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Dia das Mães: como organizar as finanças para criar os filhos

G1 Economia Podcast Educação Financeira mostra o relato de como três mães, de realidades diferentes, lidam com o dinheiro, junto com dicas para que as finanças sejam um problema menor. Ruth Almeida, mãe solo dos gêmeos Oliver e Oriel, conta como sua vida financeira mudou com a chegada das crianças Arquivo Pessoal “Eu tento guardar dinheiro para emergências, mas parece que com criança a gente só vive em emergência. A gente compra uma fralda, acaba uma pomada. Quando compra uma roupa, já perde uma meia.” Ruth Almeida, de 26 anos, fez o relato acima ao podcast Educação Financeira desta semana. Ela é mãe solo dos gêmeos Oliver e Oriel, de apenas 1 ano. A gravidez não foi planejada e ela precisa suar para fechar as contas todo mês. No episódio especial de Dia das Mães, estão reunidos esse e outros relatos dos desafios financeiros da maternidade. A longa lista de consultas médicas, vacinas, roupinhas, chupetas, mamadeiras têm um custo que surpreende até mesmo as mães mais organizadas. O podcast procurou, então, quais dicas os especialistas em finanças poderiam dar, para que a aflição possa ser menor. Mas, antes das respostas, o g1 mostra o relato de como três mães, de realidades diferentes, lidam com o dinheiro. OUÇA AQUI Ruth Almeida, 26, mãe solo, gravidez não planejada Ruth Almeida é mãe dos gêmeos Oliver e Oriel, de um ano. A gestação dela não foi planejada Arquivo Pessoal Ruth Almeida é nutricionista e trabalhou no Exército por três anos. Tinha renda estabilizada, benefícios e segurança no emprego. Até que começaram as surpresas. Em 2021, descobriu uma doença rara: uma paralisia periódica hipocalêmica, que causa fraqueza muscular por perda de potássio. Foi desligada do serviço militar. Em agosto de 2022, mais uma notícia: uma gravidez não planejada. De gêmeos. “Minha vida militar era ótima financeiramente. Eu tinha um salário bom, uma condição boa, viajava muito, tinha até dinheiro guardado. Mas, quando os meninos nasceram, eles precisaram ficar na UTI e a reserva de emergência que eu tinha já foi para isso”, diz. Oliver e Oriel nasceram em fevereiro de 2023. O genitor das crianças não assumiu a criação. Sem emprego e sem ajuda do pai dos meninos, passou a precisar da família para criar os gêmeos. “Por serem gêmeos, é tudo em dobro. Mesmo para as fraldas, eu achava que 10 pacotes eram muitos, mas não, porque eram cinco para cada um. É difícil ter noção do que eles precisam”, afirma. Ruth afirma que precisa se apertar para não prejudicar o orçamento da casa. Sempre que pode, aproveita promoções de fralda no supermercado e compra roupa para os meninos em brechós. “Já paguei um real e noventa em uma calça para eles, isso foi ótimo!”, finalizou. Katia Nunes, 30, gravidez não planejada Katia Nunes com o filho Breno, o marido Edcarlos e seus dois cachorros Arquivo Pessoal Katia Nunes é casada e mãe de Breno, de 2 anos e 5 meses. A gestação não foi planejada, e as dívidas bancárias já surgiram para custear o parto e as consultas da criança. Antes mesmo da gravidez, ela tinha problemas para se organizar. Em 2019, foi demitida do trabalho como assistente comercial. O banco que a empregava alegou baixo rendimento, mas Katia descobriu que era uma depressão que começava a se manifestar. Ela não tinha reservas financeiras e o nome do marido estava sujo. Demorou dois anos para voltar ao mercado de trabalho. E, duas semanas depois do reinício, descobriu que estava grávida. "Eu tinha convênio, mas a minha vontade era ter um parto normal. Em plantão de hospital, normalmente eles levam as mães direto para a cesárea. Por isso optamos por pagar uma médica particular", relata. Obstetra e auxiliar lhe custaram R$ 9,5 mil. Precisaram de um empréstimo consignado. O enxoval do bebê foi feito com ajuda de amigos e familiares, que doaram roupas e móveis. “Na minha cabeça, eu tinha que quando eu engravidasse eu queria fazer tudo pelo meu filho. Fazer o quartinho, comprar o berço, me mudar para uma casa maior. Mas eu não tinha condição financeira para isso”, conta. De lá para cá, a situação melhorou: Kátia está trabalhando na área operacional em um escritório de investimentos. O dinheiro não está sobrando, mas há um horizonte de estruturar as contas e limpar o nome do marido. Mas ainda há receio em ter um segundo filho. “Quando eu casei com o meu marido, a gente pensava em ter dois, três filhos e ainda adotar um. Agora, nós percebemos que pode ser muito complicado financeiramente”. “A sensação é de que a gente vive correndo e trabalhando sempre para pagar apagar incêndio, que são as contas, as dívidas”. Juliana Benvenuto, 34, gravidez planejada Juliana Benvenuto, especialista em investimentos e mãe do Gabriel, que nasceu no último dia 5 de maio Arquivo Pessoal Quando a especialista em investimentos Juliana Benvenuto deu entrevista ao podcast Educação Financeira ela estava grávida de 38 semanas do seu primeiro filho, Gabriel. No dia 5 de maio, ele nasceu. A situação da família é bem diferente dos relatos anteriores. A gestação de Juliana foi planejada, e ela trabalha há anos no mercado financeiro — o que lhe dá uma boa renda para se preparar para a maternidade. “O fato de eu vir do mundo financeiro já facilita muito esse processo. Eu acho que é muito importante a gente ter um planejamento financeiro bem estruturado, pois foi o que deixou a minha gravidez tranquila. A gente aproveitou para fazer tudo do nosso jeitinho, montamos o quartinho do jeito que a gente gostaria”, diz. Juliana afirma que contratou uma consultoria para poder organizar as receitas e os possíveis gastos que ela teria com a chegada do Gabriel. Além disso, conseguiu fazer o enxoval do bebê fora do Brasil. “Eu e meu marido estávamos muito preparados para esse processo. Se eu pudesse dar uma dica, eu diria que é essencial entender o que é supérfluo e o que é fundamental para comprar para a criança”, relata. “Nós, como mães, principalmente de primeira viagem, a gente quer comprar tudo. É tudo lindo, Vai botando no carrinho, vai levando tudo, mas fazer uma pesquisa inicial é muito importante, porque assim eu vejo o que é realmente essencial para o meu bebê”, continuou. Como se preparar para ser mãe Ao fazer o planejamento para aumentar a família, é preciso mapear a realidade financeira atual da família. O primeiro passo é identificar as receitas e despesas da casa, entender quais gastos podem ser eliminados e se há sobras. Em outras palavras: montar um orçamento. O início é mais trabalhoso, pois é preciso destrinchar gastos como: Aluguel ou financiamentos imobiliários; Contas básicas, como água, luz e gás; Supermercado; Contas correntes e cartões de crédito; Lazer e supérfluos. Com esse mapa será possível entender se os valores recebidos — do salário e de outras fontes de renda, se houver mais que uma — se encaixam na realidade de uma família maior. “Estimamos, no planejamento financeiro pessoal, que entre 20% e 35% da renda familiar deve ser destinada aos gastos com as crianças, independentemente se for uma, duas ou três crianças”, afirma a planejadora financeira Carol Stange. Esse percentual representa uma condição ideal, e que não é a realidade de boa parte da população brasileira. Por isso, é ainda mais importante ter um bom mapa das finanças pessoais, para saber quanto desse orçamento ficará comprometido ao longo do tempo. Carol comenta que a maternidade desperta nas novas mães uma vontade imensa de dar “tudo de bom e do melhor para o filho”, mas é preciso consciência sobre o potencial de consumo da família para que não se perca o controle. “Pesquisas indicam que ter um filho na classe C custa entre R$ 300 mil a R$ 400 mil ao longo de 18 anos. Na classe B, em torno de R$ 700 mil por filho. E na classe A, pode custar mais de R$ 1 milhão”, informa Stange. Em casos como o da planejadora financeira Juliana Benvenuto, em que o orçamento familiar permite, é possível até passar a fazer movimentos para a vida financeira da criança. Uma ótima prática é fazer a construção de uma reserva financeira sólida e até investimentos de longo prazo para custear a educação, por exemplo. (saiba mais abaixo) Gravidez não planejada Quando um filho não está nos planos, a “missão financeira” é ainda mais urgente. É necessário entender imediatamente como estão as fontes de renda da futura mãe, mapear os custos e estabelecer prioridades. “Uma coisa é faltar dinheiro para comprar um produto supérfluo, outra coisa é faltar dinheiro para pagar aluguel, escola ou uma alimentação de qualidade para o filho”, diz Carol Stange. No cenário mais complicado, é importante verificar se há uma rede de apoio de confiança. É o que mostra o relato de Ruth Almeida, que pode contar com os pais para ajudar no sustento dos gêmeos enquanto ela busca uma recolocação no mercado. O alívio em casos como esse só aparece quando há possibilidade de negociar o salário ou buscar renda extra com novos trabalhos. Educa+ e outros Investimentos Quando tudo dá certo, é possível até pensar no conforto financeiro dos filhos. E o protocolo é o mesmo que para montar uma carteira pessoal: compor uma reserva de emergência e, depois, pensar em objetivos futuros. Uma particularidade da escolha de investimentos para os filhos é o prazo mais longo. Quando se pensa em 15 ou 20 anos, é possível colocar parte desse dinheiro em títulos mais longos, com rentabilidades (e riscos) maiores. Juliana Benvenuto, planejadora financeira e mãe do Gabriel, recomenda que as mães comecem com investimentos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), já que os valores têm baixo risco de oscilação. “No longo prazo, quando o filho tiver mais de 18 anos, vão aparecer outros gastos relevantes, como faculdade. É bom trabalhar com investimentos mais conservadores, mas também já dá para pensar em renda variável e investimentos internacionais”, diz. “A própria previdência privada pode fazer muito sentido em um planejamento para os filhos e seguro de vida também é outra parte importante do planejamento financeiro como um todo”, acrescenta. Carol Stange lembra de outro ativo importante, e que surgiu há pouco tempo: o Tesouro Educa+. Esse título do Tesouro Direto, desenvolvido em parceria com a B3, proporciona que os pais façam aportes ao longo dos anos para que o dinheiro volte para ajudar no pagamento de parcelas de um curso ou faculdade. Um exemplo: ao comprar o Educa+ com vencimento em 2042, os pais têm 18 anos para aportar os valores. Pelos títulos disponíveis hoje, o dinheiro investido rende IPCA + 6,16% ao ano. Quando chegar em 2042, o Tesouro devolve o valor corrigido mensalmente para o pagamento das prestações. “Quando essa criança fizer 18 anos, vai ter a opção de consumir esse montante acumulado em pequenas parcelas que vão durar durante o período de estudo”, afirma. * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Dia das Mães aquece mercado de flores Veja Mais

