicial, é exigido que a empresa apresente um plano de reestruturação, que precisa ser aprovado pelos credores. Na concordata, era concedido alongamento de prazo ou perdão das dívidas sem a participação dos credores. Quem pode pedir recuperação judicial? Empresas privadas de qualquer porte e com mais de dois anos de operação podem recorrer à recuperação judicial. Porém, a lei não vale para estatais e empresas de capital misto, bem como para cooperativas de crédito e planos de saúde. Também não podem pedir recuperação judicial as empresas que já tenham feito outro pedido há menos de cinco anos e as comandadas por empresários que já foram condenados por crime falimentar (relacionados a processos de falência). Como é feito o pedido de recuperação judicial? O pedido é feito à Justiça por meio de uma petição inicial que contém, entre outras informações, o balanço financeiro dos últimos três anos, as razões pelas quais entrou em crise financeira, e a lista de credores. Depois que o pedido é aceito, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação e as execuções (cobranças de dívida) contra ela são suspensas por 180 dias. A lei determina que a assembleia de credores aconteça em até 150 dias após o deferimento do processo pela Justiça, mas na prática, esse prazo costuma ser ultrapassado. Número de empresas em recuperação judicial sobe no país Veja Mais

Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea

G1 Economia Além de perderem animais e terem estruturas destruídas pelas inundações, produtores não estão conseguindo transportar o produto e sofrem com falta de energia, água e dificuldade para conseguir ração. Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de lácteos do Brasil, depois de Minas Gerais e Paraná. Jarra de leite. Leite no copo. Wenderson Araujo/Trilux As perdas geradas pelas enchentes no Rio Grande do Sul devem provocar um aumento de preços do leite cru e derivados no campo a partir desse mês, segundo um relatório divulgado na terça-feira (7) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-Esalq/USP). O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, depois de Minas Gerais e Paraná. A alta de preços deve ser provocada por uma redução da oferta em decorrência de diversos prejuízos que as fazendas e as indústrias estão tendo. ARROZ: indústria negocia comprar da Tailândia, para não faltar PREJUÍZO no campo no RS chega a R$ 500 milhões Muitas propriedades perderam animais e tiveram as suas estruturas destruídas por inundações. Além disso, o bloqueio de rodovias está dificultando o transporte do leite para outros locais, e a chegada de insumos – principalmente de ração – até algumas propriedades rurais. "[Há] relatos de racionamento e menor produção devido à má alimentação do rebanho. Há, também, relatos de situações mais críticas que resultam em descarte de leite no campo, devido à falta de ração, energia elétrica e combustível", diz o relatório. Há ainda propriedades sem água e energia elétrica. A falta de energia impede a automação da ordenha e o resfriamento do leite nas fazendas. Enquanto na indústria, impacta o processamento dos lácteos e sua conservação. "As perdas estruturais no campo e nas indústrias podem retardar a recuperação da oferta do leite cru e dos lácteos. Com isso, a perspectiva de preços ao produtor em alta se fortalece para este e para os próximos meses", diz o Cepea. "Em paralelo, acredita-se que, mesmo com muitas famílias desabrigadas, as compras institucionais de lácteos podem sustentar a demanda. De qualquer maneira, o aumento dos custos logísticos deve ser repassado às cotações dos lácteos", acrescenta. O Cepea reforça que, até o momento, não se sabe qual será a intensidade da alta de preços, tendo em vista que eles estão calculando os prejuízos. Chuvas no RS causam destruição no campo De onde vem o leite Veja Mais

Chuvas no RS: veja as medidas anunciadas pelos principais bancos para apoiar os atingidos

G1 Economia Ampliação de linhas de crédito, isenção de tarifas e suspensão da cobrança de contratos em atraso curto são algumas das iniciativas de instituições financeiras para as vítimas do desastre no Rio Grande do Sul. Porto Alegre durante temporais no Rio Grande do Sul REUTERS/Renan Mattos Instituições bancárias anunciaram uma série de medidas em apoio à população atingida pelos fortes temporais no Rio Grande do Sul. Entre as iniciativas, estão a ampliação de linhas de crédito, isenção de tarifas e suspensão da cobrança de contratos em atraso curto. As medidas contemplam pessoas físicas e jurídicas. Nesta reportagem, você vai conferir as medidas anunciadas individualmente pelos maiores bancos do país. Itaú Unibanco Bradesco Santander Banco do Brasil Caixa Econômica Federal Nubank BTG Pactual O que diz a Febraban De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), suas instituições associadas anunciaram um total de R$ 20 milhões em doações para a região. O montante é a soma de recursos disponibilizados pelo Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Além disso, em resumo, as ações de auxílio a clientes contemplam os seguintes serviços: flexibilização de carência e prazo nas ofertas de crédito para famílias e empresas, com revisão de taxas; ampliação de linha de crédito; prorrogação dos contratos dos clientes impactados em 90 dias com revisão de taxa; suspensão da cobrança dos contratos em atraso curto; suspensão da negativação dos clientes com até 15 dias de atraso; suspensão de até 3 meses nos contratos de financiamento habitacional (desde que solicitado pelos mutuários); suporte no acionamento do seguro habitacional; isenções e reprecificações de tarifas; priorização no atendimento dos clientes da região para seguros de pessoas, patrimônio, veículos; renegociação com ofertas e condições especiais para clientes afetados e suspenção de cobrança. engajamento dos colaboradores com campanha de conscientização e solicitação de apoio e ajuda; campanhas internas envolvendo empregados e clientes para arrecadação de materiais de higiene pessoal a serem encaminharmos às regiões afetadas; disponibilização de contas para o recebimento de doações voluntárias, que serão revertidas em kits de higiene e limpeza, entre outros, conforme necessidade da população impactada. Itaú Unibanco O Itaú Unibanco informou que adotou uma série de medidas emergenciais. Segundo a instituição, as iniciativas foram definidas "com base nas necessidades mais urgentes dos clientes do banco" e "no contato com governo estadual e com autoridades locais". Na relação com os clientes, o banco disse que reforçou o atendimento em suas centrais e canais digitais e mobilizou suas equipes na região para desenhar planos específicos. Para clientes corporativos, a instituição anunciou: suspensão de mensalidades e tarifas de conta corrente e na Rede (maquininhas) por pelo menos três meses; repactuações de parcelamentos (pular parcelas) para clientes que tiverem essa necessidade; manutenção de limites de crédito e disponibilização de novas linhas especiais; comunicação proativa e facilitação da abertura de sinistros de seguros de vida ou patrimoniais para pessoas e empresas; clientes em atraso, mesmo antes da tragédia, terão a suspensão temporária de cobranças. Para clientes pessoas físicas, as medidas são: prioridade da região nas centrais de atendimento; em conta corrente e cartões, haverá isenção de tarifas e anuidade, suspensão de encargos de parcelamento de fatura e outros — até estorno de tarifas e juros, se necessário; contato para avisar sobre a disponibilidade de cobertura de seguros de vida e patrimoniais. Bradesco O Bradesco informou que irá oferecer condições especiais nas renegociações, com prazos de carência de até 180 dias, para clientes pessoas físicas e jurídicas que precisarem renegociar o pagamento de linhas de crédito como capital de giro, crédito pessoal e crédito direto ao consumidor. Ainda segundo a instituição, o pagamento dessas linhas por clientes da região poderá ser postergado por até 30 dias, caso necessário. Além disso, o banco irá suspender o sistema de cobrança feito por SMS, WhatsApp e telefone pelo prazo de 30 dias para clientes inadimplentes. Em outra frente, a Bradesco Seguros anunciou uma operação de emergência de tratamento de sinistros. O banco informou que a força-tarefa foi mobilizada em caráter especial e com contingente reforçado para atender aos segurados. "Até o momento, a companhia está com guinchos e carros de apoio à população nas cidades. Santa Cruz do Sul, São Leopoldo, Caxias do Sul e Porto Alegre são os municípios com mais chamados para a seguradora, que reforçou a equipe de atendimento", disse, em nota, o Bradesco. Imagens de satélite mostram antes e depois de maior enchente da história no RS Santander O Santander anunciou, principalmente, a adequação de prazos e condições para os clientes de todo o Rio Grande do Sul. Para pessoas físicas, as medidas são: Crédito pessoal: redução em até 20% nas taxas de juros, com até 40 dias para pagar a primeira parcela. O dinheiro é creditado na hora via app Santander; Cartão de crédito: prazo de parcelamento de fatura de cartões de crédito ampliado de 10 para 24 vezes, com desconto na taxa. Os limites dos cartões serão mantidos no mês de maio; Antecipação do FGTS: caso tenha saldo no FGTS e adesão ao saque aniversário é possível contratar diretamente no app do banco; Crédito Imobiliário: possibilidade de postergar as próximas duas parcelas; Limites de conta: limites de cheque especial implantados não sofrerão redução no mês de maio; Renegociação: pelo app ou no site www.santander.com.br/renegociacao uma renegociação com até 60 dias para pagar a primeira parcela, com a possibilidade reduzir até 70% as seis primeiras parcelas, com prazo de até 120 vezes; Clientes em atraso: não serão feitas ações de cobrança e negativação no mês de maio; Clientes da Santander Financiamentos: possibilidade de renegociação com até 60 dias para pagar a primeira parcela; Seguros: prioridade no acionamento dos sinistros e pagamento de indenizações. Para MEIs e Microempresas, as medidas são: Capital de Giro: até 59 dias para pagar a primeira parcela. O dinheiro é creditado na hora via app Santander; Cartão de Crédito: ampliação o prazo de parcelamento de fatura de cartões de 10 para 24 vezes, com desconto na taxa. Os limites dos cartões serão mantidos no mês de maio; Limites de conta: limites de cheque especial implantados não sofrerão redução no mês de maio; Renegociação: pelo app ou no site www.santander.com.br/renegociacao uma renegociação com até 60 dias para pagar a primeira parcela; Clientes em atraso: não serão feitas ações de cobrança e negativação no mês de maio; Clientes da Santander Financiamentos: créditos contratados através da Santander Financiamentos, com parcela em dia ou em atraso, terão ofertas de reorganização ou postergação da negativação em até 60 dias; Tarifas: isenção de tarifa do pacote de serviços de conta corrente no mês de maio; Seguros: prioridade no acionamento dos sinistros e pagamento de indenizações. Para médias e grandes empresas e clientes agro, o banco anunciou que "os especialistas Santander estão contatando os clientes para avaliar condições especiais de apoio de acordo com o porte e tipo de negócio". Banco do Brasil Além da doação de recursos, o Banco do Brasil anunciou que flexibilizou seus produtos e serviços envolvendo operações de crédito, do agronegócio e de seguros. Segundo o banco, os clientes pessoa física atingidos terão carência de até seis meses para pagamento da primeira parcela na contratação do BB Crédito Consignado ou do BB Crédito Salário. Já as micro e pequenas empresas terão acesso a crédito com linhas governamentais e próprias, além de condições diferenciadas. De acordo com a instituição, também será mantido o amparo ao crédito para pessoas físicas e jurídicas, produtores rurais e municípios. O banco anunciou ainda que: será possível renegociar dívidas utilizando taxas diferenciadas, com até 180 dias de carência e 120 meses para pagamento; as empresas dos municípios gaúchos atingidos contarão com linhas de repactuação, com prazos de 30, 36 ou 48 meses, nas operações convencionais, ou até 72 meses, para as contratações via Pronampe; as operações de financiamento imobiliário e empréstimo com garantia de imóvel poderão ter até quatro parcelas de capital e encargos básicos repactuadas e transferidas para o final do cronograma; os produtores rurais dos municípios afetados terão as operações prorrogadas, de acordo com a necessidade e manutenção dos encargos originais. Além disso, haverá uma esteira diferenciada para o acionamento dos seguros/Proagro; nos seguros Residencial e Empresarial, foram ampliados os valores dos serviços de limpeza, cobertura de telhados e desentupimento previstos nas apólices; a BB Seguros também enviou reguladores e peritos para as regiões atingidas, com possibilidade de realizar a vistoria presencial ou de forma remota. O Banco do Brasil também informou que irá estornar a tarifa de emissão de segunda via dos cartões e "dará tratamento diferenciado para encargos e saldo devedor dos clientes das regiões afetadas". "O saldo devedor das faturas de cartões Ourocard não pagas integralmente durante o período de calamidade será transportado para o mês seguinte, sem incidência de encargos", disse a instituição. As ações de cobrança e negativação de clientes de municípios afetados também serão suspensas. Segundo o banco, ao todo, 25 agências do BB foram alagadas na região. A instituição afirmou que irá instalar, ao longo das próximas semanas, unidades temporárias de atendimento nos municípios onde não for possível a retomada do atendimento presencial. Caixa Econômica Federal A Caixa liberou o Saque Calamidade do FGTS para os trabalhadores das regiões atingidas e informou que enviou ao Rio Grande do Sul especialistas nas áreas de Habitação, FGTS e Governo para prestar apoio técnico às prefeituras. Além disso, a Caixa anunciou as seguintes medidas: Contratos habitacionais: irá possibilitar a pausa de até três meses nos contratos de financiamento habitacional nas regiões atingidas, mediante solicitação dos clientes. Também será possível incorporar as prestações no saldo devedor dos clientes inadimplentes. A Caixa também informou que dará suporte aos clientes para acionamento de seguro habitacional e procedimentos para pagamento de indenizações; Assessoria técnica aos municípios: além do envio de equipe técnica à região, as prefeituras poderão contar com o apoio para levantamento dos danos e estimativa de custos para a recuperação de obras em andamento ou edificações atingidas em contratos já acompanhados pela Caixa. Para clientes pessoa física e jurídica atingidos pelas enchentes, as medidas são: dispensa de encargos na renovação de contratos de penhor; pausa no pagamento de prestações por até três meses nos contratos de Crédito Pessoal PF, Capital de Giro PJ, Renegociação PF e PJ, entre outros; prorrogação do vencimento das operações de Crédito Rural de Custeio e Investimento. Para clientes que optarem pela contratação de um novo crédito, foram reduzidas as taxas de juros e disponibilizadas carências para contratação de financiamentos, com maiores prazos para pagamento no Crédito Consignado, Capital de Giro, entre outras modalidades. O banco não detalhou as novas taxas ou carências. Por fim, foram anunciadas medidas da Caixa Seguridade, incluindo reforços na equipe de atendimento e fluxo facilitado para acionamento de sinistro. Nubank Para clientes das regiões afetadas, o banco informou que está flexibilizando as condições de pagamento de dívidas existentes e que está priorizando o atendimento a esses clientes. "Essas novas condições poderão ser acessadas de forma simples e fácil via aplicativo do Nubank nos próximos dias", informou o banco. O Nubank, que não é associado à Febraban, anunciou a doação de R$ 1 milhão em apoio aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. BTG Pactual Procurado pelo g1, o banco não detalhou as medidas aos clientes relacionadas à tragédia na região. Veja Mais

Copom se reúne nesta quarta para definir juros; mercado financeiro prevê redução menor da taxa Selic

G1 Economia Com a proposta de mudança da meta fiscal e demora para redução dos juros nos EUA, a maior parte dos economistas já aposta em uma redução no ritmo de corte da taxa de juros, para 0,25 ponto percentual. Se confirmado, a Selic cairia para 10,50% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (20) e deve reduzir a taxa básica de juros da economia, que atualmente está em 10,75% ao ano. A decisão será anunciada após as 18h. Há uma dúvida, porém, sobre o tamanho do corte de juros. A maioria dos analistas do mercado financeiro passou a projetar uma redução de 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano. Mas parte dos economistas ainda estima que a taxa cairá mais, 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Se a opção for por um corte menor nos juros, o BC reduzirá o ritmo de redução da taxa Selic. Isso porque, na última reunião, os juros caíram 0,50 ponto percentual. Entenda a discussão Em seu último encontro, realizado no fim de março, o BC sinalizou que promoveria uma nova redução de 0,5 ponto percentual nessa reunião de maio, o que levaria a taxa Selic para 10,25% ao ano. Essa sinalização, entretanto, dependia da confirmação de um "cenário esperado" pela diretoria do Banco Central. Desde a última reunião do Copom, porém, a equipe econômica do presidente Lula propôs uma redução nas metas para as contas públicas em 2025 e 2026. Algo que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, não apoia. Com a eventual mudança das metas, haverá um espaço adicional para gastos de cerca de R$ 160 bilhões nos próximos anos -- pressionando mais a inflação. E houve piora do cenário externo, com a inflação ainda pressionada nos Estados Unidos. Por conta disso, a maior parte do mercado financeiro já ajustou sua posição e passou a projetar um corte menor de juros, de 0,25 ponto percentual, na reunião do Copom desta semana -- para 10,50% ao ano. Cenário para corte de juros não mudou substancialmente, diz presidente do Banco Central Como as decisões são tomadas Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro. Neste momento, a instituição já está mirando menos na meta deste ano, e vê um peso maior nas projeções para o ano de de 2025 (em doze meses). Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida. Na semana passada, os economistas do mercado financeiro estimaram que a inflação de 2024 somará 3,72% e, a de 2025, 3,64%. Ou seja, acima da meta central nos dois anos, mas dentro do intervalo de tolerância. Cenário da economia Além da perspectiva de que o governo aumente gastos públicos nos próximos anos, com a proposta de redução das metas para as contas públicas, analistas observam que o cenário externo está mais tensionado e incerto pelo adiamento e redução do espaço para juros cortes de taxas nas economias desenvolvidas -- como os Estados Unidos. Como os juros nos Estados Unidos vão influenciar a decisão do Copom A decisão sobre a taxa norte-americana influencia o Brasil pois quando os juros americanos estão elevados, a rentabilidade das Treasuries (os títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país, e se afasta de emergentes, como o Brasil. Analistas avaliam que isso reduz o espaço para cortes de juros nas economias emergentes, sob o risco de pressão na taxa de câmbio -- que também é ruim para a inflação. A proposta de mudar as metas fiscais, e a perspectiva de que os EUA demorarão mais para baixar os juros, chegaram a gerar alta do dólar no Brasil, que foi parcialmente revertida nos últimos dias. "A evolução do balanço de riscos desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi bastante desfavorável, com aumento das incertezas tanto no cenário externo quanto interno (...) A elevação da incerteza do cenário global, a deterioração das expectativas de inflação e as alterações das metas de superávit primário tornaram o balanço de riscos assimétrico [desigual]", avaliou Alexandre Mathias, estrategista-chefe da corretora Monte Bravo. O Banco Central também tem chamado atenção, em seus comunicados oficiais, que a queda na taxa de desemprego, assim como uma expansão maior do Produto Interno Bruto (PIB), podem pressionar a inflação no Brasil. "Apesar da inflação mais benigna na margem (com surpresas negativas nos últimos indicadores de preços ao consumidor IPCA e IPCA-15), as medidas subjacentes aos serviços permanecem alto. Além disso, os dados sobre o desemprego e os salários continuam a indicar um mercado de trabalho restritivo", avaliou o Itaú, em análise assinada pelo economista-chefe, Mario Mesquita. Consequências De acordo com especialistas, a redução da taxa de juros no Brasil terá algumas consequências para a economia. Veja abaixo algumas delas: Redução das taxas bancárias: a tendência é que os cortes de juros sejam repassados aos clientes. Em março desse ano, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas atingiu 40,5% ao ano -- com queda frente ao ano de 2023. Crescimento da economia: com juros mais baixos, a expectativa é de um comportamento melhor do consumo da população e, também, de melhora dos investimentos produtivos, impactando positivamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda. Os dados de atividade têm surpreendido positivamente os economistas. Melhora das contas públicas: as reduções de juros também favorecem as contas públicas, pois diminuem as despesas com juros da dívida pública. Em 2023, a despesa com juros somou R$ 718 bilhões em 2023, ou 6,6% do PIB. Analistas esperam uma pressão menor com o processo de queda dos juros. Impacto nas aplicações financeiras: investimentos em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, porém, tendem a ter um rendimento menor, com o passar do tempo, do que teriam com juros mais elevados. Com a queda da Selic, a tendência é que os investimentos em renda variável fiquem mais atrativos. Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.721: prêmio acumula e vai a R$ 40 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 09 - 10 - 11 - 25 - 46 - 48. Quina teve 81 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 36.177,87. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.721 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (7), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 40 milhões. Veja os números sorteados: 09 - 10 - 11 - 25 - 46 - 48 5 acertos - 81 apostas ganhadoras: R$ 36.177,87 4 acertos - 5.339 apostas ganhadoras: R$ 784,09 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (9). Mega-Sena, concurso 2.721 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas

G1 Economia Os aviões ‘E-Freighter’, como a categoria foi designada, foram fabricados para transportar passageiros, mas passaram por um processo de conversão para o transporte de cargas. Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas. André Luís Rosa/TV Vanguarda A Embraer, empresa do ramo de aviação que tem sede em São José dos Campos, registrou um aumento de 25% na receita da empresa nos três primeiros meses deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Foram R$ 4,5 bilhões obtidos este ano, contra R$ 3,7 bilhões de janeiro a março de 2023. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp De acordo com a Embraer, apesar do prejuízo líquido de R$ 63 milhões, esse resultado é otimista e se deve, principalmente, ao aumento do volume de entregas de aviões, que teve alta de 67%. Em meio ao cenário de crescimento, a Embraer se prepara para uma nova etapa. Há dois anos a empresa iniciou o projeto de conversão das aeronaves da família E-1 para cargueiros. O projeto ‘Freighter’ foi pensado para aumentar a vida útil da primeira família de E-Jets, que já completa 20 anos. O primeiro cargueiro Embraer voou por quase 20 anos nos Estados Unidos, mas voltou para São José dos Campos, no interior de São Paulo, para passar por uma grande transformação. Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas. André Luís Rosa/TV Vanguarda O modelo é um Embraer 190 que, originalmente, foi configurado para 120 passageiros. Mas, hoje, ele se tornou um avião de carga. A remodelagem contou com a participação de mais de 20 engenheiros. O maior desafio foi reprojetar a porta de carga. Ela fica ao lado da porta original de passageiros, mas é cinco vezes maior. Internamente, toda a estrutura foi adaptada para a acomodação de carga. Foi necessário um ano para encontrar o local ideal. O presidente CEO de serviços e suporte da Embraer, Carlos Naufel, resume o desafio. “Quando a família de E-Jets foi projetada, nós já tínhamos uma ideia de transformá-los em cargueiros num futuro. E esse futuro chegou. A conversão para cargueiros é um caminho natural. Nosso time de engenheiros trabalhou incansavelmente para adaptar o projeto de maneira perfeita e foi isso que aconteceu. Logo que colocamos a porta de carga, ela se encaixou perfeitamente. Para nós foi a certeza de que nosso projeto é confiável e temos uma aeronave de ponta e extremamente competitiva para o mercado”, disse. Embraer está modificando aviões com mais de 20 anos para transporte de carga Mercado em potencial Atualmente, na indústria aeronáutica, somente a americana Boeing e a europeia Airbus oferecem versões cargueiras no portfólio de aeronaves. O especialista em aviação de carga Tiago Dias detalha isso. “A Boeing possui modelos como o 737, 767, 777 e 747 Freighter e a Airbus oferece versões do A-320 e A-330. Mas, em linhas gerais, são aeronaves grandes, que só podem operar em aeroportos com maior estrutura. Com a Embraer entrando nesse mercado, o leque para o transporte de cargas se amplia exponencialmente”, ressalta. Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas. André Luís Rosa/TV Vanguarda “Os modelos E-Jets estão presentes em todos os continentes. Por serem aeronaves menores, operam em aeroportos com pistas mais curtas. Quando você oferece uma opção de cargueira desses modelos, não há necessidade de adaptar aeroportos. Onde os E-Jets de passageiros pousam, um Embraer cargueiro também pode pousar. Essa é uma aposta importante para mercados emergentes como na Ásia, África e aqui na América do Sul”, acrescenta Tiago. A Embraer é reservada quando se trata dos clientes. Mas, de acordo com o CEO de Serviços e Suprimentos, já existem 20 pedidos firmes na versão cargueira do 190 E-1. E a projeção é de crescimento do mercado. “Quando se fala em ampliar a produção, pensamos no todo. E isso poderá gerar uma demanda de uma linha maior de produção. Isso, inevitavelmente, irá refletir em novos empregos. E falo em algo em torno de 600 empregos diretos e indiretos”, finaliza Naufel. Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas. André Luís Rosa/TV Vanguarda Voo inaugural O primeiro avião da Embraer convertido de transporte de passageiros para cargueiro fez um voo inaugural em São José dos Campos (SP), sede da empresa, no dia 5 de abril. Considerado um sucesso pela empresa, o voo inaugural foi realizado com um E190F. A equipe a bordo voou por aproximadamente duas horas e fez uma avaliação completa da aeronave, que pertence à Regional One, companhia de leasing dos Estados Unidos. Os aviões ‘E-Freighter’, como a categoria foi designada, foram inicialmente fabricados para transportar passageiros, mas passaram por um processo de conversão para o transporte de carga. Primeiro avião da Embraer convertido em cargueiro faz voo inaugural em São José dos Campos CLAUDIO CAPUCHO/Embraer As aeronaves são E-Jets e estão divididas em dois modelos na conversão em cargueiros: E190F - com carga útil estrutural máxima é 13,5 toneladas - e E195F - com capacidade para 14,3 toneladas. De acordo com a Embraer, os modelos têm mais de 50% de capacidade de volume, três vezes o alcance dos grandes turboélices cargueiros e custos operacionais até 30% menores do que as aeronaves de fuselagem estreita, conhecidas como ‘narrowbodies’. Os modelos seguirão em testes antes de entrar em operação, o que não tem previsão para acontecer. Até o momento, todos os testes de pressurização em solo e carregamento de cargas foram bem-sucedidos. Lançado em 2022, o programa de conversões de E-Jets de transporte de passageiros para cargueiros contou com a participação de 40 fornecedores de todo o mundo e mais de 600 funcionários da Embraer. Segundo a empresa, foram dedicadas 500 mil horas ao programa. Primeiro avião da Embraer convertido em cargueiro faz voo inaugural em São José dos Campos CLAUDIO CAPUCHO/Embraer Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Fazenda suspende por 90 dias a cobrança de dívidas de pessoas, empresas e municípios do RS