Destruição de lavouras de soja no RS pode encarecer frango e porco, além do óleo, dizem analistas

G1 Economia Perda com enchentes ainda não foi calculada, mas é estimada em até 5 milhões de toneladas, sem contar os impactos em grãos que estavam armazenados. Lavouras de soja são destruídas pelas chuvas no RS Carlos Cogo A destruição das lavouras de soja no Rio Grande do Sul pode elevar não só os preços do óleo, como os das carnes de frango e de porco, dizem consultorias do setor. É que o farelo do grão é a principal base proteica da ração destes animais. O RS é o segundo maior produtor da leguminosa do Brasil e, no 1º trimestre, foi o responsável por manter em alta os níveis de exportação, após a seca enfrentada pelo Centro-Oeste. Antes das chuvas começarem, ainda faltava o estado colher cerca de 30% da safra, aponta Matheus Pereira, da consultoria Pátria Agronegócios, que presta serviços à Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). A expectativa era de que o estado colhesse cerca de 20 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa do tamanho da perda da soja no pé varia, segundo consultorias do setor, de 2,5 milhões a 5 milhões de toneladas. Há ainda as perdas não estipuladas da leguminosa que estavam em silos e armazéns. Indústria negocia compra de arroz da Tailândia Governo libera compra de 1 milhão de toneladas de arroz 'Arroz que está colhido garante abastecimento', diz federação de agricultura do RS A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou na última quinta-feira (9) um ligeiro aumento de 100 mil toneladas na estimativa da safra de soja do Brasil, cuja colheita está perto de ser finalizada, mas não contemplou eventuais impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo a estimativa feita ao final da semana passada, ainda sem considerar eventuais perdas nas lavouras gaúchas, a safra nacional está agora estimada em 153,9 milhões de toneladas, ante 153,8 milhões de toneladas na previsão de abril. Como a soja afeta o preço dos alimentos A queda nas exportações após a perda no RS pode gerar uma disputa pela soja como matéria-prima, analisa Carlos Cogo, da consultoria Cogo. Isso, por sua vez, vai reforçar a tendência de alta dos preços da leguminosa. Para ele, os principais produtos afetados serão o farelo, usado na fabricação de ração; o óleo de soja, para consumo humano; e o biodiesel — que, no Brasil, tem 65% da produção feita é a partir do óleo do grão. A ração animal feita com soja é usada, principalmente, para as cadeias de frango, carne suína e para o caso de criação bovina em confinamento. Sendo que nas duas primeiras é a principal base proteica para a alimentação. Com a ração mais cara, os preços podem refletir nas gôndolas do supermercado. Já a alta do óleo de cozinha impulsionaria também os preços de outros óleos vegetais para o consumidor, afirma Cogo. Mas, para ter certeza dessa alta, será preciso acompanhar as perdas no campo por todo o mês de maio, aponta Luiz Fernando Gutierrez, consultor da Safras & Mercado. MAIS PERDAS: Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea Quebra na safra era prevista Mesmo antes das chuvas, o Brasil já iria sofrer uma quebra na safra de soja, aponta Pereira. Isso acontece quando o volume colhido é menor do que o estimado no início da safra. Uma das razões era a seca no Centro-Oeste brasileiro, que já prejudicava a colheita. De mesma forma, o preço do grão sofria queda nas bolsas internacionais, seguindo um movimento que afeta as principais matérias-primas agrícolas exportadas, as "commodities". Segundo o levantamento da Pátria Agronegócios, haveria uma perda de 23 milhões de toneladas de soja em relação ao potencial produtivo, ou seja, a capacidade do Brasil de produzir. Seria a segunda maior quebra da história, menor apenas que a da safra de 2022, em que a perda foi de 25 milhões de toneladas. Esta quebra, porém, estava sendo segurada pela expectativa de uma safra recorde no Rio Grande do Sul, aponta Cogo. Além disso, as exportações de soja do Brasil bateram recorde no 1º trimestre deste ano, refletindo negociações realizadas ainda em 2023, apontou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Agora, após fortes chuvas no Rio Grande do Sul e nos Estados Unidos e de greves na Argentina, o valor do grão já apresenta uma tendência da alta nas bolsas, diz Gutierrez, da Safras & Mercado. Para o consultor, as perdas na produção podem fazer os agricultores reduzirem a exportação, para deixar mais grão no mercado interno. Com isso, as vendas para fora devem ser menores que as do ano passado, quando somaram 101,3 milhões de toneladas. Segundo Pereira, tradicionalmente o mercado interno entra com maior presença no 2º semestre do ano. Ainda assim, ele diz que as filas de espera para a compra externa de soja em maio continuam em patamares recordes. Como fica a safra agora Para Pereira e Cogo, as perdas do grão ainda na lavoura devem ser em torno de 2,5 milhões de toneladas: já para Gutierrez, podem chegar até 5 milhões. Contudo, os três especialistas ressaltam que ainda é cedo para cravar um número. "É soja que realmente sumiu. As correntezas realmente tiraram a soja do campo, reduziram a qualidade dela para um padrão onde é impossível ser aceita para exportação. Ela tem que ser forçada como alimentação regional de animais, mas não vira soja padrão", diz Pereira. Além disso, será preciso considerar os grãos que estavam nos silos, que também podem ter sido perdidos. Há ainda os problemas para escoar a produção que restar, uma vez que vias estão interrompidas e algumas estradas ficaram inviáveis para o trânsito de caminhões pesados, aponta Pereira. Outra questão é que a umidade pode causar o apodrecimento dos grãos de soja. O excesso de umidade tende a elevar a acidez do óleo, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia, explica o Cepea. As perdas do agricultor Os agricultores do Rio Grande do Sul vêm sofrendo há 3 anos com quebras na safra, contudo a principal razão era o calor, devido ao fenômeno climático La Niña. Neste ano, com o El Niño, a expectativa era de que o estado tivesse um alívio nas temperaturas, proporcionando uma boa produtividade dos grãos, onde os agricultores poderiam se recuperar, aponta Cogo. "Então, muitos desses produtores haviam renegociado dívidas para pagar com a safra desse ano e isso não vai ser possível. [...] No ano que poderiam se recuperar tem esse baque, essa tragédia e vão ter mais dificuldade ainda", afirma. "Lembrando que esses produtores não perderam só a colheita de soja. Eles perderam trator, colhedoras, escaveiras, instalações, silos, armazéns convencionais, animais. Perderam basicamente grande parte dos seus patrimônios", completa. Para Gutierrez, existe a possibilidade de os agricultores não conseguirem plantar na próxima temporada do grão, que no Rio Grande do Sul começa em outubro e novembro, gerando uma área plantada menor ou menos investimento no campo. Mais vídeos do agro: 'Arroz colhido garante abastecimento', diz presidente de federação do RS Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças Veja Mais

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Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida

G1 Economia Uma antiga receita de cerveja da Mesopotâmia, feita com restos de pão, ressurgiu milênios depois para reduzir a pegada de carbono da bebida. Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida TOM MOGGACH Quando as pessoas experimentaram pela primeira vez a espuma da cerveja – provavelmente, muito mais quente e densa que nos padrões atuais –, o mundo era muito diferente de hoje. As pessoas que produziram as primeiras cervejas moravam na Mesopotâmia, onde hoje fica o sul do Iraque. Eram os sumérios, a primeira civilização conhecida da região. Eles moravam em cidades antigas, cerca de 4 mil a 6 mil anos atrás. Uma antiga receita foi descoberta em uma tábua de argila, escrita na forma de poema para a deusa da cerveja, Ninkasi. "Ninkasi, é você quem prepara [a] massa com uma grande pá, misturando, em um fosso, o pão de cerveja com doces aromáticos", diz o poema. "É você quem assa o pão de cerveja no grande forno e coloca em ordem as pilhas de grãos descascados." O poema revela que a cerveja que eles bebiam não era feita apenas com ingredientes comuns, como cereais, levedura e água. Ela também levava pão. Os sumérios adoravam a cerveja: seu pictograma é um dos mais usados na escrita desse povo. E, ao contrário da maior parte da cerveja produzida hoje em dia, ela usava "pão de cerveja" — um pão de cevada assado duas vezes, para fornecer parte dos açúcares necessários para iniciar o processo de fermentação. Milênios depois, em 2016, os fundadores da cervejaria Toast Brewing, em Londres, decidiram recuperar essa receita antiga ao verificar os imensos volumes de alimentos desperdiçados pelas fábricas e pelos supermercados. Tristram Stuart é ativista ambiental da organização Feedback, e Louisa Ziane é especialista em sustentabilidade da consultoria The Carbon Trust. Surpresos com as possibilidades apresentadas pelo humilde alimento, eles decidiram produzir cerveja com restos de pão. Em todo o mundo, estima-se que 900 mil toneladas de pão industrializado acabem no cesto de lixo todos os anos. São 24 milhões de fatias de pão jogadas fora todos os dias. Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida TOM MOGGACH Stuart teve a primeira noção da escala desse desperdício em 2013, durante uma visita a uma fábrica que fornecia sanduíches embalados para um supermercado britânico. "Havia um grande recipiente lá fora, simplesmente repleto de fatias de pão", conta Ziane. Stuart conversou com a empresa a respeito. Eles estimavam que houvesse 13 mil fatias de pão naquele recipiente. A discussão revelou que as pontas dos pães e, muitas vezes, as primeiras fatias perto das pontas costumam ser jogadas fora porque não são perfeitamente quadradas. Pouco tempo depois, uma visita casual à Bélgica – onde ele provou uma cerveja feita com pão no Projeto de Cerveja de Bruxelas – inspirou Stuart a transformar pães desperdiçados em cerveja de alto valor. "A ideia de que os povos antigos reverenciavam o cereal e o usavam para criar uma bebida que ajudava a enaltecer a origem daquele grão conta a história da cerveja", explica Ziane. A Toast Brewing foi lançada em 2016, oferecendo garrafas de cerveja produzida com resíduos de pão das padarias londrinas. Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida TOAST BREWING O lançamento da Toast foi recebido calorosamente, transformando a cerveja em uma forma inovadora de despertar as pessoas para uma questão planetária. Cerca de um terço de todos os alimentos produzidos no mundo são perdidos ou desperdiçados. E este desperdício representa até 8-10% das emissões globais de gases do efeito estufa. "Para nós, esta é uma forma muito interessante de ajudar a indústria britânica da panificação a combater o desperdício de alimentos e a aumentar a consciência entre os consumidores de cerveja", afirma Ziane. Fabricar cerveja com pão também traz os seus desafios. "As primeiras cervejas provavelmente eram um pouco granuladas e talvez se parecessem com um mingau alcoólico", explica Ziane. O método exigiu um pouco de adaptação, incluindo um triturador industrial para picar as fatias de pão e cascas de arroz para evitar que o pão se transformasse em uma esponja impenetrável dentro do tanque. A receita final da Toast substitui 25% dos grãos por pão. Com isso, ela economiza 25% do carbono, água e terra necessária para cultivar os cereais. Conheça todos os processos para se fazer cerveja O impacto ambiental, do cultivo à embalagem Stefan Schaltegger é o fundador do Centro de Gestão da Sustentabilidade da Universidade Leuphana de Lüneburg, na Alemanha. Ele é consultor de sustentabilidade da Krombacher, o maior fabricante de cerveja do país. O professor afirma que o cultivo de cereais prejudica o meio ambiente de diversas formas. "Uma categoria importante de impacto é a contribuição para as mudanças climáticas, com as emissões de gases do efeito estufa", explica Schaltegger. "Outra categoria de impacto importante é o uso da água e a terceira é... a perda da biodiversidade." Cerca da metade do impacto ambiental da cerveja ocorre durante a produção do cereais. E o uso de resíduos de pão reduz este impacto. A Toast calcula que, entre 2016 e 2022, o uso de resíduos de pão na sua fábrica evitou emissões equivalentes a 61 toneladas de CO2 (CO2e). O processo de produção é outro fator importante para o impacto ambiental da cerveja. "A principal questão é o uso de energia, tipicamente de combustíveis fósseis", explica Schaltegger. "São quantidades imensas, pois são necessárias temperaturas muito altas e você precisa resfriar a cerveja com relativa rapidez, dependendo do tipo que estiver produzindo." A cervejaria da Toast usa gás e eletricidade pública, mas a migração para fontes renováveis é uma prioridade imediata da empresa. Sua pegada de carbono em 2022 foi de 206 toneladas de CO2e, que eles pretendem reduzir para zero até 2030. Evitar que o pão vá para os aterros sanitários também evita a emissão de metano, que é produzido quando o pão (ou qualquer outro alimento) se decompõe em ambientes com baixo teor de oxigênio. Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida TOAST BREWING O metano é um gás altamente poderoso. Seu impacto no aquecimento global é mais de 80 vezes maior que o do CO2 ao longo de um período de 20 anos. Por isso, é importante evitar que os pães e cereais tenham esse mesmo destino, depois que seus açúcares forem extraídos para a produção da cerveja. A Toast encaminha todos os cereais e resíduos de pão usados para uma fazenda no sudeste da Inglaterra. Lá, eles são consumidos como ração animal. Este subproduto "começa a criar cheiro de queijo em poucas horas, de forma que ele realmente precisa ser coletado diariamente", explica Ziane. Ou seja, o agricultor responsável pela coleta precisa ficar próximo da fábrica – da mesma forma que, em um mundo ideal, o pão viria da padaria ao lado da cervejaria. "Se você examinar os tempos pré-industrialização, quando você tinha diversos pequenos negócios em locais próximos, você costumava ter um cervejeiro local e uma padaria na porta ao lado", prossegue Ziane. "A padaria usava a levedura excedente do cervejeiro e o cervejeiro podia usar sobras de cereais da padaria." "Hoje em dia, é muito mais difícil operar desta forma. Mas existe algo realmente encantador no potencial de resiliência criado por esses relacionamentos." A Toast agora compra pão das maiores padarias comerciais do Reino Unido, mas procura manter suas vendas perto da fábrica de cerveja. Em outros países, como a Bélgica, a Holanda e a Austrália, a Toast mantém parcerias com cervejeiros e padarias locais para comprar pão e vender cerveja localmente. O resultado é que a pegada de carbono da cerveja da Toast é de 604g por litro, em comparação com a média de cerca de 700 g por litro da bebida convencional no Reino Unido e de 900g por litro nos EUA. Mas os números da Toast incluem parte do carbono associado à produção de pão, mesmo considerando que o pão usado na fabricação de cerveja seria descartado. Ainda há trabalho a ser feito para reduzir essa pegada de carbono. A embalagem, por exemplo, é responsável por uma boa parte do impacto ambiental das cervejas – cerca de 19 a 46% no Reino Unido. E a Toast não é exceção. A embalagem é responsável por até 56% da pegada de carbono da empresa. Por isso, a Toast está em processo de substituir suas garrafas de vidro por latas no Reino Unido. Segundo a companhia, a mudança irá reduzir pela metade a pegada de carbono das suas embalagens. A melhor opção de embalagem de cerveja depende das opções de reutilização e reciclagem disponíveis em cada local. Em países como o Reino Unido, que só usam latas ou garrafas descartáveis, o impacto ambiental é substancialmente maior do que em países como a Alemanha, que dispõe de um programa de devolução de garrafas, segundo Schaltegger. Aproveitar resíduos ou reduzir a produção? É claro que é mais ecológico usar um produto residual no lugar de matéria-prima nova, mas Schaltegger recomenda cautela no uso desses produtos. "Do ponto de vista mais amplo dos sistemas, seria este o melhor lugar para usar o pão velho?", questiona ele. "Ou haveria outros lugares onde você poderia usar o pão residual e reduzir ainda mais CO2?" Garantir que todo o pão seja consumido na alimentação – e, portanto, evitando a produção de mais pão – pode ser a solução ideal, segundo o professor. Mas, enquanto não existirem sistemas que eliminem o desperdício de alimentos, criar novos propósitos para o pão indesejado é uma ideia inteligente. "Você não precisa produzir a quantidade correspondente de cevada e malte e, é claro, o processo de maltagem consome muita energia", explica Schaltegger. Para que os benefícios ambientais da cerveja produzida com resíduos de pão realmente causem impacto, é preciso que o processo se torne padrão. Já existem outros cervejeiros usando pão no seu processo de produção, como a Crumbs Brewing no Reino Unido, a Modist e a Jester King Brewery nos EUA, a Breer em Hong Kong e a Nääs Fabriker, na Suécia. A Toast também elaborou uma receita de fermentação doméstica, que está disponível online para qualquer pessoa interessada em fazer experimentos com o pão velho da sua cesta. Mas o principal avanço será convencer as grandes cervejarias comerciais a incluir pão nas suas receitas. "Considerando a quantidade de cerveja produzida no Reino Unido, estimamos que, se conseguirmos fazer com que os fabricantes substituam apenas 10% da sua base de malte por restos de pão, poderemos diminuir pela metade o desperdício de pão no país", afirma Ziane. "É claro que este é um enorme desafio, já que a receita de cerveja é quase sagrada." Esse volume de pão desperdiçado significa que encontrar matéria-prima nesta escala dificilmente será um problema. A disponibilidade de pão residual, infelizmente, é constante, segundo Ziane. "Temos um suprimento bastante confiável, infelizmente. O que acontece é que as padarias... Costumam planejar assando um pouco a mais, para evitar multas ou perda de clientes se não atenderem aos pedidos", explica ela. "Por isso, costuma sempre existir excesso de produção." Este sistema garante que sempre haverá pães suficientes nas despensas e resíduos aguardando a oportunidade de serem transformados em cerveja – pelo menos, até conseguirmos enfrentar o problema da superprodução. É por este motivo que a Toast doa 100% dos seus lucros para organizações ambientais, como a Feedback, que defendem o fim da produção excessiva. A criatividade da antiga receita dos sumérios, acima de tudo, é um lembrete do valor dos alimentos, que acabou esquecido. "O motivo que nos leva a desperdiçar tanta comida é porque perdemos essa conexão às origens dos nossos alimentos, essa consideração pela natureza e por tudo o que entra na produção da nossa comida, antes de tudo", afirma Ziane. Com a Toast e seus parceiros tentando fazer com que a cerveja produzida com pão passe a ser o padrão, talvez a cerveja do futuro venha a se parecer mais com a do passado. Menos granulosa, um pouco mais gelada, mas tão adorada quanto a bebida dos sumérios. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation. Veja Mais