G1 Economia A medida foi publicada em uma portaria no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (7), como uma das formas de contenção de danos em razão do estado de calamidade pública. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) decidiu suspender por 90 dias a cobrança de parcelas de dívidas renegociadas com a União por contribuintes do Rio Grande do Sul. A medida vale para pessoas, empresas e municípios, por conta do desastre ambiental no estado. A medida foi publicada em uma portaria no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (7), como uma das formas de contenção de danos em razão do estado de calamidade pública. As parcelas com vencimento em abril, maio e junho passam a vencer em julho, agosto e setembro, respectivamente. Serão beneficiados os contribuintes de 336 municípios, incluindo a capital Porto Alegre. (veja a lista completa abaixo) A prorrogação não inclui os juros e abrange somente as parcelas que estão prestes a vencer. Não poderão disfrutar do adiamento os Microempreendedores Individuais, Microempresas e Empresas de Pequeno optantes pelo Simples Nacional. "Além da prorrogação, ficam suspensas por 90 dias algumas medidas de cobrança administrativa, como apresentação de protesto de certidões da Dívida Ativa da União, averbação pré-executória e instauração de novos Procedimentos Administrativos de Reconhecimento de Responsabilidade (PARR)", informa a PGFN. "Os 90 dias de suspensão também valem para os procedimentos de exclusão de contribuintes de negociações administradas pela PGFN por inadimplência de parcelas." Pacheco fala sobre decreto para acelerar verbas ao Rio Grande do Sul AGU vai agilizar benefícios previdenciários Segundo o blog da Camila Bomfim, a Advocacia-Geral da União (AGU) vai acelerar a análise de benefícios previdenciários de moradores do Rio Grande do Sul e, com isso, acelerar pagamentos. A AGU vai convocar procuradores federais voluntários para fechar acordos e agilizar pagamentos. A iniciativa faz parte de um conjunto de medidas para enfrentar a calamidade pública que o estado enfrenta. A ideia é fazer um esquema de mutirão analisar propostas de acordos para o pagamento de benefícios como incapacidade, salário maternidade e pensão por morte, por exemplo. A análise será feita a partir de listas de processos que serão encaminhadas pela Justiça Federal. Os procuradores federais interessados em participar do esforço, que deve durar 45 dias, já podem se inscrever no projeto. Veja a lista completa de municípios Aceguá Agudo Alegrete Alegria Alto Alegre Alvorada Amaral Ferrador Ametista do Sul André da Rocha Anta Gorda Araricá Aratiba Arroio do Meio Arroio do Tigre Arroio dos Ratos Arroio Grande Arvorezinha Augusto Pestana Áurea Balneário Pinhal Barão de Cotegipe Barra do Guarita Barra do Rio Azul Barra Funda Barros Cassal Benjamin Constant do Sul Bento Gonçalves Boa Vista Das Missões Boa Vista do Buricá Boa Vista do Sul Bom Jesus Bom Princípio Bom Retiro do Sul Boqueirão do Leão Brochier Butiá Caçapava do Sul Cacequi Cachoeira do Sul Cachoeirinha Cacique Doble Caiçara Camaquã Camargo Campina das Missões Campinas do Sul Campo Bom Campos Borges Candelária Cândido Godói Canela Canoas Canudos do Vale Capão da Canoa Capela de Santana Capitão Carazinho Carlos Barbosa Carlos Gomes Caseiros Catuípe Caxias do Sul Centenário Cerro Branco Cerro Grande do Sul Cerro Grande Chapada Charqueadas Chiapetta Ciríaco Colinas Colorado Constantina Coqueiro Baixo Coronel Bicaco Coronel Pilar Cotiporã Crissiumal Cristal do Sul Cristal Cruz Alta Cruzaltense Cruzeiro do Sul Dezesseis de Novembro Dilermando de Aguiar Dois Irmãos das Missões Dois Lajeados Dom Feliciano Dona Francisca Eldorado do Sul Encantado Encruzilhada do Sul Engenho Velho Entre Rios do Sul Erechim Erval Grande Erval Seco Espumoso Estação Estância Velha Esteio Estrela Velha Estrela Eugênio de Castro Fagundes Varela Farroupilha Faxinal do Soturno Faxinalzinho Feliz Flores da Cunha Fontoura Xavier Formigueiro Forquetinha Frederico Westphalen Garibaldi General Câmara Gentil Gramado Xavier Gramado Gravataí Guaíba Guaporé Herveiras Ibarama Ibirapuitã Ibirubá Igrejinha Ilópolis Imigrante Independência Inhacorá Ipê Ipiranga do Sul Iraí Itaara Itapuca Itati Itatiba do Sul Ivorá Jaboticaba Jacuizinho Jaguarão Jaguari Jari Jóia Júlio de Castilhos Lagoa Bonita do Sul Lagoa dos Três Cantos Lagoa Vermelha Lagoão Lajeado do Bugre Lajeado Lavras do Sul Liberato Salzano Mampituba Manoel Viana Maquiné Maratá Marau Marcelino Ramos Mariano Moro Marques de Souza Mata Mato Leitão Maximiliano de Almeida Miraguaí Montauri Monte Alegre dos Campos Montenegro Mormaço Mostardas Muçum Não-me-toque Nonoai Nova Alvorada Nova Bassano Nova Boa Vista Nova Bréscia Nova Esperança do Sul Nova Palma Nova Petrópolis Nova Prata Nova Ramada Nova Roma do Sul Nova Santa Rita Novo Cabrais Novo Hamburgo Novo Tiradentes Novo Xingu Paim Filho Palmeira Das Missões Palmitinho Panambi Pantano Grande Paraíso do Sul Pareci Novo Parobé Passa Sete Passo do Sobrado Passo Fundo Paulo Bento Paverama Pejuçara Pelotas Pinhal Grande Pinhal Pinheiro Machado Pinto Bandeira Piratini Planalto Poço das Antas Ponte Preta Portão Porto Alegre Porto Lucena Porto Mauá Porto Xavier Pouso Novo Presidente Lucena Progresso Protásio Alves Putinga Quaraí Quevedos Quinze de Novembro Redentora Relvado Restinga Seca Rio Pardo Roca Sales Rodeio Bonito Rolante Ronda Alta Rondinha Rosário do Sul Sagrada Família Salto do Jacuí Salvador do Sul Santa Clara do Sul Santa Cruz do Sul Santa Margarida do Sul Santa Maria do Herval Santa Maria Santa Rosa Santa Tereza Santana da Boa Vista Santiago Santo Ângelo Santo Antônio da Patrulha Santo Augusto Santo Cristo São Borja São Domingos do Sul São Francisco de Assis São Francisco de Paula São Gabriel São Jerônimo São João da Urtiga São João do Polêsine São Jorge São José Das Missões São José do Herval São José do Inhacorá São José do Norte São José do Sul São Leopoldo São Marcos São Martinho da Serra São Miguel das Missões São Paulo das Missões São Pedro da Serra São Pedro das Missões São Pedro do Butiá São Pedro do Sul São Sebastião do Caí São Sepé São Valentim São Vendelino Sapiranga Sapucaia do Sul Sarandi Seberi Sede Nova Segredo Senador Salgado Filho Sentinela do Sul Serafina Corrêa Sério Sertão Severiano de Almeida Silveira Martins Sinimbu Sobradinho Soledade Tabaí Tapes Taquara Taquari Taquaruçu do Sul Tenente Portela Teutônia Tio Hugo Tiradentes do Sul Toropi Torres Travesseiro Três Arroios Três Coroas Três Forquilhas Três Palmeiras Três Passos Trindade do Sul Tucunduva Tunas Tupanci do Sul Tupanciretã Tupandi Ubiretama União da Serra Uruguaiana Vale do Sol Vale Real Vale Verde Vanini Venâncio Aires Vera Cruz Veranópolis Vespasiano Correa Viadutos Viamão Vicente Dutra Vila Flores Vila Maria Vista Alegre do Prata Vista Alegre Xangri-lá Veja Mais

Entenda o que é o líquido vermelho que sai da carne; spoiler: não é sangue

G1 Economia Apesar de parecer com sangue, a cor avermelhada vem de uma proteína chamada mioglobina, presente nas células de fibras musculares do boi. Líquido que sai da carne não é sangue, mas pode conter um pouco de hemoglobina Unsplash Se você é daqueles que adora se referir à carne malpassada do churrasco como “sangrando”, saiba que está usando a expressão de forma errada. O que escorre não é sangue – ou, pelo menos, não pode ser chamado de sangue, apesar de conter uma pequena parte dele. Trata-se de um líquido formado, principalmente, por uma proteína chamada mioglobina (responsável por deixar essa cor avermelhada) e água. Contém também outros nutrientes, entre eles, uma pequena parte de hemoglobina, proteína do sangue. Composição do líquido da carne Bianca Batista e Dhara Assis/g1 O g1 conversou com médicos veterinários que elencaram alguns fatos que podem ajudar a entender como esse líquido se forma e por que ele é confundido com sangue. Veja a seguir. ????O sangue do boi é retirado logo após o abate: uma das primeiras etapas da produção da carne é a sangria, um procedimento que acontece assim que o animal é abatido. Antes, ele é insensibilizado, ou seja, deixa de receber estímulos externos, uma norma que faz parte das regras de abate humanitário no Brasil. Depois, ele recebe um corte no pescoço para escoar o sangue. O que sai é reaproveitado nos abatedouros para fazer outros subprodutos da indústria animal, como a farinha de sangue, usada em rações. Nesse processo, até 80% do sangue é retirado, mas há um resquício que continua nos órgãos e músculos, explica a médica veterinária Angélica Simone Cravo Pereira, professora do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP). ????O boi precisa "virar carne": após a sangria, a carcaça do animal é submetida a vários processos de preparação até chegar na fase do resfriamento. É aí que os músculos do animal se transformam em carne, própria para consumo humano. Nessa fase, o pH precisa diminuir, para evitar risco de contaminação, como a formação de bactérias no alimento. Em paralelo, algumas enzimas agem para deixar a carne mais macia. ??Perda de líquido: depois do resfriamento, a carcaça ainda passa pela desossa, onde os cortes são feitos. Em seguida os pedaços são embalados e transportados para açougues e supermercados. Durante essa jornada, e até mesmo no manuseio doméstico da carne, é possível que haja um pouco de perda de um líquido vermelho, que muitas vezes é confundido com sangue. ????Não é sangue! A aparência pode confundir, mas o que sai da carne bovina é um líquido composto majoritariamente por água e mioglobina, uma proteína presente nas células das fibras musculares do boi, segundo os médicos veterinários Alessandra Silva Dias Campos e Felipe Machado Sant´Anna, professores do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). A mioglobina se junta ao oxigênio que vai para as células e ajuda a transportá-lo e armazená-lo nos músculos dos animais. É ela que faz esses tecidos serem vermelhos e, consequentemente, o líquido que sai da carne. ????Mas tem um pouco de sangue: apesar de ser em menor proporção, existem outros nutrientes nesse fluido, incluindo hemoglobina, que é a proteína encontrada dentro das células do sangue. “A maior parte é água e mioglobina. O restante é uma mistura do que sobrou de hemoglobina no músculo depois da sangria com outros nutrientes, como ferro, zinco e complexo B”, pontua a professora Angélica Simone Cravo Pereira. Leia mais: Criança pode ser vegetariana? Veja o que dizem os especialistas e quais cuidados adotar Vaca louca: relembre a doença que ficou conhecida nos anos 80 e 90 Descubra por que as moscas de frutas aparecem na sua cozinha Como escolher carne bovina no supermercado? O que você precisa ficar de olho: Escolha uma carne que tenha perdido pouco líquido na embalagem – quanto maior a perda, é sinal de que o alimento será mais seco e menos nutritivo????; O produto deve estar bem vedado e dentro da data de validade ????; Não leve nenhum produto que esteja com odor forte ou diferente do habitual ????; A coloração precisa ser a mais próximo possível de um vermelho vivo, que indica que o alimento está fres ????; Tenha certeza de que a carne esteja resfriada adequadamente. Os termômetros das gôndolas devem apontar de 5ºC a 7°C. Para carnes congeladas, precisa estar em -12ºC ?????. Leia mais: Umami: descubra o que comer para despertar o quinto gosto do paladar humano Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Frutas, verduras e legumes mofados: descubra o que você está fazendo de errado De onde vem o Maracujá De onde vem a manga Veja Mais

Câmara aprova projeto que reconhece estado de calamidade no RS e facilita repasses federais ao estado

G1 Economia Texto dispensa cumprimento de regras e prazo previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal; votação agora vai para o Senado. Mais de 80 pessoas já morreram por causa dos temporais no Rio Grande do Sul. A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (6) um projeto que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro em razão das fortes chuvas que atingem o estado desde a última semana. A votação foi simbólica, ou seja, sem a necessidade de registro de votos no painel, uma vez que a proposta era de amplo consenso. Vista aérea da Orla do Rio Guaiba, em Porto Alegre (RS), completamente coberta de água após o transbordamento do rio nosábado (4). MAX PEIXOTO/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO O texto agora vai ao Senado e depois será promulgado pelo presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O objetivo da proposta é facilitar o repasse de verbas públicas ao estado para ajudar a socorrer e reconstruir as regiões atingidas pelos temporais. Depois de mais de uma semana de tempestades, o Rio Grande do Sul está tendo que lidar com transbordamento de rios, alagamento de cidades e destruição de parte de rodovias. Até esta segunda, mais de 80 pessoas já morreram em razão das chuvas. Anúncio conjunto O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o projeto de decreto legislativo após uma reunião no Palácio do Planalto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Também participaram o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, e ministros do governo. Lula decreta medida para acelerar repasses ao RS O projeto, na prática, permite que os recursos utilizados nas ações relacionadas ao Rio Grande do Sul não sejam submetidas aos parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Ficam fora do limite de gastos e das metas fiscais qualquer benefício, incentivo ou gastos que venhamos a fazer com estados e municípios”, explicou a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Leia também: Temporais no RS: veja resgates impressionantes durante as chuvas Chuvas no Rio Grande do Sul; VEJA FOTOS Como ajudar as vítimas dos temporais no RS O projeto Segundo o texto, as despesas pagas com crédito extraordinário e as renúncias fiscais necessárias para enfrentar o estado de calamidade não serão computadas nos resultados fiscais e o governo não precisará contingenciar o Orçamento para cumprir a meta. Tebet explica como vai funcionar o decreto legislativo para recursos de socorro ao RS Especialistas avaliam que a legislação já permite que isso seja feito sem necessidade de alterações na legislação. “Se há preocupação com a questão das regras fiscais, também a Lei do Novo Arcabouço Fiscal determina a não incidência do limite de gastos sobre esse tipo de despesas”, afirmou o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto. Além da questão do limite fiscal, o projeto aprovado também dispensa o Rio Grande do Sul de limites, condições e demais restrições aplicáveis e demais entes no que diz respeito a: contratação e aditamento de operações de crédito; concessão de garantias; contratação entre entes da Federação; recebimento de transferências voluntárias. O Rio Grande do Sul já se encontra em estado de calamidade pública em razão de um outro decreto legislativo aprovado em setembro de 2023. A avaliação, no entanto, é de que é necessário um novo decreto para tratar especificamente das chuvas que afetam o estado neste momento. 'A população mesmo se salvou', diz homem que ficou ilhado após chuvas no RS Ações emergenciais Ainda no final de semana, Lira afirmou que a Câmara “dará todo o apoio” aos mais de 300 municípios afetados pelo evento climático extremo. “O povo do RS precisa de muita solidariedade e, principalmente, ações efetivas no atendimento à população atingida e para reconstrução das áreas devastadas por essa tragédia. O governador Eduardo Leite e o povo gaúcho contam com minha solidariedade e trabalho”, disse Lira ao visitar o Rio Grande do Sul junto à comitiva de autoridades federais. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o Planalto vai priorizar o pagamento de emendas voltadas para a recuperação do estado. Segundo Guimarães, a maior parte das emendas será voltada para a área da saúde. Veja Mais

Toffoli suspende multa da União ao governo do Rio de Janeiro por descumprimento do plano fiscal

G1 Economia Ministro do STF atendeu parcialmente pedido do governo fluminense, que queria suspensão da dívida de R$ 191 bilhões. Toffoli defendeu a busca de um caminho negociado. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta segunda-feira (6) a aplicação de multa pela União ao governo do Rio de Janeiro por descumprimento do plano de recuperação fiscal. Ministro do STF Dias Toffoli Divulgação/STF Com isso, o governo estadual pode pagar as parcelas do regime de recuperação no mesmo valor devido em 2023, sem que sejam aplicadas sanções por inadimplência. A punição prevista pelo governo federal era de 30% no valor das parcelas. Toffoli atendeu em parte ao pedido do governo fluminense, que acionou o Supremo para suspender a dívida estimada em R$ 191 bilhões. Na decisão, o ministro do STF classificou de "prematuro" suspender o pagamento da dívida sem uma análise mais aprofundada da situação fiscal do Estado. "De outra ótica, reputo precipitado assegurar, mediante decisão liminar (e, por sua própria natureza, precária), ao Estado do Rio de Janeiro o direito de 'suspen[der o]s pagamentos [de seus débitos], até que a União Federal e as autoridades fazendárias realizem a repactuação da dívida pública', sob pena de implantar cenário de maior insegurança jurídica, agravando a condição de insolvabilidade reconhecida. Registre-se que o Estado do Rio de Janeiro admite, na peça vestibular, a possibilidade de contingenciar '[o] valor total de R$ 4,9 bilhões, equivalente aos pagamentos realizados ao longo do exercício de 2023, a fim de arcar com seus compromissos com o Tesouro Nacional”'. Toffoli afirmou na decisão que o ideal é a tentativa de construir uma solução de consenso, com "diálogo entre um e outro ente federativo envolvido nas políticas públicas (...) como medida de concretização do dever de cooperação entre os entes da federação." Risco para salários O governo do Rio entrou com a ação no STF pedindo a suspensão da dívida na segunda quinzena de abril. Em entrevista à TV Globo no fim de abril, o governador Cláudio Castro afirmou que, caso a dívida não fosse suspensa, poderia haver impacto no pagamento dos salários de servidores. “O Rio de Janeiro caminha para isso [atrasar salários]. Não agora, não em 2025. Talvez lá para o final de 2026, se a gente apertar o cinto”, disse o governador. Cláudio Castro fala sobre ação do RJ no STF para suspender dívida com a União Em março, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levantou a possibilidade de que o governo do RJ abata parte do que deve à União com o que tem a receber da Petrobras. “A Petrobras tem uma dívida com o Rio de Janeiro. Se eles chegarem a um termo de quanto é essa dívida, essa dívida da Petrobras com o governo do RJ pode ser transferida para o governo federal; abate-se da dívida do RJ e, além de tudo, o RJ deixa de pagar um juro tão elevado, cai a taxa de juro”, disse Haddad, em entrevista à Rádio Itatiaia. Veja Mais

Contas públicas têm superávit de R$ 1,2 bilhão em março, mas dívida avança para 75,7% do PIB, maior nível em dois anos

G1 Economia Informações foram divulgadas nesta sexta pelo Banco Central. Superávit das contas públicas em março foi assegurado pelo desempenho dos estados e municípios. As contas do setor público consolidado apresentaram um superávit primário de R$ 1,2 bilhão em março deste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (6). Foi o primeiro saldo positivo desde janeiro. Ao mesmo tempo, a dívida pública subiu para 75,7% do PIB em março (R$ 8,34 trilhões). É o maior patamar em dois anos (veja mais abaixo). O superávit primário acontece quando as receitas com impostos ficam acima das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Em caso contrário, há déficit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. De acordo com o BC, o superávit de março das contas públicas foi assegurado pelo desempenho das contas dos estados e municípios, pois o governo federal ficou no vermelho no mês passado. Veja abaixo: governo federal registrou déficit de R$ 1,9 bilhão em março; estados e municípios tiveram saldo superavitário de R$ 3,4 bilhões; empresas estatais apresentaram saldo negativo de R$ 343 milhões. Parcial do ano e meta fiscal Nos três primeiros meses deste ano, ainda segundo o BC, as contas públicas registraram um superávit de R$ 54,63 bilhões, ou 2% do PIB, contra um resultado positivo de R$ 58,4 bilhões (2,2% do PIB) no mesmo período do ano passado. Para 2024, a meta fiscal, fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um déficit de até R$ 13,31 bilhões para as contas do setor público consolidado (governo, estados, municípios e empresas estatais). A meta é zerar o déficit para as contas do governo federal. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual previsto no arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas). Ou seja, pode haver variação de até R$ 28,75 bilhões, para cima ou para baixo, em relação ao objetivo. Com isso, o setor público pode apresentar um resultado negativo de até R$ 42,07 bilhões sem que a meta seja formalmente descumprida. Dívida pública A dívida do setor público consolidado registrou alta de 0,2 ponto percentual do PIB, passando de 75,5% do PIB, em fevereiro deste ano, para 75,7% do PIB em março – o equivalente a R$ 8,34 trilhões. O atual patamar é o mais alto desde abril de 2022 – quando somou 76,3% do PIB. Ou seja, é o maior nível em cerca de dois anos. O reequilíbrio das contas públicas é considerado importante pelo mercado financeiro para evitar uma disparada da dívida brasileira – indicador que é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco. De acordo com o BC, o crescimento da dívida em março está relacionado com as despesas com juros, com a emissão de títulos pelo Tesouro Nacional no mercado financeiro e pela redução do PIB nominal. Mesmo com o arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas aprovada no ano passado, os analistas do mercado financeiro estimaram, de acordo com pesquisa do Banco Central, que a dívida pública brasileira deve atingir 87,5% do PIB em 2032. Para o governo, a dívida avançará até 79,7% do PIB em 2027 (cenário base), mas há possibilidade de que atinja 90,1% do PIB em 2028 (caso as previsões para as contas públicas e para o PIB sejam piores). Os números estão na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, divulgada em abril. Veja Mais

Educação Financeira #293: Dinheiro e maternidade: como a vida financeira muda ao ter um filho

G1 Economia Episódio traz histórias de mães que aprenderam, na prática, como organizar as finanças com os filho e dicas de como organizar o orçamento familiar para passar melhor pelos desafios da maternidade. Se existe um consenso entre as mulheres que têm filhos é que a maternidade chega transformando tudo, principalmente a vida financeira. E não é à toa: especialistas estimam que a criação de um filho, considerando que ele será independente financeiramente já aos 18 anos, custa, em média, de R$ 300 mil a R$ 400 mil para pessoas inseridas na classe C. Já na classe B, esse valor se aproxima bastante de R$ 1 milhão - e, claro, para famílias de mais alta renda, a estimativa é que os gastos da criação superem facilmente essa marca. Mesmo as mães que planejam a gravidez podem ser pegas de surpresa e enfrentar seus desafios financeiros com as crianças. Uma gravidez de gêmeos, enquanto os planos eram de ter só um filho, emergências de saúde, gastos inesperados. Qualquer movimento pode bagunçar as finanças. Por isso, na semana de Dia das Mães, o podcast Educação Financeira traz histórias de mães que aprenderam, na prática, como organizar as finanças com os filhos. Além disso, a planejadora financeira Carol Stange dá dicas de como montar um orçamento familiar que seja mais resiliente aos desafios da maternidade. OUÇA O PODCAST ABAIXO: * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja Mais

Volume de abates de bovinos está em alta e afeta cotação

G1 Economia De acordo com o levantamento do Serviço de Inspeção Federal, que é responsável por fiscalizar e fazer o registro de produtos de origem animal destinados ao consumo, o Brasil registrou um aumento de 26%. Volume de abates de bovinos está em alta e afeta cotação Reprodução/TV TEM O ritmo na linha de produção, que já era intenso em um frigorífico em Estrela d'Oeste (SP), aumentou nos primeiros meses de 2024. Em uma das unidades, a alta foi por volta de 10%, já em todo o grupo, passou de 30%. ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp De acordo com o levantamento do Serviço de Inspeção Federal, que é responsável por fiscalizar e fazer o registro de produtos de origem animal destinados ao consumo, o Brasil registrou um aumento de 26%. Empresários do setor dizem que além do consumo interno não ter caído após as festas de fim de ano, o que ajudou foi a exportação. Para garantir a entrega dos pedidos dentro e fora do país, o frigorífico aumentou o quadro de funcionários em 10%, além de investir em tecnologia. Em uma propriedade localizada em Cardoso (SP), o gerente agropecuário de um grupo que cria os mais de 2 mil animais em sistema de semiconfinamento acredita que o aumento no setor de abate se dá graças ao descarte de fêmeas e a baixa no valor dos bezerros e consequentemente a baixa de arroba. Com mais animais no mercado, entra em cena a lei da oferta e procura. É o que tem acontecido nesses primeiros meses do ano com o valor da arroba. Atualmente, a arroba está em torno de R$230 a R$240, enquanto no mesmo período do ano passado estava em torno de R$280 a R$300. De acordo com o agropecuário, a expectativa para os próximos meses é de que essa baixa no valor seja mantida neste semestre. Para quem trabalha exclusivamente com fêmeas, o cenário não é diferente. Em uma propriedade em Jales (SP), são mais de 1,5 mil animais, todas fêmeas, uma preferência do pecuarista em busca de rentabilidade. Veja a reportagem exibida no programa em 05/05/2024: Volume de abates de bovinos está em alta e afeta cotação VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Com mercado de luxo em alta, Brasil tem mais de 90 carros a partir de R$ 500 mil; veja a lista

G1 Economia Dados da Bright Consulting mostram que mais de 16 mil veículos premium ou de luxo foram vendidos em 2023, alta de 70% em relação ao ano anterior. Neste ano, foram 4,7 mil — mais do que em todo o ano de 2020. Com mercado de luxo em alta, Brasil tem mais de 90 carros a partir de R$ 500 mil O mercado de luxo custa a passar por crises. Nos últimos anos, em que o setor automotivo passou por uma lenta recuperação dos efeitos da pandemia de Covid, os modelos de ponta só avançaram no país. Dados da Bright Consulting apontam que o setor automotivo como um todo registrou aproximadamente 2,2 milhões de vendas em 2023, um aumento de aproximadamente 12% em relação ao ano anterior. No alto luxo, contudo, a alta passa dos 70%. Foram cerca de 16,6 mil veículos vendidos no ano passado com valores acima de R$ 500 mil. Um ano antes, foram 9,7 mil. A consultoria também aponta que só nesse ano foram vendidos mais de 4,7 mil carros nessa categoria — mais do que em todo o ano de 2020. Em um mercado que só cresce, é preciso ter mais opções. Um levantamento do g1 mostra que há mais de 90 modelos de carros com preços a partir de R$ 500 mil vendidos no país. (veja a lista abaixo) “Quando você fala de setor automotivo, o Brasil é bastante relevante para o mundo todo. O segmento premium é importante para o país e aqui continua sendo um mercado importante para as montadoras. E ainda há uma tendência de crescimento”, diz o gerente de negócios da Jato Dynamics, Milad Kalume Neto. Quem compra? Especialistas e fontes do mercado ouvidos pelo g1 dizem que grandes executivos e empresários — que o mercado chama de “Classe AA” — continuam a ser o perfil clássico de comprador de carros de luxo. Cada vez mais, no entanto, aparecem na lista jogadores de futebol, artistas, cantores, blogueiros e influenciadores. “O público é predominantemente masculino, entre 45 a 50 anos. Na maioria das vezes, são empresários ou profissionais liberais de alta renda. Mas há um público emergente surgindo no mercado, que tem o carro de luxo ou esportivo como símbolo de status”, diz o diretor-financeiro da Attra Veículos, Gabriel Attra. Lamborghini, Ferrari e BMW continuam sendo destaques, bem como a Porsche — que tem ganhado cada vez mais espaço no mercado brasileiro. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os três esportivos mais vendidos do Brasil são da marca: o 911, o Boxster e o Cayman. Como mostram os números da Bright Consulting, as vendas de carros de luxo vêm em uma crescente e continuaram fortes até mesmo durante a pandemia — diferente do restante do mercado automotivo, que sofreu durantes os anos de Covid-19. A demanda intensa pelos veículos de luxo, inclusive, formou até filas de espera. “Quem tinha emprego ou empresa, que estava se sentindo mais ou menos seguro, e tinha recursos discricionários para investir em alguma coisa, acabou investindo em reforma de imóveis ou até na compra de uma casa nova ou de um carro”, afirmou o diretor de estratégia da Bright Consulting, Cassio Pagliarini. Agora, momento em que a economia do país já passou por um período de normalização, e que as cadeias logísticas deixaram de ser uma questão, os números aceleraram ainda mais. No mercado, a expectativa é que esse aumento na demanda ainda deve continuar, não apenas por conta do cenário de queda das taxas básicas de juros — o que ajuda a baratear o crédito e torna esse mercado mais acessível —, mas também pelos sinais de maior estabilidade da economia. “Quando você tem uma economia dentro de uma estabilidade, com uma visibilidade melhor, melhora o humor do consumidor e ele acaba com mais vontade de comprar ou de trocar de carro”, explica o diretor-presidente de marcas de luxo na Automob, Maurício Portella. O que diferencia os carros de luxo? O segmento de carros premium e de luxo normalmente costuma ter um apelo maior por desempenho, design, segurança e tecnologia. “[O que impulsiona a demanda dos mais jovens é] desempenho, sempre desempenho. Design também faz diferença para esse público, assim como tecnologia e conectividade”, diz Portella, da Automob. Veja abaixo alguns dos principais diferenciais oferecidos na maior parte dos veículos do setor: Sistemas digitais que permitem gerenciar as funções do carro e modos de direção, além de parâmetros como a pressão dos pneus, qualidade do ar, configuração de conforto dos assentos e temperatura dos freios. Diferentes modos de direção que adaptam as configurações do carro à pista em que estão – se estão andando nas cidades, em ruas de terra ou em pisos molhados, por exemplo. Os modos de condução costumam modificar parâmetros de motor, câmbio e controle de estabilidade. Personalização do exterior e do interior dos veículos, com opções de pintura e acabamentos em couro. Quanto mais caro, maior costuma ser o número de peças em fibra de carbono – material que deixa o carro mais leve e ajuda a melhorar seu desempenho. Alguns dos veículos também apostam em capota retrátil – a maioria ainda pode ser manuseada enquanto o carro está em movimento. Juros mais baixos e alta de emplacamentos: vai ficar mais fácil comprar um carro zero? Veja Mais