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Varejo recua em abril, mas cenário segue positivo, aponta indicador

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Leis trazem custo adicional ao setor elétrico

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Expansão do setor de petróleo e gás depende de estabilidade

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Governo publica MP que autoriza a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz após inundação histórica no RS

G1 Economia Conab será responsável pela importação e distribuição. Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, tinha anunciado a medida na quarta-feira (8). Vista de drone mostra barco com voluntários em busca de pessoas isoladas em casas no bairro de Mathias Velho, em Canoas (RS) AMANDA PEROBELLI/REUTERS via BBC O Governo Federal publicou uma Medida Provisória (MP) que autoriza a importação, em caráter excepcional, de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a recomposição dos estoques públicos por conta das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. O Estado é o principal produtor do grão no país. A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial, vale para 2024 e permite a compra por meio de leilões públicos e a preço de mercado. Os estoques serão destinados, preferencialmente, à venda para pequenos varejistas das regiões atingidas pela tragédia. A Conab é uma empresa estatal que tem como função auxiliar o governo federal na tomada de decisões sobre políticas agrícolas. Os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Agricultura e da Pesca, mediante proposta da Conab, vai definir a quantidade de arroz a ser adquirida e os limites e condições da venda do produto. A Conab também definirá as localidades de entrega do arroz. O presidente Lula (PT) disse na terça-feira (7) que o Brasil poderia importar arroz e feijão para lidar com prejuízos nas safras. A declaração foi dada durante entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "Agora com a chuva eu acho que nós atrasamos de vez a colheita [do arroz] do Rio Grande do Sul. Se for o caso para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz, a gente vai ter que importar feijão para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha", disse. Na quarta-feira (8), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, a liberação para a compra de 1 milhão de toneladas de arroz. Na terça, Fávaro disse que o arroz deve ser comprado de produtores do Mercosul. "É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas." MP autoriza Conab a comprar 1 milhão de toneladas de arroz após inundação no RS LEIA TAMBÉM: Veja o que é #FATO ou #FAKE Como ajudar as vítimas dos temporais no RS Saiba como receber alertas e informações úteis de órgãos oficiais Uma das áreas de atuação da Conab é a regulação do abastecimento interno por meio do estoque de produtos, como o arroz, evitando a oscilação dos preços. "[A liberação] não significa que se vai comprar 1 milhão de toneladas, porque como eu disse, o Brasil e praticamente autossuficiente. Não queremos concorrer, abaixar o preço dos produtores, mas não podemos deixar também haver desabastecimento e subirem os preços nas gôndolas dos supermercados" Quando comprado, o arroz será distribuído pelo governo para pequenos mercados, segundo o ministério. O ministro disse ainda que as consequências da calamidade no Rio Grande do Sul podem afetar o resto do Brasil "pela quantidade produzida pelo RS de 70% da demanda brasileira". Segundo reportagem do g1, preocupação com a oferta do cereal existe por causa de 6 fatores: o Brasil consome internamente quase todo arroz que produz e 70% dele vem do RS. a estimativa era de que, na safra atual, o país somasse 10,6 milhões de toneladas do cereal; com as enchentes no Sul, o montante pode cair para menos de 10 milhões. antes da chuva histórica, o mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas e o plantio no RS atrasou por causa das enchentes de 2023. a expectativa era de que o RS contribuísse com 7,5 milhões de toneladas nesta safra, mas 800 mil toneladas podem estar agora debaixo d'água. antes da tragédia, 80% do arroz do estado já tinha sido colhido. Mas alguns silos onde a produção está armazenada também foram atingidos pelas enchentes. além disso, o estado está com problemas para transportar o arroz que já foi colhido após destruição de estradas. Veja Mais

Últimos dias

Moraes retira sigilo de denúncia apresentada sobre assassinato de Marielle

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BID anuncia até R$ 5,5 bilhões em empréstimos com juros mais baixos ao Rio Grande do Sul

G1 Economia Recursos serão direcionados para reconstrução da infraestrutura da região, para proteção ao emprego, saúde e saneamento, além de projetos ligados à adaptação e resiliência às mudanças climáticas. O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, anunciou nesta quinta-feira (9) o aporte de até R$ 5,5 bilhões em empréstimos ao Rio Grande do Sul -- que passa por tragédia provocada pelas fortes chuvas desde o final de abril. Desse valor total, segundo ele: R$ 1,5 bilhão, já garantidos, estão voltados a reconstrução da infraestrutura da região e, também, para proteção ao emprego, saúde e saneamento; R$ 4 bilhões ainda tem de ser autorizados para projetos ligados à adaptação e resiliência às mudanças climáticas. "A gente acredita que [os R$ 4 bilhões adicionais] depende muito de autorizações, de negociações. Mas, nestes momentos, acreditamos que esse tipo de conversas vão ocorrer mais rapidamente. Estão todos imbuídos dessa urgência e dessa emergência", disse Ilan Goldfajn. O presidente do BID lembrou que as taxas de juros da instituição de fomento "são sempre mais baixas que o do mercado". As taxas para as linhas de crédito do Rio Grande do Sul vão variar, segundo o BID, de cerca de 0,4% a 0,8% ao ano. Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira está em 10,50% ao ano. Ilan Goldfajn informou, ainda, que o BID vai triplicar, nos próximos dez anos, os recursos destinados à projetos para combater os efeitos das mudanças climáticas na América Latina e Caribe. O valor vai passar de US$ 50 bilhões para US$ 150 bilhões. "Queremos expressar solidariedade com as vítimas dessa tragedia sem precedentes. Centenas de milhares sem água, luz, estradas afetadas. As imagens e noticias que chegam do Rio Grande do Sul geram consternação e tristeza. Vim oferecer solidariedade, mas também todos instrumentos que o BID possui para ajudar", concluiu ele. Veja Mais