Drones e regulação: iniciativas prometem mitigar danos de agroquímicos no campo

G1 Economia Lançado na Agrishow, projeto que padroniza aplicação de defensivos vai começar a treinar pequenos produtores em São Paulo. Segundo a FAO, Brasil é um dos países que mais utilizam agrotóxicos no mundo. O pesquisador Hamilton Ramos, com drone usado em projeto que visa melhorar aplicação de defensivos em São Paulo Divulgação/ IAC Líder na produção de diferentes produtos agrícolas no mercado internacional, o Brasil também é conhecido pelo elevado uso de defensivos, à frente de Estados Unidos e China, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Ao mesmo tempo em que é imperativo manter o país ativo no campo, também se tornam cada vez mais importantes iniciativas que visem mitigar os danos causados pelos agrotóxicos, além de tornar seu uso mais seguro para o meio ambiente e para as pessoas que trabalham na área. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Drones para aplicação otimizada, regulação no uso de adjuvantes e de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores estão entre as iniciativas coordenadas pelo Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. “O grande problema é o uso incorreto e impreciso de defensivos agrícolas e são três fatores que levam a isso: a falta de conhecimento, equipamentos danificados e falta de regulagem. Essa combinação geralmente leva ao uso excessivo desses defensivos”, afirma Hamilton Ramos, coordenador do CEA, presente na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país, em Ribeirão Preto (SP). Centro Avançado de Pesquisa em Engenharia e Automação do IAC, em Jundiaí (SP) Divulgação/ IAC Tecnologia e capacitação Em 2022, o Brasil utilizou, segundo a FAO, 750 mil toneladas de agrotóxicos. Cada vez mais específicos, os itens aprovados para o uso no Brasil em 2023 - 652 - tiveram queda de 15% em relação a 2022, segundo a Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (CGAA), do Ministério da Agricultura, mas uma lei sancionada no final do ano passado deve agilizar a aprovação de novos defensivos em 2024. Para o pesquisador do CEA, o elevado volume de agrotóxicos usados pelo Brasil pode estar associado a desperdícios, que podem chegar a 70%. Por isso, para ele, o caminho para que esse número diminua está no treinamento e na padronização. Além de uma capacitação já realizada em 85 mil propriedades rurais sobre práticas de aplicação, o centro ligado ao IAC, em parceria com a Coopercitrus, também lançou, este ano, na Agrishow, o programa "Drones SP", para aplicação de defensivos agrícolas com novas tecnologias e capacitação de pequenos produtores de frutas, e de culturas como soja, milho, citrus e cana-de-açúcar. “Uma coisa é saber pilotar um drone, outra bem diferente é entender como é feito o despejo do defensivo na lavoura”, explica Ramos. Regulação de adjuvantes Os chamados adjuvantes são uma espécie de aditivos usados para melhorar a eficácia de determinados defensivos. “Você usa determinado adjuvante na busca por características específicas necessitadas pela produção. É possível aumentar o poder de penetração nas folhas, por exemplo”, explica Ramos. Quando mal usados, no entanto, os adjuvantes podem aumentar ainda mais os prejuízos causados pelos agrotóxicos. Até 2017, eles também eram considerados agrotóxicos e precisavam de aprovação rígida federal para serem comercializados. LEIA TAMBÉM Reboque reforçado, mapeamento offline: tecnologias no agro inspiram carros pensados para produtores rurais Compactas e tecnológicas: máquinas oferecem recursos 'na medida certa' para pequenos produtores Mas, por não terem nenhum efeito efetivo na plantação quando usados sozinhos, deixaram de figurar no quadro de agrotóxicos. Essa mudança acendeu um alerta para o IAC, que lançou o programa "Adjuvantes da Pulverização", para solucionar a falta de regulação de órgãos oficiais. “A intenção desse projeto é criar um selo de recomendação que indique que o produto passou por testagem e segue os procedimentos de qualidade indicados a partir de pesquisa conjunta do IAC com as empresas”, diz Ramos. Atualmente, 50 empresas que produzem adjuvantes são adeptas do programa no país. “Nós estamos desperdiçando defensivos e, consequentemente, dinheiro. Com o melhor uso e conscientização, vamos aumentar a economia na produção, aumentar a eficácia desses produtos e produzir um alimento cada vez mais seguro para o consumidor”, acredita Ramos. Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

'Enem dos Concursos': governo fala em instantes sobre o adiamento do Concurso Nacional Unificado (CNU)

G1 Economia Decisão foi tomada em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que alagaram cidades, destruíram moradias e deixaram 37 mortos. 'Enem dos Concursos': governo fala em instantes sobre o adiamento do Concurso Nacional Unificado (CNU) Decisão foi tomada em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que alagaram cidades, destruíram moradias e deixaram 37 mortos. O Concurso Nacional Unificado (CNU) - conhecido como 'Enem dos Concursos' - foi adiado pelo governo federal;. Decisão foi tomada em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul;. O estado decretou calamidade pública diante da devastação: são 37 mortos, 74 desaparecidos e mais de 24 mil moradores fora de casa;. O Rio Grande do Sul tem 86 mil candidatos inscritos, e os exames seriam realizados em 10 cidades - algumas delas em situação de emergência;. Mais cedo, o ministro Paulo Pimenta (Comunicação) afirmou que o custo para adiar a prova é de R$ 50 milhões e afirmou que o governo avalia uma "saída jurídica". Veja Mais

Governo federal decide interditar pontes do Guaíba, em Porto Alegre, após chuvas

G1 Economia Barcos colidem contra nova ponte do Guaíba em Porto Alegre João Praetzel/GZH O governo federal decidiu interditar o trânsito nas duas pontes sobre o Rio Guaíba, em Porto Alegre, após as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul neste semana. A informação foi dada ao blog pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. A decisão foi tomada por motivos de segurança e vale até as águas baixarem. Segundo o ministro, o nível do Guaíba ultrapassou 4 metros e o tráfego de veículos corria risco na ponte. Barcos se chocaram contra a estrutura na manhã desta sexta. "Há a pressão sobre a estrutura da água do rio e a pressão da ponte em si. Não queríamos colocar em risco a estrutura somando a ela a passagem de veículos", disse Renan Filho. O ministro afirmou que apenas passagem de ambulâncias e carros de bombeiros poderá ser liberada. Rio Guaíba ultrapassa cota de inundação em Porto Alegre e águas invadem cais Veja Mais

Dólar tem queda forte e chega a R$ 5,04, com mercado de trabalho mais fraco nos EUA; Ibovespa sobe

G1 Economia No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,53%, cotada a R$ 5,1134. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,95%, aos 127.122 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar opera em forte baixa nesta sexta-feira (3) e o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, sobe, com investidores repercutindo a divulgação de novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O país criou 175 mil novas vagas de emprego em abril, contra uma expectativa de 240 mil e abaixo dos 315 mil registrados no mês anterior. Esses números são observados com atenção porque podem ser determinantes para os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em relação aos cenários de juros do país. Há expectativa que a instituição comece a cortar as taxas no segundo semestre, a depender do rumo da inflação e da atividade econômica. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h20, o dólar caía 1,01%, cotado a R$ 5,0618. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,0449. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 1,53%, vendida a R$ 5,1134. Com o resultado, acumulou: queda de 0,06% na semana; recuo de 1,53% no mês; ganho de 5,38% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,07%, aos 128.487 pontos. Na véspera, o índice teve uma alta de 0,95%, aos 127.122 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,47% na semana; avanço de 0,95% no mês; perdas de 5,26% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O mercado repercute a divulgação do relatório de empregos não-agrícolas dos Estados Unidos, conhecido como payroll, que veio abaixo das expectativas. Segundo o Departamento do Trabalho, foram abertas 175 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 243 mil vagas. Já os dados de março foram revisados para cima, mostrando abertura de 315 mil empregos, em vez de 303 mil. Assim, a taxa de desemprego nos EUA subiu de 3,8% para 3,9%, ainda abaixo de 4% pelo 27º mês consecutivo. Os salários aumentaram 3,9% nos 12 meses até abril, após uma alta de 4,1% em março. O crescimento dos salários em uma faixa de 3% a 3,5% é considerado consistente com a meta de inflação de 2% do Fed. Dados de emprego são observados com atenção na maior economia do mundo porque trazem um panorama de qual tem sido o efeito dos juros altos no país sobre o mercado de trabalho. Números piores que o esperado trazem a perspectiva de que o ciclo de juros altos nos Estados Unidos tem tido o efeito desejado sobre a economia. Isso porque, com menos empregos, menos dinheiro na mão da população e, também, menos pressão sobre a inflação. Atualmente, as taxas americanas estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar em 20 anos, após o Fed optar por mantê-las inalteradas em sua última reunião, na quarta-feira (1°). A instituição, em seu comunicado, enfatizou a cautela com a inflação. "Nos últimos meses, não houve novos progressos em direção ao objetivo de inflação de 2%", informou o colegiado, reforçando que os indicadores recentes da economia norte-americana continuaram se expandindo "em um ritmo sólido". A inflação anual nos Estados Unidos está estagnada na casa dos 3%, depois de disparar ao longo de 2022 e atingir um nível recorde de 9%. Apesar da queda, o indicador de preços não voltou para dentro da meta do Fed, que é de 2% ao ano. Portanto, a instituição continua mandando sinais para o mercado de que os juros na maior economia do mundo podem demorar mais para cair. De acordo com a ferramenta FedWatch, que reúne as projeções do mercado para as taxas de juros nos Estados Unidos, um ciclo de corte nas taxas só deve começar em setembro - ou até depois disso. No entanto, o Fed sinalizou, também, que não planeja novos aumentos para os juros, o que é benéfico para o mercado. Juros mais altos nos EUA acabam levando investimentos para dentro da maior economia do mundo, o que retira dinheiro de outros mercados, principalmente os emergentes, caso do Brasil. Do contrário, se os juros por lá recuam, a tendência é que o impacto seja positivo por aqui. Veja Mais

INSS alerta contra golpe de visita em casa para prova de vida

G1 Economia Com crachá falso, pessoas foram a casas de aposentados e pensionistas e pegaram dados pessoais. Desde 2023, comprovação de vida dos beneficiários é realizada pelo INSS através do cruzamento de informações. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alerta que tem recebido denúncias de que golpistas estão se passando por servidores para fazer prova de vida na casa de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios. Os golpistas apresentaram crachás falsos do INSS com nome, foto e com a suposta área de atuação, que seria “prova de vida presencial”. O instituto diz que os golpistas pediram dados e fotos dos beneficiários, o que é irregular. De acordo com o INSS, esse tipo de pesquisa presencial é feita somente nos casos de comprovação de vínculo, endereço e irregularidades, por exemplo. No entanto, os servidores não pedem cópia de documentos e nem fotografias. “O servidor apenas faz o reconhecimento conferindo o documento de identificação com foto”, esclareceu o INSS. Até o momento, o instituto não tem registro de quantos foram vítimas dos golpistas. O INSS lembra que, em caso de dúvida, o beneficiário deve pegar nome completo e matrícula do suposto servidor e ligar gratuitamente para a Central de Atendimento 135 para confirmar se a pessoa é realmente do INSS. O instituto informou que, assim que recebeu a denúncia, encaminhou as imagens à Procuradoria Federal Especializada e à Polícia Federal para apurar como tiveram acesso aos dados dos beneficiários. "Nenhuma prática que vise prejudicar ou extorquir aposentados, pensionistas e segurados em geral passará impune. Todas as denúncias serão encaminhadas para apuração para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Sejam elas quais forem", afirmou Alessandro Stefanutto, presidente do INSS. Começa o pagamento do 13º salário do INSS para quem recebe mais que 1 salário mínimo Prova de vida Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios de longa duração devem comprovar que estão vivos – a chamada prova de vida. Em março, o Ministério da Previdência Social decidiu suspender, até 31 de dezembro deste ano, o bloqueio de pagamento a beneficiários por falta de prova de vida. Desde 2023, cabe ao INSS fazer a comprovação de vida dos beneficiários através do cruzamento de informações. Ou seja, a autarquia comprova se a pessoa está viva através de informações de outros órgãos. A prova de vida é uma checagem periódica para comprovar que a pessoa está viva e pode continuar recebendo o benefício do INSS a que tem direito. Desde que começou a comprovação de vida por cruzamento de dados, 19 milhões de beneficiários realizaram prova de vida. Veja Mais

OCDE projeta crescimento de 1,9% para o PIB do Brasil em 2024

G1 Economia Crescimento global é revisto para cima de 2,9% para 3,1%. A OCDE revisou a previsão de crescimento global de 2024 para 3,1%, contra 2,9% nas últimas projeções de fevereiro, impulsionada especialmente pelo dinamismo da recuperação nos Estados Unidos, enquanto a zona do euro permanece em declínio. O Brasil deve crescer 1,9%, com 0,1 ponto a mais que o previsto anteriormente, e 2,1% em 2025. (saiba mais abaixo) "Um otimismo cauteloso começou a ganhar a economia global", estimou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em seu relatório trimestral, divulgado nesta quinta-feira (2), em Paris, que aponta a forte disparidade entre os países devido à queda da inflação, às reduções das taxas de juros praticadas e às "necessidades de saneamento fiscal mais ou menos importantes". Os Estados Unidos viram a previsão de crescimento para 2024 ser elevada para 2,6% (contra 2,1% anteriormente esperados), após 2,5% no ano passado. Entre os pontos positivos, a OCDE observa a queda da inflação em 2023, que continua em uma trajetória de baixa, "embora em um ritmo modesto". Por sua vez, o crescimento da China permanece elevado, revisado para 4,9% em 2024 (contra 4,7% anteriormente esperados), especialmente devido a uma política fiscal expansionista. Mais dinâmica ainda, a Índia deverá apresentar um crescimento de 6,6% este ano, um aumento de 0,4 ponto em relação às previsões de fevereiro da OCDE. Projeções otimistas para o Brasil A OCDE projeta que o PIB do Brasil vai crescer 1,9% em 2024 e 2,1% em 2025, impulsionado pelo robusto crescimento do mercado de trabalho, aumento do salário mínimo e diminuição da inflação. Assim, os gastos de famílias devem ser o principal motor do crescimento, especialmente em 2024. “Apesar dos sinais recentes de recuperação, a contínua incerteza externa manterá o investimento privado contido ao longo de 2024”, explica a OCDE.  “A inflação, que diminuiu continuamente ao longo de 2023, deverá continuar a convergir em direção à meta durante 2024 e 2025”, acrescenta. Mercado prevê PIB acima de 2%, inflação mais alta e queda menor da Selic Zona do euro A situação é diferente para a zona do euro. A OCDE prevê um crescimento ligeiramente aumentado para 0,7% (contra 0,6% anteriormente esperados), ainda uma progressão considerada muito moderada. No entanto, antecipa uma recuperação para 1,5% em 2025 (contra 1,3% esperados nas previsões anteriores de fevereiro), devido ao aumento da demanda interna. "As revisões salariais em mercados de trabalho tensos e o aumento dos rendimentos reais, em um contexto de queda da inflação, estimularão o consumo privado", destaca a OCDE. A organização também defende uma política fiscal "cautelosa", "necessária para reconstruir as margens de manobra orçamentárias e complementar o afrouxamento gradual da orientação da política monetária à medida que a inflação retorna para a meta". Alemanha puxa bloco para baixo A Alemanha, um dos principais pesos da região, teve sua previsão de crescimento revisada para baixo para 0,2% em 2024 (contra 0,3% anteriormente esperados). Em direção oposta, a OCDE elevou sua previsão de crescimento para 2024 para a França, aumentando para 0,7% contra 0,6% anunciados em fevereiro, estimando que "o consumo interno deve se fortalecer" devido à queda da inflação. No Reino Unido, o crescimento deve aumentar para 0,4% em 2024 e para 1% em 2025, estimativas inferiores ao esperado em fevereiro. Esse aumento mais modesto é atribuído principalmente à persistência da inflação em 2024, de acordo com o relatório. Tensões geopolíticas Por fim, a OCDE estima que as intensas tensões geopolíticas continuam a representar um risco para a economia a curto prazo, "especialmente se os conflitos em curso no Oriente Médio se intensificarem e provocarem perturbações nos mercados de energia e financeiros, aumentando a inflação e desacelerando o crescimento". Veja Mais

Johnson & Johnson está disposta a pagar até US$ 6,5 bilhões para encerrar disputas judiciais

G1 Economia Talco da marca é acusado de causar câncer de ovário, por conter amianto. A empresa continua negando as alegações, embora tenha retirado o produto do mercado americano. A Johnson & Johnson (J&J) deixará de fabricar e comercializar pó de talco para bebês em todo o mundo a partir do próximo ano. REUTERS A gigante farmacêutica americana Johnson & Johnson revelou nesta quarta-feira (1º) um plano para encerrar os processos civis no caso do talco apontado como cancerígeno, e está disposta a pagar cerca de US$ 6,5 bilhões (R$ 33 bilhões) para isso. "Esse plano é o fim da nossa estratégia de acordo consensual anunciada em outubro", disse Erik Haas, vice-presidente de assuntos jurídicos da J&J, em um comunicado. "Desde aquela data, o grupo tem trabalhado com os advogados que representam a maioria dos demandantes para encontrar uma saída para esse litígio", disse ele. Nessa estrutura, a J&J concordou em pagar cerca de US$ 6,475 bilhões ao longo de 25 anos nos casos de reclamações sobre problemas ovarianos (99,75% das reclamações). As reclamações restantes estão ligadas ao mesotelioma, conhecido como "câncer do amianto", e são tratadas separadamente. O grupo explica que 95% desses casos já foram resolvidos com os reclamantes. O talco em questão é acusado de conter amianto e causar câncer de ovário. A empresa continua negando essas alegações, embora tenha retirado o produto do mercado americano. "As ações judiciais relacionadas ao talco contra o grupo (J&J) demonstram o impacto sem precedentes de ações judiciais sem fundamento contra empresas norte-americanas e as decisões extremas obtidas pelos demandantes", disse Haas, que também reclamou da "distorção de estudos científicos". Um resumo de estudos publicados em janeiro de 2020 sobre 250 mil mulheres nos EUA não encontrou nenhuma correlação estatística entre o uso de talco nas áreas genitais e o risco de câncer de ovário. Na década de 1970, surgiu a preocupação com a contaminação do talco com amianto, frequentemente encontrado na natureza próximo aos minerais que produzem o talco. O grupo propôs um acordo de US$ 8,9 bilhões (R$ 44,4 bilhões em valores de 2023) em abril de 2023, para o qual 60 mil reclamantes se inscreveram. Mas um juiz de falências rejeitou a proposta. Em 23 de janeiro, a Johnson & Johnson anunciou um acordo preliminar com um grupo de promotores de 43 estados dos EUA envolvidos no caso. Johnson & Johnson anuncia que aceita pagar US$ 8,9 bi para encerrar processos sobre talco Veja Mais

Como antigo terminal de passageiros virou novo complexo para aumentar movimentação de carga em Viracopos

G1 Economia Concessionária transformou espaço em um centro logístico com investimento total de R$ 115 milhões e 1ª fase será entregue em maio. Aeroporto se consolida como principal complexo de carga no modal aéreo do país. Novo terminal de cargas de Viracopos Imprensa/ABV Desativado em definitivo em 2016, o antigo terminal de passageiros de Viracopos se transformou em um novo galpão com capacidade para processar 9,5 mil toneladas de materiais por mês e, assim, consolidar o aeroporto internacional, em Campinas (SP), como o maior complexo de carga aérea do Brasil. ???? Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp A informação foi obtida pelo g1 com a concessionária Aeroportos Brasil, que administra o espaço desde de 2012. A nova área de processamento de cargas de Viracopos será direcionada principalmente à transações domésticas, diferentemente do atual Terminal de Carga (TECA), que tem uma atuação relacionada à importação e exportação. A obra para transformar o antigo terminal de passageiros do aeroporto em um novo complexo cargueiro durou pelo menos dois anos. O projeto faz parte do conceito defendido pela concessionária, desde a época da assinatura do contrato de concessão, de "Aerotrópolis", no qual o aeroporto é o objeto central e, ao redor, se desenvolve uma série de empreendimentos imobiliários. O projeto foi separado em três fases. A primeira será entregue até a segunda quinzena de maio, segundo a promessa da concessionária. O g1 conversou com o gerente de Negócios Imobiliários de Viracopos, César Worms, para saber como foi transformação do terminal de passageiros em um terminal de carga, as informações sobre a implantação e a projeção da concessionária de aumento de volume de processamento e receita. Neta reportagem você vai ver: Como o antigo terminal de passageiros virou um novo espaço de carga? O novo espaço faz de Viracopos o maior terminal de carga aérea do país? Qual é o investimento e a área total? Quais tipos de carga serão movimentados no novo terminal? Quais são as três fases de implantação? ???? Como o antigo terminal de passageiros virou um novo espaço de carga? A desativação do terminal de passageiros de Viracopos estava prevista no processo de expansão do aeroporto estabelecido no contrato de concessão. O novo terminal foi inaugurado em 2014, primeiro apenas com voos internacionais, e depois, em 2016, com os domésticos, possibilitando o encerramento total das atividades do antigo espaço. De acordo com César Worms, a partir daí a concessionária começou um estudo sobre qual seria a melhor destinação para o antigo terminal e entendeu que a melhor opção, inclusive para ir ao encontro com a ideia de cumprir com o plano de expansão imobiliária comercial, era a conversão em um novo terminal de cargas. "A gente tem um plano de desenvolvimento imobiliário bastante intenso. Essa área de logistica nova faz parte desse plano, que é o conceito de 'Aerotrópolis'. Mas é importante segregar isso do nosso TECA. Ele é voltado a exportação e importação, ou seja. carga internacional para desembaraço aduaneiro. Esse terminal nosso agrega na movimentação de carga doméstica. É uma receita nova para o aeroporto", disse o gerente. Terminal de passageiros virou complexo de cargas em Viracopos Imprensa/ABV ???? O novo espaço faz de Viracopos o maior terminal de carga aérea do país? Viracopos é responsável, atualmente, por 40% do volume de carga no modal aéreo movimentado no Brasil. De acordo com César Worms, com o montante que será agregado com o novo terminal, a expansão vai consolidar o aeroporto com o maior complexo do país no segmento. ???? Qual é o investimento e a área total? O investimento total do projeto, em todas as fases, é de R$ 115 milhões e a área total é de 39 mil m². Já a primeira fase do galpão, entregue em maio, tem aporte de R$ 37,5 milhões e espaço de 15,2 mil m², com taxa de ocupação de 48%. A estrutura do novo complexo de carga de Viracopos é por módulos de 5 mil m² com acessos e portarias independentes, tanto para a entrada de veículos quanto ao acesso ao pátio de aeronaves - já que o local é o antigo terminal de passageiros. A separação, segundo a concessionária, permite que cada cliente faça separadamente o controle alfandegário e desembaraço aduaneiro. A capacidade de processamento de 9,5 mil toneladas é para a primeira fase. Confira outros detalhes desta primeira etapa do novo centro logístico: ???? 14 docas para caminhões; ???? 39 vagas para carretas de até 18,5 metros; ???? 6 vagas para caminhões truck; ???? 56 vagas para veículos leves; ???? 20 vagas para motocicletas; ???? 4 vagas para PCDs ???? Quais tipos de carga serão movimentados no novo terminal? Além das cargas domésticas, que será a prioridade do novo complexo logístico, o espaço também deve processar as chamadas remessas conformes, que são produtos vendidos por e-commerce de empresas com limite de até US$ 50. “Trata-se de uma área para o processamento de carga doméstica e internacional, com possibilidade de alfandegamento. Este novo terminal não concorre com o Terminal de Carga já existente porque este não exerce atividades comerciais reguladas por tarifas", explicou. ???? Quais são as três fases de implantação? Primeira fase: Área de 15,2 mil m², investimento de R$ 37 milhões, previsão de entrega no início de maio; Segunda fase: Liberação de 4 mil m² de área, investimento de R$ 17 milhões e previsão de entrega para dezembro. Terceira fase: "Potencial construtivo" de 20 mil m², investimento de R$ 60 milhões e previsão para 2025. Terminal de cargas no Aeroporto de Viracopos, em Campinas Aeroportos Brasil Viracopos VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas Veja Mais

Governo libera a partir desta quarta FGTS, abono e seguro-desemprego aos atingidos pelas chuvas no RS