Haddad: Medidas do governo federal para o RS serão direcionadas para famílias e empresas

Valor Econômico - Finanças Ministro diz ainda que terá uma linha de crédito p... Veja Mais

Ibovespa recua com estresse nos mercados locais após decisão do Copom

Valor Econômico - Finanças Os balanços também repercutem na bolsa, com queda... Veja Mais

Braskem: Desembolsos com afundamento do solo em Maceió já somam R$ 10 bilhões

Valor Econômico - Finanças Conforme o vice-presidente de finanças da companhi... Veja Mais

Dólar e juros futuros disparam e Ibovespa tem forte queda com placar de 5x4 do Copom

Valor Econômico - Finanças Mercado teme uma maior leniência da autoridade mon... Veja Mais

Congresso derruba parcialmente veto de Lula e libera R$ 3,6 bilhões para emendas de comissão

G1 Economia Ao todo, o presidente da República vetou R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão. Mas, após acordo, o valor foi parcialmente restabelecido. O Congresso Nacional decidiu nesta quinta-feira (9) derrubar parcialmente o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao trecho da Lei Orçamentária Anual (LOA) que suspendeu o envio de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão. A derrubada parcial foi acordada com líderes partidários da Câmara e do Senado. Com isso, os parlamentares conseguiram restabelecer o valor de R$ 3,6 bilhões em emendas de comissão. Como se trata de uma votação conjunta de deputados e senadores, a derrubada é dividida em duas votações. Na Câmara, foram 371 votos pela derrubada e 21 pela manutenção. Já no Senado, foram 61 votos para derrubar o veto e 1 para mantê-lo. A LOA discrimina o Orçamento do governo federal para o ano, que traz estimativa de arrecadação e fixa limites para gastos públicos. As emendas compõem um montante reservado no Orçamento da União que é aplicado conforme a indicação dos parlamentares. Elas são divididas em: individuais, de bancadas estaduais e de comissão. PT lidera ranking dos partidos que mais receberam emendas na Câmara, seguido de MDB e União O texto aprovado pelo Congresso liberou o valor de R$ 16,6 bilhões para emendas indicadas pelas comissões. Com o veto, o governo cortou R$ 5,6 bilhões que eram destinados a esse tipo de emenda. Na ocasião, o governo justificou que o valor foi vetado devido a durante a tramitação da LOA, “dotações de despesas primárias inicialmente programadas pelo Poder Executivo sofreram redução considerável”. “Em que pese a boa intenção do legislador no sentido de direcionar recursos a áreas de legítimo interesse das comissões autoras das emendas, e diante da redução supracitada, ficam comprometidas programações relevantes que demandam recomposição, mesmo que parcial, sendo necessário o veto de parte das dotações relativas às emendas RP 8, no montante de R$ 5,6 bilhões, por contrariedade ao interesse público”, diz o documento. O corte provocou reação no Congresso, que inicialmente queria derrubar o veto integralmente. Bruno Carraza comenta sobre o impasse das emendas parlamentares O acordo pela recomposição de parte dessas verbas passou pela aprovação de um projeto que permite ampliação em cerca de R$ 15 bilhões dos gastos do governo em 2024 — parte desse montante será utilizado para compensar a retomada parcial das emendas de comissão. A medida foi incluída dentro da proposta que retoma a cobrança do seguro obrigatório de veículos, aprovada pelo Senado na quarta (8) e enviada para a sanção de Lula. Um dos vetos à LOA ainda será analisado na próxima sessão do Congresso, prevista para 28 de maio, a pedido de governo. O item trata de uma verba que seria destinada ao Ministério das Comunicações. Veja Mais

'Arroz que está colhido garante o abastecimento do país', diz presidente da federação de agricultura do RS

G1 Economia Até o momento, 114 mil toneladas do grão foram perdidas nas enchentes, o que representa 1,6% da colheita esperada, calcula o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Ainda falta estimar as perdas em áreas que estão parcialmente submersas e de armazéns atingidos. Cartaz no supermercado BH, em Minas Gerais, alerta que 'não vai faltar arroz'. Gláucio Nogueira/TV Globo "O arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país", disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, em entrevista ao podcast "De onde vem o que eu como", desta quinta-feira (9). Em alguns supermercados de Minas Gerais, por exemplo, a venda do grão chegou a ser limitada por consumidor. Em outros, como no BH, há avisos direcionados para clientes de que "não vai faltar arroz". Tudo isso porque as chuvas que atingem o Rio Grande do Sul – responsável por 70% da produção do Brasil – geraram receio de que poderá haver falta do grão no mercado interno. Nesta semana, governo federal e indústrias tomaram medidas para importar o alimento. Segundo o presidente da Farsul, o RS tem arroz para abastecer o mercado interno por, no mínimo, 10 meses. "Talvez possa faltar alguma coisa no final, quando nós já estivermos com uma nova safra em cena", reforça. De acordo com ele, a principal dificuldade do Rio Grande do Sul, neste momento, é para conseguir transportar o arroz colhido para outros locais, tendo em vista a interrupção de estradas e rodovias. "Evidentemente que podemos ter sim, por falta de logística, um desabastecimento no curtíssimo prazo, mas nada mais do que isso", ressalta. Até o momento, o Rio Grande do Sul já colheu 84,2% da sua área plantada, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), divulgados na quarta-feira (8). O que corresponde a 6,4 milhões de toneladas de arroz. Situação da colheita de arroz no RS - dados de 08 de maio 2023 do Irga Kayan Albertin/g1 Antes da tragédia, a previsão era de que o estado colhesse 7,475 milhões de toneladas de arroz, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mas novas estimativas do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) preveem que a colheita deve ser um pouco menor, em torno de 7,149 milhões de toneladas, considerando os estragos das enchentes e outros efeitos do El Niño. A diretora técnica do Irga Flávia Tomita diz que, com as chuvas, o estado já perdeu cerca de 114 mil toneladas de arroz, o que representa 1,6% da safra a ser colhida. Por outro lado, ainda falta calcular o prejuízo das áreas que estão parcialmente submersas (entenda abaixo). Além disso, há relatos de arroz em silos que estão tomados por água. Na quarta-feira (8), a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) informou que irá trazer 75 mil toneladas de arroz da Tailândia para "aumentar a oferta, garantir o abastecimento e segurar preços". Já o Governo Federal liberou a compra de até 1 milhão de toneladas de arroz para evitar uma especulação de preços do grão. Segundo o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a compra deve ser feita de produtores do Mercosul. Perdas na produção até agora As cerca de 114 mil toneladas de arroz perdidas nas enchentes correspondem a uma área plantada que está há dias submersa pelas águas: um total de 22,9 mil hectares, localizados na região Central do estado. "Esses estão totalmente perdidos, não tem mais jeito de recuperar", explica Flávia. Não entraram na conta, porém, 17,9 mil hectares que estão parcialmente submersos pelas águas. "Dessas áreas, vão, provavelmente, sair alguma coisa, mas a gente não sabe o quanto. Nós preferimos tirar da conta porque ainda não termos certeza", destaca. A área de arroz que ainda falta colher e que não foi atingida por enchentes corresponde a 101,3 mil hectares. Supermercado Villefort limita quantidade de arroz para venda Presidente da Conab fala sobre importação de arroz após chuvas e política de armazenamento do governo Veja Mais

Governo anuncia antecipação de Bolsa Família, auxílio gás e restituição do IR para moradores do RS, além de crédito com juro reduzido