G1 Economia Governo libera a partir desta quarta FGTS, abono e seguro-desemprego aos atingidos pelas chuvas no RS O Ministério do Trabalho e Emprego vai liberar o saque calamidade do FGTS para os trabalhadores atingidos pelas chuvas e enchentes do Rio Grande do Sul a partir desta quarta-feira. A partir de segunda, também serão antecipadas duas parcelas do seguro-desemprego e o abono salarial para atingidos no estado. As medidas fazem parte da ajuda emergencial via decreto publicado nesta terça-feira e deve chegar a 900 mil gaúchos. A liberação vale para trabalhadores dos municípios que o governo federal decretar estado de calamidade pública. Até este momento, são 336 cidades, número que deve crescer. A antecipação de pagamento do abono salarial valerá para todos os municípios do Rio Grande do Sul. Confira as medidas emergenciais Veja algumas das medidas emergenciais da área econômica: Seguro-desemprego Para quem já está recebendo o seguro-desemprego, o MTE vai liberar mais duas parcelas. Essa medida beneficiará 139.633 pessoas. A média do valor da parcela é de R$ 1.782,50. A estimativa de investimento é de R$ 497.800 milhões de recursos adicionais do programa. FGTS para trabalhadores Os trabalhadores poderão sacar o FGTS no limite de até R$ 6.220,00. Para essa medida foi publicado o Decreto n° 12.016, de 7 de maio de 2024, que dispensa o intervalo mínimo para novo saque do FGTS na hipótese da situação de calamidade pública reconhecida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional em municípios do estado do Rio Grande do Sul no mês de maio de 2024, para excluir a carência de 12 meses para o saque calamidade. A liberação vai beneficiar 73.007 trabalhadores, e os recursos disponíveis são de R$ 284,4 milhões. Suspensão do FGTS de empresas As empresas estarão suspensas do recolhimento do FGTS por até 4 meses. Depois disso, eles terão uma carência de até 2 meses para regularizar o pagamento do FGTS, e ainda poderão parcelar em 4 vezes o débito. A estima é que a suspensão seja de R$ 632 milhões por mês, atingindo um total de 2,5 bilhões. Antecipação do abono salarial Antecipação do abono salarial. No pagamento de maio, vem ainda a parcela de junho, julho e agosto. O valor médio da parcela é de R$ 1.075,23. Os recursos investidos são de R$ 758,3 milhões e devem beneficiar 705.273 trabalhadores. Veja Mais

Governo libera compra de 1 milhão de toneladas de arroz após inundação histórica no RS

G1 Economia Ministro da Agricultura afirma que o arroz pronto para consumo deve ser comprado de países do Mercosul. Medida tem como objetivo evitar desabastecimento e aumento de preços. MP autoriza Conab a comprar 1 milhão de toneladas de arroz após inundação no RS O Governo Federal liberou a compra de 1 milhão de toneladas de arroz após produtores do Rio Grande do Sul perderem parte da produção por causa da inundação histórica que aflige o estado, disse Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, em entrevista ao Estúdio i nesta quarta-feira (8). A medida provisória que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa pública brasileira, a fazer a compra deve ser publicada ainda nesta quarta. Na terça, Fávaro disse que o arroz deve ser comprado de produtores do Mercosul. "É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas." ???? Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A Conab é uma empresa estatal que tem como função auxiliar o governo federal na tomada de decisões sobre políticas agrícolas. Uma das áreas de atuação da Conab é a regulação do abastecimento interno por meio do estoque de produtos, como o arroz, evitando a oscilação dos preços. "[A liberação] não significa que se vai comprar 1 milhão de toneladas, porque como eu disse, o Brasil e praticamente autossuficiente. Não queremos concorrer, abaixar o preço dos produtores, mas não podemos deixar também haver desabastecimento e subirem os preços nas gôndolas dos supermercados" Quando comprado, o arroz será distribuído pelo governo para pequenos mercados, segundo o ministério. O ministro disse ainda que as consequências da calamidade no Rio Grande do Sul podem afetar o resto do Brasil "pela quantidade produzida pelo RS de 70% da demanda brasileira". Leia mais Veja o que é #FATO ou #FAKE Como ajudar as vítimas dos temporais no RS Saiba como receber alertas e informações úteis de órgãos oficiais Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas no RS Segundo reportagem do g1, preocupação com a oferta do cereal existe por causa de 6 fatores: o Brasil consome internamente quase todo arroz que produz e 70% dele vem do RS. a estimativa era de que, na safra atual, o país somasse 10,6 milhões de toneladas do cereal; com as enchentes no Sul, o montante pode cair para menos de 10 milhões. antes da chuva histórica, o mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas e o plantio no RS atrasou por causa das enchentes de 2023. a expectativa era de que o RS contribuísse com 7,5 milhões de toneladas nesta safra, mas 800 mil toneladas podem estar agora debaixo d'água. antes da tragédia, 80% do arroz do estado já tinha sido colhido. Mas alguns silos onde a produção está armazenada também foram atingidos pelas enchentes. além disso, o estado está com problemas para transportar o arroz que já foi colhido após destruição de estradas. Veja Mais

Reforma tributária: shows musicais nacionais e ingressos de futebol têm previsão de alíquota reduzida; academias de ginástica, não

G1 Economia Medida foi confirmada pelo secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda. Proposta de regulamentação da reforma ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Reforma tributária: equipe econômica detalha regulamentação que será analisada pelo Congresso Produções artísticas nacionais, como shows musicais e peças cinematográficas (filmes), nos quais os intérpretes sejam majoritariamente brasileiros, assim como atividades esportivas – incluindo ingressos para jogos de futebol – têm previsão de alíquota reduzida dos impostos sobre consumo. A informação foi divulgada pelo secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (8). A medida está prevista na regulamentação da reforma tributária. A PEC sobre o tema foi aprovada no fim do ano passado, e a proposta para regulamentação foi apresentada em abril ao Legislativo. Para ter validade, ainda tem de ser aprovada. A chamada alíquota padrão está estimada pelo governo federal em 26,5%. As atividades com alíquota reduzida, conforme a proposta, pagariam 40% disso, ou seja, cerca de 10,6%. "Nas produções artísticas, as produções nacionais em que os intérpretes sejam majoritariamente nacionais [teriam alíquota reduzida]. Se tiver show de um grande astro estrangeiro, não vai estar com alíquota reduzida, mas de um astro nacional sim. Peça de teatro vai ter alíquota reduzida", disse o secretário Bernard Appy. Ele afirmou que atividades esportivas também são beneficiadas na proposta, englobando ingressos e negociações de jogadores de futebol. "Fora as sociedades anônimas de futebol, que tem um tratamento à parte", lembrou ele. No caso das academias de ginástica, porém, a proposta não prevê alíquota menor. Deste modo, pagariam a alíquota cheia de 26,5%. "Academia de ginástica não entrou [na alíquota reduzida]. É uma demanda, eu sei que existe, uma discussão que eu acho que vai aparecer no Congresso Nacional. Tinha muitas demandas especificas, a gente optou por não tratar. Palavra final é do Congresso, tem que olhar o custo benefício", completou Appy. Veja Mais

Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas no RS

G1 Economia Estado, que sofre com inundações, responde por 70% da produção nacional do grão. Associação das indústrias brasileiras deve importar 75 mil toneladas do cereal do país asiático. Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas por enchentes no RS Celso Tavares/g1 A indústria brasileira se mobiliza para importar arroz da Tailândia – o segundo maior exportador de arroz do mundo, depois da Índia – após enchentes deixarem parte das plantações do Rio Grande do Sul debaixo d'água. O estado é o maior produtor do grão no Brasil. "Estamos negociando para trazer 75 mil toneladas de arroz, de 2 a 3 navios. É uma forma de a gente aumentar a oferta e garantir o abastecimento", conta Andressa Silva, diretora-executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). A preocupação com a oferta do cereal existe por causa destes 4 fatores: o Brasil consome internamente quase todo arroz que produz e 70% dele vem do RS. a estimativa era de que, na safra atual, o país somasse 10,6 milhões de toneladas do cereal; com as enchentes no Sul, o montante pode cair para menos de 10 milhões. antes da chuva histórica, o mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas e o plantio no RS atrasou por causa das enchentes de 2023. a expectativa era de que o RS contribuísse com 7,5 milhões de toneladas nesta safra, mas 800 mil toneladas podem estar agora debaixo d'água. antes da tragédia, 80% do arroz do estado já tinha sido colhido. Mas alguns silos onde a produção está armazenada também foram atingidos pelas enchentes. Analistas ouvidos pelo g1 avaliam que a redução da oferta poderá encarecer o arroz. Com o objetivo de evitar especulações nos preços, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou ao blog da Daniela Lima que o órgão está escrevendo um edital para comprar 1 milhão de toneladas de arroz. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a afirmar à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que, se for o caso, o Brasil pode importar arroz para lidar com os prejuízos e assegurar um preço compatível com o bolso do brasileiro. A seguir, entenda: as perdas no Rio Grande do Sul o preço do grão vai aumentar? por que a indústria está optando pela Tailândia? ??As perdas no Rio Grande do Sul Ainda não se tem um levantamento oficial da quantidade de arroz que foi perdida nas enchentes, até porque muitos locais estão inundados. O que se tem são estimativas com base na área plantada das áreas atingidas. Antes da tragédia, o Rio Grande do Sul já tinha colhido 80% da sua safra, mas estima-se que 100 mil dos 180 mil hectares que faltavam estão debaixo d'água, colocando em risco uma produção de 810 mil toneladas, calcula Evandro Oliveira, consultor do Safras & Mercado. As perdas estão concentradas em municípios produtores da região Central do estado, como Cachoeira do Sul, São Sepé, Encruzilhada do Sul, Santa Maria, São Pedro do Sul e Santa Cruz do Sul. É justamente nesses locais que o arroz foi plantado mais tarde, destaca Evandro. As enchentes não atingiram somente as plantações. Alguns silos – estruturas de armazenagem – também foram atingidos pela água, segundo a Abiarroz e o Ministério da Agricultura, que se reuniu com representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). "A previsão era de que o Brasil colhesse 10,6 milhões de toneladas de arroz. Agora, esse montante não deve passar de 10 milhões", ressalta Andressa Silva, da associação das indústrias. O consumo anual de arroz no Brasil chega a 10,5 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ou seja, o país consome praticamente tudo o que produz. ????O mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano. Primeiro porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas, diz o consultor do Safras. Segundo porque o plantio, que acontece em setembro, atrasou por causa de enchentes anteriores, que atingiram o RS naquele período, afirma Andressa. Meses depois, durante a colheita, mais chuvas e ventos fortes dificultaram os trabalhos nas lavouras. "E agora, por fim, o El Niño deu o seu último golpe antes de se despedir", pontua Oliveira. ANTES e DEPOIS: veja os estragos das enchentes em Porto Alegre PERDAS NO AGRO somam mais de R$ 500 milhões ?? O preço do arroz vai aumentar? Segundo o consultor do Safras & Mercado, a redução na oferta do produto pode provocar um aumento de preços ao consumidor nos próximos meses. "No mercado de arroz, a gente tem uma transmissão gradual até chegar nas prateleiras. Os preços [ao produtor] começaram a cair em janeiro, tiveram uma boa queda em fevereiro até meados de março, e a gente só foi sentir algum alívio nas prateleiras no mês de abril", diz Evandro. André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, também vê tendência de alta no preço do arroz nas próximas semanas, tendo em vista o protagonismo do estado do RS na produção do cereal. "Ainda é cedo para calcular o tamanho do prejuízo, mas ele vai ser grande", diz. Andressa Silva, da Abiarroz, diz que a saca de 50 kg estava sendo vendida por R$ 110 no Rio Grande do Sul antes da chuva histórica e que, nesta semana, a cotação já subiu para R$ 150. Oliveira pondera que, caso o Brasil consiga suprir as perdas na produção por meio da importação, a situação de preço pode se equilibrar. ??Por que a Tailândia? O Brasil importa arroz da Tailândia em casos de emergência, como já ocorreu na pandemia, conta Andressa, da Abiarroz. Os maiores vendedores de arroz para as empresas brasileiras são a Argentina, Paraguai e Uruguai, parceiros do Brasil no Mercosul. "A escolha da Tailândia se deu por causa do preço e da qualidade", diz Andressa, acrescentando que as sacas foram negociadas por volta de R$ 115 com o país asiático. Já o preço oferecido pelos produtores do Mercosul foi um pouco mais elevado, em torno de R$ 125. Segundo Oliveira, do Safras, o Brasil já trouxe arroz dos parceiros do Mercosul no início deste ano, mas países como o Uruguai e Paraguai também sofreram com os efeitos do El Niño e, por isso, estão segurando as exportações para garantir o abastecimento interno. A Argentina, por outro lado, conseguiu recuperar a sua produção depois de ter tido perdas com a seca provocada pelo La Niña. Portanto, o país segue como uma opção na importação. Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças Veja Mais

+Milionária pode pagar R$ 181 milhões nesta quarta-feira

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil O concurso 144 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 181 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (8), em São Paulo. No concurso do último sábado (4), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. Veja Mais

Ministério do Trabalho anuncia liberação de R$ 2,9 bi para moradores afetados por chuvas no Rio Grande do Sul

G1 Economia Segundo o ministro Luiz Marinho, entre as medidas tomadas pela pasta estão: antecipação do Abono Salarial; liberação do FGTS para trabalhadores, além da suspensão do pagamento dessa contribuição pelos empresários. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta terça-feira (7) que o governo federal vai liberar R$ 2,9 bilhões para moradores afetados pelos temporais no Rio Grande do Sul. O valor foi contabilizado com base nas seguintes medidas: liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ampliação de parcelas do Seguro-Desemprego antecipação do Abono Salarial No caso do Seguro-Desemprego, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que aumentará duas parcelas para as pessoas atingidas pelas chuvas. G1 em 1 Minuto: Entenda inundação no RS e Água invade hotel Já no caso do FGTS, será liberado o saque emergencial para esses moradores. Quanto ao recolhimento dessa contribuição pelos patrões, o Ministério anunciou que será suspenso por quatro meses. Marinho disse também que o MTE publicará portarias e decretos autorizando a flexibilização dos recursos, em especial, para os 336 municípios atingidos pelos temporais das últimas semanas. O ministro afirmou que o gasto não será considerado no cálculo do governo para cumprimento das regras fiscais de 2024. Marinho contou que aguarda que o Congresso aprove a Medida Provisória (MP) que autoriza a ajuda ao estado fora da meta fiscal. “Deste volume de recursos dá R$ 2,9 bilhões, uma parte voltará quando for recolhido lá na frente o FGTS", argumentou Marinho durante um seminário, em Brasília. Até a publicação desta reportagem, a MP ainda não tinha sido aprovada. Veja Mais

Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil

G1 Economia Estado responde por 70% da produção nacional do grão. Cereal está ainda em fase de colheita e sofre prejuízo com as fortes chuvas. Arroz orgânico do MST em Viamão Celso Tavares / g1 O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, responsável por 70% da produção nacional do grão. O cereal é um dos cultivos que estão sendo destruídos nas lavouras por causa das fortes chuvas. Nesta terça-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, se for o caso, o Brasil pode importar arroz para lidar com prejuízos na safra. A consultoria Datagro prevê que as perdas apenas na produção do grão sejam de R$ 68 milhões. Até a semana passada, cerca de 83% da área plantada de arroz já estava colhida. Para onde vai a produção: quase tudo o que o Brasil colhe de arroz fica para consumo dos próprios brasileiros. Há mais de 20 anos, a colheita anual se mantém na casa das 11 milhões de toneladas, enquanto o consumo da população é de cerca de 12 milhões de toneladas. Deste modo, o país já precisa importar o grão de outros países para completar o consumo nacional. Os principais fornecedores são o Paraguai, a Argentina e o Uruguai. No ano passado, 7,2 milhões de toneladas foram colhidas apenas no Rio Grande do Sul. Para este ano, a expectativa no estado era de 7,5 milhões de toneladas. Onde o arroz está plantado: atualmente, a área plantada de arroz no Brasil é de 1,7 milhão de hectares, sendo que mais de 900 mil hectares são apenas no Rio Grande do Sul, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país vem sofrendo uma queda da área plantada, que já foi de 5 milhões de hectares. A perda de espaço é convertida em área para a soja e o milho, únicos cereais que são mais cultivados que o arroz no Brasil. Arroz pode se desenvolver em áreas alagadas: isso porque ele tem resistência a estes ambientes. Esse tipo de manejo é conhecido como "inundado" ou "de terras baixas". Contudo, essa água precisa respeitar o limite de até 6 centímetros de altura e, na hora da colheita, ela já deve ter sido escoada, para não prejudicar o produto e o solo. Existe uma outra forma de plantar arroz, é o método de "terras baixas" ou "sequeiro", em que a área de plantio não é alagada, mas o arroz é irrigado por método de pivô central, que são sprinklers que imitam a água da chuva. Integral, branco e parboilizado: são os principais tipos de arroz produzidos no Brasil. Os três podem ser feitos com uma mesma variedade de arroz, a diferença está na forma em que cada um é beneficiado. Veja a seguir. O arroz integral tem apenas a casca removida, mantendo os farelos, que são ricos em fibras e proteínas. O arroz branco, também conhecido como agulhinha, é polido. Ele tem a casca e os farelos removidos. Apesar de ter menos nutrientes que o integral, ele pode ser armazenado por mais tempo, uma vez que possui menos óleos. E essa armazenagem pode ser por anos, desde que o grão esteja em um ambiente adequado: frio, mas com pouca umidade. Já o parboilizado é o grão polido, mas que depois passa por um pré-cozimento, o processo de parboilização. Isso impede a perda de nutrientes, o tornando o segundo tipo mais nutritivo atrás do integral. Saiba mais sobre a produção de arroz no Brasil: Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças Leia também: Temporais no Rio Grande do Sul causam mais de R$ 500 milhões em prejuízos no campo Operadoras oferecem pacotes de internet grátis e sinal compartilhado para clientes no RS Aeroporto de Porto Alegre com voos suspensos: veja quais os direitos dos passageiros Veja Mais

Lula diz que, 'se for o caso', Brasil pode importar arroz e feijão para lidar com prejuízos nas safras

G1 Economia Presidente já havia demonstrado preocupação com inflação dos alimentos. Enchentes no RS, maior produtor de arroz do país, devem ter impacto na colheita. Presidente Lula concede entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) EBC/Reprodução O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (7) que, se for o caso, o Brasil pode importar arroz e feijão para lidar com prejuízos nas safras. A declaração foi dada durante entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "Agora com a chuva eu acho que nós atrasamos de vez a colheita [do arroz] do Rio Grande do Sul. Se for o caso para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz, a gente vai ter que importar feijão para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha", disse. Lula já discutiu com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) a inflação dos alimentos, em especial do arroz e feijão. Os ministros afirmaram ao presidente que os preços reduziriam com o avanço da colheita. No caso do arroz, como o Rio Grande do Sul é o principal produtor do país, Lula acredita que as enchentes que devastaram o estado terão impacto na oferta do alimento para os consumidores, com impacto nos preços. Inflação de alimentos e enchentes no RS Colheita de arroz atrasa no RS por impactos no clima De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a março, a inflação de alimentos e bebidas somou 3,1% nos 12 meses anteriores, e foi um dos principais motores da alta de preços. O arroz foi um dos produtos que teve a maior subida, com aumento de 28,4% no período. Em março, o presidente Lula reuniu ministros para discutir a inflação dos alimentos. À ocasião, os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura) atribuíram a alta a questões climáticas e afirmaram que o governo esperava uma redução nos próximos meses. Lula se reúne com ministros para discutir alta no preço dos alimentos No entanto, as enchentes no RS devem ser um obstáculo, já que o estado é responsável por 70% da produção de arroz no país. Segundo um levantamento da consultoria Datagro, os temporais têm o potencial de gerar perdas de 10% a 11% na produção de arroz do estado e um prejuízo de R$ 68 milhões aos agricultores da região. Antes das enchentes, a estimativa era de que o estado colhesse 7,5 milhões toneladas de arroz este ano. Mas, com a tragédia, a safra deve ficar próxima das 6,7 milhões ou 6,8 milhões de toneladas, podendo gerar impactos na inflação, ressalta a consultoria. Veja Mais

Temporais no Rio Grande do Sul causam mais de R$ 420 milhões em prejuízos no campo

G1 Economia Valor ainda é parcial, uma vez que apenas 25 municípios, dos 336 listados no reconhecimento estadual e federal de Estado de Calamidade Pública, registraram os prejuízos sofridos. Gado é arrastado pela água após temporais no Rio Grande do Sul Reprodução/Globo Rural Os temporais no Rio Grande do Sul já causaram R$ 423,8 milhões em prejuízos na agricultura, informa a Confederação Nacional de Municípios (CNM). O valor ainda é parcial, uma vez que apenas 25 municípios dos 336 listados no reconhecimento estadual e federal de Estado de Calamidade Pública registraram os prejuízos sofridos. Levando em conta o total da economia afetada no estado, os valores já somam R$ 967,2 milhões. Além disso, a CNM informa que, "considerando que o foco ainda é em salvar vidas, o valor total dos danos e prejuízos irá aumentar à medida que as águas forem baixando e os gestores locais conseguirem contabilizar esses dados". O temporal já deixou mais de 80 mortos e 100 desaparecidos. Perdas na lavoura As perdas no campo foram generalizadas. No último domingo (5), o Globo Rural mostrou lavouras de arroz, soja e hortaliças inundadas, além disso muitos animais morreram. No município de Estrela, mais de 56 mil frangos se afogaram. A força da água também arrastou maquinários e o gado. Confira no vídeo abaixo. Chuvas no RS causam destruição no campo Veja a seguir as perdas estimadas pela consultoria Datagro. Arroz: a consultoria Datagro prevê que as perdas apenas na produção de arroz sejam de R$ 68 milhões, totalizando 10% a 11% do total cultivado. O RS responde por 70% da produção nacional do grão. A estimativa era de que o estado colhesse 7,5 milhões toneladas de arroz este ano. Mas, com a tragédia, a safra deve ficar próxima das 6,7 milhões ou 6,8 milhões de toneladas, podendo gerar impactos na inflação, ressalta a consultoria. Soja: perdas de 3% a 6%, com prejuízo entre R$ 125 milhões e R$ 155 milhões a produtores. Segundo a consultoria, essa redução deve ter "algum impacto" de alta sobre as cotações internacionais e domésticas. Milho: perdas de 2% a 4%, com prejuízo de R$ 7 milhões a R$ 12 milhões. "Também aqui com leve impacto altista imediato sobre os preços locais. Mas sem peso para mexer significativamente no cenário de preços conservador do mercado internacional", afirma a consultoria. Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, veja no vídeo: Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Saiba mais: Operadoras oferecem pacotes de internet grátis e sinal compartilhado para clientes no RS Aeroporto de Porto Alegre com voos suspensos: veja quais os direitos dos passageiros Veja Mais

Governo vai lançar pacote de ajuda ao RS, com crédito para reconstrução de casas, diz Haddad

G1 Economia Ministro da Fazenda falou sobre medidas de socorro à população gaúcha, atingida por fortes chuvas nos últimos dias. Governo também prepara um tratamento diferenciado para a dívida do estado com a União. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (6) que o governo deve lançar um pacote de ajuda ao Rio Grande do Sul, que inclui linhas de crédito bancário para reconstrução de moradias destruídas pelas fortes chuvas e enchentes. "A questão do crédito, vai ter que ter uma linha de crédito específica para reconstrução de casas das pessoas, nem todo mundo, a maioria das pessoas não tem cobertura de seguros, então isso tudo vai ter que ser visto", declarou. Haddad confirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa e o Banco do Brasil podem ser agentes de distribuição dessas linhas de crédito. O ministro tem reunião na terça-feira (7) com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros A intenção é apresentar alguns cenários ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na terça-feira (7) e fechar os detalhes do pacote no dia seguinte (8). Segundo o ministro, o pacote também inclui o diferimento da cobrança de impostos para empresas no estado. Ou seja, o adiamento dos prazos para pagamento. Nível do Guaíba deve demorar dias para baixar; entenda Dívida do estado Além disso, o governo também prepara um tratamento diferenciado para a dívida do Rio Grande do Sul com a União. "É um caso totalmente atípico e precisa de um tratamento específico", disse. De acordo com Haddad, a dívida do estado vai ser tratada de forma faseada. Isso, inclusive, já teria sido discutido com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Porém, em uma segunda fase, o endividamento do Rio Grande do Sul seria discutido junto à renegociação da dívida dos estados, em análise pelo governo federal. "Inclusive foi objeto de conversa nossa do Executivo com o Legislativo, junto ao presidente Lira e ao presidente Pacheco, que nós íamos dar um tratamento emergencial para essa questão e isso não ia nos impedir de depois, na segunda fase, continuar as tratativas em torno disso", declarou. O governo também discute a abertura de crédito extraordinário --alocação de recursos extras para atender a despesas inesperadas e urgentes. Contudo, Haddad disse que o crédito será "bem centralizado para nós não perdermos a governança". Para utilizar os recursos, segundo o ministro, será preciso aprovação do governo e do Congresso. Veja Mais

Novo Leilão da Receita tem iPhone por R$ 500 e esmeralda por R$ 115 milhões

G1 Economia As propostas de valor para o leilão podem ser feitas até as 21h do dia 27 de maio, e a sessão pública para lances ocorre no dia 28, a partir das 10h. Esmeralda bruta de 137 kg ofertada no leilão da Receita Federal Divulgação/Receita Federal A Alfândega da Receita Federal no Aeroporto de Viracopos, realiza, no próximo dia 28, leilão com mercadorias apreendidas ou abandonadas em diversas cidades de São Paulo. O leilão conta com 245 lotes e centenas de produtos e bens, como smartphones e outros aparelhos de informática, bolsas e acessórios, sapatos, antiguidades, discos de vinil, peças robóticas, máquinas e veículos. Veja mais abaixo a lista completa dos produtos e como participar. Os lances devem ser feitos para os lotes fechados — ou seja, um conjunto de determinados itens. Entre os destaques do leilão, estão um smartwatch (relógio inteligente) e um iPhone XR, disponibilizados, juntos, no lote 79, por propostas a partir de R$ 500. O lote mais barato é o de número 22, que pode ser arrematado a partir de R$ 100 apenas por pessoas jurídicas, e conta com uma babá eletrônica e mais de 3 kg de fones de ouvido. Já o lote mais caro é o 245, que disponibiliza uma esmeralda bruta de 137 kg por, pelo menos, R$ 115 milhões. Outros destaques do leilão são os lotes de número 10, 74, 75, 103 e 181: No lote 10, é possível arrematar mais de 1kg de roupas de bebê da marca Ralph Lauren a partir de R$ 400; No lote 74, é possível arrematar um caminhão a partir de R$ 61.200; No lote 75, é possível arrematar uma caminhonete a partir de R$ 23.200; No lote 103, é possível arrematar uma scooter elétrica a partir de R$ 1.400; No lote 181, é possível arrematar oitos discos de vinil a partir de R$ 300. As pessoas físicas podem fazer lances para os lotes: 2, 6, 8, 9, 10, 13, 14, 18, 19, 21, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 84, 85, 100, 101, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 112, 113, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 138, 139, 140, 141, 143, 144, 147, 151, 152, 167, 172, 174, 175, 181, 182, 194, 199, 203, 206, 213, 216, 222, 223, 226, 228, 231, 237, 239, 243 e 245. Já as pessoas jurídicas podem apresentar propostas de compra para todos os lotes. As propostas de valor para o leilão só podem ser feitas de forma online das 8h do dia 23 de maio até as 21h do dia 27 de maio. A sessão está prevista para começar às 9h do dia 28, com a classificação e ordenação das propostas e a partir das 10h os lances serão liberados. Veja a lista completa de itens disponíveis Segundo a Receita Federal, os produtos que podem ser arrematados no leilão são: smartphones smartwatches (relógios inteligentes) notebooks roupas sapatos bijuterias bolças e acessórios pedras raras componentes e periféricos de informática e aparelhos elerônicos microcomputadores lentes de máquinas fotográficas equipamentos de áudio e vídeo utensílios domésticos peças para colecionadores antiguidades discos de vinil motores analisador de leite braço de robô industrial ferramentas esterilizador portátil bateria para drone agrícola veículos rolamentos partes e peças de automóveis máquinas diversas. Quem pode participar do leilão? Pessoas físicas podem participar do leilão sob os seguintes critérios: ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada; ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF); ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já para pessoas jurídicas, os critérios são os seguintes: ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ); o responsável da empresa ou seu procurador precisa ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Como participar do leilão? Para participar do leilão apresentando um lance, o interessado precisa seguir os seguintes passos: entre 23 e 27 de maio, observando os horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC); selecionar o edital do leilão em questão, de número 0817700/000001/2024 - AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS; escolher o lote em que se quer fazer o lance e clicar em "incluir proposta"; aceitar os termos e condições apresentados pelo site da Receita; incluir o valor proposto (que, necessariamente, deve ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita), e salvar. Veja Mais

Focus: em semana de Copom, mercado passa a prever corte menor nos juros e Selic em 10,5%

G1 Economia Até a semana passada, boletim Focus indicava previsão de juro básico a 10,25% – 0,5 ponto percentual abaixo da atual. Nova edição prevê corte de 0,25 ponto; Copom se reúne na quarta. Economistas do mercado financeiro passaram a prever um corte menor de juros nesta semana, de 0,25 ponto percentual. Se confirmado, a Taxa Selic passaria dos atuais 10,75% para 10,5% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana para definir o novo patamar de juros – o resultado deve ser divulgado na quarta (8). A nova previsão consta no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, após seis reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Na semana retrasada, o mercado financeiro ainda projetava um corte mais pronunciado na taxa de juros, de 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Mercado prevê PIB acima de 2%, inflação mais alta e queda menor da Selic Para definir o nível da taxa Selic, o Banco Central trabalha com o sistema de metas de inflação. Se as estimativas para o comportamento dos preços estão em linha com as metas pré-definidas, pode reduzir a taxa. Se as previsões de inflação começam a subir, pode optar por manter ou subir os juros. A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. O Banco Central já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. A expectativa do mercado financeiro de um corte menor nos juros nesta semana aconteceu após a equipe econômica do presidente Lula propor uma redução nas metas para as contas públicas neste ano. Para 2025, o governo propôs uma mudança da meta fiscal atual, que é de um superávit de 0,5% do PIB (+R$ 62 bilhões) para uma meta fiscal zero, sem déficit nem superávit. Para 2026, a equipe econômica propôs uma mudança na meta vigente, que é de um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões) para um superávit menor, de 0,25% do PIB -- cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos -- o que pode impulsionar mais a inflação. Inflação e PIB Para a inflação deste ano, os analistas dos bancos reduziram a expectativa de inflação de 3,73% para 3,72%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,60% para 3,64% na última semana. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de de 2,02% para 2,05%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 permaneceu em R$ 5. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,05. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção recuou de US$ 80 bilhões para US$ 79,8 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 75 bilhões para US$ 76 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 67 bilhões para US$ 68,8 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso ficou estável em US$ 73 bilhões. Veja Mais

Imposto de Renda 2024: o que acontece se eu não declarar?