G1 Economia Medidas têm objetivo de auxiliar na reconstrução do estado, que contabiliza 107 mortos e mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas por temporais. Presidente Lula e ministros anunciam novas medidas de socorro ao RS em meio a enchentes EBC/Reprodução O governo federal anunciou nesta quinta-feira (9) mais medidas de socorro ao Rio Grande do Sul. Entre elas, estão a antecipação de pagamentos do Bolsa Família, do auxílio gás, e da restituição do imposto de renda para moradores do estado, que foi devastado por enchentes históricas (veja mais abaixo). As medidas econômicas foram anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em cerimônia com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de outros ministros do governo. A lista de ações também inclui a facilitação ao crédito para famílias, empresas e pequenos agricultores do estado. Segundo previsão da equipe econômica, elas devem ter impacto de R$ 7,69 bilhões nos cofres do governo federal. O ministro Rui Costa (Casa Civil) detalhou que o governo deve publicar três medidas provisórias para viabilizar esses primeiros anúncios de suporte. Uma MP tratará do dinheiro que será repassado aos fundos garantidores, outra com dinheiro para ministérios e uma terceira, para compra de arroz. Em discurso, o presidente Lula disse que as medidas anunciadas até agora são as primeiras. "Não acaba aqui", afirmou. As ações foram divididas em grupos. Veja abaixo: Ações para trabalhadores assalariados: Antecipação do calendário de abono salarial para 705 mil trabalhadores com carteira assinada; Liberação de duas parcelas adicionais do seguro-desemprego para quem já recebia antes da decretação de calamidade; Priorização da restituição do imposto de renda para moradores do RS. Segundo o governo, até junho, todos os lotes serão devolvidos para o estado. Ações para beneficiários de programas sociais: Antecipação dos pagamentos do Bolsa Família e do auxílio gás referentes ao mês de maio. Medidas para o estado e municípios: Aporte de R$ 200 milhões para que bancos públicos possam financiar projetos de reconstrução de infraestrutura e reequilíbrio econômico; Realização de operações de crédito com aval da União; Medidas para empresas: Aporte de R$ 4,5 bilhões em recursos do Fungo Garantidor de Operações, para permitir a liberação de R$ 30 bilhões em crédito a micro e pequenas empresas, por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); R$ 1 bilhão para conceder descontos em juros de empréstimos feitos via Pronampe; Aporte de R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) para conceder crédito de até R$ 5 bilhões a empresas, por meio do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito; Prorrogação, por no mínimo três meses, do prazo de recolhimento de impostos federais e do Simples Nacional; Dispensa da apresentação da certidão negativa de débitos da empresa para concessão de empréstimos em bancos públicos. Medidas para produtores rurais: R$ 1 bilhão para conceder descontos em juros de empréstimos feitos via Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Segundo Haddad, as medidas devem injetar R$ 50 bilhões no estado. "Esse valor é um valor de alavancagem inicial, que nos parece nesse momento satisfatório, até que se tenha maior clareza do que isso vai implicar", afirmou. O ministro afirmou que as ações anunciadas nesta quinta se somarão ao decreto de calamidade pública, aprovado nesta semana e que facilita o repasse de recursos ao estado, e a novas medidas que serão anunciadas nos próximos dias. Também na próxima semana, deve ser divulgada uma ação relacionada à dívida do Rio Grande do Sul com a União que, de acordo com Haddad, "vai permitir que o próprio estado faça as obras de recuperação". "Esse dinheiro não vai ser tirado de outras regiões do país para atender o Rio Grande do Sul. É a União que está aportando esse recurso para o Rio Grande do Sul, sem prejudicar os programas que atendem ordinariamente as 27 unidades da federação", afirmou. "É bom que todo o Brasil saiba que o atendimento ao Rio Grande do Sul não prejudicará os programas em curso, Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular. Todos esses programas terão seu andamento normal, sua execução orçamentária normal. Esse recurso, ele está sendo um recurso em proveito do povo gaúcho, que conta com o decreto de calamidade para sua execução", continuou. Lula afirmou no discurso que deve anunciar, na próxima segunda-feira (13), o acordo para a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. E na terça (14), medidas para as pessoas físicas afetadas. Imagens aéreas mostram cidades submersas no Rio Grande do Sul O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a movimentação de doações ao estado é a maior da história da Defesa Civil nacional. "Só de doações encaminhadas por entes federais, Força Nacional, Correios, estamos chegando a 2 mil toneladas de doações encaminhadas ou a serem encaminhadas para o Rio Grande do Sul. É a maior movimentação de doações da história da Defesa Civil nacional." O ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) informou que, na próxima semana, deve começar um "mutirão" na zona rural para "recuperar documentação daqueles que perderam seus documentos nas enchentes". Segundo ele, a ação deve começar pela região do Vale do Taquari. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, informou que até agora R$ 94 milhões foram transferidos pelo Judiciário para a Defesa Civil do Rio Grande do Sul. "Há emergências e depois vai vir a reconstrução. Suspendemos prazos de processos relacionados ao estado e municípios", disse. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reafirmou "empenho" para enfrentar a catástrofe. Lira se comprometeu a votar "imediatamente" as medidas necessárias para socorrer os gaúchos. Caixa pausa prestações de financiamentos O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, informou que o banco tem um fundo socioambiental que oferecerá R$ 30 milhões para recompor perdas materiais e capacidade produtiva de famílias. Vieira disse que o banco tem um pacote de R$ 66,8 bilhões para auxiliar famílias e empresas. A instituição oferecerá pausa de seis meses nas prestações de financiamento de imóveis, empréstimos de pessoa física e jurídica, e redução da taxa de consignado. No crédito rural, a Caixa suspenderá em até 12 meses as prestações de operações de investimento, e em até 24 meses as de custeio. O banco também vai suspender pagamentos de financiamentos de santas casas e hospitais. Tragédia no RS O Rio Grande do Sul enfrenta as consequências de temporais e enchentes que mataram 107 pessoas até o momento, alagaram cidades, destruíram casas, pontos e trechos de rodovias. Mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelas enxurradas. Em uma rede social, o governador Eduardo Leite informou que "cálculos iniciais" de técnicos estaduais indicam que serão necessários, pelo menos, R$ 19 bilhões para reconstruir o RS. "O efeito das enchentes e a extensão da tragédia são devastadores", publicou Leite. Lula foi duas vezes ao estado desde o começo da catástrofe e dedicou maior parte da agenda nos últimos dias para discutir medidas emergenciais e de reconstrução do estado, que tem mais de dois terços dos municípios afetados pelos temporais. Chega a 100 o número de mortes confirmadas no Rio Grande do Sul O presidente enviou e o Congresso aprovou um decreto que reconheceu o estado de calamidade no Rio Grande do Sul. A medida permite que o governo federal destine dinheiro ao estado fora das metais fiscais. O governo federal também trabalha em uma série de atos para auxiliar no atendimento às vítimas e à reconstrução da infraestrutura do estado. A estimativa é de que serão necessários R$ 1,2 bilhão somente para reparar ou refazer estradas. Como ainda chove e há áreas alagadas em Porto Alegre e região metropolitana e no sul do Estado, os ministérios, o governo estadual e as prefeituras não têm condições de finalizar os cálculos dos prejuízos. Dívida do estado O governador Eduardo Leite (PSDB) solicitou a suspensão do pagamento da dívida do estado estadual com a União, que é de cerca de R$ 90 bilhões. Leite defendeu a medida para garantir recursos que serão utilizados na recuperação do estado. O pagamento das parcelas mensais da dívida ficou suspenso durante cinco anos, durante vigência de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi retomado em 2022 após a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal com a União. Veja Mais

Oderich suspende operações em São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul

Valor Econômico - Finanças Empresa acredita que as atividades devem ser retom... Veja Mais

PetroRecôncavo tem produção de 25,9 mil barris de óleo equivalente por dia em abril

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Dólar encosta nos R$ 5,17 após corte de 0,25 ponto percentual do Copom; Ibovespa cai