G1 Economia Quem não entregar a documentação dentro no prazo está sujeito ao pagamento de multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% do imposto devido. Multa, nome sujo, CPF irregular e, dependendo do caso, até prisão. A lista de consequências para o contribuinte que não prestar contas à Receita Federal é grande e pode trazer dores de cabeça para aqueles que optarem por atrasar a entrega ou não enviarem a declaração do IR 2024. O prazo para declaração começou no dia 15 de março e vai até 31 de maio. Esse será o prazo a ser obedecido em todos os anos daqui por diante. Confira abaixo a lista de consequências para atrasos na entrega. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Multa por atraso Segundo informações do Fisco, no caso de apresentação da declaração após o prazo previsto ou da não apresentação do documento, o contribuinte que é obrigado a declarar fica sujeito ao pagamento de multa por atraso, calculada da seguinte forma: Multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculado sobre o valor do imposto devido na declaração, ainda que integralmente pago, até um teto de 20%; Multa mínima de R$ 165,74 (apenas para quem estava "obrigado a declarar", mesmo sem imposto a pagar) Aqueles que não são obrigados a entregar a declaração de ajuste anual não estão sujeitos à cobrança dessa multa. São eles: Aposentados e assalariados que receberam abaixo de R$ 30.639,90 em 2023; Pessoas que têm doenças consideradas graves (nesses casos, é necessário apresentar laudo médico para solicitar a isenção); Pessoas com rendimentos de aposentadoria, pensão ou reforma. O atraso começa a ser contado pela Receita Federal a partir do primeiro dia após o fim do prazo de entrega. De acordo com o Fisco, aqueles que não fizerem a declaração e não pagarem a multa dentro do prazo de vencimento, também poderão ter a dedução desse valor nas restituições futuras, com os respectivos acréscimos legais. Para alertar os esquecidos, a Receita Federal costuma enviar notificações para cobrar os contribuintes das correções necessárias e do pagamento de multa pela ausência do envio. Nome sujo e CPF irregular Quando o contribuinte não presta contas à Receita, ele também tem o nome incluso no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) — um banco de dados onde estão registrados os nomes de pessoas que estão em débito para com órgãos e entidades federais. Você pode conferir se possui pendências aqui. Além de ter o nome incluído no cadastro de inadimplentes da Receita, o contribuinte ainda corre o risco de ter o CPF apontado como irregular pelo órgão. Em alguns casos, o Fisco também pode bloquear CPFs. Se a Receita entende que o contribuinte atende os critérios de obrigatoriedade e identifica que não houve a entrega da declaração dentro do prazo, ela registra que o documento ainda está pendente e isso gera uma restrição no CPF. Pessoas com o CPF irregular são impedidas de: Abrir ou movimentar contas bancárias; Tirar passaporte; Pedir empréstimos; Participar de concursos públicos; Receber aposentadoria; Comprar ou vender imóveis, entre outros. Prisão A prisão é um recurso utilizado pela Receita Federal em casos mais extremos. Quando não há a entrega da declaração de Imposto de Renda nem o pagamento da multa de atraso, o contribuinte entra no radar do Fisco, que passa a fazer uma análise mais rigorosa de suas movimentações financeiras. A situação de avançar para a prisão como punição viria apenas se a Receita concluir que o contribuinte está atentando deliberadamente contra a legislação. Seria o caso, por exemplo, de o Fisco concluir que houve sonegação fiscal. A pena para este crime é de detenção de seis meses a dois anos e multa de duas a cinco vezes o valor do tributo. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. 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Granja cria frangos em galpões erguidos com blocos de plástico

G1 Economia Granja de aves de corte de Iperó (SP) investiu em estrutura sustentável na fazenda. Espaço possui 1,8 mil m², é capaz de abrigar 25 mil frangos, e foi erguido com cerca de 16 mil toneladas de plástico 100% reciclável. Granja cria frangos em galpões erguidos com blocos de plástico Reprodução/Nosso Campo As granjas de aves de corte normalmente seguem o mesmo padrão. No entanto, em Iperó (SP), existe uma que foge disso. Com seus galpões feitos com plástico 100% reciclável, o projeto se tornou um investimento que abraça a sustentabilidade, além de entregar outras vantagens. O local aloja 320 mil aves de corte, e a busca por uma granja que seguisse os conceitos ecológicos esteve nos planos desde o início do negócio. Além disso, há uma outra motivação: a dificuldade para tocar a construção de novos galpões. A avicultora viu o protótipo de uma construção com blocos, analisou o investimento, e aderiu a ideia. O espaço, com 1,8 mil m², é capaz de abrigar 25 mil frangos, e foi erguido com cerca de 16 mil toneladas de plástico. A matéria prima foi transformada em paredes fabricadas com tratamento UVA, UVB e antichamas. Cada tijolo pesa meio quilo e é feito de produtos 100% recicláveis, como sacolas plásticas e tampinhas de garrafas. A granja é climatizada, e o controle é feito através do computador, desde a temperatura até a iluminação. A comida e a água das aves chegam por meio de canos. O custo da estrutura depende do tamanho, aproximadamente 40% mais caro que uma granja tradicional. Nesta, os valores ficaram em torno de R$ 400 mil. A nova estrutura alterou também a produção das aves. Na prática, isso significa que um frango que demorava até 45 dias para engordar, leva 38 dias, o que representa um aumento na produtividade. A fazenda conta com nove aviários e, aos poucos, as unidades devem se adequar à nova estrutura. A avicultora já pensa em expandir, reformando outros dois com a mesma tecnologia até o ano que vem. Veja a reportagem exibida no programa em 05/05/2024: Granja cria frangos em galpões erguidos com blocos de plástico VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Veja Mais

Imposto de Renda 2024: quais gastos com educação e despesas médicas posso deduzir?

G1 Economia Prazo para entrega da declaração acaba em menos de uma semana. A Receita Federal permite dedução de despesas com dependentes, saúde, educação, previdência, pensão alimentícia e livro-caixa. Legalmente, uma despesa dedutível é aquela em que o valor pode ser reduzido dos rendimentos, diminuindo a base de cálculo e o imposto devido. É importante que o contribuinte mantenha comprovantes de todas as despesas informadas na declaração, caso o Fisco questione algum dos gastos demonstrados. ?? O documento deve conter: nome; endereço; número do CPF ou do CNPJ do prestador do serviço; a identificação do responsável pelo pagamento; a identificação de quem recebeu o serviço; a data de emissão do documento; e a assinatura do prestador do serviço, salvo no caso de documento fiscal. As principais dúvidas são com deduções de educação e de despesas médicas. Veja abaixo como cada uma delas funciona. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Gastos com educação O contribuinte pode abater da base de cálculo alguns gastos com educação, mas não todos. Vale lembrar que o limite anual máximo de dedução por pessoa no IR 2024 é de R$ 3.561,50. São dedutíveis as despesas com educação do contribuinte ou de seus dependentes, desde que referentes a: educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas (crianças até 5 anos de idade); ensino fundamental; ensino médio e educação superior, compreendendo os cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização); educação profissional, compreendendo o ensino técnico e o tecnológico. Não podem ser deduzidos, por exemplo, gastos com cursinhos pré-vestibular, cursos de idiomas, artes, dança, atividades esportivas, culturais ou viagens, nem despesas com uniforme, transporte, material escolar ou aquisição de notebook, tablet e computador. ?? COMO DECLARAR? As despesas com educação devem ser relacionadas na "Pagamentos Efetuados", relacionando o código 01 (Despesa com Instrução no Brasil) ou 02 (Despesa com instrução no Exterior), informando o responsável pela despesa (titular, dependente ou alimentando), CNPJ, razão social e valor. "Embora haja um limite máximo de dedução por pessoa (R$ 3.561,50), todo o valor da despesa deve ser declarado. O programa do Imposto de Renda fará a limitação e considerará como dedutível apenas o limite por pessoa", explica a Receita. ?? QUAIS CUIDADOS TOMAR? Solicite para a instituição de ensino um informe de pagamentos. Esse documento deve ser conferido com as notas fiscais e boletos de todos os pagamentos feitos pelo contribuinte em 2023; Relacione cada despesa ao respectivo beneficiário, seja o titular, dependente ou alimentando; Lembre-se de que não podem ser informado gastos com instrução de beneficiários que não estejam relacionados na declaração, tais como sobrinho, amigo ou parente; Por falta de previsão legal, pagamento do valor do crédito educativo, incluindo o FIES, não pode ser deduzido como despesa com instrução. Entretanto, o valor pago à instituição, ainda que com recursos do crédito educativo, pode ser deduzido como despesa com instrução, desde que observado o teto máximo. Despesas médicas Nesse caso, é importante lembrar que os gastos só podem ser abatidos no modelo completo da declaração. Isso porque as pessoas que optam pelo modelo simplificado já têm um desconto fixo de 20% concedido sobre a base de cálculo do imposto, limitado ao valor de R$ 16.754,34. ?? O QUE PODE SER DEDUZIDO? Consultas médicas de qualquer especialidade; Exames laboratoriais e radiológicos; Despesas hospitalares, incluindo internação em UTI; Despesas com parto; Cirurgias plásticas que foram realizadas com o objetivo de prevenir, manter ou recuperar a saúde física ou mental do paciente; e Planos de seguro saúde, incluindo os planos com coparticipação do empregado. No caso dos planos de saúde, é preciso ter atenção. O valor dedutível é o que foi efetivamente pago pelo declarante, enquanto despesas que foram reembolsadas pelo plano de saúde não são dedutíveis. ?? O QUE NÃO PODE SER DEDUZIDO? Medicamentos, caso não estejam incluídos na conta do hospital; Tratamentos médicos no exterior; Despesas com massagistas, enfermeiros, assistentes, caso não sejam decorrentes de internação hospitalar; Vacinas. Todas as deduções permitidas Outros gastos também podem ser abatidos no momento da declaração anual, tais como contribuições para previdência privada na modalidade PGBL e o desconto padrão por dependente. Veja abaixo os limites: limite de dedução do desconto simplificado continua de R$ 16.754,34; as deduções com dependentes estão limitadas a R$ 2.275,08 por dependente; as despesas com educação têm limite de R$ 3.561,50 por dependente; para despesas médicas as deduções continuam sem limite, os seja, o contribuinte pode declarar todo o valor gasto e deduzi-lo do Imposto de Renda. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. 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Rudolf, Fer, Alice: inteligência artificial tem nome e funções estratégicas em tecnologias para os produtores rurais

G1 Economia Com comandos de voz e capacidade de fazer operações à distância, chatbots concentram esforços de empresas do agronegócio brasileiro. Novidades foram apresentadas na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país, em Ribeirão Preto. Agrishow 2024: veja aplicações de inteligência artificial que são destaque na feira "Olá, ligar o pivô". Há quilômetros de distância, com um comando de voz pelo celular, é possível mudar a angulação de um equipamento e a área a ser irrigada em uma propriedade rural, de maneira instantânea. Isso, graças ao "Rudolf", assistente virtual da Irricontrol, divisão tecnológica da Bauer do Brasil. Empresas como essa apresentaram na 29ª edição da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país em Ribeirão Preto (SP), soluções que, muito além das máquinas que ajudam a otimizar irrigação, fertilização e controle de pragas, têm nome próprio e funções estratégicas, tudo para tornar a atividade agrícola mais ágil e intuitiva. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp No perfil do WhatsApp, ele aparece barbudo, sorridente e tranquilo, mas não se engane. O Rudolf é capaz de salvar uma plantação de problemas hídricos, e rapidamente. O assistente é integrado a uma plataforma de mapeamento via satélite que monitora, em tempo real, toda a atividade dos pivôs responsáveis pela irrigação, além de tirar dúvidas gerais. Ao notar qualquer anomalia na tela, o proprietário só precisa recorrer ao chatbot para dar as instruções certas. "Você consegue perguntar para o Rudolf onde o pivô está, quando ele vai parar, qual o status atual, se tem energia ou não. Você pode mandar comandos para ele ligar e parar em uma certa posição. Você consegue mandar mensagem para o programar para operar em um dia específico, parar em um horário específico, então todas as programações é possível fazer através do Rudolf", explica Helton Franco, diretor de vendas da Irricontrol. À esquerda, o Rudolf, AI da Irricontrol. À direita, a Fer, chatbot da Mozaic Fertilizantes Rodolfo Tiengo/g1; Divulgação/Mozaic Segundo ele, além de otimizar o tempo dos operários, que não precisam se deslocar até o pivô para resolver problemas pontuais, a tecnologia resulta em uma economia de 30% de água nas fazendas. "Esse operador, em vez de ficar indo lá no centro apertando o botão, que é uma ação que não gera muito valor, vai cuidar mais da manutenção do equipamento. A gente otimiza todo o processo dentro da fazenda". Além disso, o sistema, que deve ser validado e colocado no mercado até o fim do ano, garante mais segurança contra furtos. "Hoje é muito comum ter furtos no campo. Quando a gente consegue proteger as casas de bombas, proteger os pivôs, se algum furto acontecer é disparado um alarme em tempo real, em cerca de 1 minuto o proprietário da fazenda já é acionado, então a gente saiu só da automação e está indo para segurança, para a energia, monitorando a energia dos equipamentos, monitorando a questão da gestão hídrica", diz. Solix, robô da Solinftec, tem integração com um chatbot chamado Alice Divulgação/ Solinftec Pulverização, controle de pragas e uso de fertilizantes Na Solinftec, o chatbot também tem nome. A Alice (com a pronúncia do nome em inglês) é a assistente virtual que ajuda a controlar o Solix, robô de última geração voltado para o agro que faz aplicação seletiva de herbicidas, além de um monitoramento completo, com câmeras inteligentes, que detectam pragas, mais tarde combatidas por meio de um feixe de luz, sem uso de produtos químicos. Basta dizer o nome dela e perguntar, por exemplo, qual foi o plantio de milho em uma determinada área ou período, em que condições de solo isso aconteceu e qual foi o desempenho do cultivo. LEIA TAMBÉM Agrishow fecha edição 2024 com movimento de R$ 13,6 bilhões em negócios prospectados Tecnologia e expertise: o que os estrangeiros buscam no agro brasileiro Telemetria, força e eficiência: tratores 'top de linha' reúnem tecnologia e conforto para o produtor rural; VÍDEO "Você tem uma inteligência artificial que faz toda essa parametrização do robô, lê todos os dados das máquinas da operação e tem a capacidade de começar a falar para você: 'olha, você plantou atrasado, seu clima não ajudou, eu passei com o robô e apliquei tantas plantas daninhas, vi tantas plantas doentes'", exemplifica Bruno Pavão, chefe de operações robóticas da Solinftec. Assim como na irrigação e na pulverização, a informação e a decisão certas fazem diferença na aplicação de fertilizantes, e, para isso, você pode chamar a "Fer" pelo WhatsApp. A assistente virtual da Mozaic é conhecida pela precisão de dados estratégicos para o produtor. Com o comando correto, é possível saber a quantidade correta de nutrientes, qual é o período ideal de semeadura, previsão de chuvas e a relação entre investimento e retorno financeiro para determinada cultura. Plataforma da Irricontrol monitora sistemas de irrigação à distância e faz uso de IA para corrigir falhas Divulgação/ Irricontrol Aplicações que só tendem a se expandir, já que a Fer é um sistema de inteligência artificial generativa, segundo o gerente de marketing Samuel Bortolin. "Em cada resposta que o produtor dá, em cada informação que nós como marketing e comercial incorporamos nessa ferramenta, ela aprende mais", diz. Desde outubro de 2023, quando a tecnologia foi lançada, 25 mil respostas já foram enviadas a produtores rurais, estima a empresa. As funções são gratuitas dentro da assistente, que também oferece um catálogo de produtos da Mozaic. “O principal objetivo da Fer é apoiar a jornada dos produtores rurais, principalmente para tomada de decisão. Ela tira uma série de dúvidas e cada vez ela tira mais dúvidas que ajudam o produtor a ter informação de forma rápida, precisa e direta”, afirma Bortolin. Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

Agrishow fecha edição 2024 com movimento de R$ 13,6 bilhões em negócios prospectados

G1 Economia Valor é 2,4% maior do que o registrado em 2023. Anúncio foi feito por comunicado, sem coletiva de imprensa, em função de incidente com helicóptero. Público confere novidades tecnológicos para o campo na Agrishow 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 A Agrishow confirmou que a edição 2024 da maior feira de tecnologia agrícola do país movimentou R$ 13,6 bilhões em intenções de negócios, com um crescimento de 2,4% na comparação com o registrado em 2023. O anúncio foi feito em comunicado enviado no início da tarde desta sexta-feira (3), sem coletiva de imprensa, cancelada, segundo a organização, por respeito a familiares das vítimas feridas após um incidente com um helicóptero que derrubou a estrutura de um estande esta semana. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Com 520 mil metros quadrados e 800 estandes, o evento com quase três décadas em Ribeirão Preto (SP) recebeu 195 mil pessoas durante os cinco dias, de pequenos e médios produtores brasileiros a representantes de empresas internacionais. "Já estive aqui muitas vezes, e agora quero ampliar o que estamos fazendo. É uma ótima oportunidade para fazer um grande teste, como esses equipamentos são usados, como são perfeitos para nós [no Senegal] e como os agricultores vão ser beneficiados", afirmou o senegalês Assane Toure, diretor-geral da Agripro Africa, em visita ao interior de São Paulo. De acordo com os organizadores, em 2025 a Agrishow deve acontecer entre 28 de abril e 2 de maio. Público caminha pelas ruas da Agrishow 2024, a maior feira de tecnologia para o agro do país, em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Vitrine de negócios e de tecnologia Considerada uma das maiores feiras a céu aberto do mundo voltadas para o agronegócio, a Agrishow não só é um termômetro da atividade econômica do setor no país como também uma vitrine do que há de mais novo em termos de tecnologia do campo, da agricultura à pecuária. Além de grandes colheitadeiras, plantadeiras e tratores de última geração - inclusive com modelos movidos a eletricidade - o evento levou ao público inovações no mundo dos robôs e dos drones, com cada vez mais aplicações na lavoura e funcionalidades como maior capacidade de carga e comando à distância. Agrishow 2024: veja aplicações de inteligência artificial que são destaque na feira "Se você olhar o mercado como um todo, diversos setores, muitas máquinas e aeronaves estão indo para esse caminho tecnológico. Você pega maquinários, até falando de setores de tratores, maquinários de mineração, muitos estão indo para essa parte de piloto remoto. Essa é uma tendência de mercado, vai trazer muita economia de custo", disse Adriano Buzaid, CEO da Gohobby. Sistemas de monitoramento com uso de inteligência artificial também foram apresentados como soluções para irrigação, pulverização e controle de pragas. Muitas delas voltadas não só para facilitar a vida dos produtores rurais como também para reduzir custos de cultivo e colheita. Participando pelo quinto ano da feira, a Grunner apresentou um novo modelo de caminhão adaptado para colheita de cana-de-açúcar que entrega 50% de economia no consumo de combustíveis. “A feira é mais do que uma vitrine tecnológica, é uma oportunidade de encontrar os clientes, de conexão, de networking entre as pessoas, os fornecedores, o mercado financeiro, o governo. (...) Neste ano, a gente resolveu focar muito mais em inovação, tecnologia e sustentabilidade”, disse Dênis Arroyo, CEO da empresa. LEIA TAMBÉM Tecnologia e expertise: o que os estrangeiros buscam no agro brasileiro Na Agrishow, Zezé di Camargo lembra infância no campo e reforça ligação com agro: 'saí da roça, mas a roça não saiu de mim' Telemetria, força e eficiência: tratores 'top de linha' reúnem tecnologia e conforto para o produtor rural; VÍDEO Menos herbicidas, economia de água, produtividade: como robôs otimizam pulverização e controle de pragas Setor de máquinas agrícolas fatura 35% menos no trimestre, mas espera recuperação e juros de 'um dígito' no Plano Safra Resultado positivo Antes da realização da feira, a direção citava como problemas que poderiam afetar os negócios questões como a baixa nos preços das commodities no mercado internacional, secas severas em algumas regiões do Brasil, elevadas taxas de juros e ausência de recursos do atual Plano Safra - já que o próximo só deve ser anunciado entre este mês e junho. Além disso, o faturamento geral do segmento de máquinas agrícolas no primeiro trimestre ainda segue em queda, de 35%. Apesar disso, os números deste ano da Agrishow superam os do ano passado, quando as intenções de negócio até o último dia chegavam a R$ 13,2 bilhões. Instituições financeiras participantes da feira consultados pelo g1 confirmaram que já haviam batido as metas de concessão de linhas de crédito até esta sexta-feira (3). O Banco do Brasil confirmou R$ 3,2 bilhões em propostas acolhidas, um volume que não só superou as expectativas como é considerado recorde desde a primeira edição da feira. *Sob supervisão de Rodolfo Tiengo Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

ONS começa a importar energia do Uruguai para fornecer ao Rio Grande do Sul

G1 Economia Decisão foi tomada depois do desligamento de subestações de energia elétrica, devido às fortes chuvas. Rio Grande do Sul decreta calamidade pública por causa dos temporais O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) começou nesta sexta-feira (3) a importar energia elétrica do Uruguai para garantir fornecimento no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada depois do desligamento de subestações de energia elétrica no estado, devido às fortes chuvas dos últimos dias. Até o fim da manhã desta sexta, os temporais tinham deixado 32 pessoas mortas, 74 desaparecidas, e 24.252 desalojadas. As subestações fazem a conexão com o sistema interligado nacional e seu desligamento pode sobrecarregar o sistema no estado. O sistema interligado de energia tem uma conexão com o Uruguai por uma linha de transmissão, na fronteira do país com o Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério de Minas e Energia e o ONS, a importação foi programada para o período de 06h30 às 11h30 e de 14h às 19h30 desta sexta-feira (3). Na quarta-feira (1º), o ONS desativou a subestação de energia Nova Santa Rita, que faz a conexão com o sistema interligado nacional, por questões de segurança, depois do alagamento do pátio da unidade. "Isso fragiliza a conexão entre os sistemas de transmissão e deixa os sistemas remanescentes sobrecarregados e mais suscetíveis a novas contingências que podem levar a cortes de cargas", disse a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em nota. Segundo a Aneel, na quinta-feira (2), outras instalações importantes no estado haviam sido desligadas: linhas de transmissão Venâncio Aires/Cidade Industrial e Lajeado 2/Lajeado 3, além da subestação Candelária. Ainda na quinta-feira (2), as usinas Castro Alves e 14 de Julho foram desligadas. A barragem 14 de Julho chegou a romper parcialmente por conta do volume de chuvas. Em nota, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), que é responsável pela usina, afirmou que o rompimento "não traz aumento significativo nas vazões". Além disso, por causa das chuvas, o reservatório da usina Dona Francisca chegou perto do nível máximo na quinta-feira (2). Segundo o ONS, foram adotadas medidas para impedir o aumento do nível de água do reservatório. O ONS também afirmou que acompanha a situação da usina Passo Real, "cujo nível do reservatório está com uma elevação significativa". Segundo o operador, há necessidade de aumentar a vazão de água da usina. Veja Mais

Cartão de crédito: juro volta a subir em março, mesmo com medida que limita saldo devedor no rotativo