G1 Economia Na quarta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,47%, cotada a R$ 5,0908. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,21%, aos 129.481 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar opera em forte alta nesta quinta-feira (9), à medida que investidores repercutem a nova decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na véspera. Na quarta-feira, o Banco Central do Brasil (BC) decidiu reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), contrariando suas próprias estimativas — em março, o colegiado havia previsto um corte de 0,50 p.p. na reunião deste mês. O movimento, segundo especialistas, reflete a piora do quadro fiscal e a manutenção dos juros nos Estados Unidos. (entenda mais abaixo) Na agenda, investidores ainda monitoram uma série de indicadores locais e internacionais divulgados ao longo da semana, além de vários balanços corporativos. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), opera em forte baixa, com uma queda generalizada em ações de diversos setores. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h40, o dólar subia 1,48%, cotado a R$ 5,1659. Na máxima do dia, atingiu R$ 5,1664. Veja mais cotações. Na quarta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,47%, vendida a R$ 5,0908. Com o resultado, acumulou: avanço de 0,42% na semana; recuo de 1,96% no mês; ganho de 4,91% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,53%, aos 127.504 pontos. Na quarta-feira, o índice teve uma alta de 0,21%, aos 129.481 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,76% na semana; avanço de 2,82% no mês; perdas de 3,51% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O principal destaque desta semana fica com a decisão de política monetária do Copom. O BC decidiu reduzir o ritmo de cortes da taxa básica de juros e diminuiu a Selic em 0,25 p.p., contrariando suas próprias estimativas. Na reunião de março, a instituição havia estimado promover mais um corte de 0,50 p.p. da Selic em maio, em linha com as reduções dos últimos encontros. Copom: por que o BC diminuiu o ritmo de cortes de juros e quais os recados sobre o futuro da Selic Desde então, no entanto, o cenário mudou bastante. Em meados de abril, após o governo propor reduzir as metas para as contas públicas dos próximos anos, Campos Neto afirmou que o trabalho do BC para conduzir a inflação aos patamares pré-estabelecidos ficou mais "custoso e difícil". "A evidência do que vimos nos últimos dias nos mostra que o mercado ficou mais preocupado com relação ao fiscal [contas públicas], e qual vai ser o equilíbrio fiscal no futuro, com efeito no prêmio de risco, o que torna o trabalho mais difícil e custoso", afirmou Campos Neto, durante participação em evento da XP em Washington, nos Estados Unidos, no mês passado. Isso porque, ao possibilitar mais gastos públicos em relação ao que era esperado anteriormente com a mudança das metas fiscais, a tendência é de uma pressão maior sobre inflação nos próximos anos -- dificultando seu controle. Além disso, o cenário de incertezas ganhou ainda mais força após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sinalizar que os juros na maior economia do mundo podem demorar mais a cair. Na semana passada, o BC dos EUA manteve os juros do país inalterados no patamar entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior nível em 20 anos, voltando a enfatizar a cautela com a inflação. De acordo com a ferramenta FedWatch, que reúne as projeções do mercado para as taxas de juros nos Estados Unidos, um ciclo de corte nas taxas só deve começar em setembro — ou até depois disso. Como os juros nos Estados Unidos influenciam a decisão do Copom No comunicado divulgado após a decisão, o colegiado afirmou que "acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária". "O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", informou o colegiado no documento. O Copom ainda destacou que "avalia que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradas demandam maior cautela", deixando de sinalizar que prevê novos cortes da Selic à frente. "A política monetária deve se manter contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", disse o comitê no documento, reforçando que a "extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta". Além disso, especialistas também reforçam que o fato de não ter sido uma decisão unânime tende a pesar no mercado nesta quinta-feira (8). Isso porque investidores seguem incertos sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, se encerra no fim de 2024. Na agenda, investidores ainda repercutem uma série de balanços corporativos e indicadores nacionais e internacionais. Na quarta-feira (8), dado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicaram que a balança comercial brasileira registrou um superávit (quando o volume de exportações supera o de importações) de US$ 9,041 bilhões em abril. O saldo foi 13,7% mais forte do que o registrado em igual mês de 2023 (US$ 8 bilhões). Segundo o governo, em abril: as exportações somaram US$ 30,92 bilhões; as importações somaram US$ 21,879 bilhões. Ainda entre os indicadores, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,72% em abril, uma reversão expressiva da queda de 0,30% vista no mês anterior. Investidores também aguardam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) na sexta-feira (10). Já do lado fiscal, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o governo não trabalha com um limite para os gastos emergenciais de enfrentamento à catástrofe no RS, mas destacou que a experiência mostra que os desembolsos para esta finalidade não serão "meteoros" fiscais e não devem "nem arranhar" a dívida pública do país. Além disso, o ministério também informou que o governo ainda deve avaliar os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul sobre a balança comercial brasileira a partir de maio. SAIBA COMO AJUDAR AS VÍTIMAS DA CHUVA NO RS No exterior, o mercado ainda segue atento a eventuais falar de dirigentes do Fed, em busca de sinais sobre os próximos passos da instituição sobre os juros do país. Na quarta-feira (8), a presidente da distrital do Fed em Boston, Susan Collins, afirmou que a atual configuração da política monetária norte-americana irá desacelerar a economia do país. Com isso, a banqueira central diz acreditar que a inflação pode voltar à meta de 2%. Já na terça-feira (7), o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que é possível que a autarquia decida por reduzir as taxas de juros norte-americanas ainda neste ano se as pressões sobre os preços voltarem a diminuir. Dados econômicos dos Estados Unidos também ficam no radar. *Com informações da agência de notícias Reuters Veja Mais

Governo anuncia até 116 novos voos para aeroportos regionais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina

G1 Economia Medida visa mitigar impactos do fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por conta das fortes chuvas. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nesta quinta-feira (9) mais 116 voos semanais para aeroportos regionais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em função do fechamento do aeroporto Salgado Filho, na capital Porto Alegre. Com os novos voos, o número de passageiros que podem ser transportados vai ser ampliado em 13 mil. Hoje, a capacidade nos aeroportos regionais é de 7 mil. Os aeroportos com ampliação de voos são: Caxias do Sul: com 25 novos voos semanais; Santo Ângelo: 2 novos voos semanais; Passo Fundo:16 novos voos semanais; Pelotas: 5 novos voos semanais; Santa Maria: 2 novos voos semanais; Uruguaiana: 3 novos voos semanais. Canoas: 35 novos voos semanais e 5 diários; Florianópolis 21novos voos semanais; Jaguaruna: 7 novos voos semanais. A base de Canoas é operada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Por causa do fechamento do aeroporto de Porto Alegre, a base vai começar a receber voos comerciais, sendo operada pela Fraport --que detém a concessão do aeroporto Salgado Filho, na capital. Segundo o ministro, a concessionária vai organizar a logística de transporte comercial e só então deve receber a capacidade autorizada de voos. O aeroporto de Porto Alegre está fechado desde o último dia 3 devido ao alagamento causado pela elevação das águas do lago Guaíba. Na segunda-feira (5), a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou a suspensão das operações por tempo indeterminado. A Abear, o Ministério de Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vinham trabalhando na estruturação de uma nova malha aérea, com o aumento da frequência de voos para aeroportos regionais no estado e também para Santa Catarina. Segundo dados da Anac, há 47 aeroportos públicos no Rio Grande do Sul. As empresas aéreas associadas da Abear têm operações em seis deles, no interior do estado: Santa Maria Santo Ângelo Uruguaiana Caxias do Sul Passo Fundo Pelotas Veja Mais

Entenda as medidas anunciadas pelo governo federal para socorrer atingidos pelas chuvas no RS