G1 Economia Taxa média no cartão de crédito rotativo passou de 411,9% ao ano em fevereiro para 421,3% em março. Essa continua sendo a taxa mais alta do mercado brasileiro. Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo subiram de 411,9% ao ano, em fevereiro, para 421,3% ao ano em março deste ano, informou o Banco Central nesta sexta-feira (3). O aumento de 9,4 pontos percentuais no mês retrasado aconteceu apesar de o Conselho Monetário Nacional (CMN) ter limitado, desde o começo de janeiro deste ano, o valor total da dívida dos clientes no cartão de crédito rotativo. O valor do débito não pode mais exceder 100% da dívida original. Com a alta em março, foi interrompida uma sequência de dois meses de recuo nos juros do cartão de crédito rotativo -- em janeiro e fevereiro deste ano. Acima de 400% ao ano, essa é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Segundo analistas, essa linha de crédito deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente. Limitação da dívida Março foi o terceiro mês de validade da decisão que limitou a dívida total no cartão de crédito. Por exemplo: Se a dívida for de R$ 100, por exemplo, a dívida total, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 200. O custo do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), entretanto, está fora desse cálculo. Isso vale somente para débitos contraídos a partir de janeiro. Em janeiro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou que a solução adotada pelo CMN de limitar a dívida do cartão de crédito - que já havia sido aprovada anteriormente pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula - seria temporária. "A gente precisa ainda estudar esse assunto, ver como vai fazer de uma forma equilibrada. Começamos a ver a inadimplência melhorando, é um bom sinal (...) Não temos uma solução hoje, avaliamos várias soluções. Temos uma solução de curto prazo que melhorou um pouco, a gente precisa entrar em um entendimento", declarou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, na ocasião. A discussão sobre os juros do cartão de crédito rotativo tem gerado atrito entre os bancos e credenciadoras independentes, as chamadas maquininhas. Como pano de fundo das discussões, está o parcelado sem juros no cartão de crédito, questionado pelos bancos, mas defendido pela equipe econômica e pelas credenciadores independentes. Veja Mais

Grupo Pão de Açúcar vende imóveis de sua sede administrativa em São Paulo por R$ 218 milhões

G1 Economia Companhia informou que transação faz parte de seu plano de redução da alavancagem financeira, iniciado em 2023. Unidade da rede de supermercados Pão de Açúcar, na Zona Sul de São Paulo Karina Trevizan/G1 O GPA, dono das marcas Pão de Açúcar e Extra, anunciou nesta quinta-feira (2) que vendeu imóveis de sua sede administrativa em São Paulo por R$ 218 milhões. Em comunicado a investidores, a empresa informou que a transação faz parte de seu plano de redução da alavancagem financeira, iniciado em 2023. Disse ainda que a medida irá contribuir "para a redução da dívida líquida e o reforço da sua estrutura de capital". O comprador do espaço é o fundo imobiliário Tellus Properties, que também emitiu um comunicado ao mercado nesta quinta revelando o acordo. Do valor total da venda, 82% serão recebidos pelo GPA em 2024, enquanto os 18% restantes serão divididos em parcelas até março de 2026. A companhia informou que a transação contempla uma operação de sale and leaseback (quando a empresa vende o imóvel e, em seguida, aluga o espaço do novo proprietário) envolvendo a torre administrativa, com valor definido de R$ 109 milhões. O prazo inicial de locação do espaço pelo GPD será de 15 anos, e o contrato possui um cap rate (taxa de capitalização) aproximado de 9%. Há também a celebração de um compromisso de compra e venda, no qual a companhia irá alienar, definitivamente, a área anexa à torre administrativa, também no valor de R$ 109 milhões. Venda de lojas Em junho de 2023, o GPA já havia anunciado uma operação de sale and leaseback com 11 de suas lojas de supermercados. A transação somou R$ 330 milhões. Do total, oito contratos de venda e locação foram firmados com o prazo inicial de 15 anos. Os outros três tiveram prazo de 18 anos. Na ocasião, o GPA disse que a operação fazia parte do plano de redução da alavancagem financeira da companhia para os anos de 2023 e 2024. Reforçou também que a medida iria contribuir para a redução da dívida líquida e o reforço da sua estrutura de capital. Veja Mais

Telemetria, força e eficiência: tratores 'top de linha' reúnem tecnologia e conforto para o produtor rural; VÍDEO

G1 Economia Modelos podem ser conferidos na Agrishow, em Ribeirão Preto. Trator 100% elétrico também está entre apostas para o futuro do agronegócio. Agrishow 2024: veja modelos de tratores top de linha da feira Das diversas tecnologias que fazem parte do agronegócio, o trator ocupa lugar cativo, muitas vezes conhecido por ser compacto e ao mesmo tempo capaz de desempenhar diversas funções no campo. Na Agrishow, maior evento de tecnologia agrícola do Brasil que acontece em Ribeirão Preto (SP) até sexta-feira (3), algumas máquinas apresentam, em seus modelos top de linha, muita tecnologia embarcada, de estabilidade e potência a funções ligadas a telemetria. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Trator T6.180 Methane Power, da New Holland Érico Andrade/g1 Confira abaixo alguns dos tratores top de linha presentes na Agrishow. MF 8S – Massey Ferguson Ganhador do Prêmio Trator do Ano 2023/2024, o modelo MF 8S, da Massey Ferguson garante eficiência com bastante tecnologia embarcada. O modelo conta com o motor AGCO Power de 7,4 litros e seis cilindros e pode atingir potência máxima mesmo em rotações baixas, como 1,5 mil rpm. As potências disponíveis são de 245 e 265 cavalos. A transmissão é feita pela Dyna-7, com um total de 28 velocidades à frente e à ré em quatro grupos e sete marchas ininterruptas. Trator MF 8S, da Massey Ferguson, é destaque na Agrishow em Ribeirão Preto O MF 8S é o único trator que conta com um espaço de 24 centímetros entre o motor e a cabine, design chamado de Protect-U, o que garante mais conforto para o operador, isolando-o de ruídos, calor e vibrações. Além disso, a cabine tem um volume de 3,4 metros cúbicos e tem níveis de ruídos de 68 decibéis, sendo uma das mais silenciosas do mercado. Outro diferencial que se mostra importante no trabalho é a rotatividade dos comandos, que possibilita uma visão 360° sem comprometer as ações necessárias do operador. Trator 9RX – John Deere Os motores do modelo 9RX são os JD14 de 13,6L, movidos a diesel. As potências variam de 390 a 640 cavalos, mas a reserva de torque permite que chegue até 680 cavalos. Mesmo com rotações mais baixas, o veículo consegue chegar à potência máxima. O conjunto de luzes 360° do modelo permite que trabalhos noturnos sejam realizados com maior eficiência. Além disso, o sistema de monitoramento da empresa, Operation Center, permite que toda operação feita no campo seja compartilhada para o agricultor. Assim, é possível verificar se o plantio está sendo feito de maneira certa e se a máquina está tendo alguma falha mecânica ou elétrica remotamente. O trator, equipado com esteiras, garante que a máquina trabalhe com mais aderência ao solo e, consequentemente, faz com que ela seja mais econômica. Trator 9RX, da John Deere, é destaque na Agrishow em Ribeirão Preto Steiger 645– Case IH O maior trator agrícola vendido no Brasil, projetado para implementos pesados, também proporciona conforto para o operador com assentos e volante de couro e painel de comandos ergonômico. O modelo possui motor Case IH FPT de 13 litros e tem todas as rodas do mesmo tamanho, o que confere um poder de tração maior do que os modelos comuns, com rodas menores na frente. O trator também tem muita tecnologia embarcada, contando com telemetria de fábrica. O fazendeiro pode fazer um rastreamento do veículo em tempo real e analisar se o trator está funcionando sem problemas. Além disso, é possível realizar uma manutenção remota caso o mal funcionamento seja eletrônico. Trator Steiger 645, da Case IH, é destaque na Agrishow 2024, em Ribeirão Preto T6.180 Methane Power – New Holland O modelo T6.180 é movido a biometano, fonte de energia limpa e é um dos destaques da New Holland. O motor é o FPT NEF projetado com seis cilindros e produz 152 horse power. Além do impacto de carbono da máquina ser virtualmente zero, o desempenho e a autonomia equivalem a um trator de mesmo porte movido a diesel. O modelo ainda é conectado com um portal de telemetria da marca, FieldOps, que reúne informações da frota e analisa dados agronômicos e contribui para uma melhor tomada de decisões do agricultor. Trator T6.180 Methane Power, da New Holland, é destaque na Agrishow 2024, em Ribeirão Preto, SP YM 347 - Yanmar Feito para pequenos e médios agricultores, o modelo YM 347 combina potência e tecnologia para um trabalho eficiente. Com uma potência de 47 cavalos, ele é o primeiro trator abaixo de 50 cavalos rastreado de fábrica. Assim, é possível monitorar possíveis falhas e época de manutenção preventiva. O trator possui 12 marchas à frente e 12 à ré, movido a diesel com motor TNV de quatro cilindros. Além disso, tem peso baixo, que dá pouca compactação do solo, o que é bom para culturas de café, por exemplo. "É um trator voltado para o pequeno agricultor, porém com uma tecnologia muito superior para que possa dar, além de conforto para o operador, segurança na operação agrícola", explica o gerente comercial Fernando Figueiredo. Trator YM 347, da Yanmar, é destaque na Agrishow 2024, em Ribeirão Preto LEIA TAMBÉM Menos herbicidas, economia de água, produtividade: como robôs otimizam pulverização e controle de pragas Reboque reforçado, mapeamento offline: tecnologias no agro inspiram carros pensados para produtores rurais Apostas para o futuro Na Agrishow, algumas marcas também colocam em exposição modelos de tratores que são apostas para o agronegócio no futuro, mas ainda não estão à venda no mercado. O T4 Eletric Power, da New Holland, por exemplo, é um trator 100% elétrico que promete eficiência no campo. O trator pode ser utilizado para fornecer energia, em 110 ou 220 volts, para outras máquinas agrícolas. Juliano Perelli, especialista em tratores da New Holland, diz que, ao todo, o modelo tem nove câmeras que, além de monitorarem todo o trabalho realizado, permitem a tecnologia Follow Me, usada quando o operador está fora da cabine e precisa que a máquina siga instruções de locomoção. Assim, é possível que o trator seja guiado por gestos no campo. "Você anda e ele vai atrás. Isso diminui a utilização de embreagem e você ter que subir e descer da máquina várias vezes. Você ganha tempo e consumo de energia. O custo é zero de manutenção, você não precisa trocar óleo ou filtro e parar a máquina para fazer essas operações", explica Perelli. Trator T4 Eletric Power é aposta da New Holland para futuro na Agrishow 2024, em Ribeirão Preto, SP Carolina Castro/g1 Já a aposta da Case IH é o Quadtrac AFS Conect 715, que conta com esteiras no lugar das rodas, o que garante maior eficiência durante as operações, além de ser mais econômico. Apesar dos testes que ainda serão realizados com o modelo, o gerente de marketing da Case IH, Nilson Righi, conta que o trator deve utilizar entre 20 e 25 litros de diesel por hectar trabalhado. "Várias funções no implemento que você pode fazer ao mesmo tempo com esse número de conexões. Uma vazão de quase 500 litros por minuto de óleo. Uma vazão muito grande, suficiente para tocar qualquer implemento que tenha aqui no mercado brasileiro", explica Righi sobre as funcionalidades do modelo. Trator Quadtrac AFS Conect 715, da Case IH, é aposta para futuro na Agrishow 2024, em Ribeirão Preto, SP Carolina Castro/g1 *Sob supervisão de Rodolfo Tiengo Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

Menos herbicidas, economia de água, produtividade: como robôs otimizam pulverização e controle de pragas

G1 Economia Na Agrishow, empresa de tecnologia sediada em Araçatuba, interior de São Paulo, apresentou primeiros resultados positivos após dois anos de aplicação de tecnologia que rastreia pragas em lavouras. Agrishow 2024: veja aplicações de inteligência artificial que são destaque na feira O mercado global de robôs voltados para a agricultura deve movimentar bilhões de dólares nos próximo anos, segundo especialistas, com funções essenciais como mapeamento de campo e controle de ervas daninhas. Para companhias brasileiras que apostam nesse nicho de mercado, essa revolução tecnológica tem mostrado seus primeiros resultados positivos. É o caso da Solinftec, empresa de Araçatuba (SP) que recentemente aumentou em 120% sua equipe de robótica e há dois anos colocou no mercado o Solix. Graças ao aprendizado de máquina, a plataforma 100% movida a energia fotovoltaica pode "morar no campo" e cuidar sozinha de pelo menos 150 hectares com cultivo de grãos. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Além de fazer a pulverização apenas em pontos específicos, reconhecidos como ervas daninhas, o sistema dotado de câmeras inteligentes faz uma leitura das plantas para identificar pragas e, por meio de um feixe de luz utilizado à noite, as elimina sem uso de inseticidas. "Ele vai tirar informação todo dia, fazer o que precisa ser feito, reduzindo herbicida, incrementando produtividade, reduzindo acesso a erro humano", explica Bruno Pavão, chefe de operações robóticas da empresa. Solix, plataforma com interligência artificial de aplicação seletiva que reduz em 93% aplicação de herbicidas Divulgação/ Solinftec Na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece em Ribeirão Preto (SP) até sexta-feira (3), o grupo divulgou os primeiros números obtidos com a aplicação do sistema em seis fazendas espalhadas por São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Bahia, e que reforçam a ideia de que, mais que uma tendência, a robotização no campo já é uma realidade. Na comparação com áreas dentro dessas mesmas propriedades onde foram mantidos métodos convencionais, os resultados mais importantes, segundo a empresa foram: redução de 93% no uso de herbicidas, ou seja de 80 mil litros de produtos químicos; incremento médio de 8,6 sacos por hectare na soja devido a um maior crescimento das plantas; aumento de 13% na quantidade de vagens por planta; redução de 80% do uso de água para diluição dos herbicidas, ou seja, cerca de 90 mil litros; 70% das pragas retiradas das plantações sem aplicação de inseticidas. Produtividade e economia Por trás desses números, estão benefícios importantes, não só ambientais, como o incremento na produtividade. Isso porque, segundo Pavão, a planta no estágio inicial tende a metabolizar o herbicida, o que leva a uma pausa de sete a dez dias no processo de crescimento. Algo que não ocorre quando se deixa de aplicar o produto químico. Essa aplicação seletiva também representa uma menor demanda por água, já que o herbicida precisa ser diluído. "Ela fica com um crescimento vegetativo dela travado. O que quer dizer: ela não põe folha e não põe raiz, ou seja, ela não busca água nem adubo, e não faz fotossíntese. Quando eu aplico localizado, em vez de lavar o talhão inteiro, com todos os bicos abertos, e venho só fazendo pequenas micro aplicações, eu dou 93% de chance para o resto dessas plantas que estão lá não metabolizarem esse herbicida e conseguirem crescer", explica. Feixe de luz da Solix atrai pragas e reduz uso de inseticidas nas lavouras Divulgação/ Solix Os benefícios também são observados na capacidade de monitoramento da máquina. O "scouting" do Solix, segundo Pavão, permite ao produtor rural ter uma amostragem muito maior sobre as reais necessidades da lavoura, o que permite uma decisão mais assertiva sobre a adubação. Bruno Pavão, chefe de operações robóticas da Solinftec, na Agrishow Rodolfo Tiengo/g1 LEIA TAMBÉM Compactas e tecnológicas: máquinas oferecem recursos 'na medida certa' para pequenos produtores De pulverização a controle de pragas: mais versáteis, drones evoluem para atender diferentes funções no campo "Você tem um robô andando o tempo todo dentro da lavoura, dia após dia, pegando milhões de amostras. (...) A gente promoveu pela primeira vez uma mudança baseado nas informações que o robô pega para acertar essa questão de adubação. (...) É muito coisa, o ser humano não conseguiria fazer." Esse monitoramento também garante uma leitura mais completa sobre as pragas que, por meio da técnica do feixe de luz, no período noturno, garantiu que 70% das áreas cultivadas não tivessem a aplicação de nenhum inseticida. Com menos produtos, reduzem-se as chances de haver seleção genética entre as pragas e a consequente resistência delas a esses defensivos. "Uma molécula de inseticida demora de 7 a 10 anos para ser desenvolvida e levada para o mercado. Quando a resistência entra em dois anos, três anos, a molécula não tem mais efeito. Então você sempre está atrás na corrida. Aqui, a gente tem uma ferramenta que consegue ser eficaz no controle e que reduz absurdamente o efeito de seleção genética", afirma Pavão. Veja fotos da Agrishow 2024 Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

Como os juros nos Estados Unidos vão influenciar a decisão do Copom na semana que vem

G1 Economia Decisão e comunicado do Federal Reserve são fundamentais para a avaliação dos rumos de um cenário externo que piorou. BC brasileiro deve avaliar a questão e também o impacto da alteração da meta fiscal brasileira e seus desdobramentos nas expectativas de inflação. Copom, do BC, decide na próxima quarta-feira (8) sobre taxa básica de juros brasileira. Marcello Casal/Agência Brasil Em pleno feriado de 1º de Maio, não havia um economista brasileiro que tivesse ficado desligado da reunião de política monetária dos Estados Unidos. A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) traria duas notícias: uma que não surpreenderia ninguém, e outra que seria decisiva para o trabalho nos próximos meses. ?? A primeira: o Fed decidiu manter os juros do país inalterados, em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, como era amplamente esperado. Nas apostas de parte dos investidores, o maior nível das taxas desde 2001 deve prosseguir, no mínimo, até setembro. ?? A segunda, e mais importante: o comunicado, no qual o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manifestou sua preocupação com a falta de avanço no processo de desinflação dos EUA. (entenda mais abaixo) O Brasil não pode tirar os olhos desse impasse nos EUA: juros mais altos em um país desenvolvido tornam os emergentes menos atrativos. E o aumento de risco interno, desde a mudança da meta fiscal, agrava a situação. Com as pistas dadas pelo Fed em mãos, os investidores agora aguardam os sinais que serão enviados pelo Comitê de Política Monetária (Copom), no dia 8 de maio. O Copom sinalizou na última reunião que faria mais um corte de 0,50 ponto percentual na próxima quarta. Na visão de analistas, essa promessa poderia ser descumprida, tanto por um eventual endurecimento do Fed como pela questão fiscal brasileira. O mais provável, no entanto, é que esse volume de corte seja mantido. Entenda melhor abaixo. A questão externa O Fed estagnou em sua briga para trazer a inflação americana para a meta de 2% ao ano. No pior momento, em 2022, o indicador passou dos 9%. Mas, desde o início do ano, a desaceleração dos preços estacionou na casa de 3%, por mais que os juros estejam nos maiores níveis em 20 anos. No comunicado desta quarta-feira, em que decidiu manter a taxa de juros inalterada, o BC norte-americano enfatizou sua preocupação com a inflação do país. "Nos últimos meses, não houve novos progressos em direção ao objetivo de inflação de 2%", informou o colegiado, reforçando que os indicadores recentes da economia norte-americana continuaram se expandindo "em um ritmo sólido". O Fed indicou, portanto, que o patamar de juros dos EUA não foi suficiente para construir uma confiança na queda inflacionária nos primeiros meses de 2024. Isso mantém no mercado um cenário de dúvida em relação a quando podem ocorrer cortes no referencial de juros do país. Desde a última reunião do Fed, em março, foram divulgados novos dados da economia norte-americana que indicaram um mercado de trabalho aquecido e até uma reversão da trajetória da inflação no país. São informações importantes e que deixam o BC dos EUA receoso de cortar os juros do país. O principal dado veio no dia 10 de abril, com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. Contra as expectativas do mercado financeiro, a inflação ao consumidor acelerou e chegou a 3,5% em março, ante 3,2% registrados em fevereiro. Esse repique tirou o "conforto" que o Fed chegou a demonstrar no início do ano para iniciar seus cortes. Não à toa, em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para que as autoridades do BC dos EUA ganhem a confiança necessária para iniciarem os cortes nas taxas de juros. “A inflação ainda está muito alta”, disse Powell. "Progressos adicionais para derrubá-la não estão garantidas e o caminho a seguir é incerto. É provável que ganhar maior confiança demore mais do que o esperado anteriormente." Por outro lado, o presidente do Fed disse ser "improvável" que haja um aumento na taxa básica de juros dos EUA na próxima decisão. Segundo ele, o foco do BC norte-americano tem sido manter sua atual postura restritiva. "Acho improvável que o próximo movimento seja uma elevação da taxa", disse Powell, após ser questionado sobre os riscos de que os juros precisem ser elevados para reduzir a inflação do país. Na visão de investidores, o discurso do presidente do Fed foi menos duro do que o esperado, mesmo com uma série de dados negativos de inflação nos últimos meses. Os comentários de Powell se revelaram "notavelmente menos agressivos do que o que muitos temiam, alinhando-se à declaração do Fomc em vez de atacar o mercado", apontaram analistas da Evercore ISI, conforme noticiou a Reuters. "A mensagem básica foi que os cortes foram adiados, e não descarrilhados", continuou a consultoria. O economista Francisco Nobre, da XP, destaca que a reação do mercado foi "marginalmente positiva". "Isso porque Powell essencialmente descartou a possibilidade de aumento das taxas por enquanto. E os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 2 anos caíram cerca de 8 pontos-base", diz. Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em entrevista coletiva após decisão sobre juros, em Washington, nos EUA. (1/5/24) Reuters/Kevin Lamarque Quando os juros americanos estão elevados, a rentabilidade das Treasuries (os títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país, e se afasta de emergentes, como o Brasil. Com o fluxo de dólares direcionado aos EUA, a taxa de câmbio piora por aqui — o que, por sua vez, pode complicar a inflação. Para o economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, tanto o discurso de Powell quanto o comunicado do Fomc vieram em um tom dentro do esperado. "A depender do comportamento do mercado de trabalho e do mercado imobiliário, a inflação dos Estados Unidos pode ficar elevada ao longo de todo o ano. Aí, existe o risco de não ocorrer corte de juros — o que, em alguma medida, já está precificado por parte do mercado", diz. O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, acredita que a tendência é que o BC norte-americano continue bastante cauteloso e postergue um provável início de queda de juros mais para o final de 2024. "Ou seja, está se confirmando aquele cenário de que a taxa de juros nos Estados Unidos deve permanecer estável, nesse nível, ao longo deste ano", diz o economista. "Isso traz para o Banco Central aqui no Brasil a certeza de que ele pode reduzir a taxa de juros na semana que vem em 0,5 ponto percentual, sem alterar a sua estratégia de política monetária — que é de 0,5 ponto agora e, depois, de 0,25 ponto", complementa Agostini. Na visão do economista, o cenário indica, portanto, certa tranquilidade para o BC brasileiro. A expectativa dele é que a taxa básica de juros do país, a Selic, encerre 2024 no patamar de 9,50% ao ano. Galhardo, da Análise Econômica, segue a mesma linha. Ele acredita que o resultado do Fed nesta quarta-feira não vá desmobilizar o Copom a ponto de reduzir o ritmo de cortes da Selic. A projeção do especialista é de que os juros encerrem o ano entre 9,5% e 9,75%. Composição do Copom, responsável por definir a Selic. GloboNews A questão interna Além do efeito dos juros americanos na economia brasileira, houve uma piora no quadro interno de riscos, desde que o governo federal anunciou a mudança da meta fiscal para os próximos anos. Para 2025, o governo propôs uma meta fiscal zero — em vez de um superávit de 0,5% do PIB — e uma redução também para os próximos anos. A decisão acabou sendo encarada pelo mercado como uma derrota da equipe econômica, que chegou a defender inicialmente que a meta fosse alterada pelo menos para um superávit primário de 0,25% do PIB. O mercado financeiro também entende que a decisão abre espaço para mais gastos e menor controle da dívida pública, o que demanda juros mais altos para que investidores estrangeiros considerem o país atraente. Além dessa questão, o Banco Central monitora também a inflação de serviços. É um segmento que se mostrou mais persistente desde o choque inflacionário causado pela pandemia de Covid. A inflação de serviços é muito sensível à força do mercado de trabalho. Economistas dizem que um contingente menor de desempregados e um aumento da renda sem ganhos de produtividade podem gerar pressão extra na inflação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego foi de 7,9% no trimestre encerrado em março. Além de ser a melhor taxa para um primeiro trimestre desde 2014, com ocupação de mais de 100 milhões de trabalhadores, o rendimento real habitual subiu 1,5% no trimestre, e passou a R$ 3.123 por mês. Já os dados do Ministério do Trabalho e do Emprego mostram que o Brasil criou 244,3 mil empregos formais em março, alta de 25,7% contra o mesmo mês do ano passado. Foi a maior geração de vagas com carteira assinada para um mês de março desde o início da série histórica do novo Caged, em 2020. Com ótimos resultados de emprego, a inflação ainda não teve grandes sobressaltos. No IPCA de março, a média dos preços subiu apenas 0,16% no mês, um ótimo resultado. Mas os serviços subjacentes — um núcleo focado em serviços e que exclui itens mais voláteis — teve alta levemente mais forte que o mês anterior, de 0,44% para 0,45%. É uma métrica que o BC usa para verificar se a inflação está cedendo. "O ponto de preocupação continua sendo os serviços subjacentes, que, ao se manterem praticamente estáveis, continuam em um patamar incompatível com as metas de inflação – e deverão continuar justificando a cautela do Banco Central", disse a economista-chefe da B. Side, Helena Veronese, no dia a divulgação. Em suma, o que o Copom vai procurar entender em seus modelos de projeção econômica é o tamanho do impacto que as últimas mudanças no cenário vão trazer para as expectativas de inflação à frente. E essa é a resposta que analistas vão procurar, seja pela desaceleração surpresa no corte ou nas entrelinhas do comunicado. Com a decisão, o comunicado e a ata da reunião, agentes de mercado vão balizar as leituras para entender se o país precisará de juros mais altos para continuar atraindo investimentos estrangeiros. Uma pitada de preocupação e mau humor já está aí: o boletim Focus do BC — levantamento que monitora as projeções de mais de 100 instituições financeiras — subiu para 9,50% a expectativas de taxa Selic para o fim de 2024. Antes de tudo isso acontecer, foram cerca de quatro meses projetando uma taxa final de 9%. Veja Mais

Governo vai disponibilizar crédito a juros baixos para recuperação de redes de telecomunicações no RS, diz ministro

G1 Economia Segundo Juscelino Filho, medida foi aprovada na manhã desta quarta-feira (8), em reunião do Conselho Gestor do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). O ministro das Comunicações, Juscelino Filho em imagem de 2023 ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, disse nesta quarta-feira (8) que a pasta vai disponibilizar linhas de crédito com juros baixos para a reconstrução das redes de telecomunicações no Rio Grande do Sul. A medida foi aprovada na manhã desta quarta-feira (8), em reunião do Conselho Gestor do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). "Nós vamos disponibilizar, através do Fust, linhas de crédito com taxas de juros reduzidas visando a reconstrução das infraestruturas de telecomunicações localizadas em todas aquelas áreas declaradas em estado de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul", declarou o ministro. Com a decisão, projetos para reconstrução das redes em locais podem ser incluídos como projetos prioritários, com taxas menores, em linhas de crédito já existentes e operacionalizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No ano passado, o Ministério das Comunicações e o BNDES abriram linhas de crédito com recursos do Fust, no valor total de R$ 2,2 bilhões. O dinheiro que ainda não está comprometido com projetos poderá ser usado para o Rio Grande do Sul. Segundo o secretário de Telecomunicações, Hermano Tercius, pelo menos R$ 1 bilhão ainda não foi utilizado e está disponível para os projetos que solicitarem crédito. Para fazer a solicitação, os projetos precisam ser executados em locais com declaração de calamidade. Haverá prioridade para quem detinha redes de telecomunicações, que sofreram danos com as fortes chuvas no estado. Qualquer empresa pode solicitar a linha de crédito em até seis meses depois do estado de calamidade. Há, contudo, uma limitação de valor mínimo do crédito imposta pelo BNDES, de R$ 10 milhões. O ministério discute permitir que consórcios de empresas possam fazer a solicitação ao banco de desenvolvimento, como uma forma de atender operadoras menores. De acordo com Tercius, parceiros do BNDES também podem conceder o crédito abaixo de R$ 10 milhões, como o Banrisul, por exemplo. Veja Mais

Chuvas no RS: enchentes atingem 87% dos empregos industriais do estado, estima federação

G1 Economia Os polos industriais mais importantes do estado, que empregam mais de 400 mil pessoas, foram fortemente atingidos pelos alagamentos. Imagem de drone feita em 5 de maio de 2024 mostra casas destruídas pelas enchentes em Jacarezinho, no Rio Grande do Sul. REUTERS/Diego Vara A situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, causada pelas fortes chuvas e enchentes que já deixaram 100 mortos, centenas de desaparecidos e mais de 200 mil desalojados, também já impactou os empregos e a economia do estado. Segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), os 336 municípios que tiveram a calamidade pública decretada, representam 87,2% dos empregos industriais da região. A federação explica que os locais mais atingidos pelas cheias históricas incluem os principais polos industriais do estado, responsáveis por "segmentos significativos para a economia". Entre os locais, a FIERGS destaca: o Vale dos Sinos, que emprega cerca de 160 mil pessoas e tem força na produção de calçados; a Região Metropolitana, que emprega cerca de 127 mil pessoas e tem força na produção de veículos, autopeças, máquinas, derivados de petróleo e alimentos; a Região da Serra, que emprega cerca de 115 mil pessoas e tem força na produção de veículos, máquinas, produtos de metal e móveis. Além destes, a federação pontua que foram impactados o Vale do Rio Prado, que produz carnes, massas e tabaco, e o Vale do Taquari, com carnes, calçados e produtos químicos. O presidente em exercício da FIERGS, Arildo Bennech Oliveira, afirma que as perdas econômicas no Rio Grande do Sul são "inestimáveis no momento". "Uma infinidade de empresas teve suas dependências completamente comprometidas. Além dos danos gigantescos de capital, os problemas logísticos devem afetar de forma significativa todas as cadeias econômicas do estado", comenta. O executivo acredita que a situação provocada pelas enchentes pode levar ao fechamento de muitos postos de trabalho, caso o governo não intervenha. Isso porque, em diversos locais, os estragos demandarão não apenas a desobstrução das estradas e empresas, mas também um trabalho de reconstrução. O levantamento da FIERGS também estima que os municípios em calamidade pública representam: 80,3% do Valor Adicionado Bruto (VAB); 78,2% do VAB industrial; 86,4% dos estabelecimentos industriais; 89,1% das exportações da Indústria de Transformação; 83,3% da arrecadação de ICMS com atividades industriais. Globocop flagra cavalo em cima do telhado de uma casa alagada em Canoas 'Inundou tudo', diz morador de Canoas que buscou refúgio no Litoral do RS Veja Mais

Sem 'imposto do pecado', compra de armas e munição pode até ter 'cashback' com reforma tributária, alerta secretário

G1 Economia 'Bancada da bala' conseguiu retirar da reforma o imposto seletivo sobre armas, em derrota para o governo. Congresso trabalha para regulamentar texto aprovado em 2023. O secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, afirmou nesta quarta-feira (8), que a compra de armas e munições pode até mesmo contar com o mecanismo de "cashback" (devolução de parte do imposto pago) na reforma tributária. Isso acontece, segundo ele, porque os parlamentares decidiram retirar a incidência do chamado "imposto do pecado" sobre esses itens nos momentos finais da votação da PEC da reforma tributária no fim do ano passado – uma vitoria da "bancada da bala", e uma derrota para o governo. "Armas, do jeito que está vai ter 'cashback'. Não está no imposto seletivo por decisão de vocês aqui, hem. Estava no imposto seletivo e foi retirado. Então, por definição do Congresso caiu o imposto seletivo sobre armas e munições", disse Appy, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Como funcionaria o 'cashback' Pela proposta do governo federal, dos estados e municípios para regulamentação da reforma tributária, a devolução de impostos será destinadas às famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo para a população inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Pela proposta, haverá devolução de: 100% para do imposto pago no caso da CBS (IVA federal) e de 20% para o IBS (IVA estadual e municipal), no caso do gás de cozinha 50% para a CBS e 20% para o IBS, no caso de energia elétrica, água e esgoto; 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. Desse modo, pelas regras propostas (que ainda têm de passar pelo Legislativo para terem validade), a população de baixa renda poderia contar com uma devolução de até 20% do imposto pago na compra de armas e munições. O Ministério da Fazenda estimou que cerca de 73 milhões de brasileiros teriam direito ao "cashback" – devolução do imposto pago. 73 milhões teriam direito ao 'cashback' de impostos na reforma tributária, diz Fazenda Armas e munições O destaque — sugestão de alteração no texto — para retirada da incidência do "imposto do pecado" sobre armas e munições, que acabou sendo aprovado, foi apresentado pelo PL. Um pedido semelhante havia sido rejeitado durante a votação da PEC no 1° turno, mas deputados da oposição conseguiram reverter votos no plenário. A inclusão do dispositivo precisava de 308 votos, quórum mínimo de votação para uma alteração na Constituição. Contudo, recebeu apenas 293 votos a favor e 198 contrários e, com isso, foi derrubado. No caso das armas e munição, a taxação do imposto do pecado, derrubada no momento final da tramitação, incidiria para produção, comercialização e importação, exceto para as destinadas à administração pública — por exemplo, a compra para as Polícias. O que é o imposto do pecado? O governo chegou a orientar contrário ao destaque. “Não se trata de um debate ideológico, é um debate técnico. As forças de segurança pública não vão pagar, não incide sobre as compras governamentais, em especial as forças de segurança pública. O que estamos fazendo é técnica, não justifica reduzir os impostos sobre armas e aumentar para serviços, alimentação e etc.. Estamos distribuindo a carga tributária”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), no ano passado. Em 2023, o Brasil teve menor número de armas registradas em quase duas décadas Veja Mais

Como fazer o Saque Calamidade do FGTS; veja o passo a passo

G1 Economia Trabalhador ?pode solicitar o Saque Calamidade do FGTS por meio do app FGTS ou nas agências da Caixa Econômica Federal. Saques do FGTS Divulgação Os trabalhadores com saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem recorrer ao Saque Calamidade em casos de desastres naturais que tenham atingido a sua área de residência. O valor do saque será o saldo disponível na conta do FGTS, na data da solicitação, limitado à quantia de R$ 6.220,00 para cada evento caracterizado como desastre natural. O intervalo entre um saque e outro não pode ser inferior a 12 meses. Com as enchentes no estado do Rio Grande do Sul, o governo estadual decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, os moradores de municípios gaúchos começam a se habilitar para o recebimento do benefício. Veja outros benefícios aqui. Os trabalhadores ?de municípios já habilitados podem solicitar o Saque Calamidade do FGTS por meio do app FGTS ou nas agências da Caixa Econômica Federal. Veja nesta reportagem: Quem tem direito ao Saque Calamidade? O que é um desastre natural? Como solicitar o Saque Calamidade pelo app? Como solicitar o Saque Calamidade por agências da Caixa? Quem tem direito Saque Calamidade? Têm direito ao benefício os moradores de áreas afetadas por desastres naturais, que tiveram seus imóveis atingidos ou interditados, identificados pela Defesa Civil Municipal. É necessário possuir saldo na conta do FGTS e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. O valor máximo para retirada é de R$? 6.220,00 por conta vinculada. Ao registrar a solicitação é possível indicar uma conta da Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem, ou de outra instituição financeira para receber os valores, sem nenhum custo. O que é um desastre natural? Para fins do Saque Calamidade do FGTS, são considerados desastres naturais: Enchentes ou inundações graduais; Enxurradas ou inundações bruscas; Alagamentos; Inundações litorâneas provocadas pela brusca invasão do mar; Precipitações de granizos; Vendavais ou tempestades; Vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais; Vendavais extremamente intensos, furacões, tufões ou ciclones tropicais; Tornados e trombas d'água; Desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais. Como solicitar o Saque Calamidade pelo app? Veja abaixo o passo a passo para solicitação do Saque Calamidade pelo app FGTS. Acesse o aplicativo FGTS e vá em "Meus Saques"; Escolha "Outras Situações de Saques"; Selecione "Calamidade Pública"; Informe o município de residência e clique em "Continuar"; Escolha a forma de receber o FGTS (crédito em conta bancária ou saque presencial); Anexe os documentos requeridos; Confirme a solicitação. Como solicitar o Saque Calamidade pela agência da Caixa? Veja abaixo quais os documentos obrigatórios para solicitação do Saque Calamidade pelas agências da Caixa. Comprovante de residência em nome do trabalhador (emitido nos 120 dias anteriores à decretação da emergência); Sem um comprovante de residência, o titular da conta do FGTS poderá apresentar uma declaração com nome completo, data de nascimento, endereço residencial e número do CPF do trabalhador, emitida pelo governo municipal, em papel timbrado, atestando que o trabalhador é residente na área afetada; Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado. CPF; CTPS física ou digital ou outro documento que comprove vínculo empregatício. Lula diz que não faltarão recursos para atender necessidades do RS Veja Mais

Câmara aprova projeto que incentiva geração de energia solar para atender baixa renda

G1 Economia Objetivo é substituir benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica por programa criado pela proposta, e, com isso, diminuir custo de conta de luz. Texto vai ao Senado. A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (7) um projeto que estimula a geração de energia solar para atender consumidores de baixa renda. O texto vai ao Senado. O objetivo é substituir o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) por um programa criado pelo projeto, chamado de Programa Renda Básica Energética (Rebe). A proposta visa garantir o acesso à eletricidade para famílias em situação de vulnerabilidade social na faixa de consumo de até 220 kWh por mês. Mais de 60 mil unidades de energia solar já foram instaladas no Maranhão Conforme o texto, as centrais de mini e microgeração de energia elétrica deverão, preferencialmente, ser de energia solar fotovoltaica e ficarão instaladas em áreas rurais, suspensas sobre a superfície de reservatórios e ou dentro do Programa Minha Casa Minha Vida. “Especificamente, a instalação desses sistemas em residências de consumidores de baixa renda, beneficiários da tarifa social de energia, pode gerar uma economia expressiva para esses consumidores ao longo de um período de 25 anos, tempo estimado de vida útil desses equipamentos”, escreveu o relator, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG). Como forma de financiar o projeto, o texto prevê que o dinheiro associado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e que seriam utilizados na Tarifa Social deverão ser destinados ao programa, que contará também com recurso da União e empréstimos junto a bancos públicos e privados. A gestão financeira e operacional do programa ficará sob responsabilidade da estatal ENBPar, que cuidará das centrais geradoras. O texto permite, no entanto, que as instalações sejam gerenciadas por cooperativas de energia solar fotovoltaica, associações ou condomínios da região em que for instalada ou por licitação específica. Redução na conta Atualmente, a Tarifa Social de Energia Elétrica é custeada pela CDE. Essa conta é sustentada por consumidores em geral em taxa embutida na conta de luz. Ao substituir a tarifa pelo programa, se reduziria a necessidade de subsídios da CDE à tarifa e com isso as contas de luz cairiam em todo o país no longo prazo. “O projeto reduz a necessidade de subsídios da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que é um dos fatores que mais pesa hoje na conta de luz de todo o povo brasileiro", afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). "Vamos fazer com que o povo brasileiro tenha uma energia mais barata. E aquelas famílias que pagam a conta de luz, que não são beneficiadas pela Tarifa Social e pagam a CDE embutida na conta de luz vão ter também uma redução na conta de energia”, ressaltou. O deputado Domingos Neto (PSD-CE), autor da proposta, disse que todos saem ganhando. "O que nós estamos fazendo com esse projeto é permitir que, através de uma série de fontes de financiamentos, possamos levar energia solar, renovável, para as comunidades carentes do nosso País, zerando a conta de energia e, com isso, também diminuindo o custo da tarifa social para todo consumidor", afirmou Veja Mais

Distribuidoras de energia vão ceder equipes para atuar no Rio Grande do Sul, diz ministro

G1 Economia São cerca de 500 eletricistas que se deslocarão para o estado e se juntarão a 4 mil técnicos elétricos que já atuam para minimizar os efeitos das enchentes. Até esta terça (7), RS tinha 450 mil imóveis sem luz. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (7) que as distribuidoras de energia elétrica devem ceder equipes para atuar no Rio Grande do Sul. São cerca de 500 eletricistas que se deslocarão para o estado, atingido por fortes chuvas e assolado por inundações. "Nós estamos mobilizando todas as distribuidoras do Brasil a fim de que todas se coloquem mobilizadas com seus técnicos e nós vamos fazer o deslocamento dessas equipes para o Rio Grande do Sul a fim de minimizar a dor do povo gaúcho", disse em entrevista a jornalistas. Cerca de 4.000 técnicos do estado já estão atuando para religar as unidades. A ideia é que, junto às equipes cedidas de outras empresas ao redor do Brasil, os eletricistas possam trabalhar em "frentes de obras", à medida que haja condições de segurança para tal. RS tem 70% da população sem abastecimento de água e milhares de moradores estão sem luz Atualmente, há 450 mil imóveis sem energia. De acordo com o ministério, essas unidades não puderam ser religadas por conta de questões de segurança ou impedimento de acesso das equipes. A intenção é que, no momento em que seja possível retomar obras para religar esses imóveis, os eletricistas possam restabelecer o fornecimento no menor tempo possível. Veja Mais

Ministério da Agricultura inicia edital para compra de um milhão de toneladas de arroz

G1 Economia Ministro diz ao blog que iniciativa visa conter especulação de preço após enchentes; RS responde por 70% da produção nacional Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, com o presidente Lula Ricardo Stuckert/PR O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou sindicatos e associações de produtores rurais do Rio Grande do Sul que sua pasta começou a escrever um edital para a compra, via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de um milhão de toneladas de arroz. O Estado responde por 70% da produção nacional do alimento. Cerca de 80% da safra já havia sido colhida, mas a iniciativa, explicou o ministro aos produtores, visa evitar especulação de preços diante do cenário de isolamento do RS, com o aeroporto da capital fechado e diversas rodovias destroçadas. Procurado pelo blog, Fávaro explicou que a intenção não é concorrer com os produtores do Rio Grande do Sul, mas sim conter a ação de especuladores. “Por determinação do presidente Lula, nós vamos agir para evitar especulação em cima do preço. Nenhum atacadista tem estoques para mais de 15 dias. Então nós vamos agir para tranquilizar o mercado”, afirmou. Dados da Embrapa mostram que o Brasil consome cerca de dez milhões de toneladas de arroz por ano. O Ministério da Agricultura ainda está avaliando, junto aos produtores, o tamanho do prejuízo para o setor produtivo no Estado. LEIA MAIS Enchentes no RS: águas baixam no Vale do Taquari e revelam cenário de devastação; veja vídeo Entenda como o relevo de Porto Alegre e as 'marés de tempestade' travam escoamento Sul do RS tem alerta de 'perigo extremo de tempestades'; frente fria pode prejudicar escoamento na capital Veja Mais

Embraer registra prejuízo de R$ 63,5 milhões no 1° trimestre de 2024

G1 Economia Embraer afirmou que "a administração acredita que as estimativas atuais ainda são válidas e representam riscos e oportunidades equilibrados para as operações do ano vigente". Embraer registra prejuízo de R$ 63,5 milhões no 1° trimestre de 2024 Divulgação/Embraer A Embraer registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 63,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, segundo informou a fabricante brasileira de aeronaves nesta terça-feira (7). O prejuízo líquido ficou abaixo do resultado negativo registrado no mesmo período de 2023, que foi de R$ 460,5 milhões. Em comunicado à imprensa, a Embraer ressaltou que "a administração acredita que as estimativas atuais ainda são válidas e representam riscos e oportunidades equilibrados para as operações do ano vigente". A fabricante informou que o fluxo de caixa livre ajustado sem Eve no período "foi negativo em R$ 1,7 bilhão devido à preparação para um número maior de entregas nos próximos trimestres". Nos três primeiros meses do ano, a Embraer entregou 25 aeronaves, dez a mais em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram entregues 15 aeronaves. A alta é de 67%. De acordo com a empresa, a carteira de pedidos chegou a US$ 21,1 bilhões no primeiro trimestre desde ano. O montante representa um aumento de US$ 2,4 bilhões na carteira de pedidos da multinacional na comparação com o último trimestre de 2023, quando foram registrados US$ 18,7 bilhões -- uma alta de 13%. O balanço da Embraer apontou que, dos 25 jatos entregues nos três primeiros meses deste ano, dez são do modelo "Phenom 300", quatro "E195-E2", quatro "Praetor 600", três "E175", três "Praetor 500" e um "Phenom 100". Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 37 milhões nesta terça-feira

G1 Economia As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.721 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 37 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (7), em São Paulo. No concurso do último sábado (4), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Produção de arroz deve ter prejuízo de R$ 68 milhões com chuvas no RS, diz Datagro

G1 Economia Estado é responsável por 70% da produção do grão no Brasil. Cerca de 80% da colheita do cereal já foi concluída, mas perdas podem chegar a 800 mil toneladas em áreas atingidas. Arroz na colheitadeira Celso Tavares / g1 As chuvas no Rio Grande do Sul têm o potencial de gerar perdas de 10% a 11% na produção de arroz do estado e um prejuízo de R$ 68 milhões aos agricultores da região, segundo cálculos da consultoria Datagro. O RS responde por 70% da produção nacional do grão. Antes do temporal, que já deixou mais de 80 mortos e 100 desaparecidos, a estimativa era de que o estado colhesse 7,5 milhões toneladas de arroz este ano. Mas, com a tragédia, a safra deve ficar próxima das 6,7 milhões ou 6,8 milhões de toneladas, podendo gerar impactos na inflação, ressalta a consultoria. Até a semana passada, cerca de 83% da área plantada de arroz já estava colhida. A área que ainda falta colher corresponde a 150 mil hectares, dos quais 30% estão localizados em regiões afetadas pelas inundações. Soja e milho O Rio Grande do Sul também tem produção de soja e milho e feijão. Para essas culturas, o Datagro prevê: Soja: perdas de 3% a 6%, com prejuízo entre R$ 125 milhões e R$ 155 milhões a produtores. Segundo a consultoria, essa redução deve ter "algum impacto" de alta sobre as cotações internacionais e domésticas. Milho: perdas de 2% a 4%, com prejuízo de R$ 7 milhões a R$ 12 milhões. "Também aqui com leve impacto altista imediato sobre os preços locais. Mas sem peso para mexer significativamente no cenário de preços conservador do mercado internacional", afirma a consultoria. Chuvas no RS causam destruição no campo Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças Veja Mais

Mais de 50 trabalhadores demitidos e queda nas vendas: entenda como mudanças no mercado de veículos impactam a GM

G1 Economia Empresa do setor automobilístico oficializou a demissão de mais de 50 funcionários nesta segunda-feira (6). Linha de montagem da S10 e da Trailblazer em São José dos Campos GM/Divulgação Mais de 50 funcionários demitidos pela General Motors (GM) por telegrama na última sexta-feira (3), em São José dos Campos (SP), tiveram a rescisão de contrato oficializada na manhã desta segunda-feira (6). ? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A empresa do setor automobilístico confirma as demissões, alegando necessidade de readequação do quadro, mas não informou o número de trabalhadores demitidos. De acordo o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, porém, 55 pessoas foram atingidas pelo corte. Elas fazem parte de um grupo que não aderiu ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) no ano passado. GM demite por telegrama trabalhadores da fábrica no interior de São Paulo. Arquivo pessoal Na ocasião, em dezembro de 2023, o programa foi aberto após a Justiça do Trabalho determinar o cancelamento de 1,2 mil demissões nas fábricas de São José dos Campos, São Caetano e Mogi das Cruzes. “Eram cerca de 140 (funcionários) em licença remunerada. A estabilidade encerrou no dia 3 de maio. Alguns trabalhadores foram chamados de volta ao trabalho e algumas dezenas estão afastados pelo INSS”, explica o presidente do sindicato, Weller Gonçalves. Leia mais notícias do Vale do Paraíba e região Mudanças no mercado e queda nas vendas Um dos principais motivos das crises recentes na General Motors em São José dos Campos é a queda das vendas de carros. A unidade localizada na cidade do Vale do Paraíba conta com cerca 4 mil trabalhadores e produz dois modelos: S10 e Trailblazer. De acordo com números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda desses dois carros teve uma queda significativa nos dois últimos anos. Foram pouco mais de 27.123 unidades de S10 vendidas em 2022, contra 25.965 no ano passado - diminuição de 4%. General Motors, em São José dos Campos Reprodução/TV Vanguarda Em relação ao modelo Trailblazer, a queda é muito maior. Foram vendidas 3.207 unidades em 2022, contra 1.659 em 2023 - diminuição de 48%. Também houve registro de queda nos quatro primeiros meses desse ano em comparação com o mesmo período do ano passado - diminuição de 12% na venda de S10 e 27% na venda da Trailblazer: S10 Janeiro - abril de 2023: 9.004 Janeiro - abril de 2024: 7.852 Trailblazer Janeiro - abril de 2023: 592 Janeiro - abril de 2024: 428 GM demite, por telegrama, funcionários que estavam de licença remunerada Para especialistas do mercado financeiro do país, a queda das vendas é uma consequência das mudanças no mercado de automóveis, principalmente por causa da tendência de consumo de veículos elétricos. “Cada vez mais os governos vão incentivar a produção de carros mais limpos. Os carros mais caros, como a S10 e a Trailblazer, que são para classe média alta, acabam sendo disputados com o setor dos elétricos”, explica o economista Alexandre Jorge Chaia. Ainda de acordo com o economista, apesar das consequências da reestruturação dos meios de produção, o setor automobilístico deve ter, de um modo geral, bons resultados pelo menos pelos próximos dois anos. “O que acontece com o Brasil é que a renda média tem crescido, mas a taxa de juros, que é o mecanismo de financiamento, tem caído de alguma forma. Então isso vai acabar incentivando a indústria automobilística e a indústria de bens mais caros, de maior valor agregado. Essas indústrias vão crescer nos próximos anos”, diz Chaia. No começo do ano, a GM anunciou um investimento de R$ 7 bilhões no Brasil até 2028, com desenvolvimento de tecnologias inovadoras e a evolução das fábricas, mas a empresa não detalhou quais unidades vão receber esses investimentos. GM em São José dos Campos Reprodução/TV Vanguarda Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina Veja Mais

Novo programa de alerta de desastres terá avisos mais 'intrusivos'; governo ainda tem que treinar agentes

G1 Economia Novo sistema de alertas vai produzir som no celular e passar por cima de aplicativos que estejam rodando, ao contrário do que ocorre hoje. Outra diferença é que aviso vai aparecer até para quem não é cadastrado. Um novo sistema de alerta sobre desastres climáticos deve ser lançado pelo governo nas próximas semanas e só aguarda, por parte das autoridades federais, um plano de comunicação sobre a ferramenta e treinamento de agentes da Defesa Civil. As duas pendências estão a cargo do Ministério das Comunicações e do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A medida servirá para aprimorar alertas para a população, por exemplo, em casos como as fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul nestes últimos dias. O sistema vai ter avisos mais "intrusivos" para a população. Isso significa que as mensagens nos celulares dos usuários vão ter sons e mensagens na tela do aparelho que se sobrepõem aos demais aplicativos. Outra diferença em relação a hoje, em que já existe um sistema menos intrusivo, é que o novo sistema vai dispensar cadastro prévio por parte dos usuários, com indicação de endereços de interesse. Os alertas serão feitos para determinadas regiões, alcançando os aparelhos dentro do perímetro de risco delimitado. Modelo de aviso de alerta sobre desastre climático, segundo a Anatel Divulgação Ao g1, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional afirmou que o sistema está “em fase de ajustes e finalização”. “Tão logo seja concluída, terá início o projeto piloto do novo sistema”, continuou. Em março, quando tempestades atingiram o Espírito Santo deixando 20 mortos e milhares de desabrigados, o ministro do MIDR, Waldez Góes, afirmou que o sistema seria anunciado em abril. Chuvas no RS: entenda as causas de uma das piores tragédias climáticas no estado “Nós estruturamos durante um ano, o presidente deve anunciar agora este mês de abril, o ‘cellbroadcast’, que é um sistema de alertas”, declarou em entrevista à CBN na ocasião. O "cellbroadcast" é um sistema ostensivo de alerta de desastres. Quando há uma emergência, a Defesa Civil aciona o mecanismo, que emite alertas por meio de mensagens ou sons nos aparelhos celulares em uma área delimitada. No final de 2022, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que as operadoras implementassem o novo sistema de alertas, cuja engenharia já foi concluída. Agora, falta só o governo concluir a implementação. Veja Mais

Automação e precisão: agro mobiliza investimentos em tecnologia de indústrias de outros setores

G1 Economia Estreante na Agrishow, companhia japonesa que produz robôs recentemente criou divisão interna para clientes que fabricam máquinas agrícolas. Com vendas triplicadas, Bosch investiu R$ 50 milhões em pesquisas para o agro. Agrishow 2024: veja aplicações de inteligência artificial que são destaque na feira Diretor de soluções robóticas, Márcio Garcia participou este ano pela primeira vez da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola realizada esta semana em Ribeirão Preto (SP), apresentando robôs que melhoram a produtividade das indústrias, seja transportando cargas, seja avaliando a qualidade e detectando eventuais erros de processo. A empresa que ele representa, a Yaskawa Motoman, é uma companhia japonesa centenária, que há décadas atua com automação em diferentes países do mundo, inclusive no Brasil, em Diadema (SP), onde recentemente criou uma divisão interna específica, focada em equipamentos que atendam a empresas do agronegócio. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Isso porque em torno de 25% da produção do grupo hoje é destinada a fabricantes de máquinas agrícolas. "Na parte do agro, a tecnologia não tem como parar, então todo ano essa demanda aumenta, porque todo mundo percebeu que, além de você ter a robotização, você ter uma certificação de qualidade, no seu cliente no final que vai utilizar as máquinas, aquele produto que passou pela robotização vai durar exatamente a especificação que está no catálogo ou até mais", diz. Com alta de 15% no PIB em 2023 e responsável por quase a metade das exportações do país, o agronegócio tem mobilizado cada vez mais investimentos de indústrias de outros segmentos, em meio a um contexto onde inovações como inteligência artificial, recursos de conectividade e geolocalização estão difundidos nos mais diferentes setores da economia e da atividade humana. LEIA TAMBÉM Agrishow fecha edição 2024 com movimento de R$ 13,6 bilhões em negócios prospectados Tecnologia e expertise: o que os estrangeiros buscam no agro brasileiro Telemetria, força e eficiência: tratores 'top de linha' reúnem tecnologia e conforto para o produtor rural; VÍDEO Dos R$ 56,6 bilhões de faturamento líquido das indústrias de máquinas e equipamentos no primeiro trimestre deste ano, 20%, ou seja R$ 11,6 bilhões, vieram do agro, segundo Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). "A população mundial está crescendo e a demanda por alimentos também, no entanto, as áreas produtivas disponíveis estão diminuindo. Dessa forma, buscamos promover a inovação no agronegócio por meio de parcerias estratégicas e sempre com tecnologias de ponta", afirma Mathias Schelp, diretor de Negócios Agro/Smart Agriculture da Bosch América Latina. Solução de pulverização da Bosch; indústrias dedicam pesquisa e desenvolvimento para atender setor agro Divulgação/Bosch Desde 2018, a multinacional alemã, conhecida por sua atuação com mobilidade, tecnologia industrial e bens de consumo, por exemplo, tem uma equipe dedicada exclusivamente a aplicações para agricultura e, nos últimos três anos, triplicou as vendas para o segmento. Nesse mesmo período, o montante de pesquisa e desenvolvimento dedicado a soluções para o agro somam aproximadamente R$ 50 milhões. Agricultura de precisão, automação e controle hidráulico são alguns dos conceitos que permeiam os avanços da empresa direcionados para os produtores rurais. Na Agrishow deste ano, a companhia apresentou soluções como uma plataforma que permite o monitoramento e o controle de máquinas agrícolas à distância, tecnologias que otimizam a distribuição de fertilizantes e de sementes nas lavouras. Márcio Garcia, diretor de soluções robóticas da Yaskawa, na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP) Rodolfo Tiengo/g1 "A gente tem um sistema de plantio que possibilita que faça aplicação em taxa variável baseado em mapas que podem ser gerados por satélite. A partir disso, a gente consegue ver como essa aplicação foi feita e depois o produtor pode usar esse dados de maneira inteligente para ir melhorando o ciclo produtivo", explica Schelp. Desde 2021, a empresa também mantém uma joint venture com a Basf, a One Smart Spray, para oferecer soluções de pulverização para plantações de milho, soja, algodão, girassol e canola, uma delas divulgada em primeira mão durante a feira do interior de São Paulo. Um sistema de flashes, câmeras e software de inteligência artificial que faz aplicação seletiva de herbicidas. "Isso é feito com eficácia de até 95% e com certeza traz uma aplicação muito mais sustentável, traz economia de herbicida e aumento de produtividade." Tecnologia de pulverização seletiva da Bosch, por meio de joint venture com a Basf, foi apresentada na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP) Divulgação/ Bosch Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