G1 Economia Estado contabiliza 107 mortos e mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas pelos temporais. Pacote soma R$ 50,9 bilhões; aporte não vai prejudicar outras regiões do país, disse Haddad. Imagens aéreas mostram cidades submersas no Rio Grande do Sul O governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (9) uma lista de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul – estado que enfrenta as maiores chuvas de sua história desde o fim de abril. Segundo divulgado pelo governo, serão R$ 50,9 bilhões destinados à recuperação dos municípios e das famílias atingidas pelas enchentes. O pacote foi enviado ao Congresso na forma de três medidas provisórias. Com isso, as medidas já entram em vigor imediatamente, mas precisam do aval de Câmara e Senado em até 120 dias para não perderem validade. Uma MP tratará do dinheiro que será repassado aos fundos garantidores; outra, do dinheiro para ministérios; e uma terceira para garantir a compra de arroz e evitar impactos no preço ao consumidor, já que 70% do arroz brasileiro vem do RS. No discurso, Lula informou que deve anunciar, na próxima segunda-feira (13), o acordo para a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. E na terça (14), medidas para as pessoas físicas afetadas. Governo anuncia antecipação de Bolsa Família, auxílio gás e restituição do IR para moradores do RS, além de crédito com juro reduzido Lula diz que medidas de socorro ao RS anunciadas nesta quinta são as primeiras: 'Não termina aqui' Veja abaixo um resumo das medidas anunciadas pelo governo: Para trabalhadores e famílias Antecipação do pagamento do abono salarial 2024: R$ 758 milhões Segundo o governo, serão beneficiados 705 mil trabalhadores com carteira assinada no Rio Grande do Sul. O abono salarial é um benefício no valor de até um salário-mínimo concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa. O calendário convencional se baseia no mês de aniversário do trabalhador. O banco de recebimento, data e os valores, inclusive de anos anteriores, estão disponíveis para consulta no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e no portal Gov.br. Duas parcelas adicionais do seguro-desemprego: R$ 495 milhões O governo vai liberar duas parcelas adicionais do seguro-desemprego para desempregados que já vinham recebendo o benefício antes da decretação do estado de calamidade. Segundo o Ministério da Fazenda, serão beneficiados 140 mil trabalhadores formais desempregados. As parcelas serão depositadas entre maio e outubro, ao fim do calendário de cada trabalhador – caso ele não tenha conseguido um novo emprego até lá. Governo libera a partir desta quarta FGTS, abono e seguro-desemprego aos atingidos pelas chuvas no RS Prioridade na restituição do Imposto de Renda: R$ 1 bilhão Os declarantes do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) do Rio Grande do Sul terão prioridade na restituição do tributo. O calendário convencional leva em conta uma série de critérios, como a data de entrega da declaração e o pertencimento a grupos prioritários (idosos, portadores de doenças graves, deficientes físicos ou mentais, professores e quem opta pela restituição pelo PIX, por exemplo). Segundo o governo, essas restituições serão depositadas pela Receita Federal em junho. Até 1,6 milhões de contribuintes podem ser beneficiados. Antecipação do Bolsa Família e do Auxílio-Gás de maio: R$ 380 milhões O governo anunciou que vai antecipar as parcelas de maio do Bolsa Família e do Auxílio-Gás aos beneficiários já inscritos nos programas sociais. A antecipação deve beneficiar 583 mil famílias. O governo não informou, até o momento, se tomará medidas para incluir mais famílias nos programas de assistência social com base nos prejuízos das chuvas. Para estados e municípios Fundos de estruturação de projetos: R$ 200 milhões O governo federal vai destinar R$ 200 milhões para que os bancos públicos consigam apoiar e financiar a elaboração de projetos de reconstrução de infraestrutura e equilíbrio econômico. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, divulgou nesta quinta-feira (9) um cálculo inicial de que pelo menos R$ 19 bilhões em investimentos serão necessários para reconstruir o estado. Para isso, além do dinheiro, serão necessários projetos técnicos. Análise de crédito para municípios: R$ 1,8 bilhão O governo também anunciou uma força-tarefa para acelerar a análise de crédito de 14 municípios do Rio Grande do Sul que querem pegar empréstimos tendo a União como avalista. De acordo com o Ministério da Fazenda, essas operações de crédito somam R$ 1,8 bilhão – R$ 1,5 bilhão em operações externas (agências estrangeiras ou organismos internacionais) e R$ 300 milhões em operações internas (bancos brasileiros). Para empresas Crédito para micro e pequenas empresas: R$ 4,5 bilhões O governo anunciou injeção de R$ 4,5 bilhões no Fundo Garantidor de Operações, para ampliar as garantias dos empréstimos do Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Ao ampliar as garantias, o governo permite que o Pronampe conceda até R$ 30 bilhões adicionais em empréstimos. Segundo o Planalto, esse crédito adicional deve ficar disponível já a partir deste mês. Desconto em juros do Pronampe para micro e pequenas empresas: R$ 1 bilhão Complementar ao ponto anterior, esse desconto deve atingir justamente os novos empréstimos viabilizados pela garantia adicional do FGO. Segundo o Ministério da Fazenda, dos R$ 30 bilhões de potenciais novos contratos, R$ 2,5 bilhões serão oferecidos a juros mais baixos. O R$ 1 bilhão anunciado pelo governo vai cobrir essa diferença. Os financiamentos do Pronampe serão oferecidos com prazo de até 72 meses e carência de até 24 meses. A parte subsidiada terá juro nominal de 4% ao ano (descontada a inflação, o juro real ficaria próximo de zero). Quando os primeiros R$ 2,5 bilhões forem emprestados, o restante do crédito adicional seguirá os juros normais do Pronampe. Cidades do extremo Sul do Rio Grande do Sul estão em alerta com a cheia Garantias do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC): R$ 500 milhões De modo similar às ações do Pronampe, o governo também vai injetar R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Investimentos, para alavancar o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC) para microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas. Neste caso, o aporte não interfere na taxa de juros. Operador do crédito, o Banco Nacional de Desesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá oferecer até R$ 5 bilhões adicionais em crédito. O PEAC tem juros médios de 1,75% ao mês. Prorrogação do vencimento de impostos federais e Simples Nacional: R$ 4,8 bilhões O Ministério da Fazenda vai prorrogar, por pelo menos três meses, o vencimento de tributos federais e do Simples Nacional para empresas nos municípios gaúchos afetados. Segundo a pasta, a medida deve beneficiar 203 mil empresas do estado, que terão mais prazo para pagar esses cerca de R$ 4,8 bilhões. O anúncio deixa aberta a possibilidade de uma prorrogação ainda maior. Dispensa da Certidão Negativa de Débitos para crédito em bancos públicos A medida não tem custo estimado. Segundo o anúncio, empresas e produtores rurais não precisarão apresentar essa certidão negativa para contratar e renegociar crédito com os bancos públicos. A dispensa tem duração prevista de seis meses (maio a novembro). Para produtores rurais Descontos em juros do Pronaf e do Pronamp: R$ 1 bilhão A medida é similar à anunciada para micro e pequenas empresas. O governo vai "cobrir", com R$ 1 bilhão, o desconto que será dado aos agricultores familiares e ao médio produtor rural. Segundo o Ministério da Fazenda, o valor é suficiente para descontar juros de até R$ 4 bilhões em novos créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No caso do Pronaf, os novos empréstimos devem prever financiamento em até 120 meses, com até 36 meses de carência; e taxa de juros de 0% nominal – ou seja, o produtor devolve o exato valor que tomou, sem juros nem correção monetária. No caso do Pronamp, as regras preveem financiamento de até 96 meses, com carência de até 36 meses; e taxa de juros de 4% nominal – na praticamente, quase uma correção monetária, ou seja, juros reais zero. Veja Mais

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STF considera constitucional lei com restrições a indicações de políticos em estatais

G1 Economia Proibição está prevista na Lei de Responsabilidade das Estatais, de 2016. Ação do PC do B contesta restrições, mas a maioria do STF considerou a lei constitucional. O Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta quinta-feira (9), validar a restrição a indicação de políticos e autoridades de governo para o comando das estatais. Miriam Leitão explica sobre o rodízio de indicados para os conselhos das estatais A proibição está prevista na Lei de Responsabilidade das Estatais, de 2016. Pela norma, não podem ser indicados para cargos de diretoria e do Conselho de Administração destas empresas ministros de Estado, secretários estaduais e municipais, quem ocupa cargos em comissão (que entram sem concurso público) e dirigentes partidários. O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski (aposentado da Corte) tinha votado para considerar a norma inconstitucional, mas o ministro André Mendonça abriu divergência pela validade da lei. A maioria dos ministros se alinhou à divergência. Acompanharam Mendonça os ministros Nunes Marques, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e o presidente Luís Roberto Barroso. O ministro Flávio Dino foi contra a proibição na maior parte dos casos, mas ressalvou que ela deveria ser mantida no caso de a autoridade ser do órgão regulador da estatal. Gilmar Mendes se aproximou do entendimento de Dino. Também ficou mantida a "quarentena de entrada", ou seja, a proibição de indicar dirigente partidário que atuou politicamente nos 36 meses anteriores à possível indicação. Por unanimidade, a Corte decidiu manter válidas as indicações que foram feitas enquanto estava em vigor a decisão que suspendeu a aplicação da lei, tomada pelo relator em março do ano passado. Na prática, isso permite manter as nomeações feitas a partir do governo Lula. Relator do caso foi o então ministro Ricardo Lewandowski, hoje ministro da Justiça. Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Sessão O caso voltou à pauta do Supremo na quarta-feira (8), com o voto do ministro Nunes Marques, pela validade da lei. Marques entendeu que a norma atende à "lições éticas" e "densifica princípios de governança corporativa". O ministro Dias Toffoli, que também se posicionou pela constitucionalidade da lei, propôs que a Corte fixe que a pessoa já indicada para compor cargos com base na decisão que suspendeu a aplicação da regra tenha a continuidade garantida. O ministro Flávio Dino votou parcialmente alinhado com o relator, Ricardo Lewandowski. Dino considerou que a restrição deve existir apenas nas situações em que o indicado é integrante do órgão que regula a estatal. Por exemplo, quando o ministro é da pasta a que esta empresa está vinculada. "Não existe canonização por concurso público. E não existe demonização por participação na política. E, portanto, é falsa a ideia de que qualquer indicação 'técnica' resultará num padrão mais alto de probidade de que uma indicação política", argumentou Dino. O ministro Alexandre de Moraes pontuou que a lei garante transparência e eficiência na gestão das entidades. Mas, ressaltou, não significa que deva existir preconceito contra os políticos. "Não significa que concursados sejam melhores ou piores que não concursados. não significa que devamos ter preconceito contra a classe política", afirmou. Ação Os ministros analisam uma ação do PCdoB que contesta as limitações para indicações a cargos de comando nas estatais. Estas restrições foram fixadas na Lei de Responsabilidade das Estatais, de 2016. A legislação impede que sejam sugeridas, para o Conselho de Administração e a diretoria destas empresas, as seguintes pessoas: integrantes da estrutura dos governos federal, estadual e municipal: ministros de Estado, secretários estaduais e municipais, quem ocupa cargos em comissão na Administração Pública, quem tem mandato no Poder Legislativo (vereadores, deputados), mesmo que estas autoridades estejam licenciadas do cargo; dirigentes de partidos políticos que tenham atuado, nos últimos três anos, na estrutura decisória de legendas. O PCdoB afirmou ao Supremo que a restrição viola princípios constitucionais – entre eles, a igualdade, a liberdade de expressão e de participação em partidos. Veja Mais

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