Pesquisadores do ES desenvolvem variedade de alho que promete ser mais resistente a pragas e mais produtiva

G1 Economia Pesquisa está em fase de testes e pelo menos 50 agricultores já estão plantando os novos tipos de alho. A ideia é que essa variação do vegetal ajudem a diminuir os prejuízos na colheita. Pesquisa aposta em melhoramento genético do alho para tornar planta produtiva Uma pesquisa do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) está focada no melhoramento genético do alho para fazer com que a planta seja mais resistente ao ataque de pragas e mais produtiva. As amostras foram distribuídas para alguns agricultores que já estão fazendo os primeiros plantios. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A preparação do plantio do alho começa com o garimpo das sementes, que são os próprios dentes da planta. ???? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Produção familiar A plantação de alho do produtor Deuclides Brandemgurg, fica em Santa Maria de Jetibá, próximo ao distrito Garrafão. Por lá, a agricultura é familiar e todo o trabalho é feito de forma manual. Processo de separação dos dentes de alho em plantação de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Segundo o agricultor, o processo de seleção tem um segredo que faz toda a diferença. "O segredo é o 'olhômetro'. Você vai olhando os dentes, os que estiveram estragados você já joga fora, os dentes menores você também separa que ou você planta separado ou usa para outra coisa. É uma técnica que tem a ver com a experiência, e com o tempo você sempre vai aprimorando", comentou o produtor. Sem máquinas, todas as etapas passam pelo jovem agricultor: desde o processo de arar a terra, preparar os dentes de alho para serem as sementes da próxima colheita até a negociação e venda da produção. Deuclides contou que trabalha com a plantação desde pequeno, e sabe de cor todo o processo de plantio do vegetal, que passa por pelo menos cinco etapas. Produção de alho tem várias etapas e é feita de forma familiar no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Neste ano, o produtor e a família já semearam 500 quilos de dentes de alho. "A gente começa preparando a terra, jogando esterco de galinha, que é um fertilizante natural que tem na nossa região. Aí a gente ara a terra bem e vai começando a fazer os canteiros, onde a gente vai colocando a semente do alho. Depois a gente joga um adubo químico para dar um fortalecimento e depois a gente fecha e joga essa palha por cima", explicou. O capim colocado por cima é uma estratégia para proteger o plantio, ajudando a reter a umidade da terra e controlando as plantas invasoras. Melhorias na qualidade Incaper realiza estudo sobre variedades de alho serem mais resistentes e produtores começam a ser testados no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta O plantio foi feito no fim de março e será colhido daqui a três meses, em agosto. Para a próxima semeadura, um projeto do Incaper promete dar mais qualidade da produção. "Apesar de não ser uma cabeça muito grande, mas esse algo apresenta uns dentes bem graúdos, que é uma característica da variedade. Como eu falei que é livre de vírus, ele tem uma tendência do próximo ciclo produzir ainda maior", comentou o representante do Incaper, Protaze Magesvki. Os alhos entregues pelo instituto passaram por um processo de limpeza em laboratório, além da introdução de nutrientes e hormônios. LEIA TAMBÉM: Produção de azeitonas não vinga e fábrica de azeite recém-inaugurada no ES está parada Produtores brasileiros miram em banana mais resistente a pragas e mais rentável desenvolvida por pesquisadores do ES Filhos de produtores modernizam o campo e apostam na sustentabilidade para produção de café especiais no ES A ideia é proporcionar para os agricultores uma lavoura livre de vírus e microorganismos que acabam provocando perdas na produção que podem chegar até 50% de prejuízos na colheita. "A gente está introduzindo 16 variedades de alho seminobre e 5 variedades de alho nobre. Todos eles são livres de vírus. O plantio dele é um pouco diferenciado, a forma de manejo dos alhos seminobres, porque os alhos nobres precisam de ter uma vernalização para essa região, precisa ter um período que vai suspender a irrigação", pontuou a especialista em melhoramento genético vegetal, Andrea Ferreira. Capim é utilizado a produção de alho no Espírito Santo para fazer com que ela seja mais resistente Reprodução/TV Gazeta Na região, pelo menos 50 agricultores entre Venda Nova do Imigrante, Santa Maria de Jetibá e Domingos Martins já receberam esses alhos que ainda estão sendo testados. "A gente precisa de pelo menos 3 anos para estar avaliando para ter uma informação adequada. Nó estamos no segundo ano, então a partir do ano que vem, a gente já pode estar recomendando novas variedades de alho seminobre e nobre", contou a especialista. O Deuclides já está testando os alhos, e ainda não viu resultados na lavoura, mas vai tentar novamente, já que o melhoramento do vegetal precisa de adaptar ao solo. E para a próxima colheita, está com boas expectativas. "As expectativas estão sendo boas, tô esperando ter uma boa produção, uma boa colheita. Agora resta saber se o preço ali na hora da colheita também vai favorecer pra gente", finalizou o produtor. O projeto ainda é experimental e o estudo continua sendo observador por pesquisadores do Incaper. A ideia é que com os alhos mais resistentes, produtores tenham menos perdas na hora da colheita no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo Veja Mais

Mega-Sena, concurso 2.720: prêmio acumula e vai a R$ 37 milhões

G1 Economia Veja as dezenas sorteadas: 08 - 15 - 16 - 23 - 42 - 43. Quina teve 2.967 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 1,8 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.720 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (4), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 37 milhões. Veja os números sorteados: 08 - 15 - 16 - 23 - 42 - 43 5 acertos - 2.967 apostas ganhadoras: R$ 1.878,49 4 acertos - 6.884 apostas ganhadoras: R$ 809,63 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (7). Mega-Sena, concurso 2.720 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

Mega-Sena pode pagar R$ 28 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 178 milhões

G1 Economia Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (4), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.720 da Mega-Sena e 143 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 178 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 28 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última terça-feira (30), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Veja Mais

De sensores de solo a máquinas versáteis, tecnologias otimizam custos no cultivo de grãos

G1 Economia Maior feira de agronegócio do país, Agrishow tem opções com investimentos a partir de R$ 7 mil e inovações que prometem baixar em até 90% os gastos dos produtores. Agrishow 2024: tecnologias de monitoramento ajudam a reduzir custos no campo A queda da safra de grãos é, em parte, consequência dos efeitos do clima, mas uma parte dos prejuízos contabilizados pelos produtores têm relação com problemas como desperdício de matérias-primas, falhas humanas e equipamentos obsoletos. Em culturas como a cana-de-açúcar, por exemplo, a perda média de uma plantação, no Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 20%. Para fazer frente a isso, empresas apostam na popularização de soluções que aumentam a precisão dos processos. Máquinas multiculturas, sensores de solo que economizam água e mapeamentos remotos com uso de inteligência artificial estão entre as alternativas que podem ser conferidas na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece em Ribeirão Preto (SP). Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp “Acredito que a saída é a educação, é a capacitação e o entendimento de todos os envolvidos no processo agrícola para aumentar a precisão e diminuir perdas. A tecnologia e a inteligência artificial já são realidade no campo”, afirma o engenheiro agrônomo e presidente da Herbicat, Luis Cesar Pio. A empresa acaba de lançar durante a Agrishow um piloto automático com visão computacional e IA. O objetivo é danificar o mínimo possível a plantação. Trata-se de um sistema de câmeras capaz de identificar linhas de plantio e evitar contato entre o trator e a plantação. As câmeras se comunicam por cabo com um computador de bordo que está ligado à direção do trator. A empresa garante que o sistema funciona em qualquer tamanho de máquina e reduz a perda para a média de 5%. Máquina de multiculturas das Indústrias Colombo Divulgação/ Indústrias Colombo Máquinas adaptadas Produtores que optam pelo plantio de mais de uma cultura no mesmo solo visam potencializar os ganhos. Isso é mais comum em médias e pequenas propriedades, como aponta o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Manoel Ricardo de Albuquerque. “Para haver ganhos em termos de produção e qualidade do solo nestes casos é necessário observar uma série de fatores. Técnicas específicas para o controle de erosão, calagem e adubação, além de uso de equipamentos e maquinários adequados é essencial”, aponta. Parte da indústria percebeu que o equipamento capaz de colher feijão com precisão não tinha o mesmo sucesso na colheita de amendoim, por exemplo. “A saída muitas vezes acaba sendo utilizar o mesmo trator e uma plataforma determinada para cada tipo de cultura, mas esse trator quase sempre vai danificar o grão”, diz Neto Colombo, diretor de operações das Indústrias Colombo. Também com a promessa de índices mínimos de perda, Neto explica que a colhedora Avanti, lançamento da marca, é capaz de um fluxo de baixo impacto do material a ser trilhado, ou seja, não danifica a semente quando a plataforma recolhedora passa por cima do solo semeado. A versão mais compacta da colhedora acaba de ser lançada na Agrishow e custa em torno de R$ 3,2 milhões. “A esteira de descarregamento composta por lona de borracha mantém a alta integridade de grãos e agrega valor no produto. A compra do feijão ou do amendoim no mercado é visual, além de menores perdas, visualmente será um produto mais bonito." Sistema que monitora necessidade de água na irrigação promete aumentar economia em até 30% Divulgação/Valley Sensores que economizam água “Água em excesso é tão prejudicial quanto a falta dela na lavoura”, explica o gerente comercial da Valley, Sandro Rodrigues. Por isso, cada vez mais opções de controle da irrigação são procuradas pelos produtores. Sensores de solo ligados aos bicos de irrigação e controle meteorológico são a base da plataforma recentemente lançada pela empresa. A empresa promete economia de até 30% de água com um investimento de aproximadamente R$ 15 mil. “O sistema é capaz de jogar todas as informações para o aplicativo de celular, o produtor recebe as informações hídricas da plantação e consegue alterar o planejamento de irrigação se necessário." Sistema que monitora necessidade de água na irrigação promete aumentar economia em até 30% Divulgação/ Valley Mapeamento remoto e IA A Climate FieldView, plataforma da alemã Bayer, aposta na grande base de clientes para popularizar seu sistema capaz de identificar falhas, corrigir planos e mapeamento inteligente. O equipamento é acoplado ao maquinário e joga as informações para um tablet ou para um celular. Guilherme Belardo, líder de desenvolvimento de negócios da empresa, explica como ele funciona. "A combinação de dados, informações, insights e soluções possibilita a correção rápida de situações mais urgentes pelo próprio operador e também um planejamento mais preciso do produtor com o banco de dados que ele vai criando”, diz. Esse equipamento custa em média R$ 7 mil para quem não é cliente da Bayer e, segundo a marca, é o primeiro passo para digitalização da propriedade. Há uma escala de produtos que são oferecidos ao cliente depois desse passo. LEIA TAMBÉM Telemetria, força e eficiência: tratores 'top de linha' reúnem tecnologia e conforto para o produtor rural; VÍDEO Menos herbicidas, economia de água, produtividade: como robôs otimizam pulverização e controle de pragas Produtores que já possuem um histórico digital da plantação e visam uma economia mais detalhada, como em qual parte da propriedade plantar determinada semente, são o público da Basf, que acaba de lançar uma série de softwares interligados com satélite que avaliam imagens detalhadas, criando mapas de potencial produtivo. A plataforma é capaz de avaliar diferentes tipos de solos e identificar a previsão de colheita. “A plataforma vai te entregar uma projeção antecipada. É como se ele te desse o mapa de produção de determinada área antes mesmo do plantio”, afirma Alan Castro, coordenador de desenvolvimento da Xarvio, uma divisão de IA da Basf. O serviço utiliza informações do satélite desde 2016 e é capaz de fazer uma média ou a evolução do que ocorreu no terreno nos diferentes meses do ano. “Nós temos um mapeamento digital feito 100% por inteligência artificial com diferentes funções capaz de, se lido corretamente, resultar em uma economia de 90% no uso de herbicidas." Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

Veja como medir a qualidade da água na criação de peixes

G1 Economia Uma publicação da Embrapa dá dicas sobre o PH da água e ensina a medir a temperatura e transparência do açude. Quer entender melhor sobre a qualidade da água na criação de peixes? Uma publicação da Embrapa dá dicas sobre o PH da água e ensina a medir a temperatura e a transparência do açude. >>>Acesse aqui Veja Mais

Na Agrishow, Zezé di Camargo lembra infância no campo e reforça ligação com agro: 'saí da roça, mas a roça não saiu de mim'

G1 Economia Cantor esteve em evento no interior de São Paulo para representar marca de sementes. Maior feira de tecnologia agrícola do país vai até esta sexta-feira (3) em Ribeirão Preto (SP). Zezé di Camargo, na Agrishow Wolfgang Pistori/g1 Um dos maiores nomes da história da música sertaneja, o cantor e compositor Zezé di Camargo reforçou sua ligação com o universo agro na quinta-feira (2), durante visita à Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece em Ribeirão Preto (SP) ao longo desta semana. No estande de uma marca de sementes que o escolheu como embaixador, o músico lembrou da origem humilde em Goiás, conhecida em todo o país no filme "2 Filhos de Francisco" (2005), e que a família desde sempre produzia o que comia, com exceção do querosene para as lamparinas que iluminavam a casa e o sal. A passagem dele pela feira ocorreu um dia depois de um show com o irmão Luciano no Ribeirão Rodeo Music. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Eu nasci em um sítio lá em Goiás chamado Sítio Novo e em boa parte da minha infância me criei no sítio. A primeira vez que vi televisão na minha frente eu tinha 12 anos de idade. Eu sou um homem que passou por todas as etapas, principalmente o lado rústico da coisa. A gente produzia todo o nosso alimento. Nós que produzíamos o arroz, o feijão, a cana-de-açúcar, a gente fazia a moagem que fazia a rapadura, o açúcar que hoje é chamado de mascavo", contou. Essa relação que, segundo ele, somente ficou mais forte depois do sucesso e a vida na cidade. Após comprar uma casa para a mãe sair do aluguel, quando a carreira musical começou a render frutos, Zezé disse ter comprado uma fazenda em Goiás em 1993, a primeira das que teria a oportunidade de adquirir ao longo dos anos pelo país, se dedicando principalmente à pecuária. Zezé Di Camargo e Luciano são uma das duplas mais queridas do Brasil e cantaram no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 "Toda vida minha convivência foi realmente com o agronegócio, com a pecuária como um todo. Eu sou um homem do mato. Eu falo e brinco sempre que saí da roça, mas a roça não saiu de mim. (...) A música sertaneja existe por causa da roça e a verdadeira música sertaneja, a origem, é a roça." Ainda sobre esse vínculo entre sertanejo e agro, Zezé comentou que é muito comum, entre os companheiros de música, a troca de experiências também quando o assunto é agricultura e pecuária. "Ele conviveu em fazenda, geralmente é filho de pai que trabalhou em fazenda, ou que foi capataz ou que tem fazendas, Rola sim, com certeza essa troca a maioria tem. A maioria do sertanejo, quando ganha um pouquinho de dinheiro, o que ele quer comprar é uma fazendinha." Público passeia pela Agrishow em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Agrishow 2024 Considerado o maior evento de tecnologia do agronegócio, a Agrishow termina nesta sexta-feira com expectativa de ter recebido 200 mil pessoas por 520 mil metros quadrados e 800 estandes de marcas nacionais e estrangeiras, com inovações voltadas para toda a cadeia de produção de alimentos. Em 2023, a feira movimento R$ 13,2 bilhões em negócios e, para este ano, manteve a projeção de pelo menos igualar essa marca. Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja Mais

Conheça agroindústria que apostou na defumação 'original' para vencer concurso de qualidade de queijos em Rondônia

G1 Economia Por duas vezes consecutivas ficou em 1º lugar da 'categoria provolone' do Concurso de Qualidade de Queijos de Rondônia (Conqueijo). Concurso ConQueijo: Queijo de Rondônia em Evidência! Uma agroindústria localizada a 50 km de Candeias do Jamari (RO) está conquistando o paladar de quem percorre pela BR-364, mas além dos viajantes, já conquistou o paladar dos maiores especialistas em queijos de Rondônia, já que, por duas vezes consecutivas, ficou em 1º lugar do Concurso de Qualidade de Queijos de Rondônia (Conqueijo). O concurso premia várias categorias de queijos, selecionando os melhores produzidos no estado. A premiação acontece durante a Rondônia Rural Show Internacional, que acontece em Ji-Paraná (RO). Queijo provolone sendo defumado em uma agroindústria de Rondônia Leiliane Byhain/Rede Amazônica A categoria vencedora foi na qualidade provolone, que colocou a agroindústria 'Paiol do Queijo' no 1º lugar em 2022 e 2023. Desde então, os proprietários investem na melhoria da produção do provolone. O empresário Nanderson Klein acompanha de perto todo o processo de produção e garante que o sabor é diferenciado. "Esse provolone vem sendo muito procurado por conta do concurso de queijos. O segredo dele é o carinho e a dedicação, fazer nos mínimos detalhes", conta o empresário. Empresário Nanderson Klein Leiliane Byhain/Rede Amazônica No início, a agroindústria produzia queijos usando 50 litros de leite e hoje, com o aumento da demanda, trabalha com cerca de 3 mil litros diariamente. Como a procura pelo queijo campeão aumentou, Nanderson conta que a renda mensal se aproxima dos R$ 8 mil com a venda do produto. "Nosso provolone tem uma uma defumação original decorrente de uma defumação por madeira, então ele não é pintado artificialmente e isso traz um sabor e um aroma muito mais forte a esse tipo de queijo e também tem a maturação da massa que o torna mais macio e por isso ele vem com essa qualidade total", revelou Nanderson. Produção de queijos da família Klein Leiliane Byhain/Rede Amazônica Veja Mais

Investimento estrangeiro direto soma US$ 9,6 bilhões em março, o maior para o mês em 12 anos

G1 Economia Já o rombo das contas externas brasileiras subiu 14,1% no primeiro trimestre deste ano, para US$ 14,4 bilhões. Números foram divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central. Os investimentos estrangeiros diretos no país somaram US$ 9,59 bilhões em março, informou o Banco Central nesta quinta-feira (30). Isso representa aumento frente ao mesmo período do ano passado, quando os investimentos totalizaram US$ 7,34 bilhões. Esse também foi o maior valor, para esse mês, desde 2012 -- quando os investimentos estrangeiros foram de US$ 14,96 bilhões. A série histórica do BC para este indicador tem início em janeiro de 1995. Nos três primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, os estrangeiros trouxeram US$ 23,3 bilhões em investimentos ao país, contra US$ 21 bilhões no mesmo período de 2023. Uma alta de 11%. Um dos motivos para o país atrair mais investimentos estrangeiros, segundo economistas, é a manutenção do cenário de crescimento econômico. A atividade produtiva no país segue em bom nível. Outro fator é o aquecimento do mercado de trabalho. Com isso, os investidores estrangeiros veem no Brasil uma chance maior de rentabilidade para seus aportes financeiros. Para o país, esse movimento é positivo. Com mais entradas de investidores estrangeiros, o Brasil obtém mais moeda externa (o dólar), o que mantém o real em uma cotação sob controle e, consequentemente, também a inflação. Os dólares externos também ajudam a financiar obras e projetos dentro do país, o que impulsiona a economia. Leia também: Agência Moody's mantém nota de crédito do Brasil, mas muda perspectiva para 'positiva' A curva do dólar este ano está assim: alta de 0,50% na semana; alta 1,49% no mês; e alta 4,89% no ano. Contas externas Já o rombo das contas externas brasileiras subiu 14,1% no primeiro trimestre deste ano, para US$ 14,4 bilhões. Em igual período do ano passado, o déficit somou US$ 12,6 bilhões. O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior). De acordo com o BC, o crescimento do saldo negativo das contas externas, na parcial deste ano, está relacionado principalmente com a piora no resultado da conta de serviços. Somente mês de março, segundo o Banco Central, as contas externas registraram um rombo de US$ 4,6 bilhões, em comparação com um superávit de US$ 700 milhões no mesmo período do ano anterior. Gastos de brasileiros no exterior Já os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre, com relativa estabilidade frente ao mesmo período de 2023 - quando totalizaram US$ 3,2 bilhões. As despesas de brasileiros fora do país são influenciadas por fatores como o nível de atividade econômica - que apresentou estabilidade em 2023 -, o nível do emprego e da renda (em alta), e, também, o preço do dólar (usado nas transações internacionais). Somente em março, os gastos de brasileiros no exterior totalizaram US$ 1,05 bilhão, em comparação com US$ 1,12 bilhão no mesmo mês do ano passado. Veja Mais

História da borracha envolve Brasil vítima de pirataria e criação de cidade dedicada a ela no meio da Amazônia

G1 Economia Material, extraído da seringueira, tem origem na floresta amazônica brasileira e já foi alvo de contrabando; saiba mais ouvindo o podcast 'De onde vem o que eu como'. Do material escolar ao pneu, a borracha é uma protagonista discreta do dia a dia. Mesmo sendo tão presente no cotidiano, há quem desconheça a origem desse produto, que tem o selo brasileiro em sua nacionalidade. E não é só porque veio daqui, que o Brasil é quem domina a produção da borracha no mundo. Na verdade, até foi assim por um tempo, mas um roubo de sementes no século 19 fez com que os países da Ásia levassem a melhor - e é assim até hoje. Para entender por que a borracha era considerada tão preciosa a ponto de ser contrabandeada, o podcast "De onde vem o que eu como" desta semana detalha esse e outros capítulos importantes da história do Brasil envolvendo o material. Spoiler: teve até uma cidade que foi erguida na Amazônia só por causa dela. Extração de látex em um seringal. Isuru Ranasinha/Unsplash ????OUÇA o episódio (acima) e, abaixo, conheça um dos símbolos da luta pelos direitos dos seringueiros. Vítima de pirataria A borracha vem do látex, líquido branco que sai dos troncos das seringueiras, árvores que nasceram na floresta amazônica brasileira. A princípio, o Brasil era o único produtor desse material no mundo, mas tudo mudou depois que o inglês Henry Wickham roubou cerca de 70 mil sementes de seringueiras do Pará e as levou para a Inglaterra, em 1876. De lá, elas foram transferidas para a Malásia, na Ásia, que, na época, era uma colônia inglesa. O contrabando tirou daqui a liderança da produção da borracha, que até hoje é ocupada por países do Sudeste Asiático, como Tailândia, Indonésia e Vietnã. Esse foi um dos primeiros casos de biopirataria (exploração ou apropriação ilegal de recursos da fauna e flora) que se tem registro. Objetos que usam como principal matéria-prima a borracha Timothy Dykes/David Pennington/Diana Polekhina - Unsplash Fordlândia, a cidade da borracha Ao final dos anos 1920 a borracha já era matéria-prima dos pneus de carro. Pensando em impulsionar a produção de veículos, o fundador da Ford, Henry Ford, decidiu montar uma fábrica e uma cidade no Pará, às margens do rio Tapajós, na Amazônia. A ideia era aproveitar a área para plantar mudas de seringueiras, que ajudariam no abastecimento de borracha da fábrica. E assim foi: em 5 anos a Fordlândia, como foi chamada, virou uma cidade completa. ABC da Amazônia: Fordlândia Porém, uma doença devastou os seringais da região. Enquanto isso, os países da Ásia, para onde as sementes de seringueiras roubadas do Brasil foram levadas, não tiveram esse problema e os seringais prosperaram. Lá também foi inventada a borracha sintética, que passou a ser mais vantajosa para a indústria. Esses fatos, somados a outros problemas na vida de Henry Ford, fizeram com que ele abandonasse a cidade, que nunca mais foi a mesma. Tipos de borracha ??Borracha natural: derivada do látex, esse material tem mais elasticidade e resistência. A produção é sustentável, já que o cultivo das seringueiras é renovável. No entanto, as plantações são mais vulneráveis a doenças e condições climáticas, o que afeta sua disponibilidade e preço. ??Borracha sintética: desenvolvida principalmente a partir do petróleo ou do gás natural, ela é uma alternativa criada para substituir a borracha natural na indústria. Além de poder ser desenvolvida especificamente para cada tipo de uso, também é mais barata. Sua produção, porém, gera impactos ambientais significativos, já que depende de recursos não renováveis. Líder dos seringueiros 'Conversa' homenageia Chico Mendes e relembra os 35 anos de morte do ativista Não se pode falar sobre a história da borracha sem citar Chico Mendes, um dos nomes mais importantes na luta pelo meio ambiente e preservação da floresta amazônica. Nascido em Xapuri, no Acre, em 1944, ele foi um líder dos seringueiros, que se empenhou pelos direitos trabalhistas da categoria. Desde os anos 1970, ele e seus companheiros pediam por melhores condições de vida e pela reforma agrária. No fim dos anos 1980, Chico conseguiu chamar atenção internacionalmente e foi condecorado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Contudo, em 1988, foi assassinado em sua casa, aos 44 anos, pelo filho de um grileiro a mando do pai. Leia também: Mexerica, ponkan e murcote: nem todas podem ser chamadas de tangerina; aprenda a diferença entre elas; Pequi assusta por causa dos espinhos, mas é 'celebridade' no Cerrado; aprenda a comer do jeito certo; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o papel De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: baunilha De onde vem o que eu como: mandioca Veja Mais